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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
GIANCARLO REISDORFER SILVA
AVIAÇÃO AGRÍCOLA:
AVANÇOS E IMPACTOS NO DECORRER DE SUA HISTÓRIA
Palhoça
2018
1
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
GIANCARLO REISDORFER SILVA
AVIAÇÃO AGRÍCOLA:
AVANÇOS E IMPACTOS NO DECORRER DE SUA HISTÓRIA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de graduação em Ciências Aeronáuticas, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciências Aeronáuticas.
Profa. Dra. Conceição Aparecida Kindermann
Palhoça
2018
2
GIANCARLO REISDORFER SILVA
AVIAÇÃO AGRÍCOLA:
AVANÇOS E IMPACTOS NO DECORRER DE SUA HISTÓRIA
Este trabalho de conclusão de curso foi julgado adequado à obtenção do título de Bacharel em Ciências Aeronáuticas e aprovado em sua forma final pelo Curso de Graduação em Ciências Aeronáuticas da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Palhoça, 23 de novembro de 2018.
______________________________________________________
Profa. Orientadora Conceição Aparecida Kindermann, Dra.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Prof. Esp. Orlando Flavio Silva
Universidade do Sul de Santa Catarina
3
Dedico este Trabalho de conclusão de
Curso: à minha mãe pelo apoio
incondicional que me deu durante toda
minha trajetória: ao Comandante Rodrigo
de Faria por incentivar a desenvolver um
trabalho na área da aviação agrícola: ao
Comandante Douglas Albano pelo apoio: e
a todos que fizeram parte deste capítulo da
minha história de alguma forma e
proporção, pois serão sempre lembrados.
4
AGRADECIMENTOS
À Deus acima de tudo.
À minha mãe Rita Inês Reisdorfer, a toda a minha família e amigos
À minha orientadora Profª. Drª. Conceição Aparecida Kindermann, sua
atenção conjunta a este trabalho.
Ao meu grande e estimado amigo Rodrigo de Faria por tudo, pela parceria
e pela honra de sua amizade.
Ao amigo Douglas Albano pelos ensinamentos que me deu no decorrer
deste trabalho e de vida profissional.
Ao Carlos Brizola por ter cedido seu hangar, quando foi preciso.
Aos pilotos da aviação agrícola.
E a todos que estiveram e estão presente em minha trajetória acadêmica e
profissional.
5
“Não se espante com a altura do voo. Quanto mais alto, mais longe do
perigo. Quanto mais você se eleva, mais tempo há de reconhecer uma pane. É quando
se está próximo do solo que se deve desconfiar”. (Santos Dumont)
6
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo geral demonstrar quais são as vantagens do uso da
aviação para o setor agrícola em relação a outros tipos de equipamentos semelhantes.
Para isso, optou-se pela pesquisa descritiva, com procedimentos de pesquisa
bibliográfica e documental, por meio de artigos, documentos e reportagens, com uma
abordagem qualitativa. Analisando os resultados observados através das pesquisas,
foi possível concluir que a aviação agrícola apresenta diversas vantagens quando a
comparamos com equipamentos semelhantes, tanto na eficiência de suas aplicações
quanto na segurança de sua operação, porém é necessário assegurar certas
condições ideais para que seja realizada com sua qualidade total, como por exemplo
meteorologia e condições de voo.
Palavras-chave: Aviação Agrícola. Vantagens. Pulverização Aérea.
7
ABSTRACT
This work aimed to demonstrate the advantages of using aviation for the agricultural
sector in relation to other types of similar equipment. For this, we chose the descriptive
research, with procedures of bibliographical and documentary research, through
articles, documents and reports, with a qualitative approach. Analyzing the results
observed through the researches, it was possible to conclude that agricultural aviation
presents several advantages when compared with similar equipment, both in the
efficiency of its applications and in the safety of its operation, however it is necessary
to ensure certain ideal conditions for it to be performed with their total quality, such as
meteorology and flight conditions.
Keywords : Aviation Agricultural. Advantages. Aerial Spraying.
8
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Clóvis Candiota, patrono da aviação agrícola no país............................22
Figura 2 – Novo modelo Ipanema da Embraer, EMB-203......................................24
9
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10
1.1 PROBLEMA DA PESQUISA ............................................................................ 11
1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................... 11
1.2.1 Objetivo geral ............................................................................................... 11
1.2.2 Objetivos específicos .................................................................................. 11
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 12
1.4 METODOLOGIA ............................................................................................... 13
1.4.1 Natureza da pesquisa e tipo de pesquisa .................................................. 13
1.4.2 Materiais e Métodos ..................................................................................... 13
1.4.3 Procedimentos de coleta de dados ............................................................ 14
1.4.4 Procedimentos de análise dos dados ........................................................ 14
1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ..................................................................... 14
2 A AVIAÇÃO AGRÍCOLA .................................................................................... 16
2.1 UM PANORAMA DA AVIAÇÃO AGRÍCOLA..................................................... 16
2.2 AVIAÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL .................................................................. 20
2.2.1 HISTÓRIA DA AVIAÇÃO AGRÍCOLA ............................................................ 21
2.2.2 PRINCIPAIS AERONAVES UTILIZADAS NAS OPERAÇÕES
AEROAGRÍCOLAS....................................................................................................22
2.3 TECNOLOGIAS EMPREGADAS NAS APLICAÇÕES AÉREAS ...................... 26
3 APLICABILIDADE DA AVIAÇÃO NO CENÁRIO BRASILEIRO ........................ 30
3.1 ARROZ ............................................................................................................. 30
3.2 MILHO .............................................................................................................. 31
3.3 ALGODÃO ....................................................................................................... 31
3.4 SOJA ................................................................................................................ 31
3.5 CANA-DE-AÇÚCAR ......................................................................................... 32
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 33
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 36
10
1 INTRODUÇÃO
Observa-se um notável crescimento dos setores agrícolas, em nosso país.
Pesquisas informam que neste âmbito, em igual ou superior crescimento está a
utilização de agrotóxicos e, concomitantemente, a utilização de aeronaves para
aplicação do mesmo. Estudos do SINDAG (Sindicato Nacional das Empresas de
Aviação Agrícola) informam que o Brasil tem a segunda maior frota de aviões e
helicópteros voltados à atividade agrícola, atrás somente dos Estados Unidos(CANAL
RURAL, 2018), mas em contrapartida ao buscarmos informações ou conhecimento
sobre a utilização de aeronaves agrícolas, nos confrontamos com dúvidas por parte
dos produtores e pessoas ligadas ao agronegócio sobre as vantagens e aplicabilidade
da aviação no meio agrícola, em consequência disso, é necessário uma disseminação
maior de conhecimento a respeito desta atividade agrícola, aumentando assim seu
uso.
Ainda convém lembrar de que as aplicações aéreas evoluíram muito no
passar dos anos, onde antigamente se eram realizados com equipamentos não muito
desenvolvidos, hoje são realizados estudos e mais estudos sobre quais métodos de
aplicações serão utilizados, variando as vazões, quantidade de linhas a serem
utilizadas nas aplicações, tipo de barras de aplicação e outras finitas variações que
podem ser utilizadas para se ter um maior rendimento e efetividade no que se busca
com a aplicação visto que o setor agrícola tem apresentado altos rendimentos de
produtividade na utilização de serviços de pulverização aérea. (SF AGRO, 2017).
Outro fator existente para a delimitação do presente tema é a quão
aperfeiçoada estão as aplicações aéreas e a sua real eficiência no setor agrícola tanto
para o produtor quanto para quem utiliza a produção. E também apresentar as
evoluções nos equipamentos aéreos, que hoje em dia podemos ter desde aeronaves
de asa fixas, asas rotativas como helicópteros e até mesmos os Veículos Aéreos Não
Tripulados (VANTs), popularmente conhecidos como drones os quais estão tendo seu
espaço nas aplicações agrícolas, e tem crescido no Brasil, especialmente no
segmento de agricultura de precisão e demais segmentos agrícolas. (SINDAG, 201-
?).
11
No presente trabalho são apresentadas as devidas aplicabilidades das
aeronaves agrícolas e as qualidades no setor agrícola por ela influenciadas.
1.1 PROBLEMA DA PESQUISA
Demonstrar a aviação agrícola desde sua gênese até seu desenvolvimento
nos dias atuais.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral
Demonstrar a aviação agrícola desde sua gênese até seu desenvolvimento
nos dias atuais.
.
1.2.2 Objetivos específicos
Apresentar o desenvolvimento da aviação agrícola desde seus primórdios
até os dias atuais no Brasil.
Descrever operações e equipamentos mais utilizados na aviação agrícola.
Identificar os tipos de aeronaves usados na agricultura e suas vantagens.
Apresentar as diversas áreas e culturas que podem ser beneficiadas pela
utilização de aeronaves agrícolas.
12
1.3 JUSTIFICATIVA
A atualmente uma ferramenta indispensável para a produtividade agrícola,
se mostrando uma ferramenta altamente eficiente e viável para a maioria das
produções agrícolas que podemos encontrar, a aviação agrícola possui uma longa
história desde sua concepção pelo Engenheiro Florestal alemão, Alfred Zimmermann,
em 1911(AGROLINK, 2016), até os dias atuais e possuindo uma grande carga de
inovações e tecnologias que por muitas vezes estão ausentes de informações.
O presente tema foi abordado para que maiores informações a respeito da
aviação agrícola possam ser maiormente disseminadas a todos, desde a leigos a
produtores rurais, os quais necessitam um maior conhecimento a respeito de todos os
aspectos envolvidos pois são eles os maiores beneficiados pelo uso desses
equipamentos.
Por atuar como piloto e estar constantemente presente nas atividades
aéreas e no setor agrícola, presenciamos por diversas vezes a falta de informações e
o receio da utilização da aviação agrícola o que ocasionalmente torna o trabalho e a
inserção da aviação nas propriedades rurais uma situação complexa e exaustiva, em
consequência disso o presente tema se torna interessante para a difusão de uma nova
cultura, apresentando a aviação como um método mais eficiente trazendo diversas
vantagens tanto para o campo quanto para as diversas utilizações que uma aeronave
agrícola pode exercer. Contribuindo para o desenvolvimento de uma nova visão das
pessoas a respeito da aviação agrícola.
Para o desenvolvimento eficiente e fomentação de informações corretas a
respeito do tema abordado foram utilizadas ferramentas como livros a respeito da
aviação agrícola, livros de cursos preparatório para o Curso de Operadores de
Aeronaves Aero Agrícolas e também artigos e sites da internet como por exemplo o
SINDAG - Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola o qual também
buscar desenvolver e apresentar a aviação agrícola como um meio eficiente e sem
segredo a todos. E também informações de sites de informes agropecuários como o
AGROLINK.
13
1.4 METODOLOGIA
1.4.1 Natureza da pesquisa e tipo de pesquisa
O presente trabalho classifica-se como uma pesquisa descritiva, com base
em fontes primarias, a partir de leituras para se tirar pareceres coincidentes com a
leitura de materiais secundários com referenciais bibliográficos e demais fontes, e a
pesquisa se caracteriza por uma abordagem qualitativa.
1.4.2 Materiais e Métodos
Os materiais usados nesta pesquisa estão baseados em:
Bibliográficos como: Livros, Revistas relacionadas a aviação agrícola e
demais setores da aviação, também artigos relacionados a aplicações agrícolas,
manuais de operações de aeronaves disponibilizadas pelas empresas aéreas.
Documentais como por exemplo: Manuais teóricos de cursos de piloto
agrícola, legislações da aviação em geral e também as pertinentes a aviação agrícola,
como a ANAC, Ministério da Agricultura e Agropecuária e também materiais
disponíveis pelo sindicato de aviação agrícola como por exemplo o SINDAG.
E, também, para se aferir o conteúdo e se aprofundar mais sobre o presente
tema, conversas informais e debates sobre aviação agrícola com pilotos e operadores
de aviação agrícola serão usados.
14
1.4.3 Procedimentos de coleta de dados
O procedimento utilizado para a coleta de dados do presente trabalho de
conclusão é baseado em pesquisas bibliográficas e documentos disponíveis para
pesquisa. O trabalho é fundamentado a partir de projetos e artigos com as devidas
referências. Artigos utilizados no decorrer do projeto foram por exemplo: “Manual De
Boas Práticas Da Aviação Agrícola”, “Aviação Agrícola No Brasil: Caracterização,
Invisibilização e Debates”, “O Trabalho do Aviador Agrícola: A atividade de
Pulverização Aérea sob uma Perspectiva Ergonômica”, “Manual Do Curso de Piloto
Agrícola - Avião”, “A aviação agrícola decola, mas voa baixo”, “HISTÓRICO E PERFIL
DA AVIAÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA”, “VANTAGENS PRINCIPAIS DA
APLICAÇÃO AÉREA”, “APLICAÇÃO AÉREA E TERRESTRE: VANTAGENS E
LIMITAÇÕES COMPARATIVAS”, e entre outros.
1.4.4 Procedimentos de análise dos dados
Para a análise dos dados, foram realizados fichamentos a partir da leitura
das referências tanto bibliográficas quanto documental, e posterior análise, os quais
possibilitaram uma notável contribuição para assunto, através de uma pesquisa
descritiva. Os dados encontrados foram apresentados em forma descritiva,
apresentando as devidas fontes de pensamento ou que nortearam para o pensamento
exposto e atingir os objetivos geral e específicos do presente trabalho.
1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
O presente trabalho monográfico foi desenvolvido da seguinte forma para
ser melhor de melhor compreensão:
O Capítulo 1 é composto pela introdução, na qual consta o problema da
pesquisa, bem como os objetivos geral e específicos, justificativa e metodologia.
15
O Capítulo 2 apresenta uma breve síntese sobre a aviação agrícola e
como se iniciou no Brasil, apresentando também os equipamentos e aeronaves
presentes nesta atividade agrícola.
O Capítulo 3 trata da aplicabilidade da aviação no cenário brasileiro e as
culturas atingidas.
E, por fim, tem-se as considerações finais do trabalho, seguidas das
referências.
16
2 A AVIAÇÃO AGRÍCOLA
Neste capitulo será abordado a aviação em seu aspecto geral, tendo uma
breve abordagem das suas utilizações, história da aviação no Brasil e as principais
aeronaves utilizadas no setor agrícola.
2.1 UM PANORAMA DA AVIAÇÃO AGRÍCOLA NA ATUALIDADE
As aeronaves já ocupam um lugar significativo na sociedade, desde seu
uso para o transporte quanto para as operações de trabalho. As aeronaves têm um
grande destaque e impacto na agricultura, somente no Brasil o mercado da aviação
agrícola cresceu muito nos últimos anos. A frota nacional é a segunda maior do
mundo, ficando somente atrás dos Estados Unidos (NOSSO CAMPO, 2018).
Conforme consulta no Registro Aéreo Brasileiro, no ano de 2018 o Brasil conta com
mais de 2.100 aeronaves agrícolas registrada (RAB, 2018). De acordo com dados do
SINDAG a frota cresceu 38,7% entre 2008 e 2014, um crescimento médio, composto,
de 5,6% ao ano (SINDAG, 2015). Este crescimento se dá pelos altos rendimentos
observados com a utilização de aeronaves na pulverização agrícola.
Segundo Araújo (2016), a qualidade mais evidente de aplicação aérea é a
rapidez:
[...] sendo a maior responsável pela eficácia do tratamento. Mesmo com volumes de aplicação considerados elevados, de 30 a 40 l/ha, a rapidez do tratamento aéreo é insuperável, ultrapassando os 50 hectares/hora. Quando aplicando em volumes menores (15-20 litros/hectare), o rendimento pode atingir algo como 80 hectares/hora. Produtividades superiores a 100 hectares/hora podem ser alcançadas com volumes abaixo de 10 litros/hectare (tudo dependendo do avião, distância e comprimento da lavoura, etc). O maior benefício decorrente da rapidez é poder tratar grandes áreas no momento adequado. Detectada a doença ou praga em um setor, TODA a lavoura pode ser tratada em pouco tempo, evitando a disseminação dos insetos ou fungos. (ARAUJO, 2016, p. 01).
Podemos também citar outros dois fatores que possuem bastante
importância no rendimento da aplicação aérea, a ausência de danos a cultura:
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O tratamento aéreo não causa prejuízos por danos diretos à cultura ("amassamento") ou indiretos, como a compactação do solo. Estimativas indicam que a redução de colheita devida a danos ocasionados pelo uso de equipamentos terrestres, no estágio de aplicação de fungicidas, pode chegar a até 5%. (ARAUJO, 2016, p. 01).
E, também, a alta capacitação de todos os envolvidos na aplicação.
A participação de pessoal especializado, piloto agrícola, técnico executor em aviação agrícola, Engenheiro Agrônomo como Responsável Técnico e, ainda, uma completa regulamentação e fiscalização da atividade fazem da Aviação Agrícola uma ferramenta segura para a aplicação de defensivos agrícolas. (ARAUJO, 2016, p. 02).
Como observado anteriormente, é impossível negar a importância das
aeronaves na produção agrícola, as quais vêm para agregar ainda mais ao produtor
que vem sempre buscando melhoras tecnológicas para tingir seu objetivo, o
rendimento produtivo.
Expandindo ainda mais o campo de utilização das aeronaves agrícolas, o
seu uso pode atingir a sociedade numa perspectiva ainda maior, sendo uma aliada na
contenção de uma epidemia de mosquitos, como por exemplo no combate a dengue,
chikungunya e zika. Segundo o Ministério da Agricultura, as aeronaves nestes casos
colaboram com a aplicação de fumacês, que por terra não atingem pontos que uma
aeronave pode atingir.
A diferença com o uso do avião é que o produto vai chegar a pontos hoje inatingíveis pelas equipes em terra, como fundos de terrenos baldios, áreas abandonados e pontos longe das vias públicas. E o produto que chegará a esses locais é o mesmo que hoje os fumacês aplicam nas ruas com as pessoas caminhando nas calçadas e direcionado diretamente para a fachada das casas. (BRASIL, 2016a).
Outra atuação que pode ser de extrema valia está no combate a incêndios
florestais. Podemos definir como incêndio florestal, “aquele que atinge uma área
florestal, ou seja, uma área que se encontra arborizada ou inculta. Dentro dos
incêndios florestais distinguem-se os que afetam áreas de povoamentos florestais
(áreas arborizadas), e os que afetam áreas de matos (áreas de incultos)”.
(PORTUGAL, 2009).
Nesse sentido a utilização dos meios aéreos tem um papel importantíssimo,
sendo ágil e eficiente no combate.
Uma aeronave baseada próximo à Unidade de Conservação pode se deslocar até o local do incêndio rapidamente, levando um agente anti-fogo: água ou retardante. Na maioria dos casos, chegaria ao local do fogo antes dos bombeiros, fazendo um combate inicial, o qual necessariamente não extingue o fogo, mas o mantém restrito a uma pequena área e com baixa
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intensidade até a chegada das brigadas terrestres. (FIORAVANTE; BONATTO, 2004, p. 189).
As formas como são realizadas são descritas por Fioravante e Bonatto
(2004) da seguinte maneira:
O método consiste em levar a aeronave sobre o local do foco, voando a uma altura de 50 metros da copa das árvores. Quando sobre o foco o piloto faz as marcações nas miras frontal e lateral, determinando a posição para o lançamento e então ordena ao lançador que lance a sonda. Após o lançamento, observa-se o local onde a sonda caiu e faz-se então as correções para o lançamento das bombas. Estas correções são feitas criando-se um quadrado imaginário sobre o foco, deixando o foco no centro do quadrado. Divide-se o quadrado em 4 quadrantes, numerados no sentido horário em quadrantes 1, 2, 3 e 4. (FIORAVANTE; BONATTO, 2004, p. 190)
Em 2003, foram mais de 63 mil focos de incêndio em todo o território
nacional. (FIORAVANTE; BONATTO, 2004, p. 191). Além de destruir as mais diversas
áreas florestais os incêndios obstruem a visibilidade por conta da fumaça. Esses
incêndios, consumiram
[...] remanescentes de mata ciliar, áreas protegidas ao redor das nascentes, destruindo as mais diversas formações florestais e atingindo várias espécies da fauna e seus habitats. Sua fumaça obstrui a visibilidade nas estradas e aeroportos, suas chamas interrompem linhas de transmissão elétrica e deixam resíduos na atmosfera. (FIORAVANTE; BONATTO, 2004, p. 191).
Com as variadas formas de aplicações a aviação agrícola se mostra uma
ótima escolha para quem busca a modernização a serviço da produtividade e da
sociedade.
Entretanto, como é de conhecimento de todos, a agricultura tem seu
desenvolvimento em um ambiente rural, isto é, afastada de grandes centros urbanos.
Desta maneira, as operações aero agrícola são muito vulneráveis aos limites
logísticos, operacionais e de infraestrutura. Em breves palavras, neste ambiente o
desenvolvimento da atividade é bastante desfavorável no que diz a respeito da
segurança. (BRASIL, 2016b).
Muitas são as pressões sobre os envolvidos na atividade de pulverização aero agrícola; meteorologia, cobranças do patrão, cobranças do dono da lavoura, prazos para cumprimento dos compromissos, obstáculos físicos na área de aplicação, pistas em mau estado, condições de aeronavegabilidade do equipamento, intervalo de tempo exigido para a aplicação oportuna do produto, condição física do aeronavegante entre tantas outras. (BRASIL, 2016b).
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Mas atualmente outros tipos de aplicações vem entrando no mercado
agrícola, e ganhando espaço como por exemplos os VANT’S, os são descritos pelo
DECEA como:
É um veículo aéreo projetado para operar sem piloto a bordo, que possua uma carga útil embarcada e que não seja utilizado para fins meramente recreativos. Nesta definição incluem-se todos os aviões, helicópteros e dirigíveis controláveis nos três eixos, excluindo-se, portanto, os balões tradicionais e aeromodelos. (BRASIL, 2018).
Dentre outras inovações presente no mercado de serviços aero agrícolas
estão também os métodos de aplicação por pulverização os quais vem sendo cada
vem mais estudados para se obter cada vez mais o aproveitamento de 100% das
aplicações, evitando assim desperdícios e maior qualidade na aplicação, sem contar
que para a realização de aplicações aérea são necessárias diversas variáveis ideais
para que a aplicação seja feita com qualidade e somente por pessoas especializadas,
como pilotos, técnicos agrícolas e agrônomos para se realizar todos os requisitos
necessários em determinada área agrícola. Dentre as principais características do alto
rendimento é que as operações aero agrícolas são realizadas em condições
atmosféricas propícias, como por exemplo, temperatura inferior a 30 Graus Celsius,
umidade acima de 50%, velocidade do vento menor do que 12 Km/h e também é
evitado aplicação em condições de inversão térmica em que a temperatura tem alta
variação.
Apesar de que comumente o vento é considerado como sendo o maior
responsável pelas derivas de gotas, contudo a umidade relativa do ar é considerada
o fator de maior importância a ser julgado na calibragem de uma aeronave agrícola
ou pulverizador terrestre, visto que a evaporação e o transviamento das gotas serão
maiores quanto mais baixa for a umidade relativa do ar na área aplicada pela
pulverização. (SANTOS, 2016, p. 61).
Velocidades de vento inferiores a 2 km/h ou calmarias totais são tecnicamente negativas ao sucesso da aplicação, pois podem ocasionar inversões térmicas, acarretando longa suspensão das gotas mais finas, o que prejudica sua deposição sobre o alvo desejado, além de causar contaminações em lavouras vizinhas e no meio ambiente. A umidade relativa do ar também afeta o aspecto das plantas. Fisiologicamente, uma planta reduz sua atividade quando a umidade está abaixo de 55%. O desconhecimento desse fato – por produtores e até por técnicos – faz com que a pulverização seja efetuada durante o dia todo, priorizando a produtividade do equipamento, e não a ação do defensivo pulverizado. (SANTOS, 2006).
20
Outra vantagem presente na pulverização agrícola é a implementação do
uso do DGPS (Sistema de Posicionamento Global Diferencial).
Segundo Araujo (2016),
[...] ao informar com precisão a velocidade de deslocamento, de forma instantânea, possibilita que o equipamento de pulverização do avião varie a VAZÃO (litros / minuto) proporcionalmente à variação de velocidade, de forma a manter razoavelmente constante a TAXA DE APLICAÇÃO (litros / hectare).
2.2 AVIAÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL
A aviação agrícola é um Serviço Aéreo Especializado (SAE), a qual é
definida pela Legislação Ambiental como prática de atividades aéreas, autorizadas
pela autoridade aeronáutica, distintas do transporte aéreo público, mediante
remuneração, objetivando a realização de serviços.
A aviação agrícola é definida como:
[...]atividade aérea com a finalidade de proteger ou fomentar o desenvolvimento da agricultura em quaisquer de seus aspectos, mediante o uso de fertilizantes, semeadura, combate a pragas e a vetores propagadores de doenças, aplicação de herbicidas, desfolhadores e povoamento de águas; (BRASIL, 2001, p. 3).
A Aviação Agrícola tem sua regulação sob a direção do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a MAPA, a qual define a mesma como:
[...]um serviço especializado que busca proteger ou fomentar o desenvolvimento da agricultura por meio da aplicação em voo de fertilizantes, sementes e defensivos, povoamento de lagos e rios com peixes, reflorestamento e combate a incêndios em campos e florestas. (BRASIL, 2016, p. 1)
Neste cenário, a aviação agrícola está ao lado de um melhor
desenvolvimento da agricultura, fomentando as áreas agrícolas as quais são as
principais atividades econômicas do país, fazendo com que assim se tenha um melhor
desenvolvimento do PIB brasileiro.
A aviação agrícola pode ser caracterizada por uma modernização agrícola,
a qual é:
[...]uma produção agrícola que faz uso intensivo de equipamentos e técnicas, tais como máquinas e insumos modernos, que lhe permite maior rendimento
21
no processo produtivo. Assim, modernização da agricultura seria sinônimo de mecanização e tecnificação da lavoura. (TEIXEIRA, 2005, p.22)
O desenvolvimento da modernização da agricultura no Brasil tem sua
gênese em meados da década de 1950 com as importações de recursos de produção
mais evoluídos. Contudo, somente na década de 1960 que esse desenvolvimento iria
se efetivar, com a introdução de um ramo industrial com foco na produção de
equipamentos e matérias-primas para a agricultura no país. (TEIXEIRA, 2005).
Nesse contexto histórico, podemos observar que estão presentes o início
das operações aeroagrícolas no Brasil, as quais se deram no ano de 1947 com a
primeira aplicação através de uma aeronave e também em 1970 a criação da primeira
aeronave agrícola brasileira pela empresa Embraer, o EMB 200 Ipanema, aeronave
monomotor de asa baixa, tendo seu prefixo como PP-ZIP e esta mesma aeronave
teve um grande fato histórico relacionado, ela foi a primeira aeronave do mundo a sair
de fábrica certificada a operar movido a álcool combustível. (EMBRAER, 2017).
2.2.1 História da Aviação Agrícola
A aviação agrícola no Brasil iniciou no dia 19 de agosto de 1947, na cidade
de Pelotas no Rio Grande do Sul, pelo então piloto civil Clovis Candiota, o qual
operava nesta ocasião uma aeronave de modelo Muniz, modelo M-9, sendo ela um
bi-plano de fabricação nacional, com o prefixo PP-RER, contando com um motor de
200 HP, com autonomia de voo de 4 horas, equipada com depósito metálico,
constituído em dois compartimentos em forma de moéga e dosador próprio,
controlado pelo piloto com capacidade de carga de aproximadamente 100kg.
O piloto ainda pôde contar com o apoio técnico do Engenheiro Agrônomo,
Leôncio Fontelles então chefe do Posto do Ministério da Agricultura de Pelotas. A
utilização da aeronave foi em consequência da região de Pelotas ter sido vítima de
um ataque de gafanhotos que devastaram as lavouras da região, o produto aplicado
na ocasião foi um inseticida denominado organoclorado BHC em pó, sendo os voos
efetuados diretamente sobre as nuvens dos insetos, o qual foi jogado por Leôncio de
dentro da aeronave através de uma polvilhadeira adaptada à aeronave.
22
Após terem realizado o primeiro e bem-sucedido teste de aplicação em uma
aeronave, outras aeronaves também foram adaptadas e utilizadas no combate aos
gafanhotos, entre as quais duas aeronaves CAP-4 que foram trazidas de São Paulo
por Clóvis Candiota.
Na figura 1, podemos observar Clóvis Candiota na aeronave MUNIZ, ele é
considerado o Patrono da Aviação Agrícola. Ele foi nomeado como patrono da
atividade aeroagrícola no dia 19 de abril de 1989, pelo então presidente da república,
José Sarney, o qual também instituiu a data comemorativa no Brasil. A data escolhida
foi o dia 19 de agosto, dia em que foi realizado o primeiro voo agrícola no Brasil.
(EMBRAER, 2012)
Figura 1 - Clóvis Candiota, patrono da aviação agrícola no país
Fonte: EMBRAER (2012)
2.2.2 Principais Aeronaves Utilizadas nas Operações Aeroagrícolas
As principais características dos aviões que operam a aviação agrícola são,
em sua totalidade, aeronaves monomotoras, pequenas, leves e com grande potência
disponível, visto que as aeronaves realizam manobras de conversões com um peso
elevado e muito próximas ao chão.
23
Dados da Agencia Nacional de Aviação Civil, no Registro Aeronáutico
Brasileiro (BRASIL, 2018) informam que atualmente no Brasil há cerca de 2.100
aeronaves registradas, sendo que as maiores concentrações de aeronaves agrícolas
são nos estados de Mato Grosso com um total de 464 aeronaves e na segunda
posição o estado de Rio Grande do Sul com 427 aeronaves registradas.
As maiores empresas de aeronaves presentes no cenário brasileiros são a
brasileira EMBRAER, com 1256 aeronaves registradas, em segundo vem a americana
Air-Tractor com 304 aeronaves, e na terceira posição a também fabricante americana
Cessna, a empresa brasileira Embraer lidera com mais de 50% do mercado de
aeronaves agrícolas no Brasil. (SINDAG, 2018).
Em relação as aeronaves utilizadas as mais utilizadas são os modelos da
Embraer como os modelos: EMB-202 e 202A, EMB-201 e 201A e o novo modelo
construído pela Embraer o EMB-203.
Aeronaves muito utilizadas por sua grande performance, capacidade e
muito conceituados no Brasil e no mundo são os modelos da fabricante americana
Air-Tractor, nos modelos: AT-502, 502A e 502B, AT-400, 402A e 402B. Outra
fabricante que possui grande notoriedade é a fabricante Cessna como o modelo mais
conhecido AgTruck A188B. Dentre outras fabricantes como Piper, Thrush, Ayres, etc.
(SINDAG, 2018).
Atualmente, ainda possuímos a utilização de aeronaves de asas rotativas,
os helicópteros, no cenário brasileiro foram registrados 7 helicópteros da fabricante
Robinson nos modelos: R22, R44 e R66.
No Registro Aeronáutico Brasileiro, não foram encontrados Veículos
Aéreos Não Tripulados (VANT’s) como os populares drones que estão engatinhando
para sua utilização nas aplicações aéreas. (RAB, 2018).
24
Figura 2 - Novo modelo Ipanema da Embraer, EMB-203.
Fonte: EMBRAER (2018)
Na aviação agrícola, podemos observar a utilização de diversos
equipamentos para auxiliar e melhorar a qualidade das aplicações, um bom exemplo
e o mais explorado na atualidade como equipamento auxiliar de voo são os
equipamentos GPS (Global Positioning System).
Utiliza-se, na aviação agrícola, um equipamento denominado DGPS
(Differential Global Positioning System) que é uma evolução do GPS, tendo assim
uma melhora na precisão de sua localização. Na utilização aeroagrícola, o GPS é
utilizado como guia, tendo uma barra de luz posicionada a frente do piloto, indicando
a ele se está mantendo o alinhamento ou se afastando de seu alinhamento pré-
determinado antes das execuções da aplicação selecionando-se a largura da faixa e
a área a ser executada.
“O primeiro equipamento DGPS foi instalado no Brasil no ano de 1995, em
uma aeronave agrícola Ipanema da empresa Mirim Aviação Agrícola, em Pelotas,
RS”. (ARAÚJO, 2009, p. 2).
Também temos a modernização de equipamento para as tarefas de
aplicações aéreas diretamente, as quais dependem do tipo de serviço a ser realizado,
nos casos de aplicação de produtos líquidos, há 4 tipos básicos de equipamentos:
Barras com bicos hidráulicos de jato fixo, tendo na sua abrangência tipo
de pulverização leque ou jato cônico;
25
Barras com bicos hidráulicos com vazão e dissipação de gotas
ajustáveis;
Atomizadores rotativos; e,
Barras com bicos eletrostáticos. (ARAÚJO, 2015).
Em sua maioria, a pressurização do liquido é feita através de um sistema
de bomba centrífuga por acionamento eólico, ficando localizada na parte frontal e
embaixo da aeronave tendo o ar de impacto como energia para o acionamento da
mesma.
Para a pulverização de produtos sólidos, são utilizados equipamentos de
distribuição de sólidos, conhecidos no meio agrícola como Difusores. Um estudo
realizado mostrou que o modelo “Swathmaster” é muito promissor para a aplicação
aérea de ureia, com incremento na largura de faixa de deposição em aeronave
Ipanema. (SCHRÖDER; ECHENIQUE, s/d).
Outro equipamento muito utilizado e popularmente conhecido como
fluxômetro é um sistema de Controle Automático de Fluxo, ele possibilita a calibração
automática do equipamento de pulverização, tendo o cálculo a partir da largura da
faixa e da taxa de aplicação, informadas pelo piloto, e da velocidade de voo, a qual é
informada pelo equipamento DGPS.
Este acessório permite ainda variar automaticamente a vazão
(litros/minuto) de acordo com a variação de velocidade da aeronave, de maneira que
a taxa de aplicação (litros/hectare) permaneça constante.
Este Controlador foi o pioneiro dos contemporâneos e mais modernos
controladores automáticos, a título de exemplo o “Intelliflow” da Hemispheregps, os
quais, além da aplicação em taxa de aplicação constante, propiciam também a
aplicação de taxas, ou doses, variáveis, apoiado em um Mapa de Prescrição o qual é
informado por um computador por meio de um cartão denominado PCMCIA.
(ARAÚJO, 2009).
Equipamento indispensáveis para a operação aero agrícola são os de apoio
no solo. Sendo que todos os operadores utilizam equipamentos mecanizados para o
carregamento com produtos químicos, como exemplos de equipamentos podemos
citar, o tanque de pré mistura, uma motobomba, conjuntos de válvulas direcionais,
mangueiras e filtros, este conjunto o qual possibilita a preparação da calda e o
abastecimento com celeridade, em média 5 minutos. (ARAÚJO, 2015).
26
Para esse autor, equipamentos mais avançados possuem ainda um
sistema no qual permite realizar a limpeza interna das embalagens durante o
procedimento de carregamento. Atualmente, no Brasil, a lavagem das embalagens é
um processo obrigatório, ele é denominado de procedimento de “tríplice lavagem”.
No que se trata de aplicação de sólidos, sementes ou fertilizantes, a maior
parte dos operadores utilizam uma técnica de carregamento mecanizado, sendo
constituído por um veículo, caminhão ou máquina agrícola, contendo um guincho
hidráulico o qual suspende uma bolsa com o produto necessário para o carregamento
na aeronave, porém quando não se possui tal sistema mecanizado o mesmo ocorre
manualmente através de uma equipe de solo. (ARAÚJO, 2015).
2.3 TECNOLOGIAS EMPREGADAS NAS APLICAÇÕES AÉREAS
O principal trunfo da pulverização com aeronaves agrícolas é a rapidez na
execução quando se compara com os tradicionais pulverizadores terrestres
tratorizados, uma aeronave agrícola pode possuir um rendimento operacional que
pode superar os 100 hectares por hora, tornando o muito eficaz com se conta com
parâmetros meteorológicos limitantes ou na aplicação imediata no combate de
infestações em lavouras. (SANTOS, 2006).
O avião mais conhecido no território brasileiro, o Embraer Ipanema, é
usado como exemplo para a aplicabilidade de tal afirmação no artigo de Santos
(2005), um avião médio, com sua carga operacional de 500 litros pulverizando um
volume de 15 litros por hectare ou também utilizando 50 litros por hectare, poderá
apresentar uma eficiência de aproximada de 100 a 50 hectares por hora
respectivamente, resultados levando em conta que tenha uma pista de pouso e
decolagem a uma distância máxima de 5 quilômetros do centro da área que está
sendo pulverizada e a extensão da passada da aplicação ser de no mínimo 500
metros. (SANTOS, 2005).
Em relação a um auto propelido de barras pulverizando o volume de 100
litros em uma área de soja ou um turbo pulverizador aplicando um volume de 500 litros
que apresentaram, no estudo de Santos (2005), um rendimento de 350 hectares por
27
dia e de 25 hectares por dia em 10 horas de trabalho em condições normais de
operação respectivamente.
Também é necessário observar que no cenário de utilização de
pulverizadores terrestres em condições de chuvas intensas ou solos encharcados a
execução se torna altamente crítica ou não praticável, situação que não aconteceria
para as aeronaves agrícolas, o que as torna deveras vantajoso. (SANTOS, 2005).
Outra característica que pode ser citada na vantagem de sua utilização é a
possibilidade do controle do tamanho das gotas, controle da largura da faixa a qual irá
ser aplicada, estar dentro dos parâmetros meteorológicos ideais e limitantes, uma
calibração mais precisa dos equipamentos, o volume da aplicação e também a
segurança envolvida nas operações de aplicação aéreas. (SÃO FRANCISCO, [20--]).
Nas aplicações de pulverização líquidas, concluiu-se que: “Quanto maior a
velocidade de deslocamento do conjunto trator/pulverizador, maior é a capacidade
operacional teórica e menor o volume de calda distribuída”. (CHAGAS et al., 2012,
p.831).
Porém, a redução do volume é eficiente quando o manuseio for com o uso
de bicos adequados a baixos volumes, para a distribuição efetiva e homogênea das
gotas, e também com as variáveis climáticas limites, já que por conta do baixo volume
sofrem mais na devida, o que pode acarretar grandes perdas como cita Bayer et
al.(2011):
A redução de volumes de aplicação começou a ser usada em busca de redução de custos e maior rendimento operacional porém volumes de aplicação reduzidos são eficientes quando manuseados corretamente com bicos adequados, de geração e distribuição das gotas, de modo homogêneo e dentro das condições climáticas limites visto que menores volumes implicam em diâmetros menores e, frequentemente, em menor quantidade das gotas depositadas, além de que são mais sujeitas a derivas, causando grandes perdas. (BAYER et al., 2011).
Na maioria dos casos, as taxas de aplicações variam de acordo com o
produto a ser aplicado, a cultura trabalhada, condições atmosféricas e climáticas e
também por escolha do técnico ou cliente.
Taxas tipicamente usadas entre Herbicidas, fungicidas e inseticidas estão
na faixa de 10 a 30 litros por hectare, porém deve se atentar à deriva, sendo
necessário ajustes nos picos pulverizadores em busca de um diâmetro ideal das
gotas.
28
No caso de aplicações utilizando produtos sólidos, podemos utilizar
fertilizantes granulados, sementes ou produtos em pó. De acordo com Schröder e
Echenique ([s.d]), a aviação agrícola realiza a aplicação de produtos sólidos com
celeridade e precisão em diversas culturas e regiões do nosso país, como exemplo,
no Rio Grande do Sul a cultura do arroz irrigado utiliza esta tecnologia para a
distribuição de sementes pré-germinadas e principalmente de fertilizantes
nitrogenados, sendo que estimativas apontam para cerca de um milhão de hectares
de aplicação de ureia por meios aéreos são realizados por ano no estado.
(SCHRÖDER; ECHENIQUE, [S.D]).
As taxas das quantidades utilizadas nos tipos sólidos são descritas em
publicação de Araújo (2015) como sendo em sementes de forrageiras, sendo de
acordo com a espécie, a utilização de 2 a 50 quilogramas por hectare, nas sementes
de arroz pré-germinados a quantidade de 100 a 150 quilogramas por hectare em
fertilizantes granulados a taxa de 30 a 150 quilogramas por hectare. (ARAUJO, 2015).
Segundo Miller e Ellis (2000), conforme citado por Faria (2017):
[...] para garantir uma aplicação de qualidade é importante que se tenha colocação e distribuição correta do produto fitossanitário no alvo. A aplicação alcança nível satisfatório de qualidade e aproveitamento quando a escolha da ponta de pulverização é acertada pois a partir daí se obtém: tamanho de gota ideal, conforme o desejado. Importante considerar respectivamente: a velocidade de distribuição do líquido, o volume de calda, as condições ambientais, a pressão de trabalho, a formulação dos agrotóxicos e as características da calda e do alvo. (FARIA, 2017).
Também é necessário que todos os equipamentos estejam em boas
condições de uso, que nesta visão a possua uma revisão adequada dos
equipamentos, as quais podem ser realizadas por técnicos, pelo próprio agricultor ou
por instituições oficiais, no caso de ser necessária a emissão de certificados ou
relatórios de inspeção, o que a torna uma ferramenta à obtenção de eficiência nas
aplicações. (DORNELLES et al., 2009).
Vale notar a contribuição de Faria et al. (2017, p. 25) que propõem que:
“[...] o operador é uma parte integrante de um sistema de aplicação de defensivos agrícolas, devendo-se preocupar com a sua adequada instrução no uso e manutenção dos equipamentos, bem como os cuidados no manuseio dos defensivos a serem utilizados para se aumentar a segurança e eficácia e diminuir os riscos da aplicação” (FARIA et al.,apud MARTINS, 2015, p. 6).
29
Neste capítulo podemos analisar a gênese da aviação agrícola e como ela
vem se desenvolvendo até os dias atuais contando sua história e também suas
evoluções com os tipos de equipamentos utilizados com suas devidas aplicações,
sendo elas nos setores agrícolas em si como também no combate a incêndios ou no
combate à epidemia de mosquitos.
As tecnologias presentes na aviação agrícola também foram apresentadas
como as aeronaves mais utilizadas no Brasil, e as melhores condições para se retirar
o proveito máximo dessas operações aéreas as quais necessitam de uma condição
atmosférica ideal para que se tenha uma pulverização eficiente não se tendo prejuízos
na sua utilização na propriedade.
30
3 APLICABILIDADE DA AVIAÇÃO NO CENÁRIO BRASILEIRO
Como foi observado no primeiro capítulo as aeronaves tem várias
aplicações, tanto dentro quanto fora das propriedades rurais, mas em sua utilização
no meio agrícola temos suas principais culturas em que ela tem um papel fundamental
combatendo diversas pragas e assim aumentando a produtividade da área rural
atendida. Veremos neste capítulo quais são as principais culturas atendidas pelo uso
da aviação agrícola e sua abrangência.
A aviação agrícola é amplamente utilizada no Brasil, sendo uma ferramenta
indispensável ao produtor que busca cada vez mais produtividade e agilidade em sua
plantação. As aplicações aéreas são muito eficientes em praticamente todos os tipos
de culturas existentes, Silveira (2006) exemplifica e destaca os principais tipos de
cultivos presentes no Brasil, sendo elas:
a) Arroz
A cultura do arroz se destaca nacionalmente pela área plantada, tendo na
região sul 38%, região nordeste com 23% e a centro-oeste com 19% de área plantada.
A produtividade do arroz tende a ser cada vez maior devido a conscientização dos
produtores no uso de tecnologia no campo, esta que está relacionada ao
desenvolvimento de insumos de produção e maquinarias cada vez mais
aperfeiçoadas. (SILVEIRA, 2004).
O arroz também é atingido por diversas doenças como destacam Dellagnol
et al. (2006):
A produtividade da cultura do arroz é afetada por diversos fatores, sendo as doenças fúngicas responsáveis por danos variáveis entre 20 e 50% na produtividade das lavouras de arroz no Rio Grande do Sul (BALARDIN & BORIN, 2001), destacando-se a brusone (Pyricularia grisea (Cooke) Sacc), mancha parda (Drechslera oryzae, Breda de Hann Subr.&Jain sin. Bipolaris oryzae), mancha estreita (Cercospora janseana Miyek), escaldadura (Microdochium oryzae), queima das bainhas (Rhizoctonia oryzae Riker & Gooch) e manchas dos grãos (Phoma sp., Drechslera oryzae, Curvularia lunata, Nigroppora oryzae, Alternaria sp., Fusarium sp.). (DALLAGNOL et al., 2006).
Os controles dessas doenças são feitos através da aplicação de
agrotóxicos, dados da EMBRAPA, destacam um estudo da quantidade usada:
No Brasil, o total de ingredientes ativos de agrotóxicos comercializado para uso no cultivo do arroz irrigado por inundação, passou de 4.597 t, em 1997, para 3.146 t, em 2002, correspondente a uma redução de 31,6%. Desse total, 93,2% correspondeu a venda de herbicidas, 3,8% de fungicidas e 3% de
31
inseticidas. Para o arroz de terras altas, o total comercializado passou de 307 t para 612 t, no mesmo período, um acréscimo de 99,4%. Desse total, 78,9% correspondeu a venda de herbicidas, 16,4% de fungicidas e 4,8% de
inseticidas. (BARRIGOSSI; LANNA; FERREIRA, 2004, p.2).
Como a maior parte da cultura do arroz ser do tipo irrigado, a aplicação
aérea se mostra a forma mais adequada nesta cultura.
b) Milho
O milho é umas das grandes culturas e é a que menos utiliza a aviação
agrícola, contudo, as aplicações de ureia na fase inicial do crescimento do cultivo, de
micronutrientes foliares na fase vegetativas e de defensivos nas emergências, são
econômicas e eficazes nesta cultura segundo Silveira (2004).
c) Algodão
O algodão também é uma cultura que se utiliza muito defensivos agrícolas,
pois é uma cultura muito vulnerável a pragas. O total de aplicações nesse cultivo
costuma passar de dez. (SILVEIRA, 2004). A aviação agrícola a atende bem, pelo alto
rendimento e o manejo ideal, sendo que a falta da aviação agrícola causaria uma
queda de 1,7 milhões de toneladas para quase zero na cultura. (SINDAG, 2018).
d) Soja
A soja é a cultura que mais se destaca no cenário brasileiro, sendo que o
Brasil é o segundo maior produtor da cultura no mundo, ficando atrás somente dos
Estados Unidos, com uma produção anual na safra 2016/2017 de 113,92 milhões de
toneladas, e ocupando uma área de 33,89 milhões de hectares. Segundo Dall’agnol
(2000), a soja foi a grande responsável pelo surgimento da agricultura comercial
brasileira, acelerando a mecanização das lavouras, modernizou o transporte,
expandiu a fronteira agrícola, colaborando para a tecnicidade e produção de outras
culturas. (apud SILVA; LIMA; BATISTA, 2011).
No geral, há aplicações da atividade aero agrícola na cultura da soja, sendo
estas na aplicação de inseticidas, fertilizantes, fungicidas e em menor escala a
aplicação de herbicidas, essa que por sua vez possui um potencial crescimento.
(SILVEIRA, 2004).
e) Cana-de-açúcar
As principais atividades da aviação na cultura de cana-de-açúcar são
aplicações de herbicidas e de fertilizantes, em menor escala, também existem áreas
32
nas quais são utilizados produtos com o objetivo de antecipar e uniformizar a
maturação da cana, conhecidos também como maturadores. (SILVEIRA, 2004)
A cultura de Cana-de-Açúcar é a que apresenta maior taxa de utilização de
fertilizantes em sua produção, este fato se dá por conta das grandes áreas de cultivo
e também a elevadas doses aplicadas, girando em torno de 340 quilogramas por
hectare. (SILVEIRA, 2004).
Em outras culturas também são utilizados os serviços de aplicação aero
agrícola em menor escala ou com um potencial em desenvolvimento como, por
exemplo, as culturas de trigo, milho, feijão, banana, laranja, café, pastagens e também
na piscicultura.
O Brasil segue em crescimento na área da aviação agrícola, apresentando
satisfatórios níveis de qualidade tanto nos serviços prestados quanto na tecnologia de
aplicação, trazendo ainda mais benefício aos setores da agricultura e demais
abrangência que a aviação agrícola atinge. (ARAÚJO, 2015).
33
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve como objetivo geral demonstrar as vantagens do
uso da aviação para o setor agrícola em comparação com outros equipamentos
semelhantes. Para alcançar este objetivo, optou-se pela pesquisa descritiva com
abordagem qualitativa. Em relação à coleta de dados, classifica-se como uma
pesquisa bibliográfica e documental. Para a análise dos dados, foram utilizados
Santos (2005), ARAUJO (2016), portarias, órgãos públicos como a Agencia Nacional
de Aviação Civil, ANAC.
Em cada objetivo foram realizados estudos bibliográficos de autores da
aviação agrícola como ARAÚJO (2015) com o qual foi possível ter uma visão mais
ampla da aviação desde sua gênese até seu desenvolver atual, na sequência também
foi possível observar a história da aviação agrícola, e através de portarias e manuais
da ANAC avaliar o controle e regulação desta atividade no Brasil. Estudos de artigos
evidenciaram as principais vantagens da atividade aeroagrícola na agricultura em
comparação com equipamentos similares no presente trabalho. As principais culturas
em que a aviação agrícola é utilizada no Brasil foram exibidas apresentando dados e
tipos de aplicações de cada uma delas.
A aviação teve um grande crescimento desde sua primeira aplicabilidade
em 1947 até hoje onde tem seu desenvolver bem expressado, dadas as proporções
de aviões e tecnologias em nosso país no que quis respeito a aplicações aéreas na
agricultura.
Foi possível estudar os principais equipamentos utilizados nas operações
aero agrícolas, como os aviões mais utilizados e suas características, e assim
comparar suas características de aplicação com equipamentos semelhantes, tendo
base para se comparar as vantagens de utilização com os mais demais equipamentos.
Foram apresentadas as principais culturas que estão presente no nosso
país e que utilizam a aviação agrícola, apresentando dados e as respectivas taxas de
aplicação da aviação nestas áreas.
O primeiro objetivo específico do presente trabalho foi apresentar a aviação
agrícola desde sua gênese até os dias atuais, mostrou-se, desta forma, onde foram
realizados os primeiros voos, de onde nasceria o primeiro voo agrícola no Brasil, tendo
seu iniciador Clovis Candiota com o apoio técnico do Engenheiro Agrônomo, Leôncio
34
Fontelles no ano de 1947 e o seu desenvolver com a criação de aeronaves agrícolas
pela empresa brasileira EMBRAER (2012) e com dados da ANAC (2018) e SINDAG
(2018) foi apresentado o cenário da aviação no brasil atualmente.
Em relação ao segundo e em conjunto com o terceiro objetivo especifico,
tratou-se de operações e equipamentos mais utilizados na aviação agrícola, que se
pôde verificar que as aeronaves mais utilizadas nas operações aero agrícolas são as
da fabricante brasileira Embraer de modelo EMB-202, mais conhecidas como
“Ipanemão, e a segunda mais utilizada é o Modelo AT-402 da fabricante americana
Air Tractor.
Quanto ao quarto objetivo especifico desenvolvido nesta pesquisa, foram
apresentadas as diversas áreas e culturas que podem ser beneficiadas pela utilização
das aeronaves no setor agrícola apontando dados e suas aplicações.
A partir da análise dos dados, pode-se afirmar que o uso da aviação no
setor agrícola em relação aos outros tipos de equipamentos tem uma grande e ímpar
vantagem, a rapidez em sua execução, podendo superar a área aplicada por meios
convencionais que seria feita em um dia inteiro em poucas horas, outro aspecto
relevante nesta atividade é atender a área agrícola em situações em que os meios
convencionais não conseguiriam, como após chuvas intensas ou solo encharcado.
(SANTOS, 2005).
Outra vantagem analisa foi a possibilidade do controle do tamanho das
gostas, controle da largura da faixa aplicada e uma calibração mais precisa dos
equipamentos em comparação a meios convencionais terrestres.
Porém conforme foi apresentado, a aviação agrícola deve seguir padrões
meteorológicos ideais e é necessário que todos os equipamentos estejam em boas
condições de uso e manutenções feitas no tempo certo para que não se tenham
surpresas ou eficiência reduzida por negligencias. (DORNELLES et al., 2009).
Avanços sempre estarão presentes, novas tecnologias e métodos de
manejo agrícola mais desenvolvidos irão surgir, e por muitas vezes a aviação agrícola
e os equipamentos terrestres irão se complementar, tornando-se aliados na
produtividade e rendimentos do campo, cabendo sempre um estudo detalhado e
análises das diferentes formas de aplicabilidade das ferramentas disponíveis.
A presente pesquisa possui uma limitação em seu estudo de campo, sendo
necessário um aprofundamento na comprovação de sua eficiência por meio de dados
35
técnicos práticos, como o estudo das aplicações aéreas em um cenário real,
comprovando sua eficiência e limitações no uso.
Demais pesquisas podem ser realizadas em relação a esta questão,
abordando uma visão mais prática, realizando estudos de campo, tendo a atuação de
aeronaves em aplicação e comparar aplicação com equipamentos semelhantes.
36
REFERÊNCIAS
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