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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAUDE E TECNOLOGIA RURAL CAMPUS DE PATOS-PB
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
MONOGRAFIA
Aspectos fisiológicos e considerações nutricionais de pacientes neonatos e pediátricos caninos e felinos
Cydia Mycheline Moura Belarmino
2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAUDE E TECNOLOGIA RURAL CAMPUS DE PATOS-PB
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
MONOGRAFIA
Aspectos fisiológicos e considerações nutricionais de pacientes neonatos e pediátricos caninos e felinos
Cydia Mycheline Moura Belarmino -Graduanda-
Prof.: Dr.: Almir Pereira de Souza -Orientador-
Patos Abril de 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAUDE E TECNOLOGIA RURAL CAMPUS DE PATOS-PB
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
CYDIA MYCHELINE MOURA BELARMINO Graduanda
Monografia submetida ao Curso de Medicina Veterinária como requisito parcial para obtenção do grau de Medico Veterinário.
APROVADO EM ....../....../........
EXAMINADORES:
Prof. Dr. Almir Pereira de Souza Orientador
MSc. Rosileide dos Santos Carneiro Examinador I
Prof. Adílio Santos de Azevedo Examinador II
Dedico
Aos meus pais, Walter e Maria, meus
irmãos Cynthia, Walter Filho e Camila, por
todo amor, amizade e confiança depositados,
carinho, respeito e principalmente pelo
exemplo de que o esforço e a dedicação
sempre valem à pena.
AGRADEÇO
A Deus em primeiro lugar, pela grandeza da vida. Sendo ele o responsável por tudo
que aconteceu e que acontecerá na minha vida,
Aos meus Pais, por serem para mim um exemplo de garra e força, por serem meu
alicerce, meu porto seguro, meu orgulho e inspiração. E que colaboraram para realização
deste sonho. Aos meus irmãos, que amo muito e que sempre torceram por mim, nunca
saindo do meu lado durante toda minha caminhada. Ao meu cunhado pelo apoio mesmo
distante.
As minhas amigas irmãs que amo muito: Francelicia (France ou minha atriz
global), Isabelle (galega), Anna Priscilla (Pri), Júlia Marry, Bruna, Samara, Samantha, e
meus amigos irmãos: Orlando, Eduart, Fabrício, Andre, Tiago e Rafael que sempre
estavam presentes nas horas de alegria e tristeza. Por fazerem parte da minha vida e com
certeza farão por muito tempo.
Em especial a minha amiga Alinne Dantas, a quem admiro muito. E agradeço por
todo carinho, amizade e por toda a ajuda, que me serviu de incentivo para que eu chegasse
a esta reta final.
Aos meus amigos Mônica, Bruno, Gisllyana, Alânia, Janne, Maira, Diógenes,
Cristian, Karla, Nadjanara, Wagner, Rodrigo Palmeira, Lolô, Aécio, Demerval, Gustavo,
Janayra, por provarem que boas pessoas sempre cruzam os nossos caminhos.
Ao meu professor e orientador Almir Pereira de Souza, que possui todo meu
respeito, pela oportunidade oferecida, por confiar em mim e também pelo aprendizado,
amizade, atenção, paciência e dedicação para comigo.
Aos meus queridos Professores a quem tenho total admiração: Gildenor, Rosângela,
Otavio Brilhante, Sônia Lima, Eldinê, Pedro Isidro, Patrícia, Norma, Jocelyn Brandão,
Claudia Morgana e Adílio por todo aprendizado que pude receber durante minha vida
acadêmica.
Ao meu primo Médico Veterinário Salomão Junior, meu muito obrigado por todo
aprendizado de vida e profissional, confiança, paciência e pelos valiosos ensinamentos e
conselhos.
E a todos os professores da UFCG, que passaram por minha caminhada,
contribuindo para minha evolução profissional.
As minhas cadelas Vick e Rabita e minha gata Sophi, que a cada volta para casa,
sempre me recebem com alegria.
A todos que colaboraram direta ou indiretamente pela realização deste trabalho e
pela minha vida acadêmica.
Muito Obrigada!!
SUMÁRIO
Pág.
LISTA DE FIGURAS..........................................................................................
LISTA DE TABELAS.........................................................................................
RESUMO..............................................................................................................
ABSTRACT.........................................................................................................
1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 11
2. REVISÃO DE LITERATURA....................................................................... 12
2.1. Pediatria Canina e Felina...................................................................... 12
2.2. Características Gerais........................................................................... 12
2.2.1. Período Neonatal........................................................................ 12
2.2.2. Período de Transição.................................................................. 14
2.2.3. Período de Socialização.............................................................. 15
2.2.4. Período Juvenil........................................................................... 16
2.3. Metabolismo......................................................................................... 17
2.4. Absorção dos Fármacos........................................................................ 21
2.4.1. Metabolismo dos Fármacos........................................................ 21
2.4.2. Excreção dos Fármacos.............................................................. 22
2.5. Nutrição................................................................................................ 22
2.5.1. Amamentação............................................................................. 23
2.5.2. Alimentação................................................................................ 25
2.5.3. Má Nutrição................................................................................ 29
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................... 31
4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... 32
LISTA DE FIGURAS
Pág.
FIGURA 1 – Filhote de cão neonato.................................................................... 13
FIGURA 2 – Cadela estimulando e limpando a região anal e genital.................. 15
FIGURA 3 – Filhotes de gato no período de socialização................................... 16
FIGURA 4 – Período juvenil do cão e do gato..................................................... 17
FIGURA 5 – Filhotes neonatos durante amamentação........................................ 24
LISTA DE TABELAS Pág.
TABELA 1 – Composição ideal do leite artificial................................................ 25
TABELA 2 – Fórmula Caseira para Substituição do Leite de Cadela e Gata...... 26
TABELA 3 - Componentes mínimos de formulação do leite comercial para filhotes de Cães e Gatos........................................................................................ 26
TABELA 4 – Componentes mínimos de formulação de ração para filhotes de
até 6 meses de idade de Cães e Gatos....................................................................
27
TABELA 5 – Exemplos de ração para filhotes de cão e gato em crescimento
Premium e Super Premium....................................................................................
28
BELARMINO, CYDIA MYCHELINE MOURA. Aspectos fisiológicos e considerações nutricionais de pacientes neonatos e pediátricos caninos e felinos 2008. (35p.). (Trabalho de Conclusão de Curso em Medicina Veterinária) - UFCG, Patos – PB, 2008.
RESUMO
O presente estudo teve por objetivo fornecer uma revisão sobre a pediatria veterinária: aspectos gerais, metabolismo e nutrição de cães e gatos. A pediatria veterinária é a especialidade medica que se preocupa com o estudo dos aspectos clínicos dos indivíduos desde o nascimento até a puberdade. Esta é dividida em quatro períodos ou fases: Neonatal, Transição, Socialização e Juvenil, havendo diferenças distintas entre essas. Durante essas fases, muitas das funções do fígado e dos rins não estão desenvolvidas nos filhotes caninos e felinos, que são os principais responsáveis pelo metabolismo geral e dos fármacos. Esse último em particular faz com que exista grande diferença na concentração dos medicamentos entre os pacientes pediátricos e adultos. As exigências nutricionais, alimentação e os cuidados com os cães e gatos durante a fase pediátrica, são diferentes durante os seus vários estágios de crescimento. Uma nutrição adequada consiste na suplementação de todos os nutrientes em quantidades e em proporções adequadas. Em circunstancias normais, a exclusiva fonte de alimentação para o neonato é a secreção da glândula mamaria materna. Caso perceba-se choro constante, inatividade, ganho de peso insuficiente, é indicativo de que o filhote não está recebendo leite adequadamente , nesse caso pode ser ofertado leite artificial ou formulas caseiras, cuja composição se aproxime o possível no conteúdo, consistência e paladar do leite natural. A transição do leite materno para alimentos sólidos deve ser um processo gradual, dando preferência a rações de boa qualidade. Palavras-chave: Pediatria, filhotes, metabolismo, nutrição.
BELARMINO, CYDIA MYCHELINE MOURA Nutricional considerations and physiological aspects of dogs and cats newborn and pediatric patients. 2008. (35p). (Job Completion of the Course in Veterinary Medicine) - UFCG, Patos - PB, 2008.
ABSTRACT
The present study aimed to provide a review of the veterinary pediatrics: general aspects, metabolism and nutrition for dogs and cats. The veterinary pediatrics is the medical specialty that is concerned with the study of the clinical aspects of individuals from birth until puberty. This is divided in four periods or phases: Neonatal, Transition, Socialization and Juvenile, with distinct differences between them. During these phases, many of the functions of the liver and kidneys are not developed in young dogs and cats, than are responsible for the general metabolism and the of drugs. The latter in particular means that there is great difference in the concentration of drugs among pediatric and adult’s patients. The nutritional requirements, feeding and care of dogs and cats during the pediatric phase are different during their various stages of growth. An adequate nutrition consists in the suplementation of all the nutrients in adequate quantities and proportions. In normal circumstances, the sole source of nutrition for the newborn is the maternal gland secretion. If notice crying constantly, inactivity, weight gain, insufficient, it is indicative that the offspring isn’t receiving adequate milk, then may be offered artificial milk on formulas home, whose the composition to approach the possible of the content, consistency and taste of natural Milk. The transition from milk to solid foods should be a gradual process, giving preference to the diets of good quality. Key Words: Pediatrics, offspring, metabolism, nutrition.
1. INTRODUÇÃO
Na prática da clínica veterinária, os cuidados neonatais e pediátricos representam
um componente essencial da saúde dos filhotes de cães e gatos, estendendo-se do
nascimento até os primeiros seis meses de vida (CRESPILHO, 2005). Nesse período, a
imaturidade hepática e renal faz com que o neonato seja uma classe vulnerável a desordens
metabólicas e nutricionais como desidratação, diarréia e hipoglicemia.
Com o surgimento da pediatria como especialidade da Clínica Médica de Pequenos
Animais, durante a evolução da Medicina Veterinária, veio atender as necessidades de
conhecimentos que melhorassem os cuidados no manejo dos neonatos e os cuidados
pediátricos minimizando a mortalidade de filhotes. Estima-se uma alta mortalidade de
filhotes de cães e gatos antes do desmame, e possivelmente este número aumente até antes
da puberdade.
A neonatologia e pediatria canina e felina requerem do médico veterinário cuidados
especiais durante as fases de seu desenvolvimento, verificando o tamanho da ninhada,
idade, condição corporal, alimentação, tamanho e aparência do filhote em relação à
ninhada, local onde fica, freqüência da alimentação, acesso às mamas e atitude do filhote e
da ninhada (BARRETO, 2003).
Desta forma, objetivou-se com este estudo fornecer uma noção básica sobre os
principais desenvolvimentos metabólicos dos filhotes de cão e gato, bem como mostrar as
necessidades nutricionais destes para um bom crescimento, durante os primeiros seis meses
ou ate atingir a puberdade.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Pediatria Canina e Felina
A pediatria veterinária deve incluir os aspectos fisiológicos do crescimento e os
patológicos das doenças e também o estudo das necessidades ambientais do
desenvolvimento psíquico e da evolução da conduta do cão e do gato. Sendo assim a
pediatria veterinária representa o estudo das circunstâncias de um filhote desde o
nascimento até a puberdade (BARRETO, 2003). Segundo Prats1 (2005) esta pode ser
dividida em quatro períodos ou fases, havendo uma diferença entre a espécie felina e
canina, onde o gato está 15 a 20% mais evoluído do que o cão. Estes quatro períodos ou
fases são:
- Período Neonatal:
- Cão: desde o nascimento até a 2ª semana de idade.
- Gato: desde o nascimento até o 10º dia de idade.
- Período de Transição:
- Cão: da 2ª à 4ª semana de vida.
- Gato: do 10º ao 20º dia de vida.
- Período de Socialização:
- Cão: da 4ª à 12ª semana de vida.
- Gato: da 3ª à 8ª semana de vida.
- Período Juvenil:
- Cão: entre a 12ª semana e a puberdade.
- Gato: entre a 8ª semana e a puberdade.
2.2. Características Gerais
2.2.1 - Período Neonatal
Tanto os cães quantos os gatos nascem com os olhos fechados (Figura 1) e,
provavelmente, essa imagem seja a maior expressão de sua fragilidade e de sua estreita
dependência dos cuidados externos, seja da mãe ou dos seres humanos, para sua
sobrevivência. Pode-se afirmar que o limite deste período está relacionado com o momento
em que os filhotes abrem os olhos (PRATS1, 2005).
Figura 1 – Filhote de cão neonato. (Fonte: PRATS1 2005).
Os principais sentidos que o neonato possui são o olfato, o tato e o paladar, que são
imprescindíveis para sua sobrevivência logo após o nascimento, conseguindo assim se
alimentar e se aquecer. A presença do reflexo de termotropismo é em decorrência da
imaturidade do sistema termorregulador; agravado pela ausência do reflexo de tremor para
aumentar o seu metabolismo e assim a temperatura (O reflexo de tremor aparece a partir do
sexto dia, e o risco de hipotermia antes disso é muito alto(PRATS1, 2005)), associado a
ausência do reflexo de piloereção (BARRETO, 2003). A incapacidade de manter o calor
corporal significa que é importante para o filhote ficar perto da mãe e dos seus irmãos de
ninhada (FEITOSA et al., 2008). Os neonatos possuem o reflexo de estimulação do
focinho onde o filhote empurra o em direção aos mamilos da mãe, esse reflexo some aos
quinze dias de vida (PRATS1, 2005). O reflexo de sucção quando o filhote entra em
contato com o mamilo desaparece por volta dos 21 dias, e por fim o reflexo anogenital que
é estimulado pelo lamber da mãe ou o contato suave com um corpo úmido que promove a
defecação e micção do neonato desaparece por volta do décimo sexto dia (BARRETO,
2003; PRATS1, 2005).
Segundo Prats1 (2005), ao terceiro dia de vida apresenta o reflexo palpebral apesar
dos olhos estarem fechados, os reflexos de posicionamento táctil aparece entre o segundo e
quarto dia nos membros torácicos e no quinto a nono nos membros pélvicos. Entre o oitavo
e décimo dia de vida os filhotes se apóiam sobre os membros torácicos, e ao décimo
segundo ao décimo quinto dia se apóiam sobre os pélvicos.
Sob o ponto de vista neurológico, a função vestibular está suficientemente
desenvolvida , pois ela é necessária no equilíbrio durante o ato de mama, como também os
pares de nervos cranianos: trigêmeo (V), facial (VII), glossofaríngeo (IX), vago (X) e
espinhal (XI) que intervêm na sucção e na deglutição (FEITOSA et al.,2008).
Nos gatos, os testículos devem estar no escroto no momento do nascimento ou
descer em poucos dias. No cão, a descida é mais tardia (PRATS1, 2005), e descem entre a
terceira e quarta semana de idade (PRATS2, 2005). Nos cães o conduto auditivo é aberto
entre o 14° e o 17° dia, já nos gatos esta abertura acontece em volta do 6º e 14° dia de vida,
mas a orientação sonora e a visual aparecem mais tarde (PRATS1, 2005).
O estômago tem capacidade media de 50mL/kg, é um ambiente estéril, e nos
primeiros dois dias de vida, inicia-se uma colonização gástrica e intestinal pela flora
bacteriana que dura até a quarta ou quinta semana, período em que deve-se ter cuidado no
uso de antibióticos na mãe e nos filhotes, caso contrário pode originar transtornos
digestivos de difícil manejo, por alterações ou desequilíbrios na flora bacteriana
(FEITOSA et al., 2008).
2.2.2 - Período de Transição
Compreende a terceira semana de vida. Observa-se a competência do sistema
audiovisual (da abertura dos olhos a resposta ao estimulo luminoso e a objetos em
movimento), desenvolvimento neurológico mais amplo e maior independência materna. A
abertura do canal auditivo também ocorre ao final desse período, observando-se o inicio da
resposta sensorial aos estímulos sonoros (CRESPILHO1, 2005).
A nefrogênese completa-se na 3ª semana, embora a capacidade de reabsorção não
seja funcional. Por isso, filhotes podem ser mais susceptíveis à toxicidade por drogas e
metabólitos devido sua limitada capacidade para eliminá-los (FEITOSA et al., 2008). Os
filhotes começam a vocalizar os latidos e uivos. Ainda são dependentes de estimulo
materno para defecação e micção (Figura 2), após há terceira semana os animais urinam e
defecção sozinhos, mas o estímulo permanece até 4ª – 6ª semana de vida apesar de não ser
mais necessário (PRATS2, 2005).
Figura 2 – Cadela estimulando e limpando a região anal e genital. (Fonte: PRATS2 2005).
No gato a resposta pupilar já é evidente aos 21 dias, no cão acontece um pouco
depois. A orientação visual é finalizada a partir da quarta semana e a auditiva entre os 25 e
28 dias. Já o pigmento da íris se define em torno do 23° dia de vida no gato. Depois do
predomínio dos reflexos extensores observado até os 21 dias nos filhotes caninos, alcança-
se o equilíbrio, e nos felinos entre os 25 e 30 dias inicia-se o reflexo de endireitamento no
ar que estará completo até a 7° semana, este reflexo permite o gato reorientar sua posição
no ar e cair sempre sobre suas patas (BARRETO, 2003; PRATS2, 2005).
Os incisivos e caninos decíduos no gato vão aparecer na 2° e 3° semana, e na 4°
semana completa-se a dentição decídua com exceção do último molar. No caso dos cães
por volta da 4° semana aparecem os incisivos e caninos decíduos.
2.2.3 - Período de Socialização
Durante este período o tempo dedicado à alimentação e ao sono reduz-se
progressivamente, observando-se o inicio das atividades sociais dos filhotes (Figura 3),
relacionadas ao contato com outros animais e humanos, essas experiências permitem o
aprendizado dos animais, definindo os padrões de comportamento futuros (CRESPILHO1,
2005).
Figura 3 – Filhotes de gato no período de socialização. (Fonte: PRATS3 2005).
Na 8º semana a capacidade de absorção renal já é elevada e a partir da 10° semana
já possui maturidade completa. Na 12º semana o timo já estará totalmente maturo e seu
tamanho elevado 200 vezes do tamanho inicial. A resposta imunológica estará plenamente
desenvolvida, momento ideal para vacinações definitivas (PRATS3, 2005). Segundo
Davenport (1992), o timo é responsável pala diferenciação e migração de linfócitos para
órgãos linfóides secundários, onde adquirem características novas e transformam-se em
células imunocompetentes.
De acordo com Prats3 (2005), por volta da 7ª semana a temperatura alcança o valor
normal do adulto que é 38,5-39°C. A freqüência cardíaca passa para 200bpm na quinta
semana, já a respiração oscila em media em torno de 20 a 24mpm.
2.2.4 - Período Juvenil
Para Crespilho1 (2005) e Prats4 (2005), esta fase compreende o intervalo entre a
décima semana de vida à puberdade. Observa-se o aperfeiçoamento das destrezas motoras
e crescimento corporal. De maneira geral, a fase juvenil é marcada por mudanças graduais
nas quais se estabelece o padrão de comportamento e conformação característicos do
individuo adulto (Figura 4).
Figura 4 – Período juvenil do cão e do gato. Adaptado de Prats4 (2005).
Na espécie canina, em particular o crescimento ósseo está associado à nutrição e ao
exercício físico é também a época de educação, do ensino em diferentes níveis. Tanto os
cães quantos os gatos já apresentam valores de temperatura e freqüência cardíaca e
respiratória iguais as normais para um animal adulto. Já possuem audição eficaz e
alcançam percepção visual adequada aos quatro meses de vida (PRATS4, 2005).
Conforme Prats4 (2005), possuem reflexo e respostas neurológicas iguais ao dos
adultos na 11ª a 12ª semana de vida. A dentição definitiva no gato estará completa em
torno da 7 meses no gato, e no cão esse processo se completa entre a 7º e 8º mês de vida. O
final dessa fase está relacionado à chegada da puberdade e inicio da capacidade
reprodutiva. Determinando assim o completo desenvolvimento do organismo.
2.3. Metabolismo
Muitas das funções do fígado e dos rins não estão desenvolvidas nos filhotes
caninos e felinos, que são os principais responsáveis pelo metabolismo geral. O feto possui
a capacidade do fígado reduzida para gliconeogênese (CENTER et al., 1997; FEITOSA et
al., 2008), que corresponde à síntese da glicose a partir de produtos finais da glicólise e
produtos intermediários do ciclo de krebs. É uma parte criticamente importante da
homeostasia do combustível (glicose), e ocorre apenas no fígado e em extensão limitada
nos rins (CUNNINGHAM1, 1999); glicogenólise (quando a glicose é liberada do
glicogênio); metabolismo dos ácidos biliares e outros processos de biotransformação,
desintoxicação e eliminação (CENTER et al., 1997).
Segundo Feitosa et al. (2008), o recém-nascido depende principalmente do
glicogênio hepático, pois estoques substanciais dessas se acumulam perto do seu
nascimento, e assim conseguem obter a energia durante o primeiro dia de vida. Embora a
capacidade de regulação da glicose sangüínea se desenvolva com a idade, estoques
substanciais de glicogênio hepático acumulam-se somente próximo ao nascimento e,
mesmo assim, são insuficientes como uma fonte prolongada de energia.
Consequentemente, o recém nascido vai depender da alimentação para absorção
dos nutrientes para manter os níveis normais de glicogênio, é durante esse intervalo que o
mesmo é extremamente suscetível ao desenvolvimento da hipoglicemia. Os filhotes de
cães e de gatos possuem dificuldade na regulação total da glicose sanguínea, sendo lento a
sua recuperação tanto do quadro de hipoglicemia quanto da hiperglicemia. E devido a este
fato pode resultar na hiperglicemia prolongada quando se administra glicose suplementar
devido à incapacidade de regular a glicose sangüínea. (FEITOSA et al., 2008).
De acordo com Center et al. (1997), nos filhotes de cão o lactato parece ser o
melhor precursor de aminoácido gliconeogênico, e parece ser utilizado preferencialmente
no metabolismo cerebral de recém-nascidos hipoglicêmicos. A solução de ringer lactato
pode, desta forma, ser uma boa escolha de terapia líquida. A euglicemia é de suma
importância para estabilidade neurológica dos filhotes de cães e gatos, uma vez que
necessitam de duas a quatro vezes mais carboidratos, do que o adulto, considerando a
relação entre massa cerebral e a corporal. Apesar de que o cérebro desses animais aceitarão
preferencialmente o lactato como substrato energético, a disponibilidade do lactato pode
ser insuficiente.
A função do ciclo da uréia amadurece em estágios variados do desenvolvimento
fetal e neonatal nas diferentes espécies. Nos ratos, as enzimas estão presentes somente
alguns dias antes do nascimento e o sistema amadurece durante as primeiras semanas de
vida. A atividade das enzimas do ciclo da uréia não foram diretamente quantificada no
fígado de cães e gatos fetais ou recém-nascidos. Os valores basais de amônia em cães e
gatos com 2 meses de idade e clinicamente normais, estiveram dentro da faixa normal dos
adultos. Não está determinado quando o filhote canino e felino completa o pleno potencial
para a digestão da gordura da dieta dependente do metabolismo dos ácidos biliares. E o
filhote de cão possui madura a captação, conjugação e excreção da bilirrubina, entretanto a
capacidade do fígado do filhote de gato para o metabolismo da bilirrubina não foi estudada
completamente, e alguns filhotes de gatos de 10 a 14 dias de idade, desenvolvem-se
valores de bilirrubina totais tão elevados, mas normalizam-se com quatro semanas de idade
(CENTER et al., 1997).
Utilizados para avaliar a suficiência da função hepática e da circulação hepatoporta
os ácidos biliares são sintetizados no fígado a partir do colesterol, conjugados em
aminoácidos, e então excretados para a bile (CUNNINGHAM2, 1999). Estudos em
humanos neonatos mostraram um depósito menor de ácidos biliares, uma maior renovação
de depósito diário devido as grandes perdas intestinais e concentrações de ácidos biliares
internos e luminais menores que no adulto. A aplicação das informações para cães e gatos
jovens ainda é especulativa, no laboratório do autor, as concentrações de ácidos biliares
sericos obtidos ao acaso de exemplares em jejum no primeiro dia de idade, primeira
semana de idade, segunda semana e quarta semana de idade para filhotes de cães e gatos
estiveram dentro dos limites considerados normais para adultos (CENTER et al.,1997).
A produção de albumina, varias globulinas e da maioria dos fatores de coagulação é
dependente da função hepática. As concentrações totais de albumina e outras proteína de
cães e gatos acompanhados até a idade de quatro semanas encontram-se abaixo do limite
normal para adultos. Os filhotes caninos com 8 semanas de idade apresentam valores de
albumina iguais aos do cães adulto, e permanecem subnormais para concentração de
proteína total. Os valores de globulina total aumentam com a idade e provavelmente estão
relacionados com exposição antigênica elevada. Embora os testes de capacidade de
coagulação sejam raramente realizados em filhotes de cães e gatos, o autor indica valores
de PT (protrombina), APTT (tromboplastina parcial ativada) e fibrinogênio em cães e
gatos de dois meses de idade (CENTER et al., 1997).
As concentrações séricas de colesterol podem fornecer evidência de distúrbios
funcionais hepáticos, uma vez que a excreção de colesterol é sobremaneira dependente da
sua eliminação na bile. As concentrações de colesterol em filhotes de cão de 6 semanas de
idade foram investigadas e mostraram estar dentro dos valores normais de cães adultos. Em
cães e gatos com idade superior a 2 a 4 semanas, as concentrações de colesterol no soro
sanguineo estão dentro da faixa normal do adulto (CENTER et al., 1997).
Segundo Crawford (1992) o desenvolvimento embrionário dos rins no filhote
canino não é completo até pelo menos a terceira semana de vida. A depuração renal de
aminoácidos é completa por volta da terceira semana de idade. E a partir desta data a
maioria dos aminoácidos é reabsorvida pelos túbulos renais e entre a terceira e oitava
semana, um padrão adulto da reabsorção de aminoácidos é evidente. O desenvolvimento
do transporte de aminoácidos precede o desenvolvimento anatômico ou a maturação
funcional de outros sistemas de transporte nos rins do filhote canino. A absorção tubular
incompleta de solutos pelos rins do filhote canino não é somente restrita aos aminoácidos,
mas também ocorre com glicose e com os bicarbonatos.
Estudos de depuração da insulina em cãezinhos demonstraram que a TFG (taxa de
filtração glomerular) aumenta sete vezes durante o primeiro mês da vida. De modo
semelhante, o fluxo sangüíneo renal (FSR) aumenta cerca de quatro vezes durante o
mesmo período. Tanto o TFG como o FSR continua a aumentar depois de quatro semanas
de idade, atingindo valores do adulto aproximadamente 10 semanas após o nascimento. Da
mesma forma, estudos de depuração de creatinina endógena sugerem que a TFG em
gatinhos aumenta rapidamente após o nascimento, atingindo valores dos adultos por volta
de nove semanas de idade (KRUGER et al.,1997)
Existem diferenças significativas no equilíbrio ácido-basico entre cãezinhos,
gatinhos e adultos. Estudos in vitro de cortes renais revelaram que os cãezinhos possuem
uma capacidade reduzida para aumentar a amoniogênese renal em resposta a um ambiente
ácido quando comparados aos adultos, não sendo observado nos gatinhos (KRUGER et
al.,1997)
A imaturidade da função glomerular e tubular renal tem implicações clínicas
significativas com relação ao tratamento terapêutico de cãezinhos e gatinhos. Esses são
predispostos à desidratação rápida como resultado de suas exigências hídricas mais altas e
sua capacidade reduzida para concentrar a urina e resistir à diurese osmótica. De modo
inverso, são inerentemente mais sensíveis a sobrecarga de volume fluido e de soluto,
embora este paradoxo apresente desafios terapêuticos únicos, o uso de velocidades
conservadoras de administração fluida e cuidadoso controle durante o transcorrer da
terapia fluida podem ser benéficos no tratamento de animais imaturos. E esses filhotes
podem ser mais suscetíveis a toxicidade por drogas devido a sua limitada capacidade para
eliminar drogas e metabólitos de drogas dependentes de mecanismo excretores renais
(KRUGER et al.,1997)
2.4. Absorção dos Fármacos
Em farmacologia, defini-se a absorção como uma série de processos pelos quais
uma substância externa penetre em um ser vivo sem ocasionar lesão traumática, chegando
até o sangue. Quanto à absorção, a terapia pediátrica acompanha os mesmos princípios
postulados para animais adultos, sendo influenciada pelo fluxo sanguíneo no sítio de
administração do fármaco, bem como a funcionalidade gastrointestinal, relacionada aos
medicamentos administrados oralmente (FLORIO, 1996; CRESPILHO2, 2006).
Segundo Greene et al. (1992) os filhotes podem ser expostos aos efeitos de
substâncias, em conseqüência do uso dessas na mãe durante a gestação, das que passam
através do leite e também diretamente pela medicação administrada, necessária para
controlar suas próprias doenças.
Em geral, as reações adversas a drogas refletem as concentrações plasmáticas de
drogas que atingiram os limites tóxicos. Ocasionalmente, o fracasso terapêutico resulta da
formação de concentrações plasmáticas subterapêuticas. Todos os quatro determinantes de
distribuição de drogas (absorção, distribuição, metabolismo e excreção) sofrem alterações
espetaculares conforme o filhote de cão e gato amadurece (BOOTHE & HOSKINS, 1997).
2.4.1. Metabolismo dos Fármacos
A função do metabolismo das drogas é transformar um composto lipossolúvel em
uma forma mais hidrossolúvel e mais polar, a fim de facilitar a sua excreção pelo
organismo (FLORIO, 1996; CRESPILHO1 2005). Um dos aspectos que mais influi na
capacidade dos filhotes para eliminar substâncias é a imaturidade dos néfrons. Esse fator
afeta a excreção renal, fazendo com que os fármacos que dependem deste mecanismos para
sua excreção tenham eliminação muito mais lenta. Existem duas vias de eliminação renal
de fármacos: a filtração glomerular e a secreção tubular (FLORIO, 1996; MARTÍ, 2005).
Conforme Florio (1996), Koren (2003) e Crespilho1 (2005) o metabolismo de
drogas compreende duas fases, cada uma catalizada por enzimas especificas. As enzimas
de fase – I catalizam reações de oxidação, redução ou hidrolise e estão localizadas
primariamente no fígado (principalmente as enzimas do sistema citocromo P-450). A fase
– II envolve a conjugação da droga ou dos metabólitos da fase – I com grandes moléculas,
tornando-as menos ativas, menos tóxicas e mais hidrossolúveis para serem prontamente
eliminadas pela urina ou pela bile.
Provavelmente o principal fato que isoladamente altera a farmacocinética de drogas
nos neonatos é a deficiência na metabolização enzimática no fígado. O sistema enzimático
hepático, responsável pela metabolização da maioria das drogas (citocromo P-450, sistema
de hidroxilação e demetilação), não apresenta maturidade equivalente a capacidade adulta
em filhotes de até cinco meses de idade. Estas deficiências resultam em baixas taxas de
excreção e aumento da meia vida efetiva de algumas drogas que são metabolizadas antes
de serem excretadas, indicando a redução das doses ou prolongamento dos intervalos de
administração para fármacos potencialmente tóxicos (FLORIO, 1996; CORREIA 2003;
CRESPILHO1, 2005).
2.4.2 - Excreção dos Fármacos
A excreção renal reduzida, característica do filhote de cão, resulta em depuração
menor de drogas originais excretadas por via renal e produtos do metabolismo de drogas da
fase II. A velocidade de filtração glomerular e a secreção tubular aumentam sete a quatro
vezes, respectivamente, do 2º ao 77º dia em cãezinhos. Embora o número de glomérulos
permaneça constante durante todo o desenvolvimento, tanto a filtração glomerular como a
função tubular renal aumenta progressivamente. À medida que os rins amadurecem no
filhote de cão, a velocidade de crescimento tubular parece exceder o crescimento
glomerular. O equilíbrio glomérulo-tubular de sódio e água é pouco desenvolvido no
neonato, ao contrario da filtração e secreção, a reabsorção tubular renal parece ser
semelhante ao que ocorre em adultos enquanto se mantêm os fluidos corpóreos e eletrólitos
(BOOTHE & HOSKINS, 1997). Por exemplo, foi comprovado que a nefrotoxicidade da
gentamicina nos neonatos se deve a necessidade desse antibiótico da filtração glomerular
para ser eliminado (MARTÍ, 2005).
2.5. Nutrição
As exigências nutricionais, a alimentação e os cuidados com cães e gatos durante a
fase pediátrica são substancialmente diferentes durante seus vários estágios de
crescimento. Uma nutrição adequada consiste na suplementação de todos os nutrientes em
quantidades e em proporções adequadas. A fase de crescimento é um período fundamental
na vida de filhotes de cães e gatos, a qual envolve a interação de hereditariedade, regulação
hormonal, ganho de peso e nutrição apropriada (HOSKINS2, 2004)
Os neonatos têm reduzida habilidade digestiva mas grande capacidade de absorção.
Seu trato gastrintestinal imaturo não apresenta capacidade de adaptação enzimática, de
forma que se deve-se oferecer ingredientes para os quais os filhotes apresentem capacidade
digestiva. Assim, necessitam de gordura láctea ou emulsificada, proteínas do leite como
caseína e soroalbumina e lactose. Para digestão dos carboidratos, filhotes apresentam
apenas lactose, de modo que o fornecimento de amido, mel ou sacarose (açúcar de cana)
resulta em diarréia e não aproveitamento da ingesta (CARCIOFI & PRADA, 2005).
Os filhotes de cão e de gato deixarão de atingir o tamanho determinado, a menos
que consumam alimentos suficientes e de qualidade adequada. As desordens relacionadas à
nutrição ocorrerão com freqüência se forem administradas, durante o crescimento, rações
comerciais de baixa qualidade, não balanceadas ou rações caseiras com poucos itens
alimentares. A nutrição adequada, por conseguinte, é crucial à saúde geral e ao
desempenho dos filhotes de cão e gato (HOSKINS1, 1997).
2.5.1 - Amamentação
Em circunstâncias normais, a exclusiva fonte de alimentação para o neonato é o
leite materno (Figura 5). Como resultado é importante garantir que a adequada quantidade
e qualidade sejam oferecidas ao filhote em crescimento, pois, é essencial para fornecer a
imunidade passiva, hidratação e nutrientes para seu desenvolvimento. A água é um dos
componentes presentes no leite, ingerido para manter o volume sangüíneo e de fato matem
a hidratação do neonato e ainda leva fisiológica prioridade sobre o fornecimento de
combustíveis metabólicos e por esta razão, os primeiros sinais de perda de fluidos deve-se
realizar hidratação, pois é mais importante que o fator nutricional (LEPINE, 1997).
O colostro excretado nas primeiras 48 a 72 horas é de fundamental importância
para os filhotes de cães pois são ricos em imunoglobulinas, já que o leite da gata possui
níveis de imunoglobulinas constantes durante toda a lactação. Os componentes
fundamentais do colostro (as imunoglobulinas) só podem ser absorvidos pelo intestino do
filhote do cão ou do gato, durante as primeiras 72 horas. Por isto, no caso dos felinos,
nesses primeiros dias como suporte imunológico, poderia ser servido o leite de outra gata
independente da fase de lactação em que se encontre (PRATS & PRATS, 2005). No caso
das cadelas deve-se tentar obter o colostro de outra mãe (HOSKINS1, 1997; PRATS &
PRATS, 2005).
Figura 5 – Filhotes neonatos durante amamentação.
Uma boa opção para substituir as defesas fornecidas pelo colostro, tanto em cães
quanto em gatos, é a administração de soro de animal adulto. Obtido através de adequadas
medidas anti-sepsia, deixando o sangue coagular, centrifuga-se e separa o soro
cuidadosamente. O soro pode ser congelado em frações de 5ml, sendo mais preferível o
uso imediato, podendo ser administrada por via oral (20ml/kg, repetido 12 horas depois),
subcutânea (20ml/kg) que é a mais adequada, intraperitoneal (50ml/kg 3vezes em
intervalos de 8 horas) recomendada para animais enfraquecidos e também pode ser
aplicada por via intravenosa ou intra-óssea (PRATS & PRATS, 2005).
Sem dúvida, a nutrição é o aspecto mais obvio, pois tanto a quantidade quanto a
qualidade, devem estar de acordo com os requerimentos do crescimento em cada uma das
fases. Por isso, fatores como teor energético, as proteínas, a gordura, o cálcio, o zinco entre
outros nutrientes diferem dos do leite natural (HOSKINS1, 1997; PRATS & PRATS,
2005). Neste sentido, o leite da gata é similar ao da égua, pois ambos têm relação similar
das duas proteínas, enquanto o da cadela se parece mais com o da vaca, no qual predomina
as caseínas (PRATS & PRATS, 2005).
2.5.2 - Alimentação
Os filhotes durante as primeiras semanas devem apenas comer e dormir. As
necessidades nutricionais nas suas três a quatro semanas nos cães e quatro semanas de vida
nos gatos devem ser fornecidas completamente por uma mãe saudável e bem nutrida. As
indicações de que o filhote não está recebendo leite adequadamente são o choro constante,
a extrema inatividade ou insuficiência de ganho de peso, de acordo com as diretrizes gerais
de que um filhote de cão deve ganhar de 2 a 4g de peso por dia ou pelo menos 10% de
ganho de peso por dia, já o filhote de gato deve ganhar 10 a 15g de peso por dia
(HOSKINS1, 1997).
Não existe nenhum outro leite que seja por si só um bom substituto do leite da gata
ou da cadela, nem mesmo o da vaca. É indicado que para tornar o leite bovino um
substituto mais adaptado às necessidades das crias, deve ser complementado, pois tanto o
leite da cadela quanto o da gata são mais ricos em todos os componentes principais
(proteínas, gorduras, energia, cálcio e fósforo), com exceção da lactose (PRATS &
PRATS, 2005), sendo assim a opção é o leite artificial cuja composição se aproxime o
mais possível no conteúdo, consistência e paladar do leite natural (Tabela 1) (GIACOBINI,
2003).
Tabela 1 – Composição ideal do leite artificial.
Componentes Gramas (g)
Água 900
Gordura 37 – 45
Lactose 47 – 52
Caseína 27 – 30
Albumina 3 – 4
Proteína 30 – 35
Minerais 9 – 9,5
Fonte: Giacobini, (2003)
A tabela 2 demonstra fórmulas caseiras para substituição do leite de cadela e gata
que trazem melhores resultados clínicos, em especial durante a época em que não se
disponha de leite substituto comercial e de fácil elaboração, para os filhotes caninos e
felinos, e também a elaboração de um produto aceitável, com componentes de fácil acesso,
para substituir o leite natural. Para conseguir uma alimentação substituta adequada a
qualidade do produto selecionado é muito importante (PRATS & PRATS, 2005).
Tabela 2 – Fórmula Caseira para Substituição do Leite de Cadela e Gata.
Cadela Gata
800ml de leite integral de vaca 90ml de leite condensado
200ml de creme de leite 120ml de iogurte integral
1 gema 3 – 4gemas de ovo (dependendo do tamanho)
2.000 UI de vitamina A 90ml de água
500 UI de vitamina D
1 – 2 gotas de limão
Aquecer a 38°C
Fonte Prats &Prats (2005)
Numerosos produtos são comercializados com finalidades específicas do leite
materno de cães e gatos, verificando assim, sua composição e as porcentagens indicadas
para o leite para sua administração (Tabela 3) A principio, é difícil que um mesmo produto
seja adequado tanto para gatos quanto para cães. E por fim a palatabilidade e a tolerância
digestiva são dois fatores importantes a serem considerados (PRATS & PRATS, 2005).
Tabela 3 - Componentes mínimos de formulação do leite comercial para filhotes de Cães e Gatos
Componentes Parâmetro
Umidade (máx) 5,77%
Proteína Bruta (mín) 34,4%
Extrato Etéreo (mín) 33,42%
Matéria Fibrosa (máx) 0,53%
Matéria Mineral (máx) 4,74%
Cálcio (máx) 0,68%
Fósforo (mín) 0,42%
Colina 2,4g
Taurina 1g
Fonte: Vetnil
máx: máximo; mín: mínimo
A transição do leite materno para alimentos sólidos deve ser um processo gradual,
que começa aproximadamente na terceira semana de vida nos cãezinhos e na quarta
semana nos gatinhos, entretanto, se necessário à alimentação suplementar pode ser iniciada
tão logo haja sinais de que o filhote não está ganhando peso suficiente. Durante a transição,
pode-se oferecer ao filhote de cão uma mistura espessa, semelhante a uma papa, de
alimento de boa qualidade para filhotes, próprio para crescimento e misturada com água na
proporção de uma parte de alimento seco combinada com três partes de água ou duas
partes de alimento enlatado misturada com uma parte de água. Já para os gatinhos a
mistura pode ser com leite ou água. Uma vez que o filhote esteja comendo
satisfatoriamente a papa, deve-se reduzir gradualmente a quantidade de leite ou água da
mesma, até que o filhote esteja consumindo apenas comida sólida (HOSKINS2, 2004;
CARCIOFI & PRADA, 2005).
No mercado brasileiro há uma grande variedade de alimentos industrializados para
animais de estimação, que são classificados em Premium e Super Premium, porém não há
um regulamento para isto. E existe em nosso país uma Instituição Normativa de 7 de Abril
de 1999 que determina as características mínimas que esse produto deve conter (Tabela 4)
(SINDIRAÇÕES - ANFAL, 2001).
Tabela 4 – Componentes mínimos de formulação de ração para filhotes de até 6 meses de
idade de Cães e Gatos.
Parâmetros (%) Ração Seca para Cães Ração Seca para Gatos
Umidade (máx) 12 12
Proteína Bruta (mín) 16 28
Estrato Etéreo (mín) 4.5 8
Fibra Bruta (máx) 6.5 4.5
Matéria Mineral (máx) 12 10
Calcio (máx) 2,5 2,5
Fósforo (mín) 0,4 0,5
Fonte: Sindirações – Anfal,
máx: máximo; mín: mínimo
O Alimento Premium constitui as marcas fortes dos fabricantes. Têm como apelo
principal a palatabilidade e aproveitamento do produto. Utilizam ingredientes de melhor
qualidade, teores nutricionais mais altos e um melhor processamento, tornando-os mais
confiáveis. Já os produtos Super Premium tem como foco principal a qualidade. São
produzidos com ingredientes especiais e com atribuições as funções especificam no
conjunto da fórmula, mediante processamento diferenciado, tornando-os
consequentemente mais caros. Apresentam maior densidade nutricional, digestibilidade e
palatabilidade para animais de qualquer idade. Além disso, existem diversos estudos que
servem de base para elaboração desses alimentos, e sempre possuem tecnologia inovadoras
de altíssima qualidade (Tabela 4) (TAYLOR1, 2006;TAYLOR2, 2007).
Tabela 5 – Exemplos de ração para filhotes de cão e gato em crescimento Premium e
Super Premium.
Premium Super Premium Níveis de Garantia (%)
Cão* Gato* Cão** Gato***
Umidade (máx) 12 12 10 10
Proteína bruta (mín.) 25 30 29 35
Extrato etéreo (mín.) 7,5 8 19 20
Matéria fibrosa (máx) 3 4 3 2,7
Matéria mineral (máx) 11 10 7,5 7
Cálcio (máx) 2 2 1,5 1,2
Fósforo (mín.) 1 0,8 0,8 1
Fonte: *Waltham®, **Premier Pet® e ***Tecnologia Total em Alimentos®
máx: máximo, mín.: mínimo
O filhote aprendendo a comer e a beber satisfatoriamente já pode ser separado da
mãe. A maioria dos filhotes de gato desmamam completamente entre seis e oito semanas
de idade, já os cães com cinco a sete semanas de vida. Por esta causa o desmame completo
não deve ser tentado até que os filhotes tenham pelo menos 6 semanas de idade e o contato
mais próximo com o homem tenha ocorrido (HOSKINS2, 2004)
A alimentação administrada ao filhote deve ser especialmente formulada para o
crescimento. No caso dos cãezinhos, matéria seca deve ser pelo menos 80% digerível e
conter pelo menos 25% de proteína, 17%de gordura, 1.750kcal de energia
metabolizável/453,5g, menos de 5% de fibra, 1 a 1,8%de cálcio e 0,8 a 1,6% de fósforo,
sendo a quantidade de cálcio maior que a de fósforo. Nos gatinhos a matéria seca, deve ser
pelo menos 80% digerível, e conter pelo menos 35% de proteína, 17% de gordura,
1.800kcal de energia metabolizável/435,5g, 1 a 1.8% de cálcio e 0,8 a 1,6% de fósforo,
com a quantidade de cálcio maior que a de fósforo. A suplementação com carne, restos de
comida ou outros itens não são recomendados, por criar desequilíbrio dietético com
conseqüente deficiência ou excesso nutricional (HOSKINS1, 1997)
O leite de vaca frequentemente é dado aos filhotes de gato após o desmame e é um
bom alimento, contanto que não cause diarréia, ele possui quantidades adequadas de
vitaminas do complexo B, quantidades suficientes de vitamina A mas muito pouca
vitamina C (PIPES, 1998). Contudo, o leite jamais deve ser oferecido no lugar da água
fresca, visto que os hábitos alimentares do filhote ainda estão em desenvolvimento sendo
importante que uma ração de boa qualidade para o filhote em crescimento seja dada
diariamente em intervalos regulares. Com a quantidade apropriada de comida para os
cãezinhos e a vontade, ou pelo menos três vezes ao dia para os gatinhos. É preferível
durante a fase de crescimento, assim como a água fresca deve estar sempre disponível
numa vasilha limpa, sendo que qualquer tipo de suplementação deve ser evitado
(HOSKINS1, 1997).
2.5.3 – Má Nutrição
Ocorre má nutrição quando as exigências nutricionais não estão sendo satisfeitas. A
má nutrição é sobretudo comum durante o período em que os filhotes dependem
completamente da mãe para satisfazer suas necessidades nutricionais. Filhotes de cães e
gatos que estão em amamentação têm exigências nutricionais semelhantes, e a
sobrevivência de cada um depende da capacidade da mãe de assisti-los, da sua capacidade
de digestão, absorção e utilização de nutrientes, e do programa nutricional progressivo
implantado (HOSKINS2, 2004).
Em todas as ninhadas sempre há um filhote que deve ser vigiado com mais cuidado.
É necessária uma alimentação complementar, caso o filhote não apresente ganho de peso
suficiente (PRATS & PRATS, 2005; NELSON & COUTO, 2006). Vários fatores podem
contribuir para a má nutrição nos filhotes de cães e gatos em amamentação. Tais como: O
filhote pode ingerir leite de forma insuficiente em conseqüência de morte da mãe ou
rejeição por parte dela de seus filhotes, devido a ninhadas muito numerosas, ou por causa
de insuficiência de lactação. Além de o filhote ter nascido prematuro ou com
desenvolvimento inadequado. Quando uma dieta formulada para crescimento apropriada
não é fornecida, pode ocorrer ingestão inadequada de nutrientes para satisfazer as
necessidades de crescimento (HOSKINS1, 1997; HOSKINS2, 2004; TAYLOR1, 2006;
TAYLOR2, 2007).
A detecção imediata de um filhote de cão ou gato com má nutrição geralmente se
baseia em suas tentativas de se alimentar ou sua incapacidade de obter ganho de peso
adequado para a sua idade. O tratamento de má nutrição em filhotes de cães e gatos que
estão sendo amamentados em geral requer que uma nutrição apropriada seja fornecida. As
complicações que são frequentemente encontradas durante o tratamento da má nutrição
são: desidratações, hipoglicemia e diarréia (HOSKINS2, 2004; NELSON & COUTO,
2006).
A hipoglicemia e a desidratação ocorrem rapidamente quando o filhote de cão ou
gato, não esta sendo alimentado adequadamente. Para ajudar a reduzir o grau de
desidratação e normalizar a hipoglicemia moderada, deve-se administrar uma mistura igual
de eletrólitos múltiplos e solução aquosa de glicose a 5% por via parenteral até que o
filhote responda ao tratamento (HOSKINS1, 1997; FEITOSA, 2008).
O quadro de hipoglicemia nesses pacientes pode incluir fraqueza, hipotermia,
incapacidade de mamar, choro persistente, bradicardia, respiração irregular, apnéia ou
sinais de neuroglicemia, incluindo depressão, ataxia, convulsão, estupor e coma.
Geralmente a causa dessa hipoglicemia é o estresse associado a distorcia, manuseio
excessivo, traumatismo, hipoxia, desidratação, diarréia, aleitamento insuficiente, rejeição
prematura pela mãe, nutrição pré-natal inadequada, infecções, entre outras. Verificando
sempre as suspeitas, mais rápido se efetua o diagnostico no filhote, tendo assim um
tratamento voltado para correção da hipoglicemia concorrente, normalizar a temperatura
corpórea e do estado de hidratação, prevenção do estresse e eliminação de qualquer causa
subjacente (CENTER et al.,1997; FEITOSA et al., 2008).
Se ocorrer diarréia enquanto são administradas quantidades adequadas de fórmula
de substituição do leite preparado de modo apropriado, deve-se reduzir imediatamente a
quantidade de ingestão de sólidos à metade. Isto pode ser feito diluindo-se a fórmula na
proporção de 1 para 1 com água ou, de preferência, com uma mistura de partes iguais de
solução de múltiplos eletrólitos e solução aquosa de glicose a 5%. À medida que as
condições das fezes melhoram, a quantidade de sólidos é gradualmente aumentada para o
nível recomendado (GIACOBINI, 2003; HOSKINS2, 2004).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Veterinário deve ter consciência que o filhote de cão e gato, é um paciente
diferenciado e que apresenta um metabolismo em desenvolvimento. A principal função do
profissional é conhecer a pediatria canina e felina, se inteirando do seu desenvolvimento
metabólico e nutricional e assim identificar as prováveis causas de problemas, optando por
uma terapia adequada para a fase que o filhote se encontra. Muitas vezes algumas
desordens são corrigidas com simples alterações no manejo, ou serão necessários
procedimentos clínicos para corrigir a falha. O importante é o acompanhamento com
tratamento rápido e eficaz, capaz de reduzir o risco de vida do filhote.
Alguns produtos destinados à alimentação dietética podem ser adaptados como
substitutos da lactação. Seja qual for o tipo de nutrientes empregados, deve-se conseguir
um desenvolvimento adequado do filhote. Para avaliar esse desenvolvimento, o principal
parâmetro é a evolução do peso.
Os cuidados com uma dieta totalmente balanceada durante o nascimento e a
puberdade dos filhotes de cão e de gatos, são essenciais para um desenvolvimento normal.
Somente com esse dado percebemos a importância de suprir com precisão todas as
exigências nutricionais que esse rápido crescimento impõe ao organismo.
4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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