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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A INFLUÊNCIA DA CROMOTERAPIA NA ARTETERAPIA
Por: Denise da Silva Lessa
Orientador
Profa. Ms. Fátima Alves
Rio de Janeiro
2012
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A INFLUÊNCIA DA CROMOTERAPIA NA ARTETERAPIA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Arteterapia em Educação e
Saúde.
Por: Denise da Silva Lessa.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus pela
oportunidade de realizar esse trabalho, há
muito desejado.
Aos mestres que dedicaram suas vidas ao
estudo para que pudéssemos receber os
ensinamentos necessários à profissão.
Aos colegas que foram sempre parceiros e em
especial a duas grandes companheiras nesta
caminhada: Polyana Poeta, a amiga,
conselheira, e Michelle Soares, a amiga,
parceira.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Deus por ter sido
sempre fiel às minhas orações e súplicas. Aos
Mestres, Colegas, Amigos que torceram por
mim. Ao amigo Ribamar que foi pessoa
fundamental nesta caminhada, pelo carinho
sempre dispensado a mim.
RESUMO
A utilização da Cromoterapia na Arteterapia é de vital importância no objetivo
terapêutico, pois como as cores interferem no emocional do Ser Humano, são
aliadas neste processo. Apresentando a história das cores, os tipos existentes,
suas propriedades físicas e psíquicas sobre os Homens, certificamo-nos de sua
relevância no trabalho arteterapêutico, podendo então traçar novos rumos,
visando uma melhor elaboração do trabalho a ser realizado, criando novas
expectativas para encontrar novos valores, novas ou antigas emoções em
busca do seu crescimento como pessoa, com uma melhor compreensão da
sua psique. Este novo conhecimento do seu Eu, juntamente com o ajustamento
emocional será capaz de proporcionar transformações na vida do Ser Humano
que se sentirá mais equilibrado e melhor.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi através de Bibliografias, Internet, Livros que
abordam o tema com o objetivo de conhecer mais sobre as cores, suas
características e seu comprovado poder de melhorar ou curar o cliente durante
o processo arteterapêutico.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - Cromoterapia 10
CAPÍTULO II - Relacionar os fundamentos da cromoterapia e da arteterapia 15
CAPÍTULO III – Cores x Emoções: Enfatizar o efeito das cores sobre as
emoções 21
CAPITULO IV - Demonstrar a melhora do emocional com a utilização correta
das cores 25
CONCLUSÃO 31
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34
BIBLIOGRAFIA CITADA 35
ÍNDICE 36
8
INTRODUÇÃO
A interferência da Cromoterapia na Arteterapia é inegável, pois através
delas o indivíduo consegue demonstrar seus sentimentos, medos, o que está
"esquecido", consciente ou inconscientemente, reorganizar seu Eu e suas
vivências, vencendo as barreiras existentes em seu emocional. A arteterapia
junto com a cromoterapia é o caminho para que este indivíduo possa perceber,
alterar e entender suas emoções, através das criações que ele executa visando
criar melhorias para seu psique; criar para emocionar-se, criar para evoluir,
criar para viver. As cores auxiliam o indivíduo na maioria das suas criações:
percepção do Seu interior. Cor é vida, e para viver é necessário ter cor, basta
olharmos a nossa volta para perceber o quanto elas agem em nossas vidas.
Quando estamos tristes, preocupados, em luto interior tendemos para as
cores mais "fechadas". O inverso acontece quando estamos alegres,
animados, esperançosos, pois usamos cores "abertas" e este fato acontece
muitas vezes de forma inconsciente.
O mais importante é que não deixemos de criar, de utilizar as cores,
senão morreremos não de forma natural, mas por dentro, tornando-nos robôs
que não têm nem expressam sentimentos, e isso pode ser fatal, principalmente
para o emocional.
Capitulo (I)- Explicar o que é Cromoterapia.
A Cromoterapia é uma ciência usada pelo Homem desde o Egito antigo,
e também pela Índia, Grécia, China. No momento atual existem estudos
confirmando que ela é baseada no Espectro Solar e tem a capacidade de
estabelecer o equilíbrio do corpo, mente e emoção.
Capitulo (II) Relacionar os fundamentos da Cromoterapia e da
Arteterapia.
A Arteterapia está fundamentada na facilitação da recuperação ou
melhora do equilíbrio interior, através da terapia pela Arte que é um Processo
Terapêutico que utiliza técnicas de expressão e criação artística para atingir a
reestruturação do indivíduo.
A Cromoterapia está fundamentada nas cores para a cura do corpo e da
mente e a vibração das cores influenciam nosso corpo e nossas emoções.
9
A relação dos fundamentos da Cromoterapia e da Arteterapia é a ligação
das cores em busca do equilíbrio interno e externo do indivíduo.
Capitulo (III) Enfatizar o efeito das cores sobre as emoções.
As cores impactam nossas emoções. Vivemos em um mundo colorido,
somos atingidos através da visão, depois o cérebro e finalmente surge o bem
ou mal estar se optarmos ou não pela cor preferida. Nossas emoções, na
maioria das vezes são interpretações do efeito da cor. As cores podem criar
uma atmosfera mais ou menos de modo a intensificar ou não o resultado do
Processo Arteterapêutico.
Capitulo (IV) Demonstrar a melhora do emocional com a utilização
correta das cores.
Quando o indivíduo escolhe a cor correta para seu trabalho, há uma
resposta a mais e a comunicação fica fortalecida, porque ele percebe motivos
psicológicos para fundamentar seu EU interior.
10
CAPITULO I
CROMOTERAPIA
A cromoterapia vem sendo utilizada pelo homem desde épocas remotas
nos templos de Heliópolis, no Egito, e também na Grécia, na China e na Antiga
Índia.
De acordo com as pesquisas do Dr. Paul Galiolighi, autor do livro “La
Médicine dês Pharaons” os tratamentos médicos com utilização de cores
iniciaram no Egito. Os sacerdotes médicos tratavam os doentes com as cores
utilizando-se de flores e pedras preciosas.
No século XVII, Isaac Newton, utilizando um prisma, foi o pioneiro na
descorberta de que a luz no seu espectro visível, ao incidir num prisma, se
decompõe em cores que variam do vermelho ao violeta.
O cientista alemão Johan Wolfgang Von Goethe, em 1810 estabeleceu o
aspecto fisiológico das cores e o conceito das cores primárias e secundárias
em seu livro “A Teoria das Cores”. Suas pesquisas duraram cerca de 40 anos,
ele descobriu que a cor vermelha tem propriedade estimulante no organismo, o
azul acalma, o amarelo provoca sensação de alegria, e o verde é repousante.
A intensidade dos efeitos depende da intensidade das cores. A obra de Goethe
“teoria das cores” registra pela primeira vez na história a influencia que a cor
exerce em nossa vida, a nível físico, mental e emocional.
A cromoterapia consta da relação das principais terapias
complementares reconhecidas pela OMS desde 1976, de acordo com a
Conferência Interna de Atendimentos Primários em Saúde de 1962, em Alma –
ATA, no Cazaquistão.
1.1CONCEITOS DE CROMOTERAPIA
O vocábulo cromoterapia é formado por dois radicais: cromo que
significa cor e terapia que corresponde a tratamento ou terapêutica. Então,
cromoterapia é o tratamento pelas cores (BALZANO, 2008).
Cromoterapia é a prática da utilização das cores na cura de doença a
partir do entendimento de que cada cor possui uma vibração específica e uma
11
capacitação terapêutica. Ela é a ciência que utiliza as cores do espectro solar
para alterar ou manter as vibrações do corpo na frequência que resulta em
saúde.
As principais cores utilizadas pela cromoterapia são: vermelho, laranja,
amarelo, verde, azul, índigo e violeta.
1.2 FORMAS DE ATUAÇÃO NA CROMOTERAPIA
Muito já se afirmou sobre o modo como a luz se propaga. Algumas
correntes apoiam a teoria ondulatória e outras preferiram a teoria das partículas
(KLOTSCHE, 1997).
As sete cores do arco-íris resultam da desintegração da luz branca em
seus componentes, as cores. Cada cor refere-se a determinado comprimento
de onda, ou vibração, no espectro visível, essas vibrações de cores que
também podem ser consideradas energias podem causar efeitos curativos
quando são usados os devidos componentes de ondas (cores) (KLOTSCHE,
1997).
As energias das cores produzem efeitos porque certas frequências de
cores ressoam fortemente com determinados xacras. Através de um
intercâmbio ressoante de energia, as frequências das cores energizam e
reequilibram os xacras que eventualmente estejam bloqueados ou
apresentando alguma anormalidade por causa de um processo de doença
(GERBER, 2002).
Segundo AMBER, 1992 as cores apresentam propriedades psicológicas.
A vibração de uma cor é percebida não apenas pela visão ela tem um impacto
sobre todos os sistemas e órgãos físicos do corpo que reagem a essa
frequência (KLOTSCHE, 1997).
As cores podem ser aplicadas no corpo através de procedimentos
específicos ou cristais, através da meditação podendo ser também indicadas
para complementar o tratamento terapêutico em ambientes, vestimentas e
alimentos.
12
1.3 CORES: O QUE SÃO?
Cores é uma variedade de ondulação da luz de acordo com os conceitos
da física e provocam sensação cromática. Cada cor tem um comprimento de
ondas eletromagnéticas e cada objeto colorido possui a capacidade de
absorver ou refletir esses diferentes comprimentos de ondas.
Isaac Newton descobriu que as cores misturadas produzem o branco,
sendo essa mistura o resultado da complementação e integração de onda
eletromagnética produtora de luz.
As cores foram minuciosamente estudadas pelos cientistas os quais
comprovaram que as radiações luminosas criam correntes nervosas, cujas
ondas variam conforme o comprimento, a velocidade e influenciaram e atuam
sobre nosso psiquismo.
Sabemos que onde há cor há uma onda eletromagnética. A cor é uma
característica da percepção visual dos seres humanos, portanto, possui uma
característica de sensação como fenômeno sentido no corpo.
Enquanto na Química as cores são tinturas e pigmentos considerados
como cores primárias (vermelho, amarelo e azul) e como secundárias
(resultantes de combinações das primeiras), para a Física as cores resultam de
uma deflagração da luz feita por esta atravessar um prisma. Desta diferença
refratária surgem sete cores distintas chamadas de espectro. Essas cores são:
vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta que se configuram em
gradações valorativas e conotativas.
Somente conseguimos ver a cor se houver luz, se durante a noite com a
luz acesa observarmos a nossa volta, perceberemos uma quantidade de
formas proporcionadas pelo destaque das cores no ambiente. Contudo, ao
apagarmos a luz e ao ficarmos no escuro total, teremos a sensação de vazio
total, pois nenhuma forma pode ser vislumbrada, nada se destaca.
1.4 A PERCEPÇÃO DAS CORES
Perceber as cores é um fator muito importante na constituição e
ordenação do espaço, ou na constituição da consciência. A sua ausência
13
indicaria o desconhecimento das tonalidades afetivas dispostas nas formas
comportamentais.
A cor também pode ser classificada como a manifestação de
intensidades afetivas de acordo com os resultados dos seguintes efeitos
cognitivos e animosos que produz:
a. De dimensão – porque aumenta ou diminui aparentemente os objetos.
b. De peso – por poder tornar o objeto mais leve ou pesado (ambos
relacionados com a noção de volume).
c. De iluminação – porque absorve uma parte e reflete a outra parte da luz
(relacionada com luz e sombra).
d. De temperatura – porque nos dá ideia de frio ou quente (calor).
e. De simbolismos – porque se relaciona com tradições e culturas
populares, religião. (ex: a cor preta relacionada ao luto no Brasil).
f. De emoção – por estar associado ao nosso psiquismo.
A percepção das cores não pode ser separada da sensação, podemos apenas
conceituá-las separadamente. As cores quentes (amarelo, laranja e vermelho)
provocam e indicam estados de excitação e necessidade de expansão. Já os
frios (verde, azul e violeta) ao contrário, são tranquilizantes e nos dão sensação
de profundidade e de retração.
1.5 A COR NO DIA A DIA
Algumas pessoas sabem qual cor usar para determinado propósito,
enquanto outras não. Outras pessoas veem a cor como uma bela decoração
que julgam como estética, poucas aplicam-na efetivamente para ajudar os seus
semelhantes a melhorar sua condição de vida e de saúde.
Pode-se aplicar a cor como pigmento em paredes, roupas, quadros,
louças e infinitas outras coisas. A cor exerce um impacto ainda mais profundo
sobre o Ser Humano, pois se assemelha a um medicamento homeopático, no
qual as dinamizações mais altas surtem um efeito mais poderoso na cura,
assim, a cor produz mudança química no corpo humano.
As cores associadas as emoções são acontecimentos involuntários que
se manifestam em súbitas descargas psicofisiológicas sob o impulso de alguma
14
necessidade consciente ou inconsciente. A alegria, a tristeza, a raiva, o medo,
a inquietude, a angustia, a surpresa, a decepção e a vergonha são emoções.
As emoções possuem características que se repetem como atividades neurais,
sentimentos, manifestações autônomas e comportamentais.
As cores possuem aspectos e efeitos diferentes, belezas que podem
encantar aos olhos ou entristecer, efeitos agradáveis ou desagradáveis ao
corpo, afinidades ou emoções mais ou menos profundas que valem como
energias fortes, podendo ser utilizada no sentido construtivo ou destrutivo.
Nas células, por exemplo, as cores agem produzindo alterações
fisiológicas no organismo. Quando a célula adoece perde sintonia funcional
com o conjunto, mas, a aplicação de raios coloridos sobre ela força-a a retornar
ao ritmo e padrão vibratório habitual quando sã. Assim como as células, os
conjuntos celulares, órgãos e tecidos, possuem coloração, tonalidade e
vibração especificas. Os desequilíbrios energéticos podem ser classificados
como de origem física e metafísica.
O cromoterapeuta deve ter a sensibilidade desenvolvida para utilizar as
cores de forma adequada, ativando as energias que estão insuficientes e
ajudando a recuperação das células doentes e contribuindo na condução de
melhores hábitos mentais e de conduta, levando à harmonização e à saúde
integral. É fundamental estar atento aos detalhes associando os sintomas às
causas e principalmente estar em equilíbrio mental, físico e espiritual.
15
CAPÍTULO II
RELACIONAR OS FUNDAMENTOS DA
CROMOTERAPIA E DA ARTETERAPIA
A cromoterapia é uma ciência que a partir dos efeitos dos raios coloridos
na esfera psicológica, física e energética do homem, procura estabelecer
parâmetros terapêuticos para tratamento dos mais variados males.
A cromoterapia se fundamenta em 03 ciências:
01) medicina: a arte de curar;
02) física: ciência que estuda as transformações da energia;
03) bioenergética:ciência que demonstra a existência do corpo
bioenergético, analisando a energia vital.
A cromoterapia é utilizada para tratamento pessoal ou ambiental
através das cores. Divide-se em coomologia que é o estudo das cores, e
cromoenergética que é a aplicação da cor. Normalmente é baseada na
aplicação das 07 cores do espectro ou arco-íris que são constituídos de 03
cores quentes: vermelho, laranja e amarelo; 01 cor temperada que é o verde, e
03 cores frias: azul turquesa, o azul índigo ou anil, e o violeta.
Desde os tempos mais antigos, místicos e terapeutas usam as cores
para curar o corpo e a mente, e as cores têm sido importantes em diferentes
tradições espirituais. Hoje, terapeutas, podem medir nossas respostas
comportamentais e nossas reações emocionais usando as cores.
As cores estão presentes em várias situações da nossa vida: nos
alimentos que ingerimos, nas roupas que vestimos, no ambiente familiar e no
trabalho. Na natureza, elas atingem o seu maior destaque, com o brilho da
primavera. A presença das cores é sinal de alegria, descontração, saúde física
e emocional.
Atualmente, o emprego das cores tem se tornado cada vez mais
frequente nos diversos segmentos, que compreendem a decoração, a
publicidade e outros. No tocante à cromoterapia, ela tem se difundido por
vários países, como uma prática alternativa.
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2.1 O FUNCIONAMENTO DA COR NO ORGANISMO
As cores surgem a partir da incidência da luz e a luz é o princípio básico
da vida orgânica além de fornecer calor, sua presença é indispensável ao
desenvolvimento dos vegetais, permitindo a eles realizarem o processo da
fotossíntese. Este consiste na absorção e fixação do co2 presente na
atmosfera e na produção do o2, que é imprescindível para o reino animal e à
vida humana. Este processo demonstra o perfeito equilíbrio entre os reinos
vegetal e animal.
Uma grande variedade de vegetais e frutas serve de alimento para o
homem. A partir da ingestão desse alimento o processo digestivo desagrega as
moléculas dos vegetais, liberando as substâncias necessárias para a
manutenção do corpo. Pode-se dizer que não é só a massa ingerida que nutre
o corpo, mas sim a luminescência contida nos nutrientes dos alimentos. Assim
sendo, as cores não são elementos estranhos ao organismo, o corpo está
acostumado a metabolizar substâncias coloridas. O seu emprego na terapia
tem por objetivo o reequilíbrio das regiões que se encontram carentes de
substâncias orgânicas ou com funções alteradas. A presença das cores
favorece o aproveitamento dos componentes nutritivos das células, bem como
restabelece a ordem funcional.
2.2 FORMAS DE UTILIZAÇÃO DA CROMOTERAPIA
O uso prático das cores poderá ser feito com aplicações de luzes
coloridas (na região afetada, com leves movimentos da luz sobre a área do
corpo.a distância é de apenas alguns centímetros);água “solarizada”(maneira
prática e fácil para se obter os benefícios da cromoterapia) e visualização das
cores(para se beneficiar com este método , basta imaginá-las na região do
corpo que estiver debilitada ou no corpo inteiro, ou ainda projetá-la
mentalmente sobre uma pessoa que estiver precisando dela.
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2.3 FUNÇÕES TERAPÊUTICAS DAS CORES
A cor vermelha é um vitalizador em potencial e estimulante circulatório
que aumenta a produção de glóbulos vermelhos e ferro no sangue, indicado
pra anemia. Eleva a pressão e energiza o fígado não sendo recomendado usar
vermelho nos casos de febre, taquicardia e pressão arterial elevada.
Laranja é um desobstruidor em potencial, usado para auxiliar nos
tratamentos de pedra nos rins e na vesícula. Também recomendada para
cistos, nódulos e formações tumorais benignas. É útil na desobstrução dos
vasos sanguíneos e nas taxas aumentadas de colesterol e triglicerídeos. Pode
ser utilizado como substituto do vermelho, quando este não puder ser
empregado.
Amarelo é um estimulante do pâncreas e dos nervos sensoriais e
motores, indicado para diabetes mellitus e atrofias nervosas e musculares.
Favorece a digestão, produz efeito relaxante e combate os vermes da flora
intestinal. Seu efeito terapêutico abrange a pele, favorecendo na manutenção
da elasticidade e cicatrização. É também recomendado para manchas, cravos
e espinhas. (Contraindicações: infecção, inflamação, gastrite e úlcera).
Verde possui efeito de equilíbrio em todo organismo; por isso pode ser
associada a qualquer outra cor para aumentar os benefícios da cromoterapia.
Assim, além do efeito terapêutico das demais cores nos órgãos afetados pela
doença, a presença do verde favorece breve recuperação. É indicado para
qualquer problema circulatório e cardíaco, regulariza a pressão arterial. A
mistura do verde com o amarelo forma o verde limão, que favorece a
constituição óssea, sendo indicado para a osteoporose.
Azul é a cor de maior propriedade terapêutica, produz efeito calmante,
antisséptico, bactericida, adstringente e analgésico, nos órgãos e sistemas do
corpo. é indicado nos casos de taquicardia e aumento da pressão arterial e
favorece a coagulação sanguínea. É recomendada para todas as doenças
infecciosas e inflamatórias, principalmente quando com febre.
Violeta como estimulante imunológico, seu uso é apropriado para todos
os tipos de infecções. Promove o fortalecimento do SNC; é conveniente nos
18
casos de derrame cerebral (AVC) mal de Parkinson e outras complicações
neurológicas. é recomendado também para tumores malignos.
O mundo constitui-se de cores. quando abrimos os olhos, a primeira
coisa que vemos são as cores, através dos tons e dos sombreados, que nos
dão um tônus, ou uma qualidade afetiva às nossas percepções em função da
luminosidade existente.
Sentimentos e ideias tanto podem ser expressos através de formas
quanto de cores e texturas. Sendo, portanto, o estudo das cores um fator
importante para o complemento da investigação acerca das relações e
representações humanas. (URRUTIGARAY,2008-pg.113).
2.4 FUNDAMENTOS DA ARTETERAPIA
O universo da arte é fundamentado na materialização de imagens
mentais, formadas pelas ideias ou ideais, encontra com materiais plásticos, nas
performances corporais, na música e etc., o continente para a concretização
das necessidades individuais.
A experiência do trabalho com arteterapia proporciona a
possibilidade de reconstrução e de integração de uma personalidade, pois ao
ser possível integrar, pela atuação consciente , o resultado do criado com a
temática emocional oculta na representação apresentada, o sujeito adquire a
condição de transcender as suas vivências imediatas, experimentando novos
sentimentos e disponibilizando-se para novas oportunidades.
O poder da autoridade de inovar, de fazer diferente, aumenta a
autoestima, fortalece a personalidade e dota de energia a consciência para
enfrentar futuras escolhas e definições diante da própria vida.
2.5 A CONCEPÇÃO DE ARTETERAPIA
Com a utilização do termo concepção, visa-se atingir a origem da
palavra arteterapia a partir da utilização de medidas tomadas frente a sua
própria prática.
O trabalho com arte, nos centros de reabilitação psiquiátricos, inicia-
se, primeiramente, com pessoas com formação artística.
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Com o surgimento da psicanálise, e o aprofundamento nas questões do
inconsciente, a utilização de modalidades expressivas, com finalidades
terapêuticas, ganha a categoria de elemento propiciador de catarses e de
entendimento para o terapeuta acerca dos problemas de seu paciente, com o
de avaliação do progresso do tratamento e da possível melhora do paciente.
Para Freud a arte é um produto de uma neurose que se encontra
sublimado. Desse modo percebe-se que a arte é explicada como sendo a
manifestação de um mero sintoma, e não um ato genuíno de criatividade.
Com Jung a arte já se vincula aos postulados de sua psicologia analítica,
por considerar suas configurações portadoras de conteúdos simbólicos,
originários do inconsciente como receptáculo e matriz dos mesmos, capazes
de serem submetidos à investigação psicológica, e por permitir o
questionamento acerca do sentido dado à obra.
No Brasil, a arteterapia ganha destaque com o trabalho pioneiro de Nise
da Silveira. Como grande admiradora de Jung, as produções deveriam estar
desprovidas de valor artístico, para não estarem submetidos a julgamentos
pertinentes aos padrões estéticos presentes na arte como tal.
Assim surge a arteterapia como um referente transcendente às
questões relativas ao desenvolvimento de habilidades, das finalidades
artísticas, de instrumentos de diagnóstico e prognóstico. Revestida de um valor
técnico, visa à expressão ou a comunicação de representações como as
fantasias e sentimentos. Tendo como finalidade a atualização da imaginação
transformadora.
Resumindo, a finalidade da arteterapia consiste em possibilitar a
emergência de uma imagem imaginada transposta em imagem criada, a partir
da utilização de materiais plásticos, que cedem sua flexibilidade e
maleabilidade a quem os utiliza, para expressar seus conteúdos íntimos.
2.6 A ESTRATÉGIA DO TRABALHO COM ARTE
A arteterapia alcança sua meta como função terapêutica por permitir
essa passagem de um conteúdo inconsciente, não assimilado, transformado
em outro conscientizado.
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A arteterapia busca um visualizar de conteúdos expressivos, onde a
forma converte a expressão subjetiva em comunicação objetivada.
Classificando mais essa abordagem conceitual, a forma originada traz
em si uma realidade empírica em contraste com a mera possibilidade, ilusão,
imaginação ou idealização.
Por realidade empírica entendemos tudo o que existe e que pode ser
conhecido através da experiência. Por sua vez, a palavra experiência expressa
o conhecimento adquirido e transmitido pelos sentidos e pela consciência.
Assim, experiência de ordem externa, que são conhecidas pelos nossos
sentidos físicos e os de ordem interna, que são os nossos conhecimentos de
nossos processos anteriores obtidos pela consciência, através de mecanismos
de apreensão dos mesmos, chamados de introspecção.
O trabalho com arteterapia visa exatamente permitir a ação mental, ou a
elaboração, com o intuito de extrair a emoção que se encontra oculta, como
ideia na imagem formada, em princípio inexistente no sentido empírico.
Através de uma seriação de imagens produzidas, o cliente tem a
possibilidade de perceber-se a partir da constatação na evolução de suas
imagens, e efetuar comparações entre elas, alcançando , por meio desta
dinâmica, a possibilidade de “plasmar-se”. (JUNG, 1999)
A arteterapia converte-se, assim, num caminho direcionado à
individuação (JUNG). Por ele entendemos o processo de construção do
indivíduo, conseguido através da expressão de impulsos inconscientes, que ao
serem objetivados tornam-se passíveis de serem confrontados.
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CAPÍTULO III
CORES X EMOÇÕES: ENFATIZAR OS EFEITOS DAS
CORES SOBRE AS EMOÇÕES
“O cromoterapeuta deve ter a sensibilidade desenvolvida para utilizar
as cores de forma adequada, ativando as energias que estão
insuficientes e ajudando a recuperação das células doentes e
contribuindo na condução de melhores hábitos mentais e de conduta,
levando à harmonização e à saúde integral. É fundamental estar
atento aos detalhes associando os sintomas às causas e
principalmente estar em equilíbrio mental, físico e espiritual. (Palavras
apresentadas por Caroline Amarante Ueno; Fisioterapeuta; Tutora em
EAD/ Portal Educação, referidas e consultadas no site:
http://www.portaleducacao.com.br/medicina-
alternativa/artigos/9918/cromoterapia-o-poder-das-cores)”
3.1CORES:
Sabemos que onde há cor, há uma onda eletromagnética. Assim, do
mesmo modo, onde há emoção, há energia psíquica em ativação. Desta forma,
podemos vincular a presença de cores nas expressões criativas como
representações de nossos afetos.
A intensidade da cor, de acordo com os critérios de tonalidade,
claridade e saturação imprime a vibração ou a frequência natural dos nossos
estados psíquicos.
A cor é uma característica da percepção visual dos seres humanos e
através dessa percepção, conhecemos e identificamos a cor, mas, o que
visualizamos como sendo cor não é tudo sobre ela, pois a sensação por ela
produzi da no nosso corpo é sentida ao nível psicológico como um sentimento,
seja de amor, de ódio, de calor, de repulsa, de prazer ou de desprazer.
A percepção não pode ser separada da sensação, podemos apenas
conceituá-las separadamente.
Assim quando percebemos um objeto, só o fazemos pela incidência de
luz ou através da iluminação feita nele. A coloração percebida faz sentir
sensações e sentimentos em função dela.
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3.2 EMOÇÕES
A emoção é a parte mais bela e mais “burra” da psique.
Ela dá sentido à vida, enaltece a existência, rejuvenesce os idosos, traz
esperança para os abatidos e faz ricos os pobres. A emoção é encantadora,
mas é destituída de lógica.
Excelentes alunos, cientistas, pensadores, executivos, profissões
liberais, funcionários são derrotados em suas vidas não por problemas
externos, mas pelo caos interior.
Aprendemos a matemática numérica, mas não a matemática da
emoção.
Aprendemos a língua, mas não aprendemos a linguagem da emoção.
Por isso, aprendemos a explorar o mundo de fora, mas não aprendemos a
explorar o mundo de dentro.*Centenas de milhões de alunos cursam escola
clássica, mas não se preparam para a escola da vida. As ofensas às derrotam,
as frustrações os abatem, as perdas os traumatizam. Quem não se prepara
para ser ofendido frustrado e para sofrer algumas perdas, não aprendeu as
lições básicas da escola da vida. Quem não aprendeu a proteger sua emoção
das forças de tensão faz dela uma lata de lixo. A educação clássica está a
séculos de distância da educação da emoção.
Muitos pensadores têm procurado estudar a emoção, mas não poucos
ficam mais confusos à medida que avançam. O que são os sentimentos? Que
natureza constitui as emoções? Como transformamos as emoções tão
rapidamente? Qual a relação que as emoções têm com os pensamentos?
Há pensamento sem emoção, mas não há emoção sem pensamento. As
emoções são desencadeadas pelos pensamentos, ainda que eles sejam in
conscientes ou poucos perceptíveis.
A emoção é um campo de energia em contínuo estado de transforma
cão. Produzimos centenas de emoções diárias. Elas se organizam se
desorganizam e se reorganizam num processo contínuo e inevitável. O ideal é
que o círculo de transformação de emoção seguisse uma trajetória prazerosa,
ou se já, que um sentimento de alegria se transformasse num sentimento de
paz, que se transformasse numa reação de amor, que se transformasse num
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experiência contemplativa. Mas, na realidade, o que ocorre na vida de cada Ser
Humano é que a alegria se converte em ansiedade, o prazer em irritabilidade,
enfim, as emoções se alternam.
3.3 COMPREENDENDO O SIGNIFICADO DAS CORES
*Marrom: É um tom terroso, que tem cor, aparência e geralmente está
associa da com o crescimento e a vida. Emoções expressas pelo marrom:
pensamento material, credibilidade, conforto, durabilidade, simplicidade,
longevidade, intimidade, fertilidade, generosidade, a sujeira, o trabalho duro.
Quando pensar nesta cor, deve-se pensar em terra, madeira, construções,
realizações.
*Ouro: É uma cor que exerce riqueza e tem um sentimento geralmente
de classe a ele associados. A fim de ser utilizado corretamente para obter
essas conotações. Dinheiro e riqueza as duas principais associações, e
universal com a cor ouro. Quando pensar em ouro deve pensar em casamento,
riqueza.
*Amarelo: É a cor ideal para estimular a criatividade mental. È uma
das cores primárias da atenção. É indicado não usar esta cor em tom leve, por
perder o efeito da cor. Emoções típicas da cor são: inteligência, luz,
cooperação, alegria, felicidade, otimismo, riqueza, prudência (quando usado
em menor quantidade), esperança, verão, filosofia, incerteza, intranquilidade.
Quando pensar nela relacione-a ao sol, religião e precauções.
*Verde: É uma cor de terra e de apaziguamento, também pode indicar
inteligência. Normalmente o verde está associado com as seguintes emoções:
terra mãe, sucesso monetário, abundância, fertilidade, crescimento, renovação,
juventude, ambiente tranquilo, refrescante, calmo, boa sorte. Quando pensar
nesta cor, deve-se pensar em dinheiro, saúde, tranquilidade.
*Azul: É a cor da sabedoria e da confiança, que é também a cor
preferida por 2/3 de pessoas no mundo, e é a cor que a maioria das culturas
aceita. Isto pode ser porque o céu é azul e a água reflete o céu. É geralmente
associada com a tecnologia e progressiva criatividade. Os sentimentos mais
comuns que as pessoas têm com o azul são: comunicação, sabedoria,
24
proteção espiritual, calma, tranquilidade, fluidez, água, paz, paciência. Quando
pensar no azul, deve-se relacionar com o oceano, tecnologia, e tranquilidade.
*Roxo: É a cor geralmente associada à realeza e também a mais
apreciada pelos pré-adolescentes, sobre qualquer outra cor. Influência, poder
espiritual, auto-expressão, dignidade, aspirações elevadas, espiritualidade,
nobreza, cerimônia, mistério, transformação, sonhos, extravagância, magia,
ego, fama, luxo e poder. Quando pensar no roxo, lembre-se de monarquia,
criança e no luxo.
*Branco: É uma cor pura, e é normalmente associada a ser bom. É
também, a cor mais aceita nas religiões. As típicas emoções derivadas do
branco são: paz, espiritualidade, pureza, virgindade, reverência, humildade,
precisão, inocência, juventude, nascimento, inverno, neve, esterilidade, frio,
clínicas, clareza, perfeição, bondade, justiça, luz, fé, caridade, união, santidade.
Quando pensar em branco, relacione com igreja, bondade.
*Preto: É uma cor que tem conotações negativas, por vezes misteriosas,
e que pode criar uma imagem errada quando utilizada indevidamente. Os
típicos sentimentos que são derivados do preto são: proteção, repetição,
negatividade, pó der, sexualidade, sofisticação, elegância, mistério, medo,
maldade e anonimato, infelicidade, profundidade, estilo, mal, tristeza,
arrependimento, raiva, noite e vazio. Quando pensar no preto deve-se pensar
no espaço, mistério.
25
Capítulo IV
Cores x Emocional: Demonstrar a melhora do emocional com a utilização correta das cores.
O trabalho com as práticas expressivas, ou o recurso da arteterapia,
tem como objetivo facilitar e habilitar a comunicação das experiências do
cliente em situação analítica.Assim sendo, a introdução da arteterapia na
relação analítica flexibiliza a entrada do cliente em situação de análise, já que
ela favorece as projeções das experiências de vida, das suas necessidades e
possibilidades virtuais.
As configurações produzidas realizam a conexão entre o mundo interno
e externo do cliente, por meio de imagens ou pontes simbólicas. E, dês te
modo, disponibiliza e mobiliza os recursos internos para criações de novas
identidades.
O símbolo é a expressão do inconsciente, o qual só consegue
revelarem-se por meio de linguagens em imagens, como fantasias, ideais,
sonhos e atividades espontâneas.
4.1 CONSIDERAÇÕES ACERCA DO USO DAS CORES
O uso das cores também traz a influência na determinação do
enquadramento dos conteúdos internos e a possibilidade de verificar o
andamento da relação analítica, pois, por meio dos tons e dos sombreados,
elas nos dão um tônus ou uma qualidade afetiva às percepções, segundo a
luminosidade existente(URRUTIGARAY).
Assim sendo, sua utilização é indicativa da intensidade emocional, ou da
energia psíquica a ela associada, tal como a sensação cromática está para o
comprimento das ondas eletromagnéticas, segundo os conceitos da Física.
Desta feita, podemos fazer corresponder à cor com a emoção, da mesma
forma que a luz com a energia psíquica.
Como a onda eletromagnética, ou a refração da luz, propaga-se
independentemente de existência de matéria, os conteúdos ídeo-afetivos (os
arquétipos) também se manifestam sem a presença concreta de meios
26
materiais. Uma vez que a luz é a responsável pela existência das cores, ela
permite a organização do espaço e da consciência, e sua ausência indica a
escuridão, a inconsciência e o desconhecimento ou o afastamento dos afetos
envolvidos nas atitudes e nos comportamentos.
4.2 RELAÇÃO DAS CORES COM SUAS TONALIDADES AFETIVAS
Relacionar o uso das cores com as tonalidades afetivas traz para a
interpretação analítica a compreensão cognitiva para questões animosas a
partir das seguintes noções inclusas nas composições:
• de dimensão: a intensidade de cor pode aumentar ou diminuir a
aparência de um fato psíquico;
• de peso: segundo a quantidade usada, um afeto pode tornar-se mais
Le vê ou mais pesado de acordo com as cargas emocionais colocadas
nas expectativas, nas idealizações ou na inflação de ego;
• de iluminação: os efeitos de sombreamentos (claro versus escuro)
sinalizam relações entre os aspectos permitidos ou aceitos pela
consciência e os ainda sombrios ou mais defendidos pela consciência;
• de temperatura: segundo a interação com as cores quentes e frias usa
das, temos referências ao posicionamento diante das relações pessoais:
intensa ou fraca; calorosa ou resfriada;
• de aspectos culturais : por indicar os efeitos das tradições, mitos,
ideologias e religião assimilados pelo cliente;
• de matriz ou tonalidade: de acordo com o tom escolhido e de sua grã
dação, pode-se perceber o grau de emoção envolvida na projeção
efetuada: impulsiva ou moderada; intensa ou fraca; vibrante ou contida;
próxima ou distanciada; exuberante ou depressiva etc.
Quando as cores são muito fortes ou muito fracas, sejam primárias
(vermelho, azul e amarelo), secundárias (as demais) ou neutras (preto e
branco), indicam desestabilizações dos estados emocionais. Estes podem
sinalizar entre os extremos da sensibilidade, desde intensas a débeis
paixões. Com as fortes presenças do vermelho, amarelo e laranja,
relacionam-se tendências a manifestações calorosas de força, de
27
irritabilidade, de agressividade, de paixão, de iluminação, de sensualidade.
De cordialidade, de poder, de glória, de aspiração ascensional.
4.3 A INFLUÊNCIA PSICOLÓGICA DAS CORES As cores influenciam psicologicamente os seres humanos de várias
maneiras,e são mais ligadas às emoções do que propriamente à forma. Se
várias figuras coloridas forem mostradas a um grupo de pessoas, essas
pessoas se lembrarão mais facilmente das cores do que das formas dessas
figuras.
Quando escolhemos uma cor para elaborarmos um trabalho, devemos
ter em mente que estamos lidando com um elemento de estímulo imediato, e
que essa cor escolhida provocará diferentes reações em seus observadores,
reações essas que pode ser positiva ou negativa, dependendo de sua
utilização.
Por isso, é extremamente importante estarmos atentos à psicologia das
cores e seus significados, para melhor aplicarmos essas cores em nossos
trabalhos.
As cores têm um impacto nas nossas emoções. Vivemos em um mundo
colorido. E, mesmo que a gente mal repare, as cores tingem nosso campo de
visão e invadem o cérebro, influenciando-o para o bem ou para o mal, quer
você queira, quer não. Mas depois de saber que o motiz do fogo incendeia
nossas emoções, a pergunta que se segue é: como as outras cores afetam
nossa mente e bem-estar?
A Neurocientista Cláudia Feitosa Santana, que desenvolve seu pós-dou
torado em visão humana das cores na Universidade de Chicago, nos EUA,
tem, no entanto, uma boa justificativa para nos sentirmos bem em lugares
claros.
“Precisamos da luz do dia. E o que é essa luz Fisicamente é uma
somatória de todas as frequências de ondas que formam o espectro solar e
que resultam em branco”. Daí o conforto dos ambientes cândidos. Mas,
detalhe, se o tom for asséptico, impessoal demais, a sensação poderá ser
desagradável, justamente porque se distancia da luz natural.
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Explorar essa ação cromática é uma missão que especialistas em
Marketing, Semiótica, a ciência dos símbolos, ou arquitetura. Seja na hora de
bolar um anúncio, sinalizar um perigo, decorar a casa, seja para tornar o
hospital menos árido.Nesse último caso, a escolha de mensagens calmas
como o azul e o verde-água têm a intenção de apaziguar o paciente. Já o rosa
ou o escarlate pode levar à confusão em um diagnóstico. ”Esse problema já
aconteceu em uma ala da pediatria com paredes rosadas. É que o rosa, como
o vermelho provoca um efeito colateral que é o de esverdear o entorno, até a
pele”. Alerta Cláudia.
O crédito das cores nunca está, é bom frisar, destacando seu contexto.
Isso interfere enormemente na percepção visual. “E é um dos maiores motivos
pelos quais é muito difícil afirmar que tal cor é melhor ou pior para determinada
coisa”. Esclarece Cláudia. A pesquisadora se refere principalmente às
experiências que podem alterar uma qualidade. Se você morava em uma casa
cor laranja e foi muito infeliz lá, pode se que não queira usar esse tom em sua
roupa.
“As cores são interpretações do nosso cérebro, que reúne informações
das frequências de ondas recebidas e os dados guardados na nossa memória”,
traduz Edson Amaro responsável pelo Instituto do Cérebro do Hospital Israelita
Albert Einstein, na capital paulista e Professor do Departamento de Radiologia
da Universidade de São Paulo. Em resumo: Cor é vital, mas não é tudo. Se
fosse, o Brasil nunca seria Pentacampeão do mundo vestindo azul e amarelo.
A Rússia teria mais chances.
A variedade de cores produz um imenso conforto físico, mental e
espiritual em nossas vidas. Diversificando com as cores que encontram na
natureza, chegamos a algumas conclusões que causam o bem estar.
É tortura ficar em um ambiente com uma só cor. É a diversidade das
cores que reproduz o bem estar. Vamos mostrar como as cores mudam a
energia de um quarto, por exemplo: Quartos de bebês precisam de cores
vibrantes para eles serem estimulados. Para quartos de jovens, o verde é o
mais indicado, pois causa harmonia na agitação deles. Para quartos de idosos,
área com cores diferenciadas e linhas delineadas são os mais indicados.
29
Cada cor tem um atributo.
-Verde: Traz harmonia e tranquilidade;
-Roxo: Traz mistério para o local:
-Amarelo: Excitação e agitação;
-Vermelho: Expansão e estimula a exteriorização;
-Cinza: Traz frieza, pois não cria estímulos fisiológicos ou mentais;
-Azul: Interfere na tristeza e a solidão.
Quando intensamente minimizadas, os efeitos perceptíveis indicam falta
ou distanciamento afetivo destes valores. O uso exagerado do azul traduz uma
exagerada tendência à retração, à profundidade, à depressão, ao isolamento, à
frieza, ao distanciamento, mas também de concentração, de racionalização, de
intelectualidade. Já com pouca intensidade, esta cor aporta inversamente para
as mesmas e intensas noções. As cores neutras, preto e branco, também
trazem o mesmo efeito assinalado que as anteriores, principalmente quando
elas se apresentam bem mais escuras que as demais cores usadas. No
entanto, se o acréscimo da cor branca traz mais luminosidade e clareza às
formas, o aumento do preto sobre elas diminui a luz e a claridade delas e,
consequentemente, ”tenta esconder” a imagem, aportando impressões de
peso, densidade, ocultação de “segredos”, negação dos conflitos e dificuldades
afetivas.
O processo de leitura de imagens, é fundamental ao processo analítico,
tendo em vista que todos os fatos psíquicos são simbólicos, porque eles
representam mentalmente todas as vivências e os propósitos na busca pela
individuação.
Estabelecemos os vários efeitos visuais que a realização das fantasias
provoca, em função da escolha e do uso das técnicas, das cores, dos esboços
surgidos, da presença ou da ausência de superposições de elementos, do
aumento ou da diminuição das figuras, das impressões de valorização ou
desprezo. Falamos das sensações de sombra e claridade, de proximidade, de
distanciamento, derivados dos matizes, das tonalidades e da expressividade
usadas, como sendo a manifestação do tônus afetivo, e que esta intensidade
30
pode ser comparada segundo os ritmos dos aos traçados e às luminosidades,
causando intenções de força, calmaria, violência, moderação, separação,
distância ou ausência de afeição.
A prática da Arteterapia é, por conseguinte, uma prática própria à ação
da Psicologia Analítica. Enquanto técnica, ela responde às considerações de
poder adiantar a aplicação da imaginação ativa criada por Jung, sem o risco de
promover ideias delirantes ou fantasias fugidias. A possibilidade de ativar a
criatividade e de poder transformar imaginações em criações modifica
sensivelmente os estados indiferenciados pelas influências arquetípicas em
outras aqui posições particulares, pessoais e únicas. A manifestação concreta
dos símbolos pela arteterapia é apropriada para a manifestação do
inconsciente. Em tempos modernos de relação entre custos e benefícios, a
prática da psicoterapia, auxiliada pelas técnicas expressivas, ajuda a “acelerar”
o ritmo de tomada de consciência da individuação, pois a produção de imagens
permite uma alternativa para a expressão e a articulação de sentimentos
impossíveis de serem verbalizados.
Ademais, é necessário se fazer uma clara distinção entre o processo
artístico e o arteterapêutico, pois o processo de arteterapia visa à descoberta
das emoções ocultas nas imagens. A direção da investigação feita pelo analista
está voltada para revelar o desenvolvimento dos níveis de contato do cliente
com seus conteúdos internos. Para tanto, o analista deve estar sempre fazendo
pontuações que relacionem as produções com a história de seu paciente.
A humanização do ambiente físico hospitalar, tendência atual dos
projetos de arquitetura, ao mesmo tempo em que colabora como processo
terapêutico do paciente, contribui para a qualidade dos serviços de saúde
prestados pelos profissionais envolvidos. As cores são consideradas
coadjuvantes do processo terapêutico, atuando no equilíbrio do corpo e da
mente. Assim sendo, sua utilização deve ser planejada nos estabelecimentos
de saúde. Este estudo tem como propósito investigar os efeitos das cores nos
aspectos físicos e emocionais das pessoas que convivem em ambiente
hospitalar e propor a utilização das cores de forma a promover o bem-estar
desses indivíduos.
31
CONCLUSÃO
São inúmeras as possibilidades que o ser humano tem diante de si para
exercitar sua expressão criativa. A mente tem sido privilegiada ao longo do
tempo, mas todos nós sabemos que trabalhar com as mãos, com o corpo, com
a voz são atividades equilibradoras, especialmente para os indivíduos que se
encontram imersos em uma sociedade tão mental e, ao mesmo tempo, tão
superficial.
Se não são privilegiados exteriormente um tempo e um espaço para o
Homem entrar em contato com sua essência, é preciso que cada um de nós
possa criar e manter este espaço para si mesmo e, eventualmente para
outros. Urge encontrar-se para sair da existência comandada por padrões
estabelecidos pelos outros que, muitas vezes, nos acostumamos a pensar
como nossos. É nesta viagem ao encontro do território do Si mesmo que a
Arteterapia dá sua grande contribuição. É muito importante destacar que
Arteterapia não é a simples utilização de técnicas expressivas no ambiente
terapêutico; ela é um processo do qual as imagens são o guia e em que as
técnicas são facilitadoras do surgimento dos símbolos pessoais.
A Arteterapia inscreve a expressão em um processo que faz evoluir a for
ma criada. Ela procura fornecer suportes materiais adequados para que a
energia psíquica plasme símbolos em criações diversas que retratem múltiplos
estágios da psique, ativando e realizando a comunicação inconsciente e
consciente.
As técnicas criativas são extremamente atraentes e muitas vezes
acabam por fascinar o profissional que trabalha com elas, oferecendo o risco
de que a técnica se transforme na locomotiva que puxa todo o processo. Na
realidade, só deverá ser utilizada quando ela fizer algum sentido no tema que o
indivíduo estiver trazendo. Dizendo de outra forma: é o próprio sujeito, através
das temáticas que trouxer ao espaço terapêutico, quem estará inspirando ao
terapeuta a utilização desta ou daquela técnica. Não cabe ao terapeuta jamais
programar antecipadamente o recurso que estará utilizando em determinada
32
sessão, sem que tenha ouvido o que mobiliza o sujeito naquele dia e
estabelecido pontos de contato com o que já veio à luz anteriormente.
Consideramos que a Arteterapia deve se utilizar de uma variada gama
de materiais - papéis, tintas, lápis de cor, cola, tesoura, tecidos, fios, madeira,
plástico, argila, massa e tantos mais –e técnicas- desenho, pintura, colagem,
modelagem, construções, personagens.
É importante que o profissional de arteterapia possa ter uma vivência
bastante diversificada em sua expressão plástica, mesmo que eleja uma
prática que privilegie para o seu próprio processo.
O importante é ter consciência de que existe toda uma fundamentação
teórica nessa escolha: haverá momentos em que será necessário facilitar a
libera cão de conteúdos inconscientes; haverá outros em que teremos que
permitir a estruturação de conteúdos que já surgiram previamente. Em alguns
casos a técnica deve ser a mais simples possível, em outras situações é
importante até mesmo minimizar os recursos oferecidos, o que é uma forma
indireta de vivenciar limites, restrições.
Há técnicas mais adequadas à fase de inclusão, ou seja, as fases em
que os participantes ainda não se conhecem e estão começando a explorar a
possibilidade de construir laços; outras que podem ser aplicadas na fase de
dominação, isto é, quando os vínculos começam a se estabelecer e surgem
as lideranças; e ainda outras que se prestam ao trabalho da última fase, a da
afetividade. Na primeira fase, trabalhos mais individualizados; na segunda fase,
trabalhos em pequenos grupos, na ultima fase, a possibilidades de trabalhos
coletivos.
Da mesma forma, em um trabalho individual, também há técnicas e
materiais que serão mais adequados às sessões iniciais e outros que
poderão ser utilizados quando o vínculo de confiança terapeuta/cliente já
estiver mais consolidado. Há materiais que propiciam maior interiorização, um
bom exemplo é a argila, e outros que são mais expansores da energia
psíquica, como a tinta.
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Técnicas como o desenho, a pintura, a modelagem, as montagens e
construções de personagens são as que mais se prestam ao processo
terapêutico através da arte.
Como arteterapeutas, gostaríamos de poder encontrar, agrupadas
ordenadamente em um único lugar, diferentes possibilidades expressivas. Se
essas opções puderem trazer a contribuição das experiências já realizadas por
outros colegas e motivar-nos a registrar nossas próprias sensações,
certamente seu valor crescerá.
A cor tem enorme poder de lidar com o sensorial, por isso somos
capazes de ficar calmos ou excitados, introspectivos ou expansivos, tranqüilos
ou nervosos, felizes ou tristes pelas sensações emanadas pelas cores. Por
lidarem com os sentidos, as cores são capazes de criar processos de
lembranças imediatas de acordo com suas respectivas associações.
Experimente, Invente! Ouse! Criatividade é também sinônimo de
liberdade e coragem de inovar.
“Se um pinguinho de tinta Cair num pedaçinho azul do papel.... Num instante imagino Uma linda gaivota a voar no céu...” (Vinícius e Toquinho)
34
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
-CRIATIVIDADE EM ARTETERAPIA, Christo, Edna Chagas e GRAÇA Maria
Dias da Silva. WAK, Rio de Janeiro, 2009.
-CURY, Augusto. Treinando a emoção para ser feliz. São Paulo: academia da
inteligência, 2001.
-GIMBEL, Theo. A energia curativa através das cores. São Paulo: Pensamento,
1980.
-MARINI, Elaine. Cromoterapia. Rio de Janeiro: Nova Era 2002.
-URRUTIGARAY, Maria Cristina. A Transformação Pessoal pelas Imagens,
4ªedição, WAK, Rio de Janeiro, 2007.
-_____________. Interpretando imagens, transformando emoções. 4ª edição.
WAK, Rio de Janeiro, 2008.
-www.Blog.márcia Fernandes – Acessado em 21/06/12 às 22h e 17min.
-www.cromoterapia.org.br – Acessado em 20/06/2012 às 20h e 32 min.
-www.ebah.com.br – Acessado em 04/07/12 às 22h e 07 min.
-www.grito.com.br – Acessado em 21/06/12 às 21h e 43 min.
-www.mmdamoda.blogsp.com.br – Acessado em 22/06/12 às 22h e 29min.
-www.omundodosseus.blogpost.com/os-significados-das-cores-e-os-efeitos –
Acessado em 07/06/12 às 21h e 41min.
-www.oocities.org.br – Acessado em 20/05/2012 às 22h e 13 min.
-www.saude.abril.com.br – Acessado em 21/06/12 às 21h e 50min.
-www.siorte.com.br – Acessado em 19/05/2012 às 20h e 23 min.
-www.Tci.ant.br/cor/efeito.htm – Acessado em 07/06/12 às 21h e 21min.
35
BIBLIOGRAFIA CITADA
AMARANTE, Carolina. Cromoterapia: O poder das cores em:
http://www.portaleducacao.com.br/medicina-
alternativa/artigos/9918/cromoterapia-o-poder-das-cores Acessado em 23 de
julho de 2012 às 20h47min.
36
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
CROMOTERAPIA 10
1.1 – Conceitos de Cromoterapia 10
1.2 – Formas de Atuação na Cromoterapia 11
1.3 – Cores: O que São? 12
1.4 – A Percepção das Cores 12
1.5 – A Cor no Dia a Dia 13
CAPITULO II
RELACIONAR OS FUNDAMENTOS DA CROMOTERAPIA E DA
ARTETERAPIA 15
2.1 – Funcionamento da Cor no Organismo 16
2.2 – Formas de Utilização da Cromoterapia 16
2.3 – Funções Ateterapêuticas das Cores 17
2.4 – Fundamentos da Arteterapia 18
2.5 – A Concepção da Arteterapia 18
2.6 – A Estratégia do Trabalho com Arte 19
37
CAPITULO III
CORES X EMOÇÕES: ENFATIZAR O EFEITO DAS CORES SOBRE AS
EMOÇÕES 21
3.1 – Cores 21
3.2 – Emoções 22
3.3 – Compreendendo o Significado das Cores 23
CAPITULO IV
DEMONSTRAR A MELHORA DO EMOCIONAL COM A UTILIZAÇÃO
CORRETA DAS CORES 25
4.1 – Considerações Acerca do uso das Cores 25
4.2 – Relação das Cores com suas Tonalidades Afetivas 26
4.3 – A Influência Psicológica das Cores 27
CONCLUSÃO 31
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34
BIBLIOGRAFIA CITADA 35
ÍNDICE 36