uma breve história do brasil
TRANSCRIPT
UMA BREVE HISTÓRIA
DO BRASIL
Professor Douglas Freitas
Aula I
O BRASIL NA ROTA DO ORIENTE
“Ano de 1500, debruçada sobre as águas do Tejo, estendia-se a
ensolarada Lisboa” PRIORE, Mary del. VENÂNCIO, Renato. Uma Breve
História do Brasil. São Paulo: Editora Planeta do Brasil,
2010.
“Os gritos dos vendilhões de ovos peixe fresco, água ou pão,
enchiam o ar. Mulheres, brancas e negras, saiam da Ribeira com
panelões cheios de arroz doce (...) e de cuscuz marroquino(...).”1
RIBEIRA DAS NAUS
“Um pouco mais abaixo na praia da
Ribeirinha, estendia-se a Ribeira das
Naus, com suas oficinas e seus barcos
prestes a ser lançados ao Tejo.”1
“Nas águas turvas do rio desfilavam
tanto embarcações transportando
alimentos dos arredores, quanto
barcos enfeitados, nos quais músicos
embalavam as conversas dos bem-
vestidos membros da corte de D.
Manoel I”1
“Dom Manuel I de Portugal (Alcochete, 31 de Maio de 1469 — Lisboa, 13 de Dezembro de 1521)
foi o 14.º Rei de Portugal, cognominado O Venturoso, O Bem-Aventurado ou O Afortunado(...).”2
“ Q U E M E R A E S S A G E N T E Q U E M U DA R I A
O M U N D O ? ” 1
“Em terra prontos para embarcar nas caravelas que fariam a
Carreira das Índias, aglomeravam-se marujos acostumados àquele tipo
de vida, além de ‘vadios desobrigados’ recrutados pelas ruas de outras
cidades.”1
“ S E Q U E R E S I R PA R A O M A R , P R E PA R A -
T E E M T E R R A” 3
“A maioria dos homens dormia ao relento, no convés, pois os
porões eram ocupados por tonéis com água, vinho, vinagre, carne e
peixe salgado, azeite, azeitonas, farinha, queijo, cebolas e alhos, feijão,
mel, frutos secos, biscoitos e alguns animais vivos. O número de
tonéis a bordo definia a capacidade dos navios - ainda hoje chamada
de “tonelagem””.3
NAS EM BARCAÇÕES
“Os testemunhos eram que quase todos os tripulantes dos
navios eram “adúlteros, malsins, alcoviteiros, ladrões, homens
que acutilam e matam por dinheiro(...)””1
Muitas prostitutas subiam a bordo de forma clandestina,
enganadas por marujos ou embarcadas por magistrados
portugueses.
Os pobres dependiam da generosidade de diversos setores
para provê-los de vestimentas para as viagens.
A A L I M E N T A Ç Ã O AO L O N G O DA S
V I AG E N S
“Em Memórias de um soldado na Índia, Francisco Rodrigues
Silveira, relatava queixoso que eram raros os “soldados que escapavam
das erupções das gengivas” [o temido escorbuto, doença causada pela
falta de vitamina C], febres fluxos do ventre e outra grande cópia de
enfermidades.”1
“Febres altas e delírios, que acostumavam a atingir muitos dos
tripulantes, decorriam da ingestão de carnes excessivamente salgadas e
podres, regadas a vinho avinagrado(...) Os marinheiros famintos
ingeriam de tudo: sola de sapatos, couro dos baús, papéis, biscoitos
repletos de larvas de insetos, ratos animais mortos e mesmo carne
humana(...) Muitos matavam a sede na própria urina. Outros
preferiam o suicídio a morrer de sede.”1
CAMPONESES
Aos camponeses não lhes restavam horas de lazer, tampouco os
víveres eram suficientes se quer para sua subsistência, para se ter uma
ideia “(...) um trabalhador que cavasse de sol a sol, sete dias por
semana, não ganhava mais que dois tostões por dia(...)”1 .
Uma das alternativas para fugir da fome era se integrar como
marujo na marinha real (Carreira das Índias).
VASCO DA GAMA
Vasco da Gama (Sines, ca. 1460 ou 1469 — Cochim, Índia, 24 de
dezembro de 1524) foi um navegador e explorador português. Na Era
dos Descobrimentos, destacou-se por ter sido o comandante dos
primeiros navios a navegar da Europa para a Índia, na mais longa
viagem oceânica até então realizada, superior a uma volta completa ao
mundo pelo Equador. No fim da vida foi, por um breve período,
Vice-Rei da Índia.4
Vasco da Gama que estivera em Calicute, por volta do ano de
1498, encontrou-se com o então conhecido como ‘Senhor dos Mares’,
o Samorim.
Ao longo da viagem teve contato com Sofala e Zanzibar –
gengibre, cravo e escravos.
Veloso Salgado: Vasco da Gama perante o Samorim de Calicute (1898)
A CARTADA
Dom Manoel com o pretexto de havia suposta população católica
na Índia se antecipa a corte de Isabel e Fenando (lutar contra o islã);
• Caminho – Cabo da Boa Esperança
A Igreja por meio de pomposos donativos era pressionada a ceder
quanto ao direito das “novas descobertas”.
Em nove de março de 1500, zarpou a esquadra com doze naus e
uma caravela;
“A região, aparentemente desconhecida pelos portugueses, era,
tudo indica, conhecida de marinheiros franceses, como o negociante
francês Jean Cousin(...) assim como dos espanhóis, Diogo de Lepe e
Alonso de Hojeda(...)”
PORTO SEGURO
“Tendo em vista a pressa de retornar a Calicute, é de se estranhar
que a frota de Cabral pudesse perder tempo ‘explorando’ terras já
chanceladas pelo Tratado de Tordesilhas. Tomar posse das terras
demarcadas parecia fazer parte do plano da expedição(...)”
Em 22 de abril, após navegarem mais de dez léguas pela costa
encontraram uma baía a qual deram o nome de Porto Seguro.
BIBLIOGRAFIA
1. PRIORE, Mary del. VENÂNCIO, Renato. Uma Breve História do Brasil. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2010.
2. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_I_de_Portugal
3. Disponível em: http://salvocondutos.blogspot.com.br/2013/01/a-inovacao-nos-descobrimentos.html
4. Towle, George Makepeace. Vasco da Gama, Suas Viagens e Aventuras. Boston: Lothrop, Lee & Shepard, c. 1878.