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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Naturologia Andressa Beltrão Camila Zomer Carmim Oliveira Avaliação dos efeitos do Floral Emergencial de Bach no comportamento dos cães do canil da Universidade Anhembi Morumbi São Paulo 2012

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

Naturologia

Andressa Beltrão

Camila Zomer

Carmim Oliveira

Avaliação dos efeitos do Floral Emergencial de Bach no

comportamento dos cães do canil da Universidade Anhembi Morumbi

São Paulo

2012

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Andressa Beltrão

Camila Zomer

Carmim Oliveira

Avaliação dos efeitos do Floral Emergencial de Bach no

comportamento dos cães do canil da Universidade Anhembi Morumbi

Trabalho de Conclusão do Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel do curso de Naturologia da Universidade Anhembi Morumbi, sob a orientação do Prof. º Dr. César Augusto Dinola Pereira e co-orientação da Prof.ª Esp. Márcia Cristina de Oliveira Fernandes.

São Paulo

2012

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B392a Beltrão, Andressa Avaliação dos efeitos do Floral Emergencial de bach no comportamento dos cães do canil da Universidade Anhembi Morumbi / Andressa Beltrão, Camila Zomer, Carmim Oliveira. – 2012. 22f.: il.; 28cm Orientador: César Augusto Dinola Pereira. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Naturologia) – Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, 2012. Bibliografia: f. 71 – 78

1. Naturologia. 2. Terapia floral em animais. 3. Cães. I. Tíitulo.

CDD 615.535

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Andressa Beltrão

Camila Zomer

Carmim Oliveira

Avaliação dos efeitos do Floral Emergencial de Bach no

comportamento dos cães do canil da Universidade Anhembi Morumbi

Trabalho de Conclusão do Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel do curso de Naturologia da Universidade Anhembi Morumbi, sob a orientação do Prof. º Dr. César Augusto Dinola Pereira e co-orientação da Prof.ª Esp. Márcia Cristina de Oliveira Fernandes.

Aprovado em:

________________________________________

PROF. º DOUTOR CÉSAR AUGUSTO DINOLA PEREIRA

Universidade Anhembi Morumbi - UAM

________________________________________

PROF.º ESPECIALISTA CARLOS AUGUSTO TORRO

Universidade Anhembi Morumbi - UAM

________________________________________

PROF.ª ESPECIALISTA MICHELLY EGGERT PASCHUINO

Universidade Anhembi Morumbi - UAM

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecemos a Deus pelo dom da vida e dedicamos este trabalho

aos nossos pais, por nos apoiar e confiar, dando total conforto, amor e carinho nesses

quatro anos e meio de faculdade. Gostaríamos de agradecer também aos nossos

queridos professores pela atenção, pelo aprendizado e pelo carinho durante o curso.

Aos nossos amigos e irmãos por toda ajuda, força, e principalmente pelo

companheirismo.

Ao nosso querido orientador, Cesar Augusto Dinola Pereira, pela paciência,

conhecimento, atenção, e dedicação durante todo o trabalho, desde o projeto até a

conclusão e, principalmente, pela confiança para aceitar fazer parte do nosso trabalho.

À nossa querida co-orientadora, Márcia Fernandes, por ter nos ajudado não só no

trabalho em si, mas também durante todo o curso de Naturologia, pelos conselhos,

indicações, ajuda e carinho que sempre teve por nós.

Um agradecimento especial para toda equipe de funcionários do Canil da

Universidade Anhembi Morumbi, por permitir e confiar o uso de seu canil e cães.

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo validar a Terapia Floral de Bach como instrumento agregador de qualidade de vida e bem-estar em cães, demonstrando sua eficácia e fortalecendo esta área de atuação para o Naturólogo. Para tal, foi empregado o Floral Emergencial de Bach, Recovery do laboratório Ainsworths, em quatro cães sem raça específica do canil da Universidade Anhembi Morumbi. O estudo foi realizado em três fases de observação de cinco dias cada, com duração de duas horas diárias, sendo a primeira fase antes do uso da Terapia Floral; a segunda fase durante o uso do Floral Emergencial; e a terceira fase após aplicação da Terapia Floral. Durante a segunda fase, cada cão recebeu quatro gotas do Floral Emergencial, duas vezes ao dia, antes e após o período de observação. O método de análise utilizado foi o Etograma do tipo “animal-focal”. As diferentes variedades de comportamento foram separadas em cinco categorias: Comportamento Social Amigável, Agonístico (de interação), Solitário, Destrutivos e Estados (variação de estados). A análise dos resultados nos permitiu inferir que a utilização do Floral Emergencial de Bach nos cães do canil da Universidade Anhembi Morumbi resultou em mudanças comportamentais positivas, com aumento do repertório de ações, indicadas por maior variação de estados, e, em particular, aumento de comportamentos sociais amigáveis e agonísticos de interação com queda do comportamento solitário e destrutivo. Sendo assim, o Floral Emergencial é um recurso útil e efetivo que influencia positivamente o comportamento animal melhorando seu bem-estar de forma segura.

Palavras-chave: Terapia Floral em animais. Floral Emergencial. Bem-estar animal. Naturologia. Cães.

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ABSTRACT

This study aims to validate the Bach Flower Therapy as a tool to bring quality of life and well-being in dogs, demonstrating its effectiveness and strengthening this area of activity for all Naturólogos. Therefore, we used Bach Flower Emergency, called Recovery, from Lab Ainsworths in four no breed dogs from Anhembi Morumbi University kennel. The study was performed in three phases of observation for five days each phase, two hours daily. The first phase it was only to observe the dogs before the use of Floral therapy, the second phase it was to observe the dogs when it were using the Recovery Floral, and the third and final phase we observed them after the application of the Floral Therapy. During the second phase, each dog received four drops of Floral Emergency twice a day before and after the period of observation. The method we used to analyze was an Ethogram “focal-animal”. The different varieties of behavior were separated into five categories: Friendly Social

Behavior, Agonistic (interaction) Behavior, Solitary Behavior, and Destructive States (change state Behavior). The results allowed us to prove that the use of Bach Flower Emergency in dogs at Anhembi Morumbi University kennel resulted in a positive behavioral changes, increasing the repertoire of actions, indicated by a grater variation in states, and in particular, increased Agonistic behavior and Friendly Social interaction with a a slight fall on Solitary Behavior and Destructive Behavior. Thus, the Emergency Floral is a useful and effective resource that influences animal behavior improving their well-being in a safety way. Keywords: Flower Therapy in animals. Floral Emergency. Animal welfare. Naturologia. Dogs.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Impatiens (Impatiens glandulifera)..........................................................pág. 20

Figura 2 – Figura 2 - Clematis (Clematis vitalba)....................................................pág. 21

Figura 3 - Rock Rose (Helianthemum nummularium).............................................pág. 22

Figura 4 - Cherry Pum (Prunus cerasifera).............................................................pág. 23

Figura 5 - Star of Bethlehem (Ornithogalum umbellatum)……………...……………pág. 23

Organograma de bem-estar animal.........................................................................pág. 44

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Variação de Estados nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o

uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral da cadela

Naná.........................................................................................................................pág.51

Gráfico 2 - Variação de Comportamento Social Agonístico nas fases 1 – antes da

Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após

interrupção do Floral da cadela Naná......................................................................pág.52

Gráfico 3 - Variação de Comportamento Social Amigável nas fases 1 – antes da

Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após

interrupção do Floral da cadela Naná......................................................................pág.52

Gráfico 4 - Variação de Comportamento Solitário nas fases 1 – antes da Terapia Floral;

2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral da

cadela Nana.............................................................................................................pág.53

Gráfico 5 - Variação de Comportamento Destrutivo nas fases 1 – antes da Terapia

Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do

Floral da cadela Naná..............................................................................................pág.54

Gráfico 6 - Variação de Estados nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o

uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral da cadela

Linda.........................................................................................................................pág.55

Gráfico 7 - Variação de Comportamento Solitário nas fases 1 – antes da Terapia Floral;

2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral da

cadela Linda. ...........................................................................................................pág.56

Gráfico 8 - Variação de Comportamento Social Agonístico nas fases 1 – antes da

Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após

interrupção do Floral da cadela Linda......................................................................pág.57

Gráfico 9 - Variação de Comportamento Social Amigável nas fases 1 – antes da

Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após

interrupção do Floral da cadela Linda......................................................................pág.57

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Gráfico 10 - Variação de Estados nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o

uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral do cão

Juca..........................................................................................................................pág.58

Gráfico 11 - Variação de Comportamento Solitário nas fases 1 – antes da Terapia

Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do

Floral do cão Juca....................................................................................................pág.59

Gráfico 52 - Variação de Comportamento Social Agonístico nas fases 1 – antes da

Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após

interrupção do Floral do cão Juca............................................................................pág.59

Gráfico 63 - Variação de Comportamento Social Amigável nas fases 1 – antes da

Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após

interrupção do Floral do cão Juca............................................................................pág.60

Gráfico 14 - Variação de Estados nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o

uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral do cão

Jack..........................................................................................................................pág.61

Gráfico 7 - Variação de Comportamento Solitário nas fases 1 – antes da Terapia Floral;

2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral do

cão Jack....................................................................................................pág.62

Gráfico 8 - Variação de Comportamento Social Agonístico nas fases 1 – antes da

Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após

interrupção do Floral do cão Jack............................................................................pág.62

Gráfico 97 - Variação de Comportamento Social Amigável nas fases 1 – antes da

Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após

interrupção do Floral do cão Jack............................................................................pág.63

Gráfico 18 - Variação Geral de Estados nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 –

durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do

Floral.........................................................................................................................pág.64

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Gráfico 19 - Variação Geral de Comportamento Solitário nas fases 1 – antes da Terapia

Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do

Floral.........................................................................................................................pág.65

Gráfico 20 - Variação Geral de Comportamento Social Agonístico nas fases 1 – antes

da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após

interrupção do Floral.................................................................................................pág.65

Gráfico 10 - Variação Geral de Comportamento Social Amigável nas fases 1 – antes da

Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após

interrupção do Floral. ...............................................................................................pág.66

Gráfico 11 - Variação Geral de Comportamento Destrutivo nas fases 1 – antes da

Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após

interrupção do Floral.................................................................................................pág.67

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................13

2 OS FLORAIS DE BACH...........................................................................................15

2.1 História dos Florais de Bach.................................................................................15

2.2 Filosofia de Edward Bach.....................................................................................17

2.3 Os Florais de Bach e seus princípios...................................................................17

2.4 O Composto Emergencial.....................................................................................18

2.4.1 Impatiens....................................................................................................20

2.4.2 Clematis.....................................................................................................21

2.4.3 Rock Rose..................................................................................................22

2.4.5 Cherry Plum...............................................................................................23

2.4.5 Star of Bethlehem......................................................................................23

2.4.6 Laboratórios...............................................................................................24

2.5 Florais de Bach para animais...............................................................................25

2. 5.1 Uso dos Florais de Bach para animais......................................................26

2.6 Fundamentação científica.....................................................................................27

2.6.1 Física quântica...........................................................................................27

2.6.2 Medicina vibracional...................................................................................29

2. 6.3 O fenômeno da ressonância......................................................................31

2. 6.4 Mecanismo de ação da Terapia Floral.......................................................32

2.6.5 Revisão de pesquisas científicas em humanos e animais.........................33

3 OS CÃES.....................................................................................................................35

3.1 Comportamento animal.........................................................................................36

3.1.1 Dominância................................................................................................36

3.1.2 Submissão..................................................................................................36

3.1.3 Cumprimentos............................................................................................37

3.1.4 Convite para brincar...................................................................................37

3.2 Estereotipias.........................................................................................................37

3.2.1 Síndrome de ansiedade de separação......................................................38

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3.2.2 Agressividade........................................................................................................38

3.2.3 Comportamento destrutivo.........................................................................39

3.2.4 Latido e uivos.............................................................................................39

4 BEM-ESTAR ANIMAL.................................................................................................41

4.1 As cinco liberdades...............................................................................................41

4.2 Etologia e etograma..............................................................................................42

4.3 Avaliação do bem-estar animal............................................................................43

4.3.1 Organograma de avaliação do bem-estar animal........................................44

5 JUSTIFICATIVA...........................................................................................................45

6 OBJETIVO...................................................................................................................47

6.1 Geral.....................................................................................................................47

6.2 Específico.............................................................................................................47

7 METODOLOGIA..........................................................................................................48

7.1 Materiais..................................................................................................................48

7.2 Cães........................................................................................................................48

7.3 Local........................................................................................................................48

7.4 Método.....................................................................................................................49

8 ANÁLISE DOS DADOS...............................................................................................50

8.1 Análise individual..................................................................................................51

8.1.1 Cadela Naná..............................................................................................51

8.1.2 Cadela Linda..............................................................................................55

8.1.3 Cão Juca....................................................................................................58

8.1.4 Cão Jack....................................................................................................61

8.2 Análise geral.........................................................................................................64

9 DISCUSSÃO E RESULTADOS...................................................................................68

10 CONCLUSÃO............................................................................................................70

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................71

ANEXO A – ETOGRAMA...............................................................................................79

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1 INTRODUÇÃO

A Naturologia é a ciência que aborda a utilização das terapias naturais -

milenares e atuais, orientais e ocidentais - com o intuito de prevenir doenças,

recuperar e promover a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida de forma integral.

Tem como objetivo não apenas aliviar sintomas físicos, mas também promover a saúde

emocional e mental e equilíbrio do individuo com o meio em que vive (APANAT, 2009).

Os pilares que estruturam a Naturologia são as Medicinas Orientais Chinesa e

Ayurvédica, Medicina Ocidental, Medicina Botânica, Bioconsciência e Metodologia

Científica. O Naturólogo, profissional formado em Naturologia, visa através destas

técnicas, abordar o indivíduo de maneira multidimensional, levando em consideração

seus aspectos físicos, emocionais, mentais e sociais (CONBRANATU, 2011).

Dentre as técnicas terapêuticas utilizadas pela Naturologia, destaca-se o uso da

Terapia Floral. A Terapia Floral originou-se na Inglaterra na década de 30, desenvolvida

pelo médico inglês Edward Bach. Dr. Bach acreditava que as doenças só poderiam ser

verdadeiramente curadas quando os aspectos emocionais e mentais também fossem

tratados, destacando o eixo entre emoções, somatizações e enfermidades. Homeopata

e amante da natureza, buscou agentes naturais capazes de tratar não apenas a

doença, mas também as emoções. Através de estudos e observações descobriu que

certas as flores possuem um campo vibracional semelhante ao de emoções

específicas, podendo interferir e modificar padrões de desequilíbrio emocional, mental e

espiritual por ressonância (GERBER, 2007).

A partir das plantas selecionadas, foram extraídas essências vibracionais,

totalizando 38 Essências Florais relativas a diferentes padrões de temperamento, além

de um composto formado por cinco essências: o Remédio Floral Emergencial. Por

atuarem de modo vibracional, as Essências Florais não possuem princípios ativos e,

portanto, são livres de contraindicações, interações medicamentosas e restrições,

podendo ser utilizadas no tratamento de crianças, adultos, idosos, plantas e animais

(GRAHAM; VLAMIS, 2009).

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De acordo com Graham e Vlamis (2009), uma das principais escolhas de

terapeutas florais e veterinários é o Floral Emergencial. Este composto é de grande

valia em situações de choque, trauma e estresse, trazendo conforto, calma e equilíbrio

emocional durante crises de forma quase imediata. Possui grande efeito sobre

acidentes, ferimentos, doenças, tensão, terror e ansiedade, sendo muito efetivo em

associação a outros tratamentos. Em animais, sua aplicabilidade inclui casos pré e pós-

cirúrgicos, consultas veterinárias, traumas como maus tratos e abandono, sofrimentos,

estresse, acidentes, desmaios e na recuperação de doenças e ferimentos.

Os Florais de Bach são reconhecidos como tratamento natural pela Organização

mundial da Saúde (OMS) desde 1956. De acordo com a OMS, o modelo de saúde deve

ser compreendido como: “Estado de completo bem estar físico, mental e social, e não

somente a ausência de enfermidade ou invalidez”. Deste mesmo modo, a Organização

Mundial de Saúde Animal utiliza o termo “bem-estar animal” para designar estados de

boa saúde, segurança, alimentação, moradia e assistência adequada; liberdade para

expressar o comportamento natural, livre de dores, doenças, medo ou estresse (OIE,

2008).

O diagnóstico de distúrbios comportamentais em pequenos animais é cada vez

mais frequente. Um levantamento de histórico de 1644 cães com distúrbios de

comportamento indicou maior porcentagem de agressividade, seguida por ansiedade,

indisciplina, fobias, vocalização excessiva, comportamento de ingestão alterado,

comportamento de locomoção anômalo, depressão, pseudociese, medos,

automutilação e comportamento sexual indesejado (BAMBERGER, 2006).

Esta pesquisa aborda a influência da Terapia Floral de Bach no bem-estar e

comportamento animal através do uso do Floral Emergencial nos cães do Canil da

Universidade Anhembi Morumbi. Tem como objetivo estabelecer a contribuição da

Terapia Floral, bem como da Naturologia para a qualidade de vida e bem-estar animal,

com bases e parâmetros científicos.

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2 OS FLORAIS DE BACH

2.1 História dos Florais de Bach

Edward Bach nasceu no dia 24 de setembro de 1886, em Moseley na Inglaterra.

Foi o primogênito de três filhos e desde criança uma das suas principais características

foi o imenso desejo do saber e a profunda compaixão por todas as criaturas

(SCHEFFER, 2011).

Antes de ingressar na faculdade, Bach trabalhava na loja da família, porém dizia

que lhe faltava vocação para os negócios, pois simplesmente era incapaz de cobrar da

clientela. Assim, aos 20 anos de idade ingressou na faculdade de Birmingham dando

inicio a sua carreira na Medicina. Concluído o curso, especializou-se em bacteriologia,

imunologia e saúde publica (BEAR, BELLUC, 2011).

Bach conquistou vários títulos na profissão médica, tendo grande destaque nas

áreas de imunologia, bacteriologia e patologia. Justamente na área de bacteriologia

Bach ganhou maior destaque, pois foi ele quem desenvolveu os famosos nosódios

intestinais, ou os Sete Nosódios de Bach, como ficou conhecido, espécie de bactérias

intestinais usadas como vacina para prevenir doenças crônicas (LA TORRE, 2006).

Foi então nessa época que Bach fez uma grande descoberta. Ele observou que

os pacientes, portadores de cada um dos sete tipos de bactérias intestinais

patogênicas, apresentavam tipos específicos de temperamento ou personalidade.

Supôs, então, que os sete tipos de bactérias poderiam estar associados às sete

personalidades distintas. A partir desta suposição, Bach começou a prescrever os

nosódios baseando-se no temperamento de seus pacientes. Ignorando os aspectos

físicos das doenças que os afligiam, resolveu lidar apenas com os sintomas mentais

que havia correlacionado com determinados nosódios. Através desses métodos, Bach

obteve resultados clínicos positivos que superaram as expectativas (GERBER, 2002).

Estudando e analisando os pacientes, Dr. Bach passava muitas horas na ala

hospitalar. Começou, então, a perceber que a personalidade e a postura pessoal do

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indivíduo pareciam desempenhar um papel mais decisivo em sua recuperação do que o

tratamento médico recebido para os sintomas físicos. Havia pacientes que, a despeito

de tomarem os mesmos medicamentos que os demais, simplesmente não obtinham

progresso. O fato chamou-lhe a atenção, levando-o a questionar e aprofundar suas

pesquisas. Acabou por concluir que a personalidade e a atitude desses pacientes

deviam estar refreando o processo de recuperação e cura.

Em essência, Bach concluiu que a predisposição geral para doenças era

condicionada por diversos fatores relacionados com a personalidade e a estrutura

emocional do paciente. Entre estes fatores, o mais importante eram as propensões

emocionais, como o medo, atitudes negativas, orgulho, ignorância, ódio, narcisismo,

entre outros. Eram esses defeitos a verdadeira raiz da enfermidade e da doença

(BEAR, BELLUC; 2011).

Porém, para Bach, administrar apenas os nosódios de agentes patogênicos

parecia insuficiente. Teve o palpite de que poderiam existir na natureza remédios

semelhantes, os quais poderiam superar os nosódios em matéria de eficácia

terapêutica. Assim, ingressou na busca de agentes naturais que tivessem capacidade

de tratar, não a doença que já estava estabelecida, mas os seus precursores

emocionais (GERBER, 2002).

No auge da sua carreira médica, aos 44 anos, Bach tomou a decisão de vender

seu consultório e o laboratório para dedicar-se integralmente ao estudo e à procura de

plantas curadoras especificas em cada personalidade. A partir de então, Bach começa

o seu trabalho em busca das essências florais. Os anos foram passando e Bach

concluiu o seu trabalho encontrando as 38 essências florais: os 38 Remédios Florais de

Bach. No dia 27 de novembro de 1936, semanas após descobrir o último floral, Edward

Bach morre durante o sono por parada cardíaca (SCHEFFER, 2011).

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2.2 Filosofia de Edward Bach

Para Bach, a doença surge exatamente quando o ser humano se afasta da

ligação que possuiu com a sua própria essência, quando há um desequilíbrio entre a

personalidade e o propósito de vida da pessoa. Assim, a doença nunca será curada

nem erradicada pelos métodos materialistas dos tempos atuais, simplesmente pelo fato

de que a sua origem não é material. A doença é o derradeiro efeito produzido no corpo,

e mesmo quando o tratamento material sozinho parece ser bem sucedido, não passa

de um paliativo, a menos que a causa real tenha sido suprido, ou seja, a doença é o

resultado final no corpo, do conflito entre a alma e a mente.

Dr. Bach ressalta que algumas das qualidades que todos os seres humanos

precisam aperfeiçoar para conseguir superar todas as suas dificuldades são: a

compaixão, a paz, a prestatividade, a força, a sabedoria, o amor, o perdão, a coragem,

a alegria, entre outros. Ao mesmo tempo que existem estas qualidades, também há

interferências que devemos evitar, como o medo, a indecisão, a impaciência, a tristeza,

o terror, etc. Tais defeitos constituem a verdadeira doença, e a continuidade desses

defeitos, quando não compreendidos, refletem no corpo causando a moléstia. Assim,

para alcançar uma cura completa, não se deve somente empregar recursos físicos, mas

também lançar mão de toda habilidade para eliminar qualquer falha em nossa própria

natureza, pois a cura total vem essencialmente de dentro de nós, da própria Alma

(BACH, 2006).

2.3 Os Florais de Bach e seus princípios

Os florais de Bach não mudam as situações da nossa vida, mas nos inferem a

habilidade de mudar nossa perspectiva e corrigir nossas atitudes. Dessa maneira,

adotamos uma postura mais positiva e encaramos a vida de uma forma mais ampla e

flexível. Os florais atuam revertendo os movimentos negativos da psique, direcionando-

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os opostamente, ou seja, produzindo movimentos positivos. A estrutura molecular da

flor ou a sua “assinatura” (seu gestual) determinará a atitude positiva, a qualidade de

sua essência floral. Conforme o caminhar do tratamento, estas qualidades positivas

começam a ser atribuídas ao paciente de forma natural (BACH, 2006).

Os 38 florais encontrados dividem–se em sete grupos principais, dos quais Dr.

Bach relatou como os conflitos principais. São eles: grupo do medo, dos que sofrem por

indecisão, dos desinteressados pelas circunstâncias atuais, da solidão, dos sensíveis

às influências externas, do desespero e grupo da preocupação excessiva com o bem

estar dos outros (SANTOS, 2005).

Para escolher a essência ou essências corretas dentre as 38, é preciso pensar

no panorama de vida daquele que está sofrendo. Esses 38 estados ou temperamentos

são descritos e diferenciados de maneira simples, não havendo dificuldade para

reconhecer os remédios que facilitarão a cura, complementando o tratamento (BACH,

2006).

2.4 O Composto Emergencial

O Composto Emergencial de Bach é considerado o remédio de emergência dos

Florais de Bach, podendo ser usado em casos como perdas, acidentes, traumas, antes

do parto para mulheres na gravidez, antes de exames médicos, cirurgias e até

aborrecimentos familiares (BEAR, 2006). Ele não é um floral em si, mas sim a

composição de cinco dos 38 florais de Bach, sendo eles: Rock Rose (Helianthemum

nummularium), Impatiens (Impatiens glandulifera), Star of Bethlehem (Ornithogalum

umbellatum), Cherry Plum (Prunus cerasifera) e Clematis (Clematis vitalba) (BACH,

2006).

O Remédio Emergencial é o mais conhecido dos florais de Bach. Isso porque

este composto já ajudou muitas pessoas ao redor do mundo em situações de estresse

e emergência. É o único composto que age da mesma forma em pessoas, animais e

plantas.

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O Dr. Bach utilizou pela primeira vez três das cinco essências do remédio

emergencial - Rock Rose, Clematis e Impatiens - em dois náufragos em Cromer, cidade

onde realizou grande parte de seu trabalho na Inglaterra. Os homens haviam se

agarrado ao mastro de seu barco despedaçado, sobrevivendo cinco horas sob forte

ventania, até que um barco salva-vidas conseguiu resgatá-los. O homem mais jovem

estava quase congelado, delirava e a boca espumava. Dr. Bach entrou correndo na

água ao encontro dos salvadores e começou a aplicar estes remédios sobre os lábios

do náufrago. Mesmo antes de despirem o marinheiro para embrulhá-lo num cobertor,

seu alívio se tornou evidente, pois ele se sentou e pediu um cigarro para fumar. Após

alguns dias de descanso no hospital ele se recuperou completamente (BEAR;

BELLUCO, 2011).

Mais tarde, Bach acrescentou à fórmula os remédios Cherry Plum (para a perda

de controle) e Star of Bethlehem (para choque), completando assim os cinco florais do

Floral Emergencial que conhecemos atualmente.

O composto Emergencial contém: Rock Rose para especificamente traumas e

estado de terror e pânico, trazendo coragem para encarar a vida e vencer; Impatiens

para stress mental e irritabilidade, trazendo paz e serenidade; Star of Bethlehem,

ajudando em casos de perda retirando tensões mentais e físicas; Cherry Plum que faz a

pessoa enxergar tudo com mais clareza e a controlar os colapsos mentais; Clematis,

para situar a pessoa depois de algum choque, ou acidente.

Segundo Mechthild Scheffer (2011), esse composto efetua a reintegração

imediata do sistema psicoenergético, não permitindo que o choque provoque uma

reação em cadeia chegando ao nível celular e orgânico, sendo útil para reestabilizar o

equilíbrio emocional.

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2.4.1 Impatiens (Impatiens glandulifera)

Figura 6 - Impatiens (Impatiens glandulifera)

Fonte: Florais de Bach – Imagens para harmonização, centramento e meditação (SCHEFFER, 2007).

Impatiens é indicado para impaciência, irritabilidade e agitação causada por

ansiedade e estresse. Usado para os rápidos de pensamento e ação, que detestam

atrasos. Não tem paciência com pessoas lentas e frequentemente tentam acelerar os

outros para que entrem em seu ritmo. Muitas vezes acabam preferindo fazer seus

deveres sozinhos a ter que agradar o tempo dos outros (BACH, 2006).

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2.4.2 Clematis (Clematis vitalba)

Figura 7 - Clematis (Clematis vitalba) Fonte: Florais de Bach – Imagens para harmonização, centramento e meditação (SCHEFFER, 2007).

É a essência que resgata da ausência mental após os traumas. Para pessoas

avoadas, que costumam ter muitos devaneios e uma personalidade volátil.

Normalmente são sonolentas, raramente estão despertas e costumam não mostrar

muito interesse pelo presente. São pessoas paradas, que mantém seus pensamentos

no futuro, pois acreditam que este será melhor que os dias atuais. Algumas pessoas

desse gênero costumam não se esforçar durante as doenças, podendo até mesmo a

desejar a morte, vendo nesta, dias melhores (BACH 2006).

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2.4.3 Rock Rose (Helianthemum nummularium)

Figura 8 - Rock Rose (Helianthemum nummularium)

Fonte: Florais de Bach – Imagens para harmonização, centramento e meditação (SCHEFFER, 2007).

Esta essência floral ajuda no controle do pânico, terror e medo extremo. É

chamado também de “remédio da salvação”. Muito útil em acidentes, enfermidades ou

momentos aterrorizantes e assustadores. Pode ser administrado em pessoas que

sentem medos profundos, aterrorizantes e fobias. Também ajuda no enfrentamento da

morte em pacientes terminais (BACH,2006).

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2.4.4 Cherry Pum (Prunus cerasifera)

Figura 9 - Cherry Pum (Prunus cerasifera)

Fonte: Florais de Bach – Imagens para harmonização, centramento e meditação (SCHEFFER, 2007).

Cherry Plum promove o controle mental e físico. Traz clareza e controle mental

para pessoas que temem perder a razão e agir de modo espantoso, fazendo coisas

indesejáveis, horríveis e prejudiciais. (BACH 2006)

2.4.5 Star of Bethlehem (Ornithogalum umbellatum)

Figura 10 - Star of Bethlehem (Ornithogalum umbellatum)

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Fonte: Florais de Bach – Imagens para harmonização, centramento e meditação (SCHEFFER, 2007).

A essência Star of Bethlehem é um remédio para traumas físicos e mentais.

Ajuda pessoas que passaram por choques, como em casos de morte de entes queridos

e notícia de acidentes graves. Sentem-se angustiadas e normalmente não aceitam ser

consolados. Esse remédio traz equilíbrio, ajudando a pessoa a encontrar seu eixo e

acalmar-se (BACH 2006).

2.4.6 Laboratórios

Há três laboratórios que produzem os Florais de Bach, todos originais da

Inglaterra: Healing herbs, Nelson’s e Ainsworths. Nas essências florais do Laboratório

Healing herbs são usadas plantas silvestres em suas condições naturais, sempre

seguindo rigorosamente as instruções deixadas por Dr. Bach. No preparo é

utilizado conhaque orgânico francês. Ao composto emergencial deste laboratório é

dado o nome “Five Flower” (CHAMMAS, 2012).

O Laboratório Nelson’s comprou a propriedade de Bach logo após a morte de

sua sucessora, Nora Weeks. Hoje em dia na casa Mount Vernon, lar e local de trabalho

de Bach, funciona um centro educacional dos Florais de Bach e uma fundação de

caridade. O nome dado ao floral de emergência é “Rescue” (NELSON’S, 2012).

O laboratório Ainsworth segue estritamente o método de preparo das essências

florais de Dr. Bach, inclusive o número de vezes que é feita a diluição das essências-

mãe (1: 240). Utiliza apenas produtos de origem orgânica, provendo a preservação do

ambiente natural com o mínimo de intervenção humana. Seu floral emergencial é

chamado “Recovery” (AINSWORTH, 2012).

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2.5 Florais de Bach para animais

Os Remédios Florais de Bach são usados notoriamente no tratamento de

pessoas, mas Bach sempre ressaltou que poderiam ser usados em animais e plantas.

Assim como em pessoas, o Remédio Emergencial pode ajudar a tratar o stress e o

sofrimento, ajudando o animal a se sentir seguro. Muito indicado para animais que

foram resgatados e estão em abrigos há muito tempo.

Um dos primeiros relatos do uso dos florais de Bach em animais foi descrito por

Nora Weeks. Em 1942, Nora relatou: “Os animais sofrem de estados emocionais

negativos da mesma forma que os seres humanos e desse modo indicam seus estados

de saúde... Os remédios ajudam o homem e os animais da mesma forma” .

O professor de Psicologia Stanley Coren, da University of British Columbia,

relatou o fato de que até muito recentemente havia uma forte crença dos cientistas que

os animais não eram criaturas pensantes, dotadas de consciência com percepção de si

mesmas e sentimentos emocionais, mas sim um amontoado de reflexos, reações

automáticas e programação genética. De acordo com Coren, o termo personalidade

relacionada a animais é normalmente evitado pelos cientistas por ser considerado

demasiadamente mentalista e implicar características semelhantes às humanas, sendo,

então, empregado o termo temperamento.

Dr. Bach se baseia no princípio de que os estados mentais são a causa primária

da doença e do mal-estar. Portanto, o temperamento e a personalidade são as

principais vias para usar os florais corretamente. O uso de essências florais para o

tratamento de animais é de grande utilidade, pois além de restabelecer o equilíbrio de

estados mentais e emocionais, possui a função extra de devolver a harmonia da sua

verdadeira natureza animal - muitas vezes distorcida pelos seres humanos - curando

distúrbios (GRAHAM; VLAMIS, 2009).

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2.5.1 Uso dos Florais de Bach para animais

Os florais são produtos naturais e não possuem toxicidade e efeitos colaterais.

Portanto, o uso dos florais é uma forma totalmente segura de tratamento, tanto para

pessoas como animais.

Normalmente o Floral Emergencial é a primeira opção de uso dos veterinários,

pois alivia o trauma e o medo dos animais. Pode ser utilizado em animais tensos e

estressados que passaram por sofrimentos, maus tratos e acidentes, que sofreram

ferimentos ou estão em estado de choque. Usado em animais resgatados sob estresse

e que estão por longos períodos em abrigos. É de grande valia antes e após cirurgias,

tratamentos dentários, consultas veterinárias, desmaios e convulsões, pois acelera o

processo de recuperação de doenças, cicatrização de feridas e retorno de anestesia,

restabelecendo a normalidade das funções e acalma, sendo uma alternativa a

tranquilizantes. Pode ser, inclusive, usado em animais sob treinamento e em

competições.

Para aplicar os Florais de Bach em animais, pode-se pingar gotas diretamente na

língua, sob ela, esfregar na gengiva e nos lábios, ou pingar sobre o focinho do animal

para que as lamba. As gotas de floral podem ser pingadas na água, leite ou comida do

bicho, porém, é mais aconselhável aplicar diretamente, pois não se tem certeza da

quantidade que pode ter ingerido. Outro meio de utilizar Florais de Bach em animais é

com sprays, borrifando as gotas de floral misturadas em água no seu corpo ou no

espaço em volta dele (GRAHAM; VLAMIS, 2009).

Alguns veterinários também usam loções com Florais, aplicados em regiões

machucadas, inflamadas, com dores, ou até em banhos e lavagens, banhando e

esfregando os animais com uma esponja embebida em água na qual foram

acrescentadas algumas gotas de essência (PINTO, 2008).

Os animais reagem mais rapidamente às Essências Florais de Bach que os

seres humanos, devido à ausência de bloqueios emocionais (PINTO, 2008). Sendo

assim, o tratamento é de curta duração, podendo variar entre três a dez dias

(SCHEFFER, 2011).

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As essências florais podem ser combinadas com outros tratamentos veterinários

e não interfere no efeito destes, já que os florais ajudam a acelerar o processo de

recuperação do animal. Brennan (1994) observa que, nos casos em que o animal não

responde a tratamentos convencionais, é aconselhável o uso de florais, pois a causa do

problema pode ser emocional. Enfatiza também que as condições físicas do animal

podem sofrer uma grande melhora com apenas uma dose, afetando o estado

emocional subjacente (GRAHAM; VLAMIS, 2009).

2.6 Fundamentação Científica

2.6.1 Contribuição da Física Quântica

No século XVII, René Descartes - considerado o fundador da filosofia moderna -

valendo-se da crença na certeza do conhecimento científico, estabeleceu uma distinção

nítida entre o corpo humano perecível e a alma indestrutível. A aceitação do ponto de

vista cartesiano sobre o pensamento médico resultou no modelo biomédico, onde o

corpo é considerado uma máquina com peças distintas que trabalham de forma

independente. A doença é mero resultado do mau funcionamento físico ou químico

dessas peças, e o fenômeno da cura é excluído deste processo.

Pelo Determinismo de Newton, base da Física Clássica, todo fenômeno natural

poderia ser explicado por uma lei matemática, e conhecendo as condições iniciais de

um fenômeno, seria possível determinar seus estados futuros. Entretanto, o limitado

pensamento cartesiano foi contrariado pela Física Moderna (ou Quântica) no século XX.

Esta nova vertente da Física mostrou-nos de maneira convincente que não existe

verdade absoluta em ciência, e que todos os conceitos e teorias são limitados e

aproximados (CAPRA, 2012).

A teoria quântica revelou que partículas podem estar em dois ou mais lugares ao

mesmo tempo, e que um mesmo objeto ora comporta-se como onda difusa no espaço e

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ora como partícula de localização específica. A essa estrutura dualista, descoberta por

Max Planck, deu-se o nome ‘quantum’ (ARNTZ; CHASSE; VICENTE, 2005).

Apossando-se da ideia do ‘quantum’, Albert Einstein propôs uma solução

independente a respeito da produção e transformação da luz. Visto que a explicação de

alguns fenômenos a partir do modelo ondulatório da luz não era satisfatória, sugeriu

que o raio luminoso fosse considerado como uma rajada de partículas (onda e

partícula), os fótons. Einstein também comprovou que energia e matéria são na

realidade estados diferentes de um único contínuo de ‘energia-matéria’, sendo a

matéria, energia aprisionada e, energia, matéria liberada (SCHROEDER, 1997).

Através de sua célebre equação E=mc², demonstrou que havia equivalência

fundamental, ou seja, uma permutabilidade entre matéria e energia. E apesar de

energia ser menos tangível que matéria, ela também pode mudar de forma (WOLFSON,

2003).

De forma atômica, Niels Bohr representou a descontinuidade com o exemplo do

movimento dos elétrons na órbita do núcleo dos átomos. Quando um elétron muda de

órbita ocorre um salto descontínuo; o elétron desaparece de uma órbita e surge em

outra, não passando pelo espaço entre as órbitas. A este fenômeno damos o nome de

Salto Quântico.

O Princípio da incerteza de Heisenberg comprovou a pluralidade de resultados

de uma mesma observação: é impossível localizar uma partícula quântica (quantum)

em um ponto preciso do espaço em um ponto preciso de tempo. Constatou também o

papel crucial do observador, que influencia nas ondas de possibilidade, determinando

um evento no tempo-espaço. Não há observadores isolados de um universo mecânico,

tudo participa do universo (GOSWAMI, 2010).

Opondo-se a teoria de Einstein sobre a insuperável velocidade da luz, o Teorema

de Bell demonstrou a “não separabilidade”, com a comunicação instantânea de

partículas subatômicas, independente da distância entre elas (NICOLESCU, 2002).

Logo, o conceito de Universo como máquina deu lugar à imagem de um Universo

como teia interconexa de relações, dinâmico, cujas partes são essencialmente

interdependentes e devem ser entendidas como padrões de todo um processo cósmico

(CAPRA, 2010).

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A descontinuidade manifestada no mundo quântico manifesta-se na estrutura

dos níveis de Realidade. Prova disto é nossa própria existência, já que nossos corpos

têm ao mesmo tempo uma estrutura macrofísica e uma estrutura quântica. O

reconhecimento de pelo menos dois níveis de Realidade (macrofísica e quântica) no

estudo dos sistemas naturais, pode nos levar a repensar nossa vida social e individual,

a explorar de outras formas o conhecimento de nós mesmos, aqui e agora

(NICOLESCU, 2002).

A teoria de Rupert Sheldrake sobre a existência de outro campo energético na

natureza, os “campos morfogenéticos” traz uma nova perspectiva sobre a capacidade

de aprendizagem da criação e a interação entre o espírito e a matéria. Os campos

morfogenéticos foram definidos por Sheldrake como "invisíveis estruturas

organizadoras, capazes de formar e organizar cristais, plantas e animais, determinando

até o seu comportamento". Esses campos contêm a soma de toda a história e da

evolução, que pode ser transmitida por ressonância entre estruturas similares em

comunicação, no espaço e no tempo, através de seus campos morfogenéticos. Isto

implica que tudo que acontece num determinado momento, gera consequências no

futuro em processos similares (SHELDRAKE, 2008).

Amit Goswami, renomado físico quântico afirma que: “Simultânea e não-

localmente, a consciência pode causar o colapso das ondas de possibilidade de todos

os corpos nela incluídos – o físico, o vital, o mental e o supramental. Temos de admitir

que, como o corpo físico, o vital também é quântico”, como veremos a seguir.

2.6.2 Contribuição da Medicina Vibracional

A Medicina Vibracional baseia-se na Física Quântica e Einsteiniana, que ao invés

de ver o corpo como uma máquina movida a processos bioquímicos, o vê como um

sistema dinâmico de energia, que contempla o complexo de corpo físico-mente-espírito.

Este complexo possui reações interconexas que se comunicam através de ligações

energéticas, influenciando-se mutuamente.

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Deste ponto de vista, o ser humano multidimensional possui quatro corpos: o

corpo físico, corpo etérico, corpo astral e corpo mental. Eles possuem diferentes níveis

de frequência, sendo o corpo físico mais o mais denso e de menor frequência

vibracional e os três últimos mais sutis e de frequência mais elevada, progressivamente

(GERBER, 2002).

Corpo físico é o corpo propriamente dito, material e orgânico. É a ferramenta que

permitem ao homem se expressar e atuar no mundo físico.

O corpo etérico (ou vital) controla a energia vital e fornece o instrumento para a

memória e outros fenômenos psicológicos relacionados com a consciência. Está

diretamente relacionado com o corpo físico, sendo ponte entre este e os demais corpos

sutis (SAMPAIO, 2008).

O corpo astral ou corpo emocional é o campo de energia das emoções,

sentimentos e expressões dos mesmos. Paracelso o relacionava ao caráter e ao

temperamento humano. Há sugestões de que tenha conexões energéticas especiais

com o sistema nervoso. Isto implica que certas perturbações emocionais não ocorram

somente devido a desequilíbrios neuroquímicos.

O corpo mental é o veículo de expressão do intelecto concreto: criatividade,

inspiração, pensamento, ideias e conceitos. Está envolvido na transmissão destes para

o cérebro, a fim de que possam ser expressos no mundo físico. Disfunções no corpo

mental podem gerar alterações energéticas que produzem efeito nos outros corpos

espirituais, e com o tempo atingir o corpo físico, afetando os processos de pensamento

(GERBER, 2002).

Os efeitos energéticos sutis atuam na forma de cascata, dos níveis de potencial

e frequência mais elevados para os mais baixos, dos sutis em direção ao físico,

alterando a suscetibilidade deste último a qualquer agente nocivo interno ou externo.

Uma doença pode ser tratada no nível físico/etérico, entretanto, em longo prazo,

esta cura pode ser ineficaz caso a causa primária da doença tiver origem em um nível

energético mais elevado. Para evitar que o mesmo ocorra, a medicina vibracional

utiliza ferramentas como essências florais e remédios homeopáticos de alta potência

vibracional com o objetivo de reequilibrar os padrões de energia dos corpos sutis e, por

consequência, do físico (GERBER, 2007).

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“A cura da parte não deve ser tentada sem o tratamento do todo.

Nenhuma tentativa deveria ser feita para curar o corpo sem a alma, e para

que a cabeça e o corpo sejam saudáveis, deve-se começar pela cura da

mente“.

Platão (427 – 327 B.C).

2.6.3 O Fenômeno da Ressonância

O fenômeno da ressonância ocorre quando um sistema recebe uma perturbação

de frequência igual à frequência de seu próprio sistema. A ressonância ocorre em

qualquer sistema oscilante, seja elétrico, acústico ou mecânico. Podemos tomar como

exemplo duas cordas de mesmo tamanho, separadas por uma pequena distância. Se

pulsarmos apenas uma delas, após um curto período de tempo a outra vibrará na

mesma frequência de ondas, ou seja, entrará em ressonância. Todo corpo capaz de

vibrar (emitir ondas) possui uma frequência natural de vibração. Ou seja, na presença

de um agente externo de mesmo padrão de onda, ocorrerá o processo de ressonância

(VASSALO, 2005).

Como toda energia vibra e oscila em diferentes frequências, então, pelo menos

em nível atômico, o corpo humano é constituído por diferentes tipos de energia

vibratória. Somos seres energéticos cujas debilidades físicas, emocionais e mentais

podem ser tratadas não apenas por medicamentos, mas também por diferentes formas

e frequências de energia (GERBER, 2002).

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2.6.4 Mecanismo de ação da Terapia Floral

A terapia das essências florais baseia se em vibração, ressonância e padrões

energéticos. Plantas são formas sensíveis de vida, respondem ao meio ambiente,

reagem, movem-se. Valendo-se de sua sensibilidade, atenção e testes em si mesmo,

Bach descobriu que plantas específicas são capazes de aliviar ou combater problemas

emocionais humanos. Tais descobertas levaram em consideração a assinatura de cada

planta – seu aroma, cor, forma, local de nascimento, gestual, reações e interações com

o meio e outras plantas – que traduz a consciência vibracional das mesmas

(BARNARD, 2002).

Cada flor possui um diferente padrão vibracional, com determinado comprimento

de onda e sedia uma diferente qualidade de alma. Cada uma dessas qualidades está

em ressonância com uma característica específica de alma da pessoa ou animal, ou

seja, com a frequência energética do corpo (SCHEFFER, 2011).

As essências florais não possuem extrato de moléculas físicas, são apenas uma

impressão etérica, que possui a vibração da planta, sua inteligência. Diferente das

terapias farmacológicas convencionais, que agem apenas no nível físico da patologia,

os padrões vibracionais contidos nestas plantas operam nos níveis emocional, mental e

espiritual (GERBER, 2002).

O tratamento com essências florais baseia-se em princípios similares ao da

homeopatia. Wright (1988) descreve as essências como “soluções líquidas infundidas

de padrões, feita com as flores de determinadas plantas que contêm uma marca

específica que responde – equilibrando, reparando e reconstruindo - aos desequilíbrios

dos seres humanos nos níveis físico, emocional, mental e espiritual ou universal”. Essa

“marca” é o caráter vibracional da flor, como é explicado em GRAHAM & VLAMIS, 2009:

“Sabe-se que tudo no universo emite uma vibração. O que faz alguma coisa ser vermelha são as vibrações que ela emite. Do ponto de vista científico, você diria que o vermelho é a vibração desse objeto. As flores também têm uma certa frequência. Se você processa a flor numa essência e ingere essa essência, seu corpo começa a vibrar nesta frequência. Ela começa então a promover a sincronização das células e

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dos tecidos do seu corpo, fazendo com que vibrem nesse nível.”

Ao entrar em contato com uma essência floral é iniciado o processo de

modificação do campo eletromagnético do corpo. As essências florais corrigem os

estados mentais negativos através da ressonância, pois carregam o padrão de onda

das virtudes opostas ao padrão de onda dos defeitos, funcionando como um antídoto

para os desequilíbrios emocionais. Estes dois padrões vibratórios diferentes tendem a

equilibra-se, harmonizando os padrões mentais e emocionais negativos (BARNARD,

2010) infundindo vibrações positivas como compreensão, tolerância, sabedoria, perdão,

alegria, coragem, benevolência.

2.6.5 Revisão de Pesquisas Científicas em Humanos e Animais

As Essências Florais de Bach são substâncias que atuam de modo vibracional,

causando efeito nos campos mental e emocional, alterando o comportamento do

indivíduo, animal ou planta que recebe a terapia. Consequentemente, devido a efeitos

psicossomáticos, atinge o corpo físico, podendo auxiliar no processo de cura de

doenças. Daionety Aparecida Pereira, mestre em medicina veterinária pela USP,

reafirma que "A maioria dos problemas de saúde, segundo Bach, é desencadeada por

fatores emocionais. Assim, se um animal agitado fica preso em um apartamento e

quase não é levado para passear, pode ficar estressado e desenvolver alguma doença

de pele. Nesse caso, por exemplo, a Terapia com Florais costuma ser eficaz" (GARCIA,

2009).

Publicação da “Revista Brasileira de Plantas Medicinais”, um estudo clínico e

hematológico em gatos domésticos portadores de Doença Respiratória Felina (DRF)

tratados com Terapia Floral, concluiu que a Terapia Floral é eficaz sobre os sinais

sugestivos de DRF. Obteve-se como resultado redução de secreção nasal, ocular e

estertores pulmonares; desaparecimento de sinais clínicos como fezes alteradas,

úlceras na cavidade oral e pelos eriçados. No Hemograma houve interferência nos

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níveis de hemoglobina, volume corpuscular médio, concentração de hemoglobina

corpuscular média, leucócitos, linfócitos e monócitos (ARAÚJO, 2010).

Pesquisas austríacas utilizando o Floral Emergencial de Bach também

encontraram modificação no Hemograma humano. Testes feitos em dois grupos, um

que recebeu placebo e outro, gotas do Floral, mostraram diferenças significativas entre

os grupos, com aumento dos níveis de formação de “Eritrócitos Rouleaux” nos

voluntários que ingeriram o Floral Emergencial, fenômeno ligado à vasodilatação,

oposta a situações de estresse (FRINGERS; WULKERSDORFER; SPRANGER, 2009).

Farmacêuticos e Naturólogos pesquisadores de Santa Catarina administraram as

essências florais Gorse, e em conjunto White chestnut, Agrymony e Vervain em

camundongos como um tratamento agudo, 1 hora antes de testes farmacológicos. Os

resultados mostraram que os florais Gorse e, em conjunto, White chestnut, Agrymony e

Vervain exibiram perfis antidepressivo e hipnótico, respectivamente. No modelo de

ansiedade foi detectado efeito ansiolítico do floral Agrymony (GARBELOTO; DENEZ;

EGER-MANGRICH, 2006).

Seguindo esta mesma linha de teste, no estudo “Avaliação do efeito de

essências florais sobre a atividade locomotora de camundongo no modelo de campo

aberto e ação exploratória do rato no modelo de labirinto em cruz elevado”, observou-se

que com o uso das essências Florais de Bach Rock Rose e Aspen, indicadas para

pânico e medo, houve aumento do tempo de permanência dos camundongos no

labirinto, com maior número de entradas nos braços abertos do mesmo. Conclui-se que

estas essências florais possuem efeito ansiolítico e afetam a mobilidade dos animais

(SOUZA, 2004).

O uso do Floral de Bach Rock Rose, associado ao Mimulus, também mostrou-se

eficaz no combate do medo e estado ansioso/ de estresse em seres humano com medo

de dirigir (RABELLO; MORAIS, 2010).

Deste modo, podemos concluir que os Remédios Florais de Bach possuem

eficácia similar, tanto no tratamento em seres humanos como em animais.

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3 Cães

Os cães domésticos (Canis familiaris) são provenientes da família dos Canídeos,

que reúne cães, raposas e lobos. Descendentes do lobo cinzento (Canis lupus), estes

cães preservaram os mesmos instintos sociais ao longo da evolução: lealdade ao líder

da matilha, territorialismo, instinto de caça e pastoreio (ALDERTON, 2001).

O processo de domesticação dos cães se deu há mais de 100 mil anos no

hemisfério norte, selecionando-os para funções específicas de auxílio ao homem,

sendo designados como cães de caça, de guarda, pastores, meio de transporte e, em

menor parte, como companhia. Com a domesticação, houve grande diversificação das

raças caninas devido à seleção inconsciente realizada pelo homem que priorizava o

uso e criação dos animais mais bem adaptados à sua função (ROSE, 2000).

Até pouco tempo atrás, os cães eram visto como seres apenas instintivos, que

não possuíam consciência ou sentimentos. Esta linha de pensamento era proveniente

do séc. XVII, quando Renée Descartes apontou que os animais eram apenas máquinas

animadas e não possuíam nenhum tipo de mente análoga à humana (GRAHAM e

VLAMIS, 2009). Contrariando esta visão mecanicista, Charles Darwin, em Descent of

Man de 1871, afirmou que “as sensações e intuições, emoções e faculdades variadas

como o amor, a memória, a atenção, a curiosidade, a imitação, a razão, etc., dos quais

o homem se gaba, podem ser encontradas de forma incipiente ou até mesmo numa

condição bem desenvolvida nos animais inferiores”. Também assegurou a capacidade

dos cães de sentirem ciúmes, emulação, alegria, orgulho, vergonha, medo, modéstia,

desprezo, tédio e possuir, inclusive, uma espécie de senso de humor (DARWIN, 2004).

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3.1 Comportamento animal

3.1.1 Dominância

Os cães frequentemente querem mostrar quem é o líder e para isso não são

necessárias brigas, pois a liderança é demonstrada por atitudes e posições. Um cão ao

demonstrar dominância olha direto e fixamente, levanta os ombros, anda de maneira

ereta, com a cauda esticada e pelos arrepiados, movimentando os lábios mostrando

agressividade; eles podem rosnar e ameaçar brigar até que o oponente saia de perto.

A dominância não necessariamente está ligada a um comportamento agressivo,

pois se refere ao temperamento do cão, indicando que é um bom líder. Muitos cães

dominantes são dóceis e simpáticos. Já a agressão por dominância pode basear-se

em um tipo de problema de ansiedade (ROSSI, 2004).

3.1.2 Submissão

Um cão mostra submissão mantendo seu olhar disperso, sem contato visual

direto; fica agachado, abaixa a cauda como se ficasse reprimida (FOX, 2007), mantém

as orelhas junto à cabeça, mexe os lábios emitindo sons submissivos ou deixa a ponta

da língua para fora da boca. Alguns urinam um pouco. Frente ao líder, o cão

subordinado pode deitar-se com a barriga virada para cima ou curvar-se mostrando a

nuca (ROSSI, 2004).

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3.1.3 Cumprimentos

Todos os cães se cumprimentam cheirando de uma forma amigável o traseiro

dos outros cães. Os cães também costumam pular e latir para se cumprimentar,

exercendo a mesma ação com os humanos, além de lamber o rosto (FOX, 2007).

3.1.4 Convite para brincar

Podemos perceber que um cão quer brincar quando ele estende as patas da

frente e olha para o dono ou para outro cão com uma expressão amigável. Ele pode

latir e andar para frente, para trás ou curvar-se (FOX, 2007).

3.2 Estereotipias

As estereotipias são definidas como uma sequência de ações repetitivas, sem

finalidade aparente feitas pelo animal. Estas ações não produzem sensação de prazer,

são simplesmente uma tentativa de aliviar a ansiedade e o estresse que sentem em

determinada situação. Ações como correr atrás do próprio rabo, lamber as patas de

maneira compulsiva (auto-higiene), andar em círculos, mastigar objetos e direcionar

agressões contra si mesmo ou objetos inanimados fazem parte do que nós chamamos

de comportamento estereotipado canino - ações repetidas que funcionam como válvula

de escape, comportamentos aparentemente sem sentido, mas que ajudam o cão a lidar

com situações que geram frustração, medo ou ansiedade.

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3.2.1 Síndrome de Ansiedade de Separação

A Síndrome de Ansiedade de Separação em Animais (SASA) é definida como

um conjunto de comportamentos indesejáveis realizados por animais, onde exibem

sinais exagerados de ansiedade por não terem acesso ao proprietário ou membro da

família, mesmo estando acompanhado de outras pessoas ou animais (RIVA, 2008).

O animal com SASA pode apresentar os seguintes sinais: aumento de atividades

como pular, seguir o dono e solicitar atenção, permanecer deitado, sem comer e beber,

realizar micção e defecação inapropriadas, salivação excessiva, vocalizar

excessivamente, iniciar mastigação destrutiva, escavar, lamber-se ou automutilar-se,

demonstrar comportamento medroso ou agressivo (LANTZMAN, 2009).

Não há predisposição sexual ou por raça. Cães de rua recolhidos em canis de

adoção têm predisposição à ansiedade de separação. Os cães com predisposição a

ansiedade de separação são ansiosos, agitados e superativos (MCGREEVY;

MASTERS, 2008).

3.2.2 Agressividade

A agressividade canina é o problema que mais leva donos a buscar tratamento,

sendo uma das principais causas de ataques de cães (FATJÓ, 2006). Os cães

manifestam agressividade latindo, rosnando, ameaçando morder ou mordendo, como

forma de demonstrar dominância, por medo ou autodefesa. Cão dominante é aquele

que percebe no ambiente grandes chances para se tornar o líder; assim, tenta

demonstrar seu poder diante dos outros. Para tal, o cão rosna, ameaça e recusa-se a

obedecer.

Há também cães que reagem agressivamente em situações específicas, como

quando um brinquedo ou objeto seu é tocado, classificada como “agressão

competitiva”. Outras situações que desencadeiam comportamento agressivo

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momentâneo do cão são: ser ferido, proteger seu alimento, proteger filhotes, defender o

território de pessoas desconhecidas (BEAVER, 2009).

Animais que vivem presos, acorrentados ou isolados, que não passeiam e nem

convivem com outros animais, crescem inseguro e desconfiado, tendendo a atacar por

sentir medo. Cães que apanham de seu dono, recebem treinamento violento e

aprendem a atacar para se defender são os com maiores chances de reagir

inesperadamente de maneira agressiva, atacando aqueles a sua volta.

3.2.3 Comportamento Destrutivo

O comportamento destrutivo caracteriza-se pelo ato do cão mastigar ou roer

objetos como sapatos, tapetes, mobília, portas, parede, plantas, etc., cavar

compulsivamente ou comer produtos não alimentares (pica). Os cães podem apresentar

esse tipo de comportamento por problemas fisiológicos como verminoses, falta de sais

minerais, desequilíbrio químico-cerebral; por problemas psicológicos, como medo,

ansiedade, estresse e tédio; por falta de atividades físicas; ou para obter a atenção do

dono.

Filhotes costumam roer objetos como forma de aliviar a dor da gengiva

proveniente do crescimento dos dentes ou para provar gostos e sensações novas

(ROSSI, 2004).

3.2.4 Latidos e uivos excessivos

Latir e uivar são comportamentos normais de comunicação entre os cães. Ocorre

latido excessivo frente ao encontro com outro animal, seja ele agressivo ou não.

Através dos latidos e uivos, afirmam domínio de território, chamam a atenção,

demonstram ansiedade, medo, fome, sede, dor ou algum desconforto. Porém, este

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comportamento torna-se problemático quando os donos não conseguem controlar seu

surgimento ou sua duração. Os latidos e uivos em excesso podem ocorrer quando o

cão é deixado sozinho em casa, em casos de ansiedade de separação, por resposta a

barulhos e outros estímulos incômodos; ansiedade ao passear, para chamar a atenção

dos donos (VET THERAPY, 2010), quando não há regras para o animal ou ele não

consegue compreender aquilo que lhe está sendo ensinado (HORWITZ; NEILSON,

2008).

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4 Bem-estar Animal

De acordo com o artigo 7.1.1. “Recomendações para o Bem-estar Animal” da

Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o termo bem-estar animal designa como

um animal lida com as condições nas quais vive. Um animal está em boas condições de

bem-estar (de acordo com provas científicas) quando é livre para expressar seu

comportamento inato, está saudável, confortável, bem alimentado e seguro, não

padece de sensações desagradáveis como dor, medo ou estresse. Bem-estar animal

requer prevenção de doenças, tratamento veterinário; que haja proteção, nutrição e

manejo apropriados; e que o abate seja feito de forma compassiva.

Para BROOM e MOLENTO (2004), bem-estar deve ser definido relacionando-o

com conceitos, como: necessidades, liberdades, felicidade, adaptação, controle,

capacidade de previsão, sentimentos, sofrimento, dor, ansiedade, medo, tédio, estresse

e saúde.

4.1 As Cinco Liberdades

Outro conceito popular para quantificar o bem-estar animal é a perspectiva das

“Cinco Liberdades”, desenvolvidas pelo Conselho do Bem-estar de Animais de

Produção do Reino Unido (Farm Animal Welfare Council – FAWC). De acordo com as

“Cinco Liberdades” os animais têm de estar:

• Livres de fome e sede e com pronto acesso à água fresca e a uma dieta que os

mantenha saudáveis e vigorosos.

• Livres de desconfortos e vivendo em um ambiente apropriado que inclui abrigo e uma

área confortável para descanso.

• Livres de dor, ferimentos e doenças por meio de prevenção ou de rápido diagnóstico e

tratamento.

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• Livres para expressar um comportamento normal, uma vez que lhes sejam garantidos:

espaço suficiente, condições de moradia apropriadas e a companhia de outros animais

de sua espécie.

• Livres de medos e angústias e com a garantia de condições e tratamento que evitam

sofrimentos mentais.

4.2 Etologia e Etograma

Do grego ethos, "ser" ou "personalidade" e logia, "estudo", Etologia é a disciplina

que estuda o comportamento. Para etologia animal, comportamento significa “todo

movimento e posição, assim também como toda forma de mudança temporária, que

são possíveis de serem constatadas em um animal” (SOUTO, 2005).

Na análise do comportamento animal, o etograma é a base de estudos, sendo

útil para comparar comportamentos de populações distintas de uma mesma espécie.

Tradicionalmente, um etograma é uma lista formal que descreve de forma detalhada

todos os eventos comportamentais realizados por indivíduos de uma espécie

(NASCIMENTO, 2008).

O registro do etograma deve ser imparcial e fiel inclusive a pormenores, pois até

mesmo as condições climáticas podem revelar-se necessárias para analisar as causas

do comportamento (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2008).

Um dos métodos de observação para construção do etograma é o “Animal-focal”,

onde são registradas as atividades individuais e sociais de um único animal por vez, por

um determinado período de tempo (SOUTO, 2005).

Segundo BROOM e MOLENTO (2004), mensurações do comportamento, como

as realizadas em um etograma, possuem igualmente grande valor na avaliação do

bem-estar animal.

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4.3 Avaliação do Bem-estar Animal

A Avaliação do bem-estar animal, devido à complexidade dos processos

adaptativos dos animais, envolve uma abordagem multidisciplinar que considere as

características comportamentais, a sanidade, a produtividade, as variáveis fisiológicas e

as preferências dos animais pelos diversos componentes do ambiente que os rodeiam

(BROOM, 1991).

O bem-estar pode ser afetado por fatores como presença de doenças,

traumatismos, fome, interações sociais, condições de alojamento, tratamento

inadequado, manejo, transporte, procedimentos laboratoriais, mutilações variadas,

tratamento veterinário ou alterações genéticas através de seleção genética

convencional ou por engenharia genética (BROOM; MOLENTO, 2004). Quando o bem-

estar animal é afetado, ocorrem alterações fisiológicas e das condições físicas e

psicológicas do animal, resultando em modificações do comportamento (PINHEIRO;

BRITO, 2009).

Um dos sinais de bem-estar precário são as alterações fisiológicas indicativas

de estresse, como o aumento de frequência cardíaca, atividade adrenal, hormônio

adrenocorticotrófico (ACTH) ou resposta imunológica reduzida. O estresse pode ser

definido como um estímulo ambiental sobre um indivíduo que sobrecarrega seus

sistemas de controle e reduz sua capacidade de adaptação (BROOM e JOHNSON,

1993). Em longo prazo, o estresse aumenta a incidência de comportamentos anormais,

tais como estereotipias, automutilação, ou comportamento excessivamente agressivo,

indicando que o indivíduo encontra-se em condições de baixo grau de bem-estar.

Outro fator de avaliação do bem-estar animal consiste em mensurar os

comportamentos e funções que não podem ser realizados em suas condições de

manutenção, ou seja, das condições de instalações e manejo (BROOM; MOLENTO,

2004).

As instalações destinadas a alojar animais devem ser simples, eficientes

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Avaliação do

Bem-estar Animal

Indireta (recursos)

Direta (efeitos)

Infraestru- tura (física)

Manejo (método)

Recursos (pessoas)

Fisiologia Comportamento

Índices: Taxa de Letalidade,

Mortalidade, Patologias.

Etograma: Alterações

comportamen- tais,

estereotipias, etc.

Estresse

Sistema Nervoso Endócrino

Sistema Nervoso Autônomo

Cortisol

Frequência Cardíaca

Frequência Respiratória

Catecolaminas

e proporcionar aos animais condições de conforto, espaço e proteção em um ambiente

limpo, seco, com boas condições sanitárias. Já o manejo de criação animal, deve

respeitar o bem-estar animal e qualidade de vida (PINHEIRO; BRITO, 2009).

Más condições de manutenção podem afetar o desempenho, a saúde e o bem

estar dos animais. Neste caso, torna-se empregável a observação das preferências dos

animais, como forma de obter a opinião dos mesmos em relação a certas situações de

manejo ou ambiente (HOTZEL; MACHADO FILHO, 2004).

4.3.1 Organograma de Avaliação do Bem-estar Animal

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5 JUSTIFICATIVA

No Brasil, a área veterinária está passando por uma transformação significativa:

atender à crescente valorização do bem-estar dos animais, com uma demanda de

conhecimento e atuação reconhecida em vários níveis. (BROOM e MOLENTO, 2004)

Um recente estudo feito com proprietários de cães e gatos portadores de câncer

em relação à expectativa sobre o tratamento, mostrou que: 52,5% dos proprietários

esperavam a redução do tamanho do tumor, 44,1% alívio dos sintomas e 42%

desejavam a manutenção ou melhora da qualidade de vida e bem-estar do animal

(YAZBEK, 2008).

Dentro das Cinco liberdades que garantem o bem-estar animal, o tratamento

com a Terapia Floral se insere dentro da terceira liberdade - “livres de dor, ferimentos e

doenças” – na medida que é um tratamento complementar e de prevenção de

disfunções físicas, principalmente as de origem psicossomáticas, como pseudociese

(gravidez psicológica), urticária, alergias e acidez gástrica (MARQUES, 2008); da quarta

liberdade – “livres para expressar um comportamento normal” - já que resgata a

natureza do animal; e quinta - “livres de medos e angústias” - sendo uma alternativa de

tratamento que evita sofrimentos mentais, como carência afetiva, agitação,

agressividade e medos.

O tratamento de problemas comportamentais em animais não segue um padrão,

já que cada caso é único e inclui uma série de características particulares reservadas

àquele animal. Dentre as características, estão as informações sobre o histórico

comportamental, o histórico médico, composição familiar e os detalhes específicos da

situação associada com o comportamento, incluindo a identificação das provocações e

outras situações associadas com o mesmo (VOITH & BORCHELT, 1982).

Faz-se, então, necessária uma observação cuidadosa do comportamento do

animal e das circunstâncias em que se encontra para a escolha da formulação de

essências florais mais adequadas ao caso (PINTO, 2008).

A combinação das essências que formam o Remédio Emergencial é considerada

o remédio floral mais importante no tratamento e cura dos animais. A literatura o traduz

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como “tudo o que é preciso para resgatar o animal de qualquer situação difícil”, sendo

comunmente o primeiro composto Floral escolhido pelos veterinários. É um remédio de

ação rápida e eficaz, muito usado em animais resgatados, em situações de estresse,

medo, choque; animais que passaram por traumas, agressões, abandono e

sofrimentos, sendo indicado para cães que vivem em abrigos (GRAHAM; VLAMIS,

2009), como no caso dos cães do canil da Universidade Anhembi Morumbi.

A inserção da Terapia com o Floral Emergencial na rotina dos cães, interfere na

Avaliação do Bem-estar Animal de forma indireta e direta: indiretamente na medida que

inclui um “recurso” diferenciado no “manejo” do animal; diretamente ao produzir um

“efeito” que modifica o “comportamento” do animal, refletindo tais alterações no

Etograma.

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6 OBJETIVOS

6.1 Objetivos Gerais

Validar a Terapia Floral de Bach como instrumento agregador de qualidade de

vida e bem-estar em animais, demonstrando sua eficácia e fortalecendo esta área de

atuação do Naturólogo.

6.2 Objetivos Específicos

Avaliar o efeito do Floral de Emergência do Dr. Bach, Recovery, do laboratório

Ainsworths, nos cães do canil da Universidade Anhembi Morumbi.

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7 METODOLOGIA

7.1 Materiais

Vidros âmbar com conta gotas de 30ml, com água e 30% de glicerina

(conservante).

Essência Floral Emergencial de Bach (Recovery - Laboratório Ainsworths) - 4

gotas por frasco.

Cópias do Etograma SUHETT; OLIVEIRA; AMARAL, 2011 (ANEXO A).

7.2 Cães

A amostragem deste estudo é de quatro (4) cães, sem critérios de inclusão e

exclusão, utilizando todos os animais disponíveis do local.

7.3 Local

A pesquisa prática foi realizada no Canil da Universidade Anhembi Morumbi

localizada na Rua Dr. Almeida Lima, nº 1134, Bresser, São Paulo.

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7.4 Método

O método utilizado previa observações contínuas por 2 horas diária, das 9h às

11h da manhã, por 5 dias cada fase. A primeira fase corresponde à antes do uso da

Terapia Floral; a segunda fase, durante o uso da Terapia Floral com o Floral

Emergencial e a terceira fase, após aplicação da Terapia Floral.

Todas as atividades observadas foram anotadas para a construção de um

Etograma através do método de observação “Animal-focal”, que identifica as atividades

individuais e sociais de um único animal por vez.

Durante o estudo, não houve nenhuma interferência por parte do observador,

com estímulos que pudessem modificar o comportamento normal do cão.

A dose administrada foi de 4 gotas, 2 vezes ao dia, antes e depois da análise.

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8 ANÁLISE DOS DADOS

A presente pesquisa, por meio do Etograma abordou aspectos quantitativos e

qualitativos da variação comportamental dos quatro cães participantes da pesquisa -

Nana, Linda, Juca e Jack – a partir do uso do Floral Emergencial de Bach. Foram

comparadas as etapas “1 - Antes da aplicação do Floral Emergencial”, “2 - Durante a

aplicação do Floral Emergencial” e “3 - Após aplicação do Floral Emergencial”, sendo

que nesta última observa-se o efeito residual do floral após interrupção da terapia.

A partir da contagem do número de vezes em que as ações presentes no

etograma foram efetuadas, pôde-se confeccionar gráficos comparativos em quantidade,

sendo feita uma análise individual de cada cão e uma análise geral, observando

particularidades e semelhanças dos dados.

A Análise Qualitativa se refere à análise do comportamento (ação) em si, ou

grupo de ações que se traduzem em um tipo de comportamento, como solitário, social

agonístico, social não agonístico, social amigável, sonorização ou simplesmente como

estado (deitado, sentado, em pé, andar, correr).

8.1 Análise individual

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8.1.1 Cadela Naná

Em um primeiro momento (fase 1) cadela Nana mostrava um comportamento

apático, passando a maior parte do tempo deitada, movimentando-se pouco e nunca

latindo. Entretanto, apresentava comportamento destrutivo, roendo a parede do canil.

Gráfico 12 - Variação de Estados nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral da cadela Naná.

Com o uso do Floral Emergencial (fase 2) a cadela Nana apresentou maior

número de estados, indicando um maior repertório de atividades, mantendo-se mais

ativa e alerta inclusive após interrupção do uso do floral (fase 3).

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Gráfico 13 - Variação de Comportamento Social Agonístico nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral da cadela Naná.

Gráfico 14 - Variação de Comportamento Social Amigável nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral da cadela Naná.

Observa-se que durante o uso da Terapia floral com o Floral Emergencial (fase

2) houve aumento dos comportamentos sociais, tanto agonísticos quanto os amigáveis,

latindo, investindo, convidando outros cães para brincar e caçando insetos. Estes

comportamentos são relativos a uma interação positiva.

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Já na fase 3, houve redução dos comportamentos sociais amigável e agonístico,

indicando que a socialização ocorrida ao longo do uso do floral deixou de ocorrer após

interrupção.

Gráfico 15 - Variação de Comportamento Solitário nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral da cadela Naná.

Durante a Terapia Floral (fase 2), houve redução de comportamentos solitários

no geral, como catar, coçar e farejar. Ao interromper a Terapia Floral (fase 3) os

comportamentos solitários continuaram apresentando diminuição, com exceção para

“auto-higiene”, influenciando visualmente o gráfico.

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Gráfico 5 - Variação de Comportamento Destrutivo nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral da cadela Naná.

A partir da fase 2, o comportamento destrutivo da cadela Naná cessou. Este

benefício permaneceu após interrupção da Terapia Floral (fase 3).

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8.1.2 Cadela Linda

Antes da aplicação do Floral Emergencial, a cadela Linda apresentava muitos

comportamentos sociais agonísticos, como latir e recusar ser cheirada. Além disso,

dedicava longos minutos à auto-higiene, variando de 3 a 14 minutos.

Gráfico 6 - Variação de Estados nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral da cadela Linda.

Durante a fase 2, com a Terapia Floral, a cadela Linda apresentou aumento em

ações ativas, como “andar”, “trotar” e “caçar” insetos. Ao fim do experimento,

comparando as fases 1 e 3, as ações ativas, demonstradas por um maior repertório de

estados, continuaram aumentando.

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Gráfico 7 - Variação de Comportamento Solitário nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral da cadela Linda.

Na fase 2, durante o uso do Floral Emergencial, houve redução de

comportamentos solitários, com exceção para “auto-higiene”, influenciando visualmente

no gráfico. Entretanto, o que ocorreu foi um aumento do número de vezes que iniciou a

ação “auto-higiene”, com diminuição severa do tempo de prática, reduzindo para

poucos segundos, considerado dentro da normalidade.

Após interrupção da Terapia Floral, houve diminuição de comportamento solitário

geral.

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Gráfico 8 - Variação de Comportamento Social Agonístico nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral da cadela Linda.

Gráfico 9 - Variação de Comportamento Social Amigável nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral da cadela Linda.

Com o uso do Floral Emergencial houve redução dos comportamentos

sociais amigáveis e agonísticos, como “rosnar”, “latir” e “recursar ser cheirada”.

Na fase 3, sem a Terapia Floral, a redução de comportamento social amigável

continuou ocorrendo. Já os comportamentos sociais agonísticos voltaram a aparecer

proporcional a fase 1.

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8.1.3 Juca

Durante a fase 1, antes de iniciar a Terapia Floral, o cão Juca mostrava-se muito

agitado, apresentando muitos comportamentos do tipo solitário e poucos do tipo social

amigável. A maior queixa em relação a este cão eram os latidos excessivos, associados

a barulhos externos, como de carros e dos cavalos passeando na baia ao lado.

Gráfico 10 - Variação de Estados nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral do cão Juca.

Com o uso do floral (fase 2) houve aumento na variação de estados, indicando

maior repertório de ações ativas. Comparando a fase 1 e 3 (antes e depois do uso do

floral), obteve-se aumento das atividades.

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Gráfico 11 - Variação de Comportamento Solitário nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral do cão Juca.

Durante a Terapia Floral (fase 2) o comportamento solitário diminuiu. Após a

interrupção do Floral Emergencial, o comportamento solitário permaneceu inferior ao

início do experimento (fase 1).

Gráfico 162 - Variação de Comportamento Social Agonístico nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral do cão Juca.

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Gráfico 173 - Variação de Comportamento Social Amigável nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral do cão Juca.

Na fase 2, com o Floral Emergencial, o comportamento social amigável e social

agonístico aumentaram, inclusive “latir”, associado a grande movimentação externa.

Com a interrupção da Terapia Floral, houve aumento do comportamento social

agonístico, com sinais de ansiedade de separação como aumento de latidos, choros e

gemidos direcionados para as pesquisadoras. Além disto, o cão passou a ficar muito

tempo sentado em frente às pesquisadoras, as seguindo a qualquer movimento.

Comparando as fases 1 e 3, houve e aumento do comportamento social

amigável e social agonístico, indicativos de maior interação entre os cães. Houve

redução do “montar”, possivelmente devido às novas atitudes de liderança do outro

macho do canil, o cão Jack.

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8.1.4 Jack

O cão Jack era um cão com atividades dentro da normalidade, não havendo

queixas a seu respeito.

Gráfico 14 - Variação de Estados nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral do cão Jack.

Com o uso do floral (fase 2), o cão Jack passou menos tempo parado sentado ou

deitado, movimentando-se por mais tempo; entretanto este dado não se reflete no

gráfico, já que mostra o número de vezes da ação efetuada e não o tempo.

Na fase 3, sem uso do Floral Emergencial, houve aumento de estados ativos,

como “trotar” e “andar”. Também passou maior tempo sentado observando o grupo e

parado em pé em alerta.

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Gráfico 18 - Variação de Comportamento Solitário nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral do cão Jack.

Durante a fase 2, houve redução de comportamentos solitários. Entretanto, estes

comportamentos solitários voltaram a aumentar após interrupção do uso da Terapia

Floral.

Gráfico 19 - Variação de Comportamento Social Agonístico nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral do cão Jack.

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Gráfico 207 - Variação de Comportamento Social Amigável nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral do cão Jack.

Na fase 2, com o uso do Floral Emergencial, o cão Jack apresentou redução dos

comportamentos social agonístico, com aumento de comportamento social amigável.

Após suspensão da Terapia Floral, começou a exibir comportamentos de

liderança, aumentando o social agonístico, principalmente “montar” e “cheirar outros

cães” e redução do comportamento social amigável, como “aceitar ser cheirado”.

Entretanto, o comportamento social amigável demonstrou aumento em relação ao início

do experimento.

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8.2 Análise geral

Gráfico 18 - Variação Geral de Estados nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral.

Ao analisar a média geral do comportamento dos cães, observa-se aumento no

repertório de Estados, com maior atividade física dos cães, tanto ao longo da Terapia

Floral, como após sua finalização.

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Gráfico 19 - Variação Geral de Comportamento Solitário nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral.

Nota-se redução de comportamentos solitários com o uso do Floral Emergencial,

seguida por um pequeno aumento após sua interrupção, mantendo-se, entretanto,

inferior ao início da pesquisa.

Gráfico 20 - Variação Geral de Comportamento Social Agonístico nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral.

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Em relação a comportamentos sociais agonísticos houve aumento gradativo

mesmo após finalização do procedimento terapêutico, indicando maior interação do

grupo de cães.

Gráfico 21 - Variação Geral de Comportamento Social Amigável nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral.

Já o comportamento social amigável apresentou aumento com o uso do Floral

Emergencial, sofrendo redução com seu térmico, mantendo-se, porém, em maior

frequência que na etapa 1, antes do uso do Floral Emergencial.

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Gráfico 22 - Variação Geral de Comportamento Destrutivo nas fases 1 – antes da Terapia Floral; 2 – durante o uso do Floral Emergencial por 5 dias; e 3 – após interrupção do Floral.

O comportamento destrutivo, apresentado somente pela cadela Nana ao roer

paredes, cessou com o uso da Terapia Floral, não reincidindo após o término.

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9 DISCUSSÃO E RESULTADOS

Um dos problemas observados dentro do canil pelas pesquisadoras era a falta

de atividades físicas da maioria dos cães, apesar do canil possuir um espaço

apropriado para tal finalidade. A falta de exercícios gera tédio, estresse e ansiedade

(HORWITZ;NEILSON, 2008), refletindo em atos como da cadela Nana, que roia parede.

Ao longo da semana de aplicação do Floral Emergencial, foi observado que

100% dos cães mostraram aumento de ações ativas, indicada pela maior variação de

estados. Ao interromper a Terapia Floral, as ações ativas continuaram a aumentar ou

mantiveram-se estáveis em todos os cães. Já a cadela Nana apresentou melhoras

surpreendentes, convidando outros cães para brincar e caçando insetos.

Durante a Terapia Floral, 100% dos animais da amostra apresentaram redução

em comportamentos solitários, ao mesmo tempo 75% mostraram aumento do

comportamento social amigável e agonístico. Ao fim do experimento estes

comportamentos apresentaram uma pequena redução, mas mantiveram-se mais

frequentes que na primeira fase de observação, antes do uso do floral.

Outro fator ressaltado ao fim do experimento foi a mudança na convivência dos

cães. Inicialmente, os animais mantinham-se afastados a maior parte do tempo,

interagiam pouco e permaneciam em baias diferentes durante o repouso. Com o uso do

Floral Emergencial foi notada maior aproximação e parceria dos cães, elevando a

quantidade de convites para brincar, lambidas, cheiradas e aceitações das mesmas.

Também passaram a descansar juntos na mesma baia. Essa mudança de

comportamento se estendeu após a interrupção da terapia, mantendo redução do

comportamento solitário em 75% dos cães. O único cão que mostrou aumento em

características solitárias foi Jack, que passou a ter ações de liderança.

O cão Jack passou a rosnar, latir, montar nos outros animais, principalmente no

macho, Juca, e inclusive sentar-se próximo a ele, dificultando sua movimentação.

Consideramos as manifestações de liderança positivas, já que a hierarquia dentro da

matilha é natural em qualquer ambiente, e principalmente, porque a antiga líder da

matilha, a cadela Nina, havia se mudado do canil há mais de um mês, antes do inicio

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dos experimentos, e ainda não havia ocorrido manifestações de disputa de liderança no

grupo. Restabelecer os instintos naturais do animal, comunmente inibidos pelo homem,

é uma das funções da Terapia floral para animais (GRAHAM; VLAMIS, 2009).

O aumento geral da “auto-higiene” para todos os cães, que influenciou os

gráficos de comportamento solitário na ultima semana de observação, deve-se ao fato

de haver chovido todos os dias dessa fase do experimento, tornando o piso úmido,

estimulando a auto-higiene como forma de se secar.

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10 CONCLUSÃO

A análise dos resultados nos permite inferir que a utilização do Floral

Emergencial de Bach nos cães do canil da Universidade Anhembi Morumbi resultou em

mudanças comportamentais positivas, com aumento do repertório de ações, indicadas

por maior variação de estados, e, em particular, aumento de comportamentos sociais

amigáveis e agonísticos de interação com queda do comportamento solitário e

destrutivo.

Deste modo, podemos concluir que o uso da Terapia Floral para cães é um

recurso útil e efetivo que influencia positivamente o comportamento animal melhorando

seu bem-estar de forma segura, livre de riscos de interação medicamentosa e efeitos

colaterais.

Ademais, a Terapia Floral, com o Floral Emergencial Recovery mostra-se como

uma ferramenta terapêutica significativa e valiosa para o Naturólogo também no meio

veterinário, sendo uma alternativa e/ ou complemento a terapia medicamentosa, que

em muitos casos é considerada agressiva e pouco tolerada pelos proprietários dos

animais.

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ANEXO A – ETOGRAMA

COMPORTAMENTO DESCRIÇÃO Nº DE

AÇÕES

ESTADOS

Deitado Parte mediana do corpo e parte

interna das patas em contato com o chão

Sentado Parte traseira do corpo em contato com o chão. Na maioria das vezes

quando ele está se coçando.

Andar Locomoção com deslocamento das

patas para frente e para trás.

Correr Locomoção com deslocamento rápido, onde as patas traseiras ultrapassam o meio do corpo.

Beber Consumir água ou outro líquido

SOLITÁRIO

Auto-higienização Lamber o próprio corpo e, muitas das

vezes, a própria região urogenital.

Coçar Arranhar o próprio corpo com as patas

traseiras ou com os dentes.

Cavar Arranhar o solo com uma ou ambas

as patas dianteiras criando um buraco

Mastigar grama Mastigar e engolir ramos vegetais.

Geralmente mais tarde sairá em forma de vômito.

Bocejar Boca aberta, olho fechados e orelhas

para trás.

Farejar o solo Investigar o chão com o focinho,

cheirando.

Espreguiçar Esticar as patas traseiras e dianteiras

alternadamente, corpo esticado.

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SOCIAL AMIGÁVEL

Cheirar Investigar alguém de sua família,

cheirando os pés.

Convite para brincar

Pular, bater as patas nos pés de um de seus familiares ou inclinar a

cabeça entre as patas dianteiras.

Brincar de caçar

Perseguir outros animais; leves patadas, arranhões e mordidas

(lagartixa, passarinhos, ratos e outros animais).

Aceitar lambida/ ser cheirado

Aceitar que outro cão interaja lambendo ou cheirando.

ELIMINAÇÃO/ MARCAÇÃO

Urinar (levantar a pata)

Urinar com a pata traseira levantada do chão.

Urinar sobre Urinar no mesmo local que outro

cachorro urinou ou defecou alguns minutos antes.

Defecar Defecar usando uma postura

agachada

SOCIAL AGONÍSTICO

Investir

Avançar em direção a qualquer outra pessoa que não seja membro da família, com os pelos eriçados e

orelha para trás.

Rosnar Vocalização forte e longa, dentes a mostra, boca semiaberta e orelhas

para trás.

Latir Vocalização curta, direcionada a

animais ou pessoas que passam na rua.

Recusar ser cheirado/ recusar

lambida

Não aceitar que outro cão interaja lambendo ou cheirando.

Morder Mordida com a mandíbula fechada.

Montar Subir em outro cão, apoiando-se

sobre as patas traseiras, com movimentos de copulação.