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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS I
CURSO DE PEDAGOGIA COM GESTÃO E COORDENAÇÃO DO TRABALHO ESCOLAR
Charlene Barbosa Barros
A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DA FAMILIA NO DESENVOLVIMENTO ESCOLAR DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
Salvador 2011
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CHARLENE BARBOSA BARROS
A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DA FAMILIA NO
DESENVOLVIMENTO ESCOLAR DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção da graduação em Pedagogia do Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia, sob a orientação da Profª. Ms. Maria Alba Guedes Machado Mello.
Salvador 2011
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CHARLENE BARBOSA BARROS
A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DA FAMILIA NO
DESENVOLVIMENTO ESCOLAR DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção da graduação em Pedagogia do Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia, sob a orientação da Profª. Ms. Maria Alba Guedes M. Mello.
Local ___ de ___________ de 20__.
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus pela minha existência, por ser uma pessoa
sadia e ter perseverança para alcançar meus objetivos.
Agradeço à minha mãe pela compreensão e apoio nesta caminhada.
Agradeço a meu grande amigo Borges, se não fosse pelo seu incentivo de
iniciar esta caminhada, hoje, eu não estaria, aqui, concluindo mais uma etapa
da minha jornada.
Agradeço a meu amigo Renato, pela sua colaboração a essa pesquisa, pela
compreensão nos momentos difíceis que não pude estar junto a ele, para dar
fecho a outros trabalhamos que estávamos fazendo juntos, pela sua amizade
que levo comigo para sempre, pelo seu carinho e consideração a minha
pessoa.
Agradeço em especial a minha querida orientadora ProfªMs Maria Alba Guedes
M. Mello, que teve muita paciência, dedicação e me incentivou nos momentos
indecisos; se não fosse sua sabedoria, hoje, não poderia externar meu
conhecimento por meio dessa pesquisa.
Agradeço a todos os professores que contribuíram com minha formação
profissional.
Agradeço a todos meus colegas e amigos que me incentivaram de alguma
forma, para que eu não desistisse desta caminhada árdua, que foi para mim.
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Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino.
Essesquefazeresse encontram um no corpo do outro. Enquanto
ensino continuobuscando, reprocurando. Ensino porque busco,
porqueindaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para
constatar,constatando, intervenho, intervindo educo e me educo.
Pesquisopara conhecer o que ainda não conheço e comunicar
ou anunciar a novidade. (FREIRE, 1999, p.32)
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RESUMO
Este Trabalho de Conclusão de Curso é fruto da pesquisa que teve como objeto de estudo a interação entre escola e família para o desenvolvimento do educando. O papel da família para o desenvolvimento escolar do educando é de suma importância, pois o cotidiano familiar está muito ligado de forma a facilitar ou a dificultar no desenvolvimento do educando. E a escolaque é um espaço de compartilhamento de ideias, saberes e experiências é um local privilegiado da educação que tem a função social de contribuir na formação de cidadãos críticos, conscientes e atuantes na sociedade em que vivem. O trabalho coletivo envolve todos os sujeitos escolares, pais e comunidade e é, sem dúvida, o primeiro passo, para entender, analisar e compreender melhor o comportamento e desenvolvimento do educando. Buscou-se por meio de um estudo teórico e ida a campo verificar a importância da interação escola e família na vida escolar do educando.A pesquisa foi de cunho qualitativo, tendo o Estudo de Caso como método que verificou o nível de interação entre os responsáveis das famílias dos educandos no Colégio Estadual Ruth Pacheco. Recorreu-se a autores como Danda Prado, Jane Castro, Maria Lucia Aranha, Vitor Henrique Paro e outros para embasar a importância familiar no contexto escolar. Como conclusão parcial, acredita-se que quanto mais a família participa, mais eficaz é o trabalho da escola.
Palavras-chave: Escola. Família. Interação.
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ABSTRACT
This work of completion is the result of research that had as its object of study: The interaction between schools and families for the development of the students. The family role in the development of school student is of paramount importance, because the family dynamic is very connected so as to facilitate or hinder the development of school student. And the school that is a space for sharing ideas, knowledge and experience is a privileged place of education that has the social function of contributing to the formation of critical citizens, aware and active in their society. The collective work involving all school subjects, parents and community and is undoubtedly the first step to understand, analyze and better understand the behavior and development of the students. Sought by means of theoretical study and field visit to verify the importance of interaction between schools and families in school life of the student.The research was qualitative, and the Case Study Method as they found the level of interaction between the heads of families of students in the State College Ruth Pacheco. Use has also authors as Danda Prado, Jane Castro, Maria Aranha, ParoVitor Henrique and others to bolster the importance of family in the school context. As a partial conclusion, it is believed that the more the family participates, the more effective is the school's work. Keywords: School. Family. Interaction
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SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO.................................................................................................... 09 2AS INSTITUIÇÕES EDUCADORAS: A família e a escola............................... 12 2.1 FAMÍLIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES........................................................12 2.2 A ESCOLA E SUASFINALIDADES...............................................................17 3. O CASO ESTUDADO........................................................................................22 3.1 CARACTERIZAÇÃO DO COLÉGIO RUTH PACHECO..................................23 3.2 A FAMÍLIA DOSEDUCANDOS......................................................................27 3.3 OS RESULTADOS..........................................................................................28 3.4 UMA BREVE ANÁLISE...................................................................................33 4 ESCOLA E FAMILIA: A relação necessária...................................................36 5 CONSIDERAÇOES FINAIS ............................................................................... 42 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 44 APÊNDICE (S)..................................................................................................... 46 ANEXO (S) ............................................................................................................ 52
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1INTRODUÇÃO
Com o passar do tempo a família sofreu transformações no seu perfil
familiar e é possível afirmar que toda essa mudança tem sido fator determinante
no acompanhamento da família na vida escolar da criança e do adolescente. O
papel da família para o desenvolvimento escolar do educando é de suma
importância, pois o cotidiano familiar está muito ligado de forma a facilitar ou a
dificultar no desenvolvimento escolar do educando. E a escola como um espaço
de compartilhamento de ideias, saberes e experiências é um local privilegiado da
educação que tem a função social de contribuir na formação de cidadãos
críticos, conscientes e atuantes na sociedade em que vivem.
Particularmente no que diz respeito à relação família-escola, tem sido
assunto muito comentado nos dias atuais o alcance do sucesso dos educando
no processo de ensino-aprendizagem. Frequentemente se ouve dos professores
que o apoio da família é essencial para o seu bom desempenho e realmente o é.
Porém, muitas vezes, essa expectativa de ajuda torna-se fator de acusação,
atribuindo-se à família a responsabilidade pelo mau desempenho escolar da
criança. Os profissionais da escola acreditam, muitas vezes, que os educandos
vão mal porque suas famílias estão desestruturadas ou porque não se
interessam pela vida escolar da criança, deixando de reconhecer que os
profissionais de educação é que são preparados, por meio de uma formação
especifica, para esta função e não a família. A ausência dos pais às reuniões
pedagógicas é um fato frequente no contexto escolar atual, o que pode ser um
indicativo do pouco acompanhamento da vida escolar das crianças por parte dos
pais. Portanto, cabe à escola articular-se de forma a tentar diminuir esse
distanciamento com as famílias.
O trabalho coletivo envolve todos os sujeitos escolares, pais e
comunidade e é sem dúvida o primeiro passo, para entender, analisar e
compreender melhor o comportamento e desenvolvimento do educando.É
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precisocriar uma parceria entre família e escola, para que haja uma distribuição
mais justa de responsabilidades na educação da criança. Assim, cada um
fazendo o seu papel, uma não sobrecarrega a outra. Mais do que uma
descentralização das funções, essa parceria ajuda pais e escola a falarem a
mesma linguagem, situando o indivíduo num mundo organizado em uma
estrutura que compõe a sociedade da qual ele também faz parte.
O presente trabalho teve como objetivo argumentar teoricamente sobre a
importância da interação entre a escola e a família, e o papel da contribuição
dessas duas instituições no desenvolvimento escolar do educando.
Acredita-se que quanto mais a família participa, mais eficaz é o trabalho
da escola, pois, dessa forma, cada um se dedicará às suas atribuições.
Este trabalho é uma pesquisa bibliográfica, por meio da qual se buscou
informações teóricas principalmente em livros de autores renomados da área
como Danda Prado (1981), Vitor Henrique Paro (2000) e outros. Além disso,
desenvolveu-se uma pesquisa de campo, por meio da aplicação de
questionários a um grupo de responsáveis (da família) dos educandos.
O primeiro capitulo aborda as concepções sobre a instituição familiar,
suas transformações no decorrer nos tempos, as mudanças gradativas do papel
da mulher na família, em virtude da revolução feminista, e como isso tem
influenciado no acompanhamento dos filho e na contribuição da família para o
desenvolvimento da criança. Trata ainda da escola como instituição formadora,
sua função social e de que forma organizou-se na atualidade.
O segundo capitulo discorre sobre a instituição escolar onde foi realizada
a pesquisa de campo, caracterizando o bairro onde está inserida a escola
estudada, abordando alguns elementos dessa organização escolar como:
estrutura física e administrativa, desempenho pedagógico e instâncias de
gestão.
O terceiro capitulo abordar a importância de uma estreita relação entre
escola x família, com definições das responsabilidades de cada instituição; quais
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os objetivos, estratégias, de cada qual, quais os impasses encontrados na
execução dos seus papeis e o seu porquê. Traz ainda a análise dos dados da
pesquisa realizada com a família dos educando da Escola Estadual Ruth
Pacheco.
Espera-se que esta pesquisa possa contribuir para uma maior discussão
e esclarecimento acerca da interação escola e família em todas as suas
dimensões.
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2 AS INSTITUIÇÕES EDUCADORAS: A família e a escola
O presente capítulo vai abordar as teorias sobre a instituição familiar, com
definições sobre o papel da família, suas funções, tomando como principal
autora Danda Prado (1981), que aborda as concepções da instituição familiar,
suas transformações no decorrer nos tempos, as mudanças gradativas do papel
da mulher na família em virtude da revolução feminista e como isso tem
influenciado no acompanhamento dos filhos e na contribuição da família para o
desenvolvimento da criança. Trata ainda da escola como instituição formadora,
sua função social e de que forma estrutura-se na atualidade.
2.1 A FAMÍLIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES
Podemos dizer que família é uma instituição social e, como tal,
subordinada ao seu contexto cultural sofrendo mudanças de acordo com as
transformações econômicas, políticas e sociais. A família é um espaço
importante no processo de socialização, bem como no desenvolvimento pessoal
da criança; é na família que a criança aprende o que deve fazer, dizer ou pensar.
A educação familiar é o primeiro fator para o desenvolvimento da subjetividade
autônoma da criança, onde a mesma aprende, sobretudo os valores de conduta,
conforme explica Aranha (2006),
As relações afetivas são importantes para a saúde mental da criança; socialmente, a presença de adultos confiáveis e o exercício da autoridade asseguram a solidariedade necessária para o convívio democrático (ARANHA, 2006, p.96).
A família é o principal suporte para o amadurecimento do indivíduo; ela
favorece o aprendizado das relações afetivas, que ajuda e aprimora o
desenvolvimento pessoal. Segundo afirma Prado (1981),
A família não é um simples fenômeno natural. Ela é uma instituição social variando através da historia e apresentando até formas e finalidades diversas numa mesma época e lugar,
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conforme o grupo social que esteja sendo observado. (PRADO, 1981, p.12).
Com o passar do tempo e mediante as mudanças na vida em sociedade
pode-se verificar que os princípios organizadores da família irão se modificar e
outros aspectos serão considerados mais importantes na constituição da família.
Prado (1981) destaca que:
A família é única em seu papel determinante no desenvolvimento da sociabilidade, da afetividade e do bem estar físico dos indivíduos, principalmente no período da infância e da adolescência. É na família que a criança se integra no mundo adulto, onde recebe orientação e estimulo para ocupar um determinado lugar na sociedade adulta, em função do seu sexo, sua raça, suas crenças religiosas, seu status econômico e social. (PRADO, 1981, p.40).
A organização da vida familiar depende do que a sociedade, marcada
pelos seus costumes, espera de um pai, de uma mãe, dos seus filhos, de todos
os membros; ou seja, uma família é não só um tecido fundamental de relações,
mas comporta um conjunto de papéis que são socialmente definidos. Prado
(1981, p.23) afirma que “é através da família – menor célula organizada da
sociedade − que o Estado pode exercer um controle sobre os indivíduos,
impondo diferentes responsabilidades conforme cada momento histórico”.
A proteção de jovens, a educação e socialização da nova geração, os
serviços domésticos de toda ordem (higiene, cozinha, costura etc.) são
atividades exclusivas de ambiente familiar. As expectativas sociais e dos
indivíduos como: as atividades de lazer civis (festas, reuniões, comemorações,
passeios etc.) e religiosas (transmissão e cumprimentos de crenças e preceitos),
de comportamento de obediência a hierarquias e autoridades estão sob a
responsabilidade da família.
Conclui-se que a família é o espaço indispensável para a garantia da
sobrevivência, do desenvolvimento e da proteção integral dos filhos,
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independente do arranjo familiar ou da forma como está estruturada. É a família
que propicia os aportes, sobretudo os matérias, necessários ao desenvolvimento
e bem estar dos seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na
educação formal e informal, é em seu espaço que são absorvidos os valores
éticos e humanitários.
Assim, a iniciação das crianças na cultura, nos valores e nas normas da
sociedade começa na família. Para um desenvolvimento completo e harmonioso
de sua personalidade, a criança deve crescer num ambiente familiar, numa
atmosfera de felicidade, amor e compreensão. Enfim, é o espaço da organização
social onde se desenvolvem os sentimentos, a inteligência e o espírito desperta
para as realizações que conferem um sentido superior à vida.
Hoje em dia, quando se fala de família, não se pode subentender
somente o modelo de família nuclear conjugal, composta de pai, mãe e filhos.
Esse modelo de família sofreu redução em sua extensão e também nas suas
funções, sobretudo a partir da industrialização, quando houve restrições das
obrigações familiares e várias funções foram atribuídas à escola e até aos meios
de comunicação.
Todos nós vivemos em família com as mais diversas composições;
podemos até não saber definir o seu significado, mas somos parte integrante
dela, vivemos este momento de transformações. O que vai ser diferente para
cada um são as formas de vida e os fundamentos nos quais se estabelecem as
relações familiares.
Os tipos de famílias variam muito, embora a forma mais conhecida e
ainda valorizada de nossos dias seja a família composta de pai, mãe e filhos,
chamada de família nuclear. Essa é considerada a mais adequada à criação dos
filhos, por imaginarem que esta composição de família pode oferecer uma
estrutura melhor ao desenvolvimento das crianças e adolescentes. Entretanto,
pesquisas demonstram que outros arranjos familiares podem também oferecer
às crianças e aos adolescentes um ambiente de afetividade e cuidados
necessários ao seu desenvolvimento. É o que afirma Szymanski (2001),
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Mas, apesar de toda pressão social para adoção do modelo de familiar nuclear, que se vive, atualmente, são vários arranjos familiares, várias possibilidades e soluções para adulto e crianças viverem suas intimidades e trocas afetivas e para a criação de ambientes para o desenvolvimento de crianças e adolescentes. (SZYMANSKI, 2001, p. 18).
As funções de cada família dependem em grande parte da faixa que cada
uma delas ocupa na organização social e na economia do país ao qual pertence.
Em algumas dessas funções, as famílias recebem apoio e interferência de
instituições sociais, como por exemplo a socialização da criança que é dividida
pela família e por outras instituições educativa, ou a saúde dos membros da
família que é também complementada pelas instituições de saúde pública. Mas
há funções que as famílias assumem com exclusividade. É da família a
constituição da identidade social dos indivíduos, de reprodução, de garantir ao
acesso a de bens (alimentos, vestuário, brinquedos, remédios etc.) e de
consumo.
A revolução feminista contribuiu para que as mulheres exigissem direitos
iguais aos homens em relação ao trabalho, conquistando espaço no mercado de
trabalho e autonomia financeira, o que favoreceu mudanças do comportamento
feminino. As relações conjugais deixaram de ser hierárquica para serem
assumidas atividades compartilhadas. Desse período até hoje, a mulher vem,
gradativamente, assumindo o papel de chefe de família, exercendo menos o
desenvolvimento e acompanhamento do seu filho na escola.
Todas essas transformações ajudaram na emancipação feminina, mas
também trouxeram mudanças muito profundas da vida em família. O modelo de
família nuclear tradicional começa a coexistir com outros modelos de famílias,
devido a essas mudanças de comportamento dos seus membros.
O acompanhamento familiar na vida escolar da criança é de suma
importância para que a mesma se sinta amparada e confiante no processo de
ensino-aprendizagem. Portanto, a insegurança do núcleo familiar gera
diretamente na criança uma falta de segurança afetiva e emocional, que, em
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grande número de casos, é impulsionada para a agressividade, como resposta à
frustração permanente, ao contínuo sentimento de perda e à falta de amor e
compreensão. Dependendo da distância entre o universo familiar e a escola,
essa passagem pode-se tornar traumática para a criança.
A família tem a preocupação em proteger seus filhos, resultando muitas
vezes em fortes influências de dominação para com seus filhos, onde os pais
possuem grande parcela de poder de decisão sobre seus filhos. Esse típico
comportamento superprotetor, muitas vezes impede o desenvolvimento da
autonomia da criança. Para que haja mudanças nesse tipo de comportamento
familiar, é preciso mudanças em toda a sociedade, inclusive na escola.
Existem diversas contribuições que a família pode oferecer, propiciando o
desenvolvimento pleno dos seus filhos e deles enquanto educandos:
• Selecionar a escola, baseando-se em critérios que lhe garantam a
confiança da forma como a escola procede diante de situações importantes;
• Dialogar com o filho sobre o que está vivenciando na escola;
• Cumprir as regras estabelecidas para a convivência do educando na
escola de forma consciente e espontânea;
• Deixar o filho resolver, por si só, determinados problemas que venham a
surgir no ambiente escolar, em especial na questão da socialização;
• Valorizar o contato com a escola, principalmente nas reuniões e entrega
de resultados, podendo informar-se das dificuldades apresentadas pelo seu filho,
bem como seu desempenho.
Em suma, o papel da família é fundamental para o desenvolvimento pleno
da criança e do adolescente: a família precisa fazer o possível para acompanhar
seus filhos no processo escolar; ficar atenta às suas dificuldades, ajudar nas
atividades e ampliar seu conhecimento cultural, o que já envolve uma outra
questão financeira. Nem todas as famílias têm condições de levar seus filhos ao
teatro, comprar livros, levar ao cinema, dentre outras opções de enriquecimento
cultural, mas esse é o ponto que deve ser trabalhado com a escola, que pode
promover eventos culturais direcionados aos pais e filhos.
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Além de encontrar tempo para atender às convocações da escola e visitas
espontâneas, se achar necessário, é preciso fazer disso um compromisso real.
Alguns pais têm dificuldades em ajudar seus filhos na tarefa de casa por
falta de conhecimento cientifico, mesmo assim pode contribuir para o
desenvolvimento do educando, incentivando seu filho à leitura, por exemplo.
Entretanto existem famílias que contribuem para a aprendizagem e sucesso
escolar do educando, fazendo o diferencial na vida escolar do educando.
A família não está cumprindo seu papel e cada vez mais transfere a
responsabilidade da educação das crianças para a escola e outras instituições, a
escola fica, então, com uma sobrecarga de funções e o processo de ensino e
aprendizagem fica prejudicado diante das novas situações impostas pelas
condições atuais.
2.2 A ESCOLA E SUAS FINALIDADES
É notória, desde o início da historia da educação brasileira, uma proposta
educacional marcada pela diferenciação no atendimento para ricos e para
pobres.
A ação educacional no Brasil começou, já no período colonial, voltada
para as elites, calcada em valores da cultura européia, de conteúdos livrescos e
aristocráticos; mas para as classes populares, a educação, quando existia, era
para a catequese e secundariamente para a preparação para o trabalho, “a
educação fornecida para as classes populares tinha como objetivo principal
moralizar, controlar e conformar os indivíduos às regras sociais” Castro (2009, p.
20).
Foi com a instituição da Republica em 1889, que a escola passou a ser
considerada fundamental para a construção da sociedade democrática. Os
republicanos instituíram um novo perfil de escola para a população iletrada,
acreditando ser essa a maneira de construir uma base de sustentação forte para
a nação. Com a reforma no ensino básico, a educação primaria foi
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descentralizada e a Republica brasileira resolveu dividir a responsabilidade entre
os Estados e Municípios, promovendo a respectiva articulação na gestão da
educação.
Cunha (2009) destaca que:
[...] o caráter da descentralização/municipalização implementada no Brasil levou à transferência de responsabilidades aos estados e municípios, destacadamente com a Emenda Constitucional 14, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96 e a Lei 9.424/96, que instituiu o FUNDEF, alterando as relações federativas, redistribuindo atribuições e recursos entre os entes federados. (CUNHA, 2009)
A função social da escola, entretanto, é hoje reconhecidamente
deformação do cidadão que garante a seguridade social das crianças e dos
jovens, por meio da sua inserção no mercado de trabalho.
O que revela a função social da escola são as políticas públicas (fatores
externos) e o próprio currículo (fator interno); não existem fatores externos
isolados de fatores internos, ao contrario, há uma relação entre eles com uma
influência mútua.
Portanto, nessa relação da escola com a sociedade, existem duas
vertentes políticas: a escola interfere na sociedade influenciando nas mudanças
e a sociedade interfere na escola com influências nas crenças, valores que a
escola difunde.
Podemos compreender que nos tempos atuais, a escola enquadra-se
mais como uma organização; esse conceito, mais atual, fala que a organização
pode (ou não) instituir, pode (ou não) acabar, possuindo um sentido mais de
base cultural.
A escola serve para dar uma formação teórica, critica e reflexiva para que
o cidadão seja capaz de ser inserido na sociedade, fazendo uso de uma
consciência critica/reflexiva e sabendo fazer uso dos seus direitos e deveres
como cidadão.
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Assim a escola quer oferecer para sociedade a formação de um cidadão
consciente, já a sociedade espera da escola que ela forme cidadão para o
mercado de trabalho.
Entretanto, a Constituição Federal reconhece o direito da educação formal
para o exercício da cidadania, ao estabelecer o ensino fundamental gratuito e
obrigatório. Mas, as expectativas da sociedade esta mais voltada na escola, para
preparar o educando para o mercado de trabalho.
A função social da escola é, em verdade, um antigo debate entre os
educadores. Desde o movimento da Escola Nova já se colocava como o mais
importante, no planejamento curricular, levar em consideração, os interesses e
as experiências das crianças e jovens. Para isso, a escola deve ter autonomia e
exercê-la com responsabilidade. Para Castro (2009):
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), promulgada em 1996, traz, pela primeira vez, a dimensão da autonomia das escolas para concepção do projeto político pedagógico, com apoio das Secretarias Municipais de Educação (CASTRO, 2009, p. 27).
A base estrutural da escola é o seu currículo, que sofre influências de
valores e crenças da sociedade. O currículo é um dos elementos central que
organiza a escola e que possui uma ligação com a função social da escola, pois
vai determinar que cidadão a escola formará. O currículo não é feito por acaso e
sim elaborado com diversas intencionalidades; o que vai nortear o currículo é a
própria realidade.
Contudo, escola deve estar aberta à inovação, utilizar da pluralidade dos
meios de comunicação para melhorar sua prática pedagógica, que pode facilitar,
significativamente, a aprendizagem dos educandos e até funcionar como
estímulo para os que não gostam da sala de aula; o uso da tecnologia, sem
dúvida, atrai a curiosidade e desperta a vontade de aprender. A inovação deve
contemplar também o investimento na formação do professor; com a inovação
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da tecnologia nas escolas a realidade de todos os envolvidos poderá transforma-
se.
Apesar de toda mudança no contexto de nossa sociedade, sobre influência da
globalização, da situação socioeconômica o nosso país que, por vários fatores,
tem desencadeado o alarmante índice de violência, das mudanças de
comportamento e desempenho dos educandos, ainda assim não podemos
aceitar que a escola negligencie seu papel de zelar pela aprendizagem,
transformando-se meramente em assistência social, preocupada apenas em
resolver os problemas do mundo que atravessa as salas de aula. É de extrema
importância que a escola mantenha professores e recursos atualizados,
propiciando uma boa administração, de forma a oferecer uma educação de
qualidade para seus educandos.
Alguns critérios devem ser considerados como prioridade para a
instituição escolar:
• Cumprir a proposta pedagógica apresentada para os pais, sendo
coerente nos procedimentos e atitudes do dia-a-dia;
• Propiciar ao educando liberdade para manifestar-se na comunidade
escolar, de forma que seja considerado como elemento principal do processo
educativo;
• Receber os pais com acolhimento, marcando reuniões periódicas,
esclarecendo o desempenho do educando e, principalmente, exercendo o papel
de orientadora mediante as possíveis situações que possam vir a necessitar de
ajuda;
• Abrir as portas da escola para os pais, fazendo com que eles se sintam
à vontade para participar da gestão da escola e de atividades educativas,
culturais, esportivas, entre outras que a escola oferece, aproximando o contato
entre família-escola.
É função da escola acolher o educando assegurando-lhes: igualdade de
condições para o acesso e permanência na escola; o direito de ser respeitado
pelos seus educadores; inserção do educando na sociedade, garantindo-lhes o
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direito à educação e a salvo de toda forma de negligência e de discriminação;
isso significa promover a educação de qualidade, envolvendo, inclusive, a família
no processo educativo.
Família e escola são instituições com finalidade distintas e contextos específicos,
mas podem desenvolver uma atuação conjunta, de complementaridade, visando
um processo de aprendizagem mais eficaz. Entretanto, para que essa interação
aconteça, faz-se necessário criar um ambiente favorável à participação: a escola
precisa estar aberta para aceitar a contribuição da família e esta deve-se
encontrar disposta a oferecer suporte à escola.
Como já foi dito, é necessário a relação entre escola e família para a
formação plena do educando. Para tanto, a escola deve organizar eventos,
atividades escolares que possam ser realizadas por pais e educando juntos,
como olimpíadas de matemática, oficinas de linguagem, dentre outros. Essas
atividades proporcionam a interação da escola com a família, trazendo os pais
para dentro da escola.
O diálogo precisa ser a principal ferramenta na construção da relação
família e escola, entretanto requer por parte de pais e demais envolvidos na
escola um comprometimento com a educação dos seus filhos e educandos.
Em suma, o bom desempenho do educando muitas vezes é reflexo da
participação familiar no contexto escolar do filho. São pais que se fazem
presente na vida escolar do educando, frequentam a escola, são atenciosos e
sua preocupação não está voltada apenas para o quantitativo (na nota) e sim no
processo do desenvolvimento pleno do educando.
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3 O CASO ESTUDADO
O presente capitulo vai discorrer sobre a instituição escolar onde foi
realizada a pesquisa de campo, caracterizando o bairro onde esta inserida a
escola estudada, abordando alguns elementos dessa organização escolar
como: estrutura física e administrativa, desempenho pedagógico e instâncias de
gestão.
A pesquisa foi focada nas famílias; por meio de entrevistas semi-
estruturadas e questionários aplicados aos integrantes da família, buscou-se
identificar se as famílias participam da vida escolar dos seus filhos, como se dá
essa participação, com que frequência e se a escola busca essa interação. Com
as gestores escolares, foram realizadas entrevistas para entenderde que forma
elas proporcionam a participação dos familiares no contexto escolar dos seus
filhos.
A metodologia adotada para este trabalho segue uma abordagem
qualitativa e caracteriza-se como um Estudo de Caso.
“A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de
dados e o pesquisador como seu principal instrumento” (LUDKE e MENGA,
1986, p.11). Dessa forma há um contato maior da parte do pesquisador com o
objeto de estudo a fim de ter dados mais vivos sobre o tema que está sendo
investigado.
O Estudo de caso é o método de pesquisa que, segundo Gil (2002, p.48),
“consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira
que permita seu amplo e detalhado conhecimento [...]”. Os estudos de caso
visam à descoberta, expõem a necessidade da interpretação dentro de um
contexto, procuram retratar a realidade de forma profunda e completa, e utilizam-
se de variadas fontes de informação, procurando demonstrar os distintos pontos
de vista presentes na realidade a ser considerada; além disso, utilizam uma
linguagem mais acessível, se comparados a outras categorias de pesquisa.
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A validade científica do Estudo de Caso, como um método de pesquisa, se
estabelece pelos critérios da exemplaridade, que direciona a situação ou objeto
analisado para o ideal, como se, por meio da sua análise, fosse possível
determinar todas outras que existem; e pela representatividade que, embora
possa ter semelhanças com outras realidades, possui características singulares,
particularizando assim o Estudo de Caso.
A pesquisa foi desenvolvida com base nas seguintes etapas:
- Análise de literatura específica que apresenta o histórico sobre a
instituição escolar e a instituição familiar, e de que forma a interação dessas
duas instituições podem melhorar o desenvolvimento do educando;
- Análise de documentos contendo informações a respeito da
implantação, execução e organização do colégio Ruth Pacheco;
- Visitas prévias de observação ao campo da pesquisa e observação dos
sujeitos objeto da pesquisa.
No questionárioaplicado a 11 integrantes de famílias de educandos do
Colégio Estadual Ruth Pacheco, as questões abordavam temáticas referentes a
identificação dos entrevistados, com relação ao nível da participação familiar na
vida escolar dos educandos. Outro instrumentode coleta de dados realizado foi
uma entrevista semi-estruturada com a vice-diretora escolar do turno noturno.
Os dados foram tratados por meio de tabulação, com base na qual se procedeu
a análise.
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO COLÉGIO RUTH PACHECO
O colégio Estadual Ruth Pacheco está situada em Sussuarana, bairro da
periferia da capital baiana, onde se estima que a população seja de
aproximadamente 100.000 habitantes; a atividade econômica mais presente é o
comércio e nos últimos anos houve uma expansão do trabalho informal na
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região.O contexto social vivido pela comunidade é marcado pelos principais
problemas sociais presentes em nossa realidade tais como o desemprego,
tráfico de drogas e os altos índices de violência. O acesso ao sistema de
transporte é um problema para os moradores que residem distantes da área
principal por onde circulam as principais linhas de transportes. É precária a
oferta de transporte coletivo adaptado para deficientes.
O bairro faz fronteiras com os bairros: Tancredo Neves, São Marcos, Pau
da Lima, Mata Escura e o Centro Administrativo da Bahia (CAB). São bairros
periféricos, com saneamento básico precário (é possível notar esgotos abertos
no entorno da comunidade) e o índice de violência tem sido um agravante na
região. Além disso, a falta de planejamento na construção das residências tem
causado um desordenamento da sua estrutura urbanística, resultando em vários
desabamentos de casas, entupimento dos canais de esgotos em épocas de
enchentes. A renda per capta é aproximadamentede um quarto do salário
mínimo, segundo informações de moradores.
O colégio Estadual Ruth Pacheco, à Rua Regia Barreto, s/nº, foi uma das
primeiras a ser instalada na localidade, em 15 de março de 1983. É uma
escolade grande porte, por atender atualmente 1508 jovens e crianças, sendo
que 611 frequentam o turno matutino, 431 o turno vespertino; e 466 o noturno,
distribuídas nas modalidades educativas do Ensino fundamental (diurno), e na
Educação de Jovens e Adultos -EJA (noturno). Na sua estrutura física conta com
13 salas de aula, 01 sala de professores, 01 sala da diretoria, 01 sala da
secretaria, 03 banheiros, 01 quadra esportiva e 01 cozinha; não existem
laboratório e biblioteca.
Os professores têm muitas dificuldades no exercício das atividades
escolares devido à precariedade na conservação e estrutura física do imóvel,
fatores que interferem significativamente no aprendizado dos educandos e na
mediação do conhecimento pelo professor tais como: barulhos internos e
externos, iluminação precária, ventiladores ineficazes, falta de internet, sala dos
professores muito pequena em relação à quantidade de docentes especialmente
nas reuniões do professorado etc.
25
Apesar dessas muitas dificuldades, a Escola Estadual Ruth Pacheco é
uma instituição comprometia com a educação de sua comunidade e reconhece,
por meio de seus dirigentes, que o envolvimento de todos por uma educação de
qualidade é fundamental para que a sociedade volte a perceber a importância da
escola não apenas como um mero ambiente de aprendizagem, mas que
contribua com a transformação social.
A equipe de professores é composta por 59 profissionais: 23 professores
no turno matutino, 22 no turno vespertino e 14 no noturno; parte trabalha 40
horas e outros possuem uma carga horária de 20 horas semanais. A gestão
escolar é formada por 03 vice-diretor (01 em cada turno), 01 coordenador
pedagógico nos turno diurno, 01 diretora. O quadro de funcionários (pessoal de
apoio, secretários, merendeiras e outros.) é composto por 33 profissionais.
A gestão escolar informou que apesar de reconhecer a importância da
interação escolar com a família dos educando, atualmente não existe na
escolaAssociação de Pais nem Grêmios Estudantis. Existe Conselho de Classe
que é realizado ao final de cada ano letivo. A principal atividade promovida pela
escola para promover a participação familiar no sentido de contribuir com o
desempenho escolar do educandos são as reuniões escolares.
O colégio Ruth Pacheco não tem alcançado as expectativas e metas do
Ministério da Educação. Em 2005, o IDEB* da escola foi medido em 3,2 com
projeção para 2007 e 2009 de 3,3 e 3,4 respectivamente, tendo alcançado
resultados no ano de 2007 e 2009 de 2,9 e 3,2 respectivamente.
Segundo depoimento da vice-diretora são muitos desafios enfrentados
pela gestão escolar. Foi realizada perguntas referentes ao perfil dos educadores,
investimento da escola na formação docente, documentos, segurança no colégio
e acompanhamento do desenvolvimento do educando e participação familiar na
escola. Um dos entraves citado pela vice-diretora foi a falta de coordenador
pedagógico no turno noturno, que resulta em acúmulo de função,
sobrecarregando-a por ter que exercer.
*O desempenho pedagógico das escolas é medido por meio do Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica, criado em 2007 pelo Ministério da Educação. O indicador mede a qualidade da educação há cada dois anos e
estabelece metas para os sistemas municipais, estaduais e federal de ensino cumprirem.
26
Declarou que não ocorre os AC’s entre os professores ou quando
acontece são insuficiente para promover integração dos docente. A formação de
professores e gestores se dá principalmente fora da instituição.
A falta de professores é uma triste realidade na escola e precisa ser
revista com mais atenção, pelos órgãos competentes, para que os educando
não seja prejudicado. O não uso do fardamento ocorrido entre alunos também
acaba se tornando preocupante quando se trata de um ambiente escolar, a
gestão vem tentando conscientizar o educando para o uso correto do
fardamento. Em relação aos documentos da gestão pedagógica, inicialmente a
vice respondeu que são utilizados: cadernetas de frequência e plano de curso.
Mas a intenção da pergunta era saber sobre outros documentos como PPP,
PDE, Regimento. Isso fez perceber que ainda há um distanciamento entre a
gestão escolar e tais documentos, o que não deveria acontecer, pois são
instrumentos importantes para a escola e que deve ser mais revisto pelos
dirigentes escolar de forma a diagnosticar se os princípios relatados nos
documentos estão sendo postos em pratica.
Com relação a participação familiar na escola, relatou que a escola está
sempre tentando diminuir esse distanciamento com as famílias: tem realizado
frequentemente reuniões de pais, existe o Conselho Escolar com participação da
família; a falta de promoção de eventos em prol da interação familiar na escola
se dá pela grande dificuldade de reunir os docentes. Entretanto ainda existe
muita resistência por parte da família em participar e frequentar a escola.
Quando comparecem à escola é somente com um objetivo de saber o
desempenho quantitativo (nota) do educando. A vice-diretora, em seu
depoimento, relata que a organização familiar tem-se dispersado muito,
prejudicando o educando na escola, porque a família não pode deixar de
acompanha a vida escolar do educando, pois contribuir muito no aprendizado do
educando.
A concepção de gestão presente na escola é a Gestão Democrática
Participativa que se caracteriza pela participação de todos os atores envolvidos
no desenvolvimento da escola, a saber: diretores, professores, educandos,
pessoal de apoio, comunidade, associação, entidades locais e pais de
educandos. Fundamentam-se em que, “a essência da abordagem participativa e
dos seus conceitos balizadores residem no fato dos gestores de escolas
27
serem profissionais capazes e trabalharem para construir a escola” Luck (2008,
p.25).
Com base na leitura do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual
Ruth Pacheco, foi possível notar relevante preocupação por parte dos gestores
em formar sujeitos crítico reflexivo e consciente de seus direitos e deveres
perante a sociedade. A escola tem um importante enfoque em valores sociais,
pois ajuda a pessoa a posicionar-se de forma crítica e autônoma frente às
relações de poder, tornando-se um ambiente de transformação social, no qual o
professor se coloca como um mediador entre o educando e a realidade vivida,
com base em conteúdos programáticos que condizem com a realidade dos
educandos. Dessa forma eles se sentem parte integrantes do contexto escolar,
com mais participação e interesse pelo ambiente escolar.
3.2 A FAMÍLIA DOS EDUCANDOS
A modalidade EJA, presente no Colégio Estadual Ruth Pacheco no turno
noturno, é frequentada em sua grande maioria por responsáveis dos educandos
do diurno. Estes possuem uma realidade econômico-social bastante
desfavorável, o que reflete significativamente no aprendizado de ambos, embora
vejam na educação um meio de transformação dessa realidade.
São homens e mulheres de maioria negra pobres advindos de outros
bairros. Muitos retornaram à sala de aula por acreditar que a educação ainda é o
melhor caminho para chegar às oportunidades de emprego; sofrem com a
vulnerabilidade social e sonham com a realização pessoal e profissional. São
moradores de localidades populares, trabalhadores assalariadosqueexercem as
diversas atividades profissionais como: vendedora, doméstica, manicure,
serviços gerais, jardineiro e outras são donas do lar. Também são trabalhadores
de atividades informais. Algumas famílias enquadram-se no perfil de família
moderna, onde a mãe é chefe da família na qual não existe a presença paterna.
28
O fato dos responsáveis serem educandos da escola, torna-os mais conscientes
da importância familiar para o desempenho dos seus filhos. O convívio cotidiano
com a escola é um fator positivo para que os mesmos não sejam muito distantes
do ambiente escolar. Entretanto, alguns integrantes da família relataram sobre a
falta de tempo, para participar mais do desempenho escolar dos seus filhos, em
virtude da sua carga horária de trabalho.
3.3 OS RESULTADOS
Esta pesquisa busca investigar a participação familiar na vida escolar do
educando e de que forma vêm a contribuir para o desenvolvimento do educando.
Portanto, para melhor entender essa relação escola e família, tomei como
variável fixa os tipos de acompanhamento na vida escolar do educando para
tabulação dos dados. O pressuposto é de que as opiniões sobre a relação
escola-família variam conforme a proximidade que a família tem da escola.
TABELA I: Família dos educandos
Acompanhamento da vida escolar pela família
T Grau de Parentesco Escolaridade Atividade Profissional
Pai
Mãe
Avó
Ens
ino
Fun
d.
Ens
ino
Méd
io
Ens
ino
Méd
io In
c.
S/R
Do
Lar
V
ende
dora
S
ervi
ços
Ger
ais
Dom
éstic
a
Man
icur
e
Jard
inei
ro
Sempre 04 - 04 - 01 02 - 01 02 01 01 - - -
Às vezes 06 - 05 01 05 - 01 - 04 - - 01 01 -
Muito pouco 01 01 - - 01 - - - - - - - - 01
Total 11 01 09 01 07 02 01 01 06 01 01 01 01 01
Fonte: Pesquisa de campo. Salvador, 30. 11. 2010
29
A maioria dos entrevistados são mães que fazem acompanhamento da
vida escolar do seu filho esporadicamente (às vezes), porém exercem esse
papel com mais frequência do que os pais. Essas mães possuem escolaridade
do Ensino Fundamental completo, valendo ressaltar que o questionário foi
aplicado aos educandos do Tempo Formativo II;Isso significa que eles
continuam estudando. Em resposta a uma questão aberta sobre o tipo de
atividade profissional exercida, varias funções foram apontadas e como se pode
constatar na tabela I, a maioria são donas do lar. São mães de famílias que
exercem atividades domésticas, dentro da sua própria casa, sem uma
remuneração.
TABELA II: Relação Família e Educando
Acompanhamento da vida escolar pela família
T
Série do educando
Participação na vida escolar do educando
Importância da família para o educando
E. F
und.
E. M
édio
Sim
Não
Às
veze
s
Im
port
ante
Par
cial
men
te
impo
rtan
te
Não
im
port
ante
Sempre 04 04 - 04 - - 04
- -
Às vezes
06 05 01 04
- 02 06 - -
Muito pouco 01 01 - 01 - - 01
- -
Total
11 10 01 09
- 02 11 - -
Fonte: Pesquisa de campo. Salvador 30.11. 2010
A tabela II mostra a participação na relação família e educando. A maioria
dos filhos dos entrevistados são estudantes do ensino fundamental. Com relação
a participação na vida escolar do educando a maioria respondeu que participa.
Foi unânime a opinião sobre a importância da família para o educando, todos
consideram importante. Com isso, os responsáveis declaram que é
imprescindível para o desenvolvimento do educando a sua colaboração.
30
TABELA III: Frequência da família à escola
Fonte: Pesquisa de campo. Salvador 30.11. 2010
De acordo com a tabela III, sobre a frequência da família à escola do
educando, a maioria respondeu que considera importante frequentar a escola do
educando. Isso demonstra que os responsáveis estão cientes que a sua
presença no ambiente escolar é relevante para a melhoria na educação e na
formação do educando. Em relação à conversa com o educando a respeito da
escola todos afirmaram que sim. Vale frisar que dialogar com o educando é uma
forma de estar colaborando para o seu desenvolvimento escolar, esta é uma
forma de participação muito relevante.
TABELA IV: Formas de aproximação da família
Acompanhamento da vida escolar do educando
T Convite para reunião
Convocação diversas
Se é bem recebido
Quem o recebe
Sim
Não
Sim
Não
Às
veze
s
Mui
to
pouc
o
Sim
Não
Dire
tora
Pro
fess
or
Sec
reta
ria
Out
ros
Sempre 04 04 - 03 01 - - 04 - 03 - - 01
Às vezes 06 06 - 04 - 01 01 06 - 03 02 01 -
Muito Pouco 01 01 - 01 - - - 01 - - - 01 -
Total 11 11 - 08 01 01 01 11 - 06 02 02 01
Fonte: Pesquisa de campo. Salvador 30.11. 2010
Acompanhamento da vida escolar pela família
T
A importância da frequência à escola
Conversa com o educando
Sim Ás vezes Sim
Não
Sempre 04 04 - 04 -
Às vezes 06 05 01 06 -
Muito pouco 01 01 - 01 -
Total 11 10 01 11 -
31
A tabela IV objetiva identificar as formas de aproximação da família à
escola do educando. Por unanimidades, todos responderam que são convidados
pelos gestores escolar a participar das reuniões. Em relação à solicitação da
presença familiar à escola a maioria respondeu que são sempre convocados a
irem a escola e quando comparecem são bem recebidos pela diretora,
professores, secretaria e outros. Com isso é possível perceber que a escola está
sempre tentando promover aproximação com as famílias. A promoção do bom
atendimento e recebimento por parte da escola é quesito positivo para que a
família venha a frequentar a escola, o que se torna imprescindível à participação
familiar.
TABELA V: Conhecimento da vida escolar
Acompanhamento da vida escolar do educando
T
Ações da escola
Contato com os gestores
Motivos de frequência à escola
Sim
Não
Sim
Não
Reu
nião
Ver
ifica
r de
sem
penh
o
Vin
culo
em
preg
atíc
io
Não
freq
uent
a
S/R
Sempre 04 02 02 03 01 01 01 01 - 01
Às vezes 06 03 03 06 - 01 01 - 02 02
Muito pouco 01 01 - 01 - - - - - 01
Total 11 06 05 10 01 02 02 01 02 04
Fonte: Pesquisa de campo. Salvador 30.11. 2010
A tabela V apresenta o conhecimento da vida escolar por parte da família.
Com relação ao conhecimento de ações promovidas pela escola em prol da
comunidade um pouco mais da metade respondeu que é de seu conhecimento a
realização dessas ações. Ressaltando que no momento que os entrevistados
respondiam essa questão eles tiveram dúvidas com relação ao que seria essas
ações solicitando esclarecimento do quesito. Acredito que, por isso, as respostas
ficaram quase que empates. No quesito referente ao conhecimento por parte da
família em relação quem seja os gestores da escola do seu filho, com a exceção
de um entrevistado os demais responderam que conhecem e têm contato com
32
os gestores escolar. Em resposta a uma questão aberta sobre os motivos de
frequência à escola do educando, várias respostas foram apontadas como: a
participação através das reuniões, frequentam a escola para verificar o
desempenho do educando, trabalha na escola, não frequentam e quatro
entrevistados não responderam esse quesito.
TABELA VI: Participação da família na escola
Acompanhamento da vida escolar do educando
T
Costuma ajudar a escola
Conhece o conselho escolar
Participa do conselho escolar
Sim
Não
Às
veze
s
Mui
to p
ouco
Sim
Não
S/R
Sim
Não
Às
veze
s
Sempre 04 02 02 - - 03 - 01 01 03 -
Às vezes 06 01 04 01 - 03 01 02 02 01 03
Muito pouco 01 - - - 01 - - 01 - 01 -
Total 11 03 06 01 01 06 01 04 03 05 03
Fonte: Pesquisa de campo. Salvador 30.11. 2010
A tabela VI registra a participação da família na escola do educando. Boa
parte dos entrevistados declarou que não costuma ajudar a escola, dessa forma
é possível perceber que a família vem deixando de colaborar com a escola na
forma a realizar algum trabalho voluntariado pela educação. Em relação ao
conhecimento do Conselho Escolar, a maioria respondeu ter conhecimento
sobre o mesmo com exceção de quatro entrevistados que não responderam
esse quesito. E, apesar de conhecer sobre o conselho, a maioria afirmou que
não participa.
TABELA VII: O papel da escola no desenvolvimento do educando, segundo a
família.
33
Acompanhamento da vida escolar do educando
T Colaboração Há preocupação da escola
Contribui para o desenvolvimento
Sim
Mui
to p
ouco
Sim
As
veze
Mui
to p
ouco
Sim
Mui
to p
ouco
Sempre 04 04 - 04 - - 03 01
Às vezes 06 05 01 04 01 01 06 -
Muito pouco 01 01 - 01 - - 01 -
Total 11 10 01 09 01 01 10 -
Fonte: Pesquisa de campo. Salvador 30.11. 2010
A tabela VII mostra o papel da escola no desenvolvimento do educando,
segundo a família. A maioria respondeu que reconhece que a escola colabora
para o desenvolvimento do educando. E afirma que a escola se preocupa com o
desenvolvimento do educando e o mesmo está relacionado com a escola. Com
isso é possível notar que a família reconhece como é importante a escola estar
presente na vida das crianças e dos adolescentes, exercendo o papel da escola
de formar cidadãos críticos e reflexivos.
3.4 UMA BREVE ANÁLISE
Essa pesquisa foi liderada por mães, correspondendo à maioria dos
entrevistados. O acompanhamento da vida escolar do educando ainda não é
frequente pelos seus familiares; as mães tende a participar mais que os pais e o
único pai entrevistado afirmou que acompanha muito pouco o desenvolvimento
do seu filho na escola.
No que diz respeito à escolarização dos entrevistados todos são
estudantes do Tempo Formativo II da modalidade (EJA) no Colégio Estadual
Ruth Pacheco. Tendo em vista essa condição ser positiva para que os mesmos,
sendo educando e estando inserido no contexto escolar, possam perceber a
importância da sua presença na participação escolar dos seus filhos. O convívio
escolar da família como educando, facilita o papel dos gestores escolar a
34
trabalhar em sala de aula à temática de forma a conscientizá-los da importância
do acompanhamento familiar para o desenvolvimento escolar e pessoal das
crianças e adolescentes.
Não somente com a aplicação do questionário, mas por meio de
observações do cotidiano escolar, conversas informais e também um trabalho
desenvolvido na disciplina de Estágio Supervisionado IV nessa mesma unidade
escolar, foi possível perceber que estas famílias formadas por educandos, tem
poder aquisitivo baixo, exercem atividades profissionais informais, como
manicure, domesticas, do lar são as respostas da maioria dos entrevistados.
Segundo, Paro (2007):
Famílias menos favorecidas financeiramente possuem uma dificuldade muito maior em poder proporcionar aos filhos condições favoráveis de estudo, e que isso, muitas vezes pode implicar no rendimento escolar da criança e até mesmo resultar em seu fracasso. (PARO, 2007).
Contudo se percebe a força de vontade pelo estudo: eles continuam estudando
e acreditam que a escola é um meio de transformação social.
Apesar de não demonstrar muito envolvido com a escola, a maioria dos
entrevistados afirmou que considera importante a presença familiar para um bom
desenvolvimento escolar do filho e que de alguma forma eles estão participando,
seja conversando , ouvindo seu filho quando o mesmo relata as dificuldades na
escola; assim, eles se consideram participante na vida dos seus filhos.Portanto,
uma das tarefas que a família deve exercer na vida estudantil dos filhos é
justamente a de acompanhar seus estudos, e que essa participação pode ser
espontânea ou proposta pela própria instituição de ensino.
A escola, na opinião da maioria, colabora para o sucesso escolar do
educando, porém a escola promove muito poucas ações, eventos que estimulem
a participação familiar no contexto escolar e com isso as famílias são distantes
da escola.É uma das atribuições da instituição de ensino fomentar formas e
maneiras de inserir a família e a comunidade local dentro do contexto que a
escola atua. Essa atitude é muito importante para criar alianças entre essas
duas instituições que, se trabalharem em conjunto, podem obter resultados
muito mais satisfatórios do que separadas.
35
A escola os convida a participar das reuniões, os recepcionam bem, mas
a carga horaria de trabalho não permite uma maior assiduidade. Entretanto
sempre que podemse fazem presentes.
Com a tabulação dos dados foi possível perceber que a participação dos
pais no crescimento escolar dos filhos não é tão ativa como se pensa que
deveria ser. A participação se dá de forma insuficiente para um bom
desenvolvimento do educando; a escola vem tentando promover essa interação,
porém ainda não a conseguiu. A família é convidada a comparecer à escola
apenas quando há reunião escolar; é importante que a escola repense sobre
suas praticas pedagógicas, seus valores, sua missão por meio de uma gestão
participativa. A sociedade necessita de uma parceria propositiva entre escola e
família, pois só assim poderá, realmente, fazer uma educação de qualidade e
que possa promover o bem estar de todos.
36
4 ESCOLA E FAMÍLIA: A relação necessária
O presente capitulo vai abordar a importância de uma estreita relação
entre escola x família, com base nos referenciais teóricos Jane Margareth Castro
e MarilzaRegattieri (2009), que definem as responsabilidade de cada instituição;
quais os objetivos, estratégias, de cada qual, quais os impasses encontrado dos
que não fazem e o porquê.
Faz-se necessária uma estreita relação entre escola x família, pois, se a
família frequenta a escola com mais assiduidade, haverá uma troca de
informação dos responsáveis em relação a diversos assuntos que tocam a vida
familiar e da escola, sobre a sua proposta pedagógica e as suas regras de
convivência; com isso, se cria um espaço permanente de reflexão e construção
sobre a importância da escola e da família na vida dos educandos,
conscientizando os responsáveis sobre seus papéis na educação dos filhos,
inclusive na sua vida escolar.
A importância de abrir a escola para participação da família fortalece as
condições para que as famílias participem da gestão da escola, construindo uma
relação de colaboração das famílias com o ambiente escolar, por meio do
envolvimento voluntário dos responsáveis em atividades da escola, resultando
maior participação em quantidade e qualidade dos responsáveis nas decisões
pedagógicas da escola; maior participação dos familiares e comunidade nos
projetos da escola; e maior entrosamento entre pais e professores com
consequente fortalecimento da comunidade escolar.
A escola precisa ter um relacionamento mais efetivo com os pais dos seus
educandos, proporcionando mais abertura para que os mesmos se sintam à
vontade no ambiente escola, onde haja troca de ideias, atividades
compartilhadas, influências recíprocas de ambas as partes.
Interagir com a família para melhorar os indicadores educacionais de
forma a reduzir as taxas de abandono e repetência dos educandos; evitar os
37
episódios de indisciplina dos jovens e adolescentes; e criar, nos familiares uma
consciência da importância de seu envolvimento para o sucesso escolar do
educando, proporcionar maior clareza sobre os papéis familiares e escolares
para o apoio à vida escolar do educando, assim como maior credibilidade do
trabalho da escola pela comunidade escolar e do entorno, melhorando o índice
de frequência e participação dos educandos na escola. Sobre isso Castro (2009,
p. 36) comenta que uma das principais causas diagnosticadas da fragilidade da
interação das famílias com as escolas é que a maioria dos que tem acesso ao
ensino público não tem a cultura de exigir educação de qualidade para seus
filhos.
Alguns elementos que a interação escola-família deve proporcionar:
informar os pais, orientá-los para se envolverem na vida escolar dos filhos,
fortalecer a participação em conselhos e outras instâncias de gestão da escola.
O envolvendo da família no processo educativo e a aproximação das famílias
tem como ponto inicial o conhecimento sobre as condições de vida dos alunos e
sobre como elas podem interferir nos processos de aprendizagem.
A relação entre escola e família está presente de forma compulsória pelo
menos no caso da educação fundamental; a partir do momento em que a criança
é matriculada no estabelecimento de ensino cria-se um vínculo de interação
entre as partes. Cabe ao sistema de ensino a criação de programas e políticas
que ajudem às escolas a interagir com a família com o objetivo de estarem
intercalando, em suas práticas educativas, a necessidade da participação
familiar.
Sabemos que a escola pode estar a serviço de diversas finalidades, tais como: o cumprimento do direito das famílias, a informação sobre a educação dos filhos; o fortalecimento da gestão democrática da escola; o envolvimento da família nas condições de aprendizagem dos filhos; o estreitamento de laços entre comunidade e escola; o conhecimento da realidade do aluno; entre outros. (CASTRO, 2009, p. 15).
A parceria da família com a escola sempre será fundamental para o
sucesso da educação de todo indivíduo. Portanto, pais e educadores necessitam
ser grandes e fiéis companheiros nessa nobre caminhada da formação
38
educativa do ser humano. Na nossa sociedade, a responsabilidade pela
educação das crianças e dos adolescentes recai, legal e moralmente, sobre
duas grandes agências socializadoras: a família e a escola. É incumbência do
Estado garantir o direito da Educação; à família cabe o dever de matricular e
enviar seus filhos à escola; e à Escola, de articular parceria com a família para
ajudar no desenvolvimento da criança e do adolescente. Isso está prescrito na
Constituição Federal:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988, Art. 205).
Cabem também aos sistemas de ensino o estabelecimento de programas
e políticas que ajudem as escolas a interagir com as famílias, apoiando assim o
processo desenvolvido pelos professores junto aos educando, conforme a LDB
“[...] os profissionais da educação devem ser os responsáveis pelos processos
de aprendizagem, mas não estão sozinhos nessa tarefa. E prevê a ação
integrada das escolas com as famílias” (LDB, 1996, Art. 12, Art. 13 e Art. 14).
Foram das instituições escolares a iniciativa do movimento de
aproximação com as famílias, cuja interferência direta (ou a liderança) da
Secretaria de Educação aumentou as chances de sucesso implantando
programas que proporcionam interação. Essa é uma das formas de aproximação
mais difundidas hoje no meio escolar. É onde se inscrevem políticas federais
como o Escola Aberta, o Mais Educação e também as ações que visam cumprir
as diretrizes de gestão democrática da escola. (CASTRO, 2009, p.35).
Essa política que induz a participação da sociedade na educação ou na
formulação de políticas educacionais faz-se presente ainda na composição
dosConselhos Municipal de Educação, Municipal da Criança e do Adolescente e
outros.
Aos gestores educacionais, gestores escolares e professores cabem ir ao
encontro das famílias dos educandos, pois, para requerer a participação da
39
família na vida escolar dos seus filhos é necessário que se conheça o contexto
familiar de cada educando. Quando há contato direto, através de visitas
domiciliares, os educadores deparam-se com situações e demanda de várias
ordens: alcoolismo, vícios em drogas, violência, precariedade das condições das
moradias, necessidade de atendimento medico, trabalho infantil doméstico, o
que lhes possibilita conhecer melhor a realidade dos seus educadores. É dever
de todas as instâncias educacionais articularem-se entre os diversos setores
governamentais, com organizações não governamentais, com os meios de
comunicação e com a população em geral para promover o desenvolvimento do
educando. A interação família e escola é a mais importante dentre essas
articulações.
Porém, muitas vezes, essa articulação não acontece pela falta de tempo
dos pais e demais membros da família para acompanharem mais de perto o
desenvolvimento das atividades escolares da criança, e pela falta de preparo e
conhecimento dos mesmos para fazer esse acompanhamento. Paro (2000,
p.300) entende que a participação da família na escola depende dos múltiplos
interesses dos grupos que interagem na unidade escolar, bem como dos
condicionantes materiais, institucionais e ideológicos.
É muito comum as escolas partirem direto para a cobrança de
responsabilidades das famílias, antes de compreenderem as condições dos
diversos grupos de família dos educandos.
A assistência social tem atribuição de formar a rede de proteção integral para crianças e adolescentes, as Secretarias de Educação e as escolas são uma parte estratégica desta rede de proteção, especialmente porque tem contato cotidiano com as crianças e jovens e, por meio deles, também com suas famílias. O papel dos agentes educacionais é identificar as demandas e encaminhá-la aos serviços de apoio social existentes no município/bairro. Ou seja, é preciso que os gestores e demais responsáveis pela educação tenham uma visão intersetorial. (CASTRO, 2009, p. 45).
O cuidado com as crianças e adolescentes está socialmente assegurado
e não é incumbência apenas da escola; necessita da parceria com a família para
40
uma melhor formação educacional. Deve haver vontade política do Executivo
para liderar e sustentar um grupo de trabalho com representantes das diversas
secretarias e demais órgão de governo. Do gestor educacional espera-se
iniciativa, disposição e capacidade de articulação horizontal com seus pares da
Saúde, Assistência Social e outras instituições para desencadear ações
intersetoriais necessárias ao desenvolvimento de uma política educacional de
interação responsável e eficiente.
As escolas dividem a responsabilidade da educação com as famílias,
quando prescrevem tarefas para casas e espera que os pais a acompanhem.
Muitas vezes o esperado não acontece, pois é preciso levar em consideração o
contexto de cada família, a exemplo de pais pouco escolarizados, carga horária
de trabalho extensa e com pouco tempo para acompanhar a vida escolar dos
filhos. Esse é um contexto familiar ao qual não se deve atribuir
responsabilidades especificas e sim um momento de abertura para o diálogo, na
perspectiva de negociar os papéis que poderão ser desempenhado pela escola
e pela família. Paro (2000) afirma que:
O principal fator apontado como determinante da ausência de acompanhamento familiar são as condições materiais em que se encontra a população usuária da escola, a falta de local e materiais adequados para estudar no domicilio da criançaa escassez de tempo e o cansaço dos pais que tem que trabalhar duro todos os dias sem poderem dedicar-se aos problemas escolares dos filhos.(PARO,2000, p. 225).
É necessário que a família e a escola se encarem, responsavelmente,
como parceiras de caminhada, pois, ambas são responsáveis pelo que produz,
podendo reforçar ou contrariar a atuação uma da outra. Família e escola
precisam criar, uma força para superar as suas dificuldades, construindo uma
identidade própria e coletiva, atuando juntas como agentes facilitadores do
desenvolvimento pleno do educando.
Com a mudança no perfil familiar, houve alterações da estrutura
tradicional familiar que era composto de pai provedor, mãe cuidadora e filhos
obedientes para uma estrutura familiar moderna onde os pais têm preferido
serem amigos dos seus filhos a ser pai e mãe. E por consequência disso a
41
família passa a ter uma postura de deserção do seu papel perante aos filhos.
Surge uma inversão de papeis, com a ausência da família na vida escolar do
educando.
A escola almeja torna-se a segunda família de seus alunos,imagina que pode se estruturar para seus alunos, de forma que compense a falta da família. Os alunos ficam carentes de família e de escola também. Ou seja, querendo ser família, a escola deixa de ser escola. (SAYÃO, 2004).
As escolas continuam com perfil de escola tradicional para alunos com
novo perfil de família, é fundamental que as escolas acompanhem as mudanças
da sociedade, pois essa nova geração que vem para as escolas não se
enquadra mais no perfil de alunos que as escolas recebiam: alunos comportados
e obedientes; a escola atual deve se enquadrar para receber essa nova geração
de jovens que ai está. Os professores questionam a participação da família na
vida dos seus filhos e promove muito pouco a interação com as famílias do
educando. Segundo Sayão (2004) “o professor obriga os pais a exercer um
papel pedagógico em seu ambiente familiar, eles delegam a responsabilidade
aos pais pelo acompanhamento escolar e desenvolvimento do filho.”
Quando o professor tenta promover interação com a família impondo aos
pais a maneira que ele considera correta de educar os seus filhos, o professor
acaba afastando a família da escola, os pais vão a escola saber como anda o
desempenho do filho e não a ouvir que não sabem educar seus próprios filhos. É
o mesmo que achar que as crianças chegam a escola sem saberem nada, sem
alguma bagagem adquirida na família, da mesma forma se sentem os pais
quando vão a escola dos seus filhos e os gestores escolares os vêem como
incapazes de educar seus filhos.
Os professores não conhecem o contexto familiar de cada aluno, não
estão cientes das diversas dificuldades que passa cada família, não
acompanham os passo a passo e mesmo assim os rotulam quandonão fazem a
tarefa de casa, sem ao menos explicar qual o motivo e a finalidade das tarefas.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os programas de interação têm possibilidades de realmente impactar o
trabalho cotidiano da escola se apoiados pelas Secretarias de Educação.
Não é legitimo atribuir o insucesso escolar simplesmente por causa da
ausência ou omissão dos responsáveis, o ensino é uma atribuição prioritária da
escola. Aproximar-se da vida de cada um dos educandos é uma forma de
conhecer, reconhecer e utilizar as lições da realidade a favor de sua
aprendizagem.
Para cumprir sua missão de assegurar um ensino publico de qualidade, a
estrutura educacional deve assumir a iniciativa da aproximação com as famílias,
tendo sempre em seu horizonte a articulação de politicas com outros atores e
serviços sociais.
A família é o primeiro contexto na qual a criança desenvolve padrões de
socialização, deste modo, ela se relaciona com todo o conhecimento adquirido
durante sua experiência de vida primária que vai refletir na sua vida escolar.
Sendo assim, o sucesso da tarefa da escola depende da colaboração familiar
ativa.
A família e a escola formam uma equipe. É fundamental que ambas sigam
princípios e critérios afins, bem como uma direção semelhante em relação aos
objetivos que desejam atingir.
Ressalta-se que mesmo tendo objetivos comuns, cada uma deve fazer
sua parte para que se atinja o caminho do sucesso, que visa conduzir crianças e
jovens a um futuro melhor.
O ideal é que família e escola tracem as mesmas metas de forma
simultânea, propiciando as crianças e os jovens uma segurança na
aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a
complexidade de situações que surgem na sociedade.
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Em suma,a família é essencial para o desenvolvimento do indivíduo,
independente de sua formação. É no meio familiar que o indivíduo tem seus
primeiros contatos com o mundo externo, com a linguagem, com a
aprendizagem onde adquire os primeiros valores e hábitos. Tal convivência é
fundamental para que a criança se insira no meio escolar sem problemas de
relacionamento disciplinar, entre ela e os outros.Sendo assim, a sociedade
necessita de uma parceria positiva entre a família e a escola, pois só assim
poderá, realmente, fazer uma educação de qualidade e que possa promover o
bem estar de todos. Só assim se poderá alcançar uma sociedade coerente em
que seus agentes conheçam e cumpram seus papéis em todos os processos,
sobretudo, no processo educacional, integrando lado o familiar e o social.
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REFERÊNCIAS
ARANHA,Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da educação. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2006.
BRASIL. Lei 9394. Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 20 de dezembro de 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 20 março 2011.
Constituição Federal, de 05 de Outubrode 1988. Disponível em :http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constitui%C3A7ao.htm. Acesso em: 20 de nov. de 2010.
CASTRO,Jane Margareth; REGATTIERI, Marilza.(Org.). Interação escola-família: subsídios para práticas escolares. Brasília: UNESCO, MEC, 2009.
CUNHA,Maria Couto. (Org.). Gestão educacional nos municípios. Salvador: EDUFBA, 2009.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.
LUDKE, Menga; ANDRE, Marli E. D.. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
LUCK,Heloísa; et al. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. 5ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. 159p.
PARO,Vitor Henrique. Por dentro da escola pública. 3ª ed. São Paulo: Xamã, 2000. 335p.
Qualidade do ensino: a contribuição dos pais. São Paulo: Xamã, 2007.
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PRADO,Danda. O que é família. São Paulo: Brasiliense, 1981.
SAYÃO, Rosely; AQUINO. JúlioGroppa. Em defesa da escola. São Paulo: Papirus, 2004.
SZYMANSKI, Heloisa. A relação família/escola: desafios e perspectivas. Brasília: Plano, 2001.
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APÊNDICE A
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB Departamento de Educação – DEDC/Campus I
Disciplina: TCCII Habilitação: Gestão e Coordenação do Trabalho Escolar
Profª: Maria Alba Guedes
Discente: Charlene Barbosa Barros
O presente questionário faz parte da pesquisa sobre “Relação Família x Escola”, realizada pela discente Charlene Barbosa Barros que está cursandoa Graduação em Pedagogia, Departamento de Educação da Universidade Estadual da Bahia.
ENTREVISTAS COM OS PAIS: 1-( ) Pai ( ) Mãe ( ) Outros ................................... 2- Gênero:( ) Masculino ( ) Feminino. II -FORMAÇÃO 3- Até que série você estudou? ( ) Primeiro Grau Completo/Até a 8ª série; ( ) Segundo Grau Incompleto ( ) Segundo Grau Completo 4- Qual a sua atividade profissional? _____________________________________________________________ III – RELAÇÃO: PAIS E EDUCANDO. 5-Qual a série que seu filho (a) estuda?
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_____________________________________________________________ 6-Você ajuda seu filho no dever de casa? Sim, sempre( ) As vezes ( ) Muito pouco( ) Não ( ) 7-Se não, qual motivo? : __________________________________ 8-Você considera importante frequentar a escola que seu filho estuda? Sim, sempre( ) As vezes ( ) Muito pouco( ) Não ( ) 9-Você costuma chamar seu filho para conversar a respeito da escola? Sim, sempre( ) As vezes ( ) Muito pouco( ) Não ( ) 10-Você ouve seu filho quando se queixa de possíveis dificuldades enfrentadas na escola de qualquer natureza? Sim, sempre( ) As vezes ( ) Muito pouco( ) Não ( ) 11-Você se considera participante na vida escolar e pessoal do seu filho? Sim, sempre( ) As vezes ( ) Muito pouco( ) Não ( ) 12- A escola colabora para o desenvolvimento do seu filho? Sim, sempre( ) As vezes ( ) Muito pouco( ) Não ( ) IV – RELAÇÃO FAMILIA X ESCOLA
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13-A sua presença é sempre solicitada na escola? Sim, sempre( ) As vezes ( ) Muito pouco( ) Não ( ) 14-Você conhece ações ou eventos que a escola desenvolve ou já desenvolveu em prol da comunidade? Sim ( ) Não ( ) Se sim, cite-os_________________________________________. 15-Você costuma ajudar a escola? Sim, sempre( ) As vezes ( ) Muito pouco( ) Não ( ) Como?______________________________________________ 16-Você conhece os Gestores da escola no seu filho? Sim( ) ou Não( ) 17-O que é o Conselho Escolar? Para que serve? ___________________________________________________ 18-Você participa do conselho da escola do seu filho(a)? Sim, sempre( ) As vezes ( ) Muito pouco( ) Não ( ) 19-De que forma é a sua participação na escola do seu filho? _____________________________________________________________ 20-Você é convidados a participar das reuniões? Sim, sempre( ) As vezes ( ) Muito pouco( ) Não ( )
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21- Quando vai a escola do seu filho você é bem recebida? Sim, sempre( ) As vezes ( ) Muito pouco( ) Não ( ) 22- Quando vai a escola do seu filho(a) quem te recebe? ( )Direção ( )Professores ( )Secretaria ( )Outros 23 Como você consideraimportante o papel da família para o desenvolvimento escolar do educando?
( )Importante ( )Parcialmente importante ( )Não 24- A escola se preocupa com o desenvolvimento do seu filho(a)? Sim, sempre( ) As vezes ( ) Muito pouco( ) Não ( ) 25- você considera que o desenvolvimento do seu filho esta relacionado com a escola? Sim, sempre( ) As vezes ( ) Muito pouco( ) Não ( )
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APÊNDICE B
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
Instrumento de Observação Colégio Estadual Ruth Pacheco
(Entrevista realizada por meio de diálogo verbal com à vice-diretora do noturno). I - Universo Escolar 1 Indique os serviços oferecidos pela escola: ( ) Coordenação Pedagógica – Realizado pela vice ( ) Orientação Educacional ( ) Atendimento Psicológico ( ) Outros: Palestra, feiras culturais, comemorações especiais 2 Perfil dos Docentes e Gestores 2.1 Como é realizada a formação continuada dos professores? ( )Dentro da escola ( )Fora da escola, por outras instituições ( )Auto-formação ( )Fora da escola, pela SEC/BA Dos gestores: ( )Dentro da escola ( )Fora da escola, por outras instituições ( )Auto-formação ( )Fora da escola, pela SEC/BA 2.2 Que tipo de investimento a escola tem feito na formação em serviço dos seus professores? 2.3 Quais tipos de formação continuada a escola tem privilegiado? 2.4 Quais as dificuldades encontradas? 3 Documentos da gestão pedagógica da Escola: ( )Projeto Político Pedagógico ( ) Regimento Escolar ( )Currículo ( ) PDDE ( )PDE ( ) Outros
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4 Existe planejamento coletivo entre os professores? 5 Quem elabora e executa os projetos da Escola? II- Relação escola e educando 6 Grande parte dos alunos do noturno são adultos, existe alguma reunião à noite que seja similar à reunião de pais do diurno? 7 Os alunos do noturno participam das decisões da escola? 8 A Escola desenvolve atividades à noite para a comunidade? 9 Existem atividades Extracurriculares? Quais? 10 A escola promove interação com as famílias dos educandos?