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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC-SP
Alexandre Soares Afonso
Uma análise da utilização das redes sociais em ambientes corporativos
MESTRADO EM TECNOLOGIAS DA INTELIGÊNCIA E DESIGN DIGITAL
SÃO PAULO
2009
Alexandre Soares Afonso
Uma análise da utilização das redes sociais em ambientes corporativos
Dissertação apresentada à Banca Examinadora como exigência parcial para obtenção do título de MESTRE em Tecnologias da Inteligência e Design Digital , pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, sob a orientação do Prof. Doutor Alexandre Campos Silva .
SÃO PAULO
2009
Alexandre Soares Afonso
Uma análise da utilização das redes sociais em ambientes corporativos
Dissertação apresentada à Banca Examinadora como exigência parcial para obtenção do título de MESTRE em Tecnologias da Inteligência e Design Digital , pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, sob a orientação do Prof. Doutor Alexandre Campos Silva
Banca Examinadora:
_____________________________________________
Dedico este trabalho em especial:
À minha esposa pelo incentivo e privação da minha companhia pelos estudos e por todo o apoio, concedendo a mim a oportunidade de me realizar ainda mais.
Aos meus pais, que me ensinaram a ser um ser humano com capacidade de discernimento, honestidade e caráter para alcançar objetivos e ultrapassar os obstáculos da vida.
RESUMO
AFONSO, A. S. Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambi entes
corporativos. 2009. 170 f. Dissertação (Mestrado) – Tecnologia da Inteligência e
Design Digital, Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2009.
Com o advento da WEB 2.0 como plataforma para um uso colaborativo da internet,
surgem novas ferramentas em um curto espaço de tempo. Acompanhar a evolução
destas ferramentas e aprender a utilizá-las é um desafio constante para os
Internautas e empresas.
Podemos mencionar como novas ferramentas, as Redes Sociais e suas milhares de
comunidades virtuais, os “instant messagings”, os blogs, os widgets, os wikis entre
outras. O foco desta pesquisa é analisar com mais profundidade o funcionamento e
a utilização das Redes Sociais.
Analiso como as empresas estão utilizando essas redes sociais e com quais
objetivos, ilustrados com casos reais.
Foram mapeadas mais de 50 Redes Sociais e por ser uma amostragem muito
grande, foram analisadas apenas 3 (três) detalhadamente. Por sua natureza e
número de membros registrados mostraram-se propícias para atender o objetivo
deste trabalho. São elas: o Orkut (www.orkut.com), o Facebook (www.facebook.com)
e o Linkedin (www.linkedin.com).
Analiso diferentes usos das redes sociais por diversos departamentos das empresas
como: Serviço de Atendimento ao Consumidor, Propaganda e Marketing, Pesquisa e
Desenvolvimento, e Recrutamento e Seleção.
Por fim, comparo como essas Redes Sociais se comportam no mundo da
mobilidade, sendo acessadas de vários dispositivos móveis que utilizam meios de
acesso como Bluetooth, wi-fi, wi-max, 3G e outros.
No final deste trabalho chego à conclusão de que algumas empresas já acordaram
para a utilidade e o poder das Redes Sociais, explorando informações que podem
gerar novas idéias o que as diferencia das empresas que ainda não entraram nesse
novo paradigma.
Palavras-Chave: Redes Sociais, WEB 2.0, Mobilidade, Inovação.
ABSTRACT
AFONSO, A. S. An analysis of the use of social networking in corp orate
environments. 2009. 170 f. Dissertação (Mestrado) – Tecnologia da Inteligência e
Design Digital, Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2009.
After the recognition of the Web 2.0 as a platform for collaborative use in the internet,
new tools are rising in a short time. To monitor the evolution of these tools and learn
how to use them is a constant challenge for Internet Users and companies.
We can mention as new tools, the social networks and their thousands of virtual
communities, the instant messagings, blogs, widgets, wikis and many others. The
focus of my research is to analyze how companies are using these Social Networks
and for what purposes, illustrated with real cases.
Over fifty Social Networks were mapped and as this sampling is very wide, only three
were analyzed in detail, which, for their nature and number of registered members
have shown to be favorable to attend the objective of this work. They are: Orkut
(www.orkut.com), Facebook (www.facebook.com) and Linkedin (www.linkedin.com).
The structure of the work was based on knowledge areas like: Customer Service,
Advertising & Marketing, Research and Development, and Recruitment and
Selection.
Finally, how these Social Networks behave in the mobility world was investigated as
an effect of there being accessed from numerous mobile devices that use access
ways as Bluetooth, Wi-Fi, wi-max, 3G and others.
The work concludes that some companies have already woken up to the power of
Social Networks, exploring information to generate new ideas. This will put them in
advantage to the companies that have not entered the new paradigm.
Key-words: Social Networks, WEB 2.0, Mobility, Innovation.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Tela de entrada do Peabirus acessado em 13/10/2009..........................................32 Figura 2 - Dados Demográficos do Orkut acessado em 16/03/2009......................................37
Figura 3 - Dados comparativos do Google Trends acessado em 19/03/2009 ....................39
Figura 4 - Perfil de um utilizador no Orkut .......................................................................................42
Figura 5 - Perfil de um utilizador no Facebook................................................................................44
Figura 6 - Perfil de um utilizador no Linkedin. ................................................................................46
Figura 7 - Resposta da Nestlé publicada em uma comunidade do Orkut. .............................57
Figura 8 - Resposta do Boticário publicada em uma comunidade do Orkut. .......................60
Figura 9 - Exemplos de comunidades do Orkut para suporte ou ouvidoria de clientes62
Figura 10 - Perfil de Bill Gates no Linkedin.......................................................................................67
Figura 11 - Perfis de Barack Obama e Hillary Clinton no Linkedin. .......................................68
Figura 12 - Conteúdo da CNBC no Linkedin......................................................................................69
Figura 13 - Blog da revista BusinessWeek divulgando acordo com Linkedin.....................70
Figura 14 - Perfis de jornalistas do NYTimes no Facebook.........................................................71
Figura 15 - Rede de negócios dos cartões Visa no Facebook. ....................................................76
Figura 16 - Aplicativo da Pizza Hut no Facebook............................................................................77
Figura 17 - Comunidade no Orkut que pede a introdução de um novo produto da Coca-Cola no mercado............................................................................................................................................89
Figura 18 - Comunidade do MI6 no Facebook. ................................................................................95
Figura 19 - Painel de ofertas de emprego no Linkedin.................................................................97
Figura 20 - Página de oferta de empregos no Via6.........................................................................99
Figura 21 - Interface do Orkut no celular........................................................................................ 104
Figura 22 - Aplicativo do Facebook plugado no celular. .......................................................... 105
Figura 23 - Perfil de um usuário no Linkedin Mobile................................................................. 105
LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Relação dos Softwares Sociais...........................................................................................34
Tabela 2 - Gráfico das Redes Sociais por Origem............................................................................36
Tabela 3 - Gráfico das Redes Sociais por Assunto ..........................................................................37
Tabela 4 - Gráfico das Redes Sociais por Nro. Membros..............................................................38
Tabela 5 - Recursos do Twitter ........................................................................................................... 107
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SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 19
1.1 OBJETIVO ...........................................................................................................................................27 1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................27 1.3 MÉTODO DE PESQUISA................................................................................................................27 1.4 ESTRUTURA DE TRABALHO ......................................................................................................27
2.0 REDES SOCIAIS....................................................................................................................... 29
2.1 ORKUT.................................................................................................................................................41 2.2 FACEBOOK.........................................................................................................................................43 2.3 LINKEDIN...........................................................................................................................................45
3.0 SAC 2.0 – AS EMPRESAS UTILIZANDO AS REDES SOCIAIS COMO SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR ................................................................................... 49
3.1 VOLKSWAGEN MONITORA AS REDES SOCIAIS PREOCUPADA COM OPINIÃO
DOS INTERNAUTAS .......................................................................................................................53 3.2 NESTLÉ CEDE A PEDIDOS DE COMUNIDADE DO ORKUT ..............................................54 3.3 O BOTICÁRIO TAMBÉM SE PREOCUPA COM AS REDES SOCIAIS................................59 3.4 ORKUT, A NOVA “OUVIDORIA” DAS EMPRESAS ................................................................61 3.5 AS REDES SOCIAIS VIRARAM SAC’S DOCUMENTADOS...................................................63
4.0 MKT 2.0 – USANDO AS REDES SOCIAIS COMO PROPAGANDA DIGITAL ............. 65
4.1 PERFIL OFICIAL DE BILL GATES NO LINKEDIN INCENTIVA JOVENS .......................67 4.2 CNBC E LINKEDIN COMPARTILHAM CONTEÚDOS...........................................................69 4.3 FACEBOOK E NYTIMES TAMBÉM FECHAM ALIANÇA .....................................................71 4.4 VODAFONE CRIA APLICATIVO PARA FACEBOOK .............................................................73 4.5 VISA CRIA REDE DE NEGÓCIOS NO FACEBOOK.................................................................75 4.6 PIZZA HUT TAMBÉM LANÇA APLICATIVO NO FACEBOOK ...........................................77 4.7 O USO DAS REDES SOCIAIS NAS ELEIÇÕES AMERICANAS ............................................79
5.0 P&D 2.0 – PESQUISA E DESENVOLVIMENTO NAS REDES SOCIAIS ....................... 81
5.1 IBOPE ESTUDA AS REDES SOCIAIS .........................................................................................83 5.2 VW E BRADESCO INTERAGEM COM AS REDES SOCIAIS PARA INCREMENTAR
OS NEGÓCIOS ...................................................................................................................................85 5.3 GRUPO FLEURY INOVA UTILIZANDO AS REDES SOCIAIS PARA
DESENVOLVIMENTO INTERNO................................................................................................87 5.4 PESQUISAS E ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO NAS REDES SOCIAIS ....................89 5.5 REDES SOCIAIS CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO DE
FUNCIONÁRIOS ...............................................................................................................................91
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6.0 R&S 2.0 – RECRUTAMENTO E SELEÇÃO NAS REDES SOCIAIS ............................... 93
6.1 RECRUTAMENTO DE ESPIÕES NO FACEBOOK ..................................................................95 6.2 BUSCA POR EMPREGO CRESCE NAS REDES SOCIAIS ......................................................97 6.3 PROCURE EMPREGO NAS REDES SOCIAIS ...........................................................................99 6.4 EMPRESARIADO NACIONAL FAZ PESQUISAS NAS REDES SOCIAIS........................ 101
7.0 MOBILIDADE: REDES SOCIAIS MÓVEIS E OUTRAS APLICAÇÕES ........................103
8.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................109
BIBLIOGRAFIA ..............................................................................................................................113
WEBGRAFIA...................................................................................................................................115
ANEXOS ...........................................................................................................................................119
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1.0 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas surgiram novas formas de comunicação social, lazer e
entretenimento onde a participação de pessoas do mundo inteiro dá origem a uma
nova geração, a geração C. C de conhecimento, colaboração e conectividade.
Através de um computador ligado à rede, as tecnologias da informação deixam ao
alcance de todos, um mundo ilimitado, recheado de ambientes (reais ou virtuais)
extremamente rico em informações.
Vivemos hoje em uma sociedade global onde a Internet não é uma simples
tecnologia de comunicação, mas o epicentro de muitas áreas de atividades
sociais, econômicas e políticas, constituindo-se, na perspectiva de Manuel
Castells (2003, p.07):
“[...] A Internet é o tecido de nossas vidas. Se a tecnologia da informação é hoje o que a eletricidade foi na Era Industrial, em nossa época a Internet poderia ser equiparada tanto a uma rede elétrica quanto ao motor elétrico, em razão de sua capacidade de distribuir a força da informação por todo o domínio da atividade humana [...].”
Já não conseguimos mais imaginar o mundo sem internet, sem banda larga, sem
telefones celulares, sem ipods, sem compras on-line, sem internet banking, sem
tv a cabo, sem um computador ou notebook em casa.
Com a Internet é possível escolhermos o que queremos assistir dentre uma
infinidade de vídeos, desde mega produções hollywoodianas até mesmo um
simples filme de produção caseira.
Esquecemos a carteira em casa, com documentos de identificação, dinheiro e
cartões de crédito e não voltamos para buscá-la, mas se esquecermos o celular,
não conseguimos si quer chegar à esquina.
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Reduzimos nossas compras de CDs, baixamos músicas compartilhadas por
nossos amigos e por outros milhões de pessoas através de uma rede “peer to
peer”.
Estamos a cada dia mais tempo conectados, surfando sem destino, jogando
games com amigos, postando mensagens em blogs ou fotos em fotologs,
conversando nos chats, bisbilhotando em fóruns ou lendo e deixando recados
para os amigos em redes sociais.
Lemos menos jornais ou assistimos menos a noticiários, mas participamos mais
de workshops e seminários mais atuais sobre tecnologia e subculturas.
Arriscaria dizer que já estamos chegando ao ponto de utilizar mais IM e SMS do
que e-mail e celulares, assim conseguimos as informações mais rapidamente, no
ato, sem ter que esperar que as pessoas do outro lado tenham que acessar e-
mails ou sair de um compromisso para voltar a ligação.
Somos mestres em edição de imagens, textos e áudios, e até passamos a
produzir nosso próprio conteúdo.
E não somos pessoas especiais ou super dotadas, muito menos ETs, ou Nerds,
nem bitolados. Somos pessoas normais, independentes de cor, credo ou raça que
descobriram a tecnologia através da internet.
Bem-vindos à globalização! O mundo totalmente integrado e on-line,
compartilhando uma avalanche de mão-de-obra qualificada, reduzindo custos e
aumentando a competitividade entre as empresas, agora globais.
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Essa mesma tecnologia, que segregou o mercado em milhões de nichos,
impulsionado pela Cauda Longa1, onde nunca foi tão grande o número de opções
para empresas, clientes e consumidores de todas as idades que estão mais
conectados do que nunca.
São produtos norte-americanos fabricados na China e vendidos para os sul-
americanos, europeus, asiáticos e africanos e que são suportados pelos call
centers na Índia. Produtos esses que foram comprados na Amazon com dinheiro
ganho no desenvolvimento de softwares para empresas chinesas, chegando ao
começo do ciclo de uma gigantesca cadeia de suprimentos.
As informações nunca estiveram tão acessíveis. Qualquer pessoa está apta a
produzir e publicar seus próprios conteúdos, em contrapartida, estas pessoas
tornaram-se mais esclarecidas e muito mais exigentes como consumidores.
As grandes empresas perceberam que não podem mais esconder ou maquiar
informações, pois não têm mais controle sobre a sua imagem, podendo, num
clicar de mouse, ser preferida ou preterida por milhões de pessoas unidas pela
rede.
_____________
1 A teoria da Cauda Longa foi criada por Chris Anderson, editor chefe da revista de tecnologia Wired, através da análise
das vendas da varejista online Amazon.com. Grande parte da renda da empresa vinha da venda de pequenos volumes de itens raros a muitos consumidores em vez de altas vendas de meia dúzia de artigos populares. Segundo Anderson, a idéia de faturar milhões com os campeões de vendas é passado; o futuro do entretenimento está nos milhões de pequenos nichos da ponta final do ranking. O nome Cauda Longa (do inglês Long Tail) vem da imagem do gráfico de itens mais vendidos que mostra como o total de pequenas vendas é maior que o das grandes.
Esse fenômeno é típico da internet. Para um estabelecimento físico, o custo de manter nas prateleiras poucos volumes de muitos livros com baixa vendagem é muito alto, a ponto de fazer com que isso não valha a pena. Porém, para as prateleiras virtuais de um site de varejo, como a Amazon.com, o custo é ínfimo e é o mesmo que o de manter livros super vendidos, o que permite que ofereça uma infinidade de títulos pouco vendidos.
Fonte : Como funciona a WEB 2.0 por Cíntia Costa disponível em http://informatica.hsw.uol.com.br/web-202.htm
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De acordo com Ferry (2006, p.117): “[...] uma empresa que não progrida todos os dias
é uma empresa simplesmente destinada à morte. […]”
As empresas esforçaram-se então em reforçar suas marcas, integrando-se a
comunidades virtuais, mostrando transparência e abrindo espaço para que os
consumidores participassem da elaboração e testes de novos produtos e na
sugestão de melhorias aos produtos já existentes.
Palavras como Transparência, Sustentabilidade, Responsabilidade Social e
Ambiental, nunca estiveram tão em evidência no mundo das informações.
O poder de decisão sobre o que será lançado, publicado, ouvido ou assistido que
estava na mão de uma minoria formada por grandes editoras de revistas,
gravadoras musicais, produtoras de vídeo e afins, agora é compartilhado com a
maioria formada por milhões de consumidores que também editam, publicam,
ouvem e assistem e que passam a ter o poder de decidir o que será lançado nos
próximos meses. E não há como subestimar o poder de mais de um milhão de
pessoas.
Nesse mundo tão colaborativo, o mercado fonográfico foi obrigado a mudar sua
estratégia, já que as bandas de rock passaram a se lançar primeiro na internet,
ganhando fãs virtualmente reais que acabam subsidiando o seu primeiro álbum
através de doações em troca de músicas, clipes, screen-savers ou qualquer outro
material da mesma. De uma banda realmente virtual passa a ser uma banda
virtualmente real já consolidada e aprovada por um número de pessoas que vão
garantir o sucesso do seu álbum de estréia.
Não somos mais apenas consumidores. Somos consumidores e produtores
também.
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A web 2.02 é uma grande rede de colaboração e trás diversos modelos que
demonstram essa cooperação on-line e hiper-ativa.
É o caso da maior enciclopédia on-line do mundo com mais de 860 mil artigos, a
Wikipédia. Aberta para postagem de milhões de especialistas amadores ou
pesquisadores não renomados, já é 100 vezes maior que a famosa enciclopédia
Britannica, baseada em um grupo de indivíduos privilegiados.
De acordo com Anderson (2006, p.66):
“[…] um estudo de 2005 efetuado pela revista Nature, periódico científico, relatou que, em 42 verbetes sobre tópicos científicos, constatou-se, em média, 4 erros por verbete na Wikipédia e 3 na Britannica. E pouco depois da divulgação do relatório, os verbetes da Wikipédia foram corrigidos, enquanto a Britannica terá de esperar pela próxima reimpressão […]”.
No entanto, algumas críticas de Keen (2009, p.102) são interessantes,
desconsiderando o tom apocalíptico que ele prega. O que ele diz é existir hoje um
culto ao amador, em detrimento do especialista. Para ele, é um terror o fato de
que “A Wikipédia, com seus milhões de editores amadores e conteúdo não confiável, é o
17° site mais acessado da internet; enquanto a Brit annica.com, com 100 ganhadores do
Prêmio Nobel e 4 mil colaboradores especialistas, está em 5.128° lugar” .
Outro modelo já bastante conhecido, o Youtube, é uma videoteca virtual onde
qualquer pessoa no mundo pode postar o seu vídeo. Recheado de conteúdos que
vão desde vídeos amadores e sem nenhuma relevância até os mais badalados
shows ou concertos apresentados pelo mundo, palestras de grandes
celebridades, filmes e propagandas de grande sucesso. Tudo isso gratuitamente.
______________
2 O conceito de Web 2.0 iniciou em uma conferência realizada entre O'Reilly e MediaLive International. Dale Dougherty,
pioneiro da WEB e Vice-Presidente da O'Reilly , observou que longe de “quebrar”, a web era mais importante do que nunca, com novas e apaixonantes aplicações e sites aparecendo com uma surpreendente regularidade. E mais, as companhias que haviam sobrevivido ao desastre pareciam ter algo em comum. Poderia ser que com o colapso das empresas.com a web poderia ser atualizada, com ações chamadas de "Web 2.0", isso teria sentido? Todos estavam de acordo com isso, foi então que nasceu a Conferência da WEB 2.0.
Fonte : What is WEB 2.0 by Tim O’Reilly 30/09/2005 acessado em http://oreilly.com/pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/what-is-web-20.html , traduzido pelo autor.
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Nesse mundo 2.0, surgem grandes curadores ou “blogueiros”, pessoas que
influenciam outras pessoas, formam opiniões, recomendam e selecionam
produtos, serviços e informações, passando a ser referência essencial na web.
Segundo Vaz (2003, p.275):
“[…] Geralmente, quando uma notícia chega à imprensa é porque já é tarde demais. As notícias se iniciam nos blogs e nas comunidades virtuais. A velocidade dos fatos é muito mais rápida do que uma máquina de impressão pode ser. A crise pela qual os jornais estão passando já há algum tempo tem explicação clara. A velocidade com que o papel acompanha as novidades não chega a fazer cócegas na maneira dinâmica com que blogs são criados e atualizados […]”.
Com a massificação do Google, o site de busca mais utilizado no mundo,
informações que antes estavam perdidas na Web, passam a ser mais
organizadas e, portanto mais acessíveis e conseqüentemente passam a ter mais
relevância.
Cada pessoa tem seu espaço próprio na Web, escrevem sobre o que gostam e o
que não gostam em seus blogs, expõem suas preferências políticas, econômicas,
comportamentais sobre qualquer tema, fotografam e gravam vídeos de momentos
de suas vidas e mostram para quem quiser ver em fotologs/videologs, o que a
torna muito mais importante para anunciantes, vendedores e agências
publicitárias, pois demonstram atitudes e maturidade para compartilhar
informações com todo o mundo.
É o que afirma Anderson (2006, p.105) falando sobre o poder da inteligência
coletiva:
“[…] Milhões de pessoas comuns são os novos formadores
de preferências. Esses novos formadores de preferências
não são uma super-elite, cujos componentes são melhores
do que nós. Eles são nós. […]”.
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E ainda falando do poder da inteligência coletiva, Anderson (2006, p.105)
complementa:
“[…] Estamos saindo da Era da Informação e entrando na Era da Recomendação. Hoje, é ridiculamente fácil obter informações; praticamente se tropeça nelas nas ruas. A coleta de informações não é mais a questão – a chave é tomar decisões inteligentes com base nas informações […]”.
Finalizando o pensamento, Anderson (2006, p.105) coloca que:
“[…] Os novos formadores de preferências são simplesmente as pessoas cujas opiniões são respeitadas. Elas influenciam o comportamento de outras, quase sempre as encorajando a tentar novas coisas, do contrário, não experimentariam […]”.
E tudo isso, graças aos avanços da mobilidade, passa a ser portátil. Através de
celulares, PDAs, Blackberries, smartphones e afins, pessoas se conectam com
outras pessoas em qualquer lugar e a qualquer hora. A relação homem-máquina
passa a ser homem-homem.
O mundo passou a ser digitalizado. Tudo passou a ser “On-Demand”. Serviços e
produtos padronizados passaram a ser personalizados.
Os consumidores ficaram muito mais exigentes, e as empresas sabem disso. E
sabem também que não podem entrar nas comunidades sem serem convidadas.
A saída encontrada é seduzir os consumidores, conquistando sua audiência
através de ações participativas, que os envolva nos planos de uma determinada
marca, desde a concepção ao produto final.
O mundo digitalizado e agora cheio de novas experiências, sensações e
emoções. Uma prova disso, um novo conceito de videogame interativo lançado
pela Nintendo, o Wii, traz para o mundo real a sensação de estar dentro de uma
quadra de tênis, ou de um ringue de boxe, um campo de golfe, de beisebol ou
uma pista de boliche com os amigos. É o mundo digital misturando-se com o
mundo real.
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Para encerrarmos os exemplos de experiências reais, a comunidade virtual
Second Life, é um mundo paralelo onde são movimentados por dia 1 milhão e
meio de dólares reais no comércio de produtos virtuais.
Apesar de tudo isso parecer uma revolução em nossas vidas, encaramos essas
grandes transformações naturalmente, pois já estamos nos acostumando com a
palavra INOVAÇÃO em nosso cotidiano.
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1.1 OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é analisar como as empresas estão se relacionando
com as Redes Sociais na Internet. Serão analisadas 3 das principais Redes
Sociais: Orkut, Facebook e Linkedin.
1.2 JUSTIFICATIVA
Existem milhares de redes sociais recheadas de milhões de comunidades virtuais
e que são utilizadas para uma infinidade de objetivos. A idéia deste trabalho é
mostrar, através de casos reais, como empresas estão utilizando algumas redes
sociais como ferramentas de trabalho.
1.3 MÉTODO DE PESQUISA
Para a elaboração deste trabalho foi utilizada a metodologia de pesquisa
bibliográfica em livros e documentos publicados na Internet.
1.4 ESTRUTURA DE TRABALHO
Este trabalho está dividido em capítulos que trazem informações relevantes para
o tema abordado:
- O capítulo 1.0 faz a introdução do conteúdo deste trabalho mostrando que as
Redes Sociais trazem inovação ao ambiente corporativo;
- O capítulo 2.0 traz conceitos básicos sobre Redes Sociais e comunidades
virtuais necessários para a compreensão dos demais capítulos;
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- O capítulo 3.0 mostra alguns casos de uso onde as empresas utilizam as Redes
Sociais como Serviço de Atendimento ao Consumidor;
- O capítulo 4.0 relata alguns casos de uso onde as empresas utilizam as Redes
Sociais como ferramenta de Marketing;
- O capítulo 5.0 lista alguns casos de uso onde as empresas fazem Pesquisa e
Desenvolvimento em cima das Redes Sociais;
- O capítulo 6.0 expõe alguns casos de uso onde as empresas utilizam as Redes
Sociais para Recrutamento e Seleção de pessoas;
- O capítulo 7.0 conta como a mobilidade envolve as Redes Sociais.
- O capítulo 8.0 traz as considerações finais deste trabalho e a sugestão para
trabalhos futuros.
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2.0 REDES SOCIAIS
Com o desenvolvimento das ferramentas tecnológicas, principalmente aquelas
promovidas pelo advento da Internet, emergem em nossa sociedade novas
formas de relação, comunicação e organização das atividades humanas, entre
elas, merecem destaque o estudo de redes sociais virtuais. As redes sociais
apoiadas por computadores utilizam-se de diferentes recursos, entre eles: e-
mails, fóruns, listas de discussão, sistemas de boletins eletrônicos (BBSs), grupos
de notícias, Chats, Softwares Sociais como Orkut, Facebook e etc.
A formação de redes de interação vem atingindo as mais diversas esferas e
campos de conhecimento, desde o plano econômico, científico, cultural etc. No
campo econômico, a exploração do nicho social networking passa a ser alvo de
interesse de empresas que estão vendo no ramo das redes sociais virtuais um
amplo espaço para negociação de produtos e serviços e, enxergando também, o
potencial de relacionamentos estabelecidos nas comunidades como forte capital
social da atualidade.
Além disso, a comunicação em rede tem sido explorada como instrumento de
ativação de movimentos sociais e culturais como a luta dos direitos humanos,
feministas, ambientalistas, etc. Na educação, a participação em comunidades
virtuais de debate e argumentação encontra um campo fértil a ser explorado.
Através dessa complexidade de funções, percebe-se que as redes sociais virtuais
são canais de grande fluxo na circulação de informação, vínculos, valores e
discursos sociais, que vem ampliando, delimitando e mesclando territórios. Entre
desconfiados e entusiásticos, o fato é que as redes sociais virtuais são convites
para se repensar as relações em tempos pós-modernos.
Apesar de uma grande massa não fazer parte desse mundo digital, o número de
conectados cresce a cada dia e a participação em comunidades virtuais tem se
tornado um hábito no cotidiano dos internautas. A expressão comunidade virtual
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passa a ser popularizada através do trabalho do pesquisador americano
Rheingold (1996) e serve para designar grupos de pessoas que se relacionam no
ciberespaço através de laços sociais, onde hajam interesses compartilhados,
sentimento de comunidade e perenidade nas relações:
“[…] As comunidades virtuais são agregados sociais que surgem na (Internet), quando uma quantidade suficiente de pessoas leva adiante essas discussões públicas durante um tempo suficiente, com suficientes sentimentos humanos como para formar redes de relações pessoais no espaço cibernético […]”.
Do mesmo modo que Rheingold, o autor e cientista espanhol Castells
(2003,p.100) refere-se à comunidade virtual como:
“[…] uma nova forma de comunidade, que reuniria as pessoas on-line em torno de valores e interesses compartilhados, criando laços de apoio e amizade que poderiam se estender também à interação face a face […]”.
Ele afirma que o desenvolvimento tecnológico fornece um suporte apropriado
para a comunicação, favorecendo a desnacionalização e desestatização da
informação.
Como vimos, a interação é uma condição para que haja uma construção social
nessas redes. Entre os elementos importantes para que a relação na comunidade
virtual se mantenha encontramos a motivação, tempo disponível e envolvimento
das pessoas em torno dessas discussões, permanência, domínio técnico mínimo
para utilização dos recursos e estabelecimento de comunicação, modo contrário,
essas experiências podem assumir um caráter totalmente efêmero e
desterritorializado, visto apenas como um lugar de passagem sem qualquer
vínculo. Isto pode ser percebido em algumas listas de discussões e fóruns, onde o
fluxo de mensagens encontra sentido quando há certa assiduidade das trocas
entre os membros.
A essas formas de representação dos relacionamentos afetivos ou profissionais
dos seres humanos entre si ou entre seus agrupamentos de interesses mútuos
damos o nome de Redes Socias (definição retirada do Wikipédia,
www.wikipedia.com, acessado em 09/09/2008).
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As redes são responsáveis pelo compartilhamento de idéias entre pessoas que
possuem interesses e objetivos em comum e também valores a serem
compartilhados. Assim, um grupo de discussão é composto por indivíduos que
possuem identidades semelhantes. Essas redes sociais estão hoje instaladas
principalmente na Internet devido ao fato desta possibilitar uma aceleração e
ampla maneira das idéias serem divulgadas e da absorção de novos elementos
em busca de algo em comum.
Segundo Boyd & Ellison (2007, p. 02), redes sociais permitem que indivíduos
construam um sistema público ou semi-público dentro de um perfil delimitado
onde é possível articular uma lista de usuários que possam compartilhar essa
conexão e visualizar todas as ligações feitas pelos usuários desse sistema. A
natureza dessas conexões pode variar de site para site.
Considero Redes Sociais grandes repositórios de informações, em que milhões
de pessoas com objetivos comuns compartilham experiências de vida de maneira
colaborativa e espontânea.
Falando um pouquinho de história das Redes Sociais, ainda segundo Boyd &
Ellison (2007, p.4), a primeira Rede Social reconhecível foi lançada em 1997,
“SixDegrees.com”, permitindo aos usuários criar perfis, definir lista de amigos e,
no início de 1998, navegar pelo perfil de todos os amigos conectados. Foi a
primeira rede social que juntou funcionalidades que permitiam ligar e enviar
mensagens a outras pessoas conectadas, atraindo assim milhões de usuários.
Apesar dessa grande popularidade alcançada, “SixDegrees” não conseguiu
tornar-se um negócio sustentável e, em 2000, foi fechado.
De 1997 a 2000, surgem diversos softwares sociais que funcionam como um
sistema orgânico que reúnem diversas comunidades virtuais.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 32
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Um exemplo brasileiro que deu certo é o www.peabirus.com.br. Criado no começo
dos anos 2000, o Peabirus é aberto à inserção de códigos na suas páginas.
Estimula a utilização de ferramentas que a Web 2.0 disponibiliza para que os
usuários tenham mais produtividade e competitividade na realização dos seus
projetos.
O modelo de negócios do Peabirus lhe dá permissão para conectar-se de forma
livre com usuários de outros ambientes virtuais, compartilhando informações e
opiniões.
Figura 1 - Tela de entrada do Peabirus acessado em 13/10/2009
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 33
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Os softwares sociais possibilitam o encontro de pessoas que tenham interesses
similares e múltiplas visões, facilitando o estabelecimento da comunicação e
ampliando as atividades de cooperação e reconhecimento do outro, o que implica
numa mobilização coletiva, conforme nos mostra Lévy (1999, p. 30):
“[...] Na era do conhecimento, deixar de reconhecer o outro em sua inteligência é recusar-lhe sua verdadeira identidade social, é alimentar seu ressentimento e sua hostilidade, sua humilhação, a frustração de onde surge a violência. Em contrapartida, quando valorizamos o outro de acordo com o leque variado de seus saberes, permitimos que se identifique de um modo novo e positivo, contribuímos para mobilizá-lo, para desenvolver nele sentimentos de reconhecimento que facilitarão, conseqüentemente, a implicação subjetiva de outras pessoas em projetos coletivos[...].”
Os softwares sociais são programas que funcionam como mediadores sociais e
que favorecem a criação de redes de relacionamentos através de espaços onde o
usuário pode juntar pessoas do seu círculo de relacionamentos, conhecer outras
que compartilhem os mesmos interesses e discutir temas variados, construindo
diferentes elos entre os “eus” privado e público. Vale salientar que estes canais de
comunicação e seus suportes tecnológicos, embora necessários para o
funcionamento das trocas comunicativas, não podem ser confundidos como
sendo a própria comunidade virtual.
Esses softwares sociais funcionam a partir do cadastramento de um usuário que
convida amigos ou outros usuários para participarem; esses, por sua vez, fazem o
mesmo e, assim por diante, formando uma rede de conhecidos entre si. Alguns
desses sites só aceitam novos associados mediante indicação, outros cobram
pela utilização de alguns serviços. Cada software destes desenvolve recursos e
serviços diferentes para formar suas redes segundo objetivos específicos. A
grande parte destes ambientes emprega recursos como: pequeno blog onde pode
deixar impressões pessoais, álbum de fotos, galeria de amigos, comunidades das
quais o usuário pertence, correio, fóruns, destaque para os aniversariantes do
mês na página inicial, alguns se utilizam de ferramentas de utilização síncronas
como identificador de quem está conectado naquele momento, com possibilidade
de trocas de mensagens instantâneas, etc.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 34
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Nesta minha pesquisa realizei um mapeamento dos softwares sociais mais
utilizados no mundo, e tabelei 50 deles com informações de origem, ao que se
destinam, quantidade de membros e url, como mostrado abaixo:
Tabela 1 – Relação dos Softwares Sociais
NOME PAÍSES DESCRIÇÃO/FOCO MEMBROS URL
Adoos Espanha Classificados em geral para vários países.
5.000.000 www.adoos.com
Amiguinhos Portugal Rede de amizades e relações amorosas com chat online
30.000 www.amiguinhos.com
CarDomain EUA Entusiastas de automobilismo
2.000.000 www.cardomain.com
Care2 EUA Vida verde a ativismo 9.000.000 www.care2.com
Classmates EUA Colégio, Faculdade, trabalho e serviço militar.
40.000.000 www.classmates.com
Colegas Brasil Rede social para encontro de colegas e ex-colegas de turma
46.540 www.colegas.com.br
Cyworld Coréia do
Sul
Rede social aberta para Coréia do Sul, Japão, China, EUA, Tailândia e Vietnã.
15.000.000 www.cyworld.com
Dodgeball EUA Rede social baseada em celulares.
1.000.000 www.dodgeball.com
Doostang EUA Rede Social Profissional 53.000 www.doostang.com
Draugiem.lv Letônia Relacionamentos 2.390.000 www.draugiem.lv
ebaH Brasil Rede social acadêmica 100.000 www.ebah.com.br
Ecademy EUA Rede Social Negócios 1.000.000 www.ecademy.com
Facebook EUA Maior rede social de estudantes nos EUA
85.000.000 www.facebook.com
Familiaridade Brasil Rede social familiar, criação de árvores genealógicas virtuais.
370.000 www.familiaridade.com.br
Flickr Canadá Compartilhamento de fotografias
4.000.000 www.flickr.com
Friendster EUA Rede Social para maiores de 18 anos
85.000.000 www.friendster.com
Frühstückstreff Alemanha Rede Social que promove encontros em cafés ou restaurante
13.000 www.Frühstückstreff.de
GoPets EUA Bichos de estimação virtuais
400.000 www.gopets.com
Graduates EUA Colégios, faculdades e 800.000 www.graduates.com
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trabalho.
Grono Polônia Rede social polonesa 830.000 www.grono.net
Hi5 EUA Rede Social de interesses gerais
50.000.000 www.hi5.com
Hyves Holanda Rede Social holandesa 7.000.000 www.hyves.net
iWiW Hungria Rede Social húngara 1.500.000 www.iwiw.net
Last.fm Inglaterra Rede social voltada para a música.
21.000.000 www.lastfm.com
LDS LinkUp EUA
Rede social da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias(Mórmons).
1.000.000 www.ldslinkup.com
LinkChefs Brasil Rede social gastronômica.
600.000 www.linkchefs.com.br
LinkedIn EUA Rede Social para busca de colegas e ex-colegas de profissão.
25.000.000 www.linkedin.com
LiveJournal EUA Rede Social de noticias 16.000.000 www.livejournal.com
LunarStorm Suécia Rede Social sueca 1.200.000 www.lunarstorm.se
MEETin EUA Rede Social de negócios 105.000 www.meetin.org
Meetlisten EUA Rede social com foco em música
80.000 www.meetlisten.com
MeusParentes Alemanha
Rede Social familiar, especializada em construção de Árvores Genealógicas.
30.000.000 www.meusparentes.com.br
Mingle Portugal Rede Social portuguesa 40.000.000 www.mingle.pt
Mixi Japão Rede Social japonesa 10.000.000 www.mixi.com.cn
Mixme Brasil Rede Social com foco em musica
34.000 www.mixme.com.br
MOG EUA Rede Social foco em musica
2.000.000 www.mog.com
Mugshot EUA Rede social focada em fotografias
1.000.000 www.mugshot.org
Multiply EUA Rede social para fotos e mídias digital
9.000.000 www.multiply.com
MySpace EUA Rede social completa com foco em musica
130.000.000 www.myspace.com
Netlog Bélgica Jovens europeus (14-24) 36.000.000 www.netlog.com
Orkut EUA Filiado ao Google 60.000.000 www.orkut.com
Piczo Canadá Adolescentes canadenses
10.000.000 www.piczo.com
Playahead Suécia Adolescentes Suecos 540.000 www.playahead.com
Rediff Connexions India Rede Social da Índia 1.400.000 www.conexions.rediff.com
Reunion EUA Localização de Amigos e Família
48.000.000 www.reunion.com
Via6 Brasil Rede Social Profissional 360.000 www.via6.com.br
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WAYN Inglaterra Viagens & Estilo de Vida
13.000.000 www.wayn.com
Windows Live Spaces
EUA Rede Social do Messenger
30.000.000 www.spaces.live.com
XING Alemanha Rede Social para negócios
6.000.000 www.xing.com
Yahoo! 360° EUA Rede Social ligada ao Yahoo
4.800.000 www.yahoo360.com
Yatta! Brasil Rede social com localizador
150.000 www.yatta.com.br
Fonte: Sites das Redes Sociais na Internet , acessado em 15/08/2008.
Da tabela supra, realizei a seguinte análise representada pelos gráficos abaixo:
Tabela 2 – Gráfico das Redes Sociais por Origem
Por Origem
Canadá9%
Suécia3%
Portugal7%
Inglaterra7%
Alemanha5%
EUA41%
Brasil16%
Outros :Bélgica
Coréia do SulEspanhaHolandaHungria
IndiaJapãoLetônia
Polônia 12%
Note que a maior concentração de softwares sociais tem como origem os Estados
Unidos da América, mas isso não significa que os norte-americanos são os
maiores usuários de softwares sociais do mundo. Veja como exemplo o Orkut,
onde o índice de acesso é predominantemente de brasileiros.
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Figura 2 - Dados Demográficos do Orkut acessado em 16/03/2009
Tabela 3 – Gráfico das Redes Sociais por Assunto
Por Assunto
4%
29%
9%18%
11%
13%
16%
Profissional Relacionamentos Musicas Fotos/Blogs Negócios Acadêmicas Outras
No gráfico acima observamos que o interesse dos usuários de softwares sociais
ainda é por relacionamentos (social networking), mas, devemos considerar que o
interesse profissional ou por negócios possuem uma fatia de bastante relevância.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 38
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Tabela 4 – Gráfico das Redes Sociais por Nro. Membr os
Por Nro. Membros
14%
24%
55%
5% 2%
Até 100 mil Até 1 milhão Até 50 milhões Até 100 milhões Acima de 100 milhões
Observe que a maioria das Redes Sociais tem um número relevante de membros
(até 50 milhões), o que torna as Redes Sociais uma fonte de informações que não
pode ser deixada de lado.
Desta amostra, resolvi escolher e aprofundar minha pesquisa em 3 das mais
populares redes sociais (softwares sociais) do mundo: o Orkut , o Facebook e o
Linkedin.
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Figura 3 - Dados comparativos do Google Trends acessado em 19/03/2009
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2.1 ORKUT
O Orkut foi lançado em 22 de Janeiro de 2004, tendo como autor o Engenheiro da
Computação turco, Orkut BuyüKKoKten. O Orkut (www.orkut.com) é mais um dos
aplicativos da gama variada de softwares pertencentes ao Google; pode também
considerar-se como mais uma das ferramentas da web 2.0, por permitir a criação
e edição da informação por parte dos utilizadores de forma fácil e simples.
O Orkut é um software social que tem como objetivo principal a criação de uma
rede social ou comunidade virtual.
Através do Orkut pode-se criar um perfil, adicionar referências pessoais, inserir
fotografias, adicionar amigos, participar em comunidades (como moderador ou
participante), enviar recados para os amigos, escrever depoimentos, obter
informações através dos dispositivos de busca, fóruns e comunidades, realizar
surveys com os participantes, entre muitas outras possibilidades.
Na página de entrada do Orkut surgem os seguintes atributos associados à
ferramenta: Conectar com amigos e a família usando mensagens instantâneas;
Descobrir novas pessoas através da lista dos seus amigos e através das
comunidades; Compartilhar seus vídeos, imagens tudo no mesmo lugar.
O layout da página de perfil do autor deste trabalho pode ser visto na figura 4.
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Figura 4 - Perfil de um utilizador no Orkut
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2.2 FACEBOOK
Mark Zuckerberg fundou o Facebook em fevereiro de 2004, enquanto freqüentava
a Universidade de Harvard, com o apoio de dois amigos. Até o final do mês, mais
da metade dos estudantes não-graduados em Harvard foi registrada no serviço. A
promoção do site foi expandida à Universidade de Stanford, Columbia e Yale.
Esta expansão continuou mais e mais, e no final do ano letivo, Mark reuniu uma
turma e se mudaram para Palo Alto, Califórnia onde alugaram uma casa perto da
Universidade de Stanford e se juntaram a Adam D’Angelo e Sean Parker.
Muitos milionários levam toda uma vida para construir fortuna, mas para
Zuckerberg e sua turma foram necessários apenas quatro anos. Zuckerberg
ocupa o 785º lugar da lista estabelecida pela revista financeira americana Forbes
das pessoas mais ricas do mundo.
O Facebook é uma rede social que reúne pessoas a seus amigos e àqueles com
quem trabalham, estudam e convivem. As pessoas participam do Facebook para
manter contato com seus amigos, carregar um número ilimitado de fotos,
compartilharem links e vídeos e aprender mais sobre as pessoas que conhecem.
Tudo que é necessário para participar do Facebook é ter um e-mail válido. Para
se conectar a colegas de trabalho ou colegas de classe, use seu e-mail do colégio
ou trabalho ao cadastrar-se. Uma vez cadastrado participe da rede de sua região
para se conectar com pessoas perto de você.
O Facebook é constituído de muitas redes, cada uma baseada em volta de uma
empresa, localização, ou escola. Participe de redes que reflitam as comunidades
da sua vida real para saber mais sobre as pessoas que trabalham, vivem, ou
estudam perto de você.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 44
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A plataforma do Facebook permite qualquer um, em qualquer lugar, a construir
aplicativos completos que você pode escolher para usar. As possibilidades não
tem fim. Defina sua experiência no Facebook escolhendo aplicativos que são
úteis e relevantes para o seu mundo.
No Facebook, as pessoas têm o controle sobre como e quem pode ver suas
informações. As pessoas só podem ver os perfis de amigos aceitos e de pessoas
de suas redes. Você pode usar opções de privacidade a qualquer momento para
controlar quem pode ver o quê no seu Facebook.
O layout da página de perfil do autor deste trabalho pode ser visto na figura 5.
Figura 5 - Perfil de um utilizador no Facebook
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2.3 LINKEDIN
Linkedin é uma rede de negócios fundada em Dezembro de 2002 e lançada em
Maio de 2003, principalmente utilizada por profissionais. Em Novembro de 2007,
ela tinha mais de 16 milhões de usuários registrados, abrangendo 150 indústrias e
mais de 400 regiões econômicas.
Criado pelo americano Reid Hoffman, que já possuía experiência no ramo de
ferramentas na internet com o PayPal - sistema de e-commerce que permite a
transferência de dinheiro ou pagamentos através da internet. Além de possibilitar
reunir seus contatos profissionais, o Linkedin possui um banco de dados enorme
que permite a identificação das empresas em que você trabalhou (apresentando
dados como número de funcionários e localização da sede), funções
desempenhadas e o período de cada uma delas. Sua faculdade estará disponível
em uma enorme lista de universidades de todo o mundo. Seus colegas,
fornecedores ou clientes estarão conectados a você e também poderão dar
recomendações sobre o seu trabalho.
Outro recurso muito interessante disponível no Linkedin (e que aparentemente
funciona muito bem) é uma seção de perguntas e respostas na qual os próprios
usuários do site fazem perguntas sobre melhorias no ambiente de trabalho. Há
cerca de 20 categorias para fazer os questionamentos: dicas para aplicar um
processo novo na empresa, práticas de sustentabilidade, treinamentos,
recrutamento, finanças, etc. Assim que você fizer sua pergunta, outras pessoas
poderão vê-la e responder com sugestões para sua dúvida.
O layout da página de perfil do autor deste trabalho pode ser visto na figura 6.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 46
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Figura 6 - Perfil de um utilizador no Linkedin
As organizações estão tentando entender porque milhões de pessoas estão
acessando as Redes Sociais, pois esse espaço de interação total pode gerar
experiências positivas ou negativas.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 47
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Por meio das redes sociais, é possível chegar a um público segmentado,
agrupado de maneira que jamais conseguisse chegar até pouco tempo atrás.
As companhias precisam se posicionar no meio dessa imensa praça pública para
saber o que estão falando delas por aí.
De acordo com Chan (2005, p.4):
“[...] para vencer no futuro, as empresas devem parar de competir umas com as outras. A única maneira de superar os concorrentes é não mais tentar superar os concorrentes. [...]”
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3.0 SAC 2.0 – AS EMPRESAS UTILIZANDO AS REDES SOCIAIS COMO SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR
A Web se tornou uma espécie de “SAC 2.0”, onde os internautas se ajudam entre
si para aprender, ensinar e emitir opinião à respeito de produtos e serviços.
E nas empresas isso não é diferente, elas também estão cada vez mais atentas
aos seus consumidores por vários meios de contato, proporcionados pelo uso da
internet. Seja através de e-mails, chats, instant messengers ou até mesmo nas
Redes Sociais.
A idéia é estar cada dia mais próximo de seus consumidores e de preferência sob
o mesmo meio de comunicação utilizado por eles. A comunicação textual passou
a ser tão utilizada quanto a oral em se tratando de um Serviços de Atendimento
ao Consumidor.
Atualmente, grande parte dos problemas dos consumidores está ligada à
insatisfação com produtos e/ou serviços e podemos encontrar feedbacks desses
consumidores nas redes sociais. São frustrações com produtos, problemas com
atendimentos, serviços de má qualidade, tudo exposto para que todos tenham
conhecimento.
Hoje, os consumidores encontram nas Redes Sociais, ressonância para os seus
problemas atraindo e motivando outros a compartilharem os mesmos problemas
e, assim, aumentarem a escala de propagação negativa e/ou positivas das
marcas.
Um exemplo brasileiro é o site Reclame aqui (www.reclameaqui.com.br) que tem
uma proposta simples e útil. O site recebe as reclamações contra empresas
brasileiras e entra em contato com elas para que as mesmas tenham o direito de
resposta publicada no site. Segundo informações extraídas do próprio site, se as
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empresas procuradas não se pronunciarem, eles poderão divulgar a reclamação
na mídia impressa e encaminhar para as autoridades competentes que possam
colaborar na defesa do consumidor.
Acessando a página principal do site, você encontrará 2 rankings de reclamações,
o primeiro mostra as empresas que mais receberam reclamações e que se
manifestaram, e o outro mostra as empresas que receberam reclamações e não
responderam. Segundo o ranking, a TIM respondeu 99,6% das reclamações, o
que mostra que a empresa pode ser a empresa que recebe mais reclamações,
mas está atenta aos fatos e procurando atender aos seus usuários. Já a Vivo, é a
empresa que menos respondeu as reclamações e fica na lanterna do ranking com
apenas 37,9% das respostas publicadas.
É a velha máxima: “se está satisfeito fale para 1 amigo, se está insatisfeito fale
para 100 amigos”, agora em versão on-line.
Algumas empresas como por exemplo, a Volkswagen, a Nestlé, e o Boticário
passaram a monitorar as Redes Sociais, aproveitando com inteligência todas as
informações referentes ao seu universo, preparando-se e antecipando as
soluções aos problemas dos seus clientes, obtendo satisfação e ganho de
imagem de forma ágil e efetiva.
Segundo Vaz (2008, p.219):
“[...] a empresa pode descobrir a quantas anda a percepção de sua marca e de suas ações na mente do consumidor, conseguindo, assim, resolver os problemas na fonte. Um SAC que adivinhe o que o consumidor precisa, monitorando suas opiniões mais descompromissadas [...]”.
O objetivo é detectar os comentários positivos ou negativos publicados nas
comunidades espalhadas em várias redes sociais, rastreando a reputação de sua
marca ou do seu produto e, conseqüentemente, antecipar as ações lançando no
mesmo meio, soluções aos problemas ou potencialização dos comentários
positivos.
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Além do ganho em agilidade de absorção dos problemas e proposição das
soluções, as empresas podem alimentar outros departamentos tais como
marketing, pesquisa e desenvolvimento, recrutamento e seleção com novas idéias
extraídas desse meio.
Nas próximas páginas, mostrarei alguns casos de empresas que estão se
utilizando das redes sociais para atender aos consumidores.
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3.1 VOLKSWAGEN MONITORA REDES SOCIAIS PREOCUPADA COM OPINIÃO DOS INTERNAUTAS
Segundo Info Corporate (2008), a Volkswagen vem monitorando as Redes
Sociais, blogs e fóruns especializados, para descobrir o que os consumidores
estão falando sobre a sua marca.
A empresa conta com os serviços de monitoramento fornecidos por uma empresa
especializada em comunicação em mídias sociais e acompanha quase tudo o que
é falado sobre os seus produtos nas Redes.
De acordo com Zola, gerente de web marketing da Volkswagen é fundamental
acompanhar o que é falado a respeito da marca Volkswagen na internet, porque
60% das pessoas que compram um carro zero-quilômetro fazem antes uma
consulta na web.
Com o apoio da Dialeto, empresa que fornece o software SocialMonitor, os
usuários ficam sabendo o que acontece nas redes, acompanhados de
comentários e dos respectivos links de origem.
No episódio do problema no rebatimento do banco traseiro do Fox, que decepou
os dedos de proprietários da marca, o monitoramento das Redes Sociais foi
fundamental, uma vez que as informações apresentadas nesses meios são
atualizadas quase que em tempo real e 24 horas por dia. A Volks utilizou sua
Central de Atendimento ao Consumidor – CAC para transmitir um Comunicado
Oficial onde a montadora esclarecia aos consumidores todas as providências que
estavam sendo tomadas para sanar tal problema.
Isso evitou alguns comentários mais ácidos, uma vez que os consumidores e
usuários das Redes Sociais sentiram que havia um comprometimento da
Volkswagen, uma vez que ela se reportava publicamente.
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O assunto foi citado em mais de 60 blogs, 135 tópicos de discussão do Orkut e
mais de 200 mil visualizações em diversos vídeos relacionados.
Vejas alguns posts interessantes deste caso que selecionei:
- Blogs :
Afiliaweb: Estão falando bem (e mal) de você. Junte-se a eles 17 nov. 2008 de [email protected] (Marcio Keppler) Um exemplo é o da montadora Volkswagen , que teve problemas com o modelo Fox . Um defeito na expansão do porta-malas do veículo decepou o dedo de oito usuários. Até comunidades sarcásticas, do tipo 'Lula perdeu o dedo num Fox ', ... http://afiliaweb.blogspot.com/ Acesso em 17/11/2008.
Volkswagen admite problema em motores 1.0 - Carros: automóveis ... 27 out. 2009 de ucavalcante Estava com a compra de um Fox 'fechada' na Recreio Veículos, concessionario VW do Rio, quando surgiu a noticia do banco traseiro de decepa dedos . Apos assistir a um engenheiro da VW, falando com forte sotaque alemão, ... http://carros.wordpress.zap.com.br/ Acesso em 27/10/2009.
QUATRO RODAS - VW se retrata quanto a notificação enviada a blog 29 abr. 2009 VW se retrata quanto a notificação enviada a blog. Por Marcio Ishikawa | 29/04/2009. Empresa reconhece engano e ressalta respeito à liberdade de expressão do designer. A assessoria de imprensa da Volkswagen comunicou que a notificação ... http://quatrorodas.abril.com.br/ Acesso em 29/04/2009. volkswagen se retrata de notificação enviada a blogueiro 1 maio 2009 de Largartixa a volkswagen informou hoje (30), por meio de sua assessoria, que houve um “engano” na notificação extra-judicial enviada ao designer edu oliveira, proprietário do blog irmão do décio - famoso por suas belas criações de veículos antigos ... http://blogdolargartixa.blogspot.com/ Acesso em 01/05/2009. vw se retrata quanto a notificação 29 abr. 2009 de Diego Assunção incrivelmente a vw falou que as 25 páginas de uma notificação extra-judicial enviado ao edu oliveira, conforme falamos, tratou-se de um engano. será? acho que o erro mesmo foi em achar que todo mundo ia aceitar tal atitude calado. ... http://anunciautos.com.br/blog/ Acesso em 29/04/2009.
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Compacto Fox : VW deverá ser obrigada realizar recall. « Estratégia ... 1 abr. 2008 de Andrey Cocati Filed under: automóveis, consumidor | Tags: caso compacto Fox, caso Fox, caso VW, departamento de proteção e defesa do consumidor, do Ministério da Justiça, dpdc, Fox decepa dedo consumidor, guilhotina do Fox, ... http://estrategiaempresarial.wordpress.com/ Acesso em 01/04/2008 Different Thinker - Mario Amaya: Mais sobre a VW 16 jun. 2008 de Mario Um carro decepa dedos quando a pessoa tenta afastar o banco traseiro, e a mídia grande faz de conta que não é com ela. Os casos de mutilação causados pelo VW Fox mostram que os meios de comunicação e o “mercado” dão mais ... http://marioav.blogspot.com/ Acesso em 16/06/2008.
Zona de Risco: Perigo oculto no banco traseiro do Fox 12 fev. 2008 de ACCA "Não achei a alça e puxei a trava do encosto, ela prendeu meu dedo e o banco despencou, decepando o dedo da mão direita. Tudo numa fração de segundos", diz Gustavo. Após duas cirurgias e sessões de fisioterapia, ele ainda sofre com dores e tem .... A instalação de um anel de borracha é a solução escolhida pela Volkswagen para acabar com o problema envolvendo o rebatimento do banco traseiro do Fox . A fábrica disponibiliza a partir do dia 11 de fevereiro, na sua rede de ... http://zonaderisco.blogspot.com/ Acesso em 12/02/2008.
- ORKUT: Destaco abaixo 3 comunidades do Orkut que discuti ram sobre o tema na ocasião:
VOLKSWAGEN Categoria: Automotivo (35.869) Local: Brasil Volkswagen - Você Conhece Você Confia. Comunidade Destinada a Todos Os Proprietários e Admirados Dos Carros Produzidos Pela Volkswagen.
VW - VOLKSWAGEN Categoria: Automotivo (22.522) Local: Brasil SEJAM BEM VINDOS A COMUNIDADE DA VOLKSWAGEN DESTINADA AOS PROPRIETÁRIOS E ADMIRADORES DOS CARROS FABRICADOS PELA VOLKSWAGEN.
Volkswagen do Brasil Categoria: Automotivo (13.359) Local: Brasil Para donos e admiradores de carros da marca Volkswagen. Entre e troque idéias e dicas sobre os modelos da marca.
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- Youtube : A repercussão foi grande no Youtube também, veja os destaques abaixo:
Volkswagen Fox decepa dedo dos motoristas - Alborgh etti VW Versão brasileira do VW Fox apresenta dispositivo mal feito que decepa os dedos dos motoristas. Dispositivo para rebater banco traseiro é uma ... 1 ano atrás 13404 exibições Acesso em 05/11/2009. VW Fox: Carro guilhotina decepa dedos de motoristas no banco A Volkswagem mais uma vez mostra sua falta de respeito e consideração com o mercado terceiro mundista brasileiro, oferecendo um modelo de veículo ... 1 ano atrás 32753 exibições Acesso em 05/11/2009. VW Fox cut off driver's fingers! Must see this! Vol kswagen Discussion about sucker VW Fox : www.suckercars.com As a traditional vw , some recalls have been issued to this vw fox , to repair the hood lock that ... 1 ano atrás 42860 exibições Acesso em 05/11/2009. Analisando alguns dos posts acima, nota-se que o consumidor está cada vez
mais exigente e não fica mais calado diante de nenhum problema. A Volkswagen
foi atrás das mídias sociais para se retratar, mas, ainda assim houve muitos
comentários negativos sobre a marca.
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3.2 NESTLÉ CEDE A PEDIDOS DE COMUNIDADE NO ORKUT
De acordo com Zmoginski (2008), milhares de consumidores do Nescau
tradicional, sabor que está nas prateleiras desde 1932, organizaram algumas
comunidades no Orkut, como “Queremos o Nescau tradicional” ou “Volta, Nescau
Tradicional” reclamando da substituição do produto por novas versões como
Nescau Light, Nescau 2.0, Nescau Power.
Este fato ganhou proporções tão grandes que a própria Nestlé, em nota publicada
por e-mail e encaminhada para essas comunidades, decidiu mudar a estratégia e
colocar novamente nas prateleiras e nas casas desses consumidores o tão
aclamado “Nescau, sabor tradicional”.
Abaixo resposta da Nestlé a uma das comunidades, o que prova a força deste
tipo de mídia e o comprometimento da empresa com os consumidores agora
também virtuais.
Figura 7 – Resposta da Nestlé publicada em uma comunidade do Orkut
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3.3 O BOTICÁRIO TAMBÉM SE PREOCUPA COM AS REDES SOCIAIS
Segundo Naime (2008), uma das maiores empresas de cosméticos do Brasil, “O
Boticário”, percebendo um aumento de 40% no número de e-mails recebidos pelo
seu SAC, decidiu voltar sua atenção para a internet, mais especificamente para
as Redes Sociais.
Para tanto, contratou uma empresa especializada em mídias sociais para mapear
todas as comunidades virtuais que se relacionavam com seus produtos ou sua
marca.
Eis que surgiram algumas comunidades, entre elas, no Orkut a comunidade
“Órfãos do One of Us”, um perfume que já havia saído de linha.
Foi então que a gestora do SAC, Ana Júlia Baumel, de posse do e-mail do
moderador desta comunidade, entrou em contato e explicou o real motivo da
retirada do produto do mercado.
A ação foi tão bem vista pelo moderador da comunidade que o mesmo publicou a
explicação de Ana Júlia, o que gerou comentários positivos dos outros
participantes.
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Figura 8 – Resposta do Boticário publicada em uma comunidade do Orkut
Desde então, O Boticário rastreia o Orkut e outras Redes Sociais atrás de
questões ou reclamações sobre a marca e seus produtos.
Ainda segundo Ana Júlia, os consumidores modernos querem que a empresa
crie, produza, espalhe, participe. Isso fez com que a empresa percebesse que
precisava interagir e criou uma nova cultura internamente.
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3.4 ORKUT, A NOVA “OUVIDORIA” DAS EMPRESAS
Segundo Carpanez (2008), podemos identificar que muitas empresas já estão
considerando as Redes Sociais como uma extensão do seu SAC – Serviço de
Atendimento ao Consumidor.
Isso indica que a grande quantidade de comunidades de “Eu amo...” ou “Eu
odeio...” das Redes Sociais podem gerar sugestões ou reclamações para essas
companhias que colocam seus representantes à disposição para explicações e
esclarecimentos.
Segundo Wagner Fontoura, da agência Riot: -"O Orkut não é mais visto como um
fórum de 'miguxos' e desocupados, mas sim como um espaço importante que
oferece oportunidades para as empresas interagirem com seus consumidores. A
questão é como fazer essa abordagem de uma maneira eficiente".
Compartilha de mesma opinião, Guilherme Rios, da agência e.Life: - "Esses sites
funcionam como um grande celeiro de informações. A questão é como fazer essa
abordagem de uma maneira que não pareça intrometida."
Ainda segundo Wagner Fontoura: - "Para ter sucesso é importante se apresentar
de cara limpa, deixando claro que aquele usuário representa uma marca".
Para Fabio Boucinhas, diretor de produto do Yahoo!, o essencial é não
subestimar a inteligência do internauta, comunicando-se com ele de forma
transparente.
E o trabalho não para por aí, as companhias que monitoram as Redes Sociais
devem suar a camisa para construir sua imagem, sendo transparentes e
dialogando com os membros das comunidades.
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A Coca-Cola, O Boticário e a Volkswagen, são empresas que acompanham de
perto as movimentações dos consumidores nas Redes Sociais e aprenderam a
lidar com esse novo formato SAC.
Figura 9 – Exemplos de comunidades do Orkut para suporte ou ouvidoria de clientes
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3.5 AS REDES SOCIAIS VIRARAM SAC’S DOCUMENTADOS
De acordo com Machado (2008), o CEO da e.Life, Alexandre Barbosa Lima afirma
que o Orkut e outras redes sociais têm muito a dizer sobre as empresas.
Barbosa Lima ainda destaca que uma das principais mudanças trazidas pelas
redes sociais para os negócios é que o boca-a-boca passa a ser documentado.
Para ele, as empresas precisam aprender muito com as comunidades que falam
mal ou falam bem de sua marca ou de seus produtos.
Segundo Barbosa Lima, uma parcela entre 6% e 20% do boca-a-boca pode ser
medida usando as comunidades e outros recursos da web 2.0. Um bom indicador
é o número de membros dessas comunidades, ou ainda o número de posts sobre
um determinado assunto.
Barbosa Lima cita casos de empresas que já estão fazendo o que ele chama de
SAC 2.0, ou seja, o serviço de atendimento ao consumidor baseado em Redes
Sociais, observando o que dizem os consumidores nesses ambientes e ajustando
seus produtos ou suas formas de comunicação.
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4.0 MKT 2.0 – USANDO AS REDES SOCIAIS COMO PROPAGANDA DIGITAL
Com a explosão da WEB 2.0, uma nova fase no marketing on-line vem
transformando conceitos sobre produtos e realizando verdadeiras proezas que
precisariam de anos em uma campanha de marketing convencional.
Acredito que o e-mail como ferramenta de marketing está com os dias contados.
Segundo o instituto de pesquisas americano PEW Internet & American Life
Project (2004), somente 14% dos jovens que navegam na internet usam e-mail
com freqüência.
A maioria deles prefere se comunicar por scraps em redes sociais (além das
ferramentas de mensagens instantâneas). E só criam contas de e-mail porque em
muitos serviços, na hora do cadastramento, o mesmo é mandatório.
O comportamento dos internautas tem mudado muito nos últimos tempos, e com
isso está cada vez mais difícil captar a atenção da audiência on-line com
campanhas tradicionais que estão cada dia mais caras e produzindo resultados
nem sempre satisfatórios.
O Marketing 2.0, por sua natureza viral, veio para produzir resultados melhores a
custos menores e integrar-se com as redes sociais, blogs, widgets/gadgets e
outras ferramentas da web 2.0.
É uma nova roupagem do velho e bom “boca-a-boca”, só que agora digital e on-
line, se espalhando de modo simples, mas eficiente de scrap em scrap, de blog
em blog na velocidade meteórica da web.
Nas próximas páginas, mostrarei alguns case de Marketing 2.0 que já se
propagaram pelas redes sociais.
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4.1 PERFIL OFICIAL DE BILL GATES NO LINKEDIN INCENTIVA JOVENS
Segundo Bassi (2008), saiu em um dos blogs de tecnologia mais respeitados do
planeta, o “Business Technology” do renomado Wall Street Journal, que após ter
desistido de ter um perfil no Facebook, o mega empresário Bill Gates agora tem
um perfil no Linkedin.
De acordo com a diretora de comunicação corporativa do Linkedin, Kay Lou, Bill
Gates é a pessoa mais procurada em toda a rede. Logo após vêm,
respectivamente, Barack Obama e Hillary Clinton.
Figura 10 - Perfil de Bill Gates no Linkedin
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Figura 11 - Perfis de Barack Obama e Hillary Clinton no Linkedin
Claro que, como exigência do próprio Gates, o Linkedin deveria deletar e não
mais permitir que “falsos Gates”, se associassem à rede social.
A idéia dos organizadores do Linkedin é a de atrair jovens profissionais que se
espelham no perfil de Gates, que se intitula especialista e filantropista.
Dono de uma das maiores fortunas do planeta, o Chairman da Microsoft, maior
empresa de informática do mundo, foi bem comedido em seu perfil.
Com essa jogada, o Linkedin espera ultrapassar a barreira dos 20 milhões de
usuários no mundo todo.
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4.2 CNBC E LINKEDIN COMPARTILHAM CONTEÚDOS
De acordo com Chakrabarty (2008), a rede CNBC, parte da General Electric,
acertou uma aliança com a rede social Linkedin, integrando as suas
funcionalidades ao web site CNBC.com, compartilhando e discutindo notícias
entre todos os profissionais cadastrados.
Serão compartilhados entre os mais de 27 milhões de profissionais cadastrados
no Linkedin, a programação, artigos e blogs do canal financeiro e, em
contrapartida os usuários da CNBC terão à sua disposição as pesquisas e os
fóruns de discussão gerados no Linkedin.
Figura 12 – Conteúdo da CNBC no Linkedin
Esse acordo encerra uma série de alianças promovidas pelo Linkedin, que conta
ainda com o peso do periódico New York Times (acordo publicitário fechado em
junho de 2008) e da revista Business Week, onde é permitido aos leitores da
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revista, saber quais membros do Linkedin estão on-line ao clicar sobre o nome de
uma companhia em qualquer artigo.
Figura 13 – Blog da revista BusinessWeek divulgando acordo com Linkedin
A estratégia é tentar desbancar a rede rival Facebook, cuja base de membros
cadastrados vai de universitários a adolescentes e profissionais corporativos.
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4.3 FACEBOOK E NYTIMES TAMBÉM FECHAM ALIANÇA
Deixando de lado o preconceito de que as redes sociais são compostas apenas
de amadores, o New York Times acertou uma integração com o Facebook que
foge da tradicional estratégia de simplesmente montar uma comunidade do jornal
dentro da rede social.
Segundo Dória (2008), foram criadas páginas dedicadas aos principais jornalistas
do periódico, onde você pode seguir e se tornar fã de cada um deles.
Figura 14 - Perfis de jornalistas do NYTimes no Facebook
É uma espécie de Twitter, antes mesmo do próprio Twitter ser lançado. Você
segue o jornalista e não apenas a matéria publicada, conversa diretamente com
ele, envia sugestões e recebe os posts que ele publica no jornal.
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Segundo a diretora de relações públicas do jornal, Stacy Green, em entrevista ao
site de mídias digitais Poynter, a estratégia foi muito bem aceita e elevou o tráfego
de visitantes no site NYTimes.com.
Para o Facebook, a estratégia deve continuar, já que a comunidade do NYTimes
com mais de 12 mil pessoas recebe diariamente o conteúdo do jornal.
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4.4 VODAFONE CRIA APLICATIVO PARA FACEBOOK
Em uma tacada inovadora, a gigante das telecomunicações, Vodafone, lançou um
aplicativo dentro do Facebook, permitindo que seus usuários enviem torpedos
através da rede social.
De acordo com Ray (2008), a idéia vem dando resultados positivos, pois os
usuários preferem enviar mensagens e fotos diretamente do seu perfil no
Facebook.
Mesmo tendo um custo de 10 centavos para torpedos e 30 centavos para fotos, o
aplicativo ainda em caráter experimental, está sendo um grande sucesso e já se
fala, nos bastidores da Vodafone, da criação de um aplicativo voltado ao iPhone.
As redes móveis vêm ganhando espaço rapidamente e com a nova geração de
celulares equipados com 3g, acessar o facebook de maneira móvel já virou um
vício entre os fãs desse serviço.
Mais operadoras pensam em prover este tipo de serviços, mas enquanto
decidem, a Vodafone vai crescendo e conquistando território sendo a pioneira
nesse tipo de serviço.
Melhorar a interface e integrar a aplicação aos demais aplicativos que existem no
Facebook é o próximo desafio da Vodafone.
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4.5 VISA CRIA REDE DE NEGÓCIOS NO FACEBOOK
Na onda dos aplicativos para redes sociais, a Visa, uma das maiores
administradoras de cartões do mundo, decidiu criar o Visa Business Network
dentro do Facebook.
Segundo o site Brainstorm#9 (2008), com investimento de aproximadamente 2
milhões de dólares, o intuito é oferecer para mais de 80 milhões de usuários do
Facebook muito mais do que banners ou links patrocinados. O Visa Business
Network oferece suporte para quem tem uma pequena empresa com consultoria
de especialistas do renomado Wall Street Journal, e da não menos conhecida
revista Entrepeneur ajudando-os a melhor utilizar o seu cartão crédito, seja como
usuário, seja como empresário ou lojista.
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Figura 15 – Rede de negócios dos cartões Visa no Facebook
Esta iniciativa ainda conta com a parceria do Google que provê uma série de
aplicações para os usuários da rede, como mapas, calendário, editor de textos e
templates de planilhas e cartões de visita.
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4.6 PIZZA HUT TAMBÉM LANÇA APLICATIVO NO FACEBOOK
Conforme anunciado pelo Daily Telegraph e publicado no site “O Globo” (2008), a
Pizza Hut criou um aplicativo no Facebook, que permite aos seus membros
efetuarem seus pedidos sem saírem da rede.
Os norte-americanos que já podiam pedir por telefone, pelo site da empresa e até
por mensagens de texto via celular, agora têm uma nova opção.
Figura 16 – Aplicativo da Pizza Hut no Facebook
A Dominos, maior rival da Pizza Hut, já inovou a idéia permitindo que além de
pedir a pizza, o usuário possa acompanhar o progresso da sua entrega, minuto a
minuto, desde a preparação até a porta da sua casa.
Pena que essa facilidade ainda não está disponível para as redes brasileiras.
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4.7 O USO DAS REDES SOCIAIS NAS ELEIÇÕES AMERICANAS
As eleições americanas de 2008 foram marcadas pelo avanço da tecnologia, mais
especificamente da WEB 2.0.
De acordo com Coutinho (2008), a equipe de Obama entendeu que a WEB 2.0,
após a televisão, era o meio de comunicação mais rápido e eficiente para a
propagação de informações políticas. Isso tudo confirmado pelo mais tradicional
centro de pesquisas sobre a internet dos EUA, o PEW Internet and American Life
Project.
Daí em diante, impulsionada pelo uso do Youtube para divulgação dos debates e
pela força das campanhas via redes sociais, a equipe de Obama arrecadou 639
milhões de dólares, dos quais 50% vieram de doações via Web.
Isso possibilitou a Obama, abrir mão do financiamento público de campanha,
quebrando o protocolo político e reforçando ainda mais o seu marketing de
mudanças.
A campanha de Obama se espalhou como um vírus pela rede através de blogs,
eventos, doações, vídeos on-line ao invés de santinhos, flâmulas, adesivos que
além do menor alcance ainda tinham o custo da distribuição.
O que vemos, e podemos tirar de lição é que temos em nossas mãos,
ferramentas colaborativas e gratuitas que podem sim, mudar o rumo das coisas.
Só nos resta acreditar...
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5.0 P&D 2.0 – PESQUISA E DESENVOLVIMENTO NAS REDES SOCIAIS
Nos dias de hoje, a opinião sobre uma determinada marca ou produto é exposta
numa velocidade meteórica e se espalha ainda mais rápido pela WEB através de
vários meios, sobretudo nas Redes Sociais.
Essa imensa praça pública recheada de comunidades pode elevar uma simples e
despretensiosa opinião a uma verdade absoluta e de uma relevância muito maior
do que as propagandas que essas marcas ou produtos possam expor em seus
web sites ou em outros veículos de propagandas convencionais.
Segundo Anderson (2006, p.35), num discurso de 2005, o chairman da News
Corp, Rupert Murdoch, demonstrou que estava entre os primeiros próceres da
mídia a captar a magnitude do atual abismo entre a elite e os amadores:
“[...] Os jovens se recusam a confiar em figuras divinas que lhes dizem do alto o que é importante. Querem controlar a própria mídia, em vez de serem controlados por ela [...]”.
Monitorar essa enorme quantidade de comunidades espalhadas por dezenas de
Redes Sociais tornou-se uma prática constante das empresas que procuram
saber o que os consumidores pensam sobre seus produtos ou suas marcas.
Essa medida pode dar a velocidade necessária de defender-se sobre uma opinião
isolada e muitas vezes mal colocada ou ainda a possibilidade de criar um novo
produto que atenda aos anseios desses consumidores insatisfeitos.
Nas próximas páginas, apresento alguns cases onde esse monitoramento das
Redes Sociais já é uma realidade e traz alguns benefícios para quem já adota
essa prática.
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Hoje já existem ferramentas focadas em rastrear as redes sociais buscando
opiniões sobre as marcas e produtos. São pequenos robôs que varrem todas as
comunidades em todas as redes sociais à procura de comentários positivos ou
negativos dos consumidores.
As empresas já acordaram para a força das Redes Sociais e o grande potencial
de encontrar novas idéias para novos produtos que já saem consolidados devido
ao número de membros associados a uma comunidade que lançou a idéia.
Essa consolidação pode ser o empurrãozinho que faltava para que a empresa
tenha plena certeza de que ao lançar um determinado produto, ele será um
sucesso!
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5.1 IBOPE ESTUDA AS REDES SOCIAIS
Conforme citado pelo Blog Crônicas (2008), o IBOPE, instituto já conceituado no
segmento de pesquisas, uniu-se com a Nielsen/NetRatings, líder mundial em
mensuração do comportamento dos usuários da Internet, e lançou um produto
voltado exclusivamente para o monitoramento da Internet.
O produto apelidado de “Redes Sociais”, já está sendo utilizado por algumas
montadoras de veículos do país e obtendo resultados significativos, tais como:
- uma campanha direcionada às redes sociais, causa 500 vezes ou 49.000% mais
impactos nos usuários do que a mesma campanha direcionada apenas nos sites
das montadoras;
- 94% dos usuários que freqüentam os sites das montadoras fazem parte de
comunidades virtuais sobre a marca em redes sociais, já apenas 8% dos
membros dessas comunidades acessam o site oficial da marca;
Isso demonstra que, promovendo campanhas em redes sociais, as montadoras
conseguem uma abrangência muito maior alcançando públicos heterogêneos,
com faixas etárias distintas e até que não tinham interesse algum em sua marca.
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5.2 VW E BRADESCO INTERAGEM COM AS REDES SOCIAIS PARA INCREMENTAR OS NEGÓCIOS
Conforme ilustrado por Ferrari (2008), vejam o caso de uma grande montadora, a
Volkswagen e uma mega instituição financeira, o Bradesco e suas respectivas
experiências com as Redes Sociais.
A Volkswagen, com o caso do recall do FOX, episódio que causou transtornos à
montadora e não fosse a estratégia de espalhar a solução para o problema
identificado entre os blogs, fóruns e comunidades virtuais, certamente esse
incidente teria alcançado esferas muito maiores.
Em contrapartida, o Bradesco entrou na era da Web 2.0 e criou a comunidade “o
Banco do planeta”, para divulgar suas ações de sustentabilidade.
Um projeto que não traz resultados financeiros, mas que consolida o Bradesco
como um banco que se preocupa com as questões sócio-ambientais.
Enfim, as organizações já acordaram para os meios virtuais, e mesmo sabendo que não há lucro sobre essas ações, sabem que precisam estar lá para se posicionarem bem na opinião pública sobre suas marcas e produtos.
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5.3 GRUPO FLEURY INOVA ANALISANDO AS REDES SOCIAIS PARA DESENVOLVIMENTO INTERNO
Segundo Zaidan (2008), o grupo Fleury, atuando na análise das redes sociais,
percebeu que a interação entre seus colaboradores e membros das comunidades
lhe traria grandes idéias e, por essa razão criou a “Central de Idéias”.
Essa central, em operação há mais de 1 ano, já gerou resultados da ordem de
100 mil reais/ano, onde um colaborador sugeriu uma melhoria no processo de re-
agendamento de ultra-som.
Esse mega banco de sugestões já recebeu 1.400 indicações das quais 347 já
forma aprovadas e colocadas em uso.
Este é um típico exemplo de colaboração, e, as empresas estão começando a
visualizar esta realidade abrindo suas portas para comunidades, sejam elas
corporativas ou não.
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5.4 PESQUISAS E ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO NAS REDES SOCIAIS
Estamos cada vez mais conectados, em casa, no trabalho e até mesmo em
trânsito via celulares ou smartphones e isso tem nos aproximado cada vez mais
dos recursos da Web 2.0.
E um dos recursos mais utilizados pelos usuários de internet e que têm atraído a
atenção das empresas, são as Redes Sociais.
De acordo com Zorzato (2008), as empresas perceberam que a opinião
compartilhada dos usuários de internet tem muita força em relação a sua marca
ou seus produtos e por esse motivo têm pesquisado as diversas mídias sociais
em busca de informações, sugestões, críticas e até mesmo novas idéias que
surgem em meio aos inúmeros blogs, fóruns e comunidades virtuais espalhadas
pelas redes sociais.
Figura 17 – Comunidade no Orkut que pede a introduç ão de um novo produto da Coca-Cola no mercado
Por outro lado, os usuários de internet precisam cada vez mais entender que
essas ferramentas sociais devem ser usadas com extrema seriedade, pois as
informações ali publicadas tornar-se-ão fontes importantíssimas para outros
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usuários do meio e para as empresas, tanto do lado profissional quanto do lado
de pesquisa e desenvolvimento.
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5.5 REDES SOCIAIS CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO DE FUNCIONÁRIOS
Há ainda uma forte resistência em empresas ao uso de Redes Sociais pelos seus
funcionários, fato esse que tem caído por terra no momento em que as grandes
companhias estão entendendo que a utilização de Redes Sociais pode ser
benéfica no que tange o relacionamento entre os funcionários, a própria empresa
e até seus clientes.
Segundo o Portal Imprensa (2008), uma vez que o uso dessas ferramentas seja
liberado, e é claro, sob regras, políticas e limites de acesso, as empresas
perceberam que houve um aumento de produtividade e uma maior integração
entre os funcionários que muitas vezes nem se conheciam.
O grande desafio agora é entender como essas ferramentas funcionam e explorá-
las a fim de permitir que funcionários, clientes e empresa possam desfrutar de
meios ou aplicativos que sejam totalmente favoráveis e benéficos ao negócio que
os unem.
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6.0 R&S 2.0 – RECRUTAMENTO E SELEÇÃO NAS REDES SOCIAIS
De alguns anos para cá, muitas são as empresas que utilizam as Redes Sociais
para Recrutamento e Seleção de profissionais. É o que eu chamo aqui de R&S
2.0.
Desde o simples fato de que as pessoas cadastradas em uma rede social
possuem o mínimo de conhecimento de tecnologia exigido em qualquer empresa
nos dias atuais até mesmo, o fato dessas pessoas estarem “plugadas” nas mais
novas tendências e inovações, é o que atraem a atenção e conseqüentemente a
busca pelas áreas de recrutamento e seleção das empresas.
Algumas redes sociais foram criadas com foco profissional (caso do Linkedin e do
Via6), onde os membros cadastrados interligam-se pelas comunidades de acordo
com a natureza do seu trabalho, sua formação, seu conhecimento e até mesmo
de seus contatos profissionais.
Essas Redes Sociais trazem o perfil completo de cada membro cadastrado, sua
formação acadêmica, suas experiências de trabalho, seus conhecimentos gerais
ou específicos, muitas vezes, confirmados pelo depoimento de outros membros
que trabalham, trabalharam ou conhecem de fato o potencial desse profissional.
Para as empresas que fazem recrutamento e seleção nas redes sociais, mais do
que um simples curriculum vitae, existe uma rastreabilidade que confirma a
veracidade das informações ali postadas e ainda lhe trás informações adicionais
de quão bem qualificado é o networking do qual esse potencial candidato faz
parte.
Do lado contrário, os membros de uma Rede Social profissional, devem estar
atentos a essas oportunidades, criando um perfil real e totalmente transparente,
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mantendo suas informações atualizadas, seu networking bem qualificado e
principalmente tomar o cuidado de não manter perfis em outras redes sociais que
possam contradizer toda a imagem que você tentou passar de você mesmo.
Perfis em redes sociais devem ser únicos, devem trazer informações de uma
mesma pessoa, senão, adeus credibilidade.
Nas próximas páginas, apresento alguns cases de empresas que fazem
recrutamento e seleção nas redes sociais.
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6.1 RECRUTAMENTO DE ESPIÕES NO FACEBOOK
As Redes Sociais tornaram-se uma excelente fonte de informações sobre
pessoas. Já que ao se cadastrar em uma rede social, o usuário deve preencher
uma série de informações pessoais e profissionais, descrevendo quais os seus
pontos fortes, fracos, seus hobbies, suas habilidades, suas opiniões e seus
gostos.
Figura 18 – Comunidade do MI6 no Facebook
Até a renomada agência de Inteligência Britânica, rendeu-se as redes sociais e
segundo a matéria publicada no site da Globo em 29 de Setembro de 2008, saiu à
procura de futuros “espiões” vasculhando o Facebook.
Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, a idéia de recrutar
futuros agentes em uma rede social foi impulsionada pelo fato de se tratar de uma
ferramenta que requer um conhecimento prévio de tecnologia e abrange uma
grande parte dos usuários em uma faixa etária interessante para a função e
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também por conter informações muitas vezes detalhadas dos futuros candidatos
bem como seus interesses e relacionamentos.
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6.2 BUSCA POR EMPREGO CRESCE NAS REDES SOCIAIS
As redes sociais tornaram-se uma grande vitrine para a procura de profissionais
ou publicação de vagas de emprego.
E em época de crise, segundo artigo divulgado pela Reuters em janeiro de 2009,
as redes sociais perceberam um aumento na ordem de 25% de membros em
seus sites.
A Rede Social Linkedin, é um dos exemplos que focou seus esforços em perfis
profissionais, onde os usuários divulgam seu curriculum vitae, suas experiências
pelas empresas que passaram e até mesmo suas recomendações vindas de
outras profissionais com que ele já tenha trabalhado.
Figura 19 – Painel de ofertas de emprego no Linkedin
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Aos profissionais segue apenas um alerta, cuidado para não cair em contradição,
colocando informações extremamente sérias em uma rede social voltada para
profissionais e ao mesmo tempo, mostrar um perfil muito descontraído em outra
rede social mais informal. Isso pode não soar muito bem a quem está recrutando.
Seja você mesmo independente da natureza da rede social na qual você se afilie.
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6.3 PROCURE EMPREGO NAS REDES SOCIAIS
Segundo as grandes agências de recolocação de profissionais no mercado de
trabalho, as redes sociais são grandes meios de divulgação de oportunidades de
trabalho.
De acordo com a Reuters (2009), as relações pessoais são responsáveis por 50%
das recolocações no mercado de trabalho.
Figura 20 – Página de oferta de empregos no Via6
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Só resta aos usuários se atentarem para o fato de manter em suas páginas
pessoais um relacionamento com N pessoas não seria apenas uma maneira de
mostrar as pessoas o quanto você é popular. Se bem utilizado, esse
relacionamento amplo pode tornar-se muito proveitoso.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 101
TIDD – Tecnologia da Inteligência e Design Digital
6.4 EMPRESARIADO NACIONAL FAZ PESQUISAS NAS REDES SOCIAIS
Segundo a IT Careers (2008), as empresas nacionais têm utilizado cada vez mais
as ferramentas sociais para a divulgação de oportunidades de emprego e
conseqüentemente recrutamento e seleção de candidatos.
As empresas nacionais entenderam que a divulgação de vagas em uma rede
social pode alcançar um público pré-qualificado além de permitir através de suas
ferramentas, tais como posts, chats on-line e propagandas digitais uma pré-
seleção dos perfis procurados com custos bem mais reduzidos em relação aos
métodos tradicionais de recrutamento e seleção.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 102
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Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 103
TIDD – Tecnologia da Inteligência e Design Digital
7.0 MOBILIDADE: REDES SOCIAIS MÓVEIS E OUTRAS APLICAÇÕES
Hoje já passou a ser ontem a cada minuto deste mesmo dia. Parece estranho,
mas temos a sensação de que estamos sempre vivendo no passado. Vamos
dormir contentes em utilizar uma tecnologia ultramoderna ou aprender a utilizar
algumas dentre as centenas de ferramentas da WEB 2.0, e acordamos com a
notícia de que já existem novas versões dessa tecnologia ultramoderna ou ainda
mais ferramentas recém criadas e distribuídas na WEB 2.0.
O que acontece é que o mundo de tecnologia não é só dinâmico, ele agora é
também móvel.
Já havíamos comentado em capítulos anteriores que as pessoas estão se
comunicando cada dia mais por Instant messaging do que por e-mails, imaginem
agora que podemos ter essa comunicação na palma de nossas a qualquer hora e
em qualquer lugar.
Os celulares com 3G, smartphones, handhelds, palm tops, skype phones e outros
dispositivos móveis se espalham pelo mundo a cada instante como um vírus, uma
epidemia que contamina todas as pessoas que estiverem no caminho, ou no raio
da freqüência do Wi-fi, do Wi-Max, do Bluetooth ou das operadoras de celulares.
Já conseguimos acessar Redes Sociais como Orkut, Facebook e Linkedin (foco
desse estudo), pelos celulares, tão bem e às vezes com uma interface até melhor
do que acessamos em Notebooks e Desktops.
Parece bobagem, mas isso nos deixa muito mais dinâmicos no dia a dia. Imagine
que podemos aproveitar a espera em uma consulta médica ou equivalente,
atualizando nossos perfis, lendo scraps, postando scraps, lembrando dos
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 104
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aniversários de nossos amigos, analisando perfis de profissionais que estão no
seu mesmo grupo de trabalho.
Ganhamos tempo, onde não havia mais tempo!
O Orkut pode ser acessado pelo endereço http://m.orkut.com, e traz uma versão
bem enxuta que mostra os últimos scraps, aniversários e o feed de atualizações
dos seus contatos.
As páginas de perfil trazem sua foto, link para scraps e informações básicas com
uma interface bem simples que garante o carregamento rápido em qualquer
celular.
Figura 21 - Interface do Orkut no celular
Já o Facebook, de olho na audiência móvel, criou um aplicativo que permite
publicar num feed, todo o conteúdo produzido por um usuário no seu
celular/smartphone.
Esse mesmo aplicativo é capaz de publicar as fotos tiradas com o celular
diretamente no Facebook.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 105
TIDD – Tecnologia da Inteligência e Design Digital
Figura 22 - Aplicativo do Facebook plugado no celular
Na mesma linha da mobilidade, o Linkedin criou uma versão mobile onde é
possível fazer busca de perfis, checar updates, conferir contatos de maneira
intuitiva e muito fácil para aqueles que querem estar em sua rede profissional 24
horas por dia.
Figura 23 - Perfil de um usuário no Linkedin Mobile
Neste exato momento, a onda fica por conta do Twitter, uma mistura de rede
social com micro-blog que vem ganhando adeptos de modo assustador. A
maioria, blogueiros que postam toda e qualquer notícia instantaneamente no ato
em que ela ocorre, sempre atentos e a procura de furos jornalísticos ainda não
publicados.
Seguir e ter seguidores, um dos princípios básicos desse novo fenômeno social
que se abre para um intercâmbio de informações pessoais e/ou profissionais,
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 106
TIDD – Tecnologia da Inteligência e Design Digital
possibilitando uma rápida e eficiente troca de experiências entre milhares de
internautas.
Desde 2008, segundo pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Opinião
Pública e Estatística (IBOPE), já são mais de 300 mil internautas brasileiros
cadastrados neste microblogging. Um número significativo para a mais jovem
entre as ferramentas sociais, mas que ainda engatinha se comparada ao Orkut,
rede social que já conquistou 70% dos internautas brasileiros.
Olhando para o lado pessoal, o twitter é uma ferramenta que dá ao “twitteiro”
popularidade instantânea. Quanto mais horas ele estiver no ar e postando notícias
ou narrando acontecimentos cotidianos, mais credibilidade ele ganha e
conseqüentemente atrai mais e mais seguidores.
Se há espaço para a exposição pessoal, também há espaço para exposição
profissional. É o chamado marketing corporativo.
Pela “twittosfera” circulam aplicações com divulgação de produtos, promoções,
marcas, e até serviços de suporte técnico aos consumidores.
Um exemplo de aplicação corporativa tupiniquim pode ser visto na construtora
Tecnisa, que através do twitter divulga seus lançamentos imobiliários.
Outro sucesso é o Vagas Tecnologia, que tem o perfil mais seguido na área de
empregos (11.500 pessoas. Fonte: Info 09/2009). Ela divulga as vagas oferecidas
pelas empresas que são suas clientes.
Virou febre e já possui inúmeros recursos dentre os quais destacamos na tabela
abaixo.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 107
TIDD – Tecnologia da Inteligência e Design Digital
Tabela 5 – Recursos do Twitter Recurso Breve Descrição
Twidir Busca pessoas por N critérios além de nome e sobrenome.
Twerp Scan Organiza contatos e elimina seguidores fantasma.
TwitterAnalyzer Faz análise de tudo o que aconteceu no seu perfil.
TwitterFeed Permite usar RSS para postar no twitter.
Qwitter Avisa por e-mail quem deixou de seguir seu perfil.
Tweetmondo Mostra os usuários que estão próximos de você geograficamente.
Twoquick Mostra os resultados em uma só tela de pesquisas no Google.
Twazzup Você pesquisa uma palavra e vê os tweets relacionados a ela.
TwitterMail Manda posts para o twitter via e-mail.
Tweet-U-Later Permite programar as postagens no twitter.
Twitkut Mostra os tweets na sua página do Orkut.
Twisten.fm Procura posts com referências musicais.
Twitpic Faz upload de fotos no twitter.
Twitcam Transmite imagem direto da sua webcam para o mundo.
TwitterBerry Interface voltada para os usuários de BlackBerry.
Twitterrific Interface voltada para os usuários de iPhone.
Tweets60 Interface voltada para celulares com sistema Symbiam.
Twikini Posta os nomes das músicas ouvidas pelo Media Player Mobile.
Twitux Cliente para Gnome para usuários de Linux.
TweetDeck Gerenciador de seguidores.
TwitterFox Plug-in para usuários do browser Mozilla Firefox.
Fonte: Revista Info 09/2009.
Outra rede social da atualidade é o Google Latitude (www.google.com\latitude) .
Cadastre seu celular e o celular de seus amigos e forme uma rede que localiza
todos os participantes geograficamente, permitindo saber se você está próximo de
um amigo, parente e de serviços e locais de seu interesse. Com todos esses
dispositivos e aplicativos móveis, o céu é o limite. Já não estamos mais presos as
baias ou mesas de escritório, nem a salas de aula presenciais. Estamos livres,
estamos leves, estamos soltos e cada vez mais plugados e prontos para interagir
e colaborar com qualquer pessoa do mundo.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 108
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A comunicação totalmente on-line aproxima continentes, quebra barreiras,
derruba os paradigmas.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 109
TIDD – Tecnologia da Inteligência e Design Digital
8.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Lembro-me muito bem dos filmes da década de 70 onde os personagens do Dr.
Spock e do Capitão Kirk se tele-transportavam pelos lugares, ou ainda, se
comunicavam pelos seus relógios de pulso à milhas de distância. A Enterprise era
uma espaçonave com uma tecnologia espantosa, nas séries de Jornada nas
Estrelas.
Hoje, não temos um tele-transporte (ainda!), mas já conseguimos nos comunicar
de onde estivermos para qualquer lugar no mundo.
A ficção de quatro décadas atrás já está sendo alcançada.
Como foi dito na introdução deste trabalho, estamos na geração C, de
comunicação, colaboração e conectividade.
De acordo com Anderson (2006, p.17):
“[...] Esse é o mundo da escassez. Agora, com a distribuição e o varejo on-line, estamos ingressando no mundo da abundância. As diferenças são profundas [...]”.
Descobrimos uma plataforma na internet que chamamos de WEB 2.0, onde são
criados milhões de aplicativos para atender diversos fins, aflorando cada vez mais
os pilares dessa geração C.
E nessa nova era surgem as Redes Sociais, mecanismos que unem o poder da
WEB 2.0 aliado ao poder da colaboração vindo de todas as partes do mundo,
oferecendo a oportunidade de prover conhecimento a qualquer ser humano
conectável.
Esses softwares sociais, devido à sua capacidade de atingir multidões,
conseguiram, ainda que em passos lentos atrair não só o ambiente familiar e
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 110
TIDD – Tecnologia da Inteligência e Design Digital
acadêmico, mas também o ambiente corporativo, uma vez que grandes marcas
e/ou produtos são expostos positiva ou negativamente em comunidades
recheadas de elogios, críticas, sugestões, opiniões publicadas por milhares de
usuários das Redes Sociais.
Neste trabalho analisamos 3 das maiores Redes Sociais da atualidade, Orkut,
Facebook e Linkedin que somados, seus membros atualmente correspondem a
aproximadamente 400 milhões de usuários. Uma fatia relevante do mercado de
consumidores de marcas e produtos e que não podem passar despercebidos
pelas empresas.
Pudemos estudar que algumas empresas estão utilizando as redes sociais como
serviço de atendimento ao consumidor, ouvindo atentamente suas necessidades
e diminuindo o tempo de resposta aos seus clientes. Casos como o da
Volkswagen que conseguiu diminuir as duras críticas sobre o recall de um de
seus modelos de veículos, ou então o caso relatado pela Nestlé que ouviu seus
consumidores através de uma comunidade virtual e voltou atrás em seu plano de
marketing para o achocolatado Nescau, provam que as empresas acordaram para
este novo meio de comunicação, colaboração e interação.
Em outros casos, pudemos analisar como as empresas estão utilizando as redes
sociais como propaganda digital, ou marketing colaborativo, explorando o poder
de espalhar a informação em alguns cliques para todos os cantos do mundo,
servindo até como verdadeiros cabos eleitorais nas eleições norte-americanas,
levando ao invés de santinhos de OBAMA, posts, scraps, vídeos, podcasts cheios
de números de campanha, discursos e informações em muito menos tempo e
com um alcance nunca antes imaginado.
Analisamos ainda empresas, como o laboratório Fleury que utilizou as redes
sociais para pesquisa e desenvolvimento, abrindo espaço para que seus
colaboradores colocassem suas idéias para melhorias nos processos internos da
empresa.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 111
TIDD – Tecnologia da Inteligência e Design Digital
E os benefícios proporcionados pelas redes sociais não param por aí, também
pudemos analisar empresas que se utilizam desses mecanismos sociais para
recrutamento e seleção de candidatos, explorando os milhares de perfis
cadastrados e que trazem consigo informações de preferências e
comportamentos que auxiliam qualquer processo de avaliação para futuras vagas
de emprego ofertadas.
Como se não bastassem esses novos desafios de adaptação das empresas às
redes sociais, ainda analisamos todos esses recursos em plataformas móveis
como smartphones, o que amplia ainda mais a sua área de atuação.
Não pudemos deixar de estudar a mais nova sensação da Web 2.0, que alia as
redes sociais à mobilidade, o Twitter. As empresas já estão aderindo a esse
fenômeno de comunicação provendo inúmeros serviços aos seus consumidores.
E, no entanto, já se ouve falar na próxima plataforma, a Web 3.0 ou Web
Semântica.
Idealizada por Tim Berners-Lee (3) e outros, em 2001, tem por objetivo principal
organizar o caos que hoje reina na internet, estruturando de maneira semântica a
imensa quantidade de páginas e conteúdos da WEB.
Tim Berners-Lee é o atual diretor do consórcio chamado W3C(4) que é formado
por institutos de pesquisa, técnicos, produtores de softwares e outros
pesquisadores que estão sempre desenvolvendo soluções inovadoras para os
internautas que navegam pela WEB.
_________________________________________________________________ (3) Tim Berners-Lee inventou a World Wide Web (WWW) em 1989 enquanto trabalhava na Organização Européia de Investigação
Nuclear (CERN). É o diretor da W3C desde sua fundação em 1994.
(4) A W3C (www.w3.org) é um consórcio internacional de organizações de pesquisadores, estudiosos e voluntários trabalham
conjuntamente para desenvolver padrões para a WEB. Atualmente possui 15 escritórios espalhados pelo mundo.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 112
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Segundo SILVA (2005, p.203):
“[...] A utilização da Web Semântica representa uma grande evolução, se pensarmos que as ferramentas de busca vistas anteriormente reconhecem as palavras colocadas na busca e não os conceitos ou os significados tratados nas páginas Web. Assim os robôs utilizados pelas ferramentas de buscas poderão também classificar as páginas pelos seus conteúdos, já que estarão disponíveis dentro de cada página [...].”
A idéia é criar um padrão universal para publicação na WEB, onde será possível
associar o significado aos dados, permitindo assim que as ferramentas de busca
encontrem páginas baseadas nas definições semânticas escritas por quem as
publicou na WEB.
Ainda segundo SILVA (2005, p.203), o grande desafio na Web 3.0 é fazer com
que as pessoas, ao criarem suas páginas, realmente associem os conceitos que
estão relacionados a elas seguindo uma ontologia definida.
“Num mundo de escolhas infinitas, o contexto, não o conteúdo – é rei”, afirma
Anderson (2006, p.107).
Indo um pouco mais longe, onde vamos parar? O que veremos na WEB 4.0, 5.0,
X.X?
Essas indagações é o que nos mantém vivos e com objetivos maiores e com
desafios ainda maiores a cada dia. Nunca tivemos em nossas mãos tanta
informação em tão pouco tempo e de forma espontânea/colaborativa.
Imaginar o que vem pela frente, o futuro, tornou-se mais fácil, tornou-se possível.
Então, só nos resta sonhar. Sonhe, imagine o futuro e continue sempre buscando
a INOVAÇÃO!
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 113
TIDD – Tecnologia da Inteligência e Design Digital
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ANEXOS
ANEXO A - A VOLKS DE OLHO NAS REDES SOCIAIS
Monitorando a internet a Volkswagen gerencia crises e descobre o que os clientes falam e pensam a respeito da empresa
A quantas anda o cartaz da empresa com seus consumidores? Pela internet a
Volkswagen está conseguindo a resposta para essa pergunta. Desde o início do
ano a montadora passou a monitorar redes sociais, blogs sobre carros e fóruns
especializados para saber a opinião dos consumidores sobre a marca.
A vigia ostensiva é feita por meio do software SocialMonitor, fornecido pela
empresa Dialeto, agência especializada em estratégias de comunicação focadas
em mídia social. A Volkswagen determina alguns temas a serem monitorados.
“Para nós é fundamental acompanhar o que falam a nosso respeito na internet,
porque 60% das pessoas que compram um carro zero-quilômetro, fazem antes
uma consulta na web”, diz Herlander Zola, gerente de propaganda e
webmarketing da Volkswagen. Para saber o que rola nas redes de
relacionamento é só o usuário clicar nos temas e os comentários aparecem na
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 120
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tela acompanhados do link de origem. As páginas sobre cada um dos assuntos
são atualizadas 24 horas.
O monitoramento das redes sociais foi muito importante para a montadora
durante a crise gerada pelo problema no rebatimento do banco traseiro do Fox,
que decepou os dedos de proprietários do veículo. Na época, a Dialeto identificou
os blogs que trataram do assunto e a Volkswagen entrou em contato com cada
um deles, via Central de Atendimento ao Cliente, enviando o Comunicado Oficial
detalhando as providências tomadas pela montadora para resolver o problema.
Fonte: Info CORPORATE. Disponível em <http://info.abril.com.br/corporate/colaboracao/a-volks-de-olho-nas-redes-sociais.shtml > Acessado em 31/07/2008.
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ANEXO B - CRÍTICAS NO ORKUT MUDAM PLANOS PARA NESCA U
SÃO PAULO - A Nestlé no Brasil cedeu aos pedidos de usuários do orkut e mudou seus planos em relação ao achocolatado Nescau.
O produto, que existe no país com seu sabor tradicional desde 1932, ganhou
diversas novas apresentações nos últimos meses. As novas versões (light, nutri,
2.0, etc.) acabaram fazendo o produto “original” sair das prateleiras.
Milhares de consumidores do produto, no entanto, se organizaram em
comunidades do orkut como “Queremos o Nescau tradicional” e “Volta, Nescau
Tradicional” reclamando da ausência do produto “tradicional”.
A Nestlé, então, decidiu mudar seus planos e manter o sabor tradicional nas
prateleiras. As comunidades foram informadas pela empresa por e-mail.
Fonte: Plantão INFO – Felipe Zmoginski Disponível em < http://info.abril.com.br/aberto/infonews/092008/02092008-28.shl > Acesso em 02/09/2008.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 122
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ANEXO C - COMUNIDADES DO ORKUT SÃO MONITORADAS POR FABRICANTE DE COSMÉTICOS
O Boticário monitora a rede atrás de comentários de internautas
A queda no número de contatos telefônicos dos consumidores foi a deixa para a
empresa de cosméticos O Boticário voltar suas atenções para a internet. Ao
mesmo tempo em que os telefonemas e cartas diminuíam, a empresa percebeu
um crescimento de 40% no número de e-mails recebidos.
O primeiro passo foi contratar uma empresa especializada, a E-life, para fazer um
mapeamento da rede e descobrir o que se falava a respeito dos produtos. Não
demorou muito para encontrar várias comunidades criadas em seu nome em sites
de relacionamento. Entre elas, uma comunidade no Orkut que se chamava "Sou
órfã do One of Us" - um perfume que já havia sido tirado de linha. Com o e-mail
da moderadora do grupo em mãos, O Boticário entrou em contato e explicou o
motivo da retirada. "Para nossa surpresa, ela colocou um pedaço da resposta no
ar, e isso gerou comentários positivos dos outros participantes da comunidade",
apontou Ana Júlia Baumel, gestora de relacionamento com o cliente de O
Boticário.
"A partir daí, não tinha mais volta", diz a executiva. O Boticário rastreia o Orkut e a
blogosfera uma vez por mês e a empresa passou a contatar os consumidores que
levantam questões ou fazem reclamações sobre as marcas e seus produtos. A
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 124
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empresa mudou, por exemplo, a válvula de um de seus perfumes que, segundo
os internautas, não funcionava direito.
"Os consumidores modernos querem que a empresa crie, produza, espalhe,
participe. Isso fez com que percebêssemos que precisávamos interagir e criou
uma nova cultura aqui dentro", conclui Ana Júlia.
Fonte: G1 Globo – Laura Naime Disponível em <http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,AA1328244-9356,00.html > Acesso em 27/10/2008.
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ANEXO D - EMPRESAS ADOTAM ORKUT COMO “OUVIDORIA” PA RA ENTENDER CLIENTES
Comunidades 'eu amo' e 'eu odeio' fornecem conteúdo para melhorar relacionamento. Essa nova forma de comunicação e seus desafios tiveram destaque em evento em SP.
Agências de publicidade e seus clientes já entenderam que a abordagem aos
internautas deve seguir um modelo diferente daquele adotado nas campanhas
tradicionais, seja para anunciar um lançamento ou para gerenciar uma crise que
toma grandes dimensões em fóruns de discussão. O próximo passo para esses
profissionais é entender exatamente como se deve conversar com esse público
que, de maneira espontânea, usa diversas ferramentas virtuais -- caso das
inúmeras comunidades "eu amo" e "eu odeio", no Orkut -- para se relacionar com
as marcas.
Essa nova possibilidade de comunicação e também os seus desafios estiveram
entre os principais temas debatidos no seminário "Redes sociais: a nova mídia é o
consumidor", da revista "Info", realizado nesta segunda-feira (18/09/2008) em São
Paulo. Durante o evento, ficou claro que, apesar de ainda não terem um modelo
de como usar essas redes sociais a seu favor, muitas companhias já consideram
os sites de relacionamento uma extensão de seu serviço de atendimento ao
consumidor.
Isso significa que a reclamação feita na comunidade de “odiadores” pode ser
levada a sério pela empresa odiada e ser usada para melhorar o relacionamento
com os clientes. Ou que os fãs de uma marca de perfume não mais disponível no
mercado podem, depois de criar uma comunidade de "órfãos" no Orkut, ser
abordados via e-mail por representantes dessa empresa e receber uma
explicação sobre o motivo do fim daquele produto.
Além do Orkut, estão na mira das empresas redes como MySpace, Facebook,
Twitter, YouTube, blogs e diversas outras ferramentas sociais disponíveis na web.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 126
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Esse monitoramento on-line da opinião do público é feito de maneira "caseira",
por funcionários que acompanham discussões e manifestações na web, ou
também com o uso de ferramentas específicas. Em junho, por exemplo, o
Ibope//NetRatings apresentou o Coleta RS, que junta robôs e análise humana
para identificar nas redes sociais os gostos e comportamentos do público-alvo de
empresas que contratam esse serviço.
Com licença
"O Orkut não é mais visto como um fórum de 'miguxos' e desocupados, mas sim
como um espaço importante que oferece oportunidades para as empresas
interagirem com seus consumidores. A questão é como fazer essa abordagem de
uma maneira eficiente", afirmou Wagner Fontoura, estrategista de mídias sociais
da agência Riot, especializada em mídias sociais. Guilherme Rios, da agência
e.Life, é da mesma opinião. "Esses sites funcionam como um grande celeiro de
informações. A questão é como fazer essa abordagem de uma maneira que não
pareça intrometida."
Empresas devem descartar o uso de perfis falsos se quiserem interagir com
usuários do Orkut.
Na opinião de Wagner Fontoura, estrategista de mídias sociais da agência Riot, o
primeiro passo para as companhias que querem usar o Orkut como ferramenta de
comunicação é descartar o uso de perfis falsos (fakes). "Para ter sucesso é
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 127
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importante se apresentar de cara limpa, deixando claro que aquele usuário
representa uma marca", afirma. Segundo ele, as chances de essa iniciativa
funcionar também aumentam se houver um contato prévio com o dono da
comunidade, explicando qual o objetivo de se relacionar com aquele grupo.
Para Fabio Boucinhas, diretor de produto do Yahoo!, o essencial é não
subestimar a inteligência do internauta, comunicando-se com ele de forma
transparente. “Ele não pode descobrir que tem um representante de determinada
empresa infiltrado na comunidade da qual participa, sem que esse funcionário se
identifique como um porta-voz de determinada marca”, disse.
Além da transparência, lembra Marcelo Marzola, da Predicta, as companhias que
atuam no Orkut devem fazer um trabalho intensivo para estabelecer e divulgar
seus valores. A construção dessa imagem, para ele, é mais eficaz do que
somente tentar dialogar com aqueles que usam a internet para fazer críticas.
A Coca Cola monitora opinião de seus consumidores. Será que a empresa
atenderá ao pedido da versão com 20 litros?
A Coca-Cola, empresa com diversas campanhas na internet, diz ter uma política
de não-interferência daquilo que seus consumidores debatem na rede. "Mas
acompanhamos de perto suas opiniões, somos espectadores. Dessa forma,
podemos usar a internet para aprender com nossos clientes", afirmou o diretor de
marketing Ricardo Fort.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 128
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O Boticário também usa as informações divulgadas na rede para conhecer
opiniões. Fernanda Francisco, gerente de produtos financeiros e relacionamento
com o cliente da empresa, conta que a companhia enviou um e-mail a uma
integrante da comunidade "órfãos do One of Us", no Orkut, depois de a internauta
ter afirmado que gostaria de receber uma explicação sobre a descontinuidade do
produto. A mensagem foi então repassada a todo o grupo pela consumidora que
disse ter "amado" ver a resposta do Boticário em sua caixa de e-mails.
"Mostrou seriedade com o consumidor (...). A partir de hoje tenho respeito pela
empresa, mas continuo órfão [do perfume]", escreveu a internauta.
A Volkswagen também foi para a internet gerenciar a crise envolvendo o modelo
Fox, que passou por um recall após causar ferimentos em seus proprietários.
Herlander Zola dos Santos, supervisor de propaganda e marketing da Volks, disse
que a empresa monitorou a repercussão do caso na web e tentou neutralizar os
comentários mais ácidos. “Esse tipo de ação exige muita maestria, para evitar
problemas ainda maiores”, contou.
Widgets
Além de poderem participar de comunidades de suas marcas para entender e
interagir com seus clientes, empresas interessadas nas redes sociais também
podem usar ferramentas chamadas widgets para se relacionar virtualmente com
seu público. Esses aplicativos, que podem ou não estar associados a anúncios,
são disponibilizados em diversas redes sociais, como Facebook, MySpace e
Orkut. Com eles é possível, por exemplo, mostrar quais seus filmes favoritos,
quais livros já leu, as línguas que fala, os países para onde já viajou e os games
que joga.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 129
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Aplicativo do MySpace permite que internauta envie sorvete para os amigos;
ferramenta poderia estar associada a anúncio de empresas alimentícias.
Segundo Emerson Calegaretti, diretor-geral do MySpace no Brasil, com os
widgets as empresas podem criar uma forma de interação direta com seus
usuários do mundo virtual. No entanto, se elas não quiserem desenvolver seus
próprios aplicativos, podem patrocinar aqueles que estejam de alguma forma
relacionados a sua marca. “No Brasil, o uso comercial desse tipo de ferramenta
deve ganhar força em cerca de um ano”, prevê o executivo.
Para os interessados no uso dessas ferramentas, um alerta de Renato de Paula,
gerente da agência OgilvyOne. “A adoção dessa alternativa para divulgar marcas
é bem aceita, desde que preste serviços e melhore a experiência de navegação
dos usuários. Não basta apenas ficar restrita a algo engraçadinho”, disse. Ele cita
como exemplo de sucesso o caso de uma transportadora que mostrava aos
usuários, via widget, a localização do pacote enviado.
Fonte: G1 Globo – Juliana Carpanez Disponível em < http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL728893-6174,00-EMPRESAS+ADOTAM+ORKUT+COMO+OUVIDORIA+PARA+ENTENDER+CLIENTES.html> Acesso em 18/09/2008.
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Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 131
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ANEXO E - O QUE O ORKUT PODE DIZER SOBRE A SUA EMPR ESA?
SÃO PAULO - O orkut e outras redes
virtuais de relacionamento têm muito a
dizer sobre as empresas. É o que diz
Alexandre Barbosa Lima, CEO da
e.Life.
Em palestra no evento Web 2.0 no
Brasil, promovido pela INFO, Barbosa
Lima destacou em sua palestra o
poder da mídia gerada pelo
consumidor. "Uma das principais
mudanças trazidas pelas redes de
relacionamento virtual para os negócios é que o boca-a-boca passa a ser
documentado". Ele dá exemplos de comunidades focadas em falar, bem ou mal,
de produtos ou empresas. Nessas comunidades as empresas têm muito o que
aprender.
Segundo Barbosa Lima, uma parcela entre 6% e 20% do boca-a-boca pode ser
medida usando as comunidades e outros recursos da web 2.0. As medições
partem do mesmo princípio usado para determinar a importância dos blogs.
Normalmente, os blogs formam uma rede na qual uns apontam para outros. O
blog que recebe maior número de links é, sem dúvida, mais relevante. O mesmo
ocorre com as notas publicadas. A nota que recebe mais comentários é a que
despertou maior interesse. A idéia também se aplica ao número de membros da
comunidade.
Barbosa Lima cita casos de empresas que já estão fazendo o que ele chama de
SAC 2.0, ou seja, o serviço de atendimento ao consumidor baseado em blogs e
comunidades virtuais. Elas observam o que dizem os usuários nesses ambientes
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 132
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e ajustam seus produtos ou suas formas de comunicação. Um dos exemplos
citados foi o da Microsoft, no lançamento do Windows Vista no Brasil. A empresa
promoveu uma conferência de imprensa para dez blogueiros especializados e
com isso aumentou a repercussão do produto na web.
Fonte: INFO – Carlos Machado Disponível em < http://info.abril.com.br/aberto/infonews/092007/17092007-13.shl > Acesso em 17/09/2008.
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ANEXO F - BILL GATES NO LINKEDIN
Deu no blog “Business Technology” do Wall Street Journal: Bill Gates agora tem
página pessoal no LinkedIn. O jornalista Ben Worthen, responsável pelo blog,
conta que a idéia de convidar Gates para ter sua página no site partiu da própria
empresa ao ler, segundo a diretora de comunicações corporativas do LinkedIn,
Kay Lou, um post no mesmo blog de Ben Worthen comentando que Gates tinha
desistido da sua página no Facebook.
Segundo o LinkedIn, Bill Gates é a pessoa mais procurada no site todo. Em
segundo e terceiros lugares estão respectivamente Barack Obama e Hillary
Clinton. É claro que o pensamento da diretora de comunicação foi buscar
visibilidade convencendo Gates a entrar. Depois de muita conversa e muitas
intermediações, Gates topou entrar, informa Ben Worthen.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 134
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O link acima é o da página do verdadeiro Bill (www.linkedin.com/in/billgates).
Todos os outros “falsos Bill” que existiam foram deletados pela empresa para
evitar confusão.
Em seu perfil, Gates informa que é um especialista em tecnologia e filantropista.
O todo-poderoso da Microsoft no entanto tem apenas três contatos na sua lista de
amigos e parece, segundo informou Kay Lou ao jornalista do Wall Street Journal,
que ele não vai adicionar mais nenhum.
Uma reportagem publicada pela Associated Press hoje aponta também que a
iniciativa de Gates e do LinkedIn visa instigar jovens profissionais a perseguir uma
carreira na área de tecnologia. O LinkedIn tem atualmente 19 milhões de
usuários no mundo todo. Há boatos de que a Microsoft estaria interessada em
investir na empresa, sem obviamente nenhuma confirmação.
Tem apenas uma coisa muito engraçada nisso: no perfil de Bill Gates no LinkedIn,
os links patrocinados são servidos pelo…Google!
Fonte: IDG Now - Silvia Bassi Disponível em < http://idgnow.uol.com.br/internet/efeito_web/archive/2008/02/28/bill-gates-no-linkedin > Acesso em 28/02/2008.
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ANEXO G - LINKEDIN CHEGA A ACORDO COM CANAL FINANCE IRO CNBC
A rede CNBC acertou uma aliança com o LinkedIn através da qual o canal de
notícias financeiro vai ter seu conteúdo compartilhado com os 27 milhões de
membros da rede social voltada a profissionais.
A CNBC, parte da General Electric, vai integrar as funcionalidades de rede do
LinkedIn ao seu website CNBC.com, permitindo aos usuários compartilhar e
discutir notícias com seus contatos profissionais.
O conteúdo gerado na comunidade, como pesquisas e fóruns de discussão,
serão divulgados pela CNBC, enquanto esta vai prover o LinkedIn com sua
programação, artigos e blogs, assim como dados financeiros e vídeos.
O acordo é o último em uma série de alianças do LinkedIn, na medida em que
este tenta conquistar usuários do rival de maior porte Facebook, cuja base de
usuários vai de universitários a adolescentes e profissionais corporativos.
Em julho, o LinkedIn acertou um acordo publicitário com o New York Times. Em
junho, ele levantou 53 milhões de dólares junto a um grupo de investidores
liderado pela empresa de private equity Bain Capital.
No ano passado, a rede social também fechou acordo com a revista
BusinessWeek que permite aos leitores da revista, ao clicar sobre o nome de
uma companhia em um artigo, saber quais membros do LinkedIn naquela
empresa estão conectados naquele momento.
Fonte: Terra Tecnologia - Saumyadeb Chakrabarty Disponível em < http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3158579-EI4795,00.html > Acesso em 04/09/2008.
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ANEXO H - CASAMENTO FELIZ ENTRE FACEBOOK E NYTIMES
Integração com a Facebook começou em 2007
Pelo visto, o The New York Times vem acertando a receita no casamento com a
Facebook. O jornal vem conquistando resultados positivos na integração com a
rede social.
Um tipo de integração que é desastrosa para a maioria dos jornais que, no final
das contas, não conseguem um posicionamento relevante dentro de uma rede
social.
Essa integração do NYTimes com a Facebook foge da tradicional estratégia de
simplesmente montar uma comunidade do jornal dentro da rede social.
Ela acontece por duas vias. Uma por meio da publicações de jogos - newsgames
e testes online - dentro da rede social. A outra é por meio da criação de perfis e
páginas dedicadas a cada jornalista, onde você pode seguir e se “tornar fã” de
cada um.
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É um pouco dentro daquela idéia de seguir pessoas. No caso, você segue o seu
jornalista preferido do NYTimes, conversa com ele, manda sugestões e fica
sabendo quando ele publica algo no jornal independentemente da editoria ou do
formato - um post, uma matéria. Você segue o jornalista, a pessoa, e não
simplesmente o veículo. É diferente.
Lifestream: siga aquele repórter!
Aliás, acho que os sites de jornais deveriam fornecer um feed RSS de cada
repórter. Pelo menos, daqueles repórteres especiais que sempre assinam
matérias.
Mas voltando ao NYTimes. Em entrevista ao site de mídias digitais Poynter, Stacy
Green, diretora de relações públicas do jornal, conta o efeito desse
posicionamento dentro da rede social. Segundo ela, está sendo positivo.
O site do jornal ganhou um aumento no tráfego vindo da Facebook, a comunidade
do NYTimes já conta com 12 mil pessoas e o conteúdo do jornal está
conseguindo uma boa distribuição dentro da rede social.
A estratégia deve continuar.
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Fonte: Tiago Dória Weblog Disponível em < http://www.tiagodoria.ig.com.br/2008/04/04/casamento-feliz-entre-facebook-e-nytimes > Acesso em 04/04/2008.
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ANEXO I - VODAFONE FRIENDS FACEBOOK
Vodafone is to allow customers to send messages to their mates direct from their
Facebook page, at a cost of only ten pence per message.
The service is a Facebook application snappily entitled "Vodafone Connect to Friends",
and is currently only a trial to see if people want to pay for sending messages to their
chums. Text messages are charged at a blanket ten pence, while picture messages will
cost 30p. These won't come out of tariff bundles but will remain the same regardless of
where the user is logged in from, which is nice.
Mobile networks have increasingly seen social networking muscle in on their territory -
Facebook Mobile already allows punters to message each other, and the service has a
dedicated iPhone application too - so it makes sense for them to try integrating their
services in return.
Most network operators offer some ability to send text and multimedia messages through
their website, though these have never proved very popular and are generally hidden
deep with hard-to-navigate interfaces - in part to prevent fraudulent use.
Putting a nice interface into Facebook might work for Vodafone, but they'll need to
integrate the application with existing bundles so users can make use of their allowances
when sending urgent missives to their contacts. ®
Fonte: The Register – Bill Ray Disponível em < http://www.theregister.co.uk/2008/09/08/vodafone_facebook/> Acesso em 08/09/2008.
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ANEXO J - VISA CRIA BUSINESS NETWORK NO FACEBOOK
O Facebook tem apresentado ultimamente excelentes exemplos de publicidade
em redes sociais que, como deve ser, vão bem além de meros banners e/ou links
patrocinados.
O caso da Visa vai até além do entretenimento, conceito recorrente quando se
cria para os 80 milhões de usuários do Facebook, e oferece utilidade e serviço
com o Visa Business Network .
Trata-se de uma aplicação da maior emissora de cartões de crédito e débito do
mundo voltada para micro e pequenos empresários. A intenção, além de fazer
essas pessoas trocarem experiências, é oferecer suporte para quem tem uma
pequena empresa com consultoria de especialistas do Wall Street Journal e da
revista Entrepeneur , por exemplo.
Para as primeiras 20 mil empresas americanas que se inscreverem no aplicativo,
a Visa vai dar 100 dólares em créditos para publicidade no Facebook. O Google
também é parceiro da marca na ferramenta, provendo uma série de aplicações
para a rede como mapas, calendário, editor de texto e templates para criação de
planilhas e cartões de visita.
O investimento da Visa no projeto é de 2 milhões de dólares, e o Visa Business
Network foi escolhido entre mais de 24 mil aplicativos propostos por
desenvolvedores nos últimos 13 meses.
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Fonte: Brainstorm#9 Disponível em < http://www.brainstorm9.com.br/2008/06/24/visa-cria-business-network-no-facebook/ > Acesso em 24/06/2008.
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ANEXO K - PIZZA HUT LANÇA APLICATIVO NO FACEBOOK
RIO - O paraíso geek na Terra está muito próximo de se tornar real, graças ao
anúncio do novo serviço da Pizza Hut, que agora aceita pedidos de pizzas pelo
Facebook, como informa o Daily Telegraph.
O novo aplicativo, que por enquanto só funciona nos EUA, é um novo passo na
estratégia da empresa de facilitar a vida dos clientes. Os norte-americanos já
podem pedir pizzas por telefone, pelo site da empresa ou por mensagens de
texto.
A Dominos, maior rival da Pizza Hut, também vem modernizando seu serviço e
lançou em fevereiro um sistema que permite aos clientes acompanhar o
progresso da sua entrega, minuto a minuto, desde a preparação até a chegada na
porta de casa.
E no Brasil, quando será que chegam esses serviços?
Fonte: O Globo Disponível em <http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2008/10/17/pizza_hut_lanca_aplicativo_no_facebook-585988075.asp > Acesso em 17/10/2008.
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ANEXO L - ELEIÇÕES 2.0 - O USO DAS FERRAMENTAS DA W EB 2.0 NAS
ELEIÇÕES AMERICANAS
“Campanha” é um termo militar, que na Idade Média designava o local onde os
exércitos combatiam. A atual eleição presidencial americana marca o
aparecimento de um novo campo de batalha: o das comunidades digitais.
A Web 2.0 é a grande vencedora da eleição (escrevo domingo, 48 horas antes da
votação). Blogs, sites de comunidades e sites de compartilhamento de vídeo não
foram apenas locais de combate, mas também armas importantes para a
configuração de novas práticas eleitorais que no longo prazo talvez (na verdade,
um enorme TALVEZ) possam revitalizar o governo democrático.
Durante boa parte do século XX, a batalha eleitoral foi lutada de forma que seguia
as “guerras” tradicionais: após um bombardeio arrasador, realizado via “artilharia
de campo” (jornais, rádio e revistas) ou “bombardeios aéreos” (comerciais na
televisão), os candidatos mobilizavam seus “cabos eleitorais” para ocupar o
terreno no “corpo-a-corpo” com o eleitor, ajudados por armas de pequeno calibre
(“santinhos”, telefonemas, reuniões, etc).
Desde os primórdios da eleição, a equipe de Obama entendeu que a Web 2.0
estava subvertendo as clássicas operações de “ocupação de território”. Em
primeiro lugar, pela própria natureza do campo de combate. De acordo com
pesquisa do Pew Internet and American Life Project, um dos mais tradicionais
centros de pesquisa sobre a Internet e a Opinião Pública nos EUA, a Internet
suplantou todos os outros meios como fonte de informação sobre política,
perdendo apenas para a televisão (no caso brasileiro, em 2006, ela já superou as
revistas).
A compreensão de uma “nova natureza” da campanha digital por parte da equipe
de Obama aconteceu muito cedo. Foi impulsionada pelo uso do YouTube nos
debates das primárias, ainda na metade de 2007, e se aprofundou quando a
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direção da campanha percebeu que a rede poderia ser uma fonte de doações
capaz de fazer frente a máquina arrecadadora montada por Bill e Hillary Clinton.
Foram as doações pela Internet que permitiram a Obama sobreviver durante as
primárias o tempo suficiente para se mostrar um candidato viável e, a partir daí,
começar a atrair recursos dos grandes doadores, que continuam fundamentais
em uma eleição que custa centena de milhões de dólares. Dados da Comissão
Eleitoral americana mostram que Obama arrecadou 639 milhões de dólares, dos
quais se estima que cerca de 50% vieram de doações abaixo de 500 dólares, via
Web. Isso permitiu ao candidato abrir mão do financiamento público de
campanha, quebrando uma tradição de décadas na política americana e
reforçando seu marketing de “change” (mudança).
Mudou o terreno de batalha, mudaram também as táticas. Obama continuou se
valendo da “Força Aérea”: na semana passada apresentou um “infomercial” de 30
minutos nas 3 principais redes de TV americanas (veja no Huffington Post, o mais
influente blog político dos EUA, os melhores momentos, com comentários). Mas
após o bombardeio o terreno era ocupado primordialmente pela “guerrilha digital”
e não pela infantaria tradicional (cabos eleitorais pagos).
Isso só foi possível porque a campanha montou uma estratégia de redes sociais
baseada na apropriação de blogs, conteúdo produzido pelo usuário e páginas de
relacionamento por parte do site oficial da campanha. Ao se cadastrar no site, o
internauta passava a poder montar sua própria página (o
“MyBarackObama.com”), como se fosse um “Facebook” ou “Orkut” fechado
dentro do espaço da campanha.
As diversas atividades (criação de blogs, organização de eventos, doações,
criação de vídeos para a “Barack TV”) iam gerando “pontos”, que serviam como
um sinal de prestígio e envolvimento e, ocasionalmente, permitiam ao internauta
aparecer em algum evento próximo ao candidato ou outras figuras importantes –
uma estratégia já clássica para aumentar o “capital social” dos ativistas de
campanha, estimulando ainda mais seu envolvimento. Cerca de 11% dos
eleitores americanos enviaram comentários feitos em blogs para outros eleitores e
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5% escreveram ou fizeram sua própria análise da campanha –entre os eleitores
mais jovens (18-29 anos), este número atinge 12%. Embora ainda modestos,
estes percentuais são o triplo do verificado na eleição de 2004.
A campanha de Obama utilizou as ferramentas da Web 2.0 para “baratear” o
custo do envolvimento com as eleições. Boa parte dos seus possíveis eleitores
dificilmente iria se dar ao trabalho de enfrentar o trânsito para ir a um comitê,
apanhar caixas e caixas de “santinhos”, flâmulas, adesivos e sair distribuindo isso
para seus amigos e vizinhos. Mas quando o que se pedia deles era simplesmente
fazer um upload de alguma imagem, escrever algo, colocar um feed em seu blog
ou enviar um email para os amigos, isso tornava o envolvimento mais fácil.
Novamente dados do instituto Pew mostram o acerto da estratégia. Os grupos
mais importantes entre os eleitores (os que apresentam maior grau de educação,
jovens e de meia-idade) integram as fontes de informação online e off-line. São os
“integradores” e “netnewsers”. Por seu perfil demográfico (mais jovens e
escolarizados), são exatamente o público com maior tendência para votar em um
candidato democrata.
Do outro lado, a campanha de McCain procurou ocupar o território digital com
táticas de padrão “broadcast”, ou seja, uma adaptação do tradicional “discurso de
campanha”. Neto e filho de almirantes que lutaram na Segunda Guerra e na
Coréia (e também piloto de bombardeio no Vietnã), McCain custou para perceber
a importância de ocupar este espaço, e quando o fez utilizou um site onde era
possível ler discursos do candidato, ver os comerciais de campanha etc, mas com
uma baixa oferta de ferramentas colaborativas.
De certa forma, McCain “lutou” a guerra digital utilizando as táticas do Vietnã –
achando que a ocupação maciça do território em todas as frentes seria suficiente
para “estrangular” o adversário. Apenas no final da eleição seu comando de
campanha fez o óbvio –tentar incorporar alguma coisa de Web 2.0 no “McCain
Space”, uma pálida cópia das iniciativas de Obama.
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É claro que a Web não é a única resposta para o extraordinário sucesso da
campanha de Obama. A administração Bush, a mudança geracional no eleitor
americano (pela primeira vez a eleição foi disputada por um candidato que não
lutou ou participou das manifestações contra ou a favor da guerra do Vietnã), a
personalidade belicista de McCain (neste aspecto, é imperdível a leitura da
matéria de capa da The Atlantic deste mês, “Why War is His Answer”), a
desastrada escolha de Sarah Pali n como vice e o racismo oculto dos eleitores da
“Jesuslândia” (os EUA profundo, que acreditam mais no Novo Testamento do que
em Darwin) são fatores que provavelmente influenciaram o resultado mais que
todos os blogs, vídeos no YouTube, etc.
Mas, mesmo que perca a eleição, Obama mostrou o extraordinário poder que as
tecnologias colaborativas “open source” trazem para a política. É questão de
tempo para que as empresas também se apercebam disso. Trata-se de uma
mudança na qual podemos acreditar...
Fonte: Artigo publicado por Marcelo Coutinho, diretor de Análise de Mercado do IBOPE Inteligência, no site IDG Now, no dia 4 de novembro. Disponível em: <http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&nome=home_materia&db=caldb&docid=943692A2FA5B9048832574F70062A2E3> Acesso em 04/11/2008.
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ANEXO M - IBOPE//NETRATINGS LANÇA ESTUDO INÉDITO SO BRE REDES SOCIAIS
W388 GSM c/Câmera
Levantamento mostrou que campanhas online partindo de blogs ou outras redes sociais podem ter um impacto 500 vezes maior do que se as mesmas partissem dos sites das próprias empresas.
O IBOPE//NetRatings lançou hoje, em evento realizado na sede do IBOPE em
São Paulo, seu mais novo produto: o “Redes Sociais”. O estudo faz parte da área
Analytics do IBOPE//NetRatings - uma nova divisão da empresa responsável pela
análise qualitativa dos dados coletados - e trará análises aprofundadas sobre o
impacto das redes sociais brasileiras na construção, sustentação e até mesmo
destruição de marca e reputação das organizações.
Segundo dados do IBOPE//NetRatings, só em maio de 2008, 18,5 milhões de
pessoas navegaram em sites relacionados a comunidades. Se forem acrescidos a
este número os fotologs, videologs e os mensageiros instantâneos, o valor salta
para 20,6 milhões de brasileiros por mês acessando as chamadas “redes sociais”.
Esse número representa cerca de 90% do total de usuários que acessam a
internet mensalmente.
“Este crescimento acentuado das redes sociais no Brasil e a influência que elas
exercem sobre os usuários que são também consumidores, ainda não são
amplamente conhecidos pelas corporações. Pelo que temos observado ao longo
dos últimos meses, conhecer bem essas redes sociais e aprender como fazer
parte delas não apenas previne eventuais crises ou problemas de imagem das
empresas, como também as aproxima de seus públicos, funcionando como uma
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 152
TIDD – Tecnologia da Inteligência e Design Digital
valiosa ferramenta estratégica”, afirma Alexandre Magalhães, gerente de análise
do IBOPE//NetRatings e responsável pelo novo produto.
Como forma de apresentar o novo produto aos seus clientes, o
IBOPE//NetRatings realizou uma espécie de “relatório-piloto” tomando como
referência as grandes montadoras de automóveis e a relação destas com as
redes sociais.
Alguns dos resultados obtidos foram os seguintes:
Caso as montadoras decidissem realizar uma grande campanha para impulsionar
o consumo de automóveis e, para isso, utilizassem seus sites oficiais, elas
falariam para cerca de 2 milhões de pessoas duplicadas em um mês;
Caso os membros das comunidades relacionadas às marcas de veículos
decidissem fazer uma campanha a favor ou contra o consumo de veículos,
atingiriam 1.000.000.000 de pessoas duplicadas. Ou seja, 500 vezes ou 49.900%
mais impactos possíveis do que as montadoras;
94,1% dos usuários que visitam os sites das montadoras freqüentam
comunidades, ou seja, uma ação das montadoras poderia ser rapidamente
contraposta pelos membros das comunidades;
Ao contrário, membros das comunidades que visitaram sites oficiais das
montadoras em maio de 2008 não chegaram a 8%;
Mais de 90% dos membros das comunidades relacionadas aos veículos, com
sentimentos negativos, positivos ou neutros, têm até 24 anos de idade. Uma onda
de comentários contra uma marca de automóvel pode matar o futuro comprador;
Os usuários de comunidades não são homogêneos, pelo contrário, encontramos
variações enormes de sentimentos em relação a quase todas as marcas quando
comparamos dois estados vizinhos: Rio de Janeiro e São Paulo. Marcas podem
ser odiadas em um local e amadas em outro, o que também indica que a
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comunicação na internet não deve e não pode ser única para todo o território
nacional;
Membros de algumas marcas de veículos demonstram mais afinidade com
marcas de produtos de outras categorias e menos com outras. Essa informação
gera possibilidade de comunicação indireta com o público de interesse das
empresas.
Sobre o IBOPE//NetRatings
O IBOPE//NetRatings é uma joint-venture entre o IBOPE e a Nielsen//NetRatings,
líder mundial em mensuração do comportamento dos usuários da Internet. A
empresa está presente em 10 países, por meio do maior painel de internautas do
mercado, com mais de 200 mil colaboradores (4.499 no Brasil). Através de uma
tecnologia proprietária, é capaz de medir o comportamento dos usuários, bem
como a atividade publicitária online, e fornecer dados sobre a Internet mundial.
Mais informações em www.ibope.com.br
Nota por Elaine Paiva: Em se tratando de sites e blogs, a Volkswagen do Brasil
percebeu isso muito antes da divulgação do resultado do IBOPE//NetRatings. Em
maio a empresa enviou um email a vários blogueiros informando o recall dos
modelos Fox. Havia a necessidade de atingir o maior número possível de
internautas(clientes do modelo em questão) pois a empresa tinha que readequar
o mecanismo de ampliação do porta-malas. E creio que deva ter atingindo seu
objetivo. Por isso, a pesquisa acima é muito válida, não só para veículos, como
também, outros produtos que temos em nosso mercado brasileiro.
Fonte: Blog Crônicas Disponível em < http://www.blogcronicas.com/2008/06/ibopenetratings-lanca-estudo-inedito-sobre-redes-sociais > Acesso em 20/06/2008
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ANEXO N - VW E BRADESCO JOGAM COM AS REDES SOCIAIS
SÃO PAULO – Empresas contam como interagem com comunidades online para incrementar os negócios.
Durante o Seminário INFO Redes Sociais, empresas como Bradesco e
Volkswagen mostraram como enxergam a repercussão de suas ações e produtos
nas diferentes redes sociais. “O segredo é se adaptar às novas realidades. Toda
a monitoração feita pela Volkswagen gera informações ricas para o
desenvolvimento de novos produtos e serviços”, afirma Herlander Zola dos
Santos, supervisor de propaganda e marketing da Volks.
A montadora teve um importante – e delicado – exemplo com o problema
mecânico do modelo Fox. Um defeito na expansão do porta-malas do veículo
decepou o dedo de alguns usuários, causando uma péssima repercussão à
empresa. De acordo com Zola, após o rastreamento em diversas comunidades, o
maior desafio era neutralizar os comentários mais ácidos, já que negativos eram a
maioria.
Da mesma forma que as redes sociais ajudaram a piorar a imagem da
Volkswagen com o Fox, serviram para garantir bons rendimentos ao Novo Gol.
Anunciado recentemente, a Volks trabalhou intensamente na campanha de virais.
Uma análise da utilização das Redes Sociais em ambientes corporativos 156
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Em uma das ações, internautas indicavam o telefone de um amigo com algumas
características da sua personalidade. Esse amigo recebia um telefonema
personalizado com a voz do dublador oficial de Silvester Stallone.
O Bradesco investiu na rede Comunidade do Planeta para divulgar suas ações de
sustentabilidade. Criada em maio, o site já reúne 8,5 mil pessoas que discutem
sobre diversas questões relacionadas ao desenvolvimento responsável. “Ainda
estamos aprendendo muito com esse novo canal. Um projeto que vai muito bem
pode trazer credibilidade num tema que não é associado a bancos”, diz Ângela
Pellicer, gerente de marketing do Bradesco.
Para Alexandre Magalhães, gerente de análises de mercado do Ibope/NetRatings,
uma boa forma de monitorar a marca é o refino da análise dos consumidores. A
empresa acompanha 6 mil usuários de internet. “Nem os clientes sabem ainda
exatamente o que eles querem. Um robô faz uma varredura em grupos de
discussão e nós fazemos um relatório”, diz Magalhães.
É consenso entre os executivos que o monitoramento das redes sociais é algo
relevante, mas que ainda não gera ganhos expressivos para a empresa. É o típico
caso que a companhia precisa estar lá para não ficar atrás da concorrência e não
gerar insatisfação em seus clientes em redes sociais.
Fonte: INFO - Bruno Ferrari Disponível em < http://info.abril.com.br/aberto/infonews/082008/18082008-14.shl > Acesso em 18/08/2008
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ANEXO O - GRUPO FLEURY USA REDES SOCIAIS PARA INOVA R
O Grupo Fleury – composto pelas áreas Medicina Diagnóstica, Gestão de Saúde,
Hospital Dial e NKB Medicina Diagnóstica – criou uma diretoria de inovação
há mais de um ano com o objetivo de aumentar o valor do negócio
através de seus colaboradores.
Na área técnica do Fleury Medicina e Diagnóstico, a análise da gestão de
conhecimento durou três meses, envolvendo duas gerências da área de P&D
(Pesquisa e Desenvolvimento) e sete gerências de análises clínicas.
O Grupo adotou a metodologia de análise de redes sociais, uma vez que as
interações dos colaboradores formam redes organizacionais invariavelmente
invisíveis aos gestores, mas com importância estratégica para a gestão do
conhecimento e competitividade empresarial.
As análises de redes sociais proporcionaram benefícios que incluem identificação
de gargalos de conhecimento; retenção de profissionais com conhecimentos
críticos; identificação de conectores de redes isoladas; acompanhamento da
evolução de fusões empresariais e departamentais; diagnóstico de fragilidades de
rede; criação de comunidades de prática; mapeamento de fluxos de informações.
Segundo Rendrik Franco, diretor de inovação, pesquisa e desenvolvimento do
Grupo Fleury, outro projeto – a Central de Idéias, em operação há um ano – gerou
resultado quantitativo. “Na unidade de Medicina Diagnóstica, um colaborador
sugeriu uma melhoria no processo de agendamento de ultra-som, o que resultou
em uma economia de R$ 100 mil/ano”, ilustra.
A Central de Idéia funciona como um centro de sugestões, acessada pela
Intranet, por qualquer funcionário. A aprovação ou não funciona como se fosse
um funil, passando por várias etapas de aprovações. Já foram submetidas 1.400
sugestões, das quais 347 aprovadas.
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Fonte: Decision Report - Paula Zaidan Disponível em <http://www.decisionreport.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=3752&sid= 3&tpl=printerview> Acesso em 26/12/2008
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ANEXO P - NÃO FUJA DAS REDES SOCIAIS
As ferramentas de comunicação podem ser caminhos muito eficientes para aumentar a produtividade dentro das empresas, desde uma contratação até em estudos de estratégias de comunicação.
O LinkedIn por exemplo se tornou ponto de referência para o
mundo corporativo. O Orkut também tem sido útil para empresas. O site de
relacionamentos do Google tem servido para mudanças de estratégia. Em
comunidades e fóruns, os consumidores trocam experiências, deixam
comentários e acabam colaborando com informações sobre produtos e serviços.
Mário Costa, gerente de soluções da IBM Brasil conta: “Uma pesquisa da
eMarketer, que analisa os tipos de publicidade considerados mais confiáveis
pelos consumidores, mostrou que em primeiro lugar está o popular boca a boca
(78%) e, em terceiro lugar, opiniões de consumidores postadas na internet
(68%)”.
Para ele “as empresas não podem só depender de suas áreas internas de
pesquisa e desenvolvimento, elas precisam recorrer a uma comunidade mais
ampla, a um tipo de trabalho mais colaborativo”.
O exemplo mais conhecido é o próprio Linux e o open source de modo geral, cujo
desenvolvimento é feito pela própria comunidade. Por outro lado, quem recebe as
informações também encontra novidades. Os blogs tornaram-se fontes de
informação e as notícias não chegam apenas de mídias oficiais, mas
principalmente de quem estava no local, em tempo real.
Mário usa a IBM como exemplo: “qualquer funcionário pode criar em nossa
intranet quantos blogs quiser. Utilizamos isso para fazer acompanhamento de
projetos, economizando tempo e criando debates”.
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Sobre privacidade, Mário diz: “o mau uso dessas ferramentas não são sobre Web
2.0 ou redes sociais, mas uma questão genérica inerente à internet em si. É claro
que, quanto mais conectados, maior o potencial de serem explorados de forma
negativa. A boa notícia é que o tema privacidade está cada vez mais presente na
pauta de todas as empresas”, conclui Mário.
Fonte: Juliana Zorzato Disponível em: http://pcmag.uol.com.br/conteudo.php?id=347 Acesso em 20/10/2008.
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ANEXO Q - USO DE REDES SOCIAIS NO TRABALHO PODE FAV ORECER DESENVOLVIMENTO DE FUNCIONÁRIOS
O uso de redes sociais no trabalho pode ser favorável ao desenvolvimento dos
funcionários dentro das empresas. A informação foi divulgada por um analista
britânico, em pesquisa realizada pelo site Demos.co.uk, em que se notou a
eficácia de sites como Facebook e Orkut na relação interpessoal entre
empregados e clientes.
Peter Bradwell, responsável pelo estudo, afirmou que em vez de manterem
sistemas específicos para compartilhar informação, as empresas deviam agregar
utilidades às redes sociais, melhorando a produtividade e estimulando a inovação
e o trabalho democrático. "É praticamente impossível bloquear eficazmente o
acesso ao Facebook ou ao MySpace, por isso sugiro que as companhias liberem
a navegação nas redes sociais por um certo tempo", declarou, destacando que é
preciso se estabelecer limites e regras para o uso dos sites. "Precisamos
entender como é possível gerenciar os desafios que essas plataformas nos
apresentam, uma vez que participamos delas", acrescentou Bradwell.
Segundo publicação da agência Reuters, a pesquisa aponta que a tentativa de
controlar o acesso a páginas como o Facebook, que sozinho tem mais de 100
milhões de usuários espalhados no mundo, poderia ser prejudicial às
organizações. "Empresas inteligentes perceberam que o ambiente corporativo
dificilmente seria isolado das redes sociais", ele comentou.
Fonte: Redação Portal IMPRENSA Disponível em: http://portalimprensa.uol.com.br/portal/ultimas_noticias/2008/10/29/imprensa23754.shtml Acesso em 29/10/2008.
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ANEXO U - INTELIGÊNCIA BRITÂNICA RECRUTA ESPIÕES NO FACEBOOK
Informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores. Há mais de dois anos, serviço também usa rádio e jornal para contratar.
O serviço britânico de segurança no estrangeiro (MI6) recorreu à rede social
Facebook para recrutar novos agentes, informou uma porta-voz do Ministério das
Relações Exteriores.
"A campanha tem o objetivo de encontrar os talentos representativos da
sociedade britânica atual", disse a porta-voz. "Estão sendo utilizados vários
canais para promover oportunidades de emprego na organização. O Facebook é
um exemplo recente", acrescentou.
O MI6 lançou as ofertas de emprego no Facebook há algumas semanas para
encontrar uma ampla variedade de candidatos, completou.
Os serviços de inteligência começaram utilizando rádio e jornais como
ferramentas para o recrutamento de agentes há mais de dois anos. Os
interessados também podem apresentar suas candidaturas, diretamente, no site
do MI6.
Fonte: G1 Globo Disponível em < http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL777543-6174,00.html > Acesso em 29/09/2008.
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ANEXO V - REDES SOCIAIS VÊEM AUMENTO DE BUSCA POR EMPREGO
A crise financeira mundial já produziu sua parcela de perdedores. MySpace e
outras redes sociais, entretanto, querem capitalizar a sua parte. O MySpace,
propriedade do conglomerado de mídia News Corp., de Rupert Murdoch, disse
que seu site de empregos tem visto um significativo aumento de tráfego desde
o ano passado, particularmente depois do desenrolar da crise.
Em 2008, o tráfico triplicou, disse Angela Courtin, vice-presidente sênior de
marketing, entretenimento e conteúdo do MySpace. O número de visitantes
únicos entre as faixas etárias de 21 e 34 anos no site de empregos foi de mais
de 160 mil em novembro, ante os 83,5 mil no mesmo período do ano anterior,
segundo os números do MySpace fornecidos à Reuters. O site não havia tido
picos desse tipo antes, disse Courtin.
O número médio de minutos por usuário passou a sete em novembro, ante um
minuto no mesmo período do ano passado. O apelo desse tipo de site parece
estar naquela velha teoria de que a miséria adora companhia.
Buscar oportunidades de emprego é algo que freqüentemente depende da rede
de relacionamentos e sites como MySpace e LinkedIn são especialistas nisso.
A MySpace não é a única. No ano passado, a LinkedIn viu o número de
membros de sua rede saltar para 31 milhões, ante os 18 milhões existentes no
início de 2008, enquanto as pessoas usam a rede de negócios em busca de
conexões que lhes ajudem a encontrar o emprego cada vez mais raro.
Segundo o LinkedIn, o número de registros foi 25% maior do que ela projetava
no ano passado.
Fonte: Reuters Disponível em: http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3452463-EI4802,00-Redes+sociais+veem+aumento+de+busca+por+emprego.html Acesso em 16/01/2009.
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ANEXO X - DESEMPREGADO? PROCURE AS REDES SOCIAIS
Em São Paulo estar desempregado não é motivo de vergonha para ninguém.
Quem tem dificuldade de largar o pijama e se motivar se estiver em casa, pode
procurar um cybercafé ou um escritório de um amigo, para dar um cenário mais
profissional à empreitada da busca do emprego. Pode ser até mais saudável,
porque o profissional irá conhecer mais gente.
“Tem pessoas que tendem a se esconder por vergonha, mas essa é a hora em
que elas mais precisam aparecer. As relações pessoais são responsáveis por
mais de 50% das recolocações”, diz Elaine Saad, gerente-geral da Right Manager
no Brasil.
Flávia Garbo, consultora da Luandre, lembra que os papéis podem se inverter.
“Não pode se sentir constrangido de ligar para um colega. até porque, se hoje é
ele quem precisa, amanhã pode ser o colega.”
Além disso, é preciso flexibilidade: sem deixar o cronograma de lado, não permita
que a agenda seja uma camisa-de-força. É necessário deixar horários livres, que
serão ocupados pelas entrevistas de emprego que vierem, e fazer adaptações.
“O profissional deve jogar com sua agenda. Se teve dois encontros num dia, deixe
mais tempo para a pesquisa no outro. Do mesmo modo como fazemos na nossa
vida profissional”, diz Saad.
Se quiser ocupar o dia com cursos, tome cuidado. Escolha aqueles de curta
duração, de um dia ou no horário não comercial. Se você se comprometer com
algo mais extenso e duradouro, pode ter problemas quando encontrar um novo
emprego.
Fonte: Reuters/UOL Disponível em: http://blog.pepelavandeira.com.br/desempregado-procure-as-redes-sociais Acesso em 02/02/2009.
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ANEXO W - REDES SOCIAIS GANHAM A ATENÇÃO DO EMPRESA RIADO NACIONAL
A Techweb, fornecedora de soluções de comunicação e serviços de informação
especializados, concluiu os resultados da pesquisa "Prioridades de aprendizagem
e investimentos em TI pelas corporações brasileiras", realizada junto aos mais de
três mil inscritos na Interop São Paulo. A Interop, evento norte-americano do
segmento de TI, terá uma edição no Brasil, entre os dias 12 a 14 de agosto, em
São Paulo.
Do total de entrevistados, 66,2% consideram muito importante as questões sobre
integração e interoperabilidade na aquisição de novos produtos e tecnologias para
a sua empresa. A pesquisa ainda aponta que, na atual evolução da Web 2.0,
54,3% dos executivos lêem, participam ou contribuem para as redes sociais.
Os blogs são utilizados por 49,4% deles, seguidos por RSS (49,1%), wikis
(35,8%) e podcastings (29,8%). Dos executivos entrevistados, 47,4% estão
envolvidos com o desenvolvimento ou organização de blogs para aplicações
dentro ou fora da empresa; 44,7% deles com RSS e 29,5% com wikis.
De acordo ainda com a pesquisa da TechWeb, 48% das empresas utilizam como
ferramentas colaborativas os documentos baseados na internet e planilhas e 46%
utilizam comunicação através de vídeos.
Os serviços colaborativos utilizados por 26% das empresas são os blogs
corporativos para uso interno dos funcionários, as aplicações colaborativas / team
workspace e o serviço de indexação de informações corporativas. Unified
Communications já são utilizadas por 23% das empresas, enquanto 19% delas
fazem uso de redes sociais, 17% wikis e 10% Enterprise Blogs.
Entre os entrevistados, 44,8% são responsáveis pela totalidade das decisões
referentes às aplicações de TI nas empresas em que trabalham e 35,7% dos
entrevistados gerenciam o orçamento anual em TI.
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O estudo constatou ainda que as fontes de informação utilizadas para
atualizações do setor, os entrevistados utilizam portais (20,1%), e-mails e
newsletters eletrônicas (17,8%), revistas (15,9%), exposições e websites dos
fabricantes (11,7%), conferências (10,3%) e eventos online (4,2%).
Fonte: IT Careers Disponível em: http://www.convergenciadigital.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?from_info_index=21&infoid=15267&sid=46 Acesso em 07/08/2008.