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1
UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA –
UNIVAP
VILLA BRANCA - JACAREÍ
Jefferson Pereira Facioli da Silva.
Vagner Ferreira Filó.
APLICABILIDADE DA NR-10 VISANDO A REDUÇÃO DE
ACIDENTES E INCIDENTES NA CONCESSIONÁRIA DE
FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA.
JACAREÍ - SP
2013
2
Dedicamos este trabalho às nossas famílias
que sempre nos incentivaram e acreditaram
que era possível.
3
Agradecimentos
A Deus em primeiro lugar, por nos ter ajudado a vencer mais uma etapa de nossas vidas.
Aos nossos familiares que sempre nos apoiaram, as esposas que não mediram esforços
para que conseguíssemos.
Aos amigos que nos incentivaram.
Ao Prof. Dr. José Ricardo Abalde Guede pela orientação e paciência.
4
“Nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de vencer é tentar mais uma
vez”.
Thomas Edison
5
1 RESUMO E ABSTRACT
Este trabalho compreende a aplicação da Norma Regulamentadora NR-10 na
concessionária de energia elétrica, com facilidade e alcance aos executantes de trabalhos
nesta área. A fim de adequar a empresa à NR-10 conduzindo aos colaboradores a redução
de riscos com acidentes e incidentes.
ABSTRACT:
This work includes the application of the Regulatory Standard NR-10 in the electric
utility, with ease and reach to performing work in this area. In order to adapt the company
to the NR-10 leading contributors to the reduction of risks from accidents and incidents.
Palavras-Chaves: Normas técnicas, acidentes e segurança.
Key Words: Technical standards, accidents and safety.
6
SUMÁRIO
1 RESUMO E ABSTRACT 05
2 INTRODUÇÃO 09
3 MATERIAIS TEÓRICOS 10
3.1 - Normas Técnicas Brasileiras – ABNT 10
3.1.1 - Classificação dos Equipamentos Elétricos e Eletrônicos quanto
à proteção contra os choques - NBR6151 10
3.1.2 - Estabelecimento de Segurança aos efeitos da corrente elétrica
percorrendo o corpo humano - NBR6533 10
3.1.3 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão - NBR5410 10
3.1.4 - Instalações Elétricas de Média Tensão - NBR14039 11
3.1.5 - Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas- NBR 5418 11
3.1.6 - Instalações Elétricas em Ambientes Assistenciais de Saúde
NBR 13534 11
3.1.7 - Instalações Elétricas em locais de afluência de Público
NBR13570 11
3.1.8 - Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas
NBR 5419 12
3.2 - Regulamentações do M.T.E. 12
3.2.1 - Habilitação, qualificação, capacitação e autorização de
Profissionais 13
3.3 - Nova NR10 - NORMA REGULAMENTADORA Nº 10 14
3.3.1 - Campo de Aplicação 14
3.3.2 - Segurança em Instalações Elétricas Energizadas 14
3.3.3 - Proteção por isolação e por invólucro ou barreira 15
3.3.4 - Obstáculos - Proteção parcial contra choques elétricos 16
3.4 – Rotinas de trabalho de acordo com a nova NR10 17
3.4.1 - Procedimentos de trabalho 17
3.4.2 - Liberação dos serviços 20
3.4.3 - Travamento/impedimentos dos serviços 21
7
3.4.4 - Conclusão dos serviços 24
3.5 – Documentação de instalações elétricas 25
3.6 – Principais técnicas para a identificação dos riscos/perigos 27
3.6.1 - Análise de falha humana 27
3.6.2 - Método de análise de falhas e de efeitos 27
3.6.3 - Análise de segurança de sistemas 27
3.6.4 - Árvore de eventos 27
3.6.5 - Árvore de causas/falhas 28
4 METODOLOGIA E DISCUSSÃO 29
4.1 – Precauções para os Riscos e/ou Perigos Elétricos 29
4.1.1 - Metodologias utilizadas como precauções 29
4.1.2 - Análise Preliminar de Riscos 29
4.1.3 - Compreensão da Análise Preliminar de Riscos 29
4.1.4 - Realização de uma Análise Preliminar de Riscos 30
5 RESULTADOS E CONCLUSÃO 31
5.1 – Aplicações da metodologia Análise Preliminar de Riscos (APR) 31
5.1.1 - Resultados da aplicação da metodologia APR 44
5.2 – Aplicação do método da Árvore de Causas / Falhas 44
5.2.1 - Resultados da aplicação da Árvore de Causas / Falhas 45
5.3 – Resultado e Conclusão Geral 46
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 47
8
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Quadro de procedimentos a serem seguidos á execução do trabalho 19
Tabela 2 - Quadro de procedimentos preliminares a serem seguidos á liberação do
trabalho 20
Tabela 3 - Quadro de procedimentos preliminares a serem seguidos ao
travamento/impedimentos 23
Tabela 4 - Quadro de procedimentos a serem seguidos após conclusão 25
Tabela 5 - Análise de riscos à desinstalação de uma máquina de produção 32
Tabela 6 - Análise de riscos à substituição de um transformador 38
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Exemplo de proteção por invólucro ou barreira 15
Figura 2 - Exemplo de proteção pelo uso de obstáculos 16
ANEXOS
Anexo I - Permissão de Trabalho (PT) 48
Anexo II - Modelo de Análise Preliminar de Risco (APR) 50
9
2 INTRODUÇÃO
A NR-10 (NORMA REGULAMENTADORA Nº 10) - SEGURANÇA EM
INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE, introduziu no Brasil novas
exigências à segurança em trabalhos que envolvem eletricidade. Defini diretrizes básicas
para a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos com a finalidade de
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que interagem em instalações elétricas
direta ou indiretamente e serviços de eletricidade, dentro das indicações e critérios em
exigência na norma. O foco é a conscientização dos profissionais na prevenção e redução
dos acidentes e na mitigação de incidentes dentro das empresas de fornecimento de
energia elétrica.
10
3 MATERIAIS TEÓRICOS
3.1 - Normas Técnicas Brasileiras - ABNT
No Brasil, as normas técnicas oficiais são aquelas desenvolvidas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e registradas no Instituto Nacional de Metrologia
e Qualidade Industrial (INMETRO). Essas normas são o resultado de uma ampla
discussão de profissionais e instituições, organizados em grupos de estudos, comissões e
comitês. A sigla NBR que antecede o número de muitas normas significa Norma
Brasileira Registrada.
A ABNT é a representante brasileira no sistema internacional de normalização, composto
de entidades nacionais, regionais e internacionais. Para atividades com eletricidade, há
diversas normas, abrangendo quase todos os tipos de instalações e produtos, seguem as de
relevância à este trabalho.
3.1.1 – Classificação dos Equipamentos Elétricos e Eletrônicos quanto à proteção
contra os choques - NBR 6151
Classifica equipamentos elétricos e eletrônicos quanto à proteção contra os choques
elétricos em caso de falha da isolação.
3.1.2 – Estabelecimento de Segurança aos efeitos da corrente elétrica percorrendo o
corpo humano - NBR 6533
Fixa condições exigíveis para o estabelecimento de prescrições de segurança, do ponto e
vista da engenharia quanto aos efeitos da corrente elétrica percorrendo o corpo humano.
3.1.3 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão - NBR 5410
A NBR 5410 é uma referência obrigatória quando se fala em segurança com eletricidade.
Ela apresenta todos os cálculos de dimensionamento de condutores e dispositivos de
proteção. Nela estão as diferentes formas de instalação e as influências externas a serem
consideradas em um projeto. Os aspectos de segurança são apresentados de forma
11
detalhada, incluindo o aterramento, a proteção por dispositivos de corrente de fuga, de
sobretensões e sobrecorrentes.
Os procedimentos para aceitação da instalação nova e para sua manutenção também são
apresentados na norma, incluindo etapas de inspeção visual e de ensaios específicos.
3.1.4 – Instalações Elétricas de Média Tensão - NBR 14039
A NBR 14039 abrange as instalações de consumidores, incluindo suas subestações, dentro
da faixa de tensão especificada: 1,0 kV a 36,2 kV. Ela não inclui as redes de distribuição
das empresas concessionárias de energia elétrica. Além de todas as prescrições técnicas
para dimensionamento dos componentes dessas instalações, a norma estabelece critérios
específicos de segurança para as subestações consumidoras, incluindo acesso, parâmetros
físicos e de infraestrutura. Procedimentos de trabalho também são objetos de atenção da
referida norma que, a exemplo da NBR 5410, também especifica as características de
aceitação e manutenção dessas instalações. Existem muitas outras normas técnicas
direcionadas às instalações elétricas, cabendo aos profissionais conhecerem as prescrições
que elas estabelecem, de acordo com o tipo de instalação em que estão trabalhando. As
normas a seguir relacionadas são boas referências para consultas e seus títulos são
autoexplicativos a respeito do seu escopo. Muitas delas são complementos das prescrições
gerais estabelecidas nas normas técnicas de baixa e média tensão anteriormente citadas.
3.1.5 – Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas - NBR 5418
Fixa condições exigíveis para seleção e aplicação de equipamentos, projeto, montagem e
instalações elétricas em atmosferas explosivas por gás ou vapores inflamáveis.
3.1.6 – Instalações Elétricas em Ambientes Assistenciais de Saúde - NBR 13534
Especifica requisitos para a segurança das condições exigíveis às instalações elétricas de
estabelecimentos assistenciais de saúde, a fim de garantir a segurança de pessoas (em
particular de pacientes) e, onde for o caso, de animais.
3.1.7 – Instalações Elétricas em locais de afluência de público - NBR 13570
Fixa requisitos específicos exigíveis às instalações elétricas em locais de afluência de
público, a fim de garantir o seu funcionamento adequado, a segurança de pessoas e de
animais domésticos e a conservação dos bens.
12
Quando a utilização de um produto pode comprometer a segurança ou a saúde do
consumidor, o INMETRO ou outro órgão regulamentador pode tornar obrigatória a
Avaliação de Conformidade desse produto. Isso aumenta a confiança de que o produto
está de acordo com as Normas e com os Regulamentos Técnicos aplicáveis.
Já existem vários produtos cuja certificação é obrigatória; alguns deles apenas aguardando
o prazo limite para proibição de comercialização. Entre os produtos de certificação
compulsória por exemplo, estão os plugues, tomadas, interruptores, disjuntores,
equipamentos para atmosferas explosivas, estabilizadores de tensão, entre outros.
3.1.8 – Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas - NBR 5419
Fixa as condições exigíveis ao projeto, instalação e manutenção de sistemas de proteção
contra descargas atmosféricas (SPDA) de estruturas, bem como de pessoas e instalações
no seu aspecto físico dentro do volume protegido.
3.2 - Regulamentações do M.T.E.
Os instrumentos jurídicos de proteção ao trabalhador têm sua origem na Constituição
Federal que, ao relacionar os direitos dos trabalhadores, incluiu entre eles a proteção de
sua saúde e segurança por meio de normas específicas. Coube ao M.T.E. (Ministério do
Trabalho e Emprego) estabelecer essas regulamentações NR (Normas Regulamentadoras)
por intermédio da Portaria nº 3.214/78. A partir de então, uma série de outras portarias
foram editadas pelo Ministério do Trabalho com o propósito de modificar ou acrescentar
normas regulamentadoras de proteção ao trabalhador, conhecidas pelas suas iniciais: NR.
Sobre a segurança em instalações e serviços em eletricidade, a referência é a NR-10, que
estabelece as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que
trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo elaboração de
projetos, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação, em quaisquer das fases
de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica. A NR-10 exige
também que sejam observadas as normas técnicas oficiais vigentes e, na falta destas, as
normas técnicas internacionais. TEXTO: (PEREIRA, Joaquim Gomes, SOUZA, João
José Barrico. Manual de Auxílio na Interpretação e Aplicação da NR 10 – NR 10
Comentada 1ª edição, 2011. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO - M.T.E.).
13
3.2.1 - Habilitação, qualificação, capacitação e autorização de profissionais.
Entre as prescrições da NR-10 estão os critérios que devem atender os profissionais que
atuem em instalações elétricas, que considera profissional qualificado aquele que
comprovar conclusão de curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial
de Ensino profissional legalmente habilitado, aquele previamente qualificado e com
registro no competente conselho de classe.
É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições
simultaneamente:
a) seja treinado por profissional habilitado e autorizado;
b) trabalhe sob a responsabilidade de um profissional habilitado e autorizado.
São considerados autorizados os trabalhadores habilitados ou capacitados com anuência
formal da empresa.
Todo profissional autorizado deve portar identificação visível e permanente contendo as
limitações e a abrangência de sua autorização.
Os profissionais autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem ter essa condição
consignada no sistema de registro de empregado da empresa.
Os profissionais e pessoas autorizadas a trabalhar em instalações elétricas devem
apresentar estado de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas.
Os profissionais e pessoas autorizadas a trabalhar em instalações elétricas devem possuir
treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as
principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas.
Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer algumas das
situações a seguir:
a) Troca de função ou mudança de empresa;
b) Retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a 3 meses;
c) Modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos e/ou processos
de trabalhos.
O trabalho em áreas classificadas deve ser precedido de treinamento específico de acordo
com o risco envolvido.
Os trabalhadores com atividades em proximidades de instalações elétricas devem ser
informados e possuir conhecimentos que permitam identificá-las, avaliar seus possíveis
riscos e adotar as precauções cabíveis.
14
3.3 - Nova NR10 - NORMA REGULAMENTADORA Nº 10
3.3.1 - Campo de Aplicação
A nova NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM
ELETRICIDADE assinada pelo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego em 7 de
dezembro de 2004 através da PORTARIA N.º 598, publicada no DOU de 28/12/04 –
Seção 1 – Páginas 74 a 77 a partir da Lei 5214/77 e da Portaria 3214/78. TEXTO:
(MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. “NORMA
REGULAMENTADORA Nº 10 (NR-10)” - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E
SERVIÇOS EM ELETRICIDADE. BRASÍLIA, 2004).
Esta NR se aplica a todas as fases de geração, transmissão, distribuição e consumo,
incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das
instalações elétricas, e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-
se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou
omissão destas, as normas internacionais cabíveis.
3.3.2 - Segurança em Instalações Elétricas Energizadas
As instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de funcionamento e
seus sistemas de proteção devem ser inspecionados e controlados periodicamente, de
acordo com as regulamentações existentes e definições de projetos.
Os locais de serviços elétricos, compartimentos e invólucros de equipamentos e
instalações elétricas são exclusivos para essa finalidade sendo expressamente proibido
utilizá-los para armazenamento ou guarda de quaisquer objetos. TEXTO: (ARAÚJO,
Giovanni M. Normas Regulamentadoras Comentadas. Volumes 1 e 2, 8ª Edição, 2011.
Editora GVC. MANUAL DE LEGISLAÇÃO, Segurança e Medicina do Trabalho. Editora
Atlas, 2011).
15
3.3.3 - Proteção por isolação e por invólucro ou barreira
A isolação (básica) das partes vivas, como meio de proteção básica, destina-se a
impedir qualquer contato com partes vivas. As partes vivas devem ser completamente
recobertas por uma isolação que só possa ser removida através de sua destruição.
O uso de barreiras ou invólucros, como meio de proteçõa básica, destina-se a impedir
qualquer contato com as partes vivas.
As partes vivas devem ser confinadas no interior de invólucros ou atrás de barreiras que
garantam grau de proteção no mínimo IPXXB ou IP2X.
Quando for necessário remover as barreiras, abrir os invólucros ou remover partes dos
invólucros, tal ação só deve ser possível: Com a ajuda de chave ou ferramenta; ou após
desenergização das partes vivas protegidas pelas barreiras ou invólucros em questão,
exigindo-se ainda que a tensão só possa ser restabelecida após a recolocação das
barreiras ou invólucros; ou se houver ou for interposta uma segunda barreira, entre a
barreira ou parte a ser removida e a parte viva, exigindo-se ainda que essa segunda
barreira apresente grau de proteção no mínimo IPXXB ou IP2X, que impeça qualquer
contato com as partes vivas e só possa ser removida com o uso de chave ou ferramenta.
Os locais de serviços elétricos, compartimentos e invólucros de equipamentos e
instalações elétricas são exclusivos para essa finalidade sendo expressamente proibido
utilizá-los para armazenamento ou guarda de quaisquer objetos.
A figura a seguir ilustra um tipo de proteção por invólucro ou barreira:
Figura 1 - Exemplo de proteção por invólucro ou barreira.
16
3.3.4 - Obstáculos - Proteção parcial contra choques elétricos.
Os obstáculos são destinados a impedir o contato involuntário com partes vivas, mas
não o contato que pode resultar de uma ação deliberada de ignorar ou contonar o
obstáculo. Os obstáculos podem ser removíveis sem auxílio de ferramenta ou chave,
mas devem ser fixados de forma a impedir qualquer remoção involuntária.
Admite-se uma proteção parcial contra choques elétricos, mediante o uso de obstáculos
e/ou colocação fora de alcance, em locais acessíveis somente a pessoas advertidas ou
qualificadas.
O uso dos obstáculos devem impedir:
a) uma aproximação física não intencional das partes vivas;
b) contatos não intencionais com partes vivas durante atuações sobre o equipamento,
estando o equipamento em serviço normal.
A figura a seguir ilustra um tipo de proteção por obstáculos:
Figura 2 - Exemplo de proteção pelo uso de obstáculos.
17
3.4 - Rotinas de trabalho de acordo com a nova NR10.
3.4.1 - Procedimentos de trabalho.
Todos os serviços em instalações elétricas devem ser planejados, programados e
realizados em conformidade com procedimentos de trabalho específicos e adequados.
Os trabalhos em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço com
especificação mínima do tipo de serviço, do local e dos procedimentos a serem adotados.
Os procedimentos de trabalho devem conter instruções de segurança do trabalho, de forma
a atender a esta NR.
As instruções de segurança do trabalho necessárias à realização dos serviços em
eletricidade devem conter no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base técnica,
competência e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações
finais.
A autorização para serviços em instalações elétricas deve ser emitida por profissional
habilitado, com anuência formal da administração, devendo ser coordenada pela área de
segurança do trabalho, quando houver, de acordo com a Norma Regulamentadora nº 4 –
Serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho.
Na liberação de serviços em instalação desenergizada para equipamentos, circuitos e
intervenção, deve-se confirmar a desenergização do circuito/equipamento a ser executada
a intervenção (manutenção), seguindo os procedimentos:
a) Seccionamento – Confirmar se o circuito desligado é o alimentador do circuito a ser
executada a intervenção, mediante a verificação dos diagramas elétricos e folha de
procedimentos e a identificação do mesmo em campo.
b) Impedimento de reenergização – Verificar as medidas de impedimento de
reenergização aplicadas, que sejam compatíveis ao circuito em intervenção, como:
abertura de seccionadoras, retirada de fusíveis, afastamento de disjuntores de barras, relés
de bloqueio, travamento por chaves, utilização de cadeados.
c) Constatação da ausência de tensão – É feita no próprio ambiente de trabalho através
de: instrumentos de medições dos painéis (fixo) ou instrumentos detectores de tensão
(observar sempre a classe de tensão desses instrumentos), verificar se os EPIs e EPCs
necessários para o serviço estão dentro das normas vigentes e se as pessoas envolvidas
estão devidamente protegidas.
18
d) Instalação de aterramento temporário – Verificar a instalação do aterramento
temporário quanto à perfeita eqüipotencialização dos condutores do circuito ao referencial
de terra, com a ligação dos mesmos a esse referencial com equipamentos apropriados.
e) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada – Verificar a
existência de equipamentos energizados nas proximidades do circuito ou equipamento a
sofrer intervenção, checando assim os procedimentos, materiais e EPIs necessários para a
execução dos trabalhos, obedecendo à tabela de zona de risco e zona controlada. A
proteção poderá ser feita por meio de obstáculos ou barreiras, de acordo com a análise de
risco.
f) Instalação da sinalização de impedimento de energização – Confirmar se foi feita a
instalação da sinalização em todos os equipamentos que podem vir a energizar o circuito
ou equipamento em intervenção. Na falta de sinalização de todos os equipamentos, esta
deve ser providenciada.
A seguir exemplo com procedimentos a serem seguidos para início da execução do
trabalho:
19
O QUE FAZER? POR QUE FAZER? COMO
FAZER?
OBSERVA
ÇÕES
01 -
ATIVIDADES
PRELIMINA-
RES
ELABORAR ROTEIRO DE
MANOBRAS DE
LIBERAÇÃO.
LIBERAR
DE
MANEIRA
SEGURA
OS
SERVIÇOS
.
VERIFICAR OS EPIs E EPCs
NECESSÁRIOS CONFORME
CONSTA NA NR 06 - M.T.E..
INSPECIONAR FERRAMENTAL
E INSTRUMENTAL
NECESSÁRIOS.
IDENTIFICAR OS
PROCEDIMENTOS
TÉCNICOS PARA CADA
TIPO DE SERVIÇO.
GARANTIR
A
EFICIÊNCIA
DOS
MESMOS.
DEFINIR OS
TRABALHADORES
HABILITADOS PARA A
EXECUÇÃO DE CADA
TAREFA.
EXECUTAR OS
SERVIÇOS DE
MANEIRA
PADRONIZADA
.
DEBATER COM A EQUIPE AS
PECULIARIDADES E TODOS OS
ASPECTOS DE SEGURANÇA
RELATIVOS AO SERVIÇO.
MANTER
TODOS OS
ENVOLVID
OS
INFORMAD
OSSOBRE
O
SERVIÇO
QUE SERÁ
EXECUTA
DO.
ANALISAR A
DOCUMENTAÇÃO
TÉCNICA, TAIS COMO:
DIAGRAMAS UNIFILAR E
PARA MELHOR
CONHECIMEN
TO DO
SISTEMA
20
FUNCIONAL,
INTERLIGAÇÕES, ETC.
ELÉTRICO Á
EXECUTAR O
SERVIÇO.
REALIZAR UMA ANÁLISE DE
RISCO DA TAREFA,
OBSERVANDO TODA
DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA E
AS PARTICULARIDADES DE
CADA SISTEMA ELÉTRICO.
MINIMIZAR E
MANTER SOB
CONTROLE O
POTENCIAL DE
RISCO DO
SERVIÇO.
Tabela 1 - Quadro de procedimentos a serem seguidos á execução do trabalho.
3.4.2 - Liberação dos serviços.
Tendo como base os procedimentos já vistos anteriormente, o circuito ou equipamento
estará liberado para intervenção, sendo a liberação executada pelo técnico responsável
pela execução dos trabalhos.
Somente estarão liberados para a execução dos serviços os profissionais autorizados
devidamente orientados e com equipamentos de proteção e ferramental apropriado.
A seguir exemplo dos procedimentos preliminares a serem seguidos para a liberação do
trabalho.
O QUE FAZER? POR QUE FAZER? COMO FAZER? OBSER
VAÇÕE
S
02 -
OBTER A PT:
PERMISSÃO
DE
TRABALHO
(ANEXO I).
ANALISAR EM CONJUNTO
COM O OPERADOR OS
RISCOS DO SERVIÇO;
VERIFICAR A ANÁLISE DE
RISCO DA TAREFA;
CERTIFICAR-SE DA
ABRANGÊNCIA DA PT.
PARA ELIMINAR OU
MINIMIZAR A
POSSIBILIDADE DE
ACIDENTE E/OU
INCIDENTE.
RESPONSÁ
VEL PELA
PT DEVE
SER
AUTORIZA
DO.
ACOMPANHAR OU
EXECUTAR AS MANOBRAS
DE DESENERGIZAÇÃO E
LIBERAÇÃO DOS SERVIÇOS
EM CONFORMIDADE COM O
ROTEIRO PREVIAMENTE
ELABORADO.
PARA TER
CONHECIMENT
O DA REAL
CONDIÇÃO DO
SISTEMA
ELÉTRICO.
SEGUIR
PROCEDIM
ENTOS E
OBSERVAR
RISCOS.
IDENTIFICAR COM O
OPERADOR OS
21
EQUIPAMENTOS E SISTEMA
A SER TRABALHADO.
SINALIZAR COM FITA DE
COR AMARELA A ÁREA
ONDE ESTÃO OS
EQUIPAMENTOS
ENERGIZADOS VIZINHOS
À ÁREA DO SERVIÇO.
PARA EVITAR
ENGANOS.
VERIFICAR COM DETECTOR
DE TENSÃO A AUSÊNCIA OU
NÃO DE POTENCIAL NOS
EQUIPAMENTOS E SISTEMA
LIBERADOS.
PARA GARANTIR A
INTEGRIDADE
FÍSICA DOS
TRABALHADORES.
USAR LUVAS E TESTAR O
DETECTOR EM CIRCUITO
SABIDAMENTE ENERGIZADO.
PARA EVITAR
MANOBRAS
INDEVIDAS.
TRAVAR COM CADEADO
OS EQUIPAMENTOS DE
MANOBRAS
PERTENCENTES AO
SISTEMA EM SERVIÇO.
ATERRAR O SISTEMA E/OU
EQUIPAMENTO LIBERADO.
PARA PROTEGER
OS EXECUTANTES
CONTRA
MANOBRAS
INDEVIDAS E/OU
INDUÇÕES.
ATENÇÃO
PARA AS
ALIMENTAÇ
ÕES DE
RETORNO.
Tabela 2 - Quadro de procedimentos preliminares a serem seguidos á liberação do
trabalho.
3.4.3 - Travamento/impedimentos dos serviços.
O travamento é o próximo serviço. Os procedimentos para sua realização são:
• Seccionamento – onde chaves seccionadoras ou outros dispositivos de isolamento são
acionados para a desenergização dos circuitos;
• Impedimento de reenergização – onde os bloqueios mecânicos, cadeados ou outros
equipamentos garantem a impossibilidade de reenergização dos circuitos, o que fica
facultado apenas ao responsável pelo bloqueio;
22
• Constatação da ausência de tensão – onde os dispositivos de detecção de tensão
garantem a desenergização dos circuitos.
Exemplo de Instalação de aterramento temporário e eqüipotencialização (curto-circuito
das três fases ligadas ao aterramento).
Após o travamento / impedimentos para início dos serviços deve-se sinalizar a área
conforme os procedimentos apresentados no quadro:
23
O QUE
FAZER?
POR QUE FAZER? COMO
FAZER?
OBSERVA
ÇÕES
03 -
DURANTE A
EXECUÇÃO DOS
SERVIÇOS.
AVALIAR OS RISCOS E A
SINALIZAÇÃO. QUANDO DA
EXECUÇÃO DE TESTES COM
POTENCIAL ELEVADO,
OBSERVAR OS PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS PARA CADA
TESTE.
PARA EVITAR
DESCARGAS
ELÉTRICAS EM
OUTROS
EXECUTANTES.
USAR LUVAS
DE ALTA
TENSÃO E
DESCARRE
GAR OS
EQUIPAMEN
TOS APÓS
OS TESTES.
VERIFICAR AS CONDIÇÕES DE
SEGURANÇA SEMPRE QUE SE
AUSENTAR DO LOCAL DO
TRABALHO E QUANDO FOR
REINICIAR O SERVIÇO.
PARA
GARANTIR
SUA
PRÓPRIA
INTEGRID
A-DE
FÍSICA.
USAR
DETECTOR
DE TENSÃO.
EXECUTAR OS SERVIÇOS
OBSERVANDO OS
PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
OPERACIONAIS.
PARA GARANTIR
QUALIDADE E
PADRONIZAÇÃO.
O SERVIÇO SOMENTE PODE SER
INICIADO APÓS A LIBERAÇÃO DA
PT;
USAR FERRAMENTAL DE
TRABALHOADEQUADO E
NUNCA IMPROVISAR;
PORTAR E USAR OS EPIs E/OU
EPCs RECOMENDADOS.
PARA SE
AUTOPRESERVAR
.
MANTER EM LOCAL VISÍVEL E DA
FÁCIL ACESSO OS DIAGRAMAS
UNIFILAR E FUNCIONAL;
ALTERAÇÕES NA SEQUÊNCIA OU
NAS CONDIÇÕES DE
SEGURANÇA DO SERVIÇO
DEVEM SER COMUNICADAS AO
SUPERVISOR E, SE NECESSÁRIO
REVISAR A PT.
PARA NÃO
EXECUTAR
SERVIÇOS
COM DÚVIDAS.
24
CONSERVAR A DISTÂNCIA DE
SEGURANÇA RECOMENDADA DAS
PARTES ENERGIZADAS.
PARA
GARANTIR
A
BARREIRA
ISOLANTE
DO AR.
Tabela 3 - Quadro de procedimentos preliminares a serem seguidos ao
travamento/impedimentos.
Observação: A sinalização de travamento / impedimento de energização deve ser feita
com etiquetas ou placas contendo avisos de proibição de religamento, tais como: “Homens
trabalhando no equipamento”, “Não ligue esta chave”, “Perigo de morte”, “Alta-tensão”,
etc.
3.4.4 - Conclusão dos serviços.
Após a conclusão dos serviços e com a autorização para reenergização do sistema, deve-
se:
• Retirar todas as ferramentas, utensílios e equipamentos;
• Retirar todos os trabalhadores não envolvidos no processo de reenergização da zona
controlada;
• Remover o aterramento temporário da eqüipotencialização e as proteções adicionais;
• Remover a sinalização de impedimento de energização;
• Destravar, se houver, e realizar os dispositivos de seccionamento.
Para concluir os serviços devem ser inspecionados as áreas, o ferramental e os
equipamentos, conforme o quadro:
25
O QUE FAZER? POR QUE FAZER? COMO FAZER? OBSERVA
ÇÕES
04 -
CONCLUSÃO DOS
SERVIÇOS.
INSPECIONAR OS EQUIPAMENTOS E
SISTEMAS OBSERVANDO: CONDIÇÕES
DE ENERGIZAÇÃO; CABOS BEM
CONECTADOS; CURTOS CIRCUITOS
PARA TESTES RETIRADOS; SISTEMAS
DE PROTEÇÃO ATIVOS; CAIXAS DE
CONEXÕES VEDADAS; BUCHAS E
ISOLADORES LIMPOS E SEM AVARIAS;
SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
DESOBSTRUÍDOS; AUSÊNCIA DE
MATERIAIS/FERRAMENTAS NO
INTERIOR DOS EQUIPAMENTOS.
PARA GARANTIR A
CONDIÇÃO
OPERACIONAL DOS
MESMOS.
RETIRAR TODOS OS ATERRAMENTOS
PROVISÓRIOS (NA SEQUÊNCIA
INVERSA DO ATERRAMENTO);
RETIRAR SINALIZAÇÃO E FITAS DE
ISOLAMENTO DA ÁREA; RETIRAR
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS DA
ÁREA.
PARA EVITAR
CURTOS-CICUITOS.
ACOMPANHAR OU EXECUTAR AS
MANOBRAS DE NORMALIZAÇÃO DO
SISTEMA ELÉTRICO, CONFORME
ROTEIRO PREVIAMENTE ELABORADO;
DAR BAIXA NA PT (ANEXO I).
PARA MANTER A
ÁREA LIMPA E EM
ORDEM.
Tabela 4 - Quadro de procedimentos a serem seguidos após conclusão.
3.5 - Documentação de instalações elétricas
Todas as empresas estão obrigadas a manter diagramas unifilares das instalações elétricas
com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de
proteção.
Devem ser mantidos atualizados os diagramas unifilares das instalações elétricas com as
especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de
proteção.
Os estabelecimentos com potência instalada igual ou superior a 75 kW devem constituir
Prontuário de Instalações Elétricas, de forma a organizar o memorial contendo, no
mínimo:
26
a) os diagramas unifilares, os sistemas de aterramento e as especificações dos dispositivos
de proteção das instalações elétricas;
b) o relatório de auditoria de conformidade à NR-10, com recomendações e cronogramas
de adequação, visando ao controle de riscos elétricos;
c) o conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e
saúde, implantadas e relacionadas à NR-10 e descrição das medidas de controle existentes;
d) a documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas
atmosféricas;
e) os equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental aplicáveis, conforme
determina a NR-10;
f ) a documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização
dos profissionais e dos treinamentos realizados;
g) as certificações de materiais e equipamentos utilizados em área classificada.
As empresas que operam em instalações ou com equipamentos integrantes do sistema
elétrico de potência ou nas suas proximidades devem acrescentar ao prontuário os
documentos relacionados anteriormente e os listados a seguir:
a) descrição dos procedimentos de ordem geral para contingências não previstas;
b) certificados dos equipamentos de proteção coletiva e individual.
O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido pelo empregador ou
por pessoa formalmente designada pela empresa e permanecer à disposição dos
trabalhadores envolvidos nas instalações e serviço em eletricidade.
O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser revisado e atualizado sempre que ocorrerem
alterações nos sistemas elétricos.
Os documentos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados por
profissionais legalmente habilitados.
No interior das subestações deverá estar disponível, em local acessível, um esquema geral
da instalação.
Toda a documentação deve ser em língua portuguesa, não sendo permitido o uso de língua
estrangeira.
27
3.6 – Principais técnicas para a identificação dos riscos/perigos
3.6.1 - Análise de falha humana
Método que identifica as causas e os efeitos dos erros humanos observados em potencial.
O método também identifica as condições dos equipamentos e dos processos que possam
contribuir para provocar esses erros.
3.6.2 - Método de análise de falhas e de efeitos
Método específico de análise de riscos, concebido para ser utilizado em equipamentos
mecânicos, com o objetivo de identificar as falhas potenciais que possam provocar
acontecimentos ou eventos adversos e também efeitos desfavoráveis desses eventos.
É um método de análise de riscos tecnológicos que consiste na:
a) tabulação de todos os sistemas e equipamentos existentes numa instituição ou planta
industrial;
b) identificação das modalidades de falhas possíveis em cada um deles;
c) especificação dos efeitos desfavoráveis destas falhas sobre o sistema e sobre o conjunto
das instalações.
3.6.3 - Análise de segurança de sistemas
É a técnica que tem por finalidade avaliar e aumentar o grau de confiabilidade e o nível de
segurança intrínseca de um sistema determinado, para os riscos previsíveis.
Como a segurança intrínseca é o inverso da insegurança ou nível de vulnerabilidade, todos
os projetos de redução de riscos e de preparação para desastres concorrem para
incrementar o nível de segurança.
3.6.4 - Árvore de eventos
Técnica dedutiva de análise de riscos utilizada para avaliar as possíveis consequências de
um acidente potencial, resultante de um evento inicial tomado como referência, o qual
pode ser um fenômeno natural ou ocorrência externa ao sistema, um erro humano ou uma
falha do equipamento.
É um método que tem por objetivo antecipar e descrever, de forma sequenciada, a partir
de um evento inicial, as conseqüências lógicas de um possível acidente.
28
Os resultados da análise da árvore de eventos caracterizam seqüências de eventos
intermediários, ou melhor, um conjunto cronológico de falhas e de erros que, a partir do
evento inicial, culminam no acidente ou evento-topo ou principal.
3.6.5 - Árvore de causas/falhas
Técnica dedutiva de análise de riscos, a qual, a partir da focalização de um determinado
acontecimento definido como evento-topo ou principal, se constrói um diagrama lógico
que especifica as várias combinações de possíveis causas e/ou de falhas em equipamentos,
erros humanos ou de fenômenos ou ocorrências externas ao sistema que possam provocar
o acontecimento, estudo muito aplicado em acidente fatal.
29
4 METODOLOGIA E DISCUSSÃO
4.1 – Precauções para os Riscos e/ou Perigos Elétricos
4.1.1 - Metodologias utilizadas como precauções
Nesta etapa do trabalho, vamos explanar a metodologia denominada: Análise Preliminar
de Riscos - APR, também chamada de Análise Preliminar de Perigos (APP), pois
consideramos ser de simples aplicação por parte dos profissionais que atuam nas
instalações elétricas, conforme explicação que segue abaixo e o modelo formatado
(ANEXO II):
4.1.2 - Análise Preliminar de Riscos
É uma técnica qualitativa cujo objetivo consiste na identificação dos riscos/perigos
potenciais decorrentes de novas instalações ou da operação das já existentes.
Em uma dada instalação, para cada evento perigoso identificado em conjunto com as
respectivas consequências, um conjunto de causas é levantado, possibilitando a
classificação qualitativa do risco associado, de acordo com categorias preestabelecidas de
freqüência de ocorrência do cenário de acidente e de severidade das conseqüências.
A APR/APP permite uma ordenação qualitativa dos cenários de acidentes encontrados,
facilitando a proposição e a priorização de medidas para redução dos riscos da instalação,
quando julgadas necessárias, além da avaliação da necessidade de aplicação e técnicas
complementares de análise.
4.1.3 - Compreensão da Análise Preliminar de Riscos
A metodologia adotada nas Análises Preliminares de Riscos ou Perigos compreende a
execução das seguintes tarefas:
a) definição dos objetivos e do escopo da análise;
b) definição das fronteiras das instalações analisadas;
c) coleta de informações sobre a região, as instalações, as substâncias perigosas envolvidas
e os processos;
30
d) subdivisão da instalação em módulos de análise;
e) realização da APR/APP propriamente dita (preenchimento da planilha);
f) elaboração das estatísticas dos cenários identificados por categorias de freqüência e de
severidade;
g) análise dos resultados, elaboração de recomendações e preparação do relatório.
4.1.4 - Realização de uma Análise Preliminar de Riscos
As principais informações requeridas para uma boa realização e elaboração de uma
APR/APP são as seguintes:
a) sobre as instalações: especificações técnicas de projeto, especificações de
equipamentos, lay-out das instalações e descrição dos principais sistemas de proteção e
segurança;
b) sobre os processos: descrição dos processos envolvidos;
c) sobre as substâncias: características e propriedades físicas e químicas.
Para simplificar a realização da análise, as instalações estudadas são divididas em
"módulos de análise", os quais podem ser: unidades completas, locais de serviços
elétricos, partes de locais de serviço elétrico ou partes específicas das instalações, tais
como subestações, painéis, etc. A divisão das instalações é feita com base em critérios de
funcionalidade, complexidade e proximidade física.
A realização da análise propriamente dita é feita através do preenchimento de uma
planilha de APR/APP para cada módulo de análise da instalação. A planilha utilizada
neste documento APR/APP, contém linhas e colunas, as quais devem ser preenchidas a
descrição e detalhe de cada trabalho a ser executado.
31
5 RESULTADOS E CONCLUSÃO
5.1 – Aplicações da metodologia Análise Preliminar de Riscos (APR)
Aplicamos como precaução a metodologia explicada no subitem 4.1.1: Documento APR,
em duas execuções de trabalho frequentes nas empresas na Desinstalação de uma Máquina
de Produção que estava em funcionamento e na Substituição de um Transformador de
energia elétrica, conforme podemos verificar:
32
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO - “APR”
Empresa “X”
SEÇÃO A – DESCRIÇÃO DO TRABALHO
Obra / Trabalho: DESINSTALAÇÃO DE UMA MÁQUINA DE
PRODUÇÃO.
Localização: PRODUÇÃO - LINHA 03.
Atividade preliminar: Isolamento da área e preparação para
desmontagem.
Início previsto do trabalho: 19/05/2013 Término previsto do trabalho:
19/10/2013
Máquinas, materiais e ferramentas utilizadas: Plataforma elevatória, ferramentas manuais, ferramenta de corte a quente, caminhão munck, etc
SEÇÃO B – FASE-A-FASE DAS ATIVIDADES
FASES DA OBRA E/OU
TRABALHO
DESCRIÇÃO DOS PERIGOS
MEDIDAS DE CONTROLE
APLICÁVEIS
(Proteção coletiva, organização do trabalho ou
proteção individual – em caso de dúvidas consulte
as Normas Regulamentadoras de Segurança –
NR’s: NR06 E NR10.)
RESPONSÁVEL PELAS AÇÕES
33
Fazer o isolamento da área.
Equipamentos energizados
Ruído do ambiente
Uso de ferramentas de corte
Trabalho em altura
Uso de Protetor auricular.
Uso de luvas de vaqueta para manuseio de
ferramenta de corte.
Uso de cinto de Segurança com talabarte
em “Y” / aferição de pressão arterial
Orientações de segurança antes do início
das atividades.
Analisar o trajeto a ser percorrido,
verificando as interferências.Sinalizar e
Isolar a área durante as movimentações e
transporte de materiais.
A movimentação dos materiais deve ser
realizada com cuidado, em parcerias
evitando a sobre carga de peso exercida
pelo trabalhador durante a movimentação
manual.
Equipe locada (Conforme
assinaturas na Seção E).
Fazer teste de energia zero
na máquina.
Choques elétricos/risco de óbito.
(440 v).
Fazer o completo desligamento elétrico da
máquina para atividade segura.
Bloqueios/travamento dos painéis/chaves
de acesso.
Equipe
locada/Manutenção da
empresa.
Abertura das laterais da
máquina para ventilação
interna.
Cortes e escoriações em membros
superiores (mãos).
Fazer uso constante da luva de segurança
de vaqueta.
Equipe locada (Conforme
assinaturas na Seção E).
34
Desmontagem dos
maquinários do
empacotamento e
transportador.
Esforço excessivo
Corte de membros superiores
Prensamento / Esmagamento de
membros inferiores
Utilização de equipamentos de
movimentação para transporte de máquinas
e equipamentos (paleteira e outros
similares);
Comunicação falada entre equipe de
movimentação;
Uso de EPI´s (luva de vaqueta e sapato de
segurança c/ bico de aço e protetor
auricular).
Equipe locada (Conforme
assinaturas na Seção E).
Trabalho em altura
(Superior a 2 metros)
Queda de diferentes níveis causando
trauma e possíveis óbitos.
Queda de equipamentos e
ferramentas.
Análise junto a equipe dos pontos críticos
de ancoragem;
Providenciar cordas para uso como linha de
vida;
Uso de cinto de segurança tipo
paraquedista com talabarte em “Y”
Aferição de pressão arterial;
Uso de capacete com jugular
Equipe locada (Conforme
assinaturas na Seção E).
Desmontagem da linha de
vapor
Queimaduras em partes múltiplas do
corpo (1º, 2º e 3º grau)
Verificar e testar travamento e identificação
da linha de vapor antes dos inícios dos
trabalhos.
Manutençãoda empresa
acompanhado da Equipe
locada (Conforme
assinaturas na Seção E).
Utilização de Plataformas
elevatórias para
desmontagem da máquina
Atropelamento, esmagamento e
prensagem de funcionários em baixo.
Batida contra
máquinas/equipamentos e estruturas
fixas.
Movimentar o equipamento com cautela
observando sempre o piso e estruturas ao
redor da máquina, dando sempre
preferência para os operadores que estão
em solo.
Equipe locada (Conforme
assinaturas na Seção E).
35
Queda de materiais e funcionários
com o equipamento em movimento.
Uso de EPI: Capacete c/ jugular e
cinto de segurança atracado na
plataforma.
Todo material em cima do equipamento
deverá estar amarrado e guardado em local
que não haja risco de queda.
Sinalização com cones na área a ser
operado.
Utilização de ferramentas
manuais (alicate, chaves de
boca, philips, fenda e
outros) para desmontagem
da máquina.
Perfurações e ferimentos em
membros superiores.
Uso de luvas de vaqueta para manuseio de
ferramentas.
É PROIBIDO portar ferramentas em
bolsos de calças, jalecos ou blusas – NR
18 – MTE.
Equipe locada (Conforme
assinaturas na Seção E).
Utilização de ferramentas
de corte a quente.
Cortes em partes múltiplas do
corpo / Princípios de incêndio
devido graxa e óleo existente na
máquina.
Equipamento Extintor (B/C)
Uso de EPI´s: óculos de segurança,
protetor facial, protetor auricular, avental de
raspa, mangote.
Equipe locada (Conforme
assinaturas na Seção E).
Desmontagem da máquina
em geral
Calor excessivo / desidratação /
queda e aumento de pressão / mal
estar / tonturas.
Hidratar-se bebendo água em abundância e
caso sinta qualquer um dos sintomas,
avisar imediatamente um colega de
trabalho e o responsável, permanecendo no
mesmo lugar até que venha equipe de
emergência.
Equipe locada (Conforme
assinaturas na Seção E).
36
Preparação para a
movimentação e elevação
de carga (empresa
contratada)
Queda de equipamentos
Batida contra
A movimentação dos materiais deve ser
realizada com cuidado, em parcerias
evitando a sobre carga de peso exercida
pelo trabalhador durante a movimentação
manual.
Manter a área de movimentação de carga
devidamente isolada e sinalizada.
Equipe locada (Conforme
assinaturas na Seção E).
SEÇÃO C – NOME DA EMPRESA TERCEIRA
Nome da empresa contratada, quando elaborado por terceiros: Empresa de Assessoria em Segurança do Trabalho.
37
SEÇÃO D – ELABORAÇÃO/APROVAÇÃO DO TRABALHO
Elaboração:
Data:
Assinatura: ____________________________________________
Aprovação (responsável pela obra/trabalho):
Data:
Assinatura: _________________________________________________
Aprovação (responsável pela obra/trabalho):
Data: ______/_______/_______
Assinatura: _____________________________________________
Aprovação (responsável pela obra/trabalho):
Data: ______/_______/_______
Assinatura: _________________________________________________
SEÇÃO E – EXECUTANTES AUTORIZADOS
Nome das pessoas envolvidas e treinadas para a execução das atividades
desta APR. Empresa Assinatura
Orientações: Manter a APR no local de trabalho; Revisar a APR sempre que identificar uma nova situação de perigo ou adoção de medida complementar
de controle; A área emitente, incluindo terceiros, deve arquivar a APR por um período mínimo de um ano após a conclusão da obra/trabalho para
auditorias internas, externas pelo MTE e corporativa; Enviar uma cópia assinada da APR para arquivo do MASS. O não atendimento das medidas de
controle aplicáveis acarretará na suspensão das atividades.
Tabela 5: Análise de riscos à desinstalação de uma máquina de produção.
38
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO - “APR” Empresa
“X”
SEÇÃO A – DESCRIÇÃO DO TRABALHO
Obra / Trabalho: SUBSTITUIÇÃO DE UM TRANSFORMADOR. Localização: SUBESTAÇÃO 04.
Atividade preliminar: Isolamento da área e preparação para
desligamento.
Início previsto do trabalho: 19/07/2013 Término previsto do trabalho:
09/08/2013
Máquinas, materiais e ferramentas utilizadas: Plataforma elevatória, ferramentas manuais, escada, caminhão munck, etc
SEÇÃO B – FASE-A-FASE DAS ATIVIDADES
FASES DA OBRA E/OU
TRABALHO
DESCRIÇÃO DOS PERIGOS
MEDIDAS DE CONTROLE APLICÁVEIS
(Proteção coletiva, organização do trabalho ou
proteção individual – em caso de dúvidas consulte as
Normas Regulamentadoras de Segurança – NR’s:
NR06 E NR10.)
RESPONSÁVEL PELAS
AÇÕES
Fazer o isolamento e
sinalização da área.
Equipamentos energizados
Trabalho em altura
1 -Verificar as interferências no local.
2 - Sinalizar e Isolar a área durante as
movimentações e transporte.
3 - Uso de luvas de vaqueta e do cinto de
Segurança com talabarte em “Y” / aferição
de pressão arterial.
4 - Orientações de segurança antes do
início das atividades.
Equipe locada (Conforme
assinaturas na Seção E).
39
Subida do eletricista no
poste.
Choques elétricos/risco de óbito.
(440 v).
E Queda do Eletricista do poste
ocasionando fratura e/ou óbito.
1 - Confrontar os dados da OS com a
situação local;
2 - Solicitar o desligamento do alimentador;
3 - Aguardar a confirmação do
desligamento;
4 - Proceder ao teste de ausência de
tensão no circuito;
5 - Abertura das chaves do circuito;
6 - Retirar os cartuchos das chaves e/ou
colocar placas de sinalização nas chaves
abertas;
7 - Autorizar o religamento do alimentador;
8 - Proceder a novo teste de tensão
(ausência) próximo ao local de trabalho;
9 - Efetuar o aterramento provisório
adequado do circuito primário e secundário.
10 - Posicionamento correto da escada e
do eletricista;
11 - Uso de EPIs e EPCs adequados.
Manutenção local e equipe
locada (Conforme
assinaturas na Seção E).
Desconexão dos circuitos
primário e secundário do
transformador.
Quedas de materiais e
ferramentas.
Ferimentos provocados por fios e
cavos de interligação do
transformador.
1 - Isolamento e sinalização da área;
2 - Içamento dos materiais e ferramentas
através de sacolas com cordas.
3 - Uso de EPIs, EPCs e ferramentas
adequados adequados;
4 - Eletricista experiente.
Equipe locada/Manutenção
da empresa.
40
Retirada do transformador
Queda do transformador causando
traumas e possíveis óbitos.
Prensamento / Esmagamento de
pessoal.
1 - Isolamento e sinalização da área de
trabalho;
2 - Utilização e fixação correta dos
equipamentos de içamento;
3 - Inspeção minuciosa nos estropos e sua
perfeita fixação no transformador;
4 - Utilização de corda guia amarrada ao
transformador a ser retirado;
5 - Operação cuidadosa do equipamento
durante a descida do transformador;
7 - Retirada dos estropos e recolhimento do
equipamento utilizado para descer o trafo.
Obs.: Durante a descida do transformador,
o operador do equipamento de içamento
deve posicionar-se fora da área de eventual
queda do transformador.
Equipe locada (Conforme
assinaturas na Seção E).
Subida do novo trafo
Queda do transformador causando
traumas e possíveis óbitos.
Prensamento / Esmagamento de
pessoal.
1 - Isolamento e sinalização da área de
trabalho;
2 - Utilização e fixação correta dos
equipamentos de içamento;
3 - Inspeção minuciosa nos estropos e sua
perfeita fixação no transformador;
4 - Utilização de corda guia amarrada ao
transformador a ser retirado;
5 - Operação cuidadosa do equipamento de
içamento do transformador;
Equipe locada (Conforme
assinaturas na Seção E).
41
6 - Perfeita fixação do transformador na
estrutura suporte;
7 - Retirada dos estropos e recolhimento do
equipamento utilizado para descer o trafo.
Obs.: Durante a subida do novo
transformador, o operador do equipamento
de içamento
deve posicionar-se fora da área de eventual
queda do transformador.
Ligação do transformador
Queda do eletricista do poste.
Quedas de materiais e
ferramentas.
Ferimentos provocados por fios e
cavos de interligação do
transformador.
1 - Posicionamento correto do eletricista;
2 - Uso de EPIs e EPCs adequados;
3 - Isolamento e sinalização da área;
4 - Içamento dos materiais e ferramentas
através de sacolas com cordas;
5 - Uso de EPIs, EPCs e ferramentas
adequados;
6 - Eletricista experiente.
Manutençãoda empresa
acompanhado da Equipe
locada (Conforme
assinaturas na Seção E).
Descida do eletricista do
poste
Queda do eletricista e queda da
escada.
1 - Soltar as amarações da escada;
2 - A escada deve ser manuseada e
transportada, para o caminhão, por dois
funcionários.
Após a conclusão das operações para a
troca do transformador, devem ser tomadas
as seguintes providências:
1ª) Retirar os conjuntos de aterramento
Equipe locada (Conforme
assinaturas na Seção E).
42
provisório das redes primária e secundária;
2ª) Recolocar os conjuntos das chaves e/ou
retirar as placas de sinalização;
3ª) Solicitar o desligamento do alimentador;
4ª) Aguardar a confirmação do
desligamento;
5ª) Fechar as chaves do circuito;
6ª) Fechar a chave curto-circuito do trafo;
7ª) Solicitar o religamento do alimentador;
8ª) Verificar a tensão do secundário do
trafo;
9ª) Comunicar a conclusão do trabalho e
“liberar o circuito”..
SEÇÃO C – NOME DA EMPRESA TERCEIRA
Nome da empresa contratada, quando elaborado por terceiros: Empresa de Assessoria em Segurança do Trabalho.
SEÇÃO D – ELABORAÇÃO/APROVAÇÃO DO TRABALHO
Elaboração:
Data:
Assinatura: ____________________________________________
Aprovação (responsável pela obra/trabalho):
Data:
Assinatura: _________________________________________________
Aprovação (responsável pela obra/trabalho): Aprovação (responsável pela obra/trabalho):
43
Data: ______/_______/_______
Assinatura: _____________________________________________
Data: ______/_______/_______
Assinatura: _________________________________________________
SEÇÃO E – EXECUTANTES AUTORIZADOS
Nome das pessoas envolvidas e treinadas para a execução das atividades
desta APR. Empresa Assinatura
Orientações: Manter a APR no local de trabalho; Revisar a APR sempre que identificar uma nova situação de perigo ou adoção de medida
complementar de controle; A área emitente, incluindo terceiros, deve arquivar a APR por um período mínimo de um ano após a conclusão da
obra/trabalho para auditorias internas, externas pelo MTE e corporativa; Enviar uma cópia assinada da APR para arquivo do MASS. O não
atendimento das medidas de controle aplicáveis acarretará na suspensão das atividades.
Tabela 6: Análise de riscos à substituição de um transformador.
44
5.1.1 - Resultados da aplicação da metodologia APR
Ao aplicarmos esta simples medida preventiva da Norma Regulamentadora - NR10 a
APR/APP, concluímos que estabeleceram as condições mínimas de segurança na empresa
de fornecimento de energia elétrica, de forma a garantir a segurança e saúde dos
trabalhadores em instalações elétricas e serviços com eletricidade, com a total
concientização quanto a importancia de sua implementação e sua utilização cotidiana na
prevenção de acidentes de grande ou pequeno risco.
5.2 – Aplicação do método da Árvore de Causas/Falhas
Foi aplicado o método em um acidente de trabalho também executado com frequência na
empresa a as técnicas explicadas no subitem 3.6.5: Árvore de causas/falhas em um evento
acidental fatal ocorrido, conforme segue:
45
Exemplo: Análise de acidentes pelo método da Árvore de Causas / Falhas
5.2.1 - Resultados da aplicação da Árvore de Causas / Falhas
a) Estudo da Causa e falha que ocasionou o acidente:
1° - O eletricista adentrou na área de risco sem estar devidamente equipado, não estava
usando luvas de mangas de borracha e luvas de proteção para as luvas de borracha.
Portanto em desacordo com os procedimentos primordiais estabelecidos para iniciar o
trabalho.
1 - MORTE POR ELETRO PLESSÃO
(ACIDENTE FATAL)
2 -ELETRICISTA RECEBEU DESCARGA
ELÉTRICA DIRETA
3 - AO SUBIR NA ESCADA APOIOU COM A
MÃO DIREITA NO BRAÇO DE IP E NESSE
MOMENTO ESCORREGOU O PÉ NO
DEGRAU DA ESCADA E PARA NÃO CAIR
SEGUROU COM A MÃO ESQUERDA NO
JUMPER DA FASE B DO CIRCUITO
SECUNDÁRIO
4 - DEVIDO A AÇÃO DA CHUVA A BOTA
ESTAVA COM O SOLADO MOLHADO E COM
RESÍDUOS DE BARRO, E A ESCADA ESTAVA
COM OS DEGRAUS MOLHADOS
9 - A BOTA USADA
PELO ELETRICISTA É
ADEQUADA PARA A
FUNÇÃO, POSSUI
SOLADO
ANTIDERRAPANTE E
C.A.?
7 - ESCADA ERA COM
DEGRAUS, COM
MONTANTES EM
FIBRA DE VIDRO E
DEGRAUS DE
ALUMÍNIO
ANTIDERRAPANTES?
8 - O ELETRICISTA ESTAVA
SUBINDO NA ESCADA E
POR ESSE MOTIVO A
MESMA AINDA NÃO
ESTAVA AMARRADA NO
POSTE E O ELETRICISTA
NÃO ESTAVA AMARRADO
NA ESCADA ATRAVÉS DO
CINTO DE SEGURANÇA E A
ESCADA ERA
INADEQUADA.
6 - AO SUBIR NA
ESCADA O
COLABORADOR
NÃO ESTAVA
SEGURANDO EM
SEUS MONTANTES
E NÃO ESTAVA
AMARRADO COM
CORDAS.
5 - O ELETRICISTA
ESTAVA EQUIPADO
APENAS COM
CAPACETE, BOTA,
CINTO E LUVA DE
VAQUETA.
46
2º - Ao subir na escada para executar serviço de corte do fornecimento de energia, apoiou-
se com a mão direita no braço de IP, vindo a escorregar o pé no degrau da mesma e para
não cair, segurou com a mão esquerda no jumper da fase B e do circuito secundário e com
a mão direita no braço de IP, também em total desacordo com os procedimentos e normas
internas para execução do trabalho.
b) Medidas propostas para evitar futuros acidentes:
1º - Na execução de serviços em postes, antes de adentrar na área de risco o eletricista
deve-se equipar-se com capacete, cinto de segurança, bota, mangas e luvas de borracha de
acordo com a clase de tensão e com luvas de proteção para as luvas de borracha.
2º - Antes de subir na escada verificar as condições da sola da bota e limpá-la sempre que
necessário, para evitar que escorregue por este motivo. Deve-se também se amarrar com
utilização de um cinto de segurança e uma corda.
3º - Ao subir e descer em escada o eletricista deve segurar firmemente nos montantes da
escada para evitar que se apoie em outras partes próximas caso se desequilibre.
5.3 - Resultado e conclusão geral
Em consequência houve um resultado positivo na empresa gerando a diminuição do
número de acidentes graves e incidentes relacionados com falhas na segurança sejam em
tarefas simples ou difíceis, com riscos baixos ou altos, antes causadas por simples descaso
dos trabalhadores ao desconhecerem a real importância da Norma Regulamentadora -
NR10 ou por não saberem aplicá-la e colocá-la como medidas preventivas em acidentes
durante a execução do trabalho.
47
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. “NORMA
REGULAMENTADORA Nº 10 (NR-10)” - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E
SERVIÇOS EM ELETRICIDADE. BRASÍLIA, 2004.
ARAÚJO, Giovanni M. Normas Regulamentadoras Comentadas. 8ª Edição, 2011.
Editora GVC. MANUAL DE LEGISLAÇÃO, Segurança e Medicina do Trabalho. Editora
Atlas, 2011.
PEREIRA, Joaquim Gomes, SOUZA, João José Barrico. Manual de Auxílio na
Interpretação e Aplicação da NR 10 – NR 10 Comentada 1ª edição, 2011. MINISTÉRIO
DO TRABALHO E EMPREGO – TEM
48
ANEXO I Permissão de Trabalho (PT) Planilha Modelo:
LIBERAÇÃO DE SERVIÇO(PT)
DATA: nº do documento TIPO DE SERVIÇO
HORA: TIPO DE EQUIPE VEÍCULO
Antes de sair com o veículo,perguntar S N NA
O veículo e ferramentas foram verificados conforme programado na inspeção diéria de veículos? Antes de liberar as tarefas que interagem no SEP, perguntar: S N NA
Foram observadas no planejamento dos serviços as normas de segurança
O veículo está estacionado calçado e sinalizado conforme norma de sinalização de veículos?
A central foi comunicada?
Os EPI's e os EPC's estão adequados?
A área de trabalho está sinalizada e isolada adequadamente?
A distância livre de segurança está de acordo coma classe de tensão?
O operador de guindauto, cesta aérea e moto serra estão autorizadas?
O quite está adequado para trabalho em altura ?
Para trabaho em esforços mecânicos os postes e cabos estão seguros?
Se verificadas a existência de insetos oe animais nocivos, há condições seguras de trabalho?
Os trabalhadores no solo ficarão fora da área de risco, com relação a queda de materiais? Para tarefa em redes ou equipamentos desenergizados, perguntar: S N NA
A manobra foi conferida por todos da equipe?
Foram conferidos o instrumento de verificação de tensão para checar se há ausência de tensão?
O aterramento temporário assegura o isolamento do trecho? Foi instalado?
Foram conferidos os cartões e/ou bandeirolas para a sinalização dos equipamentos manobrados? Para tarefas em rede ou equipamentos energizados, perguntar: S N NA
O bloqueio do religamento automático é necessário? Foi solicitado e foi bloqueado?
Foram previstas as zonas controladas e de riscos, e as medidas de segurança foram aplicadas?
Foi conferido o aterramento do veículo? RISCOS ADICIONAIS S N NA
Existem riscos que não foram considerados no planejamento da tarefa? Especifique-os abaixo: RISCOS ADICIONAIS RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA
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.
REGISTRO NOME ASSINATURA
Ao termino das tarefas, perguntar: S N NA
As ferramentas foram recolhidas?
As escadas foram recolhidas e guardadas adequadamente?
Os resíduos produzidos faram recolhidos?
Todos da equipe estão concientes quanto ao termino e fora de risco?
o equipamento pode ser liberado para manobra?
O circuito foi entregue para a enegização?
O trabalha foi executado conforme o planejado?
Todos os requisitos de segurança foram atendidos? Observações
__________________ ________________________
Responsável assinatrura
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ANEXO II Análise Preliminar de Risco (APR) Planilha Modelo:
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO - “APR”
NOME DA
EMPRESA
SEÇÃO A – DESCRIÇÃO DO TRABALHO
Obra / Trabalho: DESCRIÇÃO DO TRABALHO. Localização: ÁREA ONDE SERÁ EXECUTADO O TRABALHO.
Atividade preliminar: DESCRIÇÃO DA PRIMEIRA PROVIDÊNCIA A SER
TOMADA.
Início previsto do trabalho: DATA DE INÍCIO.
Término previsto do trabalho: PREVISÃO DE TÉRMINO.
Máquinas, materiais e ferramentas utilizadas: DESCREVER INFORMAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS.
SEÇÃO B – FASE-A-FASE
DAS ATIVIDADESFASES
DA OBRA E/OU
TRABALHO
DESCRIÇÃO DOS PERIGOS
MEDIDAS DE CONTROLE
APLICÁVEIS
(Proteção coletiva, organização do
trabalho ou proteção individual – em caso
de dúvidas consulte as Normas
Regulamentadoras de Segurança - NR´s
NR06 E NR10.)
RESPONSÁVEL PELAS AÇÕES
DESCREVER OS
PROCEDIMENTOS PARA
INÍCIO DO TRABALHO.
EXEMPLO: Sinalização e o
DESCREVER O TIPO DE
TRABALHO E RISCO.
EXEMPLO: Trabalho em altura / risco
de queda e fraturas.
DESCREVER OS ITENS DE
SEGURANÇA A SEREM SEGUIDOS
E OS EPIs E EPCs A UTILIZAREM.
DESCREVER: Equipe locada e
todos envolvidos na operação.
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isolamento da área.
DESCREVER OS
PROCEDIMENTOS PARA
EXECUÇÃO DO
TRABALHO.
EXEMPLO: Teste de
energia elétrica.
EXEMPLO: Risco de Choques
elétricos / queimaduras / óbito.
DESCREVER AS MEDIDAS DE
SEGURANÇA A SEREM SEGUIDAS.
DESCREVER: Equipe locada e
todos envolvidos na operação.
DESCREVER OS
PROCEDIMENTOS PARA
FINALIZAÇÃO E
ENTREGA DO
TRABALHO.
EXEMPLO: Descida de escada
e/ou plataforma / energização de
painéis elétricos.
DESCREVER AS MEDIDAS DE
SEGURANÇA A SEREM SEGUIDAS.
DESCREVER: Equipe locada e
todos envolvidos na operação.
SEÇÃO C – NOME DA EMPRESA TERCEIRA
Nome da empresa contratada, quando elaborado por terceiros: EXEMPLO: Empresa de Assessoria em Segurança do Trabalho.
SEÇÃO D – ELABORAÇÃO/APROVAÇÃO DO TRABALHO
Elaboração (responsável pela elaboração e preenchimento da APR):
Data:
Assinatura: ____________________________________________
Aprovação (responsável pela obra/trabalho):
Data:
Assinatura: _________________________________________________
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Aprovação (responsável pela obra/trabalho):
Data: ______/_______/_______
Assinatura: _____________________________________________
Aprovação (responsável pela obra/trabalho):
Data: ______/_______/_______
Assinatura: _________________________________________________
SEÇÃO E – EXECUTANTES AUTORIZADOS
Nome das pessoas envolvidas e treinadas para a execução das atividades
desta APR. Empresa Assinatura
Orientações: Manter a APR no local de trabalho; Revisar a APR sempre que identificar uma nova situação de perigo ou adoção de medida complementar de controle; A
área emitente, incluindo terceiros, deve arquivar a APR por um período mínimo de um ano após a conclusão da obra/trabalho para auditorias internas, externas pelo MTE e
corporativa; Enviar uma cópia assinada da APR para arquivo do MASS. O não atendimento das medidas de controle aplicáveis acarretará na suspensão das atividades.