uma nova linguagem, um novo formato: webtv universitÁria, da ideologia aos modos de produÇÃo....

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA ICARO REBOUÇAS TAINAN RANGEL SOARES UMA NOVA LINGUAGEM, UM NOVO FORMATO: WEBTV UNIVERSITÁRIA, DA IDEOLOGIA AOS MODOS DE PRODUÇÃO. Conceição do Coité 2013

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Trabalho de conclusão apresentado ao curso de Comunicação Social, com habilitação em Rádio TV, UNEB/Campus XIV, sob a orientação da Professora Msc. Kátia Morais, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Comunicação Social.

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Page 1: UMA NOVA LINGUAGEM, UM NOVO FORMATO: WEBTV UNIVERSITÁRIA, DA IDEOLOGIA AOS MODOS DE PRODUÇÃO. (REBOUÇAS, 2013)

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

ICARO REBOUÇAS

TAINAN RANGEL SOARES

UMA NOVA LINGUAGEM, UM NOVO FORMATO: WEBTV

UNIVERSITÁRIA, DA IDEOLOGIA AOS MODOS DE PRODUÇÃO.

Conceição do Coité

2013

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ICARO REBOUÇAS

TAINAN RANGEL SOARES

UMA NOVA LINGUAGEM, UM NOVO FORMATO: WEBTV

UNIVERSITÁRIA, DA IDEOLOGIA AOS MODOS DE PRODUÇÃO.

Trabalho de conclusão apresentado ao curso Curso

Comunicação Social, com habilitação em Rádio

TV, UNEB/Campus XIV, sob a orientação da

Professora Msc. Kátia Morais, como requisito

parcial para obtenção do título de bacharel em

Comunicação Social.

Conceição do Coité

2013

Page 3: UMA NOVA LINGUAGEM, UM NOVO FORMATO: WEBTV UNIVERSITÁRIA, DA IDEOLOGIA AOS MODOS DE PRODUÇÃO. (REBOUÇAS, 2013)

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ICARO REBOUÇAS

TAINAN RANGEL SOARES

UMA NOVA LINGUAGEM, UM NOVO FORMATO: WEBTV

UNIVERSITÁRIA, DA IDEOLOGIA AOS MODOS DE PRODUÇÃO.

Trabalho de conclusão apresentado ao curso de

Comunicação Social, com habilitação em Rádio

TV, UNEB/Campus XIV, sob a orientação da

Professora Msc. Kátia Morais, como requisito

parcial para obtenção do título de bacharel em

Comunicação Social.

Data:_________________________

Resultado:____________________

BANCA EXAMINADORA

Professora Msc. Kátia Santos de Morais

Assinatura:______________________

Professora Dra. Rosane Meire Vieira de Jesus

Assinatura:______________________

Professor Dro. Raimundo Cláudio Xavier

Assinatura:______________________

Conceição do Coité

2013

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Rebouças, Icaro

R292n Uma nova linguagem, um novo formato: webtv universitária

da indeologia aos modos de produção.

-- / Ícaro Rebouças; Tainan Rangel Soares.

Conceição do Coité: O autor, 2013.

57fls.; 30 cm.

Orientador: Prof. Ms. Kátia Santos de Moraes.

Trabalho de Conclusão de curso - TCC (Graduação) –

Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação,

Conceição do Coité, 2013

1. Internet. 2. Web TV. 4. Comunicação Pública.

I. Kátia Santos de Moraes. II. Universidade do Estado da Bahia.

Departamento de Educação – Campus XIV. III. Título.

CDD 004.60981 -- 20 ed.

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Departamento de Educação – Campus XIV - UNEB

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“Dedicamos este trabalho a todos os nossos familiares e amigos que

colaboraram e nos deram base e sustentação para alcançar os nossos

objetivos".

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AGRADECIMENTOS

A Deus, que se mostrou criador, que foi criativo. Seu fôlego de vida foi sustento e nos

deu coragem para questionar realidades e propor sempre um novo mundo de

possibilidades.

Às nossas famílias, por sua capacidade de acreditar e investir em nós. Obrigado por

acreditar. Sempre! Vocês são a nossa essência.

Aos nossos amigos, pelas alegrias, tristezas e dores compartilhadas. Com vocês, as

pausas entre um parágrafo e outro de produção melhora tudo o que temos produzido.

“Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas

pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo àqueles que

percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um

pouco da sua energia conosco, insistindo.” (Marta Medeiros).

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RESUMO

A partir de uma discussão sobre internet, mídia, convergência e veículos universitários de

comunicação, o presente trabalho vem a discutir a WebTV Universitária, fazendo uma

análise de programação, periodicidade das publicações, critérios de noticiabilidade e

possibilidades de interação e participação da comunidade acadêmica nesse veículo, tendo

como objeto de experiência e experimentação a WebTV UNEB, vinculada a assessoria de

comunicação da Universidade do Estado da Bahia – UNEB.

Palavras-chave: Internet, WebTV Universitária, interatividade, Veículos universitários de

comunicação.

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ABSTRACT

From a discussion on internet, media and convergence and college media, this paper is to

discuss the University WebTV, making an analysis of programming, frequency of

publications, criteria of newsworthiness and possibilities for interaction and participation of

the academic community in vehicle, with the object of experience and experimentation

WebTV UNEB, linked to a spokesperson for the University of Bahia - UNEB.

Keywords: Internet, WebTV University, interactivity, university vehicles of

communication.

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Sumário

1.INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10

2.SURGIMENTO DAS TIC: SOCIEDADE E ADESÃO A INTERNET .................. 11

2.1 A SOCIEDADE E A REDE.............................................................................. 13

2.2 WEB 2.0: A SEGUNDA GERAÇÃO DA INTERNET ..................................... 14

2.3 UNIVERSIDADE E PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS NA ERA DA ................ 16

3.AFINAL, O QUE É WEBTV? ................................................................................... 17

3.1 CARACTERÍSTICAS ..................................................................................... 20

3.2 PENSANDO O PAPEL DAS WEBTVS NA UNIVERSIDADE .................. 23

3.2.1 TV UNIVERSITÁRIA E O DEBATE SOBRE A TV DIGITAL. .............. 27

3.3 A WEBTV UNEB ............................................................................................ 29

4.FASES DA PRODUÇÃO: SUGERINDO UM PROGRAMA PARA A WEBTV UNEB .................... 33

4.1. PRÉ-PRODUÇÃO .......................................................................................... 33

4.1.1 DIAGNÓSTICO ........................................................................................... 34

4.1.2 O PROGRAMA ............................................................................................. 38

4.2 PRODUÇÃO .................................................................................................... 40

4.3 PÓS-PRODUÇÃO ........................................................................................... 41

5.CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 42

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 44

APÊNDICE .................................................................................................................... 47

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1. INTRODUÇÃO

Observando a funcionalidade da WebTv UNEB e de outras WebTvs, objetivamos

analisar o modelo já existente, vislumbrando criar um programa piloto que contemple as

necessidades do “fazer comunicação” dentro da nossa universidade, a partir das nuances

e lacunas que dificultam o processo de socialização e efetivação deste meio.

O segmento das WEBTVS ainda é muito recente no país, são muitas as dificuldades

que se impõem na consolidação de um projeto como este, observamos primeiramente a

necessidade de unificar o diálogo entre os três cursos de Comunicação na Uneb,

entendendo a importância de que os alunos ocupem este espaço e o padronizem de

maneira a torna-lo referência, a intenção é tornar claro “qual o papel da WEBTv Uneb:

uma ferramenta institucional ou de experimentação para incentivo no aumento de

produções dentro da academia?”, segundo Alzimar em sua tese sobre TVs

Universitárias “o segmento vinha e vem sendo construído com seriedade e solidez de

princípios e metas” e é a partir desta perspectiva, elaborando metas sérias e princípios

sólidos que vamos desenvolver nosso projeto, buscando sugerir um programa que

intensifique a participação acadêmica de uma maneira geral tanto na produção , quanto

no gerenciamento da programação e na veiculação das mesmas.

Dentro deste contexto o que visamos se estende também à população, o interesse é

fazer com que a comunidade em sua totalidade tenha consciência da programação da

WebTv e a entenda como um mecanismo de participação e como uma nova opção

informativa, como destaca Vilhena “ para a ciência ser utilizada como instrumento de

transformação social , a população precisa compartilhar da produção do conhecimento

científico e participar das decisões quanto aso objetivos que a ciência deve perseguir na

sociedade”.

No processo de pré-produção serão observados os preceitos e regras que regem

atualmente a organização da WebTv, em paralelo a esta observação pontuaremo as

características identitárias do meio, com o intuito de compreender o perfil atual da

programação , da periodicidade e do número de produções veiculadas, para

posteriormente propor a redefinição de organização e buscar com que a efetivação do

meio repercuta dentro e fora da comunidade acadêmica.

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O crescimento da internet, em especial entre os jovens é uma grande aliada para que

a abrangência e alcance da WebTv Uneb enverede por novos caminhos, inclusive no

tocante em que haja o reconhecimento por parte da própria comunidade acadêmica. O

que se propõe aqui é que a programação ganhe maior visibilidade, desvendando novas

possibilidades e interagindo com o público.

No processo de produção, depois observamos as peculiaridades da ferramenta Web

hoje, traçando a proposta de um novo programa. Como temos afinidade com estudantes

de outros cursos de comunicação da Uneb e discutimos frequentemente a Comunicação

Integrada, mantemos o contato e estes também contribuiram com o produto, já que

também partilham da mesma realidade dentro da universidade. A coordenadora da

WEBTv Uneb Qhele Jemima também colaborou conosco , viabilizando visitas técnicas

à sede de transmissão, com isso teremos uma visão ampliada de estrutura e modos de

produção, o que nos deu suporte para montar o Programa Piloto WebTv Uneb .

2. SURGIMENTO DAS TIC: SOCIEDADE E ADESÃO A INTERNET

Ramos (2008) diz que chamamos Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)

aos métodos e equipamentos para processar informação e comunicar, que surgiram no

contexto da Revolução Informática, Revolução Telemática ou Terceira Revolução

Industrial, desenvolvidos gradualmente desde a segunda metade da década de 1970 e,

principalmente, nos anos 90 do mesmo século. Considera-se que o advento destas novas

tecnologias e a forma como foram utilizadas por governos, empresas, indivíduos e

setores sociais possibilitaram o surgimento da Sociedade da Informação (SI).

Um dos primeiros autores a referir o conceito de SI foi o economista Fritz Machlup,

no seu livro publicado em 1962, The Production and Distribution of Knowledge in the

United States. No entanto, o desenvolvimento do conceito, deve-se a Peter Drucker que,

em 1966, no bestseller The Age of Discontinuity, fala pela primeira vez numa sociedade

pós-industrial em que o poder da economia – que, segundo o autor, teria evoluído da

agricultura para a indústria e desta para os serviços - estava agora assente num novo

bem precioso: a informação (CRAWFORD, 1983).

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A ideia subjacente ao conceito de SI é o de uma sociedade inserida num processo de

mudança constante, fruto dos avanços na ciência e na tecnologia. Tal como a imprensa

revolucionou a forma como aprendermos, através da disseminação da leitura e da escrita

nos materiais impressos, o desencadeamento das TIC tornou possíveis novas formas de

acesso e distribuição do conhecimento (OLSON, 1994; POZO, 2001, apud. POZO,

2004). Uma nova realidade que exige dos indivíduos competências e habilidades para

lidar com a informatização do saber que “tornou muito mais acessíveis (…), mais

horizontais e menos seletivos a produção e o acesso ao conhecimento” (POZO, 2004). É

neste contexto que autores como Castells (2002), Levy (1996), Postman (1992), entre

outros, anunciam e fundamentam o aparecimento de uma nova sociedade, a “Sociedade

da Informação” também denominada de “terceira onda” por Toffler (2002).

De acordo com Manuel Castells (1999), a criação e o desenvolvimento da internet

nas três últimas décadas foi consequência de uma fusão singular de estratégia militar,

grande cooperação científica, iniciativa tecnológica e inovação contra cultural. O

surgimento dessa tecnologia permitiu o empacotamento de todos os tipos de mensagem,

inclusive de som, imagem e dados e criou uma rede que trouxe com ela a universalidade

da linguagem digital e uma comunicação global e horizontal. O poder da comunicação

via internet, junto com os progressos em telecomunicações e computação, provocaram

grandes mudanças tecnológicas, reestruturando o próprio sistema caitalista.

Atrelado a um novo contexto que se cria com o surgimento das TIC, também surge

uma nova sociedade que está inserida em um universo de informações interligadas. É

essa configuração social que Marshall Macluhan, já em 1967, vem chamar de “Aldeia

Global”, uma aldeia que pressupõe um mundo interligado, com estreitas relações

econômicas, políticas e sociais, a partir da vinda da internet como ferramenta redutora

das distâncias e das incompreensões entre as pessoas e promotor da emergência de uma

consciência global interplanetária, pelo menos em teoria. Esse emaranhado de

informações virtuais é também chamado por Pierry Lévi (1999) de ciberespaço, o

espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das

memórias dos computadores.

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2.1 A SOCIEDADE E A REDE

Manoel Castells cristaliza esse migração da sociedade para a cultura da virtualidade

na ideia de sociedade em rede que vem a romper com as relações temporais e espaciais

através da globalização promovida pelas TIC.

O advento da comunicação mediada pelo computador permite aos indivíduos o

estabelecimento de novas estruturas sociais constituídas a partir das redes virtuais ou

“redes sociais” um termo que Raquel Recuero (2009) chama de metáfora estrutural para

a compreensão dos grupos expressos na internet.

Uma rede, assim, é uma metáfora para observar os padrões de conexão de um

grupo social, a partir das conexões estabelecidas entre os diversos atores. A

abordagem de rede tem, assim, seu foco na estrutura social, onde não é

possível isolar os atores sociais e nem suas conexões. (RECUERO, 2009, p.

24)

As redes sociais são formadas pela interação entre sujeitos sociais, ou seja, aqueles

que se relacionam com os demais sujeitos em um espaço público, são uma constante na

sociedade contemporânea. Castells define as redes sociais como:

Um novo sistema de comunicação que fala cada vez mais uma língua

universal digital tanto está promovendo a integração global da produção e

distribuição de palavras, sons e imagens de nossa cultura como os

personalizando ao gosto das identidades e humores dos indivíduos. As redes

interativas de computadores estão crescendo exponencialmente, criando

novas formas e canais de comunicação, moldando a vida e, ao mesmo tempo,

sendo moldados por ela. (CASTELLS, 1999, p.40)

As redes sociais na internet possuem características que servem de base para que a

rede seja percebida e as informações a respeito dela sejam apreendidas (RECUERO,

2009). Nessa estrutura os atores vem a moldar essas estruturas sociais através da

interação com outros indivíduos e essa comunicação mediada por computadores é

estabelecida através da construção identitária no ciberespaço, o que torna cada ator

discernível.

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2.2 WEBS 2.0: A SEGUNDA GERAÇÃO DA INTERNET

O atual contexto de desenvolvimento da web e de seus conteúdos, bem como os

fenômenos sociais que permeiam este processo, tem chamado a atenção. Vários

aspectos da web tem se modificado, o volume e acumulo de informações diversas,

construídas por internautas-autores que consomem, produzem e publicam seus

conteúdos e estruturas, tem crescido gradativamente. A interatividade vem ganhando

destaque como ferramenta básica da promoção da comunicação mediada por

computadores.

Essa tal interatividade vem ganhando uma nova configuração com o surgimento da

web 2.0 (ou internet 2.0). Segundo Primo (2008) essa é uma fase que se caracteriza pela

produção independente e/ou coletiva, compartilhamento e organização das informações

além da possibilidade da interação multimídia através de áudio, vídeo, imagens e

transmissão e interação em tempo real.

O termo Web 2.0 nasceu em meados de 2004 e cresceu para a cobertura

cobrir o natal de 2006. Este fenômeno tecnológico é socializado a partir de

suas aplicações mais representativas , Wikipedia , YouTube,

Flickr,WordPress , Blogger, MySpace , Facebook, OhmyNews , e o excesso

de oferta de centenas de ferramentas para tentar obter os usuários / geradores

de conteúdo. (COBO; PARDO, 2007 p.16)

Os conceitos do percussor O’Reilly1 (apud MORAIS 2010) para a segunda fase

da internet, se baseiam nos princípios da internet como plataforma com possibilidade de

participação mais aberta e gratuita nos conteúdos e serviços ofertados; interfaces mais

simples e a criação de teias de compartilhamento de produções individuais e coletivas;

utilização de softwares de fácil manuseio ; modelos leves de programação dentre outras

características.

Embora esses princípios possam ser também associados à fase anterior à web

2.0, o grande diferencial está na maneira como a plataforma passa a ser

utilizada, nas novas possibilidades de construção e distribuição de conteúdos

pelos usuários. Passa-se do sistema pull (conteúdo “puxado” pela audiência),

que caracteriza a web 1.0, e do sistema push (ou seja, conteúdo “empurrado”

pelos veículos ao receptor) dos meios de comunicação tradicionais, para o

trabalho de informações com base num modelo misto (pull e push), onde a

1A partir da publicação do artigo O que é Web 2.0. Padrões de Projeto e Modelos de

Negócios para a próxima geração de software de O’Reilly em 2005, surgiu um suporte teórico

para os estudos da WEB 2.0.

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construção e distribuição dos conteúdos partem de todos os lados, formando

uma grande teia interligada em seus extremos. (MORAIS, 2010 p.71)

Nesta nova fase, a Web deixa de ser uma mera janela de conteúdos multimídia para se

tornar uma plataforma aberta, construída sobre uma arquitetura baseada na participação.

Nessa perspectiva, a web 2.0 traz uma facilidade na utilização da internet e converge à

sociedade para uma nova realidade onde a participação no ciberespaço permite a criação

de novas formas de interação em uma abrangência global.

Cobo e Pardo (2007) dizem que a Web 2.0 é apenas um pequeno subconjunto do

mundo virtual. Algo semelhante acontece com a ideia de escrita colaborativa e sistema

de gerenciamento de conteúdo: ambas as características são propriedades essenciais,

mas não representam todos os princípios constituintes.

De acordo com O’Reilly (apud COBO; PARDO, 2007) a linha de largada para a

Web 2.0 surgiu a partir do lançamento do Napster2 em 1999, o lançamento das

primeiras aplicações para publicação de blogs (no mesmo ano aparece Blogger3, o

surgimento do Movable Type4, seu principal concorrente ) , e o Wikipedia

5 no início de

2001. Essas ferramentas foram paradigmas dessa transformação e lançou as bases de

escrita colaborativa e os outros princípios da Web 2.0.

A atual World Wide Web não é igual à Web que existia. Hoje, ainda existem

aplicações em ambientes virtuais com baixos padrões interatividade e escrita

colaborativa, mas a Web como um todo começa para desenhar uma nova fase de

conteúdo e meta- informação em transformação aos princípios da Web 2.0.

2 Compartilha, principalmente, arquivos de música no formato MP3, o Napster permitia que os

usuários fizessem o download de um determinado arquivo diretamente do computador de um ou mais usuários de maneira descentralizada, uma vez que cada computador conectado à sua rede desempenhava tanto as funções de servidor quanto as de cliente. (COBO; PARDO, 2007 p.21) 3 Ferramenta de Internet que ajuda o internauta a publicar e atualizar seu blog a todo instante,

sem complicação ou programação. 4 Sistema de publicação que pode ser usado para blogs, fotografias, notícias, ou qualquer outro

site que precise de atualização freqüente. 5 Enciclopédia livre cujo conteúdo pode ser ampliado ou alterado por qualquer pessoa, desde

que com seriedade e respeito às normas de conduta e de direitos autorais; seu conteúdo é licenciado pela GNU Free Documentation License e pela Creative Commons SA 3.0

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2.3 UNIVERSIDADE E PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS NA ERA DA

INTERNET

A partir das amplas possibilidades de ampliação e participação que surgem com

o advento da internet, as universidades têm investido na publicação de conteúdos

produzidos na academia, dentro do mundo digital.

Em face ao processo de migração digital, as instituições públicas e privadas

aderiram a Intranet como ferramenta de comunicação administrativa e interna. Segundo

Ribenboim (1996) a Intranet é:

uma rede de computadores e de pessoas que funcionam dentro dos limites

bem definidos de uma organização [...] a World Wide Web, usado como

ferramenta de comunicação e canal de distribuição de informações no âmbito

interno da organização, aliado a outros recursos desenvolvidos para a

Internet, como o FTP e o correio eletrônico, é o que constitui as Intranets

(p.86).

Nas universidades a Intranet foi adotada como ferramenta para baratear as

operações de comunicação, colocando as diferentes partes das instituições de nível

superior em contato e permitindo que a estrutura interna seja posta a serviço da

comunidade acadêmica. Este instrumento de comunicação que é de grande interesse das

Relações públicas surgiu como responsável pelo tráfego das informações internas e

externas das instituições.

Mais tarde as universidades passaram a adotar a internet como ferramenta de

difusão do conhecimento produzido, gerando uma possibilidade uma ação participativa

da sociedade civil organizada representando o interesse da produção acadêmico-

científica que se relaciona para além de formar mestres e doutores na universidade. É

necessário entender a universidade como um espaço onde a transformação social é

possível, pelo reconhecimento do compromisso social que se caracteriza na produção de

conhecimento. Conforme argumenta Atvars (2005):

O produto final de um programa de pós-graduação é a formação de um

profissional qualificado, seja com o título de mestre, seja com o título de

doutor. E a obtenção desses títulos acadêmicos só é possível com a

elaboração e a defesa pública de uma tese ou dissertação, que deve ser escrita

e elaborada em linguagem científica, valorizando a metodologia e os

resultados obtidos na pesquisa. (ATVARS, 2005, Prefácio)

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A produção científica passou a ser divulgada através de plataformas online no

intuito de ser conhecida pela sociedade para que esta possa se apropriar e assimilar o

conhecimento produzido e interagir com essa produção, para garantir que o

investimento público e da comunidade científica promova o desenvolvimento político,

econômico e social da população. A pesquisa é um fator importante no processo de

produção acadêmica, novas perspectivas são desvendadas pelas iniciativas e espírito

empreendedor do cientista. É importante que essa produção se fundamente nos estudos

já produzidos por outros pesquisadores, não é necessário se reinventar a roda todo o

tempo, e sim avançar no conhecimento que já vem sendo produzido.

Ampliando a gama de veículos de comunicação as universidades também

começaram a produzir conteúdos para rádio e televisão que mais tarde viera a migrar

para a internet.

As televisões e rádios universitárias surgem no segmento educativo cultural, no

campo público da comunicação. Ramalho (2010) caracteriza esses veículos como

produtores de conteúdos audiovisuais das universidades que oferece uma programação

periódica e constante, independente da sua capacidade de produção inédita. Castro

(apud RAMALHO 2010) afirma a importância desses canais e dos integrantes da

comunidade acadêmica na produção desses conteúdos, pois “são eles que nos fazem

pensar cada dia de uma maneira diferente”.

Com o a abertura do acesso à internet, mais pessoas tem tido acesso de forma

gradativa à rede mundial de computadores, e é na perspectiva do crescimento desse

veículo, que os veículos tradicionais têm convergido. Para os veículos universitários,

essa convergência dos veículos tradicionais de rádio e TV para Web Rádios e Web TVs

consiste na globalização e promoção dos conteúdos produzidos pela universidade

através das possibilidades e ações interativas permitidas pela web.

3. AFINAL, O QUE É WEBTV?

A convergência dos meios a partir da internet criou as bases para o

desenvolvimento de sistemas de interação entre meio e público, gerando novas

possibilidades de produção de conteúdos, bem como sua disseminação através de

plataformas que se somam aos formatos tradicionais de difusão.

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O tradicional meio televisivo, popularizado como um dos principais veículos de

comunicação em todo o mundo, sofre também os reflexos dessas mudanças, e a velha

“caixa com imagens e sons” passa a dividir espaço com um novo veículo para atingir o

público, a WebTV.

Nas palavras de Bonfati e Feire (2008, p.33) a WebTV é definida como, “todo e

qualquer conteúdo visual (vídeo) audiovisual (áudio e vídeo) assistido principalmente

pelo computador e que consegue gerar a partir de transmissões ao vivo ou de vídeos

para download, uma programação própria”.

Já Ramos e Rodrigues (2005) se referem ao meio como “a prática de

espelhamento de vídeo na web pelas grandes operadoras de TV convencional”. Outro

conceito é o de Online Tv ou televisão na internet, proposto por Longo (2008). O autor

descreve a WebTV como “a conversão do conteúdo da televisão para o meio online,

onde o sinal da televisão passa a ser recebido pela internet”. (LONGO, 2008, p.18)

Recorrendo a Becker e Mateus (2011), encontramos outra definição, na qual os

autores pontuam que “as WebTVs não têm como foco a exploração econômica dos

conteúdos por ela transmitidos, mas possuem um grande potencial político e social.

Diferentemente da televisão massiva, é dirigida a públicos segmentados, estabelecendo

processos de comunicação mais diretos e personalizados”.(BECKER;MATEUS,2011,

p. 158)

Deve-se considerar nessa abordagem, a diferença entre as tecnologias Internet

Protocol Televison (IPTV) e streaming:

A TV via protocolo de internet (IPTV) significa utilizar a infraestrutura de

internet voltada ao acesso em banda larga à internet para trafegar pacotes de

vídeo. Porém a definição não vale para serviços de transmissão de vídeo

como o youtube, ou os canais de vídeo de portais e emissoras de TV na

internet, a WebTV. Isso porque alguns elementos diferenciam o que se define

como IPTV dos serviços de streaming na web. A primeira diferença é a

forma como o conteúdo chega ao usuário, uma vez que no IPTV o usuário

recebe o conteúdo no aparelho de TV, por meio de um conversor, da mesma

forma que receberia o sinal em serviço por assinatura convencional, via cabo,

ou satélite e não pelo computador. (LONGO, 2008, p. 19)

Nessa mesma discussão, o autor faz distinção entre WebTV e web vídeo. Para

Longo, a primeira se apropria da característica da segunda para a transmissão de

conteúdos online, que por sua vez, são criados pelo usuário. Em outras palavras, a

WebTV corresponderia, na visão do autor, a um sistema, um modo de transmissão de

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conteúdo, enquanto o web vídeo caracterizaria o produto em si, um vídeo publicado e

enviado via internet, geralmente curto.

Algumas plataformas como youtube, vimeo e yahoo¹,consolidaram-se como

canais de distribuição desses vídeos. Entretanto, dentro deste contexto nos deparamos

com conceitos dicotômicos sobre a WebTV.

A confusão se dá pelas possibilidades que a web 2.0 disponibiliza para os

usuários, que vão desde o compartilhamento de conteúdos audiovisuais, até mesmo a

concepção de uma programação, favorecendo a participação dos internautas. Todavia,

mesmo que identificadas essas possibilidades, o conceito sobre a WebTV ainda se

mostra em processo de definição, tendo em vista não o meio de distribuição, mas a

forma como são utilizadas.

O conceito de WebTV mostra-se confuso, abrigando desde o simples

compartilhamento de vídeos até uma distribuição mais densa e organizada,

sistematizada em torno de uma verdadeira programação. Em linhas gerais, os

conceitos de WebTV abrangem a distribuição de conteúdo audiovisual

usando a web como plataforma. (CERQUEIRA, 2009, p.5)

A partir desse ponto, é possível analisar que em virtude da popularização das

práticas de compartilhamento de vídeos na web, inclusive de virais, o conceito de

WebTV se mostra genérico. Em publicações disponíveis relacionados ao tema, não são

levados em consideração com profundidade, análises sobre perfil dos usuários,

formatos, estética ou tendências. O fator interatividade é destacado pelos autores como

ponto mais relevante, até porque essa é a natureza primordial da plataforma internet.

O fato é que as WebTVs vêm se desenvolvendo, inclusive despertando o

interesse de canais comercias, que já perceberam a força dessa mídia. Como exemplo,

destaca-se o Portal Terra.

O portal Terra visualizou um importante espaço de crescimento através do

seu canal de WebTV, o Terra TV. Além de vídeos, o canal conta ainda com

uma programação fixa, que inclui telejornal, programas esportivos de

entretenimento, e transmissão de conteúdo(programas ao vivo). Tudo isso

produzido especialmente para ser transmitido via Internet, através do site

Terra. (RIBEIRO, 2009, p.8)

Outro exemplo de projeto de WebTV que ganhou espaço no meio online é a

ALLTV (www.alltv.com.br), no ar desde 2001. Trata-se de uma experiência que tem

uma programação semanal voltada para a internet, contando atualmente com 47

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20

programas, divididos em diversas categorias, com conteúdos no formato 24 horas e sob

demanda.

Inicialmente o canal contava com uma programação limitada, com colaboração

massiva dos próprios usuários para a construção dos conteúdos, alguns inclusive de

forma amadora. Atualmente a ALLTV conta com uma equipe de apresentadores,

profissionais especializados nas áreas referentes à categoria dos programas. Muito do

desenvolvimento do canal se deve à ampla abertura para a publicidade, atribuindo a esta

WebTV uma identidade que se assemelha às TVs comerciais. A diferença do uso da

publicidade está no formato empregado, já que as propagandas abordam os bastidores

de gravação dos comerciais e é possível ao internauta participar dos programas ao vivo

através do chat, enviando comentários, sugestões de pauta, interagindo com os

apresentadores.

O que se pode concluir diante do exposto, é que o mesmo indivíduo que se

adaptou a receber informações através da TV convencional, a partir do uso das novas

mídias digitais pode fazer parte dessa rotina produtiva de maneira mais próxima.

Através da internet, a produção de conteúdo para TV deixa de ser exclusividade das

emissoras televisivas tradicionais.

A maior participação da audiência na produção da mídia é uma característica

importante dos modos de gestão e produção de conteúdos na atualidade. Esse

novo tipo de consumidor/produtor exige experiências midiáticas com

mobilidades mais fluidas e individualizadas, que permitam a cada um compor

suas próprias grades de programa se decidir a sua maneira particular de como

vai interagir com elas (MACHADO, 2011, p. 88).

Em destaque, a WebTV avança no sentido de favorecer a interatividade com os

usuários. Algumas experiências em especial apesar de também apresentar caráter

comercial, demonstram, entretanto, que estão buscando se adequar aos novos rumos,

baseando-se no perfil do público em obter informações com diferentes abordagens.

3.1 CARACTERÍSTICAS

As verdadeiras relações, portanto, não são criadas entre a tecnologia

(que seria da ordem da causa) e a cultura (que sofreria os efeitos), mas

sim entre um grande número de atores humanos que inventam,

produzem, utilizam e interpretam de diferentes formas as técnicas.

(LÉVY,1999, p.23)

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21

Para Pierre Lévy (1999) é essencial compreender que as tecnologias são

produtos de uma sociedade e consequentemente as relações que se dão entre os

indivíduos.

Apresentar-se como uma opção de se pôr em prática um projeto a custos

relativamente baixos em relação a produções voltadas para a TV convencional ou para o

cabo, não torna a WebTV uma tecnologia fácil de ser implementada. Porém essa é uma

característica que possibilita aos interessados encontrar formas concretas de produzir

sem que a questão financeira seja um grande impeditivo. Ribeiro aponta que “mais do

que um novo meio digital, a WebTV chega com um viés colaborativo revolucionário ao

descentralizar o foco das discussões do meio para o conteúdo”. (RIBEIRO, 2009, p.10)

O diferencial das WebTVs está justamente na forma como os envolvidos no

processo se posicionam diante de tais possibilidades, interpretando o mundo à sua volta,

transformando as narrativas e construindo novas abordagens. Percebe-se nesse ponto

um público mais segmentado tendo seus anseios informacionais atendidos pela nova

mídia, através das ferramentas interativas disponíveis e de atores envolvidos num

movimento de criação e intensificação da proximidade com o público, onde todos sejam

potenciais produtores de conteúdos.

A interatividade é, portanto, mais do que utilizar os dispositivos de hardware

para manusear o que a interface do computador ou de um site oferece. O que

se busca em meios como a internet e a junção com TVs e rádios, é um

sistema de organização de informações e dados que sejam construídos tanto

por quem antes só produzia, mas também por quem deixou de ser somente

“consumidor” desse sistema que apresenta potencial de comunicação.

(KLÕCQNER E PRATA, 2009, p.508)

Nesse aspecto, a WebTV carrega, por sua natureza, potencial para impulsionar a

participação dos usuários, tendo na interatividade o fator preponderante para a

construção de uma linguagem e formato adaptados à internet.

Tratando-se de características, identificam-se as formas de assistir conteúdos de

vídeo pela internet, que são possíveis basicamente através da tecnologia streaming vídeo

ou do processo de downloads de arquivo de vídeo.

Streaming vídeo ocorre quando o vídeo é reproduzido durante o processo de

carga do arquivo de vídeo para a memória do computador, processo esse

chamado de buffering. Este método é utilizado quando se necessita transmitir

conteúdo ao vivo, onde os servidores enviam o conteúdo do vídeo já

digitalizado e codificado para a máquina do usuário. A outra utilização é o

chamado vídeo On demand, que é a forma mais comum de disponibilidade de

conteúdo na internet, onde o usuário acessa na hora que desejar. (LONGO,

2008, p.17)

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22

Ou seja, o streaming é um processo normalmente utilizado para transmitir

conteúdos de áudio e vídeo ao vivo com o mínimo atraso e que permite ao internauta

fazer armazenamento temporário, colocando as informações na sequência correta para

ser apresentado em um display, Já o vídeo sob demanda é a entrega de conteúdos de

vídeo no horário escolhido, o usuário acessa o conteúdo na hora que quiser.

Há ainda o aspecto do custo para produção e divulgação de conteúdos. A

WebTV apresenta a vantagem de alcançar o público com custos relativamente mais

acessíveis em relação à TV, uma vez que se trata de um suporte que abriga vídeos sem

grande exigência na qualidade técnica, sendo possível produzir conteúdos de aparelhos

simples como um celular, por exemplo, o que dificilmente é abrigado pelas exigências

técnicas de emissoras de televisão, sobretudo as comerciais.

Além disso, contribui para a WebTV a própria viralização de vídeos, ou seja, o

alto número de compartilhamento de conteúdos por meio das redes sociais quando um

conteúdo consegue despertar o interesse do internauta. Soma-se a isso a interconexão

entre as redes sociais, o que amplia o espaço de difusão de conteúdos gerados por

ambientes de WebTV, permitindo alcance ilimitado ao público. Ribeiro (2009) destaca

que

Em termos de possibilidade de participação decorrente do uso dessa mídia, a

webTV abre espaço, com isso, para um possível engajamento e discussão de

temas tendo o vídeo como um importante elemento. A interação com o

conteúdo e não com o veículo (fisicamente falando) é a grande inovação da

chamada interatividade digital. (RIBEIRO, 2009, p. 7)

Outra característica inerente às WebTVs é a possibilidade de segmentação de

públicos, permitindo que a diversidade de conteúdos que não são explorados pela rede

aberta de TV convencional atenda aos anseios individuais de acordo com a realidade do

público, considerando aspectos como a proximidade do indivíduo com a informação

que está ao seu alcance e que lhe causa interesse.

Isso permite que os usuários tenham a possiblidade de optar por novas fontes

além da TV ou rádio, adquirindo informações sobre determinado assunto baseado por

qual tenha curiosidade, tendo em vista que as pessoas estão mudando seus hábitos,

inclusive em relação ao modo de “consumir” informação.

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Canais web já são disponibilizados na rede para troca e fluxos de

informações especializadas, reforçando conceito de programação

segmentada. Dessa forma, a convergência, os fluxos informacionais e as

construções colaborativas representam os três pilares da webTV,

legitimando-a como um espaço pleno para as relações virtuais

contemporâneas. (RIBEIRO, 2009, p.10)

A relação que antes se dava entre o telespectador, o aparelho de TV e o controle

remoto passa a ter o usuário como sujeito participativo através do seu mouse ou teclado,

interagindo de forma mais direta na produção e distribuição de conteúdo desses canais.

Essa interação usuário/conteúdo pode ser vista como o fator preponderante nas

mudanças das relações sociais a partir do desenvolvimento da internet. As mídias

digitais tornaram-se sociais e os receptores da informação ganharam ferramentas para

não só devolver ao emissor suas percepções e opiniões, mas também para contribuir

com novos conteúdos gerados a partir de suas opiniões.

Em tempos de redes colaborativas a WebTV precisa fazer com que o usuário

identifique uma relação pessoal com a informação, ou seja, provocar uma vinculação

direta da história que está sendo exposta. Nesse movimento não basta apenas

retransmitir o link da notícia no Twitter ou no Facebook, por exemplo, o usuário quer ir

além, expondo sua visão sobre o assunto discutido e ser entendido como uma “voz” que

deve ser ouvida.

Promover enquetes, canais para sugestão de notícias e discussão de assuntos em

áreas de relacionamento e compartilhamento de informações nas mídias sociais, mais do

que isso, as WebTVs surgem com estas nuances atreladas ao audiovisual e junto a tudo

isso o desafio de conceber conteúdos como um link para a conexão com a vida pessoal

do indivíduo.

3.2 PENSANDO O PAPEL DAS WEBTVS NA UNIVERSIDADE

A WebTV universitária enquanto veículo de comunicação é algo relativamente

novo no país (RAMALHO,2008) baseando-se na proposta de experimentação de

linguagens para construção de conteúdos que contemple os públicos que participam

diretamente do contexto acadêmico, quais sejam professores, estudantes e funcionários,

e produzindo conteúdos que alcancem não só esses públicos, mas que pensem a relação

da Universidade com a sociedade de modo geral.

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A primeira experiência de WebTV Universitária no país é a TV da Universidade

do Rio de Janeiro , a TV UERJ, veiculada na internet pela primeira vez em 2001. Bacco

(2010) em sua pesquisa sobre a experiência destaca que um dos motivos que levou o

professor Antônio Brasil, idealizar o projeto, foi a necessidade de inovar na linguagem

do telejornalismo, que considera formal, pouco criativa e conservadora. O projeto visa a

experimentação e é aberto a todos os alunos de jornalismo e relações públicas da

universidade, o suporte internet foi escolhido por possibilitar a experimentação, sem que

os erros sejam impeditivos para que não se produza.

Assim, a WebTV pode ser entendida como um desdobramento da TV

Universitária, o que torna necessária uma breve contextualização sobre este tipo de

mídia a fim de uma maior compreensão sobre o setor.

A discussão em torno do conceito de TV universitária se divide entre sentido e

teor de programação. Segundo Martelli e Kerbauy (2009), para muitos autores ela é

responsável apenas pela produção de programas realizados por estudantes

universitários, enquanto para outros trata-se de uma televisão voltada apenas para o

público estudantil.

Bacco (2010) aponta que as emissoras televisivas universitárias podem ser

definidas como sendo um canal entre a instituição de ensino superior e a sociedade, que

por um lado divulgam o saber erudito, e de outro, apreendem o saber popular. O autor

pontua que essa é uma possibilidade que a universidade tem de conversar com a

comunidade. Porcello (2002) acredita que a programação de uma TV Universitária deve

ser voltada para a construção da cidadania, pautando ações humanas, mas sem deixar de

lado o aspecto crítico e reflexivo da universidade.

A Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU) define a TV

Universitária como aquela produzida por Instituições de Ensino Superior (IES) e

transmitida por canais de televisão, pagos ou não, e/ou por meios convergentes, voltada

à promoção da educação, cultura e cidadania. A compreensão da ABTU abarca

diferentes formas de veiculação de sinal pelas IES, a exemplo do sinal aberto, via cabo,

por satélite, pela internet e por circuito interno, contemplando formatos que vão além do

que prevê a escassa legislação vigente para o setor. Quanto à finalidade do veículo, a

ABTU defende que a TV Universitária deve ser vista como

Uma televisão feita com participação eclética e diversificada, sem restrições

ao entretenimento, salvo aquelas impostas pela qualidade estética e a boa

ética. Uma televisão voltada para todo público interessado em cultura,

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25

informação e vida universitária, no qual prioritariamente se inclui, é certo, o

próprio público acadêmico e aquele que gravita no seu entorno: familiares,

fornecedores, vestibulando, gestores públicos da educação, etc. (PRIOLLI;

PEIXOTO, 2004, p. 5)

Com a Lei do Cabo (8.977/95) os canais básicos de uso gratuito das TVs

universitárias, legislativas, comunitárias, do Poder Judiciário e as TVs educativo-

culturais passaram a ser disponibilizados pelas operadoras de TV por assinatura, por

meio dos chamados “canais de uso público”. A lei toca em pontos relevantes, a exemplo

da proibição do monopólio e oligopólio nos meios de comunicação e a preservação de

conteúdos voltados à cultura, educação e informação.

A partir daí que se cria um novo rumo para o segmento. Para Ramalho (2010),

através do surgimento da lei do cabo o número de TVs Universitárias triplicou e

atualmente já representam 151 emissoras instaladas nos campi universitários.

Entretanto, Martelli e Kerbauy (apud BOLAÑO, 2007) lembram que atrás da

exploração do mercado de TVs por assinatura estão as empresas de capital estrangeiro e

grandes empresas privadas como as Organizações Globo e o Grupo Abril, ou seja, ao

mesmo passo em que a lei do cabo traçava novos caminhos para o sistema público de

comunicação, ocultava-se a ação dos mesmos oligopólios dominantes dos veículos de

comunicação fora da web.

Assim, embora, o número de TVs universitárias tenha crescido

significativamente com a lei do cabo, esse fator coloca grande parte das emissoras

públicas do Brasil dependentes do sistema de televisão pago. As produções de cunho

educativo das emissoras educativas e universitárias se encontram no cabo, e, portanto,

de acesso restrito aos assinantes.

E embora o segmento tenha objetivos específicos delineados, alguns fatores até

então apontados, fazem da TV universitária um veículo que necessita de uma

regulamentação definida, para que as suas reais possibilidades informativas,

educacionais e culturais, sejam reconhecidas e encontrem formas efetivas de exercer

suas potencialidades, enquanto opção mais próxima que temos esboçado fora de padrões

pré-estabelecidos pelos sistemas dominantes de televisão no país.

No entanto, as experiências das TVs Universitárias estão mais restritas à

reprodução de modelos dos telejornais, com linguagens narrativas encontradas

maciçamente na TV convencional, tendendo ao conservadorismo acadêmico. Segundo

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Bacco (2010, p.48), a subjetividade dos produtores que fazem julgamentos sobre o que

o público gostaria de ver, pode ser uma das causas do insucesso das emissoras

televisivas desenvolvidas pelas Universidades.

Priolli (2004) destaca dois pontos que influenciam no que considera como um

desequilíbrio de gêneros das TVs do segmento universitário: o primeiro está ligado à

produção clássica de conhecimento pela academia e a segunda relacionada ao baixo

orçamento das emissoras, que sofrem com a necessidade de contratação de mão de obra

terceirizada, levando em consideração que as TVs universitárias por seu caráter público

ficam impossibilitadas de atrair recursos através de publicidade.

Bacco (2010) evidencia também o problema institucional que se apresenta já na

montagem da estrutura das TVs universitárias, que geralmente funcionam nos

laboratórios de TV das faculdades de comunicação, podendo estar vinculada à

Assessoria de Comunicação, ou ainda ser um núcleo autônomo, subordinado à direção

universitária.

Seguindo a mesma linha, mas trazendo a discussão para as WebTVs

universitárias, Ramalho (2010) destaca que a web ainda é vista pelas Universidades

como um suporte secundário e as poucas experiências se limitam a postar os programas

nos portais das instituições.

Percebe-se neste processo de convergência, que a plataforma WebTV como

veículo de comunicação ainda é pouco “explorado” pelas universidades. Herdaram

aspectos estruturais, narrativos e até mesmo sofrem as influências da burocracia das

instituições, apresentando características diretas das ingerências políticas

administrativas, ou seja, ainda há certa “rejeição” por parte da academia em assumir

uma postura frente ao paralelo que se deseja criar entre a produção do conhecimento

universitário e a participação da comunidade externa nesse processo.

Pensando o caso específico das WebTVs, e levando em conta que entre os meios

de transmissão seja por sinal aberto, via satélite, via cabo ou por circuito interno, a

plataforma internet apresenta a “vantagem” de ainda não ter uma legislação e

consequentemente regulações e impedimento para seu uso, s o seu caráter, público,

aberto e livre torna-se uma peça fundamental para a divulgação de conteúdos plurais e

que sirva como um celeiro de experimentação, aproveitando de maneira plena da

necessidade desse espaço pela comunidade acadêmica, aliadas as ferramentas da web

2.0.

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27

Na prática, faz-se necessário encurtar o distanciamento da TV universitária em

relação à comunidade científica e identificar o perfil dos interessados no segmento, sem

deixar de se preocupar com a comunicação institucional, mas criando um paralelo que

ofereça um modelo alternativo ao modelo comercial tão criticado pela academia.

Nesse contexto de busca por novos formatos e modos de produção visando a

participação da comunidade acadêmica, conceitos como a convergência digital e

interatividade permeiam o debate em torno do que podemos considerar como alternativa

para que o conhecimento acadêmico rompa as barreiras físicas, alcançando espaços

diferenciados por meio de conteúdos multimídia que se somam à produção escrita,

proporcionando possibilidades complementares de acesso ao conhecimento e de

compreensão sobre temas que permeiam o fazer da universidade.

Levar em consideração essas questões é entender que há uma ponte a ser

construída. Não basta pensar na melhor maneira de se colocar em prática um projeto,

mas repensar a postura e o papel da WebTV na construção de uma linguagem que

coloque em evidência as necessidades de um fazer comunicativo voltado à academia de

maneira representativa, envolvendo os diversos atores sociais e englobando as

características que se busca como forma de articular as pluralidades do universo

acadêmico em conteúdos audiovisuais.

Através da experimentação entre alunos, professores, pesquisadores há de se

identificar pontos de ligação que amadureçam as práticas comunicativas em torno do

veículo WebTV, utilizando-se da riqueza dos recursos audiovisuais inerentes a esse

meio.

3.2.1 TV UNIVERSITÁRIA E O DEBATE SOBRE A TV DIGITAL.

Os debates até então desenvolvidos em torno da TV digital no Brasil privilegiam

o caráter econômico e tecnológico deixando de lado a discussão em torno das políticas

de comunicação no país e em relação às TVs universitárias. A lacuna no marco

regulatório para o setor dificulta a consolidação de formatos pensados para a TV como

parte de um projeto social e político mais amplo. O sistema público de comunicação se

encontra estagnado pela falta de revisão das leis que a regem.

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Mesmo com todos os impasses que circundam a implantação da TV digital e a

necessidade de modelos que priorizem a construção de um projeto pensado entre a

sociedade. É iminente que são grandes as expectativas em torno da digitalização do

sinal. Um ato relevante em torno desse debate foi a concepção do Decreto Presidencial

4901/2003, que define os desígnios da TV digital, que seriam

promover a inclusão social, a diversidade cultural do país e a língua

pátria por meio do acesso a tecnologia digital; propiciar a criação de

rede universal de educação à distância; estimular a pesquisa e o

desenvolvimento e propiciar a expansão de tecnologias brasileiras e da

indústria nacional relacionadas à tecnologia da informação e

comunicação; planejar o processo de transição da televisão analógica

para digital de modo a garantir a gradual adesão de usuários a custos

compatíveis com sua renda (AMAZONAS, 2005)

A TV universitária participa do debate, mas, não tem uma posição concreta na

adoção de um modelo/sistema, até porque são diversas as implicações, o que exige dos

envolvidos direta e indiretamente uma articulação para que se encontre uma unidade

dentro desse contexto.

A ABTU parece se colocar de maneira entusiasta ao passo que enxerga na

convergência possibilidades de democratização do conhecimento acadêmico no modelo

novo. Até porque, a Universidade no Brasil, há muito tempo foi taxada como uma

instituição que não dialoga com os diversos públicos da sociedade. O que se percebe

realmente de palpável é que ABTU se mostra empenhada para garantir a presença do

segmento universitário em rede aberta, já que até os dias atuais se limita TV a cabo.

Levando em consideração que diferente da TV Digital no formato atual, onde ou

se assiste TV ou se navega na internet, a WebTV permite que se realize as duas funções

ao mesmo tempo, surge aí outro ponto a ser abordado, enquanto os questionamentos em

torno de como a TV digital deve proceder diante as implicações políticas, culturais e

sociais e como a comunicação em nosso país deve adequar sua produção para a

convergência tecnológica.

Enquanto não se regulamenta o segmento universitário nesse movimento, a

WebTV surge como importante peça para que as TVs universitárias construam suas

linguagens e atinjam seus nichos. Nessa conjuntura é importante compreender o

desenvolvimento recente das TVs universitárias e saber de que maneira elas ocupam

esse espaço público midiático da sociedade moderna.

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29

3.3 A WEBTV UNEB

A Universidade do Estado da Bahia – UNEB é a maior instituição pública de

ensino superior do estado, fundada em 1983, com sede na capital do estado, onde se

localiza a administração central da instituição, possui campis distribuídos em 23

municípios baianos, ou seja, a instituição está presente geograficamente em todas as

regiões do Estado.

Estruturada no sistema multicampi, a UNEB segue formando profissionais há 30

anos em mais de 150 cursos e habilitações nas modalidades presencial e de educação a

distância (EaD), nos níveis de graduação e pós-graduação. Entre as graduações é

disponibilizado o curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo em

Multimeios no município de Juazeiro, norte do estado, Relações Públicas, localizado na

capital Salvador, e Rádio e TV em Conceição do Coité, localizada no nordeste da Bahia.

A Universidade do Estado da Bahia (UNEB) conta com uma plataforma de

WebTV, mas assim como a de outras instituições de ensino a exemplo da TV

Universitária da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), adota um perfil

mais jornalístico e com vínculo direto com a assessoria de comunicação da instituição.

O que se percebe nessa parceria é que as decisões tomadas em relação a sua

constituição, não abrangem toda a comunidade acadêmica de forma que o alunado,

professores e corpo técnico formem um contingente expressivo no que tange ao

aproveitamento da “inteligência coletiva” para pautar temas com abordagem de assuntos

de interesse da comunidade acadêmica como um todo.

A comunicação institucional é necessária e importante, até porque fazemos

parte de uma instituição e é imperiosa a consolidação da imagem e credibilidade da

mesma frente à sociedade, porém, esse tipo de comunicação não incentiva que os

estudantes aproveitem um espaço como a WebTV para a produção e veiculação de

conteúdos específicos.

A WebTV UNEB conta atualmente com 13 programas em sua grade, porém, não

apresenta uma periodicidade para a veiculação de publicações, nem todos que fazem

parte da comunidade acadêmica conhecem ou identificam outro formato que não seja o

jornalístico em seu corpo. O número de visualizações dos vídeos publicados é

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inexpressivo diante ao grande contingente de pessoas entre alunos e funcionários que

estão inseridos no contexto UNEB.

Pensando na reconfiguração dos meios ao passo que a convergência digital traça

os novos caminhos dos modos de produção de conteúdo, observa-se que a WebTV

UNEB necessita de um programa produzido por alunos , com subsídios de docentes,

técnicos, que contribua com a formação de opinião em torno de assuntos atuais e de

interesse social, com base também na cultura e na política, permitindo o protagonismo

universitário.

O estabelecimento de uma periodicidade seria uma interessante e efetiva medida

a ser executada, para criar um ritmo que fidelize o público, a WebTV UNEB no formato

atual faz publicações avulsas, esta dinâmica não atrai seguidores e dispersa os usuários

da rede, dar prioridade a assuntos atuais , inclusive de interesse da comunidade externa,

coloca em evidência o aspecto colaborativo das Universidades na discussão de uma

diversidade temática, a Universidade como instituição formadora de opiniões , pode

atribuir grandes contribuições sobre as pautas sociais, culturais e políticas e dentro desta

perspectiva envolver os diversos atores, atribuindo a estas discussões um embasamento

aprofundado e reflexivo sob uma nova ótica.

Visando traçar um panorama em torno da visibilidade que a WebTV UNEB

apresenta perante a comunidade acadêmica, aplicamos um questionário respondido por

duzentos estudantes, oitenta técnicos administrativos e cinquenta professores com as

seguintes questões:

12%

63%

25%

1 - Você conhece a TV UNEB?

Sim, conheço muito Sim. Mas Conheço pouco Não conheço

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31

13%

25%

62%

2 - Se você não conhece a TV Uneb, o que / ou como você imagina que

ela seja?

Uma TV com caráter social e comunitário

Uma TV com caráter laboratorial

Uma TV Institucional que promove e divulga a Universidade

15%

76%

9%

3 - Se você conhece a TV Uneb, como você entende o Modelo de TV

Universitária adotado pelo veículo?

Modelo Departamentalizado (Também chamado de Modelo Laboratório)vinculado a um ou mais de um curso (s)

Modelo Tv Universitária vinculada à Assessoria de Comunicação

Modelo TV Universitária como Núcleo Autônomo/Independente. Semvinculação a nenhum órgão da Universidade

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32

Após avaliação dos dados obtidos com a aplicação do questionário, resolvemos

desenvolver uma proposta de programa que sane as lacunas observadas. Visamos

potencializar a audiência, entendendo que o consumo de mídia de Internet é feito em um

momento diferente do consumo de TV, pois temos a nosso favor um diferencial, a

possibilidade de interagir com o usuário e o anseio da comunidade acadêmica por

conteúdos diferenciados e que ao mesmo tempo evidencie a universidade por uma nova

ótica, através de uma nova realidade comunicacional, não somente para as práticas de

produção de conteúdos, mas também a era da informação.

A internet retoma essa necessidade de diálogo e participação sobre os padrões de

comunicação em vigor e a WebTV surge como uma alternativa para alterar essas

práticas e a Universidade deve utilizá-la ao seu favor. Talvez todas essas sugestões de

variações permitam a formação de uma TV Universitária com propostas mais claras

sobre seus reais objetivos, proporcionando uma proximidade maior com os anseios

sociais da comunidade onde estão inseridas.

28%

12%

2%

6%

52%

5 - Para você, a TV Uneb deve formatar-se em que tipo(s) de programação( marque as

opções que você considerar mais importantes)

Saber acadêmico e ciêntífico

Generalidades

Promoção de ações da instituição/ Marketing institucional

temas sócio-econômico atuais e de relevância social

entretenimento educativo, artes e cultura de um modo geral

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33

4. FASES DA PRODUÇÃO: SUGERINDO UM PROGRAMA PARA A

WEBTV UNEB

Partindo de uma análise dos níveis de audiência, alcance, critérios de

noticiabilidade e do fazer TV Universitária para uma universidade cuja multicampia é a

sua principal característica, pensamos em elaborar um programa piloto para o veículo

WebTV tentando contemplar todos os pontos citados.

A Universidade do Estado da Bahia, UNEB, é uma instituição de ensino superior

que tem seus campi espalhados por toda a Bahia, num total de vinte e quatro Campi,

tendo como sede o Campus Salvador. O Campus I é o maior Campus da UNEB – tanto

em número de alunos, como turmas e cursos – e de onde se originou a nossa

universidade. A multicampia – sistema adotado seguindo o modelo da Universidade de

Quebec no Canadá – tem inúmeras vantagens, como a inclusão socioeducacional de

centenas de estudantes espalhados por todo o estado.

Partindo para o nosso ponto de análise que é a WebTV da instituição,

enxergamos a necessidade de um “fazer comunicação” que integre todos os segmentos

da universidade (estudantes, professores e técnicos-administrativos) tanto no tocante à

participação na produção do conteúdo, quanto no se sentir contemplado com o que é

exibido.

Analisando a universidade a partir desse viés, iniciamos o estudo das WebTVs

universitárias como um veículo universitário com um excelente potencial de alcance,

com um custo de produção menor que o da TV convencional e como um fruto da

convergência midiática ainda pouco explorado. Decidimos então tomar a WebTV

UNEB como objeto de estudo, a partir de inquietações e lacunas encontradas em um

diagnóstico que pode ser apreciado no tópico 4.1 – Pré-produção.

4.1. PRÉ-PRODUÇÃO

Inicialmente, começamos a assistir os vídeos publicados na TV UNEB e

sentimos a necessidade de uma programação periódica e linear. Por conta do espaço de

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tempo e da proposta do produto experimental (PEX), resolvemos nos ater à criação de

um programa piloto que fosse o pontapé inicial para que a equipe da WebTV possa

repensar a programação.

4.1.1 DIAGNÓSTICO

A WebTV UNEB hoje conta com a seguinte programação:

Programa de entretenimento e entrevista com professores,

estudantes e técnicos da UNEB que tenham interesse em

divulgar suas habilidades artísticas. Este é um espaço para

toda comunidade “unebiana” mostrar o que sabe fazer: teatro

ou dança, poesia ou repente, declamações ou música, se tem

arte e cultura, tem WebTV.UNEB.

Programa de reportagem que apresenta os setores, núcleos,

departamentos, cursos e todo o universo da UNEB,

respondendo: para que eles servem e como podem ser

utilizados? Como eles surgiram e quem os compõe?

Este programa coloca a câmera nas mãos dos estudantes. Com

máquinas amadoras, que vão de filmadoras a celulares, eles nos

contam sobre suas vidas, rotinas e experiências diárias. Cada

um tem um jeito único de viver a UNEB e a diversidade

também é marca da Vida de Estudante.

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Programa de entretenimento voltado para moda. Durante o

programa, são levantadas questões e curiosidades relativas

ao assunto em foco além de entrevistas com especialistas e

pessoas pertencentes à área.

Programa que objetiva discutir questões relacionadas à ciência

e à pesquisa com especialistas, mestres e doutores da UNEB. O

convidado responde também às questões de

webtelespectadores, bate um papo sobre um filme de sua

escolha e indica outras fontes de conhecimento para quem quer

se aprofundar no assunto.

Programa que tem o objetivo de discutir questões que estão em

destaque na mídia com o viés acadêmico. São convidados

especialistas para debaterem sobre a questão. Além disso, as

pessoas pelas ruas e pela UNEB também são convidadas a

entrar no debate.

.

A WebTV UNEB hoje contém em sua página uma barra de links chamada de

“Programação” a tem a finalidade de organizar os vídeos publicados na página principal

de acordo com as linhas editoriais e se organiza da seguinte maneira:

• À Moda da Casa

Duas publicações foram feitas nesse link. A última publicação foi realizada no dia 22 de

dezembro de 2011(Verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013).

• Coberturas

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O link “Coberturas” é o que tem maior regularidade na periodicidade das publicações. A

última publicação foi realizada no dia 28 de dezembro de 2013 (Verificação realizada

no dia 28 de novembro de 2013) e tem uma periodicidade de 5 a 7 dias nas publicações.

Neste link podemos encontrar coberturas jornalísticas. A cada vinte pautas uma é

realizadas nos campi do interior.

• Curtas

Em “Curtas” podemos encontrar quatro publicações sendo três realizadas nos meses de

setembro e outubro de 2013 e uma no mês de fevereiro de 2012.

• Especiais

Encontramos aqui reportagens especiais e reportagens documentais. A última

publicação foi realizada no dia 28 de dezembro de 2013 (Verificação realizada no dia 28

de novembro de 2013) e tem uma periodicidade de 5 a 7 dias nas publicações.

• Giro Universitário

O link possui dez publicações. Oito publicações pautam os campi do interior (de forma

individual) e duas pautam o campus I. A última publicação foi realizada no dai 06 de

agosto de 2013 e a periodicidade varia entre dois meses e dois anos. (Verificação

realizada no dia 28 de novembro de 2013).

• Memória

O link contém seis publicações. Das quatro publicações duas são reportagens especiais e

quatro são coberturas de atividades do reitor da Universidade. A última publicação foi

realizada no dia 29 de fevereiro de 2012. A periodicidade das publicações varia entre

um e dois anos. (Verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013).

• Mostre sua Cara

O link contém dez publicações contendo entrevistas com bandas e atrações artísticas. A

última publicação foi realizada no dia 16 de agosto de 2011 (Verificação realizada no

dia 28 de novembro de 2013).

• Papo de Mestre

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O link contém três publicações e a ultima foi realizada no dia 21 de Junho de 2012.

(Verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013).

• Vida de Estudante

- Possui apenas seis publicações de vídeos que tem como protagonistas estudantes d o

campus I da UNEB. A última Publicação foi realizada no dia 04 de outubro de 2011

(Verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013). A periodicidade das

publicações varia de oito meses a dois anos.

Após esta etapa, fizemos um diagnóstico baseado em uma amostragem de vinte

programas publicados entre os dias 11 de outubro de 2013 a 04 de novembro de 2013.

Durante a análise da amostragem, observamos os seguintes critérios: Plataforma

de publicação, periodicidade das publicações, pautas, editoriais, abordagem dos vídeos,

número de visualizações, interatividade com o espectador.

A análise apontou para os seguintes resultados:

1- Os vídeos da WebTV UNEB são publicados na plataforma YouTube e

exploram as possibilidades de publicação de conteúdos e acesso sem custos;

2- As publicações variam de oito (08) dias entre uma publicação e outra a até

duas publicações no mesmo dia;

3- Dos vídeos analisados na amostragem, apenas um (01) pauta o campus III da

UNEB (Juazeiro) sendo que o vídeo trata da cobertura do debate para as

eleições para Reitor da UNEB, sem edição. Todas as outras publicações são

a respeito de eventos e vídeos institucionais ligados a reitoria e ao campus I

da UNEB (Salvador);

4- Dos vídeos analisados 60% são coberturas jornalísticas, 30% reportagens

especiais e/ou documentais, 10% vídeos institucionais e curta-metragem.

5- A interatividade com os vídeos postados na página do veículo é

proporcionada entre o botão “Curtir” na rede social Facebook e a caixa de

comentários da plataforma YouTube;

6- A WebTv possui perfil nas redes sociais facebook, twitter e flickr. A última

postagem no facebook foi realizada na data 06 de agosto de 2013

(verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013). As redes twitter e

flickr estão em desuso a mais de um ano;

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7- O site da WebTV UNEB contém um menu chamado “Sugestão de pauta”,

porém, o mesmo não tem destaque.

8- A página possui 548 curtidas em um universo de aproximadamente 30 mil

estudantes, dois mil professores e 1200 técnicos mais comunidade externa.

(Fonte: Pró-reitoria de Graduação – PROGRAD – UNEB e Pró-reitoria de

Gestão e Desenvolvimento de Pessoas – PGDP – UNEB, 2013);

9- O número de visualizações varia entre quatorze e noventa. Um vídeo dentro

da amostragem conteve oitocentas visualizações e outro conteve cento e

cinquenta.

Após o diagnóstico resolvemos aplicar um questionário entre os dias 04 de

novembro de 2013 e 28 de novembro de 2013, que foi distribuído pelas redes sociais e

listas de email de integrantes da comunidade acadêmica da UNEB, para avaliar a

popularidade da WebTV UNEB dentro da instituição. Os resultados do questionário são

apresentados no capítulo 2.

A partir dos resultados do questionários, notamos que os seguintes pontos devem

ser levados em consideração para garantir que a programação chegue até o público alvo

com eficácia:

1 - Planejamento da veiculação e periodicidade da programação;

2 - Definição de Metas de audiência;

3 - Avaliação e restruturação dos Recursos de difusão disponíveis;

4 - Identificação do Público Alvo;

5 - Definição das Mídias a Serem Utilizadas;

6- Criação de Canais;

7- Monitoramento.

4.1.2 O PROGRAMA

Partindo da análise anterior notamos a ausência de três elementos que

consideramos importantes, tendo em vista o referencial teórico adotado: Audiência,

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periodicidade das publicações, interatividade e participação dos segmentos na

construção do conteúdo. Começamos a desenhar um modelo de programa que

priorizasse o uso das redes sociais como fio condutor do diálogo entre a produção do

programa e os campi da UNEB, tendo em vista que a instituição está localizada em

vinte e quatro cidades da Bahia e o curto espaço de tempo. Após um Brainstorm6 de

cerca de duas horas realizado no dia 10 de novembro de 2013, chegamos à ideia de um

nome para o programa que fizesse menção à itinerancia, participação dos campi e TV.

Chegamos ao título “3 LÉGUAS,1ROTEIRO E 24 DESTINOS”.

Estabelecemos uma rede de contatos com representações de dezoito campi da

UNEB e a partir dos anseios apresentados traçamos a ideia de um programa com um

programa de WebTv com estúdio itinerante que viajaria pelos vinte e quatro campi da

UNEB, abordando temáticas que se relacionassem com as atividades de ensino,

pesquisa e extensão do campus sede da edição bem como a cultura local, contando com

a interação prévia de outros campi com vídeos, depoimentos e intervenções através de

releases postados nas redes sociais.

Página do programa piloto no facebook – Endereço: www.facebook.com/pages/3-

L%C3%A9guas-1-roteiro-e-24-destinos/1412347549001167?ref=hl

6 O Brainstorming é um método publicitário de geração coletiva de novas ideias

através da contribuição e participação de diversos indivíduos inseridos num grupo.

(OSBORN, 1930)

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Quando já tínhamos a ideia do programa em mente e página nas redes sociais

criada, divulgamos a página em todas as páginas, grupos e listas existententes na

internet referentes à UNEB pata que pudéssemos estabelecer uma rede de contatos e

colaboradores.

No dia 12 de novembro de 2013 começamos a fazer contato com representantes

dos campi da UNEB, através da rede estabelecida com a página do programa no

facebook. O primeiro contato era para buscar duas pessoas que pudessem participar do

quadro “Repórter de campus”, que é um quadro que tem por intuito trazer para o debate

proposto na temática da edição do programa, pessoas de outros campi para além do

campus que sediasse a edição. Os estudantes Paulo Victor do campus XII da UNEB e

Isaac Mascarenhas do campus II aceitara fazer a participação. No decorrer da mesma

semana, partimos para o agendamento das entrevistas com o professor doutor Macelo

Medeiros, a professora doutora Rosane Vieira, a estudante de comunicação social Ane

Maiane Gordiano e a estudante de comunicação social Joanna Carolina Alcantara,

ambos do campus XIV da UNEB. Também lançamos releases do programa no facebook

para quea s pessoas pudessem enviar perguntas e comentários.

4.2 PRODUÇÃO

Após vários remanejamentos de datas e horários começamos as gravações.

Inicialmente foram gravados os quadros repórter de campus com as perguntas e

intervenções que iriam conduzir os debates em estúdio e em outros VT’s. As filmagens

foram realizadas em Alagoinhas e Senhor do Bonfim nos dias 14 e 15 de novembro de

2013. A ideia foi que o vídeo tivesse o amadorismo e a ideia de câmera na mão refletida

em sua estética. Enviamos a pauta via email para os “Repórteres de campus” e fomos

acompanhando e orientando as gravações via telefone e email. Ambos os vídeos ficaram

da forma desejada em sua primeira edição sem a necessidade de repetir a gravação. O

tráfego dos vídeos foi feito através da plataforma de armazenamento online GOOGLE

DRIVE. Paralelo a isso, entre os dias 14 e 20 de novembro de 2013, viajamos até a

cidade de Salvador-BA, para agendar a inda de dois entrevistados para a gravação do

programa em Conceição do Coité. No dia 15 de novembro, recebemos a noticia que

devido à contenção de gastos no Departamento de Educação – campus XIV da UNEB, o

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curto espaço de tempo e os contratempos, não conseguiríamos viabilizar a ida dos

entrevistados para participarem da gravação. Aquela sexta-feira (15), era muito chuvosa

e devido ao “caos” em que se encontrava a cidade, não conseguimos aproveitar muita

coisa.

Na sexta-feira 21 de novembro de 2013 realizamos a gravação em estúdio. O

estúdio foi improvisado na sala destinada para a construção do estúdio de TV e

Fotografia da UNEB campus XIV. A ideia era da montagem e um estúdio aconchegante

que se assemelhasse a um lound e que tivesse a predominância das cores vermelha, azul

e branco. A gravação estava agendada para ter início as 15 horas. Horas antes do início,

a professora doutora Rosane Vieira entrou em contato com a profissão avisando que por

atividades profissionais não poderia participar da gravação. As 15:30 horas demos

início a gravação em estúdio. A ordem de gravação foi invertida e gravamos primeiro a

entrevista com o professor Doutor Macello Medeiros, pois o mesmo tinha que retornar

para Salvador imediatamente. Em seguida gravamos com Camila Santos, Anne

Gordiano e Joanna Carolina. As 20:30 horas gravamos as cabeças das matérias e a

escalada do programa. A gravação acabou as 21:30 horas com a banda Música de Bolso.

Finalizada a gravação em estúdio, retornamos a Salvador no dia 25 de novembro

para gravar a sonora com a coordenadora da WebTV UNEB Qhele Jemima.

4.3 PÓS-PRODUÇÃO

No dia 26 de novembro de 2013 demos início a decupagem do material bruto. Durante

a captura das imagens, percebemos que uma das fitas estava danificada, o que nos fez

repensar o roteiro. Uma das entrevistas que era considerada a principal, com o professor

Macelo Medeiros foi perdida, como plano B, resolvemos utilizar as redes sociais para

solucionar o problema. Substituímos a entrevista em estúdio com o professor Macelo,

por uma entrevista gravada através da rede social Skype com o Jornalista em

Multimeios e especialista e Gestão pública Welington Junior, egresso do campus III da

UNEB em Juazeiro.

Após a decupagem e a solução dos problemas, partimos para a montagem do roteiro de

edição organizando a sequencia das imagens, as imagens a serem utilizadas e os inserts

a serem feitos.

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4.3.1 EDIÇÃO

A edição foi realizada no dia 27 de novembro de 2013, no município de Serrinha-BA. A

edição é o processo onde são feitos os cortes e a montagem do material que constará no

vídeo, é o processo onde o produto começa a ganhar forma. Para isso utilizamos o

software “Sony vegas” para a edição dos vídeos e o software Audacity para editar os

áudios. Finalizamos a edição no dia 29 de novembro do ano de 2013 às 21 horas.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Baseada em uma análise do conceito de WebTV universitária, analisa-se que a

WebTV UNEB deve focar sua produção em conteúdos voltados para estudantes

universitários, pesquisadores, professores e internautas que buscam informação

diferenciada. Os conteúdos específicos, diferentes da TV convencional, interatividade e

qualidade de transmissão mantêm os espectadores fiéis e atrai novos visitantes.

Pelo fato da internet ser ferramenta de difusão dos conteúdos da TV UNEB, nata-se

que se faz necessário um uso mais intenso das redes sociais, tanto na própria difusão

dos conteúdos, como plataforma de interação e participação, tendo em vista que a

UNEB está em vinte e quatro diferentes cidades.

O planejamento de difusão dos programas da WebTV UNEB nas redes sociais é

uma etapa fundamental para que a programação tenha visibilidade, tendo em vista que

boa parte do público interno da UNEB tem acesso constante as redes. Temos que

lembrar ta,bém que quando falamos em planejar a promoção dos conteúdos nas redes

sociais não estamos falando de imediato em ferramentas tecnológicas e sim, em um

primeiro momento, de um planejamento estratégico das ações, sem o qual se torna

impossível extrair o máximo, não só das ferramentas, mas também dos recursos

alocados para estas ações.

É necessário também monitorar, uma ação nas redes sem não existe uma vez que se

torna impossível mensurar seu retorno. Que ferramentas serão usadas? Quais serão as

métricas utilizadas? Definir com exatidão quais as necessidades do monitoramento é

essencial para que possamos contratar as ferramentas mais adequadas para atingirmos

nossos objetivos.

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É importante que as pessoas envolvidas no projeto tenham a noção de que a

promoção dos conteúdos nas mídias sociais é baseada em relacionamento e isso leva

tempo até começarem a aparecer os primeiros resultados.

Além disso, é necessário que a universidade se aproveite desse suporte (WebTV),

para que junto com a pesquisa, o ensino e a extensão se faça a exploração de novos

formatos e linguagens que tornem mais atraentes e que contemplem as demandas de

conteúdos disponibilizados para a comunidade acadêmica na WEBTV, através dos

objetivos e técnicas desta ferramenta.

A geração de conteúdo que permita que os integrantes da comunidade acadêmica

encontre uma ferramenta de entretenimento, onde os mesmos possam se enxergar, é de

fundamental importância para garantir que os veículos universitários de comunicação

tenham visibilidade e passem a ser de fato consumidos pelo seu público tanto interno

quanto externo.

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APÊNDICE

Link do questionário: http://form.jotformz.com/form/33154662681658

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PAUTA – REPÓRTER DE CAMPUS

REPÓRTER: Paulo Vitor/ Isaac Mascarenhas

EDITORIA: Tecnologias/ Educação

RETRANCA: WebTV universitária, WebTV UNEB

DATA: 20 de novembro de 2013

DEADLINE: 25 de novembro de 2013

OBJETIVO: Saber se a comunidade acadêmica sabe o que é WEB TV e se conhece a

WEB TV UNEB e seu papel.

INFORMAÇÕES PRELIMINARES:

A WebTv apresenta a vantagem de a custos mais acessíveis garantir uma

produção de qualidade, que atinja seus objetivos, alcançando o público desejado.

Unindo essas características a necessidade e ao anseio da comunidade acadêmica de que

essa produção seja menos institucional possível e garanta que o estudante tenha

participação e no caso especial , os cursos de comunicação possam contar com esse

suporte, inclusive experimentando novas linguagens e formatos adaptados a internet.

A Universidade do Estado da Bahia – UNEB, conta com uma plataforma de

WebTv, mas assim como a de outras instituições a exemplo da TV Universitária da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN, adotaram um perfil mais

jornalístico e com vínculo direto com a assessoria de comunicação da instituição.

O que se percebe nessa parceria é que as decisões tomadas em relação a sua

constituição não abrangem a comunidade acadêmica de forma que o alunado,

professores e corpo técnico formem um contingente expressivo no que tange o

aproveitamento da “inteligência coletiva” para pautar temas com bases abordagem de

assunto de interesse do todo, já que por sua vez a UNEB tem 24 campi espalhados pelo

estado, são 24 municípios com suas particularidades e até por motivos estruturais a

médio prazo não se consiga uma abrangência no sentindo de atender todas as demandas,

porém, existem assuntos que são de interesse geral e que não são pautados pela WebTV.

Um exemplo recente de como a prática de utilização da WebTV UNEB

enquanto suporte de assessoria, acaba por limitar a abordagem de determinadas pautas ,

se encontra no fato de que a grande mobilização de toda comunidade interna no ano em

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vigência (2013), em torno da campanha e eleição para a escolha da nova reitoria da

instituição, inclusive de estudantes , fato atípico em relação ao envolvimento em outros

pleitos, mesmo com toda essa repercussão a WebTV não pautou o processo e nem o

movimento no dia da eleição.

A WebTV UNEB conta atualmente com 13 programas em sua grade de

programação e duas subseções (WebTV Juazeiro e WebTV Conceição do Coité, porém

não apresenta uma linearidade

FONTES DIRETAS OU INDIRETAS:

Diretas

Estudantes, Professores e técnicos

PROPOSTA DE IMAGENS:

Plano Americaro (da cintura para cima) em ambiente aberto

ROTEIRO BASE

Passagem: Texto aberto. O repórter se apresenta (NOME, CURSO, SEMESTRE,

CAMPUS), e fala que vai procurar saber se a sua comunidade acadêmica sabe o que é

WEB TV Universitária, qual o seu papel e se conhece a TV UNEB.

(Dinâmica de bate papo informal).

_____________________________________________________________

PAUTA – ENTREVISTA COM A COORDENADORA DA WEB TV UNEB

NOME DO REPÓRTER: Ícaro Rebouças (71) 9232-0568 –

[email protected]

EDITORIA: Educação e Tecnologias

RETRANCA: WEBTV UNIVERSITÁRIA/ TV UNEB

FONTE DIRETA: Qhele Jemima – Coordenadora da TV UNEB

PERGUNTAS:

1- O que é a TV UNEB?

2- Qual o modelo adotado pela TV UNEB ?

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3- Qual a importância desse veículo para a comunidade interna da UNEB?

4- Tendo em vista que as emissoras universitárias são emissoras ligadas a

instituição de ensino superior (IES) e transmitida por canais de televisão abertos

ou pagos, e/ou por meios convergentes - satélites, circuitos internos de vídeo,

internet, entre outros e por tratar-se de uma emissora pública, ou seja, sem fins

lucrativos, logo mantida pela própria instituição, quais são os desafios

encontrados no que diz respeito a produção de conteúdos?

PERGUNTAS DA INTERNET (via facebook e twitter):

1- Danilo Duarte – Estudante de Comunicação Social – UNEB campus III –

Juazeiro:

- Quais os critérios editorias e de notíciabilidade adotados pela TV UNEB?

2- Camila Vaz – Estudante de Direito – UNEB campus XX – Brumado

- Em relação a interatividade e a participação na construção do conteúdo, de que forma

os campi da UNEB no interior são contemplados na TV UNEB?

3 – Tainã Souza – Estudante de Pedagogia – campus I – Salvador

- Existem canais da TV UNEB em outros campi além do campus I? Como acontece o

diálogo com esses canais?

ROTEIRO

PROGRAMA: 3 LÉGUAS UM ROTEIRO E 24 DESTINOS

Duração 17’

Periodicidade Quinzenal

Plataforma de exibição WEB TV UNEB

VÍDEO ÁUDIO

ABERTURA

IMAGENS DOS CAMPI

CENAS DO PROGRAMA

TAINAN OFF - OLÁ, ESSA É A

PRIMEIRA EDIÇÃO DO PROGRAMA 3

LÉGUAS, 1 ROTEIRO E 24 DESTINOS/

O NOSSO PROGRAMA IRÁ VIAJAR

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VINHETA

PELOS VINTE E QUATRO CAMPI DA

UNEB/

TRARENOS DIVERSAS DISCSSÕES

SOBRE O DIA-A-DIA DENTRO E

FORA DA UNEB//

ICARO OFF - NA NOSSA PRIMEIRA

EDIÇÃO DO PROGRAMA, VAMOS

FALAR SOBRE WEBTV

UNIVERSITÁRIA, A INTERAÇÃO E

AS POSSIBILIDADES DE

PARTICIPAÇÃO NESSE MEIO//

TAINAN OFF - E PARA COMEÇAR O

NOSSO PROGRAMA, VAMOS

ASSISTIR UM VT COM UM DEBATE

SOBRE UNIVERSIDADE, EDUCAÇÃO

E APROPRIAÇÃO DAS

TECNOLOGIAS

VT RETRANCA: UNIERSIDADE/

VEÍCULOS UNIVERSITÁRIOS

T:2’

D:A CONVERGÊNCIA...

WELINGTON DIAS E SILVA

JÚNIOR – JORNALISTA EM

MULTIMEIOS – ESPECIALISTA EM

GESTÃO PÚBLICA

DEMAIS CREDITOS

RODA VT

VIVO: ESPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA

LIMITES DE UM CORPO

CAMILA SANTOS – ESTUDANTE DE

COMUNICAÇÃO SOCIAL – UNEB

CAMPUS XIV

ÍCARO

CAMILA O QUE TE INSPIROU A

FAZER ESSA ESPOSIÇÃO?

O QUE VOC PROCUROU IMPRIMIR

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NA ESTÉTICA DAS FOTOGRAFIAS?

VT: REPÓRTER/CAMPUS

T:06’

D: EU SOU PAULO VICTOR...

PAULO VICTOR – ESTUDANTE DE

PEDAGOGIA – UNEB CAMPUS VII –

SENHOR DO BONFIM

ISAAC JÚNIOR – ESTUDANTE DE

MATEMÁTICA – UNEB CAMPUS II

– ALAGOINHAS

QHELE JEMIMA –

COORDENADORA DA WEB TV

UNEB

RODA VT

VIVO: WEBTV UNEB/

PARTICIPAÇÃO.

ICARO REBOUÇAS-

JOANNA CAROLINA – ESTUDANTE

DE COMUNICAÇAÕ SOCIAL –

UNEB CAMPUS XIV

ANE MAIANE GOSDIANO CUNHA –

ESTUDANTE DE COMUNICAÇÃO

SOCIAL – UNEB CAMPUS XIV

T: 3’

RODA VIVO

VIVO ATRAÇÃO/ MUSICAL

BANDA MÚSICA DE BOLSO – UNEB

CAMPUS XIV

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T: 2’

EQUIPAMENTOS

câmera 02 Sony HVR – V5M – HD

01 Sony HVR – HD – 1000

01 Sony Handcam CDR SX (Portátil)

microfones 02 microfones lapela

01 microfone ShotGun

02 Microfone Omnidirecional

01 Microfone Cardioide

vt 01 TV Sansung 42’’

tripé de câmera 03 Tripés

acessórios camêra 02 adaptadores P2 – P10

02 adaptadores P10 – P2

01 fone de ouvido Beyerdynamic Dt- 990 Pro

acessórios áudio ----------------------

fitas 01 cx. Fita Mini Dv Sony Premium Original (05 unidades)

estúdio 01 Refletor (Luz amarela)

02 Telas de LCD 42’’

EQUIP. DE ILUMINAÇÃO

refletores quant. 02 refletores (Luz amarela)

ARTÍSTICO

banda Musical Banda Música de Bolso

apresentador Tainan Rangel

repórter Ícaro Rebouças

Repórter de campus

(repórter amador)

Paulo Vitor – Estudante de Pedagodia – UNEB – campus

VII – Senhor do Bonfim

Isaac Júnior – Estudante de Matemática – UNEB – campus II

- Alagoinhas

Convidado 1 Macelo Medeiros - Graduado em Comunicação Social com

habilitação em Publicidade e Propaganda pela UCSal. Mestre

e Doutor pelo Programa de Pós Graduação de Comunicação

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e Cultura Contemporânea da Faculdade de Comunicação da

Universidade Federal da Bahia. Membro do Grupo de

Pesquisa em Cibercidades (GPC/UFBA) onde desenvolve

pesquisa sobre Locative Media. Líder do Laboratório de

Estudos em Mídia e Espaço (LEME/UNEB) onde

desenvolve pesquisas sobre mobilidade e espaço urbano.

Professor do Centro Universitário Jorge Amado nos Cursos

de Comunicação Social e Produção Audiovisual. Professor

da Universidade do Estado da Bahia. Atualmente administra

as disciplinas voltadas aos estudos das mídias e do som.

Vencedor do prêmio Harold A. Innis de melhor tese ou

dissertação concedido pela Media Ecology Association

(MEA).

Covidado 2 Welington Júnior – Graduado em Comunicação Social com

habilitação em Jornalismo em Multimeios – UNEB – campus

III – Juazeiro. Especialista em Gestão Pública – UNEB

campus XII

Convidado 3 Qhele Jemima – Coordenadora da Webtv UNEB

ARTES E CENOGRAFIA

cenário Lound

locação Lound Interativo – Biblioteca Professor José Carlos dos

Anjos – UNEB – Campus XIV

adereços ---------

figurino Tainan Rangel veste – Traje Sport Fino

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5.3.1 ORÇAMENTO

PRODUTO QUANTIDADE VALOR TOTAL

Passagem SALVADOR –

CONCEIÇÃO DO COITÉ

04 R$ 32,00 R$128,00

Passagem C. DO COITÉ -

SALVADOR

04 R$ 32,00 R$128,00

ALIMENTAÇÃO EQUIPE DE

APOIO

05 R$ 8,00 R$ 40,00

FITA MINI DV SONY 02 R$ 16,00 R$ 32,00

--------------------------------- --------------- ------------- ---------------------

R$ 328,00