uma arte - elizabeth bishop
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Uma arte
Elizabeth Bishop
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A arte de perder não é nenhum mistério
tantas coisas contém em si o acidente
de perdê-las, que perder não é nada sério.
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Perca algo a cada dia. Aceita o susto
de perder chaves, e a hora passada embalde.
A arte de perder não tarda aprender.
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Pratica perder mais rápido mil coisas mais:
lugares, nomes, onde pensaste de férias
ir. Nenhuma perda trará desastre.
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Perdi o relógio de minha mãe. A última,
ou a penúltima, de minhas casas queridas
foi-se. Não tarda aprender, a arte de perder.
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Perdi duas cidades, eram deliciosas. E,
pior, alguns reinos que tive, dois rios, um
continente. Sinto sua falta, nenhum desastre.
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-Mesmo perder-te a ti (a voz que ria, um ente
amado), mentir não posso. É evidente:
a arte de perder muito não tarda aprender,
embora a perda - escreva tudo! - lembre desastre.
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Elizabeth Bishop nasceu em 8 de fevereiro de 1911 em Worcester, Massachusetts, nos Estados Unidos.
Morreu em 6 de outubro de 1979 em Boston.
É considerada um dos mais importantes poetas do século XX a escrever na língua inglesa.
Em 1952, depois de uma viagem pela costa brasileira, Elizabeth encantou-se pelas montanhas de Petrópolis e lá permaneceu por longos quinze anos. Durante esse período, escreveu numerosos registros e poemas, como o transcrito nos slides anteriores.
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TRADUÇÃO: Horácio Costa
FORMATAÇÃO: Mima (Wilma) Badan
MÚSICA: A sky lives among your eyes
Execução: Ernesto Cortazar
IMAGENS: Internet
(Repasse com os devidos créditos)
BLOG: www.mimabadan.blogspot.com
PPSs e ESTÓRIAS INFANTIS: www.slideshare.net/mimabadan