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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A CONTIBUIÇÃO DA GESTÃO DE PESSOAS PARA UMA GESTÃO ÉTICA Por: Priscila Romano Machado Orientador Prof.ª Adélia Maria Oliveira de Araújo Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A CONTIBUIÇÃO DA GESTÃO DE PESSOAS PARA UMA

GESTÃO ÉTICA

Por: Priscila Romano Machado

Orientador

Prof.ª Adélia Maria Oliveira de Araújo

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A CONTIBUIÇÃO DA GESTÃO DE PESSOAS PARA UMA

GESTÃO ÉTICA

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em gestão de

recursos humanos.

Por: Priscila Romano Machado

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu pai, minha mãe e ao

meu namorado Cláudio.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, que

são os maiores exemplos de pessoas

éticas que eu conheço.

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RESUMO

O presente trabalho de monografia pretende apresentar estudo sobre a

contribuição da gestão de pessoas para uma organização ética. Será mostrada

a importância que as pessoas têm para as organizações e que o RH deve

atuar no auxílio aos gestores para que estes cumpram com a sua finalidade

principal, que seria agregar valor às organizações com ética.

O estudo da ética é abordado por diversos enfoques e interpretações, desde a

filosofia antiga, de Sócrates, Platão e Aristóteles, dentre outros. Neste estudo

foi utilizada a pesquisa bibliográfica, buscando conhecer e analisar as

principais contribuições teóricas sobre o tema proposto. Em primeiro lugar é

apresentado o conceito de ética sobre diferentes pontos de vista. A seguir são

analisados os conceitos, práticas e características de uma gestão empresarial

ética. Por fim, é abordada a ação do RH no desenvolvimento de empregados

éticos e a atuação da gestão de pessoas para garantir o sucesso nos

negócios.

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METODOLOGIA

O foco desse trabalho é a gestão ética dentro das organizações. O limite

do estudo serão os estudos atuais sobre o tema no campo da gestão de

recursos humanos.

A pesquisa de caráter exploratório, tornando o problema a ser estudado

mais explícito, proporcionando maiores informações sobre o assunto

abordado.

A coleta de dados será feita com base na bibliografia disponível sobre o

tema, publicada no Brasil, nos últimos 18 anos, nas áreas de estudo da gestão

de recursos humanos. Teremos também como fonte de pesquisa documental

os artigos, revistas e trabalhos de pesquisa disponíveis na WEB.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I -Ética: considerações fundamentais 10

1.1-Ética. 10

CAPÍTULO II - Conceito, práticas e características de uma gestão

empresarial ética. 17

2.1 - Influências e impactos de uma gestão 17

2.2- Gestão empresarial ética 21

CAPÍTULO III – Gestão ética e a ação do RH: Desenvolvimento de

empregados éticos e políticas para o sucesso no negócio 26

3.1- Desenvolvimento de empregados éticos 26

3.2- Políticas para o sucesso no negócio. 29

CONCLUSÃO 36

BIBLIOGRAFIA 38

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INTRODUÇÃO

O tema: “ética nas organizações” é de fundamental relevância, pois hoje

em dia fala-se muito em ética nas empresas e uma empresa ética é acima de

tudo, uma organização com profissionais éticos. A evolução de uma empresa

está associada à capacidade de manter sua conduta marcada pela

preservação da integridade das pessoas e pela seriedade. O problema central

do estudo é entender como a gestão de pessoas pode contribuir para uma

gestão ética dentro das organizações. O tema pretende mostrar a importância

dos profissionais que exercem funções gerenciais para que realmente

cumpram com a sua finalidade principal que é agregar valor às organizações.

A escolha do tema teve como referência a importância que deve ser dada à

gestão de pessoas para promover um ambiente ético dentro das empresas. A

ética é essencial à vida das pessoas principalmente no aspecto profissional.

Os gestores devem ser preparados não somente na qualidade técnica, nos

conhecimentos e habilidades, mas acima de tudo, com a gestão de pessoas.

Para isso, as empresas devem buscar uma política de gestão com base no

desenvolvimento do ser humano. É importante que o setor de recursos

humanos e os gestores conheçam bem seus funcionários e criem sempre

condições motivacionais para que estes possam desenvolver seus talentos.

O intuito do trabalho é mostrar as ações e os resultados da gestão de

pessoas em uma organização que tem a ética como um de seus princípios.

Além disso, pretende:

- Analisar a questão de que a ética corporativa no trabalho resulta da

ética dos profissionais que fazem parte da empresa.

- Refletir a necessidade de uma gestão ética dentro das empresas.

- Comprovar que a organização tem como dever a criação de um

ambiente ético e honesto para o desenvolvimento dos profissionais.

- Mostrar que as organizações que atuam com uma postura ética no

mercado têm mais chances de se tornarem bem sucedidas.

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A gestão de pessoas surge como uma das estratégias determinantes

para o sucesso organizacional, pois o mercado de trabalho exige cada vez

mais funcionários competentes e altamente qualificados. Se a gestão de

pessoas for aliada a uma busca de ética dentro das organizações, as mesmas

se tornaram cada vez mais rentáveis e lucrativas, buscando manter

funcionários satisfeitos, motivados, com responsabilidade social e que

acreditam nos princípios da empresa.

O primeiro capítulo apresenta os conceitos de profissional ético e ética

corporativa, além de suas influências e impactos. O segundo capítulo aborda

os conceitos, definições, características e práticas de uma gestão ética. O

último capítulo trata da política de RH para o desenvolvimento de profissionais

éticos.

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CAPÍTULO I

ÉTICA: CONSIDERAÇÕES FUNDAMENTAIS

Este capítulo apresenta os diferentes enfoques e interpretações dados à

ética, além do seu conceito sobre diferentes pontos de vista. Também é

abordada a diferença entre ética e moral no contexto histórico e empresarial.

1.1 – Ética

O estudo da ética se iniciou com os filósofos gregos há 25 séculos. A

ética não é exclusiva de uma comunidade específica, pois ela aparece em

todas as culturas e aborda temas universais. As doutrinas éticas se

desenvolvem em diferentes épocas e sociedades. Desde os primórdios da

Grécia clássica os pensadores têm desenvolvido o conceito de ética para

permear a conduta do homem em sociedade.

De acordo com Vázquez:

“A ética estuda uma forma de comportamento humano que os homens julgam valioso e, além disto, obrigatório e inescapável. Mas nada disto altera minimamente a verdade de que a ética deve fornecer a compreensão racional de um aspecto real, efetivo, do comportamento dos homens.” (VAZQUEZ, 2002, p. 22).

A ética é considerada uma ciência prática, de caráter filosófico e se

baseia no que ocorre na consciência humana e na sociedade.

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De acordo com Boff:

“A ética é parte da filosofia. Considera concepções de fundo acerca da vida, do universo, do ser humano e de seu destino, institui princípios e valores que orientam pessoas e sociedades. Uma pessoa é ética quando se orienta por princípios e convicções. Dizemos então que tem caráter e boa índole. A moral é parte da vida concreta. Trata da prática real das pessoas que se expressam por costumes, hábitos e valores culturalmente estabelecidos. Uma pessoa é moral quando age em conformidade com os costumes e valores consagrados” (BOFF, 2003, p. 37).

Existem as doutrinas éticas, ou teorias sobre a moral, que estão

divididas nos seguintes segmentos: ética grega, ética cristã medieval, ética

moderna e ética contemporânea. Vários filósofos em épocas diferentes

abordaram assuntos sobre a ética, como os pré-socráticos, Aristóteles, Kant,

etc.

Para Srour:

“Ética vem do grego -ethos- que significa caráter distintivo, disposição, modo de ser adquirido; enquanto moral vem do latim- mos ou mores- costumes, maneiras de agir, normas adquiridas por hábito.” (SROUR, 2005, p.307).

A história da ética teve sua origem, sob o ponto de vista formal, na

antigüidade grega, através de Aristóteles (384-322 a.C.), que defendia o valor

supremo da felicidade e o fato de que a ética e política deveriam andar unidas.

Para ele, os homens devem dirigir suas ações olhando para si mesmo, sem

excluir o outro e buscando o bem.

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De acordo com Arruda:

“No realismo aristotélico, a ética é a ciência de praticar o bem. O bem de cada coisa está definido em sua natureza: esse bem é uma meta a alcançar. Portanto, do bem depende a auto-realização do agente, isto é, sua felicidade. O bem do homem é viver uma vida virtuosa, e a virtude mais importante é a sabedoria.” (ARRUDA, 2003, p.26).

Aristóteles desenvolvia a observação empírica e acreditava que os bens

deveriam variar.

De acordo com Valls:

“Para cada ser deveria haver um bem, conforme a natureza ou essência do respectivo ser. De acordo com a respectiva natureza estará o seu bem ou o que é bom para ele. Cada substância tem o seu ser e busca o seu bem.” (VALLS, 1992, p.29).

Sócrates é conhecido por muitos autores como “o fundador da moral” e

o primeiro grande pensador da subjetividade.

Sobre Sócrates, Valls afirma:

“Sua ética não se baseava simplesmente nos costumes do povo e dos ancestrais, assim como nas leis exteriores, mas sim na convicção pessoal, adquirida através de um processo de consulta ao seu “demônio interior” (como ele dizia), na tentativa de compreender a justiça das leis.” (VALLS, 1992, p.17).

Platão era discípulo de Sócrates e aprendeu seus ensinamentos durante

oito anos. Para ele, os homens deviam seguir apenas a razão desprezando os

instintos ou as paixões. Ele condenava a vida voltada exclusivamente para os

prazeres e acreditava que os homens devem buscar a felicidade praticando a

idéia do bem. Para ele o “bem” seria encontrado na prática da virtude, como:

justiça, sabedoria e temperança.

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Sobre a corrente ética de Platão, na Grécia clássica, Arruda afirma:

“Comportar-se eticamente é agir de acordo com o logos, ou melhor, com retidão de consciência. A inteligência, corretamente utilizada, conduz ao bem, que é aquilo que é amado primeiro.” (ARRUDA, 2003, p.25).

Uma das maiores expressões da ética moderna é o filósofo alemão

Immannuel Kant, que buscava através da igualdade entre os homens uma

ética válida universalmente. Para ele o fundamento da ética era o dever e as

normas morais devem surgir da razão humana. Sua filosofia é conhecida como

“filosofia transcendental” e se volta em primeiro lugar para o homem, buscando

nele a o conhecimento verdadeiro e o agir livre.

“Assim como para Aristóteles, a ética consiste na excelência, na virtude, na prática do bem, para Kant, que declara que aspirar ao bem é egoísmo, a ética só pode ter um caráter formal, fundamentada no dever que é fruto da razão.” (ARRUDA, 2003, p.32).

A ética é uma característica inerente a toda ação humana e tem como

objetivo nortear as ações das pessoas. Ela pode ser caracterizada como as

normas que regulam a conduta das pessoas desde os tempos pré-históricos

até os dias de hoje. A ética serve como uma referência para que os seres

humanos vivam em sociedade.

De acordo com Valls:

“Tradicionalmente ela é entendida como um estudo ou uma reflexão, científica ou filosófica e eventualmente até teológica, sobre os costumes ou sobre as ações humanas. Mas também chamamos de ética a própria vida, quando conforme aos costumes considerados corretos” (VALLS, 1992, p.7).

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As doutrinas éticas devem ser consideradas dentro de um processo de

mudança ao longo da história, e os seus problemas são objetos de estudo

da filosofia desde a época em que se democratizou a vida política na Grécia

antiga.

“Os historiadores da ética limitaram o seu estudo àquelas idéias de caráter moral que possuem uma base filosófica, ou seja, que, em vez de se darem simplesmente como supostas, são examinadas em seus fundamentos; por outras palavras são filosoficamente justificadas. Não importa neste caso, que a justificação de um sistema de idéias morais seja extra moral (por exemplo, que se baseie numa metafísica ou numa teologia); o decisivo é que haja uma explicação racional das idéias ou das normas adotadas. Por este motivo, os historiadores da ética costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisões propostas pelos historiadores da filosofia. (MORA, 1996, p.246)

A ética não deve ser confundida com a moral. A moral é entendida como

a regulação dos valores e comportamentos considerados legítimos por uma

determinada sociedade, povo ou religião. Ela é considerada um conjunto de

valores e regras de comportamento que uma determinada comunidade adota.

Há morais específicas a determinados grupos, que não tem compromisso com

a universalidade, e que prevalecem em determinadas comunidades e

contextos históricos. Cada sociedade é caracterizada por seus conjuntos de

normas, valores e regras.

Para Souza:

“A ética é muito mais ampla, geral, universal do que a moral. A ética tem a ver com princípios mais abrangentes, enquanto a moral se refere mais a determinados campos da conduta humana. Quando a ética desde sua generalidade, de sua universalidade fala-se de uma moral, por exemplo, uma moral sexual, uma moral comercial. Acho que podemos dizer que a ética dura mais tempo, e que a moral e os costumes prendem-se mais a determinados períodos. Mas uma nasce da outra. É como se a ética fosse algo maior e a moral fosse algo mais limitado, restrito, circunscrito” (SOUZA, 1994, p.13).

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Os filósofos acreditam que a ética é imutável, o que muda dependendo

da época, ou cultura são os valores, as leis e a moral. Se uma pessoa muda

sua vida social, pode também mudar sua vida moral através da aquisição de

novos princípios, valores ou normas. No estudo de “ética versus moral” cabe

citar:

“A ética visa à sabedoria ou ao conhecimento temperado pelo juízo. A moral, em contrapartida, corresponde a um feixe de normas que as práticas cotidianas deveriam observar e que, como discurso, ilumina o entendimento dos usos e dos costumes.” (SROUR, 2000, p.29).

A ética e a moral não são consideradas verdades imutáveis. As pessoas

estão constantemente avaliando e julgando seus atos para saber se estão

agindo de forma correta ou não nas relações pessoais, no trabalho e na

família. Nesse contexto, a ética estuda o comportamento do homem em todas

as suas relações.

Para Arruda:

“Sabendo que o homem é social por natureza e dirige-se para seu fim último em união com outros homens, entende-se que a Ética ou a Filosofia Moral, seja estudada em dois aspectos: Moral Geral, que analisa os princípios básicos da moralidade dos atos humanos (o fim último, a lei moral, a consciência, as virtudes), e a Moral Especial ou Social, que aplica tais princípios à vida do homem na sociedade, família, bem comum da sociedade autoridade e governo, leis civis, a ordem moral da economia e das organizações.” (ARRUDA, 2003, p.43).

No contexto empresarial parece não existir muita distinção entre ética e

moral, pois ambas se definem como padrões de comportamento a serem

incorporados pelos indivíduos no ambiente de trabalho.

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Para Arruda:

“A ética é a parte da filosofia que estuda a moralidade dos atos humanos, enquanto livres e ordenados a seu fim último. De modo natural, a inteligência adverte a bondade ou malícia dos atos livres, haja vista o remorso ou satisfação que se experimenta por ações livremente realizadas.” (ARRUDA, 2003, p.42).

A ética social não pode conviver separada ética empresarial, pois um

ser humano não pode ser ético se aplicá-la somente na vida pessoal e não no

ambiente de trabalho. Toda sociedade depende dos homens que a integram, e

a ética é de extrema importância, pois as empresas dependem de pessoas de

caráter bem formado, virtuosas e competentes.

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CAPÍTULO II

CONCEITOS, PRÁTICAS E CARACTERÍSTICAS DE UMA

GESTÃO EMPRESARIAL ÉTICA.

Este capítulo mostra como a ética surgiu no contexto empresarial, como

ela é entendida nas organizações e o desenvolvimento de uma gestão

empresarial ética no mundo dos negócios.

2.1 - Influências e impactos de uma gestão ética

A ética nas empresas pode ser entendida como o comportamento da

organização, buscando seguir os princípios morais, os procedimentos e as

normas aceitas pela sociedade. São as normas de conduta que deverão ser

praticadas em toda profissão. A ética empresarial estudo os códigos morais

que orientam as decisões organizacionais na medida em que elas afetam as

pessoas e a comunidade de uma forma geral.

No Brasil, no ano de 1992, o Ministério de Educação e Cultura (MEC)

sugeriu que fosse incluída a disciplina ética nos cursos de administração. No

início de 1998 foi inaugurada a Escola de Altos Estudos de Ética Profissional

com o objetivo do desenvolvimento da ética em todas as profissões.

De acordo com Jacomino:

“A importância da ética nas empresas cresceu a partir da década de 80, com a redução das hierarquias e a conseqüente autonomia dada às pessoas. Os chefes, verdadeiros xerifes até então, já não tinham tanto poder para controlar a atitude de todos, dizer o que era certo ou errado”. (JACOMINO, 2000, p. 29)

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O exercício da ética nas organizações requer competências adequadas

para tornar as ações empresariais eficazes, seguindo no caminho da

honestidade e transparência.

“A maioria das definições de ética empresarial diz respeito a regras, padrões e princípios morais sobre o que é certo ou errado em situações específicas, então ética empresarial compreende princípios e padrões que orientam o mundo dos negócios. Se um comportamento específico exigido é certo ou errado, ético ou antiético, é assunto frequentemente determinado pelos stakeholders, quais como, investidores, clientes, grupos de interesse, empregados, o sistema jurídico vigente e a comunidade” (FERREL, 2000, p.7).

As formas pelas quais as escolhas são feitas, analisadas, mantidas ou

deixadas de lado no ambiente organizacional, formam a base da ética nos

negócios.

“A validação da ética nos negócios é simplesmente um modo de reconhecer que, sem dúvida, existem certas escolhas a serem feitas com relação aos meios e aos fins empresariais, as quais têm um ingrediente essencialmente moral” (NASH, 1993, p.7).

As organizações podem ser consideradas éticas, se os empregados

e a alta administração forem pessoas virtuosas que vivam com integridade

e valores morais.

Segundo Srour:

“A referência à ética empresarial ou à ética dos negócios significa estudar e tornar inteligível a moral vigente nas empresas capitalistas contemporâneas e, em particular, a moral predominante em empresas de uma nacionalidade específica.” (SROUR, 2000, p.29).

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Hoje em dia no mundo dos negócios, muitas vezes os gestores

reconhecem e valorizam resultados e não a ética. A ética empresarial

passou por um período em que ela se desgastou nas organizações,

perdendo sua credibilidade e gerando crises de confiança.

Sobre o estudo da ética empresarial, Enderle afirma:

“Três pontos parecem ser particularmente importantes para mim: o objeto de pesquisa deve ser o mais concreto possível; a empresa e a economia devem ser abordadas “por dentro” e não vistas “de fora para dentro”; e as empresas devem balancear entre suas responsabilidades econômicas, sociais e ambientais.” (ARRUDA, 2003, p.14).

Para ter bons resultados, é preciso que as empresas criem um

ambiente de confiança mútua entre gestores e funcionários. O empregado

deve ser conduzido para a ética a partir dos seus gestores, da mesma

forma como ele é cobrado a cumprir metas, ser competitivo e ter

qualidade.

Sobre a prática da ética, Paulo define:

“Seria a ação "reguladora" da ética agindo no desempenho das profissões, fazendo com que o profissional respeite seu semelhante quando no exercício da sua profissão. A ética profissional estudaria e regularia o relacionamento do profissional com sua clientela, visando à dignidade humana e a construção do bem-estar no contexto sócio-cultural onde exerce sua profissão.” (PAULO, 2010).

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De acordo com Mariane França, assistente social da Petrobrás (BISPO,

2010): a globalização financeira, a reestruturação produtiva e os novos

modelos de gestão exigem das empresas um perfil ético, que está atrelado a

uma gestão transparente e participativa e a relações internas positivas de

trabalho, tanto em relação aos seus fornecedores quanto aos seus

consumidores, aos seus clientes, à comunidade, ao governo e à sociedade.

“Sabemos que uma empresa sem pessoas não existe. Logo, o que é necessário compreender é que são as pessoas que fazem a empresa, que criam regras de conduta, que são permeadas por valores, cultura, comportamentos morais e, enfim, com posturas éticas, e tudo isso se dará conforme for o direcionamento da empresa. Então, fomentar a temática ética através de programas e de projetos estruturados contribuirá para uma mudança cultural organizacional, que é necessária. As empresas devem entender que os interesses particulares no mercado, não devem gerar um modelo corporativista, que traria um gargalo econômico a toda uma região. O olhar deve ser holístico do ponto de vista interno - em relação à satisfação dos empregados - e externo - em relação às ações de responsabilidade social e ambiental, à contribuição da empresa para o desenvolvimento sustentável de determinada região, e à implantação de ações que promovam melhoria de qualidade de vida para as populações de seu entorno.” (BISPO, 2010).

Ainda que existam diversos conceitos sobre a ética empresarial, há algo

que não se pode negar: a ética é indispensável para as organizações que

querem manter-se vivas no mercado e a sociedade cobra cada vez mais os

modelos de conduta pautados na ética nas organizações.

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2.2- Gestão empresarial ética

Fazer o bem e agir com princípios éticos são alguns elementos que

atraem o mercado, se tornando componentes essenciais para o sucesso e

reforçando a imagem da empresa.

Para Srour:

“Quando se alega aos quatro ventos que tal ou qual decisão não se coaduna com minha ética, ou com a ética da minha empresa, a referência é clara: o agente está dizendo que a decisão não encontra respaldo no sistema de normas morais que pauta o seu comportamento ou o da empresa à qual pertence.” (SROUR, 2005, p.306).

Os dirigentes e gerentes da organização devem inspirar confiança e

transparência aos funcionários, caso contrário, pode haver perda de

confiança na integridade moral desses líderes. Os gestores devem ser

exemplos de valores e atitudes éticas, transmitindo isso aos seus

colaboradores.

Para Srour:

“A integridade qualifica o agente social que pratica os bons costumes, semeia confiança ao seu redor e angaria credibilidade pessoal. De modo que a pecha de falta de ética significa falta de escrúpulos, quebra de confiança ou lesão ao bem comum.” (SROUR, 2005, p.307).

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Para que os gestores possam solucionar os problemas éticos, é

necessário compreender a cultura ética da sua empresa para a criação de

um processo construtivo de mudança organizacional. Além disso, devem

conhecer os pontos de vista e as necessidades das pessoas que

trabalham na empresa.

Segundo Jacomino (2000):

“Não podemos ser inocentes e pensar que empresas são apenas entidades jurídicas. Empresas são formadas por pessoas e só existem por causa delas. Por trás de qualquer decisão, de qualquer erro ou imprudência estão seres de carne e osso. E são eles que vão viver as glórias ou o fracasso da organização. Por isso, quando falamos de empresa ética, estamos falando de pessoas éticas”. (JACOMINO, 2000, p. 31)

Uma empresa ética ganha mais confiabilidade e credibilidade junto

à sociedade. Existem várias razões para a promoção da ética nas

empresas. De acordo com Nash:

“Os administradores percebem os altos custos impostos pelos escândalos nas empresas: multas pesadas, quebra da rotina normal, baixo moral dos empregados, aumento da rotatividade, dificuldades de recrutamento, fraude interna e perda de confiança pública na reputação da empresa” (NASH, 1993, p.4).

Para uma organização ter sucesso é necessário atuar com ética

empresarial se guiando por sua missão, visão, valores e pensando no

bem-estar de seus funcionários. Uma empresa é ética quando age de

acordo com os princípios morais, com os procedimentos legais e com as

normas aceitas pela sociedade na qual está inserida.

A tomada de decisões pelos gestores deve levar em conta os

princípios que demonstrem a cultura da empresa e orientem o

cumprimento de sua missão.

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Para Arruda: “O desafio da ética corporativa é desenvolver estratégias

empresariais que possam, ao mesmo tempo, atender a responsabilidades

econômicas, sociais e ambientais.” (ARRUDA, 2003, p.15).

Uma organização ética deve sempre informar suas ações à

sociedade, possuir um código de ética que seja submetido à auditoria

periodicamente e ter programas de treinamento para garantir que os

princípios sejam incorporados à atividade diária.

“A ética corporativa abraça a idéia de coletividade. A ética de uma corporação é a maneira de como ela deve proceder em sociedade, e o que a define ou a constrói é a soma das éticas pessoais que a compõem. Sendo assim, a ética corporativa é formada por indivíduos unidos por um fim comum de pensamentos e idéias, que possuem uma mesma concepção no modo de realizá-los, estando sujeitos a “regulamentos” que vão fornecer procedimentos adequados a serem seguidos.” (LEAL, 2010)

Em uma empresa o que dá sustentação à ética organizacional são

os valores, a cultura organizacional e a moral. Uma empresa pode ser

caracterizada como ética pelos seus valores, pelas pessoas que integram

a organização e pelos serviços e produtos que oferece à sociedade.

“A ética dos negócios é o estudo da forma pela qual normas morais pessoais se aplicam às atividades e ao objeto da empresa comercial. Não se trata de um padrão moral separado, mas do estudo de como o contexto dos negócios cria seus problemas próprios e exclusivos à pessoa moral que atua como um gerente desse sistema.” (NASH, 1993, p. 06).”

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De acordo com Moreira (MOREIRA, 1999) estes são os princípios

éticos aplicáveis à atividade empresarial: princípios legais: onde toda

empresa tem o dever ético de cumprir a lei; princípios morais: onde a

ética é a prática da moral; e princípios integrantes do ideal de justiça: que

são comandos que visam materializar o ideal de justiça.

Segundo (NASH, 2001), existem três condições para a solução

ética dos problemas nas empresas, que são: integrar as normas éticas à

busca do sucesso econômico, atitude orientada para os outros e uma

ética de negócio capaz de motivar o comportamento pragmático e

competitivo. Para o autor, a melhor forma de resolver os problemas éticos

e morais é através da ética convencionada, que se baseia em valores

diferentes para motivar e orientar a tomada de decisão, testando o

sucesso através da qualidade do serviço e de um conjunto de premissas e

orientações psicológicas.

“A orientação para o relacionamento da ética convencional é particularmente adequada para motivar uma abordagem colaborativa e de promoção de outro na solução de problemas. A empresa é indiscutivelmente dependente das interações sociais e, muitas vezes, dos conflitos sociais. Toda atividade empresarial, desde numa simples transação até a administração de sistemas complexos de compensação, envolve pelo menos duas pessoas, às vezes com objetivos declaradamente diferentes, mas cujos interesses estão inevitavelmente ligados”. (NASH, 2001, p.90)

Para que a ética se incorpore na atividade empresarial é necessário

que o desenvolvimento do indivíduo, um ambiente agradável e a

solidariedade com as demais empresas façam parte dos objetivos da

organização.

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Em uma empresa, os líderes têm o poder de exercer influência sobre os

funcionários. A imagem ética da alta administração penetra na mente dos

funcionários, entre outras coisas, pela forma de falar, pela objetividade, pelo

profissionalismo, pelo respeito aos funcionários e pela transparência.

Para Arruda:

“A sociedade em geral não aceita mais o uso coercitivo ou manipulador do poder, de forma que as pessoas não respeitam os líderes, ou não confiam neles apenas por seu cargo ou função, mas pelo poder exercido com dignidade e responsabilidade. Com isso, os seguidores aderem ao líder com voluntariedade”. (ARRUDA, 2003, p. 77)

No mundo atual de negócios, existem novas abordagens sobre

liderança, que mostram que comunicação, a habilidade para lidar com

conflitos e motivação são itens essenciais. O caráter ético dos líderes

pode ser notado nos pormenores de sua atuação, por isso ele deve ser

preparado moralmente, além dos conhecimentos técnicos para conquistar

confiança de colegas e subordinados. Ele não deve se limitar a cumprir o

que lhe é determinado, mas deve saber definir o que é bom tanto para a

empresa como para a sociedade. É importante que eles tenham uma

visão estratégica bem definida, entendendo as pessoas como a principal

fonte de vantagem competitiva.

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CAPÍTULO III

GESTÃO ÉTICA E A AÇÃO DO RH:

DESENVOLVIMENTO DE EMPREGADOS ÉTICOS E

POLÍTICAS PARA O SUCESSO NO NEGÓCIO

O terceiro capítulo mostra como o RH deve atuar para que a ética

esteja presente nas organizações. Também trata de como a gestão de

pessoas pode contribuir para o sucesso dos negócios nas empresas.

3.1- Desenvolvimento de empregados éticos

Em tempos de globalização e responsabilidade social, se torna

cada vez mais necessária a busca de atitudes corretas nas relações

pessoais, no trabalho e na política. Para não correrem o risco de serem

eliminadas do mercado, as organizações estão cada vez mais buscando

tomar suas decisões não somente com base nos seus interesses próprios,

mas observando o interesse social.

Segundo Galbraith:

“O sistema econômico só funciona eficazmente dentro de regras de condutas firmes. A primeira é a honestidade comum. A verdade deve ser transmitida como informação essencial aos investidores, ao público em geral e aos consumidores”. (1996, p.90)

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Nas empresas é cada vez mais comum que executivos e teóricos

em administração se preocuparem com as questões éticas. Para definir a

sua ética, a empresa precisa saber o que pretende fazer e o que espera

dos funcionários. O RH atuante deve auxiliar os gestores para que se

aprofundem nos conceitos, valores e hábitos presentes na cultura da

empresa, além de trabalhar no sentido de levar os gerentes a refletirem

sobre a importância de um bom gerenciamento, pautado por estilos de

liderança capazes de motivar pessoas, garantindo assim resultados.

“Cada organização estabelece um sistema de valores, explícito ou não, para que haja uma homogeneidade na forma de conduzir questões específicas e relativas aos seus stakeholders, ou seja, todos os públicos que de forma direta ou indireta contribuem para o bom desempenho da empresa: acionistas ou proprietários, empregados, clientes, fornecedores e distribuidores, concorrentes, governantes e membros da comunidade em que está inserida a empresa”. (ARRUDA, 2003, p.64)

O setor de recursos humanos em uma empresa tem que se

preocupar com as condições em que os funcionários trabalham, com os

benefícios e as oportunidades de crescimento, além de garantias de

igualdade de oportunidades. O reconhecimento do talento dos

funcionários deve ser feito preservando os valores da organização e não

deve haver de forma alguma discriminação na atuação do RH.

“Todo administrador enfrenta regularmente decisões problemáticas do ponto de vista moral, sobre as quais ele ou ela não tem controle total: decisões em que pessoas serão inevitavelmente magoadas; em que devem ser feitas barganhas entre valores e grupos de indivíduos igualmente desejáveis; em que os compromissos da organização e os objetivos de desempenho de um administrador confrontam-se com as necessidades individuais de determinados empregados ou clientes”. (NASH, 1993, p.6)

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Os funcionários passam grande parte do seu dia no ambiente de

trabalho, construindo relações sociais e profissionais, por isso o

comportamento ético da empresa reflete fortemente no comportamento

ético de seus colaboradores. No dia-a-dia das organizações os

funcionários passam constantemente por situações que requerem juízo

moral, decisões e ações, que vão definir a forma ética ou não de

trabalhar. Normalmente nas empresas os funcionários têm poucas

interações com os altos executivos e a imagem que é criada dos líderes

vem da captação de poucos momentos. Por isso a reputação é muito

importante para a liderança. Para a gestão ética o líder deve ser

percebido como uma pessoa moral e um gestor moral. Ou seja, para que

o empregado tenha uma imagem de líder ético, ele deve transmitir

confiança, ter bom caráter, se preocupar com o funcionário, construir bons

relacionamentos e ter senso de justiça.

Dentro das empresas é fundamental a criação de políticas e

padrões uniformes para que os empregados possam saber qual a conduta

adequada à sua organização. A busca do cultivo de valores éticos deve

incluir palestras, treinamento em ética e educação aos empregados,

códigos de ética, permitir acesso aos planos estratégicos, políticas,

diretrizes, missão e valores da empresa e a estruturação de um programa

sistematizado com ações constantes de conscientização dos

trabalhadores. Nesse contexto, o Código de Ética, seria o resumo das

expectativas da empresa sobre a conduta dos executivos e funcionários.

Ele se torna útil porque permite que os profissionais busquem orientações

e diretrizes de como agir em momentos de tomada de decisões.

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3.2- Políticas para o sucesso no negócio.

A ética nas empresas é um tema que já se encontra, há bastante

tempo, inserido nos planos estratégicos empresariais e em algumas

organizações já faz parte das metas a serem alcançadas pelas equipes de

trabalho. O bom tratamento dado aos funcionários através da gestão

eficiente de RH pode provocar impacto sobre os custos, na medida em

que há aumento da produtividade.

Os gestores devem mostrar a importância de manter a boa imagem

da instituição através da conduta de seus funcionários, tanto com os

clientes internos quanto com a sociedade.

A ética tem mostrado ser um forte caminho para a lucratividade e

sucesso nas empresas, agregando valor ao patrimônio das organizações.

Segundo Cortella (2010):

“Quem adota uma ética positiva, que é aquela da decência, da honestidade e da transparência, consegue ganhar respeitabilidade em um mercado de alta competitividade, e ao mesmo tempo, não degrada os fundamentos da comunidade onde se instala”.

Ainda de acordo com Cortella (2010), a grande vantagem de não

ser ético, em um primeiro momento é o lucro rápido. A desvantagem é

que é um lucro que não tem perenidade e nem sustentação.

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Nessa época de globalização, ser socialmente responsável nos

negócios vem se tornando cada vez mais imprescindível nas

organizações. Algumas empresas têm levado a sério suas relações com

a comunidade, com o meio ambiente e com os seus funcionários.

De acordo com Nash:

“A integridade nos negócios hoje exige capacidades incrivelmente integrativas; o poder de manter junta uma infinidade de valores importantes e quase sempre conflitantes; e o poder de colocar na mesma dimensão a moralidade pessoal e as preocupações gerenciais. Nenhum administrador pode se dar ao luxo, do ponto de vista econômico ou moral, de manter suas noções morais em um compartimento fechado, reservado para os casos mais estreitos e óbvios”. (NASH, 1993, p.5)

Os consumidores estão mais exigentes quanto à responsabilidade

sócio-ambiental, o que faz com que elas se engajem para atuar de

maneira sustentável. As empresas socialmente responsáveis destacam-se

no mercado.

Segundo o Instituto Ethos:

“Ética é a base da Responsabilidade Social e se expressa através dos princípios e valores adotados pela organização. Não há Responsabilidade Social sem ética nos negócios. Não adianta uma empresa, por um lado pagar mal seus funcionários, corromper a área de compras de seus clientes, pagar propinas à fiscais do governo e, por outro, desenvolver programas junto a entidades sociais da comunidade. Essa postura não condiz com uma empresa que quer trilhar um caminho de Responsabilidade Social. É importante seguir uma linha de coerência entre ação e discurso.” (ETHOS, 2004).

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A busca de responsabilidade social encontra fundamento na ética.

Para que a empresa seja socialmente responsável é primordial que tenha

um comportamento ético em relação ao público com o qual se relaciona e

compromisso com a sustentabilidade perante a sociedade. A cultura da

responsabilidade social deve abranger a todos tanto a alta administração

quanto os funcionários. Deve ser feito o processo de avaliação e auditoria

desse movimento de responsabilidade social, como por exemplo, um

necessário um balanço social da empresa. Através do balanço social, a

organização mostra o que faz dando transparência às atividades que

realiza socialmente, culturalmente e nos âmbitos econômico e político.

De acordo com Arruda:

“Na empresa, as pessoas conscientes desse esforço ético têm maior probabilidade de tomar decisões corretas, sendo que, ao tomá-las, estarão crescendo na virtude almejada. Decorre daí ser a ética uma ciência também prática, e as virtudes, o resultado de ações repetidas no intuito de solucionar os dilemas.” (ARRUDA, 2003, p.71).

Para se manter forte no mercado, tendo um diferencial competitivo,

é necessário o comprometimento dos funcionários com o negócio da

empresa. Este comprometimento exige dos gestores, uma nova postura

capaz de lidar com os diferentes tipos de colaboradores. Para isso, as

empresas devem fazer um maior investimento em liderança, uma

habilidade que muitos gestores não têm. O RH deveria atuar fortemente

no fortalecimento da relação entre gestor e empregado, para gerar

satisfação dos mesmos. O RH deve auxiliar os gestores para que estes

ensinem seus funcionários a cultivar virtudes, com atividades de

treinamento e comprometimento com os valores da empresa.

Para que o RH atue na promoção de um ambiente ético é de

extrema importância que a alta direção da empresa compactue com a

idéia e invista nisso.

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“A ética deveria inserir-se como elemento de relevante interesse empresarial e alto fator de competitividade, por, teoricamente, atribuir ao processo de decisões gerenciais confiabilidade e consistência. O papel da alta administração da empresa é estar consciente de que a forma de atuação da empresa para fora, para o mercado, terá reflexos internos. Não se pode exigir conduta ética dos funcionários se a empresa e seus líderes estão viciados em procedimentos condenáveis. Os padrões éticos da companhia são as bases do comportamento dos funcionários. É a famosa ‘liderança pelo exemplo'." (BISPO, 2010).

A Gestão de Pessoas pode ser entendida como a capacidade de

conduzir a equipe, promovendo o envolvimento e comprometimento dos

funcionários com o batimento de metas e cumprimento de objetivos

organizacionais, por isso sua contribuição é de extrema importância para

uma gestão ética nas empresas. O sucesso nas organizações não

depende somente de sistemas, mas essencialmente de pessoas.

Segundo Bergamini:

“As pessoas não podem mais ser programadas como equipamentos. Quanto mais isso ocorrer, mais as pessoas se comportam como tal; isto é, deterioram com uso, necessitam de freqüentes reparos, quebram e se tornam tecnologicamente superadas”. (Bergamini, 1980, p.46)

As pessoas dependem das organizações em que trabalham para atingir

seus objetivos pessoais e profissionais. O RH teria um papel de auxiliar os

gestores a encontrar formas éticas de conduzir sua equipe.

“Assim, o contexto em que se situa a gestão de pessoas é representado pelas organizações e pelas pessoas. As organizações são constituídas de pessoas e dependem delas para atingir seus objetivos e cumprir suas missões. E para as pessoas, as organizações constituem o meio pela qual elas podem alcançar vários objetivos pessoais com o mínimo de tempo, esforço e conflito.” (CHIAVENATO, 1999, P.5).

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Os gestores deveriam focar sua atenção mais em desenvolver e

capacitar pessoas do que prever e planejar o futuro. Eles têm um papel

muito importante para as organizações e até mesmo para a sociedade. O

gestor deve ser um líder moral, responsável pelo comportamento dos

funcionários e da própria instituição.

O setor de RH deve auxiliar aos gestores para que adotem a ética

como um valor institucional dentro das empresas. Muitas empresas nomeiam

um “profissional de ética”, normalmente ligado à alta administração para

coordenar programas de ética.

“O profissional deve estar alinhado com as políticas da empresa-missão, visão, valores e ter capacidade de conquistar a confiança dos membros do comitê e dos demais funcionários. Sua principal tarefa é manter vivo e atualizada o código de ética e promover os meios necessários para a formação contínua de todos os funcionários da empresa neste campo específico.” (ARRUDA, 2003, P.68).

A transparência e ética devem ser cultivadas como ideais da

empresa para que os colaboradores atuem de forma compartilhada e em

clima de cumplicidade. As empresas devem criar condições e espaço para

a promoção da ética. O gestor de RH deve orientar os líderes para

atuarem de forma ética com uma gestão consciente da cultura ética da

organização. Esse processo de tomada de decisão ética é complexo e

mesmo tomando a atitude correta, as pessoas enfrentam pressões vindas

do ambiente de trabalho.

Segundo Srour:

“As empresas cujas decisões consideram aspectos sociais mais amplos e não meramente o próprio lucro tendem a apresentar melhores resultados no longo prazo pelo aumento de sua competitividade, além de fortalecer sua imagem perante o público. Por outro lado, as empresas cujas decisões visam apenas à obtenção de lucros imediatos têm dificuldades para sobreviver.” (SROUR, 2000, p.11).

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O clima ético da empresa deve seguir os princípios definidos como

básicos pela alta administração da empresa. É através da ética

profissional que as empresas tentam melhorar o clima organizacional e

crescem no mercado.

“Pesquisa da Harvard University, com duração de 11 anos, mostrou que as companhias voltadas para os stakeholders (todos aqueles que têm vínculo com a empresa, como fornecedores, consumidores, empregados e comunidade) geram entre quatro e oito vezes mais empregos do que as que satisfazem exclusivamente os acionistas. Ou seja, elas crescem mais.” (JACOMINO, 2010).

A professora de comportamento organizacional na Universidade da

Pensilvânia, Linda Treviño (2005, p75-76), em entrevista para a revista

GV executivo mostrou os quatro passos que os executivos devem tomar

fazer para uma efetiva gestão ética, tais como:

1- Compreender a cultura ética da empresa e transmiti-las aos

funcionários. Devem ser realizadas pesquisas freqüentes para medir a

percepção dos colaboradores sobre seus líderes e sobre a empresa.

2- Comunicar a importância dos padrões éticos. Os empregados

devem receber constantemente mensagens de que a ética é essencial

aos negócios. Podem ser feitos treinamentos e discussões sobre ética e

valores como parte da rotina de trabalho.

3- Focar o sistema de recompensa. Em longo prazo, o

comportamento ético pode ser recompensado para incentivar as pessoas

que além de bons profissionais também desenvolvem uma boa reputação

e integridade perante os colegas, clientes, líderes e subordinados. Um

bom exemplo seria a avaliação de desempenho 360º.

4- Promover a liderança ética em toda a empresa, ou seja, valorizar

a conduta ética e disciplinar a antiética, independente da função de quem

violou a regra.

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Em uma empresa ética os gestores têm o compromisso de

desenvolver o bem-estar e melhoramento da qualidade de vida dos

funcionários. Para que mudanças aconteçam na gestão das organizações

rumo á ética, é necessário preparo daqueles que são responsáveis pelas

decisões importantes da empresa.

Os profissionais de RH precisam reunir esforços para contribuir com

o crescimento da empresa e dos funcionários, ocupando uma posição

estratégica criando um meio de comunicação entre os colaboradores e a

alta administração. Ele deve buscar fazer com que cada funcionário

acredite na empresa e contribua com comprometimento e lealdade.

O RH deve orientar aos gestores que cuidem de seus funcionários,

dentro da política da empresa com flexibilidade e ética. O RH seria então

um consultor destes líderes, ajudando-os a desenvolvendo suas

habilidades de comunicação e liderança nos negócios. A empresa “feita

para durar” deve ter como ideologia reconhecer os rumos de mercado e

seus impactos no negócio e prever os possíveis obstáculos para o futuro.

Nesse sentido, o gestor de RH deve trabalhar com as lideranças para que

a empresa alcance seus objetivos estratégicos para atingir o sucesso,

propondo, por exemplo, ações de remuneração, avaliação de

desempenho e treinamentos.

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CONCLUSÃO

Por fim, após estudo da bibliografia citada temos que perceber que

empresas são formadas por pessoas e quando falamos em empresas éticas,

estamos falando de pessoas éticas. Então, fomentar a temática ética através

de programas específicos contribuirá para uma mudança cultural

organizacional. A preocupação nesta pesquisa foi não só mostrar a

importância da gestão de pessoas dentro das organizações, mas informar de

que forma o RH atuante pode contribuir para uma gestão ética e eficaz. Penso

que o RH também deve orientar os líderes para uma gestão consciente da

cultura ética da organização.

Além destes pontos, entendo que, outras questões foram tratadas na

monografia como os exemplos de práticas nas empresas para uma gestão

ética capaz de contribuir com o crescimento da empresa e dos funcionários.

Os gestores devem conduzir os empregados para o caminho da

ética, da mesma forma como ele conduz ao cumprimento de metas, com

qualidade no trabalho. O RH deve auxiliar no aprimoramento nos gestores

das competências adequadas para tornar as ações empresariais eficazes e ao

mesmo tempo transparentes e honestas. Para ter bons resultados, verificou-

se que é preciso que as empresas criem um ambiente de confiança mútua

entre gestores e funcionários.

Creio poder afirmar que algumas implementações são de extrema

importância neste sentido, como a criação de códigos de ética, programas de

treinamento periódicos para garantir que os princípios da organização sejam

incorporados à atividade diária, programas de sustentabilidade e

responsabilidade social. Além disso, deve ser feita uma auditoria desse

movimento de responsabilidade social, como por exemplo, um balanço social

da empresa, para que ela mostre o que faz dando transparência às atividades.

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O processo de globalização financeira e os novos modelos de gestão

exigem das empresas um perfil ético, do qual faz parte uma gestão

transparente e participativa gerando benefícios não somente internamente,

mas para toda a sociedade. O bom tratamento dado aos funcionários pelos

líderes pode provocar impacto sobre os custos, gerando aumento da

produtividade. Há vários estudos mostrando a importância dos padrões éticos

para a obtenção de bons negócios em longo prazo.

Todo o estudo confirmou o entendimento de que um líder deve

conquistar os funcionários através de seu exemplo e atitudes, e quando os

colaboradores acreditam no gestor e na cultura da organização, o trabalho é

feito sem resistências e pressões em um ambiente agradável e favorável ao

fortalecimento da ética.

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