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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DAS FINANÇAS ATRAVÉS DO USO DA CONTABILIDADE GERENCIAL Por: Valéria de Azevedo Rodrigues Orientador Prof. Luciano Gerard Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DAS FINANÇAS ATRAVÉS DO

USO DA CONTABILIDADE GERENCIAL

Por: Valéria de Azevedo Rodrigues

Orientador

Prof. Luciano Gerard

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DAS FINANÇAS ATRAVÉS DO

USO DA CONTABILIDADE GERENCIAL

Apresentação de monografia ao Instituto A

Vez do Mestre – Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção

do grau de especialista em Auditoria e

Controladoria Por: Valéria de Azevedo

Rodrigues

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me dar a força e

persistência necessária a realização

deste trabalho e, aos amigos e mestres

que contribuíram com incentivos.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a meu pai, que

embora não esteja mais conosco no plano

físico, me ensinou a importância do

conhecimento e a minha mãe que sempre

acreditou e confiou em mim.

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RESUMO

A Gestão Financeira é o ponto vulnerável de uma grande parte de

empreendedores, principalmente no que se refere às micro e empresas de

pequeno porte brasileiras. Muitas vezes os empreendedores se concentram em

apenas vender, lançar produtos, conquistar mercados que se esquecem do que

realmente importa para o sucesso de um negócio: o lucro. Este trabalho visa

demonstrar a evolução da contabilidade como ferramenta primordial de gestão

empresarial. Com isso também, objetiva elucidar de forma clara como um

gestor de uma pequena empresa pode interpretar e por em prática as

informações contábeis e se beneficiar destas ferramentas no processo de

tomada de decisão. Esclarece os conceitos de contabilidade gerencial, bem

como os conceitos de capital de giro e fluxo de caixa, as principais ferramentas

que um bom gestor deve elaborar e analisar sistematicamente. Devido ao

desconhecimento do grau de importância da estrutura de custos, erros ou falta

de planejamento do fluxo de caixa e dificuldades de capital de giro, é que

alguns gestores conduzem uma grande parte das pequenas empresas a terem

suas atividades sucumbidas. O trabalho apresenta um modelo bem simplificado

de fluxo de caixa, o qual pode e deve ser modificado de acordo com a

necessidade de ajuste por parte da empresa. A conclusão deste trabalho

apresenta a importância da utilização da contabilidade gerencial nas micro e

pequenas empresas, onde mostra que ao utilizar-se de tais técnicas de gestão,

os casos de sucesso e de superação de dificuldades aumentariam

significantemente, levando assim ao esclarecimento dos mistérios que

envolvem as finanças.

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METODOLOGIA

Este trabalho trata-se de um estudo exploratório que visa à proposição de um

instrumento que servirá de orientação à gestão financeira. Caracteriza-se pela

pesquisa descritiva exploratória, com enfoque em analise bibliográfica

qualitativo, utilizando-se de diversos recursos para sustentar o trabalho

realizado, obedecendo aos seguintes procedimentos:

a) Pesquisa descritiva e bibliográfica;

b) Contato com as micro empresas, para conhecimento das ferramentas de

gestão financeira utilizadas;

c) Definição e conceituação do modelo simplificado e adaptado de fluxo de

caixa;

d) Pesquisa em livros cedidos pela biblioteca da Faculdade Béthencourt da

Silva.

Etapas do trabalho:

A primeira etapa apresenta e conceitua a relevância da contabilidade gerencial.

A Segunda etapa procura elucidar a questão do fluxo de caixa.

Na terceira etapa apresenta-se a importância do capital de giro.

E na quarta etapa, é feita a conclusão deste estudo.

A complexidade e principalmente a relevância que abrange o tema, nos dias

atuais, não esgota o assunto, abrindo focos para novos investimentos de

investigação científica.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I

Contabilidade Gerencial - Conceito 09

CAPÍTULO II

Fluxo de Caixa 18

CAPÍTULO III

Capital de Giro 23

CONCLUSÃO 29

CONSIDERAÇÕES FINAIS 31 BIBLIOGRAFIA 33

INDÍCE 36

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INTRODUÇÃO

Desde o início da humanidade a contabilidade vem avançando de

forma a demonstrar o fluxo da riqueza nas entidades. Evoluindo da simples

função de proporcionar controle e valor histórico para a função de apoiar a

gestão. A contabilidade vem reforçando sua função social. Posição que confere

a ela uma importância substancial para o usuário da informação contábil.

Atualmente a Informação contábil extraídas das suas demonstrações

e/ou relatórios gerenciais, é uma ferramenta essencial para a gestão de uma

empresa, com tais ferramentas, pode-se mensurar o desempenho da

organização, traçando assim, um planejamento estratégico adequado a partir

destas informações.

O objetivo deste trabalho é esclarecer, principalmente ao gestor das

pequenas empresas, como utilizar-se da contabilidade gerencial para

desvendar os mistérios que envolvem as finanças e construir um negócio

lucrativo, e de que forma o seu uso pode contribuir para a sua permanência no

mercado.

A pesquisa se justifica em proporcionar aos empreendedores uma

forma simples de se utilizar a contabilidade gerencial na gestão financeira de

uma empresa, retirando assim o mito ultrapassado de que a contabilidade só é

utilizada para fins fiscais.

Muitos empreendedores, principalmente os de micro empresa e

empresas de pequeno porte, não estão preparados para estarem à frente de

suas empresas, e desconhecem o universo da contabilidade gerencial e sua

importância relevante para o sucesso do seu empreendimento.

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8Por esta razão se faz necessário um estudo a cerca da importância da

contabilidade gerencial voltada para empresas com este perfil de

empreendedores.

A Contabilidade Gerencial visa contribuir positivamente para o sucesso

das empresas, desde que haja compreensão por parte dos empreendedores,

da necessidade de implantação de alguns instrumentos gerenciais.

A Gestão Financeira é o ponto vulnerável de uma grande parte de

empreendedores, principalmente no que se refere às micro e empresas de

pequeno porte brasileiras. Muitas vezes os empreendedores se concentram em

apenas vender, lançar produtos, conquistar mercados que se esquecem do que

realmente importa para o sucesso de um negócio: o lucro.

Por falta de planejamento inicial, desconhecimento da estrutura de

custos, erros na elaboração do orçamento e problemas de capital de giro, é

que a maior parte das empresas morre precocemente. Uma das principais

razões para essa mortalidade é justamente o fato de se ignorar o universo dos

cálculos.

De tanto pensar nas vendas e nos produtos, os empreendedores

tendem a deixar de lado a Gestão Financeira.

Diante de um cenário competitivo e diante de tantas oscilações na

economia, cada vez mais a Contabilidade Gerencial é a ferramenta essencial

para que as empresas possam manter a saúde financeira dos seus negócios e

ao mesmo tempo torná-las rentáveis.

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CAPÍTULO I

CONTABILIDADE GERENCIAL

O CONCEITO

Segundo CREPALDI (1998), Contabilidade Gerencial é o ramo da

contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores

de empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais. É voltada para a

melhor utilização dos resumos econômicos da empresa, através de um

adequado controle dos insumos efetuados por um sistema de informação

gerencial.

Conceitualmente, Contabilidade Gerencial segundo a COSIF:

é a parte da Contabilidade que se refere o fornecimento de

informações e de subsídios para a tomada de decisões de caráter corrente e as

de natureza estratégicas permitindo também efetuar avaliações de

desempenho e fixação do preço de venda baseado no custo, no mercado e no

concorrente [...].

Na visão de Horngren, Sundem e Stratton (2004, p.4):

Contabilidade Gerencial é o processo de identificar, mensurar,

acumular, analisar, preparar, interpretar e comunicar informações que auxiliem

os gestores a atingir objetivos organizacionais.

Para Ricardino (2005, p.9):

a contabilidade gerencial, num sentido mais profundo, está voltada

única e exclusivamente para a administração da empresa, procurando suprir

informações que se 'encaixem' de maneira variável e efetiva no modelo

decisório do administrador.

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10Pôde-se notar que os autores ao conceituarem Contabilidade Gerencial

utilizaram de uma mesma linha de raciocínio: do pressuposto que a

Contabilidade Gerencial serve de ferramenta de tomada de decisão. Porém

não se pode resumir tanto o campo de atuação desta vertente da

Contabilidade.

A contabilidade gerencial é uma ferramenta indispensável para a

gestão de negócios. Há tempos, contadores, administradores e gestores de

empresas se convenceram que a amplitude das informações contábeis vai

além do simples cálculo de tributos e atendimento de legislações comerciais,

previdenciárias e legais.

Além disso, o dispêndio de manter uma contabilidade completa (livros

diário, razão, inventário, conciliações, etc.) não é justificável para atender

somente o fisco. Quando a contabilidade é vista como um mero cumprimento

da burocracia governamental, informações substanciais podem estar sendo

desperdiçadas

As informações geradas pela escrituração contábil, precisam ser

aproveitadas pelos gestores, pois obviamente este será um fator de diferencial

com seus concorrentes: a tomada de decisões com fundamentação real dos

fatos e dentro de uma técnica comprovadamente eficaz – o uso da

contabilidade.

A gestão de entidades, sabidamente, é um processo complexo,

inesgotável, mas pode ser facilitada quando se tem uma adequada

contabilidade.

Segundo Ching (2003, p.4), “para poder trabalhar de maneira efetiva,

as pessoas em uma organização precisam constantemente de informação a

respeito do montante de recursos envolvidos e utilizados”. Não há condição de

uma empresa funcionar e cumprir seu objetivo fim sem um sistema de

informação que forneça dados, que se fazem necessários a todo instante, com

vista à continuidade do negócio.

Nesse aspecto, segundo Iudícibus (1994, p.26), “a contabilidade

assume seu papel principal, ou seja, o de apoiar o gestor em suas decisões, e

dar maior segurança aos seus julgamentos”.

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11Ching (2003, p.6) diz que: “A natureza das informações da

contabilidade gerencial é mais subjetiva, interpretativa e relevante”. Devido ao

fato desta ser mais relevante e de fácil interpretação, quanto a real situação da

empresa, é que a contabilidade gerencial e a contabilidade financeira se

diferem.

A contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente,

como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos

contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade

de custos, na análise financeira, na de balanços, etc. colocados numa

perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de

apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes

das entidades em seu processo decisório (IUDÍCIBUS, 1986, P.15).

Para Iudícibus (1986, p.17), um contador gerencial, “[...] deve ser

elemento com formação bastante ampla, inclusive com conhecimento, senão

das técnicas, pelo menos dos objetivos ou resultados que podem ser

alcançados com métodos quantitativos”. A transformação de números em

informações para a tomada de decisão, fornecendo suporte para que os

empreendedores possam dedicar-se exclusivamente a parte administrativa, é a

responsabilidade desse contador gerencial.

1.1 - Quebra de Paradigma: Duas Novas Contabilidades

Com o aparecimento das grandes corporações, a partir do final do

século XIX, surgiu uma nova forma de sociedade, como conseqüência futura,

um novo tipo de Contabilidade.

Onde antes havia, em sua grande maioria, empresas familiares, o qual

o próprio dono se dedicava a gerir a empresa e ao mesmo tempo estar frente à

manufatura, o mercado foi se renovando, necessitando de produtos cada vez

mais elaborados, assim carecendo de investimentos mais pesados em

manutenção e desenvolvimento do processo produtivo.

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12De acordo com Ricardino (2005), assim apareceu a figura do sócio

capitalista, pois de um lado estavam aqueles que detinham capital, porém não

participavam do processo fabril, e de outro, os gestores desta atividade

produtiva que com seu capital próprio, no entanto, não conseguiam prover

investimentos necessários para o incremento do processo produtivo que vinha

acontecendo.

Desta forma, com o sócio capitalista participando das corporações,

surgiu a necessidade de se demonstrar periodicamente, o resultado do capital

destes investimentos externos.

Até a ascensão do sócio capitalista, os empresários, segundo

Ricardino (2005, p.244): não possuíam qualquer necessidade de prestação de

contas a terceiros e mantinham o registro de suas atividades segundo critérios

pessoais, que atendiam perfeitamente bem a seus objetivos, não sofrendo

imposições de qualquer natureza.

Como não existiam padrões, normas técnicas e nem normas

reguladoras que orientassem as informações a serem divulgadas, e sem a

conscientização, dos gestores da época, em repassar as informações para

seus investidores, criava-se um 'cabo de guerra', onde numa ponta estavam os

investidores vívidos por informações de seus capitais aplicados, e noutra ponta,

os empresários, que além de relutantes para prestar tais informações, não

possuíam conhecimento e/ou recursos suficientes para tal feito.

Esta situação despertou a preocupação pela regulamentação das

demonstrações contábeis e assim, a uniformidade de atividades.

Essa situação abriu novas perspectivas legais e profissionais,

principalmente nos Estados Unidos, onde o desenvolvimento industrial

alcançava uma escala sem precedentes quando comparado a qualquer outro

lugar do mundo. Assim, a partir do início do século XX, a atividade contábil

tornou-se conteúdo de ensino universitário, e aqueles que aprenderam essa

nova disciplina passaram a aplicá-la de forma a atender as normas

estabelecidas para fins societários (RICARDINO, 2005, p.244).

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13Assim, neste contexto surgiria a Contabilidade Financeira, como muitos

a conhecem, pois, havia o usuário externo necessitando de informações, onde

esta exigência foi adaptada pela Contabilidade.

Meio século de avanços tecnológicos, após duas grandes guerras

mundiais, abriu-se campo para o surgimento de uma infinidade de novos

empreendimentos constituídos a partir do capital de terceiros.

A necessidade de informações que tornassem evidente os resultados

dos investimentos foi essencial para a mudança de antigos conceitos

contábeis, voltados ao gerenciamento da produção, por outros dirigidos à

prestação de contas ao acionista. Faz-se assim mais um parêntese para nova

Contabilidade – a Contabilidade Financeira – a qual já havia sido esboçada, e

vinha maturando ao longo do tempo.

"Após a II Guerra Mundial, a necessidade de equacionar os custos e

melhorar a atividade gerencial levou profissionais e acadêmicos a questionar a

validade da contabilidade financeira para fins de gestão e decisão"

(RICARDINO, 2005, p.244-245).

Deste ponto em diante, iniciavam as pesquisas de novas formas de

emprego da Contabilidade. Para alguns autores, estava surgindo um novo tipo

de Contabilidade, a qual, para ser diferenciada da Contabilidade Financeira,

recebeu o jargão de management accounting (em português Contabilidade

Gerencial), sendo este período batizado como a primeira fase da Contabilidade

Gerencial conforme Ricardino (2005).

1.2 - Contabilidade Financeira

A Contabilidade Financeira é uma vertente da Contabilidade Geral,

tendo esta nomenclatura em função de um dos seus principais propósitos:

elaborar e fornecer relatórios e demonstrativos financeiros ao público externo.

De acordo com Atkinson et al. (2008, p.37), a Contabilidade Financeira:

é o processo de geração de demonstrativos financeiros para públicos externos,

como acionistas, credores e autoridades governamentais. Esse processo é

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14fortemente limitado por autoridades governamentais que definem padrões,

regulamentações e impostos, além de exigir o parecer de auditores

independentes [...].

Já para Horngren, Sundem e Stratton (2004, p.4), a Contabilidade

Financeira "refere-se à informação contábil desenvolvida para usuários

externos, como acionistas, fornecedores, bancos e agências regulatórias

governamentais".

Ambos os autores supramencionados acordam entre a finalidade da

Contabilidade Financeira, que, em resumo às idéias expostas, visa demonstrar

por meio de relatórios e demonstrativos econômico-financeiros a situação da

entidade ao público externo (acionistas, governo, fornecedores, bancos, dentre

outros).

Segundo Atkinson et al. (2008, p.37): O processo contábil-financeiro

está restrito às exigências obrigatórias de elaboração de relatórios por parte de

autoridades regulamentadoras externas [...] Como conseqüência, a

contabilidade financeira tende a ser orientada por normas [...].

De um modo amplo, nota-se que o objetivo da Contabilidade Financeira

se confunde com o objetivo das demonstrações contábeis que, para fins de

publicação externa, necessitam atender aos Princípios Fundamentais de

Contabilidade.

Em resumo ao exposto, a Contabilidade Financeira tem por objetivo

demonstrar por meio de relatórios a situação econômico-financeira e

patrimonial da empresa, sempre com base em informações históricas, ou seja,

dando ênfase ao desempenho passado. É normativa, devendo atender os

parâmetros expressos na legislação vigente.

1.3 - Diferenças entre a Contabilidade Financeira e a Gerencial

Tão importante quanto saber como se comportou a empresa no

passado, com base nos demonstrativos financeiros, também se torna de

fundamental importância ao empresário saber o que fazer no futuro, traçar

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15estratégias para situações de dificuldades a serem enfrentadas, fazer um

planejamento das atividades, ou seja, utilizar a contabilidade como uma

ferramenta de gestão empresarial (DIAS, 2006).

Portanto, existem diferenças significantes entre a contabilidade

financeira e a contabilidade gerencial.

Ao passo que a Contabilidade financeira visa atender as exigências

fiscais, ou seja, fornecer informações para clientes externos. A Contabilidade

gerencial está voltada para a gestão da entidade, isso é proporcionar aos

clientes internos informações que possam melhorar a gestão da empresa,

detectando e solucionando problemas existentes na organização.

A Contabilidade Gerencial está relacionada com o fornecimento de

informações para os administradores, isso é aqueles que estão dentro da

organização e que são responsáveis pela direção e controle de suas

operações. A contabilidade gerencial pode ser constatada com a contabilidade

financeira, que está relacionada com o fornecimento de informações para os

acionistas, credores e outros que estão de fora da organização. (PADOVEZE,

1997).

A delimitação das diferenças entre a Contabilidade Gerencial e a

Contabilidade Financeira, pode ser demonstrada de acordo com algumas das

peculiaridades mais significativas entre si.

A primeira diferença é quanto ao usuário da informação. Enquanto a

Contabilidade Financeira lida com a elaboração e a divulgação de informações

econômico-financeiras para o público externo à entidade (acionistas, bancos,

fornecedores, etc.), a Contabilidade Gerencial se limita em fornecer

informações ao público interno da organização (funcionários, gerentes,

executivos).

A segunda diferença é em relação à liberdade de escolha. A

Contabilidade Financeira "está restrita às exigências obrigatórias de elaboração

de relatórios por parte das autoridades regulamentadoras externas"

(ATKINSON et al., 2008, p.37), enquanto que para a Contabilidade Gerencial

não há legislação que a regulamente nem imponha práticas contábeis

específicas. Resumidamente, na Contabilidade Financeira a aderência é

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16compulsória aos princípios contábeis vigentes na legislação por seu viés

normativo, enquanto na Contabilidade Gerencial há liberdade de adoção de um

certo modelo ou outro de gerenciamento sem qualquer punição pelo não

cumprimento de algum critério, pois tais critérios não são formalizados,

possuindo apenas um viés convencionalista.

A terceira diferença está relacionada diretamente com a normatividade

da Contabilidade Financeira, pois a legislação, no caso do Brasil, explicita que

os registros contábeis sejam feitos em moeda funcional do país, ou seja, em

Reais. Já a Contabilidade Gerencial não tem esta necessidade, podendo ser

escriturada em qualquer moeda que se queira, ou em unidades de mensuração

como visto na citação anterior.

A quarta divergência é segundo o propósito e o horizonte temporal.

Nestes aspectos a Contabilidade Financeira encontra-se enquadrada como

uma Contabilidade histórica, onde se baseia em fatos já ocorridos, em fatos do

passado, A Contabilidade Gerencial se baliza no presente e projeta o futuro,

desta forma, analisa o momento atual prevendo possíveis acontecimentos e

assim auxiliando na tomada de decisão dos gestores (ATKINSON et al., 2008).

A quinta diferença é o grau de confiança da Contabilidade. Esta

confiança está relacionada à objetividade e verificabilidade, sendo que esta

verificação é testada mais comumente por algum tipo de auditoria na

Contabilidade Financeira. Já na Contabilidade Gerencial, a auditoria se

mostrará diferente, pois verificará se as regras estipuladas para este sistema

de Contabilidade estão sendo cumpridas, tornando mais complicada tal análise

pela falta de subterfúgios materiais (legislação) para tal julgamento.

O sexto ponto de divergência: profissional especializado. A

Contabilidade Financeira tem a característica de ser evidenciada por meio de

relatórios e demonstrações contábeis, sendo de responsabilidade e autoridade

de profissionais Bacharéis em Ciências Contábeis devidamente registrados no

CRC –Conselho Regional de Contabilidade. Na Contabilidade Gerencial, o

profissional a desenvolver e ser responsável pelos registros contábeis

gerenciais, não requer que necessariamente seja a figura do Contador

podendo ser, por exemplo, o próprio administrador da empresa.

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17O quadro abaixo demonstra as principais diferenças entre a

contabilidade financeira e a gerencial, aqui apontadas:

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CAPÍTULO II

FLUXO DE CAIXA

A administração dos recursos financeiros representa uma das

principais atividades de uma entidade e dessa forma, é essencial um efetivo

planejamento dos recursos captados e, o acompanhamento dos resultados

adquiridos com o objetivo de administrar tais recursos, possibilitando uma

melhor operacionalização.

O emprego de ferramentas gerenciais, como o Fluxo de Caixa, se faz

necessária para uma boa gestão financeira, pois visa orientar e planejar os

recursos disponíveis a partir da criação de cenários. Desta forma, se torna

possível a detectação de necessidades ou oportunidades, para a aplicação dos

valores excedentes de caixa em áreas rentáveis da entidade ou em

investimentos estruturais.

A liquidez aqui é demonstrada pela capacidade de liquidação dos

compromissos assumidos. Assim, neste capitulo descreve-se a importância do

Fluxo de Caixa como ferramenta de planejamento e orçamento das

necessidades ou sobras de caixa para a tomada de decisões.

Iudícibus e Marion (1999, p.218) afirmam que a Demonstração de

Fluxo de Caixa (DFC) “demonstra a origem e a aplicação de todo o valor que

transitou pelo caixa em um determinado período e o resultado desse fluxo”,

sendo que o caixa aglomera as contas de Caixa e Bancos, evidenciando as

entradas e saídas de dinheiro que ocorrem, no decorrer das operações, ao

longo do tempo nas organizações.

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19Thiesen (2000, p.10) afirma que a DFC “permite mostrar, de forma

direta ou mesmo indireta, as mudanças que tiveram reflexo no caixa, suas

origens e aplicações”.

Para Yoshitake (1997), fluxo de caixa é um esquema que representa os

benefícios e os dispêndios ao longo do tempo. E sua gestão visa

fundamentalmente manter um certo nível de liquidez imediata, para fazer frente

à incerteza quanto ao fluxo de recebimento e pagamento.

Já para Assaf Neto e Silva (1997, p.38) fluxo de caixa “é um processo

pelo qual a empresa cria e aplica os recursos de caixa determinados pelas

diferentes atividades desenvolvidas”.

Mediante várias definições pode-se conceituar fluxo de caixa como um

instrumento de controle financeiro gerencial, cuja finalidade é a de auxiliar no

processo decisório de uma organização, visando sempre atingir os objetivos

esperados, fazendo frente à incerteza associada ao fluxo de recebimentos e

pagamentos.

2.1 - Relevância do Fluxo de Caixa

A finalidade principal da contabilidade é o de prover seus usuários com

demonstrações e análises de naturezas econômicas, financeiras, com relação

à entidade objeto da contabilização.

O Balanço descreve uma situação da empresa em uma data

determinada, por sua conotação estática representa uma fotografia da empresa

naquele momento estático. A Demonstração de Resultado do Exercício já gera

uma característica mais dinâmica, porém ainda não proporciona as

informações relativas apenas às receitas e despesas incorridas.

As Demonstrações Contábeis por si só, não representam informações

compatíveis para tornar eficiente a complexa gestão empresarial, com isso é

essencial à utilização de demonstrativos mais simplificados e de maior

compreensão.

Para Assaf Neto (1997) e Frezatti (1997), a Demonstração de Fluxo de

Caixa (DFC) é de fácil compreensão para todos os interessados. Dá condições

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20para a tomada de decisões com relação aos recursos, tornando a empresa

mais competitiva e proporcionando um ambiente apropriado para a atração de

investimentos e também para a obtenção de financiamentos, tanto no presente

como para o futuro.

A elaboração do relatório de fluxo de caixa pode ser construído por

consulta e acumulação de dados das contas representativas das

disponibilidades, bancos e aplicações financeiras. Entendemos, porém, que

isso é um retrabalho informacional, não condizente com a construção de um

sistema de informação contábil gerencial, de enfoque integrativo. (PADOVEZE,

1997).

Concordamos que a gestão diária do fluxo de caixa possa ser elemento

vital para o setor financeiro e de sua responsabilidade. A necessidade de

informação é imediata, e de forma alguma, se pode esperar tratamento contábil

de mais algumas horas ou de um dia. (PADOVEZE, 1997).

O Fluxo de Caixa diário se torna essencial, pelo elevado grau de

necessidade de informações que os administradores precisam obter com

relação, quanto à empresa precisa pagar e quanto tem a receber em

determinado dia.

O Fluxo de Caixa mensal é tão essencial quanto o fluxo de caixa diário.

Enquanto a movimentação dos recursos financeiros dia-a-dia é de importância

operacional para realizar os pagamentos e os recebimentos imediatos, o fluxo

de caixa mensal possibilita uma visão ampla e relevante, o que o fluxo de caixa

diário dificilmente oferece. (PADOVEZE, 1997).

O Fluxo de Caixa mensal é confeccionado para que os gestores

possam acompanhar e controlar os recursos e despesas da empresa.

Segundo Carmo e Outros (1997 – revista CRC SP. Ano 1 n.o. 3) “o

fluxo financeiro para o gestor não integrado com a Contabilidade, fica muito

mais fácil de ser entendido através da Demonstração do Fluxo de Caixa.”

Iudícibus e Marion (1999, p.223) e Campos Filho (1999, p.26)

esclarecem que, não se incluem somente saldos de dinheiro em caixa ou

depósitos em conta bancária na movimentação de recursos financeiros mas,

também, outros tipos de contas que tenham as mesmas características de

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21liquidez e de disponibilidade imediata. O termo utilizado quando da elaboração

de uma DFC, para identificar estes outros tipos de contas é Equivalente de

Caixa, isto é, devem ser consideradas como equivalentes de caixa as

aplicações financeiras com característica de liquidez imediata.

Através da análise dos elementos que compõem a DFC, podem-se

perceber situações como a saúde do negócio e a melhor forma de otimização

dos resultados, bem como avaliar o desempenho e as necessidades do fluxo

financeiro da empresa.

Numa empresa o caixa está em constante movimento, pois a empresa

é algo mutável, onde os efeitos sempre produzem valores, e nesse aspecto a

incorporação do fluxo de caixa é essencial para entender o funcionamento da

micro e pequena empresa.

A administração do caixa é essencial para que se obtenham sucesso e

resistam frente a um mercado tão competitivo (GONÇALVES, 2007).

É importante que o empreendedor avalie a liquidez, isto é, a

disponibilidade de recursos para pagar as obrigações bem como a flexibilidade

financeira da entidade, isso mostra a habilidade de uma empresa financiar suas

operações com recursos próprios. Também é de suma importância que o

empreendedor avalie suas decisões gerencias, pois decisões inteligentes

conduzem a empresa a gerar lucro. Contudo um dos fatores mais expressivos

na analise do caixa é a previsão futura dos fluxos de caixa, onde através de

fluxos de períodos anteriores podem ser previstos valores futuros, o que será

de grande importância no planejamento financeiro e operacional da empresa

(CHING, 2003).

Conforme Garcia (2008, p.8) “A Demonstração de Fluxo de Caixa tem

como função principal controlar o fluxo de entradas e saídas de dinheiro de

uma empresa, proporcionando maior transparência ao negócio e evitando,

assim, desvios financeiros”. A partir do instante que a empresa passa a

elaborar a demonstração de fluxo de caixa, o empreendedor passa a

acompanhar o fluxo de dinheiro na empresa, controlando as entradas e saídas

de maneira eficiente, e passa a ter em mãos uma ferramenta que possibilita

uma visão de toda a movimentação financeira.

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22O quadro abaixo apresenta um modelo simplificado de demonstração

de fluxo de caixa que pode ser aplicado com sucesso em uma microempresa

de comércio varejista:

Demonstração de Fluxo de Caixa - DFC

Fluxo de Caixa Período Janeiro Fevereiro Contas Previsto Realizado Previsto Realizado 1- Entradas Vendas a vista Vendas a prazo Outras Receitas Total de Entradas 2- Saídas Compras a vista Compras a prazo Impostos Salários Outros pagamentos Total de Saídas Saldo Inicial (+) Total de entradas (-) Total de saídas (=) Saldo Final Fonte: (GONÇALVES, 2007, p.132).

A Demonstração de Fluxo de Caixa demonstrada acima pode ser

modificada de acordo com cada empresa, podendo ser adicionado novas

contas na medida em que forem surgindo novas movimentações.

No final de cada mês, é importante também que seja feita uma

comparação entre o que foi previsto e o que ocorreu, pois somente desta forma

será possível ao gestor avaliar suas projeções financeiras e fazer as devidas

modificações, quando necessário.

O cenário competitivo atual exige respostas rápidas e eficazes das

organizações. A antecipada identificação das necessidades ou sobras de caixa

transformou o Fluxo de Caixa num dos mais importantes instrumentos para o

gestor financeiro da pequena empresa. Através deste instrumento de controle e

planejamento, o gestor pode vislumbrar como as decisões empresariais irão se

refletir nos resultados da empresa e como o seu “pulmão” caixa será

impactado.

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23

CAPÍTULO III

CAPITAL DE GIRO

Assaf Neto e Silva (2002) explicam que, para se efetuar a análise da

situação financeira de uma empresa, cuja finalidade é verificar o equilíbrio

financeiro, é essencial o estudo do capital de giro ajustado à realidade

brasileira. Conforme Houston e Brigham (1999, p.561), “a política de capital de

giro se refere às políticas da empresa com respeito a níveis desejados de cada

categoria de ativos correntes e como os ativos circulantes serão financiados”.

Para Assaf Neto (2002, p.190), a importância do capital de giro assim

se expressa: O comportamento do capital de giro é extremamente dinâmico,

necessitando assim, de modelos eficientes e rápidos de avaliação da situação

financeira da empresa. Uma necessidade de investimento em giro mal

dimensionado é seguramente uma fonte de comprometimento da solvência da

empresa, com reflexos sobre sua posição econômica de rentabilidade.

.

Na concepção de Schrickel (1999, p.164), capital de giro “[...] é o montante ou

conjunto de recursos que não está imobilizado. Estes recursos estão em

constante movimentação no dia-a-dia da empresa”.

Hoji (2001, p.109) acrescenta que: O estudo do capital de giro é

essencial para a gestão financeira, porque a empresa necessita recuperar

todos os custos e despesas (inclusive financeira) incorridos durante o ciclo

operacional e obter o lucro desejado, por meio da venda do produto ou

prestação de serviço.

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24O capital de giro é uma das ferramentas responsáveis pelo ciclo

operacional das entidades, pois sua movimentação reflete no estado

patrimonial da empresa. O capital de giro sofre mudanças e cada mudança tem

a finalidade de fazer o capital retornar sempre maior que o valor inicial do ciclo

operacional.

Conforme Olinquevitch e Santi Filho (2004, p.111), “nos livros de

administração financeira americanos, o conceito de capital de giro está

relacionado ao ativo circulante”. Sob o ponto de vista norte-americano, a

definição do capital de giro naqueles textos é expressa da seguinte maneira:

Capital de Giro = Ativo Circulante; e Capital de Giro Líquido = Ativo Circulante –

Passivo Circulante.

Conforme Olinquevitch e Santi filho (2004), a visão dos pesquisadores

brasileiros, é que a literatura contábil brasileira é mais precisa. Nela, o conceito

de Capital de Giro expõe formas mais apropriadas para serem gerencialmente

trabalhadas. O conceito inicial é o de Capital de Giro em seu sentido mais

amplo: Capital de Giro = (Patrimônio Líquido + Exigível a Longo Prazo) – (Ativo

Permanente + Realizável a Longo Prazo).

Segundo Laecio Barreiros, da L&Barreiros Controladoria, saber quanto

é necessário ter em caixa para cobrir os gastos do dia a dia do negócio ajuda a

evitar rombos nas finanças.

Uma gestão inadequada e ineficiente do capital de giro poderá afetar

de forma comprometedora o fluxo de caixa da empresa. O tamanho de capital

de giro utilizado por uma empresa depende de seu volume de vendas, de sua

política de crédito comercial e do nível de estoques que ela precisa manter.

O motivo principal da extinção das pequenas empresas, segundo os

empreendedores, se concentra na falta de capital de giro, indicando, assim um

desequilíbrio nas entradas e saídas de recursos na empresa (SEBRAE, 2004).

Este fato acontece devido ao não planejamento financeiro necessário

por grande parte das pequenas empresas, principalmente o que diz respeito ao

capital de giro e fluxo de caixa, o que segundo Garcia (2008, p.8) “[...] toda

empresa, independente do seu tamanho, necessita de um controle de caixa”.

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25 Segundo Oliveira apud Santos (2003, p. 43) “No balanço patrimonial

da empresa, o capital de giro é representado pelo ativo circulante ou ativo

corrente, composto pelas disponibilidades financeiras, contas a receber e

estoques”. Nesse ponto de vista, capital de giro pode ser compreendido como

os recursos de curto prazo disponíveis para a movimentação do ciclo financeiro

da empresa.

Para Oliveira (2003, p.43):

O capital de giro líquido é igual ao ativo circulante

menos o passivo circulante. Quando é positivo, faz relação

ao volume de fundos de longo prazo (empréstimo e

recursos próprios) aplicados no financiamento de estoques

e contas a receber. Se for negativo (passivo circulante

maior que o ativo circulante), significa que a empresa

estará financiando seus ativos permanentes com recursos

financeiros de curto prazo, o que significa um quadro de

risco.

O pequeno empreendedor deve tomar cuidado com a situação

mencionada acima, pois quando os recursos de longo prazo estão sendo

financiados pelos recursos de curto prazo, demonstra uma situação difícil e de

risco, em que a projeção futura, se nada, for feito é o fracasso.

Com a crescente competição do mercado em geral, as empresas

precisam planejar seu orçamento de custos, despesas, impostos entre outros

tantos compromissos a serem arcados por ela no final do mês. O período de

planejamento financeiro de uma empresa varia de acordo com o seu tamanho,

e no caso da pequena empresa o período de doze meses é ideal para que este

planejamento seja eficaz. Essa eficácia é obtida através do controle do seu

fluxo de caixa (MARQUES, 2004).

Cada tipo de empresa, tem características diferentes e dependendo de

seu tamanho ou ramo em que atua, tem necessidade de um planejamento

específico. O importante é que o pequeno empreendedor fique atento às

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26alterações na conjuntura econômica, ou ainda na política fiscal, o que o levará

a reavaliar seu planejamento inicial e indicar ajustes quando necessário.

Segundo Gonçalves (2007, p.97) “O controle de caixa da empresa é

de suma importância já que por meio dos registros efetuados pode-se tomar

conhecimento da origem e da quantidade de dinheiro que é movimentada

diariamente na empresa”.

É necessário que o empreendedor controle as entradas e as saídas de

dinheiro na empresa, assim como a relação entre as datas de pagamentos das

compras e de recebimentos das vendas, para que o planejamento financeiro

seja elaborado.

Através do cálculo do período médio de recebimento das vendas e do

cálculo do período médio de pagamento das compras, esse controle pode ser

obtido.

Ao fazer esse controle o empreendedor poderá determinar a política de

crédito que trabalha e adequar-se quando, se fizer necessário, o período de

recebimento das vendas, evitando com isso empréstimos onerosos à empresa

e uma possível dificuldade na obtenção de capital de giro. O período médio de

pagamento das compras e a contrapartida do recebimento das vendas

demonstram o período médio que a empresa terá para saldar suas obrigações

(GROPPELLI, 2002).

Através destes cálculos é possível ao empreendedor fazer “operações

coligadas”, ou seja, trabalhar com uma política de crédito que coincida a data

do pagamento de fornecedores com a data do recebimento de clientes, desta

forma não terá dificuldade no capital de giro da empresa.

O capital de giro necessita de verificação permanente, pois está

constantemente sofrendo o impacto das modificações enfrentadas pela

empresa.

Grande parte dos esforços do gestor financeiro, em geral, é voltada

para solução de problemas de capital de giro - formação e financiamento de

estoques, gestão contas a receber e administração de déficits de caixa.

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Na luta pela sobrevivência, a empresa acaba sendo arrastada pelas

dificuldades da gestão do capital de giro e tende a sacrificar seus objetivos de

longo prazo. Os empresários conhecem bem este fenômeno. Uma boa parte do

tempo do gestor é consumida "apagando pequenos e grandes incêndios", onde

o foco mais perigoso reside no capital de giro.

3.1 - Medidas para Solucionar os Problemas de Capital de Giro

As grandes dificuldades de capital de giro numa empresa são devidas,

principalmente, à ocorrência dos seguintes fatores:

- Redução de vendas

- Crescimento da inadimplência

- Aumento das despesas financeiras

- Aumento de custos

- Alguma combinação dos quatro fatores anteriores

A ocorrência de maior freqüência é a redução de vendas. O

empreendedor poderá adotar algumas alternativas para minimizar a ocorrência

dos fatores relacionados acima, como por exemplo:

1. Formação de reserva financeira

2. Encurtamento do ciclo econômico

3. Controle da inadimplência

4. Não se endividar a qualquer custo

5. Alongar o perfil do endividamento

6. Reduzir custos

7. Substituição de passivos

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28É notório que existe um forte mistura entre a administração do capital

de giro de uma empresa e sua administração estratégica.

A solução decisiva para o problema do capital de giro se resume na

recuperação da lucratividade da empresa e a conseqüente recomposição de

seu fluxo de caixa. Esta solução requer muito mais do que medidas financeiras.

Estratégias, operações e práticas gerenciais, entre outras, necessitarão ser

revistas para que o capital de giro volte ao estado de normalidade.

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29

CONCLUSÃO

A pesquisa expôs que a contabilidade gerencial é de suma importância

para qualquer atividade empresarial, em especial as micro e pequenas

empresas. O planejamento financeiro em seus diversos aspectos de estudo

será mais bem aplicado se a empresa mantiver um sistema contábil integrado,

que possibilite a qualquer tempo extrair de dados contábeis as informações

necessárias, que será a base de uma gestão segura e bem sucedida. Com a

intensificação da concorrência e com o mercado em constante mudança, o

empreendedor não pode mais tomar suas decisões baseadas na experiência

que julga ter. É necessário adequar-se as inovações tecnológicas, as novas

mudanças impostas pelo mercado a fim de acompanhar as necessidades

colocadas a cada dia. A contabilidade gerencial, em especial, está mais

presente do que nunca nas decisões dos empreendedores e no cotidiano das

empresas.

O pequeno empreendedor deve cobrar de seu contador maior

participação no que diz respeito a assessoria e ao apoio na gestão de sua

empresa.

Cabe então ao profissional da contabilidade estudar formas de

evidenciar as informações contidas nos relatórios contábeis a fim de apoiar o

processo decisório. O Contador deve ter uma posição mais ativa nas

organizações, o que significa maior tempo para assessoria e menor para as

atividades rotineiras.

Concluímos também, no decorrer deste trabalho, que o fluxo de caixa é

uma ferramenta de controle que tem por finalidade auxiliar o empreendedor a

tomar decisões sobre a situação financeira da empresa. Consiste em um

relatório gerencial que informa toda movimentação de dinheiro (entradas e

saídas), portanto é de fundamental importância para as empresas, é essencial

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30para que as mesmas tenham sucesso, porque sem o fluxo de caixa as

empresas ficam impedidas de fazer planejamentos e de se ter uma gestão

sadia. Entendemos, portanto, que o desconhecimento do empreendedor da

existência de tal ferramenta tão eficaz, afeta de modo muito importante a

gestão do seu negócio. Com certeza os empresários no decorrer do tempo não

atenderão simplesmente a uma legislação apresentando este controle, mas

terão o fluxo de caixa como uma ferramenta necessária no seu dia a dia.

Finalizamos dizendo que não há mistérios a ser desvendados nas

finanças de uma empresa e sim a necessidade do gestor de compreender

como se utilizar das ferramentas gerenciais para que a empresa se mantenha

rentável e lucrativa.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quanto menor a empresa maior a possibilidade desta sofrer com

questões próprias do ambiente. Isto se deve a um maior impacto emocional

dos seus componentes, desde o setor gerencial ao operacional. Isto faz com

que tais empresas apresentem um comportamento de fragilidade e

consequentemente um maior número de erros.

No entanto, tais empresas são a principal força motriz econômica

brasileira tanto em número de empregos quanto em circulação de recursos,

havendo a necessidade de grandes estudos para que estes fatores negativos

sejam minimizados.

Isto pode se dar a partir de um controle gerencial mais efetivo, sendo

que para tanto este setor deve contar com um maior índice de informação em

relação às operações que ocorrem na empresa. Para tal, existe a possibilidade

de utilização de ferramentas contábeis para que possam contar com dados

precisos e corretos na elaboração de metas, estudos de viabilidade financeira,

além de contarem com dados sobre a saúde da empresa e dos diversos

setores que podem fazer parte da mesma.

Os principais fatores ligados ao sucesso da contabilidade gerencial são

a importância devida por parte dos centros gerenciais das micro e empresas de

pequeno porte assim como a integração de sei pessoal para o cumprimento de

todos os requisitos, causais e conseqüenciais da contabilidade gerencial.

Para tanto, esta deve estar voltada para a viabilidade de aplicação

própria das pequenas empresas, que sofrem com a falta de recursos, assim

como a precariedade de conhecimentos gerenciais e administrativos.

Futuros trabalhos na área devem levar em consideração a

aplicabilidade prática e a viabilidade de aplicação das diversas ferramentas de

contabilidade gerencial em relação às empresas de pequeno porte.

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32A caracterização dos problemas concernentes à pequena empresa

também é essencial para tal cometimento, havendo a necessidade de mais

trabalhos que focalizem estes parâmetros.

Outro fator essencial é o estudo de implementações tecnológicas de

menor custo, próprias para pequenas empresas para que estas tenham a

possibilidade de um maior aproveitamento em relação à correção de dados

assim como na elaboração mais eficiente de relatórios e balanços.

Para a tomada de decisões é necessário estar munido de informações

corretas e oportunas. Torna-se necessário mais do que nunca, que o

profissional contábil contribua de forma adequada, com as informações

necessárias e voltada para a realidade em que se inserem as empresas. A

atualização deve ser permanente e contínua, para que novos conhecimentos

sejam adquiridos no objetivo de gerir as informações centralizadas na

contabilidade para uma boa gestão.

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33

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMENTO 02

DEDICATÓRIA 03

RESUMO 04

METODOLOGIA 05

SUMÁRIO 06

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I

Contabilidade Gerencial - Conceito 09

1.1 - Quebra de Paradigma: Duas Novas Contabilidades 11 1.2 - Contabilidade Financeira 13 1.3 - Diferenças entre a Contabilidade Financeira e a Gerencial 14

CAPÍTULO II

Fluxo de Caixa 18

2.1 - Relevância do Fluxo de Caixa 19 CAPÍTULO III

Capital de Giro 23

3.1 - Medidas para Solucionar os Problemas de Capital de Giro 27 CONCLUSÃO 29

CONSIDERAÇÕES FINAIS 31 BIBLIOGRAFIA 33

INDÍCE 36