universidade estadual de londrina (lins e corbucci, 2007). esses efeitos estão relacionados a uma...
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Universidade
Estadual de Londrina
CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
NÍVEL E BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO INSERIDOS EM UM
PROGRAMA DE EXERCÍCIOS ORIENTADOS
RENATO SANTILLI TÁRTARO
LONDRINA – PARANÁ
2010
RENATO SANTILLI TÁRTARO
NÍVEL E BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO INSERIDOS EM UM
PROGRAMA DE EXERCÍCIOS ORIENTADOS
Trabalho apresentado como requisito parcial para a Conclusão do Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina.
Londrina, 16 de novembro de 2010
ii
TÁRTARO, Renato Santilli. Nível e benefícios da atividade física em idosos com hipertensão inseridos em um programa de exercícios orientados. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2010.
RESUMO
O aumento na procura por exercícios físicos orientados para a população idosa gera necessidade de maiores investigações sobre as patologias que essa população possui como a hipertensão. A mensuração do nível de atividade física cotidiana pode ser um bom instrumento para avaliar o impacto dos programas orientados de atividades físicas, ressaltando os possíveis benefícios. O objetivo deste estudo foi identificar os benefícios e o nível de atividade física de idosos com hipertensão, inseridos em programas de exercícios físicos orientados. Para isso foi utilizada uma amostra de 80 idosos participantes de um programa de atividade física para hipertensos da Unimed Londrina Cooperativa de Trabalho Médico na Unidade de Medicina Preventiva, com aulas de 45 minutos com frequência de três vezes por semana, execução de exercícios predominantemente aeróbicos e algumas adaptações a exercício de força. Para análise estatística foi utilizado o programa Biostat 5.0 com análise descritiva da amostra. Como média e desvio-padrão e o Coeficiente de Correlação de Pearson para verificar a correlação entre o nível de atividade física e seus benefícios. Os resultados mostraram que 22,5% possuem um gasto energético, semanal, regular e 73,75% um gasto energético ótimo para diminuir os riscos de problemas cardíacos. Observou-se que o maior responsável pelo gasto energético semanal do idoso é o trabalho doméstico, que representa 50,08% do gasto total. Em relação aos benefícios da atividade física, 70% tiveram melhora na saúde comparado há um ano. Considerando um escore entre 10 e 30, a amostra teve média de 25,3. A associação entre as variáveis, nível de atividade física e benefícios da atividade física não identificou correlação, R=0,25, confirmando que as atividades aeróbicas melhoram a saúde em geral de idosos hipertensos e o nível de atividade física não tem influência significante nesses benefícios. Concluímos que a prática regular de atividade física melhora a saúde de maneira geral de idosos hipertensos e o maior gasto energético semanal não necessariamente resultará em maiores benefícios para saúde de idosos hipertensos por causa da possível sobrecarga sobre alguma articulação ou musculatura Palavras-Chaves: Idosos, Hipertensão, Benefícios e Nível de Atividade Física.
iii
ABSTRACT
The increase in demand for exercise geared to the elderly population creates a need for more research on the diseases that this population has as hypertension. Measuring the level of daily physical activity can be a good tool to evaluate the impact of programs targeting physical activity, highlighting the possible benefits. The aim of this study was to identify the benefits and level of physical activity in elderly patients with hypertension, embedded in physical exercise programs oriented. For this we used a sample of 80 elderly participants of a physical activity program for hypertensives Unimed Londrina Cooperative Medical Work in the Unit of Preventive Medicine, with classes of 45 minutes with a frequency of three times a week, running predominantly aerobic exercises and Certain amendments to exercise. Statistical analysis was carried out using Biostat 5.0 with descriptive analysis. As mean and standard deviation and correlation coefficient of Pearson correlation was found between level of physical activity and its benefits. The results showed that 22.5% have an energetic, weekly, regular and 73.75% a great energy expenditure to reduce the risk of heart problems. It was observed that the most responsible for the energy expenditures of the elderly is domestic work, which represents 50.08% of total expenditure. Regarding the benefits of physical activity, 70% had an improvement in health compared with a year ago. Whereas a score between 10 and 30, the sample averaged 25.3. The association between variables, level of physical activity and physical activity benefits not identified correlation, R = 0.25, confirming that aerobic activity improves health in general hypertensive and level of physical activity has no significant influence on these benefits. We conclude that regular physical activity improves health in general hypertensive and higher energy expenditures did not necessarily result in greater health benefits for the elderly hypertensives because of possible overload on any joint or muscle. Key Words: Elderly, Hypertension, Benefits and Level of Physical Activity.
iv
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Gasto energético semanal de acordo com as recomendações de
Paffenbarger et. al. (1986).............................................................
21
Tabela 2 - Distribuição, em porcentagem, das atividades de acordo com o
nível de atividade física semanal no Questionário de Atividade
Física para Idosos de Yale..............................................................
22
Tabela 3 - Resposta da primeira questão do questionário de benefícios da
atividade física, segundo o Questionário SF-36: Comparada há
1 ano atrás, como você classificaria sua saúde em geral agora?
22
Tabela 4 - Média e desvio-padrão da segunda questão do questionário de
benefícios da atividade física, segundo o Questionário SF-36, o
escore máximo da escala dos benefícios é 30 e o mínimo é
10.....................................................................................................
22
Tabela 5 - Correlação entre as variáveis: nível de atividade física e
benefícios desta.............................................................................
23
v
LISTA DE ANEXOS
Anexo I - Questionário de Atividade Física para Idosos de Yale –
questões e cotação......................................................................
30
Anexo II - Questionário SF-36 ..................................................................... 37
Anexo III - Terno de Consentimento de Participação................................... 39
SUMÁRIO
RESUMO ii
ABSTRACT iii
LISTA DE TABELAS iv
LISTA DE ANEXOS v
1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 08
2 OBJETIVOS............................................................................................... 10
2.1 Objetivo geral............................................................................................ 10
2.2 Objetivos específicos................................................................................. 10
3 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 11
3.1 Envelhecimento e atividade física.............................................................. 11
3.2 Hipertensão e nível de atividade física...................................................... 13
3.3 Benefícios e programas de exercícios físicos para idosos........................ 15
4 MÉTODOS................................................................................................. 18
4.1 Amostra...................................................................................................... 18
4.2 Local........................................................................................................... 18
4.3 Instrumentos............................................................................................... 18
4.4 Programa de exercício físico.................................................................... 19
4.5 Análise estatística...................................................................................... 19
5 RESULTADOS........................................................................................... 20
5.1 Resultados em tabelas............................................................................. 21
6 DISCUSSÃO.............................................................................................. 24
7 CONCLUSÃO............................................................................................. 26
REFERÊNCIAS 27
2
ANEXO I 30
ANEXO II 37
ANEXO III 39
8
1 INTRODUÇÃO
O envelhecimento acarreta vários efeitos sobre as variáveis
metabólicas, sendo a diminuição da potência aeróbia o mais agravante. Essa queda
provoca aumento da morbidade e mortalidade da população idosa por doenças
crônicas e degenerativas associadas à hipertensão arterial (SAFONS e PEREIRA,
2007).
Como uma forma de retardar as consequências do envelhecimento e o
aumento da pressão arterial, a população idosa passou, nos últimos anos, a
procurar exercícios físicos orientados. Por isso, surgiu a necessidade de maiores
investigações dessa patologia para que o profissional de Educação Física possa
criar formas de controle dos programas de exercícios direcionados a essa
população, que garantam benefícios para a saúde dessa população.
Assim, a identificação desses benefícios e do nível de atividade física
adequados à população idosa pode ser um ótimo instrumento para se prescreverem
exercícios que mantenham ou melhorarem as capacidades físicas, utilizando
informações sobre o impacto das atividades físicas cotidianas dos clientes.
A prática regular de atividade física tem influência na prevenção e
tratamento de várias doenças crônico-degenerativas como a hipertensão arterial, a
qual, segundo Whelton et. al. (2002), é a doença cardiovascular que possui a maior
taxa de morbidade, ou seja, possibilidade de desencadear outras doenças.
De acordo com Rondon e Brum (2003), como tratamento da
hipertensão arterial o exercício aeróbico provoca redução da pressão arterial,
revelando-se um importante componente de modificação do estilo de vida e ressalta
a eficiência do exercício sobre o comportamento crônico e subagudo da pressão
arterial.
Essa mudança de estilo de vida inativo fisicamente para ativo produz
um aumento na quantidade de atividade física dos idosos hipertensos, obrigando o
profissional de Educação Física a ajustar a intervenção segundo o nível de atividade
física cotidiana, com o objetivo de alcançar e manter os benefícios do exercício
sobre a pressão arterial (RONDON e BRUM, 2003).
Tendo como base as afirmações citadas, surge o seguinte
questionamento: qual é o nível de atividade física de idosos hipertensos
9
participantes de programas orientados de exercícios físicos e se há benefícios para
as capacidades físicas voltadas para saúde?
10
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Identificar o nível de atividade física e os benefícios para as
capacidades físicas de idosos com hipertensão, inseridos em um programa de
exercícios físicos orientados.
2.2 Objetivos específicos
Descrever o nível de atividade física da amostra investigada de idosos
com hipertensão;
Identificar se há benefícios na prática de atividade física dos idosos
hipertensos;
Correlacionar o nível de atividade física com os benefícios
proporcionados aos idosos;
11
3 REVISÃO DA LITERATURA
3.1 Envelhecimento e atividade física
O aumento da expectativa de vida, conquistado pelo avanço da
medicina, revela, com grande evidência, os comprometimentos envolvidos no
envelhecimento. Este é um processo natural que consiste de vários termos
biológicos e funcionais como a somação de danos do aparelho genético ou o
processo geneticamente programado, de acordo com Nadai (1995).
Dessa forma, o idoso tornou-se foco de investigação de diversos
pesquisadores de países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, como estudo de
Oliveira (2004) que mostra a representação de 8,5% do total da população, com
projeções para 2025 de uma população nacional de 15% (cerca de 34 milhões) de
pessoas acima de 60 anos.
Os comprometimentos no envelhecimento associados a um estilo de
vida menos saudável e com menor prática de atividades físicas produzem um efeito
deletério, motivam maior desaceleração da taxa metabólica, modificam a
composição da massa corporal dos idosos por causa do aumento da gordura
corporal (LINS e CORBUCCI, 2007).
Esses efeitos estão relacionados a uma série de perdas nos níveis
antropométricos e neuromotores capazes de comprometer seriamente a qualidade
de vida do idoso.
Os efeitos dessas perdas começam a partir dos 50 anos de idade com
um decréscimo de aproximadamente 1% ao ano para a maior parte das variáveis da
aptidão física como aumento do peso corporal, diminuição da estatura, aumento da
gordura corporal, detrimento da massa muscular e da massa óssea e diminuição no
desempenho neuromotor, causada pela diminuição no número e no tamanho das
fibras musculares, acarretando a perda gradativa da força muscular (MATSUDO, S.;
MATSUDO, V. e BARROS NETO; 2000).
Evitando ou diminuindo essas perdas, a prática regular de atividades
físicas traz benefícios para o envelhecimento; pois promovem, no mínimo, a
manutenção da resistência aeróbica, da flexibilidade, da resistência muscular
12
localizada e das habilidades motoras dos idosos (NADAI, 1995).
Consequentemente, esses indivíduos poderão executar as tarefas
diárias com economia energética, sem sobrecargas; retardar as alterações físicas
provenientes do processo de envelhecimento, melhorar a qualidade de vida,
prevenir doenças e garantir o próprio bem-estar.
Os exercícios regulares, a alimentação adequada e o equilíbrio afetivo-
social desempenham importante papel em relação aos benefícios sociais,
psicológicos e físicos da atividade física para os indivíduos idosos (NETZ, 2005). É
importante lembrar que há necessidade de orientação médica antes de se iniciar um
programa de atividades físicas, pois o exame médico pode avaliar, com segurança,
as condições adequadas de saúde para a prática de exercícios físicos.
O profissional de Educação Física deve adequar os objetivos do
programa às necessidades e interesses do indivíduo (SAFONS e PEREIRA, 2007).
A atividade física deve ajudar no tratamento de diversos problemas de
saúde, associados às alterações sistemáticas dos hábitos de vida da população,
principalmente dos idosos, como a redução dos níveis de atividade física que
conduzem a um estilo de vida cada vez mais sedentário.
A prática de atividades físicas além de evitar o sedentarismo,
proporciona ao idoso um momento de convivência com um grupo que busca os
mesmos propósitos, favorecendo o desenvolvimento de relações interpessoais
(LINS e CORBUCCI, 2007).
Além do caráter social, a atividade física pode prevenir o aparecimento
de algumas doenças como cardiopatias, desvios posturais e encurtamentos
musculares, contribui para a manutenção das funções físico-cognitivas e,
consequentemente, promove maior independência na velhice com um estilo de vida
fisicamente ativo, reduzindo os riscos de doenças crônicas, incluindo hipertensão
(CORNELISSEN et. al., 2009).
13
3.2 Hipertensão e nível de atividade física
Doença Cardiovascular é a designação genérica para diversas
doenças que acometem o coração e os vasos sangüíneos. Dentre as doenças
cardiovasculares, deve ser dado cuidado especial à hipertensão arterial devido à sua
morbidade (SAFONS e PEREIRA, 2007).
Há maior incidência de hipertensão arterial de acordo com o passar
dos anos, seu desenvolvimento é lento e não apresenta sinais ou sintomas
definidos, portanto há necessidade de acompanhamento periódico dos valores de
pressão arterial para estabelecer estratégias voltadas à prevenção ou ao tratamento.
No Brasil, estima-se que a hipertensão arterial é responsável por 80%
dos casos de acidente cérebro vascular, 60% dos casos de infarto agudo do
miocárdio e 40% das aposentadorias precoces, além de significar um custo de 475
milhões de reais. A hipertensão arterial acomete quase 60% dos idosos, conferindo
a esse grupo alto risco cardiovascular. No Estado do Paraná são 531.997 idosos
com hipertensão, em Londrina são 28.361 idosos (VILA-NOVA, 2010).
De acordo com o estudo de Oliveira et. al. (2008), a identificação da
hipertensão na população representa uma tarefa difícil, por causa da exigência da
mensuração da pressão arterial e da aquisição de informações a respeito do uso
recente de medicação.
Nessas patologias, a intervenção farmacológica é imprescindível para o
tratamento, no entanto, há procedimentos não farmacológicos que proporcionam
resultados satisfatórios no hipertenso como: o controle alimentar; redução do peso
corporal e exercício físico.
Entre os fatores de risco para hipertensão arterial, são citados na
literatura: hereditariedade, idade avançada, sexo feminino, grupo étnico, menor nível
de escolaridade, condição socioeconômica desfavorável, obesidade, etilismo,
sedentarismo, tabagismo e o uso de anticoncepcionais orais (ZAITUNE et. al., 2006).
A atividade física pode ser utilizada pelo profissional de Educação
Física como um fator de prevenção e de tratamento da hipertensão arterial; pois,
segundo Rondon e Brum (2003), o exercício tem a característica de intervir no
comportamento pressórico de forma crônica (efeito do treinamento em longo prazo)
14
e de forma subaguda (redução da pressão arterial nas horas subsequentes ao
esforço).
A mensuração da atividade física cotidiana dos idosos pode ser um
bom instrumento para adaptar a intensidade e o volume do exercício físico orientado
e manter os benefícios sobre a pressão arterial.
Assim, a prática de exercício físico como tratamento para hipertensos
mais recomendado é a aeróbica, pois provoca adaptações autonômicas e
hemodinâmicas que melhoram, de forma expressiva, o funcionamento do sistema
cardiovascular, apresentando implicações clínicas importantes (LATERZA,
RONDON e NEGRÃO, 2007).
Essa prática é incluída, para melhorar o atendimento da população
idosa, em planos de saúde e programas governamentais. Esses últimos organizam
Programas de Atividades Físicas para a Terceira Idade, supervisionados por
profissionais de Educação Física que devem atender aos interesses e ás
necessidades dos idosos no aspecto fisiológico, dinâmico e comunicativo (NADAI,
1995).
A quantidade ideal de atividades físicas representa um importante
instrumento nos programas de intervenção em tratamento de idosos hipertensos,
pois garantem orientação coerente em relação à quantidade, intensidade e
frequência dessas atividades.
A inserção de hipertensos nesses programas promove a realização de
atividades que garantem um esforço entre as intensidades baixa e moderada e
diminuem o risco de outros males com consequências negativas provocadas pelo
envelhecimento e pela hipertensão (SAFONS e PEREIRA, 2007).
Assim, Paffenbarger et. al. (1986) observaram que a relação dose-
resposta do risco de doenças crônico-degenerativas diminui quando o gasto
energético total em atividade física semanal aumenta, sendo considerado regular
entre 1.500 e 3.500 kcal e ótimo acima disso.
No entanto, verifica-se um declínio no nível de atividade física com o
aumento da idade, por isso é necessário mais atenção à influência dos programas
de exercício moderado nos padrões da atividade física diária de idosos hipertensos,
já que o aumento do nível de atividade gera um forte impacto positivo na diminuição
da morbidade e eventualmente da mortalidade da população idosa, com efeitos
saudáveis do exercício no nível cognitivo e de qualidade de vida.
15
Além disso, a adoção da atividade física contribui para reduzir os
custos no tratamento da hipertensão, auxilia na prevenção de outras doenças
crônicas e diminui o impacto de substâncias químicas no organismo, provocado pela
intervenção farmacológica (CORNELISSEN et. al., 2009).
3.3 Benefícios e programas de exercícios físicos para idosos
Existe ampla evidência de que o exercício regular e moderado tem
benefícios inquestionáveis para a saúde física, podendo contribuir de forma
significativa para o bem-estar geral do sujeito em todas as idades (MOTA,
CARVALHO e MATOS, 2006).
Essa prática regular traz vários benefícios sob todos os aspectos do
organismo. Do ponto de vista da saúde física, podem prevenir os declínios cognitivos
vistos no processo de envelhecimento com benefícios como: a prevenção de
doenças coronarianas; tratamento de doenças cardíacas; prevenção do derrame;
melhoria da função cardíaca e pulmonar; melhoria da força e manutenção da massa
muscular; diminuição do colesterol total do sangue; diminuição dos triglicerídeos;
prevenção e tratamento da hipertensão arterial; auxílio a dietas no controle do peso;
tratamento da obesidade; contribuição ao bem-estar psicológico; redução da
ansiedade e aumento da auto-estima (NIEMAN, 1999).
Todos esses benefícios auxiliam na prevenção e no controle de
doenças, pois reduzem a mortalidade associada a elas. Isso mostra que uma
pequena mudança nos hábitos de vida é capaz de provocar uma grande melhora na
saúde e na qualidade de vida (MATSUDO, S.; MATSUDO, V. e BARROS NETO;
2000).
Já no campo da saúde mental, a prática de exercícios ajuda a regular
as substâncias relacionadas ao sistema nervoso, melhora o fluxo de sangue no
cérebro, de acordo com pesquisas que demonstram a prática de exercícios
regulares traz benefícios psicológicos, como: melhor sensação de bem estar, humor
e auto-estima, assim como redução da ansiedade, tensão e depressão (MIRANDA
et. al., 2002).
16
Portanto, quanto maior o gasto de energia em atividades físicas
habituais, maiores serão os benefícios para a saúde geral do indivíduo.
Pensando nisso, os Programas de atividade física que oferecem
exercícios físicos de intensidade moderada a intensa produzem no corpo uma carga
maior que a da vida diária, focando o treinamento para aquisição, recuperação de
incrementos para a aptidão física. Tal treinamento é planejado para ajudar o idoso a
atingir e a manter acessível o máximo de suas capacidades funcionais, provocando
alterações positivas na fisiologia do idoso (SAFONS e PEREIRA, 2007).
Com o planejamento coerente desses programas, a Educação Física
tem a oportunidade de aperfeiçoar e ampliar o conhecimento científico sobre o
impacto da atividade física na população idosa, para construção de uma maior
bibliografia científica, expandindo as informações sobre o processo de
envelhecimento humano e programas de atividade física para essa população.
Esses programas promovem a melhoria da qualidade de vida, evitando
a atrofia muscular, favorecendo a mobilidade articular, evitando a descalcificação
óssea e melhorando a contração cardíaca, de acordo com Nadai (1995).
Para essas pessoas hipertensas, a adesão ao programa de
intervenção é um elemento essencial para alcançar e manter os benefícios do
exercício sobre a pressão arterial, segundo achados de Whelton et. al. (2002).
Programas para hipertensos buscam o auxílio da atividade física para
aumentar a rede de capilares em seus músculos. Com isso o sangue consegue
difundir-se com maior facilidade reduzindo a pressão e mantendo oxigenação
tecidual elevada, ou seja, o exercício físico melhora o fluxo sanguíneo levando mais
oxigênio e nutrientes para todas as regiões do corpo (LATERZA, RONDON e
NEGRÃO, 2007).
Assim, esses programas de exercícios orientados para idosos
hipertensos costumam seguir as recomendações do American College the Medicine
of Sports, o qual considera a duração da aula entre 45 e 60 minutos, com frequência
mínima de três vezes por semana, para obtenção de resultados satisfatórios na
resistência cardiovascular e força muscular (NELSON et. al., 2007).
Para realização de Atividades aeróbicas é recomendado,
preferencialmente, uma intensidade moderada, com duração de 30 a 60 minutos,
podendo ser cumulativa. Já para exercício resistido recomenda-se, pelo menos,
duas vezes por semana, junto com atividade aeróbica, de oito a dez exercícios que
17
envolvam os maiores grupos musculares, realizando uma série de oito a 15
repetições (NELSON et. al., 2007).
Mesmo com todas essas informações, o conceito sobre a necessidade
da prática de atividade física está em constante mutação, devido às mudanças da
expectativa de vida populacional, do aumento do sedentarismo, do pouco
conhecimento sobre prevenção de doenças crônico-degenerativas e da baixa
qualidade de vida (LENDZION et. al., 2002).
18
4 MÉTODOS
4.1 Amostra
Para realização do estudo, foi selecionada uma amostra de 80 idosos,
com média de idade de 68,5 anos, praticantes de um programa de atividade física
para hipertensos da Unimed Londrina Cooperativa de Trabalho Médico na Unidade
de Medicina Preventiva. Como critério de inclusão os participantes deveriam estar
incluídos no programa por um ano, no mínimo, sem período de faltas maior que dois
meses seguidos e possuírem o diagnóstico de hipertensão confirmado por um
cardiologista acompanhado de um atestado médico autorizando a prática de
atividade física. Para selecioná-los, foi utilizada a lista de presença da Unimed de
Londrina obtida e controlada pelo programa e-PrimeCare. Os idosos assinaram um
termo de consentimento livre e esclarecido com todas as informações sobre os
motivos do estudo, todas suas implicações como: objetivos, benefícios,
procedimentos do estudo e garantia de sigilo e privacidade.
4.2 Local
A pesquisa foi realizada na cidade de Londrina – PR na Unimed
Londrina Cooperativa de Trabalho Médico na Unidade de Medicina Preventiva.
4.3 Instrumentos
Os idosos selecionados responderam a dois questionários: um de nível
de atividade física e outro de benefícios da prática de atividade física. Ambos os
questionários foram aplicados na forma de entrevista pelo pesquisador. Para
identificar o nível de atividade física foi utilizado o Questionário de Atividade Física
19
para idosos de Yale (FARINATTI, 2008). Para analisar os benefícios da atividade
física foi utilizado o questionário SF-36 (FERREIRA, 2000a e 2000b) adequado para
a atividade física, aplicando apenas as questões 2 e 3 do questionário. Após esse
período de aplicação do questionário, foram identificados os benefícios da atividade
física e os níveis desta atividade dos idosos. Para comparação do nível de atividade
física com o recomendado para população foi adotado o critério de Paffenbarger et.
al. (1986) (gasto energético total com atividade física semanal entre 1.500 e
3.500kcal é regularmente bom para diminuição do risco de futuros problemas
cardíaco em pessoas com hipertensão arterial; qualquer gasto superior é
considerado ótimo).
4.4 Programa de exercício físico
As atividades tiveram duração de 45 minutos por aula e freqüência de
três vezes por semana (segundas, quartas e sextas-feiras, ou terças, quintas-feiras e
sábados), com exercícios predominantemente aeróbicos como caminhada em
esteira, bicicleta, elíptico, simulador de caminhada, step e algumas adaptações a
exercícios resistidos como bíceps concentrado sentado, tríceps sentado, supino,
tríceps pulley no elástico, elevação frontal de barra e outros. Esses últimos são
adequados à intensidade para cada indivíduo, respeitando as limitações de cada um
na execução correta dos exercícios.
4.5 Análise estatística
Na análise dos dados, foi utilizado o programa estatístico BioStat 5.0
para obtenção da estatística descritiva dos dados em médias e desvios-padrão,
permitindo a tabulação dos dados de nível de atividade física e benefícios com os
escores dos questionários. Para achar o coeficiente de correlação entre as variáveis
nível de atividade física e benefícios da atividade física foi utilizada a estatística de
correção de Pearson. Para o nível de significância será adotado p<0,05.
20
5 RESULTADOS
Os 80 idosos hipertensos entrevistados demoraram em torno de 10 e
25 minutos cada um para responder aos dois questionários propostos. Desses
idosos apenas três tiveram um gasto energético semanal, de acordo com o
questionário aplicado, abaixo das 1.500 kcal recomendados por Paffenbarger et. al.
(1986), representando apenas 3,75% da população estudada. Outros 18 idosos
tiveram gasto energético entre os valores estimados de 1.500 e 3.500 kcal, 22,5%
da amostra, sendo considerado regular para diminuir o risco de problemas
cardíacos em pessoas hipertensas. A grande maioria dos entrevistados, 59 idosos,
tiveram gasto energético maior que 3.500 kcal, considerado ótimo para diminuir o
risco de problemas cardíacos em pessoas hipertensas o que representa 73,75% da
amostra. A média do gasto energético dos idosos foi de 4.313,51kcal, com desvio-
padrão de ±2.035,53 kcal com valor mínimo de 978 kcal e valor máximo de 10.901
kcal (Tabela 1).
A distribuição de acordo com o nível de atividade física no
Questionário de Atividade Física para Idosos de Yale, separadas em porcentagem,
considerando o gasto energético em cada tipo de atividade física cotidiana ficou de
50,08% para atividades de trabalho doméstico, 8,15% para atividades de
manutenção doméstica externa, 6,32% para cuidados de terceiro, 17,59% para
exercícios físicos, 10,79% para atividades recreativas e 7,07% para outras
atividades (Tabela 2).
Na primeira pergunta do questionário de benefícios da atividade física,
2 idosos, representando 2,5% da amostra, responderam que a saúde deles piorou
em relação ao ano anterior; 7 idosos, 8,75% da amostra, responderam que a saúde
piorou um pouco comparada há um ano. Já 15 idosos, 18,75% da população
estudada, responderam que a saúde não mudou, permaneceu a mesma coisa de
um ano atrás. Outros 14 idosos, 17,5% da amostra, disseram que a saúde melhorou
um pouco comparada há um ano. Porém os 42 idosos restantes, 52,5% da amostra,
responderam que a saúde deles está muito melhor comparada há um ano (Tabela
3).
Ainda no questionário de benefícios da atividade física, no segundo
21
item, ao qual foram determinados valores de um a três em 10 perguntas sobre
dificuldades em realizar certos tipos de atividade, atribui-se a nota máxima três a
nenhuma dificuldade para realização da atividade; a nota dois foi atribuída a pouca
dificuldade para realizar a atividade e a nota mínima um a muita dificuldade para
realização da atividade descrita. Foram determinados valores totais de 10 a 30 após
a soma das respostas. A média da amostra foi de 25,3, com desvio-padrão de ±4,2,
com valor mínimo de 13 e máximo de 30 segundo as atribuições propostas pelo
questionário (Tabela 4).
A correlação entre as duas variáveis, nível de atividade física e
benefícios, não foi alta. Esse resultado foi identificado através do coeficiente de
correlação de Pearson com o valor de R=0,25, em uma escala de 0 a 1, com erro-
padrão de 0,012. Assim, o tratamento estatístico não identificou correlação entre as
variáveis do estudo (Tabela 5).
5.1 Resultado em tabela
Tabela 1: Gasto energético semanal de acordo com as recomendações de
Paffenbarger et. al. (1986).
Gasto Energético Semanal Idosos
Hipertensos
% Média (Desvio-padrão)
< 1.500 kcal
(Ruim)
3 3,75 1344,5 kcal (±40,30)
> 1.500 e < 3.500 kcal
(Regular)
18 22,5 2638,1 kcal (±569,65)
> 3.500
(Ótimo)
59 73,75 4975,6 kcal (±1753,5)
Total 80 100 4.313,5 kcal (±2.035,53)
22
Tabela 2: Distribuição, em porcentagem, das atividades de acordo com o nível de
atividade física semanal no Questionário de Atividade Física para Idosos de Yale.
Trabalho
Doméstico
Manutenção
Doméstica
Externa
Cuidado
de
terceiro
Exercício
Físico
Atividades
Recreativa
Outras
Atividades
Total
50,08% 8,15% 6,32% 17,59% 10,79% 7,07% 100%
Tabela 3: Resposta da primeira questão do questionário de benefícios da atividade
física, segundo o Questionário SF-36: Comparada há 1 ano, como você
classificaria sua saúde em geral agora?
Respostas Idosos Hipertensos %
1 (Muito pior agora do que há um ano) 2 2,5
2 (Um pouco pior agora do que há um ano) 7 8,75
3 (Quase a mesma de um ano atrás) 15 18,75
4 (Um pouco melhor do que há um ano) 14 17,5
5 (Muito melhor agora do que há um ano) 42 52,5
Total 80 100
Tabela 4: Média e desvio-padrão da segunda questão do questionário de benefícios
da atividade física, segundo o Questionário SF-36, cujo valor máximo da escala dos
benefícios é 30 e o mínimo é 10.
Valor da soma das escalas de
benefícios (30 a 10) dos idosos
Média Desvio-padrão
2.024
25,3
±4,2
23
Tabela 5: Correlação entre as variáveis nível de atividade física e benefícios desta.
Matriz de Coeficiente de Correlação entre Nível de Atividade Física e Benefícios da Atividade Física. Valores de 0 a 1.
Coeficiente de correlação de Pearson
0,25
Erro-padrão R
0,012
H0 (5%) Rejeitado
24
6 DISCUSSÃO
Apenas três idosos entrevistados tiveram um nível de atividade física
semanal abaixo do recomendado por Paffenbarger et. al. (1986) e mais de 70%
tiveram um nível de atividade física semanal ótimo para diminuir o risco de futuros
problemas cardíacos, considerando que a adesão às atividades que aumentem o
gasto energético representam uma melhora nos aspectos psicológicos, sociais e
físicos dos idosos (SAFONS e PEREIRA, 2007).
Neste nível de atividade física, a principal atividade cotidiana
responsável pelo gasto energético semanal foi o trabalho doméstico, representando
pouco mais que a metade do gasto semanal total. Uma possível explicação para
isso pode ser a composição da amostra, pois esta possuía maior quantidade de
mulheres em comparação aos homens. O sexo feminino representou 77,5% (62
idosas), o qual costuma assumir as obrigações domésticas com maior freqüência
que os homens e o questionário proposto ressalta esse tipo de atividade.
A principal influência do profissional de Educação Física no nível de
atividade física no cotidiano dos entrevistados foi no exercício físico orientado,
sendo o segundo maior responsável pelo gasto energético semanal, confirmando a
importância da atuação dos programas de exercícios físicos orientados para essa
população.
A atividade recreativa, outra área de atuação do profissional de
Educação Física, foi a terceira responsável pelo gasto energético semanal,
ressaltando a necessidade de maiores intervenções nestas duas áreas de atuação
para incentivar a adesão a uma vida fisicamente ativa, tanto na prática de exercícios
orientados como nos tempos de lazer e atividades recreativas (LINS, 2007).
Já no questionário de benefícios da atividade física aplicado nos
idosos, a grande maioria (70%) relatou uma melhora na saúde em geral comparada
há um ano. Assim, a adesão às atividades físicas para melhoria das capacidades
fisiológicas relacionadas à saúde teve bastante influência sobre os entrevistados, os
quais citaram a atividade física como um dos principais fatores para essa melhoria,
confirmando achados de Mota et. al. (2006).
Ainda sobre a resposta deste questionário, 18,75% responderam que
25
não perceberam mudanças em sua saúde comparada há um ano, demonstrando
que o programa de exercício físico necessita aumentar a carga e/ou a intensidade
das atividades para esses participantes, pois o treinamento físico destes encontra-
se estagnado e precisa de uma sobrecarga para voltar a ter benefícios físicos
significantes e não desestimular o idoso (NADAI, 1995). O restante (11,25%) citou
que houve uma piora em sua saúde comparada há um ano, mas não relacionou
esse decréscimo com a atividade física, sendo as patologias já existentes antes da
adesão ao exercício orientado como as maiores responsáveis por essa queda,
como artroses e artrites nos joelhos e ombro.
Levando em consideração o último questionário citado, na atribuição
de escores para salientar a dificuldade em realizar certos tipos de atividades, a
média da amostra, considerando o escore mínimo de 10 e máximo de 30, foi de
25,3, sendo considerado um valor alto para a população estudada e confirmando
que o exercício físico mantém a independência do idoso em relação a suas
atividades físicas diárias (REBELATTO, 2006).
Ao associar as duas variáveis, nível de atividade física e benefícios da
atividade física, a correlação entre elas não foi identificado (R=0,25). Uma possível
explicação para esse resultado é a quantidade elevada de atividades domésticas
que os idosos necessitam realizar no cotidiano, sobrecarregando algumas
articulações nas execuções inadequadas dos movimentos corporais durante as
atividades.
Assim, o profissional de Educação Física precisa enfatizar a postura
corporal durante qualquer tipo de atividade realizada pelos idosos, ressaltando a
necessidade de executar corretamente os movimentos, equilibrando o peso corporal
para não sobrecarregar nenhuma articulação ou musculatura durante a atividade
(NADAI, 1995).
Para futuros estudos, a aplicação de testes físicos, pré e pós inserção
no programa de atividade física, poderá ter mais eficácia na demonstração dos
benefícios sobre as variáveis fisiológicas que o questionário aplicado, o qual
representa uma das limitações do estudo.
26
7 CONCLUSÃO
A prática regular de atividade física melhora a saúde de maneira geral
de idosos hipertensos. Assim, a participação de programas de exercício físico
orientado produz aumento dos benefícios na atividade física e, consequentemente,
mantém o nível de atividade física no recomendado para a população, com média
de 4.313,5 kcal para essa amostra.
A principal atividade física da amostra é atividades domésticas,
seguida pelos exercícios físicos e atividades recreativas, as quais trazem benefícios
físicos, psicológicos e sociais, mas a correlação entre o nível e os benefícios da
atividade física foi baixa.
Isso mostra que o profissional de Educação física ainda necessita
aprimorar sua intervenção, considerando aspectos relacionados também a
atividades domésticas de idosos, como melhorar a postura e o equilíbrio do peso
corporal na execução das atividades cotidianas e manter atividades aeróbicas para
hipertensos como tratamento da doença.
Assim, concluímos que o maior gasto energético semanal não
necessariamente resultará em maiores benefícios para saúde de idosos hipertensos
por causa da possível sobrecarga sobre alguma articulação ou musculatura.
27
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30
ANEXOS
ANEXO I:
Questionário de Atividade Física para Idosos de Yale – questões e cotação
Aqui está uma lista de atividades físicas. Por favor, diga quais delas você realizou durante
uma semana típica do último mês. Nosso interesse é conhecer os tipos de atividades que fazem parte
de sua rotina de trabalho e lazer.
Para cada atividade que você realiza, por favor, informe quanto tempo (horas) você gasta
durante uma semana típica.
Trabalho doméstico Código Intensidade
(kcal.min-1
)
Fazer Compras (mercado, roupas, etc.) 3,5
Subir escadas carregando pesos 8,5
Lavanderia (apenas transportar as roupas, descarregar, pendurar,
dobrar)
3,0
Tarefas domésticas leves: tirar o pó, polir, cuidar de plantas dentro
de casa, passar ferro
3,0
Tarefas domésticas pesadas: aspirar, varrer, esfregar chão e
paredes, deslocar móveis, caixas ou latas de lixo
4,5
Preparar refeições (duração > 10 min): colocar a mesa, carregar
pratos, servir a comida
2,5
Lavar louça (duração > 10 min): tirar a mesa, lavar/secar pratos,
guardar a louça
2,5
Reparos domésticos leves: reparos com utensílios pequenos,
manutenção leve
3,0
Reparos domésticos pesados: serviço de pintura, carpintaria,
lavar/polir automóveis
5,5
Outra atividade:_______________________________ _________
31
Manutenção doméstica externa Código Intensidade
(kcal.min-1
)
Jardinagem: plantar, capinar, cavar, limpar 4,5
Cortar grama (somente andando) 4,5
Limpar calçadas/alamedas: varrer, cavar, juntar folhas 5,0
Outra atividade:_______________________________ _________
Cuidar de terceiros Código Intensidade
(kcal.min-1
)
Idosos ou pessoa portadora de deficiência: erguer, empurrar
cadeiras de rodas
5,5
Crianças: erguer, transportar, empurrar carrinho 4,0
Exercícios Código Intensidade
(kcal.min-1
)
Caminhada rápida (duração > 10 min) 6,0
Exercícios aquáticos, alongamento, ioga 3,0
Exercícios calistênicos vigorosos, ginástica aeróbia 6,0
Ciclismo (estacionário ou em deslocamento) 6,0
Natação (com viradas) 6,0
Outra atividade:_______________________________ _________
32
Atividades recreativas Código Intensidade
(kcal.min-1
)
Passear a pé – caminhada de lazer (duração > 10 min) 3,5
Corte e costura: tricotar, serzir, bordar etc 1,5
Dançar (moderado/rápido): quadrilha, salão, sapateado etc 5,5
Boliche, bocha 3,0
Golfe (andar entre os buracos, apenas) 5,0
Esporte com raquete: tênis, racquet-ball 7,0
Bilhar 2,5
Outra atividade:_______________________________ _________
Eu gostaria de perguntar agora sobre certos tipos de atividades que você realizou no último mês. Eu
vou perguntar sobre atividades vigorosas, caminhadas de lazer, atividades sentadas ou em pé, entre
outras coisas que você faz habitualmente.
1) Quantas vezes durante o último mês você participou de atividades vigorosas, que duraram
pelo menos 10 minutos e causaram aumento importante de sua respiração, pulsação ou
cansaço nas pernas, ou que o fizeram transpirar?
0 = Nenhuma vez (vá para a questão 3)
1 = 1 a 3 vezes por mês
2 = 1 a 2 vezes por semana
3 = 3 a 4 vezes por semana
4 = 5 ou mais vezes por semana
7 = Recusou-se a responder
8 = Não sabe
Escore de freqüência (EF1) = ________
33
2) Qual a duração aproximada com que você fazia esta(s) atividades(s) vigorosa(s) a cada vez?
0 = Não aplicável
1 = 10 a 30 minutos
2 = 31 a 60 minutos
3 = 60 ou mais minutos
7 = Recusou-se a responder
8 = Não sabe
Escore de duração (ED1) = ______(peso = 5)
ÍNDICE DE ATIVIDADES VIGOROSAS:
EF1_____x ED1_____x PESO _____=________
(respostas 7 e 8 são consideradas como faltando)
3) Pense nas caminhadas que você fez durante o último mês. Aproximadamente, quantas vezes
por mês você caminhou por ao menos 10 minutos, sem interrupção, mas num ritmo que não
foi intenso o suficiente para provocar grandes aumentos de respiração, pulsação ou cansaço
nas pernas, ou que não tenha feito você transpirar?
0 = Nenhuma vez (vá para a questão 5)
1 = 1 a 3 vezes por mês
2 = 1 a 2 vezes por semana
3 = 3 a 4 vezes por semana
4 = 5 ou mais vezes por semana
7 = Recusou-se a responder
8 = Não sabe
Escore de frequência (EF2) = _______
34
4) Ao fazer esta(s) caminhada(s), aproximadamente quantos minutos elas duravam?
0 = Não aplicável
1 = 10 a 30 minutos
2 = 31 a 60 minutos
3 = 60 ou mais minutos
7 = Recusou-se a responder
8 = Não sabe
Escore de duração (ED2) = ______(peso = 4)
ÍNDICE DE CAMINHADAS DE LAZER:
EF2_____x ED2_____x PESO _____=________
(respostas 7 e 8 são consideradas como faltando)
5) Aproximadamente, quantas horas por dia você gasta deslocando-se a pé enquanto realiza
tarefas? Por favor, relate apenas o tempo em que você está realmente se movendo.
0 = Nenhuma hora (vá para questão 6)
1 = Menos de 1 hora por dia
2 = de 1 a menos de 3 horas por dia
3 = de 3 até menos de 5 horas por dia
4 = de 5 até menos de 7 horas por dia
5 = 7 ou mais horas por dia
7 = Recusou-se a responder
8 = Não sabe
Escore de deslocamento (EDL1) = _______ (peso 3)
ÍNDICE DE DESLOCAMENTO:
EDL1_____x PESO_____=________
(respostas 7 ou 8 são consideradas como faltando)
35
6) Pense em quanto tempo você tem gastado ficando em pé ou deslocando-se a pé em um dia
típico durante o último mês. Aproximadamente, quantas horas por dia você fica de pé?
0 = Nenhuma vez (vá para a questão 7)
1 = Menos de 1 hora por dia
2 = De 1 a menos de 3 horas por dia
3 = De 3 até menos de 5 horas por dia
4 = De 5 até menos de 7 horas por dia
5 = 7 ou mais horas por dia
7 = Recusou-se a responder
8 = Não sabe
Escore de posição em pé (EPP1) = ________ (peso 2)
ÍNDICE DE POSIÇÃO EM PÉ:
EPP1_____x PESO_____=________
(respostas 7 ou 8 são consideradas como faltando)
7) Aproximadamente, quantas horas por dia você tem gastado sentado em um dia típico durante
o último mês?
0 = Nenhuma vez (vá para a questão 8)
1 = Menos de 3 horas
2 = De 3 a menos de 6 horas
3 = De 6 a menos de 8 horas
4 = 8 ou mais horas
7 = Recusou-se a responder
8 = Não sabe
Escore de posição sentada (EPS1) = ______ (peso 1)
ÍNDICE DE POSIÇÃO SENTADA:
EPS1_____x PESO_____=________
(respostas 7 ou 8 são consideradas como faltando)
36
8) Por favor, compare a quantidade de atividade física que você realiza em outras épocas
(estações) do ano com as atividades que você relatou nesta entrevista, referentes a uma
semana típica do último mês. Por exemplo, no verão você faz mais ou menos atividades do
que o que você relatou para o último mês?
Muito mais
Pouco mais
Mesma coisa
Pouco menos
Muito menos
Não sabe
Primavera 1,30 1,15 1,00 0,85 0,70 *
Verão 1,30 1,15 1,00 0,85 0,70 *
Outono 1,30 1,15 1,00 0,85 0,70 *
Inverno 1,30 1,15 1,00 0,85 0,70 *
Fonte: Farinatti, 2008.
37
ANEXO II:
Questionário SF-36
Comparada há 1 ano atrás, como você classificaria sua saúde em geral agora?
(Circule uma)
Muito pior agora do que há um ano atrás ............................................................. 1
Um pouco pior agora do que há um ano atrás ..................................................... 2
Quase a mesma de um ano atrás ........................................................................ 3
Um pouco melhor do que há um ano atrás ........................................................... 4
Muito melhor agora do que há um ano atrás ........................................................ 5
1- Os seguintes itens referem-se a atividades que você poderia fazer atualmente durante um
dia comum. Devido a sua saúde, você tem dificuldade para fazer essas atividades? Neste
caso, quanto? (Circule um número em cada linha)
Atividades Sim dificulta
muito
Sim dificulta
um pouco
Não. Não
dificulta de
modo algum
a- Atividades vigorosas, que exigem
muito esforço, como tais: correr,
levantar objetos pesados, participar em
esportes árduos.
1 2 3
b- Atividades moderadas, tais como:
mover uma mesa, passar aspirador de
pó, jogar bola, varrer a casa.
1 2 3
c- Levantar ou carregar mantimentos
1 2 3
d- Subir vários lances de escadas 1
2 3
38
Atividades Sim dificulta
muito
Sim dificulta
um pouco
Não. Não
dificulta de
modo algum
e- Subir um lance de escada
1 2 3
f- Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se
1 2 3
g- Andar mais de 1 quilômetro
1 2 3
h- Andar vários quarteirões
1 2 3
i- Andar um quarteirão
1 2 3
j- Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
Fonte: Ferreira, 2000a e 2000b.
39
ANEXO III:
TERMO DE CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO
Responsáveis: RENATO SANTILLI TÁRTARO
MÁRCIA MARQUES DIB
Este é um convite especial para você participar voluntariamente do estudo:
“BENEFÍCIOS E NÍVEL DA ATIVIDADE FÍSICA EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO
INSERIDOS EM UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS ORIENTADOS” Por favor, leia
com atenção as informações abaixo antes de dar seu consentimento para participar
do estudo. Qualquer dúvida pode ser esclarecida diretamente com o pesquisador
RENATO SANTILLI TÁRTARO, Fone: (43) 3367-0547.
OBJETIVO E BENEFÍCIOS DO ESTUDO
O estudo tem como objetivo: Identificar o nível de atividade física de idosos com
hipertensão, inseridos em um programa de exercícios físicos orientados e associá-lo
aos benefícios da atividade física.
PROCEDIMENTOS
Para coleta dos dados serão aplicados dois questionários: um para mensurar
o nível de atividade física e outro para identificar os benefícios desta. Esses
questionários serão aplicados na forma de entrevista com duração de vinte minutos
no máximo.
DESPESAS/ RESSARCIMENTO DE DESPESAS DO VOLUNTÁRIO
Todos os sujeitos envolvidos nesta pesquisa são isentos de custos.
PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA
A sua participação neste estudo é voluntária e terá plena e total liberdade
para desistir do estudo a qualquer momento, sem que isso acarrete qualquer
prejuízo.
40
GARANTIA DE SIGILO E PRIVACIDADE
As informações relacionadas ao estudo são confidenciais e qualquer
informação divulgada em relatório ou publicação será feita sob forma codificada,
para que a confidencialidade seja mantida. O pesquisador garante que seu nome
não será divulgado sob hipótese alguma.
Diante do exposto acima eu, ___________________________________________,
declaro que fui esclarecido sobre os objetivos, procedimentos e benefícios do
presente estudo. Participo de livre e espontânea vontade do estudo em questão. Foi-
me assegurado o direito de abandonar o estudo a qualquer momento, se eu assim o
desejasse. Declaro também não possuir nenhum grau de dependência profissional
ou educacional dos pesquisadores envolvidos nesse projeto (ou seja, os
pesquisadores desse projeto não podem me prejudicar de modo algum no trabalho
ou nos estudos), portanto não me senti pressionado de nenhum modo a participar
dessa pesquisa.
Londrina, 27 de Setembro de 2010.
_____________________________
_______________________________
Renato Santilli Tártaro Márcia Marques Dib