um tema por....c. antónio manuel pacheco dia 02-05-012
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Rotary Clube de VizelaD. 1970 –Ano Rotário 2011/2012
Reunião de Companheirismo nº 44 – Um tema por……
C. António Manuel Pacheco dia 2-05-2012
Rotary Clube de VizelaD. 1970 –Ano Rotário 2011/2012
Inicio da reunião
Rotary Clube de VizelaD. 1970 –Ano Rotário 2011/2012
Saudação às Bandeiras
Rotary Clube de VizelaD. 1970 –Ano Rotário 2011/2012
Momento do Protocolo com o C. Cipriano Alves
Rotary Clube de VizelaD. 1970 –Ano Rotário 2011/2012
Momento do Presidente C. Carlos Martins
Rotary Clube de VizelaD. 1970 –Ano Rotário 2011/2012
Momento de Actualidades e Comunicações com o C. José Abreu no uso
da palavra….
Rotary Clube de VizelaD. 1970 –Ano Rotário 2011/2012
….falando sobre a Fundação Rotária Portuguesa
Rotary Clube de VizelaD. 1970 –Ano Rotário 2011/2012
…C. Vítor Monteiro no uso da palavra….
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…fazendo uma resenha do PETS e Assembleia Distrital…
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…C. Flávio Faria no uso da palavra…
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…falou sobre a visita do RC de Henares ao n/ Clube.
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Companheiros/as do Clube
Rotary Clube de VizelaD. 1970 –Ano Rotário 2011/2012
Companheiros/as do Clube
Rotary Clube de VizelaD. 1970 –Ano Rotário 2011/2012
Companheiros/as do Clube
Rotary Clube de VizelaD. 1970 –Ano Rotário 2011/2012
Companheiros/as do Clube
Rotary Clube de VizelaD. 1970 –Ano Rotário 2011/2012
Companheiros/as do Clube
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C. António Manuel Pacheco no uso da palavra….
Rotary Clube de VizelaD. 1970 –Ano Rotário 2011/2012
…iniciando o seu Tema lendo parte de uma entrevista de Filomena
Mónica
Rotary Clube de VizelaD. 1970 –Ano Rotário 2011/2012
Passados 38 anos depois do 25 de Abril, o que é que a incomoda ainda no Portugal que temos?
Horroriza-me a pobreza emergente, voltar a encontrar hoje a indigência nas ruas, famílias a passar fome. Nunca pensei que a pobreza da minha infância ressuscitasse e não sei como reagir. No Jardim da Estrela, um rapaz de uns 40 anos pediu-me esmola. Estava convencida, depois do 25 de Abril, que a situação económica evoluiria sempre para melhor e que o Estado social protegeria os mais fracos. Paguei sempre os impostos, mesmo quando me custava, na convicção de que os membros mais frágeis da sociedade a que pertenço nunca voltariam a cair na pobreza extrema. Quando já nos pensávamos europeus e acreditávamos que as pessoas tinham alcançado o bem-estar, que os velhos tinham assegurado um futuro digno até à morte, eis que regressa aquela pobreza ancestral.
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Já tem dito que a incomoda sermos um povo subservie nte. Como explica que continuemos assim, depois de tantos ano s de democracia?
É preciso lembrarmos que o 25 de Abril foi um golpe de Estado, uma insurreição militar. Desde o século XIX até agora, em Portugal, os regimes foram sempre mudados por insurreições militares. Ora, a liberdade conquista-se. E nós nunca a conquistámos, foi sempre alguém que nos deu a liberdade. Em 1820 deram-nos o fim do antigo regime, vindo dos reis, com uma insurreição militar; em 1910, a República veio com uma insurreição militar; em 1926 foi uma insurreição militar que mudou o regime e abriu o caminho a Salazar; e em 1974 foi também uma revolta militar. Facto é que o povo não participou. E, ao não participar, torna-se um espectador alheado. Quando recebemos a liberdade dada e não temos de a conquistar, não a tratamos como nossa. A Constituição de 1822 diz: “O rei outorga.” “Outorga” significa “dá”. Foi sempre assim.
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Como avaliaria a evolução política nestes 38 anos?
Politica e culturalmente, as coisas não avançaram ao mesmo ritmo. A revolução deixou uma impressão digital má, ao gerar uma lei nefanda que ainda hoje nos obriga a votar, não em pessoas, mas em letras partidárias. E assim o parlamento, que é centro do sistema democrático, não funciona.Não sei quem são aquelas pessoas no parlamento, não votei nelas. Deixei de votar no PS, porque prometeram fazer a reforma eleitoral e não fizeram. De resto, o PSD também prometeu. E lá vêm aquelas listas cozinhadas pelo secretário-geral, com os nomes dos servos mais obedientes da corte partidária. A parte política foi o que nestes anos mais falhou, pois era possível fazer uma reforma eleitoral, mesmo que se tivesse de mexer na Constituição.
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É na fase actual que estamos finalmente a tornar-no s um outro Portugal?
E ao mesmo tempo estamos numa Europa que avança para uma enormíssima crise. O Estado social não vai poder existir como até agora. As pessoas vão ter de se reformar mais tarde, vão ter reformas menores – eu perdi 30 a 40% do meu vencimento este ano. Não me queixo porque tenho vergonha de me queixar, as outras pessoas estão pior que eu. A verdade é que o Estado falhou o meu contrato, pois tinha garantido que eu descontaria todos os meses durante 40 anos e, como trabalho desde os 19 anos, já me podia ter reformado, mas continuo a trabalhar na universidade. O Serviço Nacional de Saúde não é mau – a minha mãe foi muitas vezes ao Hospital de S. José e foi sempre muito bem tratada.
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…depois abordou as várias vertentes da crise em Portugal…
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...citou Vital Moreira, Daniel Bessa e Cristina Casalinho
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C. Carlos Martins agradece ao C. António Pacheco a sua
notável exposição….
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…mas devido ao adiantado da hora o debate ficará para
reunião posterior.
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De seguida cantaram os parabéns à C Mª do Resgate pelo seu
aniversário
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“O emprego não existe e não se cria de um dia para o
outro” .
Daniel Bessa