universidade estadual de maringÁ - uem · conteúdo: gênero carta e suas finalidades (para que...

41

Upload: others

Post on 13-May-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - UEM

Produção Didático Pedagógica – PDE 2016

Título: CARTA DO LEITOR COMO INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO DO LEITOR E

DO PRODUTOR DE TEXTO DO ENSINO MÉDIO

Autor: Cristina Pedriali Rosa

Disciplina/Área:

Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual João de Faria Pioli

Município da escola: Maringá-PR

Núcleo Regional de Educação:

Maringá

Professor Orientador: Profª. Drª. Lilian Cristina Buzato Ritter

Instituição de Ensino Superior:

Universidade Estadual de Maringá - UEM

Relação Interdisciplinar:

Resumo:

“Carta do leitor como instrumento de formação do leitor e do produtor do Ensino Médio”, é uma proposta de intervenção pedagógica que apresenta dois módulos distintos : 1) A circulação da carta do leitor no contexto real; 2) A circulação da carta do leitor em contexto de vestibular da UEM. Na tentativa de estudar a língua como um organismo dinâmico que se constrói no cotidiano, são analisados os processos de produção, construção, circulação e recepção desse gênero em cada contexto. Dessa forma, no encaminhamento metodológico procuramos associar a teoria dos gêneros discursivos às práticas discursivas realizadas em sala de aula, com o objetivo de ajudar os alunos a superarem as dificuldades de leitura e/ou produção textual. Para isso, foram elaboradas atividades que contemplassem as práticas de leitura, análise linguística, oralidade e escrita. Foram apresentadas as especificidades desse gênero discursivo, caracterizando seu conteúdo temático, sua estrutura composicional e estilo, a partir dos estudos bakhtinianos. Em termos metodológicos, é uma proposta de intervenção pedagógica à luz do conceito de elaboração didática e da metodologia proposta por Rodrigues (2009).

Palavras-chave: Ensino Médio, Gêneros discursivos, Carta do leitor, leitura, escrita

(3 a 5 palavras)

Formato do Material Didático:

Proposta pedagógica

Público: (indicar o grupo para o qual o material didático foi desenvolvido: professores, alunos, comunidade...)

Alunos do 3º ano do Ensino Médio

APRESENTAÇÃO

A proposta pedagógica “Carta do leitor como instrumento de formação do leitor e do

produtor de texto no Ensino Médio” que será implementada com os alunos do 3º ano do Ensino

Médio do Colégio Estadual João de Faria Pioli- Maringá, Paraná, tem por objetivo geral ressignificar

nossa prática docente, utilizando os gêneros discursivos como instrumento para desenvolver as

práticas linguageiras da leitura, escrita e análise linguística, e dessa forma auxiliar nossos alunos a

superar dificuldades nessas áreas da linguagem.

Para o desenvolvimento dessa produção didática que envolve as práticas de leitura,

análise linguística e produção de carta do leitor, optamos pela proposta de Rodrigues (2009),

que apresenta os passos a serem seguidos durante a elaboração didática, a saber: busca

de conhecimento de referência sobre o gênero do discurso; a seleção de textos para se analisar

a estabilidade e heterogeneidade do gênero; a prática de leitura do texto como enunciado,

colocando o aluno na posição de interlocutor do enunciado do gênero em foco; a prática de leitura

e de estudo do texto e do gênero (análise linguística explorando as dimensões social e verbal) por

meio dos movimentos dialógicos estabelecidos com os elos anteriores e posteriores; a prática de

produção de texto e a prática de revisão e reescritura dos textos. A produção didática

contemplará os seis passos apontados, pois esta proposta de intervenção desenvolverá

atividades de práticas de leitura, oralidade, análise linguística e produção de texto.

Desta forma, na elaboração das atividades tomamos o cuidado de contemplar a esfera

de produção do gênero e as condições de produção: finalidade da interação; papéis

sociais dos interlocutores; horizonte temático; estrutura composicional; estilo, centrando-se no

estudo das marcas linguístico- enunciativas do gênero, por meio da observação das

relações dialógicas presentes nos enunciados (RITTER, 2012).

A produção didática “Carta do leitor como instrumento de formação do leitor e do produtor

do Ensino Médio” apresenta dois módulos distintos: 1) A circulação da carta do leitor no contexto

real; 2) A circulação da carta do leitor em contexto de vestibular da Universidade Estadual de

Maringá-UEM.

Inicialmente, serão apresentados aos alunos do 3º ano do Ensino Médio os conteúdos e

objetivos desta produção didática. Neste momento, o aluno terá a oportunidade de expor suas

dúvidas e sugestões que deverão ser coletadas para que possam fazer parte do trabalho que se

propõe a desenvolver. Ainda com o objetivo de motivar a perceber a importância social de uma

carta assistiremos ao filme “Cartas para Julieta”.

O primeiro módulo deste trabalho tem por objetivo explorar principalmente a leitura e a

análise linguística da carta do leitor em circulação real. Para alcançar esta meta foram propostas

atividades que exploram as finalidades e circulação de vários tipos de cartas; o suporte de

circulação da carta do leitor; as condições de produção, os eventos deflagradores das cartas do

leitor; a autoria e a co-autoria das cartas do leitor; aspectos linguísticos relacionados a

argumentação(opinião, argumentos), modalizadores, organizadores textuais, às marcas do leitor e

do interlocutor.

O segundo módulo está voltado para a escrita da carta do leitor, especificamente a

produção em situação comunicativa de vestibular. Para atingirmos nosso objetivo propomos

atividades que exploram as condições de produção da carta contidos no enunciado da prova de

redação da Universidade Estadual de Maringá –UEM; a estrutura da carta do leitor; a temática; o

estilo; marcas linguísticas de argumentação (articuladores argumentativos). Após essas atividades

os alunos produzirão uma carta do leitor a partir de textos de apoio. Em seguida, a partir de uma

ficha farão uma auto-avaliação de seus textos.

Espera-se como resultado dessas atividades que os alunos conheçam as especificidades do

gênero carta do leitor , além de conheceram sobre as ideologias das instituições midiáticas, para

que possam fazer leituras dialógicas, isto é, que considerem todos os textos que contribuíram para

a construção de uma carta.

Os recursos utilizados serão revistas e jornais adquiridos pela escola onde será

implementado o projeto, tevê pen-drive, datashow, aparelho de som, folhas de papel sulfite

CARTA DO LEITOR COMO INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO DO

LEITOR E DO PRODUTOR DE TEXTO DO ENSINO MÉDIO

MÓDULO I: CIRCULAÇÃO DA CARTA DO LEITOR NO CONTEXTO

REAL

ATIVIDADE 1: Conteúdo: Gênero carta e suas finalidades (para que serve).

Objetivos:

1- Apresentar a produção didático-pedagógica e sua finalidade.

2- Explorar as finalidades do gênero cartas ( carta pessoal, carta propaganda, carta convite, carta do leitor, carta de amor, carta de solicitação.)

3- Discutir oralmente as finalidades e a circulação dessas cartas.

4- Levantar conhecimentos prévios dos alunos sobre a circulação dessas cartas.

Duração: 4horas/aula.

Orientação ao(à) professor(a):

Neste primeiro momento, será apresentado ao aluno a proposta do trabalho

desenvolvida pelo professor PDE e seus objetivos. Será apresentado um trecho do

filme “Cartas para Julieta” como motivação para o aluno ser despertado sobre a

importância do gênero carta . Além disso, será distribuída uma coletânea de cartas

com várias finalidades

ATIVIDADE 2:

Conteúdo: Observação do suporte de circulação das cartas do leitor

Objetivos:

1. Explorar os diferentes tipos de suportes de circulação.

2. Explorar as cartas do leitor dentro desses suportes.

Duração: 2 aulas.

Questões:

1. Relacionem nomes de revistas e jornais que conhecem.

2. Vocês leem sempre, ou às vezes, algum desses periódicos? Em caso afirmativo, qual e onde

leem?

3- Observem os textos que aparecem nas revistas. Existem algumas seções que se repetem. Faça

uma lista delas.

4. Vocês podem listar alguns gêneros discursivos, publicados na mídia impressa, que estão lendo

neste momento e também on line que já estudaram ou leram? Escolham um deles e façam um

comentário sobre o que conhecem sobre esse gênero.

5. Vocês já estudaram um gênero discursivo denominado carta do leitor? Tente explicar com base

em suas observações como definiria esse gênero,considerando as questões abaixo:

a) Para que serve uma seção de carta do leitor?

b) Quais as finalidades de uma carta do leitor?

c) Quem escreve e para quem?

Orientação ao(à) professor(a):

1º Momento: Os alunos, colocados em grupo, receberão revistas diferentes

(Carta na escola, Língua Portuguesa, Filosofia, Superinteressante, Carro,

Atrevida, Jornais: O Diário, Gazeta do Povo, Folha de São Paulo)

2º momento: O professor prepara o encontro do aluno com o gênero carta do

leitor. E entrega uma lista de questões sobre o suporte (revista) e a esfera

jornalística. Os alunos terão 20 minutos para responderem às questões, 15

minutos para apresentarem as respostas aos colegas e o professor terá 10

minutos para fechar a atividade com comentários que faltarem ou a produção de

um pequeno texto coletivo amarrando as principais informações.

d) Qual o objetivo (finalidade) de quem escreve e de quem lê esse tipo de texto?

e) Qual o nome dado à seção em que a carta foi publicada e qual sua localização no periódico

analisado : início, meio, fim?

6. Tendo por base essas imposições da mídia para a publicação das cartas, pensem em sua

organização estrutural. É possível afirmarmos que elas são publicadas de forma original que foram

escritas pelos leitores? Comente.

7.Agora, em relação às matérias publicadas na revista e/ou jornal, vocês consideram que são

direcionadas para um público específico? Para responderem a essa questão observem : o suporte

(revista ou jornal), interlocutores( público leitor), conteúdo temático ( política, economia, moda,

saúde, sexo, esportes, música, etc), nível de linguagem empregado (formal ou informal).

ATIVIDADE 3:

Conteúdo: Reconstrução com os alunos dos eventos deflagradores da carta (adaptado de Alves Filho, p.80). Objetivos: 1. Reconstruir os eventos deflagradores das cartas do leitor, procurando os textos originais.

Duração : 2 aulas/hora

EXERCÍCIO 1:

Responder:

-Qual o nome da revista ou jornal que vocês estão analisando?

-Qual o título do texto deflagrador?

-Em que seção da revista/jornal ele foi publicado?

-Quem é seu autor? Ele vem assinado?

-Qual o gênero a que ele pertence?

-Leia-o e identifique a sua temática.

-Qual o objetivo da carta em relação ao texto deflagrador?

Orientação ao(à) professor(a):

Os alunos receberão revistas com datas sequenciadas ( mês de agosto e de

setembro, outubro e novembro). Em dupla deverão selecionar uma carta e

procurar, no número anterior da revista, o texto que deflagrou a carta. Em

seguida, responderão as questões abaixo.

-Quem escreveu a carta e para quem?

-A carta elogia, critica, etc algum trecho específico do texto original?

-Levante uma hipótese: Porque o editor publicou essa carta, selecionada entre centenas de outras?

EXERCÍCIO 2:

1)Os alunos serão divididos em grupos de 4 alunos.

2)O professor seleciona previamente dois grupos de textos: a) os deflagradores; b) as cartas do

leitor publicadas a partir deles. (colocá-los em envelopes)

3) O número de grupos deverá ser par, pois um grupo receberá um texto deflagrador e outro grupo

as cartas do leitor produzidas a partir do respectivo texto.

4) Os alunos terão 15 minutos para lerem o texto recebido, resumi-lo e ir a frente da classe para

falar sobre seu conteúdo temático.

5) Os demais grupos deverão ficar atentos para descobrirem se seu texto foi produzido a partir

daquele que está sendo exposto por seus colegas.

6) Ao identificarem seu texto deflagrador/motivador , a equipe que tem a carta deverá ir à frente da

classe e comentar as críticas ou comentários contidos na carta do leitor sobre o texto original.

FECHAMENTO DA AULA:

Ao final da aula, o professor juntamente com os alunos fazem um texto síntese sobre o que

aprenderam sobre eventos deflagradores da carta, que podem ser charges, reportagens, artigos de

opinião assinados, notícias, etc.

ATIVIDADE 4

CONTEÚDO: condições de produção, argumentação, análise linguística.

OBJETIVOS:

1, Explorar as condições de produção das cartas do leitor (papel social dos interlocutores (editor e leitor), finalidade, temática, suporte, linguagem)

2.Fazer análise linguística da argumentação das cartas do leitor selecionadas

3.Reconhecimento do texto deflagrador das cartas dos leitores.

DURAÇÃO: 4 horas/aula

Por um novo consenso sobre o aborto

ANÍBAL FAÚNDES

Ao redor do mundo, as estatísticas demonstram não haver correlação entre maior

severidade penal e menor número de abortos.

Q UANDO O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, teve a coragem de manifestar

que era necessário rediscutir a legislação sobre o aborto, surgiram ferozes críticos que previram

uma epidemia dessa prática em caso de mudança na lei. Essa suposição, que parece partir da

crença de que não há abortos sendo praticados no Brasil, não encontra eco na realidade -haja

vista a existência no país de extensa indústria clandestina responsável por cerca de 1 milhão de

abortamentos e algo entre 300 e 700 mortes de mulheres a cada ano, de acordo com as

estimativas mais bem fundamentadas.

O ministro tem indiscutível mérito ao reativar a discussão, pois esse é um problema

grave tanto do ponto de vista da saúde pública quanto do ponto de vista da mulher que o

realiza. Por isso mesmo, a imensa maioria das pessoas é contra o aborto, incluindo a maior

parte das mulheres que o realizam. A conclusão lógica é que é preciso fazer todo o esforço

possível para que ninguém tenha que passar por essa difícil experiência.

Texto disponível no endereço - http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0708200708.htm

Orientação ao(à) professor(a):

Professor, faça uma leitura com os alunos do artigo de opinião “Por um

consenso sobre o aborto”, de Aníbal Faúndes, retirado do jornal Folha de São

Paulo (sessão Tendências /Debates, 7/8/2007), para que eles percebam que

as cartas estudadas são respostas ativas ao texto deflagrador.

A seguir, são apresentadas as cartas do leitor sobre o artigo do médico, e questões sobre elas:

CARTAS DO LEITOR

1) FOLHA DE SÃO PAULO 08/08/2007

“Parabéns à folha pela publicação do excelente artigo do doutor Aníbal Faúndes (‘Por um

novo consenso sobre o aborto’, “Tendência/Debates’,7/8), que mostra como é inadiável que se

busque adequar à realidade atual o debate em torno da questão do aborto.

A criminalização nunca impediu que abortos fossem feitos e que muitas mulheres, na

maioria, jovens e pobres, morressem por não terem acesso a meios seguros de interromper uma

gravidez.

É preciso debater o assunto como uma questão de saúde pública e de justiça social, e não

como uma questão de polícia ou de religião. Marisa Sanematsu, comerciária (São Paulo, SP)

2) FOLHA DE SÃO PAULO 08/08/2007

“No artigo publicado ontem, uma vez mais o doutor Aníbal Faúndes traz uma contribuição

excepcional ao debate sobre legalização do aborto no Brasil. Entre outros aspectos a serem

sublinhados, suas reflexões são balizadas por muitas décadas de experiência clínica direta e

solidária com mulheres que experimentam o dilema da gravidez indesejada ou a situação ainda

mais dramática do aborto realizado em condições inseguras.

A realidade brasileira seria bem diferente se a maioria dos profissionais que atuam em saúde

sexual e reprodutiva compartilhassem dessa mesma perspectiva.” Sonia Correa, pesquisadora

associada da ABIA – Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids RJ).

3) FOLHA DE SÃO PAULO 10/08/2007

“É impressionante a ginástica que fazem os apoiadores do aborto no esforço de elaborar um

consenso sobre o tema para convencer a opinião pública de que o aborto é um direito da mulher

(como o artigo do doutor Aníbal Faúndes de 7/8).

E o direito do nascituro? Não é preciso ser diplomada para saber que o feto não faz parte do

corpo da mulher e que ele tem direitos como qualquer cidadão brasileiro.

Os que apóiam o aborto deveriam gastar o seu precioso tempo para pressionar o governo

em relação a políticas públicas que dêem melhores condições de vida ao brasileiro pobre (saúde,

educação, emprego).

Isso sim é consenso nacional.” Fernanda Costa (Jacareí,SP)

4) FOLHA DE SÃO PAULO 12/08/2007

“A leitora Fernanda Costa (Painel do Leitor, 10/8) apresentou sua opinião em relação ao

texto de Aníbal Faúndes de 7/8, enfocando o direito do embrião em detrimento ao direito de escolha

das mulheres.

A necessidade, o desejo e a saúde da mulher se sobrepõem a qualquer conjunto de células

que possuem uma provável possibilidade de se tornar um ser humano. Durante a gravidez ou no

parto, quando se apresenta um risco de vida para a gestante, a opção, segundo as leis vigentes, é

salvar a vida da mulher, o que comprova que existe, sim, uma escala de valores.

A descriminalização do aborto é uma questão de saúde e de justiça social, além de preservar

a possibilidade de escolha de todas as mulheres, pois desmorona a pretensão de impor um

pensamento único, digno dos regimes totalitários.

As que são contrárias ao aborto que não o pratiquem. Mas que deixem às demais o sagrado

direito de exercitar a prerrogativa de uma opção em consonância com seus princípios singulares,

com seu foro íntimo e com suas aspirações.” Anete Araújo Guedes, advogada ( Belo Horizonte,

MG)

5) FOLHA DE SÃO PAULO 13/08/2007

“A leitora Anete Araújo Guedes (Painel do leitor, 12/8) defende o aborto como liberdade de

ação. Temos que estar atentos e tomar muito cuidado com ‘a liberdade’ de ação quando esta atinge

uma outra pessoa (o feto). Outra coisa que me impressionou foi que, ao falar do nascituro, ela se

referiu a um ‘conjunto de células com uma provável possibilidade de se tornar um ser humano’. É

fato, que no momento da fecundação, uma nova vida começa.

Nesse momento se inicia um processo de desenvolvimento próprio, diferente do da mãe. É

um novo ser humano desde esse momento.

Questão de saúde é termos acesso a saúde integral, desde o nascimento, gravidez, morte.

Temos que lutar pela preservação desse direito, que não nos é dado decentemente.”

Ana Lúcia Liberato (Caraguatatuba, SP)

EXERCÍCIOS:

1) Explorando as condições de produção das cartas do leitor. Leia as cartas acima e preencha o

quadro:

Produtor (autor) do texto

Papel social do produtor

Interlocutor Papel social do

interlocutor

suporte Objetivo da carta

Carta 1

Carta

2

Carta 3

Carta 4

Carta 5

Fonte: quadro adaptado da obra Carta de solicitação e carta de reclamação- Jaqueline Peixoto

Barbosa.

* Explorando a temática:

Professor, antes das questões, elaborar um enunciado, explicando o que é um argumento.

a. Tese inicial ou premissas: momento em que se apresenta uma constatação inicial ou a contextualização da orientação discursiva. b. Argumentos: apresentação de dados que sustentam, justificam a argumentação e direcionam a uma provável conclusão. c. Contra-argumentos: apresentação de dados que se opõem à argumentação. d. Conclusão: apresentação de nova tese a partir dos argumentos apresentados. Cavalcante (2013, p.67):

2) Na carta 4, a leitora Anete Araújo Guedes dialoga com a leitora Fernanda Costa. A primeira

leitora refuta os argumentos da segunda. Observe a carta nº 4, e responda:

a) Anete desenvolve sua carta a partir de que posicionamento de Fernanda?

b) Qual(is) o(s) argumento(s) de Anete para refutar a opinião de Fernanda?

c) Anete termina a carta afirmando sua posição. Qual é sua posição?

3) Na carta 5, a leitora Ana Lúcia Liberato dialoga com a leitora Anete Araújo Guedes. A primeira

refuta o posicionamento da segunda. Observe a carta nº 5 e responda:

a) Qual a posição defendida por Anete, reproduzida na carta de Ana Lúcia?

b) Quais os argumentos usados por Ana Lúcia para refutar as idéias de Anete?

c) Ana Lucia termina a carta defendendo sua posição. Qual é sua posição?

4) Observe a carta 3. Na frase “É impressionante a ginástica que fazem os apoiadores do aborto no

esforço de elaborar um consenso sobre o tema para convencer a opinião pública de que o aborto é

um direito da mulher”, qual o valor semântico, o efeito de sentido da expressão destacada:

( ) avaliar positivamente as pessoas que apoiam o aborto.

( ) avaliar negativamente as pessoas que apoiam o aborto.

( ) demonstrar admiração diante daqueles que apoiam o aborto.

5) A palavra ginástica, na mesma oração está sendo usada:

( ) no sentido metafórico, isto é, no sentido de esforço mental de um grupo.

( ) no sentido literal/ denotativo, isto é, esforço físico, suor.

6) A pergunta : “E o direito do nascituro?”

( ) É uma questão retórica. Ela foi posta para o leitor pensar sobre os direitos do nascituro.

( ) É uma pergunta dirigida para o editor responder.

( ) Ela não foi respondida adequadamente, sem esclarecer os direitos do feto.

7) Na oração: “Os que apóiam o aborto deveriam gastar o seu precioso tempo para pressionar o

governo[...]”

( ) “Os” é um pronome demonstrativo, que pode ser substítuído por “aqueles”.

( ) “Os” é um artigo definido, acompanhando o substantivo elíptico “homem”. Foi usado com a

mesma função na frase “Os homens são contra o aborto”.

( ) “Os” é pronome do caso oblíquo, usado com a mesma função em : “Quatro corpos foram

encontrados na mata. A polícia recolheu-os na madrugada de sábado”.

8) Sobre a carta 4, responda:

a) Com suas palavras, explique o que você entende por:

detrimento

escala de valores

prerrogativa

consonância

foro íntimo

aspirações

b) Pesquise, no dicionário, e encontre o significado dos vocábulos do exercício anterior.

c) Os significados encontrados no dicionário correspondem à sua compreensão das palavras? Por

quê?

d) Agora relacione os significados encontrados no dicionário com as palavras encontradas no texto.

Detrimento

escala de valores

prerrogativa

consonância

foro íntimo

aspirações

e) É possível substituir essas palavras com o significado atribuído pelo dicionário, sem alterar o

sentido do texto? Por quê?

10) Os verbos empregados nessa carta estão predominantemente no presente, passado ou futuro?

Por que ocorre esse predomínio? Levante uma hipótese.

11) A sequência textual que predomina na carta é narrativa, descritiva ou argumentativa? Por quê?

12) Anete apresenta (carta 4) dois argumentos em favor de sua tese.

a)Observe a frase do primeiro argumento:

“A necessidade, o desejo e a saúde da mulher se sobrepõem a qualquer conjunto de células

que possuem uma provável possibilidade de se tornar um ser humano.”

Se a expressão “a qualquer conjunto de células” fosse substituída por “a um feto”, o efeito de

sentido seria o mesmo? Explique.

Resposta – A expressão é pejorativa, desvaloriza o feto, o embrião, caracterizando-o como conjunto qualquer de células. Essa expressão

orienta o discurso para um posicionamento favorável ao aborto, uma vez que podemos destruir “qualquer conjunto de células”, pois ainda

não é um ser humano.

13)Na sequência da frase anterior , Anete argumenta: “ Durante a gravidez ou no parto, quando se

apresenta um risco de vida para a gestante, a opção, segundo as leis vigentes, é salvar a vida da

mulher, o que comprova que existe, sim, uma escala de valores.” (linha 4).

a) Qual o valor argumentativo (de convencimento) da expressão destacada nessa oração?

b) Se essa expressão fosse retirada, alteraria o valor desse argumento?

14) Que ideias estão implícitas na expressão “escala de valores” (linha 6)?

15)

ATIVIDADE 5 Conteúdo: Explorando a autoria do leitor e a co-autoria do editor:

Objetivos:

1.Comparar uma carta do leitor de estrutura completa e a mesma carta editada.

2. Fazer produção textual considerando a produção de carta na íntegra e sua edição.

Duração: 4 horas/aula

Exercício 1:

Leia com atenção a carta integral da leitora (fictícia) do Jornal Folha de São Paulo, Fernanda Costa,

e depois responda as questões.

Jacareí, SP, 10 de agosto de 2007. Caro editor da folha de São Paulo. Como leitora desse conceituado jornal, e mãe de dois filhos, vejo a necessidade

de posicionar-me a respeito do artigo do Dr. Aníbal Faúndes “Por um consenso sobre o

aborto” publicado na sessão Tendências/Debates do dia 7/8, que procura convencer a

opinião pública de que aborto é um direito da mulher.

É impressionante a ginástica que fazem os apoiadores do aborto, querendo

pressionar o governo a legalizá-lo, afirmando que a criminalização do aborto viola

diversos direitos fundamentais da mulher, especialmente os das mais pobres. Em

primeiro lugar, o direito de autonomia, que teria como aspecto central o poder de

controlar o próprio corpo e de tomar decisões a ele relacionadas. Ora, Sr. Editor, que a

mulher tem o direito de controlar o próprio corpo não há dúvida. Mas, aqui é preciso

lembrar o óbvio – que, apesar de evidente, tem de ser repetido todas as vezes em que

se está diante do já surrado slogan “meu corpo, minhas regras”: o embrião ou o feto,

não é parte do corpo da mulher, e sim um outro ser humano, um indivíduo, com DNA

diferente daquele de sua mãe.

E o direito do nascituro? Caro editor, não é preciso ser diplomada para saber queo

feto não faz parte do corpo da mulher e que ele tem direitos como qualquer cidadão

brasileiro. E sendo o feto vida humana, seu direito à vida sobrepõe-se à autonomia da

mulher, aos direitos sexuais e reprodutivos. Penso que o feto é dependente da mãe; o

fato de ser dependente não retira dele nenhuma dignidade de ser humano – ao

contrário, deveria ser um reforço à sua proteção.

Seria interessante que essa empresa publicasse também, outro artigo de pessoa

autorizada para expor sua opinião contra o aborto, para que seus leitores pudessem

analisá-lo e formar sua própria opinião.

Finalizo, Sr. Editor, dizendo que os que apoiam o aborto deveriam gastar seu

precioso tempo para pressionar o governo em relação a políticas públicas que deem

melhores condições de vida ao brasileiro pobre – saúde, educação, emprego.

Isso sim, é consenso nacional.

Atenciosamente. Fernanda Costa.

Fonte: texto produzido pela professora pesquisadora.

.

ABORTO

“É impressionante a ginástica que fazem os apoiadores do aborto no esforço de

elaborar um consenso sobre o tema para convencer a opinião pública de que o aborto é

um direito da mulher (como o artigo do doutor Aníbal Faúndes de 7/8).

E o direito do nascituro? Não é preciso ser diplomada para saber que o feto não

faz parte do corpo da mulher e que ele tem direitos como qualquer cidadão brasileiro.

Os que apóiam o aborto deveriam gastar o seu precioso tempo para pressionar o

governo em relação a políticas públicas que dêem melhores condições de vida ao

brasileiro pobre (saúde, educação, emprego).

Isso sim, é consenso nacional.” Fernanda Costa (Jacareí,SP)

1. Após a leitura das duas cartas, aponte as semelhanças e as diferenças entre elas quanto à

estrutura.

a. Qual delas tem um autor, e qual tem um co-autor? Quem é o co-autor?

b. Levante uma hipótese : porque o editor escolheu somente essas partes para serem publicadas

no jornal?

c. Por que a carta publicada tem título? Quem formula o título?

d.Qual o objetivo da carta de Fernanda?

e.Que procedimento foi usado para editar a carta integral ( resumo, paráfrase, retirada de

informações, acrescentou informações sobre o evento deflagrador)?

f.A carta do leitor tem uma produção coletiva , isto é, do leitor e do editor.

g. Considerando que uma carta pode apresentar seçao de contato, corpo da carta e seçao de

despedida, quais dessas partes foram retiradas da carta original?

h. O corpo da carta do leitor editada apresenta introdução e conclusão? Por quê?

EXERCÍCIO 2

a- Professor, levar para os alunos o texto deflagrador: Post e até curtidas podem resultar em justa causa

Fonte: http://diariogaucho.clicrbs.com.br/rs/dia-a-dia/noticia/2015/07/ - Acesso em 17/11/2016

b- Dividir a sala em dois grandes grupos. Pedir a eles que escrevam uma carta ao editor, com a

estrutura completa (data, vocativo, corpo da carta, despedida e assinatura).

c- Explicar o papel do editor do jornal ou revista, isto é, ele estipula regras e objetivos para a edição

das cartas.

d- O professor deve apresentar essas regras, fazendo o papel do periódico.

e- As cartas devem ser trocadas do grupo A para o B, e vice-versa.( Essa troca pode ser feita de

forma lúdica. As cartas são colocadas em envelopes coloridos ou brancos. O lado A coloca os

envelopes em uma caixa correio e o lado B em outra caixa correio. As caixas são trocadas de lado.

Cada aluno do lado oposto retira uma carta, a qual será reescrita por ele.)

f- Os alunos deverão editar a carta do colega, seguindo as regras estipuladas pelo editor.

Regras: Uma carta para ser publicada não pode violar qualquer lei vigente no Brasil, não pode conter conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou qualquer ilegalidade ou desrespeitar a privacidade alheia; não pode conter conteúdo preconceituoso ou discriminatório a pessoas ou grupos de pessoas ; não pode conter linguagem grosseira, obscena e/ou pornográfica; não pode apresentar cunho comercial; não pode ser anônima ou assinada em e-mail falso. (fonte: http//blogdofolhateen.folha.blog.uol.com.br/)

g- Expor as cartas editadas em um jornal mural na sala de aula ou no pátio da escola.

ATIVIDADE 6 Conteúdo:

- Finalidade de interação de diferentes cartas; (para quê?)

- Influência dos interlocutores na linguagem das cartas.

- Análise linguística das diferentes linguagens das cartas das diferentes revistas.

Objetivos:

1. Analisar cartas de diferentes revistas com diferentes campos semânticos, verificando suas marcas linguísticas ou marcas de estilo conforme o sexo e a idade.

- Revista Capricho ou Toda teen;

-Ciência hoje para crianças;

-Cláudia, Nova ou Cosmopolitan ( para mulheres);

-Carro ( para homens);

2. Perceber que o interlocutor (ou o suporte) –destinatário- influencia na linguagem da carta.

Duração: 4h/aula

EXERCÍCIO 1:

Questões

a) Qual a finalidade de cada carta e em qual revista ela estaria inserida? Justifique.

b) Qual a expectativa do leitor da revista Carro?

c) Se o interlocutor quer aprender um tutorial sobre maquiagem , qual revista escolherá? Porquê?

Orientação ao(à) professor(a):

Professor, você poderá digitalizar capas de quatro revistas diferentes. Colocá-

las no datashow. Em seguida, selecionar uma carta de cada revista e entregá-

las aos alunos em uma folha.

Agora, leia as cartas a seguir.

Não é tarde demais “Não li a revista inteira ainda, mas já estou ansiosa para terminar. Está cheia de matérias incríveis! A minha preferida é Idade não é documento. A gente pensa mesmo que é tarde demais para fazer certas coisas, é e justamente onde nos enganamos. Sempre há tempo para se movimentar e ver por exemplo, o gato Rodrigo Lombardi em Verdades (Nada) Secretas e suspirar! Daniela Christine

Futura bióloga

Olá querida CHC! O motivo que tenho para escrever é para falar do meu grande carinho por todos vocês que fazem esta revista maravilhosa. Meu sonho é ser bióloga, gosto demais de todos os animais da terra. Por favor, publiquem meu endereço, pois desejo fazer novas amizades. Aparecida Pereira, Rua Presidente Getúlio Vargas, 125. 58278-000, Jacaraú/PB.

“Gostaria de agradecer a matéria sobre os pais não aceitarem o ficante. Muitas meninas da minha idade (14/15 anos) acham difícil falar com a mãe sobre isso. O assunto nos ajudou a conversar com nossos pais e fazê-los entender que hoje é normal essa história de apenas ficar”, Maysa, Rio do Sul (SC) -Má, essa é a missão da tt: ajudá-las em todos os dilemas, seja com os pais, o crush, as amigas... e ficamos felizes de saber que estamos cumprindo isso direitinho!

O preço do sucesso

Sou cliente fiel da Honda, marca que aprendi a admirar desde minha juventude, com as primeiras motos que tive. Hoje, minha paixão são os carros, mas confesso que fiquei decepcionado com a política “maluca” que a montadora está utilizando no Brasil, e o novo Civic é o melhor exemplo disso. Afinal, pedir mais de R$ 120.000 por um modelo não traz nada de mais avançado em termos de tecnologia é um absurdo. Estou, atualmente, no meu segundo Civic ( já tive um CR-V e um City), mas, sinceramente, estou analisando a possibilidade de trocar de marca. Fui conhecer de perto o Fit e o HR-V ( apenas por curiosidade) e fiquei espantado com a simplicidade dos dois! O pior é que a Honda pede muito por eles. Acho que farei escolha melhor se optar por algum modelo Premium mais bem equipado. Rafael J. P. StanKevisios Por e-mail

1. Em relação às revistas, vocês consideram que elas são direcionadas para um público

específico? Para responderem a essa questão observem : o suporte (revista ou jornal),

interlocutores( público leitor), conteúdo temático ( política, economia, moda, saúde, sexo, esportes,

música, etc).

2) Identifique o nível de linguagem empregado em cada carta e justifique.

-Predomínio de sequência textual argumentativa;

-Emprego de operadores argumentativos adequados e variados, de modalizadores, de expressões

avaliativas;

-Para explicitar sua tomada de posição usa a 1ª pessoa do presente do indicativo, expressões

avaliativas, modalizadores;

MÓDULO 2: CIRCULAÇÃO DA CARTA DO LEITOR NO CONTEXTO DE

VESTIBULAR

ATIVIDADE 1 Conteúdo: Enunciado da prova de redação da UEM.

Objetivo:

1. Explorar as condições de produção contidas no enunciado da prova de redação da UEM.

Duração: 4h/aula.

EXERCÍCIO 1

Dinâmica ( Relacionada a comandos – prestar atenção ao comando)

EXERCÍCIO 2

Retire dos comandos a seguir as condições de produção ( gênero, finalidade, papel social do

produtor, temática, suporte, interlocutor).

a) Tendo como apoio os textos 1 e 2, escreva uma carta ao editor da revista Rede Imprensa Livre,

Sr. Souza, com até 15 linhas, expondo sua opinião a respeito do projeto de lei do Deputado Federal

Márcio Marinho, que proíbe tatuagem em crianças e jovens. Não utilize nome próprio ou fictício para

assinar a sua carta. Escreva apenas a palavra Leitor como assinatura. (fonte: vestibular UEM/2012-

inverno).

b) Considere a seguinte situação: você foi escolhido para apresentar resumidamente para sua

classe os argumentos pró e contra os rolezinhos. Redija, portanto, um resumo, em até 15 linhas,

que exponha os argumentos utilizados pelos autores de cada texto para justificar o posicionamento

deles em relação ao tema prática do rolezinho em shopping-centers. ( fonte: vestibular UEM/2014-

inverno).

c) Como vestibulando, redija, em até 15 linhas, uma resposta argumentativa à pergunta “Qual o

segredo do vestibular: inteligência, esforço ou sorte?”. Você pode basear-se nas informações dos

textos de apoio, mas não deve apresentar cópia deles. (fonte: vestibular de verão/ 2013/ UEM)

d) Como professor de ensino médio, relate, em até 15 linhas, a experiência de um ex-aluno que foi

aprovado no vestibular valendo-se da inteligência, do esforço e da sorte. Para nomear esse aluno,

utilize os nomes Margarete ou Gastão. (fonte: vestibular UEM/2013-verão)

e) Como leitor da revista Veja, escreva uma carta ao editor, Sr. Silva, com até 15 linhas, expondo

sua opinião a respeito da “nova lei antipalmada”, sustentando sua posição. Assine a carta apenas

com o nome Leitor.( fonte: vestibular de verão/ 2010/ UEM).

EXERCÍCIO 3

Leia atentamente o comando abaixo e as cartas que seguem, indicando nas cartas qual elemento

do comando não foi atendido pelo candidato:

Comando: ( adaptado do vestibular de verão da UEM / 2008 )

Como leitor, escreva uma carta ao editor de uma revista semanal, com até 15 linhas, expressando

sua opinião sobre a temática da substituição das sacolas plásticas por sacolas reutilizáveis exposta

nos textos de apoio. Assine a carta com apenas a inicial do seu sobrenome.

Cartas do leitor:

.

a) Gervásio, Escrevo-lhe esta carta para pedir que na próxima semana, se possível, edite em sua revista uma reportagem, pesquisa ou artigo sobre a polêmica das sacolinhas plásticas, mostrando para o leitor como ela é poluente e as alternativas que já existem para substituí-las de vez, as pessoas sabem pouco sobre esse assunto e acho que através do seu meio de comunicação, muito lido e respeitado, poderíamos abranger diretamente o povo brasileiro para uma maior conscientização. Obrigada.

Atenciosamente P. (fuga da finalidade, deveria opinar, mas está sugerindo)

b) Caro editor, O problema dos sacos plásticos, a maioria das vezes, não está relacionada aos comércios que as oferecem, e sim a própria sociedade. Muitas pessoas descartam as sacolas sem nenhuma consciência, jogam na rua, nos rios e não se preocupam com as consequências . porém, os comércios não estão isentos da culpa, alguns funcionários utilizam além do necessário para embalar os produtos dos clientes, causando o desperdício. Uma solução possível seria o governo incentivar a conscientização da população através de propagandas, cursos, palestras, enfim, meios de comunicação em geral. Outra opção, seria a do próprio consumidor, a de inventar uma nova função para as sacolas plásticas, como lixo para o carro. Então, o problema tem solução sim, basta um pouco de consciência e de atitude das pessoas. Atenciosamente, W. (dissertação pura – não atendeu o gênero – não assumiu o papel social)

c) Maringá, 7 de julho de 2008 Prezado editor da Revista Isto é Primeiramente, gostaria de parabenizar a estrutura da Revista. Sou leitora assídua desta, e considero-a uma das melhores do Brasil. Gostaria de retomar um assunto abordado na edição do dia 17 de outubro de 2007: as sacolinhas plásticas. As “sacolinhas de mercado”são muito práticas, mas realmente são prjudiciais ao meio ambiente. Na busca de uma sacola politicamente correta, surgem diversas outras, porém cada uma tem seus prós e contras. Concordo com a ideia de substituir a sacola por outros meios não poluentes. Acho muito interessante o fato de vocês estarem se preocupando com o meio ambiente, e publicar reportagens sobre o tema. Assim talvez os leitores, a população se conscientize em cuidar melhor do nosso planeta. (toca rapidamente no tema, não tem argumentação, não tem posição)

ATIVIDADE 2 Conteúdo: Estrutura da carta, em situação de vestibular da UEM.

Objetivo:

1- Trabalhar a estrutura da carta do leitor.

Duração: 2h/aula

EXERCÍCIO 1 : Leitura

A CARTA DO LEITOR PRECISA APRESENTAR:

1.Marcas lingüísticas do interlocutor (para quem a carta será enviada).

A carta é uma conversa, um diálogo com o interlocutor, por isso ele deve estar marcado no texto (corpo da carta).

Exemplo: Sr. Editor, seus leitores, o senhor, sua revista.

2.Marcas do autor da carta.

O autor da carta deve apresentar sua posição social (estudante, dona de casa, advogado, médico, comerciante,

funcionário público, etc) e marcar-se no texto sempre que possível.

3.Objetivos da carta:

Orientações ao(à) professor(a):

Professor, você pode colocar as informações abaixo em datashow e também

entregá-las em uma folha para o aluno ter em seu caderno. Faça uma leitura

com os alunos.

-solicitar orientações ou conselhos;

-elogiar ou criticar uma matéria jornalística;

-agradecer a alguém por um benefício recebido;

-reclamar de um serviço público prestado;

-denunciar uma situação de injustiça social;

-criticar idéias do autor de um artigo.

-no Vestibular da UEM, o objetivo será sempre o de opinar sobre determinado assunto.

4.Estrutura da carta:

Secão de contato, núcleo e despedida.

!. Seção de contato:

a) Local e data: Maringá, 16 de março de 2012.

b) Nome da revista ou do jornal: À Revista Biomédica Veterinária

c) Vocativo/ forma de tratamento: Sr. Editor, Prezado editor, Caro editor. (grau de intimidade)

2. Núcleo da carta:

a) Corpo da carta ou núcleo da carta:

-apresentação do autor ;

-delimitação do tema;

-exposição da finalidade da carta (objetivo);

-argumentos que sustentam sua posição sobre o tema;

-argumento + explicação + exemplo próximo da realidade(pode ser da coletânea ou de fora da coletânea)

3) Despedida

4)Assinatura (observar o comando da prova de redação)

5.ESTILO

1. A carta pode ser redigida em 1ª ou em 3ª pessoa conforme o grau de subjetividade ou objetividade. Não

misturar os dois.

6.OPERADORES ARGUMENTATIVOS:

Os elementos de coesão textual entre as frases e entre os parágrafos devem ser adequadamente utilizados para

garantir a boa compreensão do texto.

Exercício 2:

Leia as cartas abaixo junto com seu professor e façam uma legenda apontando a estrutura da carta.

Maringá, 01 de outubro de 2015.

Senhor Souza,

Li a notícia publicada sobre o projeto de lei do deputado Márcio Marinho e isso

deixou-me mais preocupada em relação à proibição de tatuagens em crianças e

jovens. Por isso, como mãe, avaliei ser necessário expor minha opinião.

Não sou contra a tatuagem em jovens porque é muito comum que, no início de

sua adolescência, eles queiram se impor para conquistarem sua liberdade, e, para

isso, desejarem se tatuar. Nesse sentido, a tatuagem funciona como uma marca

pessoal, um ícone de autonomia. Por outro lado, a prática da tatuagem é milenar,

sendo utilizada por vários povos por questões religiosas e culturais. Dessa forma,

muitos jovens podem conceber o ato de se tatuar como uma forma de expressão

estética ou uma maneira de participar de um determinado grupo social.

Sendo assim, considero autoritária uma lei que pretende tomar o lugar do

diálogo familiar, já que a decisão de se tatuar ou não deve ser resultado de uma

reflexão conjunta entre pais e filhos sobre os possíveis prós e contras de tal decisão.

Atenciosamente, Leitor.

Complete a legenda, utilizando as palavras do quadro:

conclusão, despedida/assinatura, introdução, seção de contato, argumentação

Vermelho:____________________________________________________________________________

Laranja:_____________________________________________________________________________

Rosa:_______________________________________________________________________________

Azul:________________________________________________________________________________

Verde:_______________________________________________________________________________

Orientações ao(à) professor(a):

Colocar as cartas em slides e projetá-las através de datashow, explicando a

estrutura. Fazer junto com os alunos uma legenda, pedindo a eles que

sublinhem de lápis de cor as partes da carta.

EXERCÍCIO 3:

Observe a introdução da carta acima e responda:

a)Sublinhe os verbos e diga em que tempo e pessoa estão? Por quê?

Resposta: Li, deixou, avaliei. Os verbos estão na 1ª pessoa do pretérito perfeito. Estão no passado porque se referem à textos que já foram lidos.

b) Aponte outras palavras que marquem a 1ª pessoa do discurso.

R.: me, preocupada, minha

b) Qual o assunto (temática da carta)?

O projeto do Deputado que proíbe a tatuagem em crianças e adolescentes

c) Qual a finalidade da carta?

R: O locutor quer expor sua opinião

d)Qual o papel social do locutor?

Resposta: O locutor se coloca no papel de mãe de adolescentes.

Observe o corpo da carta, e responda:

a) Esse é o espaço da argumentação. Qual é a posição da locutora em relação à temática (tese)?

b) Quais são os argumentos que ela utiliza?

c) A locutora apresenta marcas de interlocução com o editor da revista?

d) Na frase: Não sou contra a tatuagem em jovens porque é muito comum que, no início de sua

adolescência, eles queiram se impor para conquistarem sua liberdade, e, para isso, desejarem se

tatuar.” A conjunção porque

( ) introduz uma conclusão.

( ) introduz uma explicação.

( ) introduz uma discordância.

e) Na frase: “Nesse sentido, a tatuagem funciona como uma marca pessoal, um ícone de

autonomia.” A expressão destacada pode ser substituída por:

( ) Logo

( ) Porém

( ) Ou seja

f) Na frase “Por outro lado, a prática da tatuagem é milenar, sendo utilizada por vários povos por

questões religiosas e culturais.´” Por que a expressão destacada foi usada?

Observe a conclusão da carta:

a) Na frase: “Sendo assim, considero autoritária uma lei que pretende tomar o lugar do diálogo

familiar, já que a decisão de se tatuar ou não deve ser resultado de uma reflexão conjunta entre

pais e filhos sobre os possíveis prós e contras de tal decisão.”

( ) “Sendo assim” pode ser substituído por” então”, e “já que” por “uma vez que”

( ) “Sendo assim”pode ser substituído por “entretanto”e “já que” por “ mas também”.

b) Como a leitora faz o fechamento de sua argumentação?

EXERCÍCIO 4:

Observe a estrutura das cartas abaixo. Complete as partes que faltam nelas:

Maringá, 7 de julho de 2008

Caro editor,

Como ambientalista, quero expor minha opinião sobre a matéria da utilização inadequada e exagerada das sacolas plásticas por parte de consumidores e vendedores, e sua possível substituição por sacolas retornáveis.

................................................................................................................................................

................................................................................................................................................

...............................................................................................................................................

...............................................................................................................................................

...............................................................................................................................................

Enfim, sei como a revista se interessa por assuntos ambientais e entendo a gravidade da situação

Atenciosamente, leitor A.

..............................................................................................................................................

Prezado editor,

................................................................................................................................................

................................................................................................................................................

................................................................................................................................................

................................................................................................................................................

Milhões delas são produzidas, distribuídas, e consequentemente, jogadas fora, poluindo cada vez mais o planeta, que cada dia que passa está sobrecarregado das consequências que as ideias “extraordinárias”do homem o leva. Isso não pode continuar acontecendo, e recursos para se desenvolver novas técnicas não faltam. Por que não substituí-las por sacolas biodegradáveis, ou até mesmo ser distribuídas nos comércios sacolas de estopa?

Com isso, no caso da segunda sugestão, elas seriam reutilizáveis e mais resistentes, e com certeza, pelo material usado em sua fabricação, o custo seria baixo, e o benefício não seria só para nós, que diminuiríamos aquela imensidão de plástico inutilizáveis em nossas casas, mas sim para o nosso planeta, que teria um inimigo a menos.

Atenciosamente,S.

ATIVIDADE 3

Conteúdo: Abordagem temática nas cartas do leitor.

Objetivo:

1. Analisar se a temática do comando da prova do vestibular foi atendida adequadamente.

Duração: 2h/aula

EXERCÍCIO 1:

Faça uma leitura do box , do comando de prova e das cartas. Em seguida atribua uma nota a cada

uma das cartas, a partir do quadro abaixo. Justifique a nota.

ABORDAGEM DA TEMÁTICA

Extrapola as informações do texto de apoio, posiciona-se de forma clara ; desenvolve os argumentos selecionados; faz uma leitura crítica da temática: 2,5

Apresenta a temática, posicionando-se de forma clara; desenvolve o(s) argumento(s) selecionado(s), mas a leitura da temática apresenta-se um pouco mais “colada” aos textos da coletânea ; 2,0

Apresenta, posicionando-se de forma clara, mas há um ou mais argumentos sem desenvolvimento; faz uma leitura de nível intermediário da temática: 1,5

Apresenta, mas não desenvolve a temática, por exemplo, pode haver um ou mais argumentos, mas sem desenvolvimento; faz uma leitura superficial da temática proposta: 1,0

Apresenta a temática de forma diluída; pode apresentar uma leitura equivocada dos textos da coletânea = problemas de incoerência: 0,5

Não apresenta a temática: zero

Não apresenta a temática – zero

Trata da tatuagem em linhas gerais- 0,5

Trata da tatuagem em crianças e adolescentes – 1,0

Trata do projeto de lei que proíbe a tatuagem em crianças e adolescentes (uttiliza os

textos de apoio, porém está “colado” a eles.) – 2,0

Trata do projeto de lei que proíbe a tatuagem em crianças e adolescentes (Utiliza as

ideias do texto de apoio para transformá-las em argumentos, e ainda traz

argumentação de fora, de outros textos.) – 2,5

TEXTO 1

Deputado baiano quer proibir tatuagem em crianças e jovens

Da Redação publicado em 17 de março de 2012

Essa é a proposta do projeto de lei do Deputado Federal Márcio Marinho, que acrescenta

o art. 132-A ao Decreto – lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, tipificando o

crime de realização de tatuagem em criança ou adolescente e prevendo pena de detenção.

Marinho explica que a realização de tatuagens em crianças e adolescentes vem se

banalizando em nossa sociedade, bastando para a prática a autorização dos pais ou

responsáveis. E alerta que a tatuagem contém diversos riscos à saúde, desde o contágio por

doenças transmissíveis pelo sangue, até a intoxicação por tintas inadequadas, além de se

caracterizar em modificação praticamente definitiva ou de dificílima remoção nos corpos de

pessoas muito jovens, ainda em formação: “Nesse sentido cremos ser imprescindível impedir

completamente essa prática”, afirma.

O deputado baiano acredita que “se faz necessária a ação do Estado para que, no

cumprimento de sua função constitucional, efetive a proteção integral à criança e ao

adolescente, criminalizando essa conduta que não respeita a integridade dos corpos desses

jovens que, na maioria dos casos, se arrependem profundamente de tatuarem seus corpos após

se tornarem adultos”.

(Texto adaptado de <http://www.redeimprensalivre.com.br/archives/30239>. Acesso em

5/4/2012)

COMANDO:

Tendo como apoio os textos 1 e 2, escreva uma carta ao editor da Revista Rede Imprensa livre, Sr.

Souza, com até 15 linhas, expondo sua opinião a respeito do projeto de lei do Deputado Federal

Márcio Marinho, que proíbe tatuagem em crianças e jovens. Não utilize nome próprio ou fictício para

assinar a sua carta. Escreva apenas a palavra Leitor como assinatura.

Maringá, 9 de junho de 2012

Ao editor Sr. Souza,

Como leitor dessa revista e pai de dois adolescentes vejo a necessidade de expor minha opinião a respeito do projeto de lei do deputado federal Márcio Marinho, publicado na última edição. É claro, posso parecer careta, mas sou contra tatuagens. Meus filhos conhecem meu posicionamento, pois enquanto eles não forem maiores de idade, não tem minha autorização. Contudo, Sr, Souza, oponho-me ao projeto de lei, proposto pelo deputado, visto que acredito não ser função do Estado interferir nesses tipos de decisões pessoais, ainda mais colocar o ato como crime, previsto em lei.

Sou ciente dos riscos, que esta pintura corporal pode acarretar, mas, senhor editor,esta lei fará, apenas, as clínicas de melhores estruturas obedecerem-na , e levaráos adolescentes recorrerem a lugares clandestinos, correndo maiores riscos. Vivemos em uma sociedade democrática, assim os cidadãos devem ter o direito de fazer suas escolhas, mesmo que ela não lhe agrade, como o caso da tatuagem. O dever do estado não é criminalizar aqueles que oferecem esse recurso com segurança , mas sim, garantir que esses estabelecimentos existam e ofereçam melhor involução aos jovens, antes que eles marquem seus corpos.

Atenciosamente, Leitor.

Acredito que esse projeto de lei não deva acontecer, pois quem deve definir se é correto ou crianças e jovens fazerem tatuagem são os pais. Se arrepender é consequência, mas acredito que isso não seja problema pra um deputado, e sim para quem fez a tatuagem e as doenças transmissíveis pelo sangue e intoxicação por tintas ficam como responsabilidade dos pais, nenhuma lei nem deputado deve interferir nisso.

A proposta de lei do deputado federal Márcio Marinho que tipifica o crime de realização de tatuagem em menores publicada em 17 de março merece aplausos.

Os jovens necessitam de meios para expressar-se e existem inúmeros, porém, ao tatuarem-se, criam em si mesmos uma prisão que, anos mais tarde, podem ser motivo de vergonha e atrapalhar o que já é difícil: arrumar emprego. Tal prisão é ainda maior que o castigo de Zeus sobre Prometeu, pois diferente deste, não há como se libertar, uma vez que, além de transmitir doenças(como AIDS), o método mais moderno de remoção elimina apenas 95% das cores. É, portanto, dever do estado aprovar tal lei.

Leitor.

ARTICULADORES ARGUMENTATIVOS

As palavras destacadas são articuladores argumentativos e foram empregados para vincular as opiniões aos argumentos usados. Os articuladores argumentativos são “palavras ou expressões cuja função específica é exatamente estabelecer e deixar evidente as relações entre diferentes partes do texto, não permitindo que o leitor perca o fio da meada”. (BRASIL, OFICINA 10, p. 1, 2014) Fonte: www.escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/caderno/opiniao

Quadro – Elementos articuladores

USO Expressões

Tomar posição Do meu ponto de vista; [...] pensamos que; pessoalmente acredito

Indicar certeza Sem dúvida; está claro que; com certeza; é indiscutível

Indicar probabilidade Provavelmente; me parece que; ao que tudo indica; é possível que

Indicar causa e/ou consequência Porque; pois; então; portanto; consequentemente

Acrescentar argumentos Além disso; também; ademais

Indicar restrição Mas; porém; todavia; contudo; entretanto; apesar de; não obstante

Organizar argumentos Inicialmente; primeiramente; em segundo lugar; por um lado; por outro lado

Preparar conclusão Assim; finalmente; para finalizar; por fim; concluindo; enfim; em resumo

Fonte: Pontos de vista: caderno do professor: orientação para produção de textos - p.113,

ATIVIDADE 4 Conteúdos:

1. Argumentação; 2. Articuladores argumentativos. Objetivos:

1. Perceber que as cartas que expressam opinião, embasam-na em argumentos. Duração:

A cassação de Dilma

“O áspero capítulo final do impeachment” (950/2016) antecipou o que estava em jogo no

último ato da queda de Dilma Rousseff.

Ao assistir pela TV à fala e às respostas confusas da presidente afastada Dilma Rousseff,

sou obrigado a concordar com ela: sim, foi golpe. Mas o golpe foi ela quem deu no PT e em seus

satélites, pois abortou um projeto de poder das esquerdas. Despreparada, arrogante e perdulária,

fez um governo muito ruim. Achando-se acima da lei, não respeitou a Justiça do país que governou.

Obra e fruto do dono do PT, o caudilho Lula, que, ancorado em sua popularidade recorde, impôs e

bancou a burocrata Dilma. Vendida como gerentona, ela logo se mostrou aquém do cargo. Dilma

deveria se dar por satisfeita. Considerando suas limitações, ela foi longe demais, chegando a

presidir um dos maiores países do mundo. ( Luiz Thadeu Nunes e Silva, São Luís, MA)

FONTE: Revista Época, nº 951, p. 28 – 5/9/2016 – Editora Globo.

a) Qual a opinião do leitor sobre a cassação de Dilma?

b) Que argumentos ele utiliza?

b) As palavras destacadas em rosa são adjetivos. Esses adjetivos qualificam ou desqualificam a ex-

presidente para o cargo que ocupava?

c) Se eles fossem retirados do texto o sentido seria alterado?

d) Pode-se afirmar que os adjetivos têm força argumentativa? Por quê?

e) Na carta acima observe os operadores argumentativos em amarelo e indique o valor semântico

estabelecido na relação entre ideias.

Valores distorcidos

Quando estamos próximos das festas de final de ano, sempre surgem análises sobre o real

significado do Natal. No entanto, desta vez a revista Filosofia Ciência & Vida brindou seus leitores,

na edição 89, com um excelente artigo a respeito do simbolismo que cerca esse evento e o fato de

representar um dos valores mais importantes da civilização cristã, ou seja, a esperança de

renovação da ordem no mundo, graças ao nascimento de Jesus. Sem dúvida, acredito que este

seja um período que deveria ficar marcado pela reconcialiação entre as pessoas, pela reflexão

sobre a conduta ao longo do ano, por uma vivência de amor. Contudo, o que se vê é que todos os

valores são, de certa forma, profanados pela ideologia capitalista e as armadilhas publicitárias,

comandadas pela sociedade de consumo, que transformaram a celebração do Natal em um evento

dissociado de seu objetivo principal. Resultado: a prova de amor entre as pessoas se transformou

em trocar presentes. Parabéns a todos pela matéria. ( Luciana Constantino, por e-mail)

FONTE: Revista Filosofia, ano VII, nº 90, janeiro 2014

Censura do Instagram

Feio é ser preconceituoso, é achar que a juventude é eterna, é censurar o que não está nos

padrões vigentes. Feio é usar tecnologia do século 21 e ter valores medievais. Feio é imputar a

outros as ideias vergonhosas que se escondem dos “pares” de uma rede social fictícia, sem uma

real interconectividade. Feio é não saber ler uma imagem magnífica e saber apenas soletrar nas

redes sociais (“Instagram censura imagem publicada no perfil da Folha”, “Poder”,3/11).

Marcela Guimarães Paiva (Juiz de Fora,MG - 3/11/2016)

a) A autora da carta, Marcela, repete várias vezes o adjetivo feio em sua carta.

O adjetivo “feio” está qualificando uma palavra ou uma oração?

Qual o efeito de sentido da palavra feio no início de cada oração?

b) Na oração “Feio é usar tecnologia do século 21 e ter valores medievais”. Qual é o valor

semântico das duas orações? O conectivo “e” reforça essa relação? Qual o valor semântico da

conjunção” e”?

Atividade 5

Conteúdo: Produção textual

Objetivo:

1. Escrever uma carta do leitor simulando a situação de vestibular, através de seu comando e dos textos de apoio.

Duração: 4horas/aula

EXERCÍCIO 1:

Com base nos textos de apoio, redija uma carta ao Sr. Pereira, editor da Revista Games, em até 15

linhas, expondo sua opinião a respeito do tema polêmico “Os games deveriam ser inclusos no

projeto vale-cultura proposto pelo governo Federal?” Assine sua carta apenas com a palavra Leitor.

Ministra da cultura afirma em audiência pública que videogames não são cultura

POR LÍLIAN MOREIRA EM 28/02/13

A ministra da cultura, Marta Suplicy, afirmou em audiência pública no dia 19 de fevereiro que

videogames não são cultura, e portanto, não poderiam ser comprados com o vale-cultura. O projeto

de Dilma Roussef disponibiliza 50 reais para o beneficiado gastar com o que a ministra determinar

que seja cultura. O interessante é que a mesma já declarou que poderia ser comprado "até revista

porcaria", provavelmente se referindo a publicações sobre fofoca, novela, etc. Pelo visto videogames

estão abaixo disso para nossa autoridade política nacional em cultura. De acordo com as palavras da

própria ministra, “O que nós temos acesso não credencia o jogo como cultura. (…) Pode

desenvolver raciocínio, pode deixar a criança quieta, pode trazer lazer para o adulto, mas cultura não

é”. Por outro lado, ela diz estar aberta à discussão e pede para levarem exemplos ao ministério. Fonte: Carta Capital

280 FONTE :http://www.gameblast.com.br/2013/02/ministra-da-cultura-afirma-em-audiencia.html

( acesso em 2/11 as 17h20)

O QUE É CULTURA?

Antes de iniciar esta discussão é interessante analisarmos o conceito de cultura, para que não haja

desavenças e distorções no entendimento. Segundo Edward B. Tylor, antropólogo britânico

considerado o “pai do conceito moderno de cultura”, esta nada mais é do que “todo complexo que

inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e

capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Tá, e o que isso quer dizer?

Isso significa que qualquer tipo de expressão artística que seja reflexo da sociedade humana como

um todo é cultura. Isso inclui nossos livros, revistas, filmes, peças de teatro, músicas e por que não,

os jogos? Afinal, eles também são feitos tendo como reflexo a sociedade humana, não? Com isto,

fica fácil deduzir que jogos são cultura. Entretanto, com esta mesma justificativa, podemos dizer que

músicas com letras degradantes de qualquer estilo musical sejam igualmente cultura. Então não é tão

simples assim fazer essa definição.

Mesmo assim, comprar um CD que tenha essas mesmas músicas pejorativas entrariam mais como

cultura na visão política do que os nossos queridos videogames. Mas como podemos definir o que

eles veem como cultura e o que não veem? Bom, caso vocês leitores estejam desligados das notícias

das últimas semanas, hora de apresentar a vocês o Vale-Cultura.

VALE-CULTURA

A presidenta Dilma Roussef sancionou no final do ano passado a lei nº 5.798 que entrará em vigor

no próximo semestre. Esta lei garante ao trabalhador que ganhe até cinco salários mínimos por mês e

esteja devidamente credenciado no projeto um valor mensal de R$ 50,00 para consumo com fins

culturais. O“Vale-Cultura” funciona como um cartão de débito, carregado mensalmente junto do

salário do funcionário e poderá ser utilizado em todos os estabelecimentos que estiverem em

convênio.

A gama de produtos abrangida pelo Vale é colossal, podendo o cidadão gastar o valor com ingressos

para o cinema ou teatro, concertos musicais, CDs, livros, DVDs e até mesmo revistas. Entretanto,

voltamos para a afirmação inicial desta discussão e afirmamos agora que jogos não são considerados

cultura perante o Ministério da Cultura, portanto não são beneficiados pelo sistema do Vale. E foi aí

que a guerra começou.

A empresa de games Square Enix enviou uma carta à ministra Suplicy contendo um artbookcom

os rascunhos e artes oficiais da série Final Fantasy e o CD Distant Worlds, com as faixas mais

famosas da série já citada, performada pela Orquestra Filarmônica Real de Estocolmo. Esta foi a

maneira da produtora mostrar à ministra a cultura dos games, com as mais belas artes ocultas na

ação e dinâmica dos jogos criados para puro entretenimento. [...]

Cultura para quem é culto

Por Fellipe Camarossi O verdadeiro problema dos jogos é que a sua cultura está nos detalhes. As músicas de fundo,

embora sejam essenciais para a ambientação e algumas das principais causadoras da imersividade,

raramente são realmente apreciadas por sua arte. As histórias construídas com cuidado, narrativas

que mostram moral, dualidade e evolução de caráter social, emocional e psicológico de diversos

tipos de personagem, nem sempre recebem toda a atenção que deveriam dos jogadores. E isso que

estou falando não é só do público geral, mas do público “gamer” também.

Infelizmente, é um fato que, embora muitos encham o peito para falar que os jogos são cultura,

poucos realmente apreciam a cultura que estão nos jogos. Eu sou um daqueles jogadores “chatos”

que dão muito mais valor para uma boa narrativa do que para uma jogabilidade divertida. O jogo

pode ser todo travado no gameplay, mas se a história for boa, o traço, a música, eu vou encará-lo do

começo ao fim, pois eu acredito que é aí que está a verdadeira cultura dos jogos, é ali que está a

arte.

Um exemplo polêmico? Podem me odiar, mas nunca fui fã da série God of War, porque acredito

que a narrativa seja forçada e fraca. As batalhas são incríveis, a jogabilidade é excelente e os

gráficos são arrasadores, mas eu não consigo apreciar os jogos pela sua história. Entendam que não

estou criticando quem gosta e tampouco dizendo que este jogo não tem cultura (pois ele tem), é

apenas para exemplificar quando um jogador está realmente interessado na parte cultural

Voltando para o Vale-Cultura, é possível notar que o alvo do projeto são as famílias de renda até

cinco salários mínimos. Sem querer soar preconceituoso, mas levando em conta que este mesmo

público alvo é o que, segundo os próprios dados do ministério da cultura, são os menores

consumidores de livros, cinema, museu e teatro, o que se pode esperar quando vão atrás de jogos?

Que estão buscando diversão e entretenimento ou a cultura – que é o proposto pelo projeto?

E nós ainda nem levamos em conta ainda a questão do preço. Um jogo físico hoje em dia custa, em

média, R$ 150,00 nas grandes lojas, independente da plataforma. A quantia disponibilizada para as

famílias beneficiadas é de R$ 50,00 mensais para consumo de cultura. Conseguem ver o primeiro

empecilho? A família inteira teria de ficar sem utilizar o valor por três meses para que o filho ou

filha compre apenas um título para o seu console. São três meses que poderiam ter ido ao cinema,

comprado algum livro ou mesmo uma revista que fosse, pois ao menos exercitariam a leitura.

Supondo que ainda assim o fizessem, acumulassem por três meses e o jovem enfim compra o seu

jogo. Sem hipocrisia, quero que respondam mentalmente se acham que o rapaz vai atrás do jogo pela

cultura ou pela diversão. Creio eu que seja unânime a resposta, assim como quero crer que é isso que

passou pela mente da ministra Suplicy ao utilizar-se daquelas palavras para falar dos jogos.

Em suma, a cultura dos jogos só se aplica para pessoas cultas. Se elas sabem apreciar arte de

verdade, elas vão naturalmente ir atrás de jogos pela sua arte. A música, a história, cada detalhe as

cativa de modo individual e se tornam tão transmissoras de conhecimento como um livro ou um

documentário. Porém, se a pessoa não entrou ali já buscando esta fonte cultural, ela está fadada a

contentar-se com o espancamento de botões e as horas de gameplay.

No fim das contas, isso é mais uma questão de ponto de vista. Seguindo o conceito de Edward

Tylor, os jogos se classificam sim como cultura, e após vermos todos esses exemplos sobre a

transmissão de conhecimentos que eles podem oferecer fica evidente que é mais do que certo que

nossos queridos videogames tem sim o seu espaço no mercado artístico e cultural.

Entretanto, devo admitir que eu mesmo não tomaria uma decisão diferente da ministra da cultura

Marta Suplicy, talvez apenas o fizesse numa abordagem diferente. Afinal de contas, o objetivo do

projeto é introduzir as famílias de renda baixa e média para a cultura que estão deixando de apreciar

por motivos diversos, como a própria renda ou a falta de oportunidade. É uma iniciativa boa do

governo de tentar iluminar um pouco as mentes da população, embora deixar uma gama tão grande

de produtos possa acabar gerando um novo “bolsa família que paga cabeleireiro”.

É triste, mas a própria população não parece estar madura o suficiente para saber lidar com esses

benefícios que o governo oferece. A própria ministra afirmou que a lista de produtos a serem

beneficiados não está absoluta ainda e novos itens podem ser adicionados (talvez prevendo o caos

que sua afirmação iria gerar), então é possível que nós vejamos os jogos nessa lista daqui a algum

tempo. Infelizmente, seria uma pena vê-los entrar apenas por esta reclamação do público “gamer” e

ter de assistir um valor que deveria ser direcionado à cultura afundar em mais um entretenimento

disfarçado de conteúdo. É o famoso jeitinho brasileiro.[...]

FONTE: adaptado do site http://www.gameblast.com.br/2013/03/discussao-jogos-sao-ou-nao-sao-cultura.html

(acesso 28 out. 2016)

Atividade 6

Conteúdo : Avaliação e reescrita textual.

Objetivo:

1. Orientar o aluno a fazer uma auto-avaliação de sua produção textual.

2. Reescrever sua produção textual.

Duração: 2 horas/aula

EXERCÍCIO 1

Na tabela abaixo você encontrará itens para a avaliação do seu texto. Você deverá observar no seu

texto a realização de cada item, com atenção, e escolher uma única opção.

Número de aspectos contemplados 0 1 2ou3 4 5

CONTEÚDO Nota 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0

1.Condições de produção

1.Interlocutor (editor) 2.Locutor (leitor-papel social) 3.Objetivo 4.Temática 5.Suporte (revista/jornal)

Níveis do desempenho temático 1 2 3 4 5

Nota 0,0 0,5 0,7 1,5 2,0

2.Temática 1.fuga ao tema 2.trata só de games 3.trata de games como cultura, mas não argumenta. 4. trata dos games como cultura e argumenta para colocá-lo no vale cultura do governo federal. 5. 4 + apropriação e exploração dos textos de apoio e outros textos que

Orientação ao(à) professor(a):

Professor, você pode selecionar uma carta produzida por um aluno e realizar

uma avaliação coletiva utilizando a tabela. Essa atividade em grupo serve

como modelo para os alunos realizarem individualmente a avaliação de seus

textos. Faça uma cópia da tabela de avaliação para cada aluno ou dupla.

possam criar argumentação.

FORMA Níveis da organização textual 1 2 3 4 5

Nota 0,0 0,5 0,7 1,5 2,0

1. Organização textual

1 -Não reconhecimento da carta de leitor. (só o núcleo) 2.Reconhecimento parcial da carta, com a presença de um ou outro elemento.(data + vocativo) 3.Reconhecimento parcial da carta, com mais elementos e com fecho (fechamento) frase final. 4.Reconhecimento visual completo da carta 5.Reconhecimento visual completo da carta com linguagem formal.

Níveis de desempenho do estilo 1 2 3 4 5

Nota 0,0 0,5 0,7 1,5 2,0

2.Estilo 1. -Não há predomínio da sequência

textual argumentativa;

-emprego inadequado de operadores argumentativos ; -não usa a 1ª pes. do presente do indicativo; -não usa adequadamente expressões modalizadoras avaliativas; -uso aleatório dos tempos verbais. 2. A sequência textual argumentativa

apresenta-se falha;

*emprego inadequado e/ou inexistência de operadores argumentativos;

• Pode até explicitar sua opinião, mas não a sustenta;

• usa a 1ª pes. do presente do indicativo singular; mas não usa adequadamente expressões modalizadoras, avaliativas;

3. A sequência textual argumentativa

apresenta-se mais diluída;

• emprego inadequado e/ou inexistência de operadores argumentativos;

• * para explicitar sua tomada de posição, o autor usa a 1ª pes. do presente do indicativo; mas a recorrência

de expressões modalizadoras, avaliativas é baixa e/ou inadequada;

4.predomínio da sequência textual

argumentativa;

*emprego de operadores argumentativos adequados; * para explicitar sua tomada de posição, o autor usa a 1ª pes. do presente do indicativo; expressões modalizadoras, avaliativas; pode apresentar perguntas retóricas como estratégia de argumentação. 5.Predomínio de sequência textual argumentativa; -emprego de operadores argumentativos adequados e variados, de modalizadores, de expressões avaliativas; -para explicitar sua tomada de posição usa a 1ª pessoa do presente do indicativo, expressões avaliativas, modalizadores;

Níveis de desempenho linguístico 1 2 3 4 5

Nota 0,0 0,5 0,7 1,5 2,0

3.Desempenho linguístico

1. Péssimo 2- Ruim 3- Regular 4- bom 5- Ótimo

EXERCÍCIO 2-

Em seguida deverá trocar seu texto com um colega para que ele faça a correção do seu texto.

Depois discutam entre si as semelhanças e diferenças entre as avaliações feitas por vocês.

( nesse momento o professor poderá mediar a discussão explicando as possíveis diferenças de

avaliações.)

EXERCÍCIO 3

Reescreva seu texto a partir das observações feitas por você e por seu colega.

Referências

ALVES FILHO, F. Gêneros jornalísticos: notícias e cartas de leitor no ensino fundamental. São Paulo: Cortez, 2011. In: ARANHA, E. M. Uma proposta de leitura e análise linguística com cartas do leitor. 2015. 155 f. Dissertação (mestrado profissional). Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2015.

ARANHA, E. M. Uma proposta de leitura e análise linguística com cartas do leitor. 2015. 155 f. Dissertação (mestrado profissional). Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2015.

CAVALCANTE, M. M. Os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2013. In: ARANHA, E. M. Uma proposta de leitura e análise linguística com cartas do leitor. 2015. 155 f. Dissertação (mestrado profissional). Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2015.

COSTA-HUBES, T.C. Uma tentativa de análise linguística de um gênero “relato histórico”. Linguagem em (Dis)curso, Tubarão, vol.10, nº 1,Jan/Apr.2010. Disponível em

<http://www.scielo.br/> Acesso em: 20 dez.2016.

RANGEL,Egon de Oliveira, GAGLIARDI, Eliana, AMARAL, Heloísa. Pontos de vista:caderno do professor: orientação para produção de textos. São Paulo: Cenpec, 2010. (Coleção da Olimpíada de Língua Portuguesa)

RITTER, L.C.B. Práticas de leitura/análise linguística com crônicas no ensino médio: proposta de elaboração didática. 2012. 241 f. Tese (Doutorado em Estudos da Linguagem). Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2012

RODRIGUES, Rosângela Hammes. A pesquisa com o gênero do discurso na sala de aula: resultados iniciais. In: CELLI- COLÓQUIO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS. 3, 2007, Maringá. Anais... Maringá, 2009, p.2010-2019.

.http://www.cvu.uem.br/ Acesso em 02 nov.2016

http//blogdofolhateen.folha.blog.uol.com.br/)

Post e até curtidas podem resultar em justa causa

Fonte: http://diariogaucho.clicrbs.com.br/rs/dia-a-dia/noticia/2015/07/ - Acesso em 17/11/2016

- http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0708200708.htm - Acesso em 5 jul. 2016