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Universidade Estadual de Londrina
CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
IMPORTÂNCIA DA BRINQUEDOTECA COMO ESPAÇO PARA O BRINCAR DE CRIANÇAS
HOSPITALIZADAS: UM ESTUDO DE CASO DO CENTRO INFANTIL BOLDRINI DE CAMPINAS/SP
Karina Lemos dos Santos
LONDRINA – PARANÁ
2011
KARINA LEMOS DOS SANTOS
IMPORTÂNCIA DA BRINQUEDOTECA COMO ESPAÇO PARA O BRINCAR DE CRIANÇAS
HOSPITALIZADAS: UM ESTUDO DE CASO DO CENTRO INFANTIL BOLDRINI DE CAMPINAS/SP
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado a banca de defesa como requisito parcial para a conclusão do Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina.
COMISSÃO EXAMINADORA
Profª. Ms. Catiana Leila Possamai Romanzini - Orientadora Universidade Estadual de Londrina
Prof. Dr. Denilson de Castro Teixeira - Membro da Banca 2 Universidade Estadual de Londrina
Profª Drª. Ana Cláudia Saladini - Membro da Banca 1 Universidade Estadual de Londrina
Londrina, 04 de novembro de 2011.
i
DEDICATÓRIA
À Deus, pois sem Ele, nada seria possível
Aos meus pais e irmãos pelo esforço dedicação e compreensão em todos os
momentos desta e de outras caminhadas.
ii
AGRADECIMENTOS
A Profª. Ms. Catiana Leila Possamai Romanzini braço amigo de todas as
etapas deste trabalho, pelo empenho, paciência e credibilidade.
Aos meus pais pelo amor incondicional e pela paciência. Por terem feito o
possível e o impossível para me oferecerem a oportunidade de estudar, longe deles,
acreditando e respeitando minhas decisões e nunca deixando que as dificuldades
acabassem com os meus sonhos.
Aos meus irmãos que mesmo inconscientemente me incentivaram, sendo além
de irmãos, amigos, a correr atrás dos meus objetivos.
Aos amigos e colegas, pelas ótimas histórias vividas e longos papos nos
corredores da UEL, pela amizade e por ajudar a tornar a minha vida acadêmica
muito mais divertida.
A todos que, com boa intenção, colaboraram para a realização e finalização
deste trabalho.
Aos amigos de turma pelas agradáveis lembranças que serão eternamente
guardadas no coração, muito obrigada.
iii
EPÍGRAFE
“Se tudo puder crer, tudo é possível ao que crê”.
Marcos 9:23
iv
DOS SANTOS, Karina Lemos. A Brinquedoteca Hospitalar como espaço lúdico: um estudo de caso do Centro Infantil Boldrini de Campinas/SP. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2010.
RESUMO
A temática sobre o brincar nos hospitais vem ocupando espaço significante e
trazendo questões relacionadas à sua importância no processo de humanização
hospitalar. Portanto o objetivo geral do estudo foi destacar a importância da
existência de uma Brinquedoteca no espaço hospitalar, quanto aos seus aspectos
legais e sociais. Este estudo caracterizou-se como sendo um estudo de caso com a
Brinquedoteca Hospitalar do Centro Infantil Boldrini de Campinas/SP. Para fins deste
estudo, foi conduzida uma entrevista semi-estruturada por meio de questionário, que
continha perguntas abertas de caráter informativo e descritivo da Brinquedoteca,
bem como questões de ordem mais técnica e pedagógica. Para a análise das
informações fornecidas pelos responsáveis da Brinquedoteca, foi utilizada a análise
de conteúdo, buscando estabelecer categorias para o melhor entendimento. Deste
modo, os resultados foram dispostos em duas grandes categorias: a) Caracterização
da Brinquedoteca e; b) Aspectos Técnicos e Pedagógicos da Brinquedoteca.
Observou-se que o objetivo principal da Brinquedoteca Hospitalar do Centro Infantil
Boldrini está totalmente de acordo com o que propuseram outros autores, estudiosos
do lúdico no hospital e que seria muito interessante se pudéssemos em próximas
pesquisas, fazer uma imersão neste ambiente para poder compreender melhor a
situação vivida, tanto pela criança no seu processo de hospitalização, quanto pelo
profissional que está conduzindo a ação de promover o brincar. Pode-se concluir
que a Brinquedoteca Terapêutica Ayrton Senna do Centro Infantil Boldrini de
Campinas/SP destaca-se e figura-se como um exemplo quanto ao oferecimento de
uma estrutura física adequada para o espaço do brincar de crianças hospitalizadas,
no entanto, não foi possível obter detalhes mais ricos quanto à situação das crianças
que freqüentam o local, nem de como as mesmas se sentem usufruindo deste local.
Tal fato pode ter ocorrido por uma limitação no aprofundamento das perguntas do
questionário. Palavras-chave: brincar; criança; brinquedoteca
v
DOS SANTOS, Karina Lemos. A Brinquedoteca Hospitalar como espaço lúdico: um estudo de caso do Centro Infantil Boldrini de Campinas/SP. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2010.
ABSTRACT
The theme of the play is taking up space in hospitals and bringing significant issues
related to their importance in the process of humanization hospital. Therefore the
overall objective of the study highlight the importance of a Toy Library in hospitals as
to their legal and social aspects. This study was characterized as a case study with
the Toy Center Hospital Infantil Boldrini in Campinas / SP. For purposes of this study,
we conducted a semi-structured interview using a questionnaire which contained
open questions informative and descriptive of the toy library, as well as issues of a
more technical and pedagogical. For the analysis of information provided by officials
of the Toy Library was used content analysis, seeking to establish categories for
better understanding. Thus, the results were arranged in two broad categories: a)
Characterization of the Toy and b) Technical and Pedagogical Aspects of Toy. It was
observed that the main objective of the Toy Center Hospital Infantil Boldrini is fully
consistent with what other authors have proposed, scholars play in the hospital and
would be very interesting if we could in future research, to immerse themselves in
this environment in order to better understand the experience, both for the child in the
process of hospitalization, and by the professional who is leading the action to
promote the play. It can be concluded that the therapy Toy Ayrton Senna Centro
Infantil Boldrini in Campinas / SP and figure stands out as an example how they offer
a physical structure suitable for the space of play of hospitalized children, however,
was not possible to obtain richer details about the situation of children who frequent
the place, nor on how they feel enjoying this site. This may be due to a limitation in
the depth of the questions. Key Words: play, child, playroom
SUMÁRIO
RESUMO.................................................................................................................... iv
ABSTRACT ................................................................................................................. v
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8
2 REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................. 10
2.1 Brincar .............................................................................................................. 10
2.2 Brinquedotecas ................................................................................................ 11
2.3 O processo de Hospitalização .......................................................................... 13
3 MÉTODOS ............................................................................................................. 15
3.1 Caracterização do Estudo ................................................................................ 15
3.2 Procedimentos de Coleta de Dados ................................................................. 15
3.3 Análise dos dados ............................................................................................ 16
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 17
4.1 Caracterização da Brinquedoteca .................................................................... 17
4.2 Aspectos Técnicos e Pedagógicos da Brinquedoteca ...................................... 18
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 21
APÊNDICES .............................................................................................................. 23
APÊNDICE 1 – Ofício de Autorização .................................................................... 24
APÊNDICE 2 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ............................... 25
APÊNDICE 3 – Questionário .................................................................................. 26
8
1 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento infantil está vinculado ao brincar, principalmente porque
esta atividade apresenta-se como uma linguagem própria da criança. É por meio do
brincar e dos diferentes tipos de brinquedos que a criança, de acordo com a sua
idade, vai desenvolvendo o seu potencial de socialização, linguagem,
psicomotricidade e criatividade (SILVA, 1998).
Assim, quando as crianças brincam, expressam uma experiência própria e
pessoal por meio do desenvolvimento de uma atividade espontânea, agradável, sem
objetivos definidos. Através do brinquedo, a criança passa a interagir com o meio e
nesse sentido, desenvolverá sua função social. Independente de como ocorrerá
essa socialização, seja na confecção de um brinquedo, compartilhando um material
ou até mesmo brigando por sua posse (WHALEY; WONG, 1999 citados por FROTA
et al, 2007).
De acordo com o estatuto da Criança e do Adolescente, toda criança possui o
direito de brincar, independente de sua idade, raça ou condição socioeconômica,
sendo necessário que a população faça cumprir esse direito e que ele seja
respeitado, pois o brincar é uma atividade essencial para a saúde física, emocional e
intelectual do ser humano (CORRÊA, 2007 citado por ANGELO; VIEIRA, 2010). No
entanto, quando uma criança passa por uma experiência de hospitalização, todo
este processo do brincar fica comprometido, pois além de se configurar como uma
experiência traumática acaba afastando a criança de sua vida cotidiana, do
ambiente familiar e promove um confronto com a dor, a limitação física e a
passividade, deixando mais evidente os sentimentos de culpa, punição e medo da
morte (SANTA ROZA, 1997 citada por MITRE; GOMES, 2004).
Em alguns casos, estes sentimentos são agravados ainda mais em
decorrência das próprias condições de saúde da criança, do medo e insegurança
dos familiares, dos fatores culturais e de outras possíveis intercorrências. Deve-se
considerar também, que os pais ou outros membros da família que acompanham as
crianças sentem-se desprotegidos no ambiente hospitalar (HAIAT, BAR-MOR;
SHOCHST, 2003 citados por POLETI et al, 2006).
Desta forma, destaca-se a importância de não permitir que a criança perca o
vínculo total da atividade lúdica durante o período de adoecimento e internação
hospitalar de crianças. Assim, segundo Mitre (2000) citado por Mitre e Gomes (2004)
9
o brincar passa a ser visto como um espaço terapêutico capaz de promover não só a
continuidade do desenvolvimento infantil, como também a possibilidade de, por meio
dele, a criança hospitalizada melhor elaborar esse momento específico em que vive.
Neste contexto ganha importância o papel da brinquedoteca hospitalar, que
poderá permitir que os pais/acompanhantes tenham a oportunidade de ver a criança
apreciar, novamente, uma brincadeira e, mesmo que momentaneamente, esquecer
da sua doença. Tudo isso, de certa forma, contribui para que a criança hospitalizada
reserve seu emocional para lidar melhor com as situações adversas surgidas deste
processo (HAIAT, BAR-MOR; SHOCHST, 2003 citados por POLETI et al, 2006).
Sabe-se que nem sempre é possível encontrar Brinquedotecas Hospitalares e
que em outros casos, há Hospitais “Modelo” que valorizam o trabalho desenvolvido
pela Brinquedoteca. Deste modo, diante da exigência legal das Brinquedotecas
Hospitalares nos hospitais com atendimento em pediatria, conforme disposto na Lei
Federal nº. 11.104/2005 e, em consonância com a política de humanização
hospitalar que se tornou meta nacional de saúde e ganhou consistência apenas no
último decênio (VILLELA; MARCOS, 2009), justifica-se o presente estudo de caso
que buscou destacar o papel essencial da Brinquedoteca Hospitalar do Centro
Infantil Boldrini de Campinas-SP, na humanização de seus pacientes.
Segundo Masetti (2003, p.28) a essência da palavra “humanização” está
“ligada à qualidade das relações desenvolvidas entre equipes de saúde e pacientes,
ao que é comunicado nesta interação e, sobretudo, ao exercício das potencialidades
dos seres humanos”.
Assim, estabeleceu-se como questão norteadora: a Brinquedoteca Hospitalar
do Centro Infantil Boldrini de Campinas-SP pode ser considerada importante no
processo de humanização de seus pacientes? E como objetivo geral estabeleceu-
se: destacar a importância da existência de uma Brinquedoteca no espaço
hospitalar, quanto aos seus aspectos legais e sociais, a luz do processo de
humanização.
10
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Brincar
A importância do brincar ganhou relevância social nos Estados Unidos da
America, esta temática vem ocupando espaço significante trazendo questões
relacionadas à sua importância no processo de humanização hospitalar.
No Brasil, tem-se observado uma preocupação crescente com a educação
infantil. O brincar pode constituir-se em um elemento importante para o ensino nas
instituições educativas, porque o brincar é um dos principais processos e uma das
atividades mais presentes na infância, em que são construídas as capacidades e as
potencialidades da criança (MOYLES, 2002; PEREIRA, 2002 citados por
CARVALHO, ALVES; GOMES, 2005).
Ortega e Rosseti (2000) citados por Carvalho, Alves e Gomes (2005) mostram
que o brincar permite a articulação entre os processos de ensino e da educação e
exige uma postura ativa por parte do educando, que articula o ensino e a
aprendizagem em um único movimento.
Segundo teorias da psicanálise, o brincar possibilita à criança extravasar suas
emoções, é a sua forma de comunicar e elaborar seus sentimentos. Além disso,
brincando, ela se prepara para a vida adulta (RODRIGUÊS, LUZ, VILLELA; 2008).
Já no processo de enfrentamento da hospitalização o brincar o aparece como
uma possibilidade de expressão de sentimentos, preferências, receios e hábitos;
mediação entre o mundo familiar e situações novas ou ameaçadoras; e elaboração
de experiências desconhecidas ou desagradáveis (MITRE, 2000 citado por MITRE;
GOMES, 2004).
A necessidade de brincar não deve ser esquecida quando as crianças
adoecem ou são hospitalizadas, pois o fato de a criança poder brincar desempenha
papel importante para o transoperatório, assegurando, entre outras coisas, a
capacidade de promover maior sensação de segurança para a criança inserida em
um ambiente estranho, com pessoas estranhas (SCHMITZ, PICCOLI, VIERIA;
2003).
O brincar surge como uma possibilidade de modificar o cotidiano da
internação, pois produz uma realidade própria e singular. Através de um movimento
11
pendular entre o mundo real e o mundo imaginário, a criança transpõe as barreiras
do adoecimento e os limites de tempo e espaço (MITRE; GOMES, 2004).
2.2 Brinquedotecas
Paula e Foltran (2007a) definem brinquedoteca como um espaço onde os
pacientes aprendem a compartilhar brinquedos, histórias, emoções, alegrias e
tristezas sob a condição de hospitalização. Ela também permite uma aproximação
entre pais e filhos, e possui várias representações: é um espaço lúdico, terapêutico e
político, pois além de garantir o direito da criança poder brincar e de divertir-se,
também é um espaço de formação de cidadania.
A hospitalização na infância gera várias mudanças, tanto no aspecto
emocional como no físico, por estar longe dos familiares e amigos e em um
ambiente desconhecido. As Brinquedotecas Hospitalares surgem como uma das
iniciativas para promover a humanização do hospital, contribuir para a elaboração
das angústias infantis, por meio de brincadeiras e também para que as crianças
possam se adaptar com maior facilidade às novidades da internação.
A importância da brinquedoteca no ambiente hospitalar tem destaque em um
estudo que afirma que ela é um espaço onde as crianças e adolescentes aprendem
a compartilhar brinquedos, histórias, emoções, alegrias e tristezas sobre a condição
de hospitalização, além de desenvolverem aspectos de socialização e cidadania
(PAULA; FOLTRAN, 2007b). As atividades lúdicas também ajudam na compreensão
e elaboração da situação de exceção que a criança vive no hospital, diminuindo os
aspectos negativos e possibilitando maior inclusão da mesma na instituição
(ANGELO; VIEIRA, 2010).
As brinquedotecas nos hospitais do Brasil atualmente estão se tornando uma
realidade. A lei Nº 11.104 tornou obrigatória a instalação de brinquedotecas nos
hospitais brasileiros. Esta lei surgiu a partir dos movimentos de humanização nos
hospitais e simboliza que a inclusão do brinquedo neste ambiente, tem sido
concebida como parte da assistência e da terapêutica às crianças e aos
adolescentes hospitalizados (PAULA; FOLTRAN; 2007a).
O reconhecimento da relevância da brinquedoteca hospitalar pela Associação
Paulista de Medicina (APM) tem propiciado trabalhos em conjunto com a Associação
Brasileira de Brinquedotecas (ABBri) no sentido de divulgar e investigar a
12
importância do lúdico para a qualidade de vida da criança internada e para a
humanização do hospital pediátrico (DIETZ; OLIVEIRA, 2008).
Cunha e Viegas (2004) citados por Angelo e Vieira (2010) salientam a
importância do papel terapêutico da brinquedoteca hospitalar, a qual busca cumprir
a função de preservar a saúde emocional do interno, estimulando seu
desenvolvimento, facilitando o relacionamento com familiares e amigos, como
também o preparando para a volta ao lar.
A preocupação com o número e a qualidade das brinquedotecas hospitalares
reflete a conscientização internacional a respeito da importância de a criança
encontrar condições de brincar no hospital, em ambiente propício para tal, conforme
vem registrando a International Toy Libraries Association (ITLA), atualmente com
sede em Pretória, na África do Sul.
A ABBri filia-se à ITLA, o que lhe permite manter-se atualizada quanto às
inovações conseguidas nos diversos países, buscando adaptá-las à realidade
brasileira, assim como lhe possibilita divulgar estudos realizados no Brasil (DIETZ;
OLIVEIRA, 2008).
Villela e Marcos (2009) mostram que a existência de atividades lúdicas e
mesmo de Brinquedotecas Hospitalares em alguns hospitais antecede sua exigência
legal e mesmo a instituição do Programa Nacional de Humanização da Assistência
Hospitalar.
De acordo com Kishimoto (1998), os objetivos da brinquedoteca entre outros
são: a) valorizar os brinquedos e as atividades lúdicas e criativas, dando-lhes a
devida importância; b) possibilitar o acesso e empréstimo de brinquedos; c) dar
orientações sobre adequação e utilização dos mesmos; d) ajudar a criança a
desvincular o brinquedo de seu aspecto de posse e consumo e; e) estimular o
desenvolvimento de habilidades físicas, cognitivas, sociais e afetivas.
No Brasil, a primeira brinquedoteca foi fundada em 1981, na escola
Indianópolis, no município de São Paulo, por Nilse da Cunha. No ano de 1984 foi
criada a Associação Brasileira de Brinquedoteca e, em 2003, haviam cerca de 180
brinquedotecas em diversos estados (BAZON, no prelo).
Hoje uma referência quando falamos em brinquedotecas é a Brinquedoteca
Terapêutica Ayrton Senna do Centro Infantil Boldrini. Ela foi inaugurada em 27 de
Junho de 2001 e conta com a parceria do Instituto Ayrton Senna, responsável pela
implantação do projeto, assessoria e manutenção da equipe (BOLDRINI, 2011).
13
Criada com o objetivo de garantir os direitos das crianças e jovens
hospitalizados oferece oportunidades para o desenvolvimento de suas capacidades.
Conta com um espaço especialmente preparado para estimular a criança a brincar,
possibilitando o acesso a uma grande variedade de brinquedos, dentro de um
ambiente especialmente lúdico e criativo que incentiva brincadeiras de Faz- de
conta, dramatização, construção e socialização.
Ainda, segundo Boldrini (2011), o espaço físico contempla 220 m2, e foi
projetado em "cantos" para melhor atender a diversidade de interesse do seu
público:
• Canto dos bebês - destinado às crianças de zero a 3 anos de idade, com
brinquedos que estimulam a percepção sensorial, a coordenação motora
entre outros;
• Canto do Faz - de - Conta - destinado a todas as crianças, oferecendo
brinquedos que representam o mundo dos adultos e estimulam a imaginação
e a criatividade, em meio a bonecas, panelinhas, carrinhos, consultório
médico e mini cidades, entre outras possibilidades de brincar;
• Canto da Leitura - um convite à criança, ao adolescente e aos familiares para
descobrirem juntos o prazer da leitura, estimulando sua fantasia e
imaginação;
• Canto da Informática - espaço equipado com computadores, jogos
eletrônicos, programas interativos e videogames.
• Oficina de artes - onde a expressão artística das crianças e adolescentes,
pais e acompanhantes é manifestada sob a orientação de artistas e
voluntários, que oferecem as mais diversas técnicas, tais como argila, pintura
em tela, aquarela, confecção de bijuterias, biscuit, dobraduras, entre outras.
2.3 O processo de Hospitalização
No que diz respeito ao processo de hospitalização de crianças, observa-se
que as mesmas, quando adoecem, ficam mais dependentes dos seus pais e que
seu quadro emocional tende a piorar em função da possibilidade de ficar longe da
família e de casa. Também se observa o medo de enfrentar algo desconhecido que
resulta numa exacerbação da fantasia (OLIVEIRA, DANTAS; FONSECA, 2005).
14
Segundo Oliveira (1993), alguns prejuízos eram trazidos em decorrência de
uma hospitalização prolongada gerou a necessidade da realização de estudos que
promovam a humanização da instituição hospitalar, tanto a nível nacional quanto
internacional e, principalmente pelo fato de que a mãe era proibida de permanecer
com seu filho, no entanto esta realidade já foi contornada e hoje é direito da criança
ter seu acompanhante durante toda a etapa do tratamento hospitalar.
Porém as reações da criança à doença e à hospitalização dependem
principalmente do nível de desenvolvimento psíquico na ocasião da internação, grau
de apoio familiar, tipo de doença e atitudes do médico (BALDINI; KREBS, 1999).
Entre as possíveis estratégias utilizadas por crianças para enfrentar
condições estressantes encontra-se o brincar, recurso utilizado tanto pela criança
como pelos profissionais do hospital para lidarem com as adversidades da
hospitalização (MOTTA; ENUMO, 2004).
O brinquedo terapêutico é a técnica de utilização do brinquedo que permite a
expressão segura dos sentimentos, pela transferência dos mesmos aos
personagens da brincadeira ou ao profissional. Baseia-se nos princípios da
ludoterapia, sendo utilizado para trabalhar situações estressantes (BALDINI;
KREBS, 1999).
Segundo Schmitz, Piccoli e Vieira (2003) o brinquedo terapêutico permite
estabelecer um relacionamento com a criança, de maneira que ela sinta-se segura e
permita a realização de procedimentos, e a obtenção de informações relativas a
conceitos e sentimentos da criança sobre a sua doença e hospitalização, a fim de
estabelecer metas para a assistência de enfermagem.
De acordo com Mussa e Malerbi (2008) deve-se propiciar atividades lúdicas à
criança hospitalizada, especialmente porque ao brincar ela altera o ambiente em que
se encontra e aproxima-se da sua realidade cotidiana. O brincar no hospital também
tem sido considerado um meio de socialização e interação com outras crianças,
podendo propiciar uma saída para o isolamento que a internação provoca.
De um modo geral o brincar é um recurso viável e adequado para o
enfrentamento da hospitalização e pode ser mais utilizado quando a criança
encontra apoio nas ações institucionais que viabilizam e disponibilizam recursos
humanos e materiais para este fim (MOTTA; ENUMO, 2004).
15
3 MÉTODOS
3.1 Caracterização do Estudo
Este estudo caracterizou-se como sendo um estudo de caso com a
Brinquedoteca Hospitalar do Centro Infantil Boldrini de Campinas/SP.
3.2 Caracterização do Local O Centro Infantil Boldrini, visa cuidar de crianças, adolescentes e adultos
jovens portadores de doenças sanguíneas ou de câncer, através de atendimento
médico e multiprofissional, independentemente do nível socioeconômico, raça ou
credo, bem como, desenvolver atividades de ensino e pesquisa (BOLDRINI, 2011).
Em relação à sua estrutura, o Centro Infantil Boldrini conta com 77 leitos
distribuídos em 6 alas de internação, que ocupam dois andares do hospital. Cada
ala é composta por 9 quartos e 1 posto de enfermagem, dispostos em formato de
roseta, cuja área central é reservada ao corpo médico, à enfermagem e aos pais.
Paredes de vidro separam o quarto da criança do quarto dos
acompanhantes/visitantes (BOLDRINI, 2011).
Possui uma área de 100 mil m², sendo 30 mil m² de área construída, conta
com alojamentos, com apoio de três núcleos parceiros do hospital, que fornecem
gratuitamente hotelaria, alimentação e transporte aos pacientes e seus familiares;
condição fundamental para viabilizar a permanência de quem vem de longe em
busca da cura, reforçando a assistência humanizada e qualificada que o hospital
tem intrínseca na sua política de ação (BOLDRINI, 2011).
Uma equipe de médicos pediatras e enfermeiros especializados em UTI
trabalham 24 horas por dia para ajudar as crianças a superarem esse momento
crítico. Destacam-se o Programa da Mãe Participante, desenvolvido pela UTI do
hospital há alguns anos, permite uma recuperação mais rápida da criança
(BOLDRINI, 2011).
3.3 Procedimentos de Coleta de Dados
Para fins deste estudo, foi conduzida uma entrevista semi-estruturada por
16
meio de questionário, junto aos responsáveis pela Brinquedoteca Hospitalar do
Centro Infantil Boldrini de Campinas/SP. Para tanto, foi realizado um contato
telefônico, solicitando o interesse em participarem da pesquisa. Em tendo o aceite
na participação da pesquisa (APÊNDICE 1), foi solicitado a ciência em um modelo
de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE 2).
Somente após isso, foi solicitada a colaboração dos responsáveis pela
Brinquedoteca no preenchimento das respostas do questionário enviado via e-mail
(APÊNDICE 3).
O questionário continha perguntas abertas de caráter informativo e descritivo
da Brinquedoteca, bem como questões de ordem mais técnica e pedagógica.
3.4 Análise dos dados Para a análise das informações fornecidas pelos responsáveis da
Brinquedoteca, foi utilizada a análise de conteúdo, apoiada em Bardin, buscando
estabelecer categorias para o melhor entendimento.
17
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise do questionário aplicado junto às Responsáveis pela Brinquedoteca
do Centro Infantil Boldrini será apresentada a seguir e será pautada em duas
grandes categorias: a) Caracterização da Brinquedoteca e; b) Aspectos Técnicos e
Pedagógicos da Brinquedoteca.
4.1 Caracterização da Brinquedoteca
O Centro Infantil Boldrini já reconhecia o lúdico, mesmo antes da Lei Federal
nº 11.104/2005 exigir que hospitais com atendimento em pediatria tivessem uma
Brinquedoteca. A “Brinquedoteca Terapêutica Ayrton Senna” foi inaugurada em 27
de Junho de 2001 e possui este nome em homenagem ao Instituto Ayrton Senna,
que foi parceiro na construção da Brinquedoteca. A estrutura física da
Brinquedoteca “possui uma área de 280 m² dividida por cinco cantos (do bebê, do
faz de conta, do teatro e fantasias, do adolescente e jogos). Possui em anexo um
ateliê de artes. Escolhemos esta estrutura de divisão do espaço por cantos, para
atender o interesse das crianças assim que adentram o espaço”. O expediente de
atendimento ao público é das 9h às 16h e o da equipe das 8h as 17h.
O objetivo principal da Brinquedoteca é “auxiliar no alívio do stress causado
pelo tratamento, assim como ajudar na adesão do mesmo e também ser um lugar
de entretenimento, aconchego e troca de experiências. Queremos que a
Brinquedoteca seja uma facilitadora no processo da compreensão da realidade
vivida em um hospital”.
Observa-se que o objetivo principal da Brinquedoteca Hospitalar do Centro
Infantil Boldrini está totalmente de acordo com o que propuseram outros autores,
estudiosos do lúdico no hospital, quando estes afirmaram que as atividades lúdicas
também ajudam na compreensão e elaboração da situação de exceção que a
criança vive no hospital, diminuindo os aspectos negativos e possibilitando maior
inclusão da mesma na instituição (ANGELO; VIEIRA, 2010) e que a importância do
papel terapêutico da brinquedoteca hospitalar busca cumprir a função de preservar
a saúde emocional do interno, estimulando seu desenvolvimento, facilitando o
relacionamento com familiares e amigos, como também o preparando para a volta
ao lar (CUNHA; VIEGAS, 2004 citados por ANGELO; VIEIRA, 2010).
18
4.2 Aspectos Técnicos e Pedagógicos da Brinquedoteca
A equipe técnica responsável é formada por uma Coordenadora e uma
Brinquedista (Artista Plástica, Arteterapeuta e Pedagoga). A equipe foi treinada pela
Escola Oficina Lúdica de São Paulo, para exercerem as funções de coordenação e
brinquedista.
Além das duas responsáveis, “contamos com o apoio devidamente treinado,
de um grupo de voluntários, que atuam na brinquedoteca diariamente se revezando
em dois períodos de 4 horas cada”.
De acordo com Viegas (2007), chama-se de educador lúdico aquele
profissional comprometido com o desenvolvimento e a aprendizagem infantil de
forma lúdica, ajudando a criança a compreender o mundo do hospital, brincando.
Assim, a participação do educador lúdico deve ser ativa, mas não intrusiva, pois a
partir das atividades lúdicas as crianças devem ter a possibilidade de “tomar
decisões e agir de maneira transformadora sobre conteúdos significativos e
acessíveis a ela, no seu ritmo de brincadeira” (VIEGAS, 2007, p.40).
Muitas vezes a criança preferirá ficar silenciosa consigo mesma, e os adultos
devem respeitar seu tempo e sua vontade de brincar. O educador lúdico deve
oferecer brinquedos e brincadeiras variadas, com as quais a criança experimenta
sua sensorialidade, motricidade e inteligência, como livros infantis, jogos de
construção, lógicos, motores, de inventividade e de criatividade, bem como bonecos
e acessórios fantásticos (VIEGAS, 2007, p. 40).
Conforme as responsáveis pela Brinquedoteca do Centro Infantil Boldrini
indicaram, a equipe técnica não dispõe de um profissional formado da área de
Educação Física em seu quadro e fica bastante restrita à responsabilidade de
apenas duas profissionais e de um grupo de voluntários. Entende-se que por ser
uma atividade que demanda de muita atenção às crianças que por ali passam, além
de outras atividades, seria importante enriquecer a equipe de trabalho com
profissionais de outras áreas. Sugerimos que as responsáveis pela Brinquedoteca
firmem parcerias com Universidades próximas ao Hospital, de modo a conseguir
estagiários de diferentes áreas, como Educação Física, Pedagogia, Artes Cênicas,
para poderem auxiliar nesta atividade.
Em termos de manutenção da Brinquedoteca, a equipe conta “com uma verba
anual (estritamente para remuneração da equipe) vinda do Instituto Ayrton Senna”.
19
“A manutenção do acervo de brinquedos e qualquer outra necessidade, são
providenciadas pelas responsáveis (através de doações e parcerias com a
comunidade)”.
As responsáveis pela Brinquedoteca do Centro Infantil Boldrini indicaram que
“todos os pacientes em tratamento do centro e seus acompanhantes podem utilizar
a Brinquedoteca e que antes de inaugurar o “espaço físico fizemos através de uma
pesquisa, qual o público que atenderíamos e suas reais necessidades e
expectativas” de modo que a Brinquedoteca estivesse adequada para receber as
crianças hospitalizadas.
Quanto à futuros investimentos, as responsáveis indicaram que “devido ao
fluxo diário e aos já 10 anos de funcionamento a Brinquedoteca necessita de uma
manutenção na parte física (pintura, reforma no mobiliário, etc) e também uma
verba para troca e atualização do acervo de brinquedos”, deste modo toda e
qualquer colaboração é sempre bem vinda. Os contatos da Equipe podem ser feitos
pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 3787-5112.
A trajetória da Brinquedoteca Terapêutica Ayrton Senna já perdura por 10
anos e esta deve ser tomada como um grande exemplo a ser seguido, tanto quanto
em seus aspectos legais e sociais, pois antes mesmo de ter sido promulgada a Lei
nº 11.104/2005, já pensava-se neste espaço como um espaço de vivência lúdica
entre as crianças hospitalizadas.
Assim, as Brinquedotecas se tornam elementos importantes para as crianças
se distraírem, para fazer novos amigos e para reduzir a tensão decorrente da
situação de hospitalização, uma vez que a sua existência pode proporcionar
momentos de descontração e até mesmo breve esquecimento de sua condição de
saúde.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final deste estudo, observamos que a Brinquedoteca Terapêutica Ayrton
Senna do Centro Infantil Boldrini de Campinas/SP destaca-se e figura-se como um
exemplo quanto ao oferecimento de uma estrutura física adequada para o espaço
do brincar de crianças hospitalizadas, no entanto, não foi possível obter detalhes
mais ricos quanto à situação das crianças que freqüentam o local, nem de como as
mesmas se sentem usufruindo deste local. Tal fato pode ter ocorrido por uma
limitação no aprofundamento das perguntas do questionário.
Seria muito interessante se pudéssemos em próximas pesquisas, fazer uma
imersão neste ambiente para poder compreender melhor a situação vivida, tanto
pela criança no seu processo de hospitalização, quanto pelo profissional que está
conduzindo a ação de promover o brincar.
Conforme exposto pelas responsáveis da Brinquedoteca, a equipe técnica não
dispõe de um profissional formado da área de Educação Física em seu quadro e
fica bastante restrita à responsabilidade de apenas duas profissionais e de um
grupo de voluntários. Entende-se que é de fundamental importância a parceria com
Universidades próximas ao Hospital, de modo a conseguir estagiários de diferentes
áreas, como Educação Física, Pedagogia, Artes Cênicas, para poderem auxiliar
nesta atividade, além de servir como um excelente campo de vivência para estes
futuros profissionais.
De uma maneira geral, é muito difícil manter uma Brinquedoteca Hospitalar em
funcionamento, sem uma parceria adequada e de sucesso, deste modo, destaca-se
o importante esforço dos responsáveis pela Brinquedoteca Terapêutica Ayrton
Senna do Centro Infantil Boldrini em buscar recursos junto ao Instituto Ayrton
Senna. Mesmo assim, sabemos que toda colaboração sempre é bem vinda e por
isso qualquer esforço da comunidade e demais interessados faz-se importante para
a manutenção e troca do acervo de brinquedos, que acompanharão e farão parte da
vida das crianças hospitalizadas que por ela passarem.
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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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APÊNDICES
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APÊNDICE 1 – Ofício de Autorização
Titulo da pesquisa: “IMPORTÂNCIA DA BRINQUEDOTECA COMO ESPAÇO PARA O BRINCAR DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: UM ESTUDO DE CASO DO CENTRO INFANTIL
BOLDRINI DE CAMPINAS/SP” Prezado(a) Senhor(a): Gostaríamos de convidá-lo (a) a participar da pesquisa “Importância da Brinquedoteca como espaço para o brincar de crianças hospitalizadas: um estudo de caso do Centro Infantil Boldrini de Campinas/SP”. O objetivo da pesquisa é “destacar a importância da existência de uma brinquedoteca no espaço hospitalar, quanto aos seus aspectos legais e sociais”. Os benefícios esperados com esta pesquisa são (contribuir para a divulgação de exemplos bem sucedidos da implantação das brinquedotecas nos hospitais). Para isso, precisamos da sua autorização para a utilização do nome do Centro Infantil Boldrini, bem como de algumas fotos (concedidas/enviadas) no presente Trabalho de Conclusão de Curso da aluna Karina Lemos, do Curso de Educação Física Bacharelado da Universidade Estadual de Londrina. Caso você tenha dúvidas ou necessite de maiores esclarecimentos pode nos contactar (Catiana Leila Possamai Romanzini pelos contatos: (43) 3357-3777 ou (43) 9931-0093 ou ainda pelo e-mail [email protected]). Tão logo o trabalho esteja finalizado, gostaríamos de enviar uma cópia do mesmo ao Centro Infantil Boldrini, para registro e arquivamento.
Londrina, 30 de setembro de 2011. Pesquisador Responsável Catiana Leila Possamai Romanzini - RG: 123615204-PR
Nina Mazzon (nome por extenso), tendo sido devidamente esclarecido sobre os procedimentos da pesquisa e da utilização do nome do Centro Infantil Boldrini, concordo com a utilização do nome do mesmo na pesquisa intitulada acima.
Assinatura (ou impressão dactiloscópica) Data: 18/10/2011
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APÊNDICE 2 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Titulo da pesquisa: “IMPORTÂNCIA DA BRINQUEDOTECA COMO ESPAÇO PARA O BRINCAR DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: UM ESTUDO DE CASO DO CENTRO INFANTIL
BOLDRINI DE CAMPINAS/SP” Prezado(a) Senhor(a): Gostaríamos de convidá-lo (a) a participar da pesquisa “Importância da Brinquedoteca como espaço para o brincar de crianças hospitalizadas: um estudo de caso do Centro Infantil Boldrini de Campinas/SP”. O objetivo da pesquisa é “destacar a importância da existência de uma brinquedoteca no espaço hospitalar, quanto aos seus aspectos legais e sociais”. A sua participação é muito importante e ela se daria da seguinte forma (respondendo a um questionário contendo perguntas sobre a brinquedoteca instalada no Hospital). Gostaríamos de esclarecer que sua participação é totalmente voluntária, podendo você: recusar-se a participar, ou mesmo desistir a qualquer momento sem que isto acarrete qualquer ônus ou prejuízo à sua pessoa. Informamos ainda que as informações serão utilizadas somente para os fins desta pesquisa e serão tratadas com o mais absoluto sigilo e confidencialidade, de modo a preservar a sua identidade. Os benefícios esperados são (contribuir para a divulgação de exemplos bem sucedidos da implantação das brinquedotecas nos hospitais). Informamos que o senhor não pagará nem será remunerado por sua participação. Garantimos, no entanto, que todas as despesas decorrentes da pesquisa serão ressarcidas, quando devidas e decorrentes especificamente de sua participação na pesquisa. Caso você tenha dúvidas ou necessite de maiores esclarecimentos pode nos contactar (Catiana Leila Possamai Romanzini pelos contatos: (43) 3357-3777 ou (43) 9931-0093 ou ainda pelo e-mail [email protected])
Londrina, 30 de setembro de 2011. Pesquisador Responsável Catiana Leila Possamai Romanzini - RG: 123615204-PR Nina Mazzon (nome por extenso), tendo sido devidamente esclarecido sobre os procedimentos da pesquisa, concordo em participar voluntariamente da pesquisa descrita acima. Assinatura (ou impressão dactiloscópica) Data: 18/10/2011
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APÊNDICE 3 – Questionário
“IMPORTÂNCIA DA BRINQUEDOTECA COMO ESPAÇO PARA O BRINCAR DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: UM ESTUDO DE CASO DO CENTRO INFANTIL
BOLDRINI DE CAMPINAS/SP” Prezado(a) Senhor(a): Responda as perguntas abaixo fornecendo o maior número de informações possíveis:
1. O Centro Infantil Boldrini está ciente de que há uma Lei Federal nº 11.104/2005 que exige a existência de uma brinquedoteca hospitalar nos hospitais com atendimento em pediatria?
2. A Brinquedoteca do Centro Infantil Boldrini de Campinas possui um nome específico?
3. Qual é o objetivo principal da existência deste espaço no Hospital?
4. Descreva a estrutura física (espaço) da brinquedoteca.
5. Qual é o horário de funcionamento da brinquedoteca?
6. Quem pode utilizar a brinquedoteca (condições específicas de saúde)?
7. Quem é o responsável pela brinquedoteca? E qual é a área de formação desta(s) pessoa(s)?
8. Quantas pessoas estão envolvidas com a organização e coordenação das atividades da brinquedoteca?
9. Quem é o responsável pela manutenção da brinquedoteca?
10. Você considera que a brinquedoteca está adequada para receber as crianças hospitalizadas?
11. A brinquedoteca precisaria de mais investimentos? Em quais setores?
12. Se alguém quiser colaborar com a brinquedoteca pode fazer esta colaboração de que forma?
Obrigada pela colaboração!