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UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI PROPOSTA DE MELHORIA DE PROCESSOS LOGÍSTICOS PARA UMA EMPRE- SA DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL CURITIBA - PR 2015

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UFPR

SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

PROPOSTA DE MELHORIA DE PROCESSOS LOGÍSTICOS PARA UMA EMPRE-SA DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL

CURITIBA - PR 2015

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SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

PROPOSTA DE MELHORIA DE PROCESSOS LOGÍSTICOS PARA UMA EMPRE-SA DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão do curso de MBA em Gestão Estratégica da Universidade Federal do Paraná Orientador: Professor Paulo Roberto Rocha Krüger

CURITIBA - PR 2015

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1

1.1. CONTEXTO ................................................................................................ 1

1.2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA........................................................... 2

1.3. PROBLEMATIZAÇÃO ................................................................................. 5

1.4. JUSTIFICATIVA .......................................................................................... 6

1.5. OBJETIVO .................................................................................................. 7

2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 8

2.1. ESTUDOS DE TEMPOS E MOVIMENTOS ................................................ 8

2.2. GESTÃO DE ESTOQUES .......................................................................... 9

2.3. LAYOUT .................................................................................................... 13

2.4. DIAGRAMA DE ISHIKAWA ...................................................................... 17

2.5. CURVA ABC ............................................................................................. 18

2.6. METODOLOGIA DA PESQUISA .............................................................. 19

2.7. TÉCNICAS A SEREM UTILIZADAS ......................................................... 20

3. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................ 21

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 27

5. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 30

6. ANEXOS ............................................................................................................. 32

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RESUMO

KAWANAMI, Sérgio Kunio. Proposta de melhoria de processos logísticos para uma

empresa de distribuição de produtos químicos para construção civil, 56 p. Trabalho

de Conclusão de Curso (MBA em Gestão Estratégica) – UFPR – Universidade Fede-

ral do Paraná. Curitiba, 2015.

Trabalho de conclusão do curso de MBA em Gestão Estratégica da Universi-

dade Federal do Paraná, envolvendo análise e sugestões de melhoria no processo

logístico da Diprotec – Distribuidora de Produtos Técnicos para Construção Civil

LTDA contemplando as ferramentas de gestão de estoques e estudos de movimen-

tos, mas não limitadas somente a elas.

Palavras chave: Gestão de estoques, logística, estudos de movimentos, Lean

manufacturing.

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1. INTRODUÇÃO

1.1. CONTEXTO

Alinhamento e foco são as duas palavras que, segundo Kaplan e Norton (KA-

PLAN, Robert S.; NORTON, David P. Organização Orientada para a Estratégia),

resumem os princípios das organizações voltadas para aumentar usa capacidade

competitiva.

Todavia, “articular a estratégia com clareza e implantá-la com disciplina sem

perder o foco tem se tornado fator crítico para o crescimento sustentável” (MAGA-

LHÃES, CARLOS, pag. 7).

Por isso, há a necessidade de que os líderes empresariais agreguem valor às

suas companhias, simplificando processos que não sejam centrais para as opera-

ções da organização e que se concentrem nos processos principais, aumentando a

produtividade da empresa.

O Grupo Diprotec, Distribuidora de Produtos Técnicos Ltda. é, como a própria

razão social demonstra, uma distribuidora de produtos, com foco no mercado da

construção civil e, portanto, um dos seus principais processos do core business é a

Logística.

Dessa maneira, as atividades logísticas da empresa precisam estar alinhadas

com as estratégias da mesma, e é fator crítico de sucesso para o desenvolvimento

sustentável da mesma.

Segundo Adalberto Bertaggia dos Santos, diretor da Bertacon S/C, empresa

especializada em consultoria logística, a mesma agrega valor ao produto, pois existe

a dificuldade do processo produtivo entre entregar o que é consumido por quem

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produz e, somente após a entrega ao consumidor é que o valor intrínseco do produ-

to passa a existir.

Ainda segundo Beretaggia, outra forma da logística agregar valor ao processo

é através do tempo.

Atualmente, conforme preconizam Harris, Harris e Wilson (HARRIS, Rick;

HARRIS, Chris e WILSON, Earl. Fazendo Fluir os Materiais), a necessidade de se

ter os materiais corretos, no momento correto, no local correto, é essencial para que

os processos produtivos ocorram, com eficácia, maior eficiência e menores custos.

1.2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

O Grupo Diprotec iniciou suas operações no ano de 1990, quando foi identifi-

cado um mercado carente de informações e soluções para a construção civil. Esta

falta se refletia especialmente na utilização dos produtos químicos que já se encon-

travam em evidência mediante a necessidade, cada vez maior, de preservação e

recuperação das estruturas.

Foi idealizado então, pelos precursores do Grupo Diprotec e profissionais da

área da construção civil, uma oportunidade de diferenciar o serviço, oferecendo,

além da comercialização, a assessoria técnica baseada na experiência em obras

prediais. Desta forma tornava-se possível trazer ao cliente um diagnóstico dos pro-

blemas, apresentando-lhes as tecnologias que mais se adequassem às suas neces-

sidades.

O desafio desde então foi vivenciar esta filosofia de trabalho internamente na

equipe comercial, priorizando soluções sempre de forma coerente com a melhor re-

lação custo/benefício. Felizmente criou-se e se enraizou esta cultura que permeou

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por todos os setores da Diprotec, tornando-a pioneira e referência no mercado de

produtos técnicos para construção, em Curitiba-PR onde, hoje, existem três unida-

des em operação: a Diprotec Store (Matriz), a Spazio (2004) e a ProCenter - Loja e

Centro de Distribuição Especializado (2011).

Em paralelo, no mercado paulista, mais precisamente em agosto de 1995, foi

fundada uma nova empresa do mesmo segmento: a Casa D´Água. Sua primeira se-

de foi inaugurada em Americana, interior de São Paulo. A marca nasceu com a pre-

ocupação em oferecer as melhores e mais viáveis soluções em construção civil, se-

guindo o mesmo propósito da já existente Diprotec. Em Abril de 2000, inaugurou-se

a segunda unidade, em Piracicaba-SP. A terceira loja, em Campinas-SP, surgiu em

2008, fortalecendo ainda mais a presença da marca e atuação no estado.

Com a necessidade de prestar atendimento específico às obras de infraestru-

tura, com soluções em geossintéticos para drenagem e contenção de solo, estabili-

zação, revestimento de canais e os diversos tipos de proteção, em 2006 foi criada a

CadiGeo em Campinas-SP. Com o mesmo objetivo, mas com sede em Curitiba-PR,

em 2009, surgiu também a Diprotec Geo.

Durante este período de atuação, a Diprotec passou a ser também fortemente

reconhecida por oferecer soluções em Tintas Industriais e Imobiliárias. Deste reco-

nhecimento surgiu a ShopCoat, em 2003, uma representação dos produtos da in-

dústria Akzo Nobel voltada ao atendimento direto às construtoras. Ainda neste con-

texto, em 2007, nasceu a Smart Distribuidora, empresa especializada na distribuição

de tintas imobiliárias e complementos da marca Coral, em Curitiba, Região Metropo-

litana e Litoral paranaense.

A Diprotec já possuía uma história consolidada na cidade de Curitiba, quando

decidiu ampliar a atuação da marca para o estado de Santa Catarina e outras regi-

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ões do Paraná. Novas unidades operacionais foram iniciadas na região catarinense,

através da Tecnisul (unidades Diprotec de Santa Catarina). A primeira delas foi em

Florianópolis, no ano de 2005, cuja sede atual encontra-se na cidade de São José. A

sua filial foi inaugurada em 2009, em Balneário Camboriú. O norte paranaense, regi-

ão em pleno desenvolvimento também na construção civil, oportunizou a instalação

de um novo centro de distribuição especializado Diprotec na cidade de Londrina, em

2013, com o objetivo de aproximar das construtoras daquele mercado todo o seu

portfólio de soluções técnicas, através de estoque local.

Com esta expansão, a Diprotec vem fortalecendo o seu posicionamento de

mercado, como uma marca de referência técnica em distribuição de produtos quími-

cos para construção em várias regiões do país.

Com foco nas operações industriais, em 2009, o Grupo Diprotec investiu na

aquisição da fábrica de tintas NovoTom, atualmente denominada FlexoTom Indústria

e Comércio de Produtos Químicos para Construção Civil, situada em Colombo-PR.

Tal experiência trouxe bons resultados ao Grupo e motivou o início das operações

de um novo negócio, em 2014: a indústria WTEC, que produz e comercializa juntas

elásticas pré-moldadas para concreto, em Guarulhos-SP.

Em consequência deste crescimento geraram-se novos desafios que exigiram

adaptações na gestão do Grupo Diprotec, para que o mesmo pudesse acompanhar

a evolução e as novas dinâmicas do mercado. Atualmente, com o impulso do adven-

to digital, parte do processo de comercialização tornou-se impessoal e tem exigindo

controles e respostas cada vez mais rápidas aos públicos consumidores adeptos às

estas realidades. Surgiram, em 2014, os sites de comércio eletrônico BoschStore,

loja revendedora de ferramentas elétricas e profissionais Bosch, e a SikaStore, con-

figurada para oferecer produtos Sikaflex de forma fácil e rápida.

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Por conta desta expansão dos negócios foi criado, em maio de 2014, um Cen-

tro de Serviços Compartilhados para o Grupo. Neste CSC foram concentradas todas

as atividades que representam um diferencial estratégico para o negócio e para o

desenvolvimento do Grupo Diprotec de forma sustentável e harmoniosa. Para tanto

foi preciso voltar às atenções para o elemento principal do negócio: o cliente.

Fig. 1 – Timeline Resumo Grupo Diprotec

1.3. PROBLEMATIZAÇÃO

O Brasil está passando por um momento único na sua economia. A situação

econômica atual, as findadas obras para a realização da copa de 2014, a variação

cambial, os aumentos das taxas de juros base, a diminuição dos incentivos fiscais e,

principalmente os escândalos políticos recentes, impactam diretamente no negócio

da empresa.

Isso ocorre, pois, todos os fatores supracitados, influenciaram na diminuição

da demanda de novas obras para o ano de 2015.

Além disso, parte dos clientes da empresa, responsáveis pelas principais

obras de infraestrutura no Brasil, além das obras na principal estatal do país, tem

seus principais executivos apontados como réus na Operação Lava Jato da Polícia

Federal.

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Atrelado a esse cenário, a empresa, durante seus 25 anos, apresentou cres-

cimento sensível. Isso acarretou o aumento expressivo da quantidade de movimen-

tações de materiais (inbound e outbound), além do crescimento do mix de produtos.

Desde o primeiro semestre de 2014, a empresa enfrenta alguns problemas

logísticos. São eles:

1. Altos prazos de entregas;

2. Desbalanceamento dos estoques;

3. Altos prazos de recebimento de materiais.

Além disso, percebeu-se a inexistência de políticas de níveis de estoque, ava-

liação de giro de estoques e fluxos de processos não adequados às necessidades

de controle com foco na maior produtividade dos operadores.

1.4. JUSTIFICATIVA

Atrelando o cenário de retração para o mercado de construção civil, às inefici-

ências operacionais do departamento de logística da empresa, percebe-se que, para

que a empresa continue crescendo, em um ritmo esperado de 20% em relação ao

ano de 2014, será necessário obter maior eficiência operacional e apresentar maior

valor agregado aos clientes.

Ainda, segundo Deming (DEMING, W.E. Qualidade: a revolução da admi-

nistração.) “não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define,

não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia”, é im-

portante ressaltar que, a empresa, bem como o seu departamento de Logística, não

possuem indicadores para sua operação.

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Portanto, passa a ser fundamental que os indicadores de desempenho a se-

rem avaliados sejam relevantes para o sucesso operacional da empresa.

1.5. OBJETIVO

1.5.1. Objetivo Geral

Estudo e avaliação de processos logísticos na Diprotec – Distribuidoras de

Produtos Técnicos LTDA, empregando técnicas de estudo de movimentos e de tem-

pos, ferramentas de gestão de estoques, layout produtivo e avaliação de causas de

problemas, que possibilitem a sugestão de melhorias no planejamento logístico da

empresa.

1.5.2. Objetivos Específicos

Conforme Harrys, Harrys e Wilson, os materiais devem fluir conforme fluxo

contínuo e, os mesmos devem ser movimentados de maneira sincronizada às infor-

mações para que haja a correta gestão dos estoques.

Será feita proposta para que o fluxo de materiais seja contínuo, as compras

de novos materiais possam ser feitas conforme demanda, evitando a obsolescência

e aumentando o giro do estoque, juntamente com a automatização de partes do pro-

cesso logístico, garantindo que a informação e o material estejam corretos, bem co-

mo a implantação de indicadores críticos de sucesso. Assim, as propostas serão:

1. Redesenho do processo de Conferência de entrada;

2. Redesenho do processo de Endereçamento;

3. Redesenho do processo de Separação de materiais;

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4. Redesenho do processo de Movimentação de materiais;

5. Redesenho do processo de Conferência de pedidos separados;

6. Redesenho do processo de Conferência de expedição;

7. Implantação de Plano Para Cada Produto (PPCP), que contempla a defini-

ção de estoques mínimos e máximos, conforme o tempo de entrega dos

fornecedores.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. ESTUDOS DE TEMPOS E MOVIMENTOS

A competitividade entre as empresas e um cenário econômico que exige efi-

ciência das organizações, ou seja, a melhor maneira de fazer um trabalho, ocasiona,

no contexto organizacional, questionamentos de como desenvolver o processo pro-

dutivo de forma que este seja o melhor método.

Assim, partindo do princípio de encontrar o melhor modelo, busca-se otimizar

os processos através do estudo de tempos e de movimentos.

Barnes (1977), define o estudo de movimentos e de tempos sendo:

O estudo de movimentos e de tempos é o estudo sistemático dos sistemas

de trabalho com os seguintes objetivos: (1) desenvolver o sistema e o mé-

todo preferido, usualmente aquele de menor custo; (2) padronizar esse sis-

tema e método; (3) determinar o tempo gasto por uma pessoa qualificada e

devidamente treinada, trabalhando num ritmo normal, para executar uma ta-

refa ou operação específica; e (4) orientar o treinamento do trabalhador no

método preferido (BARNES, 1977, p. 1.).

Através do estudo de movimentos e de tempos é possível aumentar a capaci-

dade produtiva e paralelamente reduzir os custos ocasionados por desperdícios e,

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desenvolver um processo padrão mais eficiente, além de diminuir o “improviso” nas

tarefas, aumentar a qualidade e minimizar os riscos de acidentes.

2.1.1. Gráfico de fluxo de processo

O gráfico do fluxo do processo tem como finalidade registrar o processo e

identificar o fluxo de atividades desempenhadas. Assim, esta ferramenta traz uma

visualização completa do processo e demonstra detalhadamente a quantidade e or-

dem das atividades que o compõe.

O gráfico do fluxo do processo pode ser utilizado como uma ferramenta auxi-

liar na avaliação geral do processo para identificar as atividades desempenhadas e

que não agregam valor, ajudando a definir em quais pontos do processo pode-se

implantar melhorias.

Uma análise detalhada do gráfico de fluxo de processo, em que este demons-

tra detalhadamente cada passo do processo, poderá sugerir melhorias.

Desta forma, há operações que podem ser eliminadas, operações que podem

ser combinadas, projetar um melhor trajeto, com a finalidade de assegurar a quali-

dade das entregas e diminuir os custos operacionais.

2.2. GESTÃO DE ESTOQUES

2.2.1. Objetivos de Estoques

Segundo DIAS (2010), administrar estoques tem como principal objetivo a

melhor comunicação entre vendas e o planejamento de produção, que deve minimi-

zar o capital investido em estoques, pois este aumenta continuamente, haja vista

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que o custo financeiro também aumenta. DIAS (2010) ainda ressalta que toda em-

presa necessita de estoques para trabalhar, pois ele funciona como um atenuador

das variações entre os diversos estágios de produção até a entrega do produto aca-

bado.

Na empresa em questão, como se trata de distribuição de produtos, os esto-

ques são ainda mais importantes, haja vista que a empresa vive (tem seu core busi-

ness) na compra e venda de produtos (que estão no estoque).

Sendo assim, gerir corretamente os estoques é atividade fim da empresa,

bem como a movimentação eficaz e eficiente desses materiais também o são.

As principais deficiências na gestão e controle de estoques são demonstra-

das pelas seguintes situações:

1. Prazo de entrega elevado para produtos acabados e reposição de matéria-

prima;

2. Elevação de estoques, enquanto a produção é constante;

3. Cancelamento de pedidos e devolução de produtos acabados;

4. Variação excessiva da produção;

5. Paradas de produção;

6. Problemas de armazenagem;

7. Baixo giro de estoques e obsolescência.

Portanto, nota-se que a Gestão de Estoques é fator fundamental para alcan-

çar os objetivos identificados no projeto para a DIPROTEC.

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2.2.2. Política de Estoques

Segundo DIAS (2010), as políticas de estoques são diretrizes, regras e orien-

tações, estabelecidas pela empresa. É a partir das políticas de estoques que se dá o

início da gestão de estoques.

De acordo com DIAS (2010) devem abranger:

1. Metas de tempo de entrega de produto acabado;

2. Lista de materiais a serem estocados;

3. Área disponível para armazenagem;

4. Estoque Pulmão, ou nível de flutuação de estoques para variação de de-

manda;

5. Políticas de Compras (volumes para descontos);

6. Giro de estoque.

2.2.3. Previsão de Estoques

Segundo DIAS (2010), a previsão do consumo de materiais é o principal fator

para o cálculo correto da previsão de estoques. Essa previsão deve ser compatível

com o custo e acordada previamente com as principais áreas de suprimentos (Logís-

tica, Compras, PCP) e os departamentos Financeiro e Comercial.

A previsão pode ser efetuada a partir de três técnicas:

1. Projeção;

2. Explicação;

3. Predileção.

Segundo Rick Harris, Chris Harris e Earl Wilson (2003), do Lean Institute Bra-

sil, o dimensionamento dos estoques de peças ou matérias-primas deve ser feito a

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partir do PPCP (Plano Para Cada Peça), que tem como principais variáveis a utiliza-

ção diária (a partir da previsão de demanda), frequência de embarque/recebimento,

lotes mínimos de fabricação e lead time de fabricação.

Como a DIPROTEC é empresa comercial (e não indústria), será utilizado o

método de projeção de estoques, com cálculos conforme variação da demanda

mensal, lotes de vendas e quantidade de clientes.

2.2.4. Giro de Estoque

Segundo DIAS (2010), o giro de estoque é um indicador importante para o

correto dimensionamento do capital a ser investido em estoques.

Indica a quantidade de vezes que o estoque girou, ou seja, foi substituído em

sua totalidade em um determinado período de tempo.

2.2.5. Indicadores de Estoques

Segundo Dias (DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: Princí-

pios, Conceitos e Gestão), indicadores de estoque são importantes para que se

possa avaliar o correto dimensionamento materiais da empresa.

Por isso, serão utilizados os seguintes indicadores para a avaliação dos esto-

ques da empresa:

1. Prazo de Entrega;

2. Giro de Estoque;

3. Tempo de entrega dos fornecedores;

4. Quantidade de materiais sem giro/obsoletos.

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2.3. LAYOUT

O Layout funcional, também conhecido como arranjo físico ou configuração

de instalação, é a relação física entre as várias atividades produtivas de uma empre-

sa, o arranjo, a disposição das máquinas e equipamentos de uma forma mais agra-

dável do ponto de vista da eficiência.

Segundo Correa e Corrêa (p. 267) o arranjo físico de uma operação “é a ma-

neira segundo a qual se encontram dispostos fisicamente os recursos que ocupam

espaço dentro da instalação de uma operação. Esses recursos podem incluir uma

escrivaninha, um centro de trabalho, um escritório, uma pessoa, uma máquina, um

departamento ou outros.”.

Slack, Chambers e Johnston (p. 200) definem o layout como “uma das carac-

terísticas mais evidentes de uma operação produtiva, pois determina sua “forma” e

aparência. É aquilo que a maioria de nós notaria em primeiro lugar quando entrasse

pela primeira vez em uma unidade produtiva. (...) Mudanças relativamente pequenas

na localização de uma máquina numa fábrica ou dos produtos em um supermercado

podem afetar o fluxo de materiais e pessoas por meio da operação. Isso, por sua

vez, pode afetar os custos e a eficácia geral da produção.”.

Moreira (p. 239) afirma que “Planejar o arranjo físico de uma certa instalação

significa tomar decisões sobre a forma como serão dispostos, nessa instalação, os

centros de trabalho que aí devem permanecer. (...) Em todo o planejamento de ar-

ranjo físico, irá existir uma preocupação básica: tornar mais fácil e suave o movimen-

to do trabalho por meio do sistema, quer esse movimento se refira ao fluxo de pes-

soas ou materiais...”.

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2.3.1. Importância do Arranjo Físico

Segundo Corrêa e Corrêa um bom projeto de arranjo físico pode visar tanto

eliminar atividades que não agreguem valor como enfatizar atividades que agre-

guem. As principais vantagens de um layout adequado são:

1. Minimizar os custos de manuseio e movimentação interna de materiais

2. Utilizar o espaço físico disponível de forma eficiente

3. Apoiar o uso eficiente de mão de obras, evitando que essa se movimente

desnecessariamente

4. Redução de tempos de ciclo dentro da operação, garantindo fluxos mais

linearizados

5. Facilitar a entrada, saída e movimentação dos fluxos de pessoas e de ma-

teriais

6. Facilitar acesso visual às operações

Um projeto de arranjo físico bem elaborado será capaz de refletir e alavancar

desempenhos competitivos desejáveis. Deve-se prestar atenção antes de elaborar

uma mudança no layout de uma empresa pois essas alterações podem acarretar

mudança na capacidade e na produtividade, além de causarem um aumento de cus-

tos e dificuldades técnicas para alterações posteriores.

2.3.2. Tipos de Layout

São quatro os principais tipos de layout:

1. Por processo

2. Por produto

3. Posicional

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4. Celular

2.3.2.1. Arranjo físico por processo

O arranjo físico por processo, também é conhecido como funcional.

Tende a agrupar partes idênticas ou similares do processo produtivo no mes-

mo local.

Ele é utilizado quando o fluxo que passa pelos setores são variados e ocor-

rem intermitentemente. Podem ser alocados desse jeito por conveniência ou para

beneficiar a utilização dos recursos transformadores.

“A lógica desse tipo de arranjo é a de agrupar recursos com funções ou pro-

cesso similar.... O desafio nas decisões sobre arranjo físico funcional é procurar ar-

ranjar a posição relativa e as áreas de cada setor de forma a aproximar setores que

tenham fluxos intensos entre si para evitar deslocamentos desnecessários.” (Corrêa

e Corrêa)

“No arranjo físico por processo, os centros de trabalho são agrupados de

acordo com a função que desempenham. Os materiais (ou pessoas) movem-se de

um centro ao outro de acordo com a necessidade. ... Na indústria esse tipo de arran-

jo físico indica que as máquinas são agrupadas em departamentos funcionais, e o

produto caminha até a máquina adequando à próxima operação” (Moreira).

2.3.2.2. Arranjo físico por produto

O arranjo físico por produto é indicado para produtos com alto grau de padro-

nização e de grande fluxo. Muito utilizado pelas indústrias, segue o padrão da linha

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de montagem, tendo uma linha para cada tipo de produto e cada centro de trabalho

é responsável por uma parte do processo produtivo.

“O arranjo físico por produto envolve localizar os recursos produtivos trans-

formadores inteiramente segundo a melhor conveniência do recurso que está sendo

transformado.” (Slack, Chambers e Johnston).

“Chama-se “por produto” porque a lógica usada para arranjar a produção rela-

tiva dos recursos é a sequência de etapas do processo de agregação de valor. Só

valerá a pena arranjar os recursos segundo a sequência de etapas de um processo

se ela é percorrida por um grande volume de fluxo” (Corrêa e Corrêa)

2.3.2.3. Arranjo físico posicional

“Em vez de materiais, informações ou clientes fluírem por uma operação,

quem sofre o processamento fica estacionado enquanto equipamento, maquinário,

instalações e pessoas movem-se na medida do necessário.” (Slack, Chambers e

Johnston).

2.3.2.4. Arranjo físico celular

O arranjo físico celular é o aperfeiçoamento do arranjo físico funcional. Nesse

tipo de layout, os recursos são processados em uma parte específica da operação

(ou célula) para então prosseguir para a etapa seguinte.

“O arranjo físico celular é aquele em que os recursos transformados, entrando

na operação, são pré-selecionados (ou pré-selecionam-se a si próprios) para movi-

mentar-se para uma parte específica da operação (ou célula) na qual todos os re-

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cursos transformadores necessários a atender suas necessidades imediatas de pro-

cessamento se encontram.” (Slack, Chambers e Johnston).

2.4. DIAGRAMA DE ISHIKAWA

Segundo DIAS, “na metáfora do rio, os problemas são simbolizados por pe-

dras. Os altos estoques escondem os problemas (quebras de máquinas, retrabalhos,

sucatas, atraso na entrega de matéria-prima, etc.). No entanto, os custos de fabrica-

ção são elevados enormemente (os custos relativos ao estoque podem chegar a

50% dos custos industriais). Uma boa gestão da qualidade deve diminuir gradativa-

mente os níveis de estoque e resolver os problemas, para tornar a empresa mais

competitiva”.

Segundo FERREIRA, “nas empresas, muitas ações são tomadas para conter

o problema aparente (efeito), mas não é realizada uma análise para identificar as

causas dos problemas. O resultado é que os problemas voltam a se repetir”.

O diagrama de Ishikawa também é conhecido por diagrama de causa e efeito,

diagrama espinha de peixe ou ainda por diagrama dos 6Ms. Ela possibilita organizar

as informações possibilitando a identificação das possíveis causas dos problemas.

Foi desenvolvida em 1943 por Ishikawa na Universidade de Tóquio, com o ob-

jetivo de mostrar que vários fatores poderiam ser comuns entre si.

São as seis dimensões do diagrama de Ishikawa:

1) Meio ambiente

2) Matéria prima

3) Mão de obra

4) Método

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5) Máquina

6) Medição

2.5. CURVA ABC

A curva ABC ou Análise de Pareto, ou Regra 80/20, é um estudo que foi de-

senvolvido por Joseph Moses Juran, consultor da área da qualidade que identificou

que 80% dos problemas são geralmente causados por 20% dos fatores.

O nome “Pareto” vem de uma homenagem ao economista italiano Vilfredo Pa-

reto, que observou que 80% da riqueza da Itália estava na mão de 20% da popula-

ção. E boa parte do entendimento da Curva ABC se deve à análise desenvolvida por

Pareto.

A Curva ABC recebeu este nome em decorrência da metodologia utilizada:

a. Classe A: itens de maior importância, valor ou quantidade, corresponden-

do a 20% do total;

b. Classe B: itens de importância, quantidade ou valor intermediário, corres-

pondendo a 30% do total;

c. Classe C: itens com importância, valor ou quantidade, correspondendo

a 50% do total.

Importante lembrar que os parâmetros supracitados não devem ser conside-

rados como uma regra matematicamente fixa e exata. Estes itens podem variar de

organização para organização nos percentuais descritos.

O uso mais comum da curva ABC é feito na gestão de estoques, a fim de rea-

lizar um controle mais apurado dos produtos e buscar a redução de custos sem

comprometer o nível de atendimento ao cliente.

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19

Outra utilização desta ferramenta é busca de causas e efeitos dentro da ges-

tão da qualidade. Entende-se que as principais causas geram a maior quantidade de

efeitos.

2.6. METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia de levantamento de dados desse trabalho será a pesquisa de

campo, ou seja, a observação do processo logístico para a identificação de partes

do processo que possam vir a passar por melhorias.

Além disso, serão coletados dados, existentes no ERP da empresa:

1. Data de solicitação de pedido de vendas;

2. Data de emissão de entrega dos pedidos de vendas;

3. Quantidade de materiais comprados;

4. Quantidade de materiais vendidos;

5. Lotes de vendas de produtos;

6. SLA de entrega dos materiais pelos fornecedores.

A análise da situação inicial será feita a partir do mapeamento do fluxo de

processo logístico. Esse mapeamento será feito através de entrevistas informais

com os operadores do departamento logístico da empresa:

1. Recebimento de materiais;

2. Conferência de entrada;

3. Endereçamento;

4. Separação de materiais;

5. Movimentação de materiais;

6. Conferência de pedidos separados;

Page 24: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

20

7. Conferência de expedição.

Ainda, através de entrevista com o departamento de vendas da empresa (cli-

ente interno do departamento de logística), serão avaliados os principais erros do

departamento de logística, para que os mesmos possam ser tratados.

A finalidade de efetuar a análise da situação inicial é de aumentar os contro-

les logísticos, identificar gargalos, falhas de processos, além de identificar a neces-

sidade de estoques.

Após as análises, será feita a identificação de possíveis pontos de melhoria.

Para os pontos levantados e classificados de acordo com sua prioridade juntamente

com a empresa, serão elaborados planos de ação a partir das pesquisas bibliográfi-

cas. Tais planos serão apresentados e propostos para a empresa.

Os planos de ação conterão sugestões de índices de controle, mudanças de

processo, necessidade de mudança de níveis de estoques, avaliação da causa dos

problemas levantados a partir do diagrama de Ishikawa.

Além disso, será entregue um estudo sobre a previsão de estoques ideal para

o negócio, com foco no seu correto balanceamento, bem como diminuição das rup-

turas de vendas.

2.7. TÉCNICAS A SEREM UTILIZADAS

TÉCNICA

OBJETIVO

FLUXOGRAMA Análise da situação inicial, estudo de

tempos e movimentos

PPCP Dimensionamento de estoques

DIAGRAMA DE ISHIKAWA

Determinação de possíveis causas de problemas

CURVA ABC

Determinação de prioridades

Page 25: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

21

3. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

3.1. SITUAÇÃO INICIAL

A empresa não apresentou documentação necessária para a avaliação da si-

tuação inicial. Portanto, foram feitos os levantamentos de cada ponto necessário

para o atingimento dos objetivos da empresa, conforme abaixo:

3.1.1.1. Gráficos de Fluxo de Processo

Inexistentes.

Através de entrevistas, foram levantados os gráficos de fluxo dos processos

mencionados abaixo. Os mesmos estão demonstrados no Anexo I:

i. Processo de Conferência de entrada;

ii. Processo de Endereçamento;

iii. Processo de Separação de materiais;

iv. Processo de Movimentação de materiais;

v. Processo de Conferência de pedidos separados;

vi. Processo de Conferência de expedição;

3.1.1.2. Política de estoques

Inexistente. Foi feito o levantamento dos índices avaliados na Situação Ideal

para efeito comparativo.

1. Tempo de entrega de produtos: 86% em até um dia útil.

2. Área disponível para armazenagem: equivalente a 680 pallets.

Page 26: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

22

3. Níveis de estoques: estoques estavam altos e desbalanceados. Alguns

itens apresentavam um tempo médio de estoque superior a 2 anos, con-

forme Anexo VI

4. Política de compras: conforme entrevista realizada, comprava-se por

grandes lotes de um mesmo produto. O valor dos estoques em maio/2014

era 9,8% superior ao estoque mensurado em maio/2015.

3.1.1.3. Previsão de estoques

Inexistente. Em entrevista, notou-se que o ressuprimento dos estoques era

feitos conforme solicitação da área de vendas, quando os produtos já estavam indis-

poníveis no estoque.

3.1.2. Giro de Estoque

Não havia acompanhamento pela empresa sobre o giro de estoque. Com o

levantamento de dados, pode-se calcular o giro de estoque, em maio/2014 de 0,42,

correspondendo a um tempo médio de estoque de 70,96 dias.

3.1.3. Indicadores de Estoques

Em entrevista com os responsáveis, notou-se que não havia indicadores defi-

nidos.

Page 27: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

23

3.1.3.1. Layout

Foi escolhido pela empresa o arranjo físico por processo, conforme mostra a

figura do Anexo V.

3.2. SITUAÇÃO IDEAL

Percebeu-se, através dos levantamentos prévios, a falta de controle (definição

de indicadores chave de processos), e, consequentemente, problemas na gestão

dos processos logísticos da empresa.

Foram apresentadas sugestões para o atingimento dos objetivos da empresa,

conforme itens levantados abaixo:

3.2.1.1. Gráficos de Fluxo de Processo

Foram encaminhadas como sugestão para melhoria dos processos, os pro-

cessos listados abaixo e apresentadas no Anexo II:

i. Redesenho do processo de Conferência de entrada;

ii. Redesenho do processo de Endereçamento;

iii. Redesenho do processo de Separação de materiais;

iv. Redesenho do processo de Movimentação de materiais;

v. Redesenho do processo de Conferência de pedidos separados;

vi. Redesenho do processo de Conferência de expedição;

Page 28: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

24

3.2.1.2. Política de estoques

1. Metas de tempo de entrega de produtos: 95% em até um dia útil da solici-

tação do cliente.

2. Lista de materiais a serem estocados: conforme previsão de estoques;

3. Área disponível para armazenagem: a mesma inicial (equivalente a 680

pallets).

4. Estoque Pulmão, ou nível de flutuação de estoques para variação de de-

manda: conforme previsão de estoques;

5. Políticas de Compras (volumes para descontos): somente compras por

demanda, atendendo às premissas definidas na previsão de estoques;

6. Giro de estoque: máximo de 3 meses.

3.2.1.3. Previsão de estoques

Para a implantação do Plano Para Cada Produto (PPCP), por premissa, a

empresa definiu, na sua política de estoques, que:

a. Produtos que são comprados por somente um cliente, no período de um

mês, devem ser considerados como “sob encomenda” e não é desejável

mantê-los em estoque.

b. Será feito o levantamento de lotes de vendas (quantidade comprada por

clientes), observando os lotes mínimos, máximos e médios, além do des-

vio padrão.

c. Os lotes de vendas serão considerados, em uma distribuição normal esta-

tística.

Page 29: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

25

d. A partir dos lotes de vendas levantados, para alguns itens, identificados

por fornecedores com problemas na entrega, será utilizado o valor da mé-

dia adicionada de seis vezes o desvio padrão como estoque desejado pa-

ra atendimento aos clientes, desconsiderando a quantidade de embarques

mensais dos fornecedores.

e. Para demais itens, a partir dos lotes de vendas levantados, será utilizado o

valor da média adicionada de quatro vezes o desvio padrão como estoque

desejado para atendimento aos clientes, desconsiderando a quantidade de

embarques mensais dos fornecedores.

f. Após os cálculos dos itens supracitados (d e e), será feita a avaliação da

quantidade de embarques mensais de cada fornecedor, considerando o

lead time de abastecimento (fabricação e entrega), dividindo-se o estoque

desejado para venda pela quantidade de embarques. O resultado disso

será considerado o estoque mínimo

g. Além dos cálculos supracitados, será feita a avaliação simples de quanti-

dade de vendas de cada produto, no período de um mês.

h. Será feita a comparação entre os resultados obtidos no item g supracitado

com os resultados obtidos no iten f.

i. Considerar-se-ão os maiores valores obtidos de estoques obtidos no item

h, dividindo pela quantidade de embarques mensais dos fornecedores,

como estoque mínimo aceitável de cada item.

j. Será considerado estoque de segurança, o estoque mínimo adicionado do

estoque necessário para o tempo de ressuprimento.

Dessa maneira, obteve-se a tabela, com alguns itens como exemplo, disponi-

bilizados no Anexo VII - Exemplos Plano Para Cada Produto – Maio/2015.

Page 30: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

26

3.2.2. Giro de Estoque

O giro de estoque foi definido conforme Política de Estoques, para, no máxi-

mo, 3 meses.

3.2.3. Indicadores de Estoques

Foram definidos como indicadores principais de estoque:

1. Prazo de Entrega – avaliado diariamente, conforme modelo de relatório

apresentado no Anexo III.

2. Giro de Estoque – avaliado mensalmente. O giro de estoque no mês de

maio/2015 foi de: 0,55

3.2.3.1. Layout

Optou-se por manter o arranjo físico por processo, porém com alterações nos

processos logísticos levantados.

3.2.3.2. Determinação de causa de problemas – Diagrama de Ishikawa e Cur-

va ABC

No período da análise, foram avaliados 8 (oito) problemas e desdobrados

conforme documentos no Anexo IV.

Os problemas foram tratados conforme classificação de prioridade da Curva

ABC.

Page 31: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

27

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da implementação das sugestões apresentadas, nota-se uma melhora

considerável nos indicadores avaliados.

Percebe-se que após a avaliação de gargalos, implantação de melhorias e

controle de indicadores chave dos processos, a empresa passa a ter maior eficiência

operacional, haja vista que a quantidade de funcionários no departamento de logísti-

ca, no início da pesquisa continua idêntica à quantidade de funcionários atuais.

Isso ocorre pois, houve uma diminuição da quantidade de unidades de produ-

to compradas (com o balanceamento do estoque) de 45,18%. Todavia, houve um

aumento de 14,25% no faturamento; o que, certamente leva à conclusão de que

ocorreu um aumento da produtividade da Logística da empresa.

Abaixo quadro resumo:

Indicador mai/14 mai/15 Variação

Entregas em até 1 dia útil 86% 95% 10%

Giro de Estoque 0,42 0,55 31%

Tempo médio de estoque (em dias) 70,96 54,11 -24%

Quantidade de erros 44 3 -93%

Quantidade de processos mapeados 0 12 n/a

Quantidade de materiais diferentes no estoque 11.083 12.650 14%

Quantidade de materiais ativos (vendas nos 3 últimos meses) 9.884 11.078 12%

Quantidade de erros corrigidos (Ishikawa)

Variação do valor do estoque

8

-8%

Com a diminuição no prazo de entrega, há, por consequência, um ganho no

fluxo de caixa de recebíveis da empresa.

Ainda, com a diminuição do valor de estoque e com a diminuição do tempo

médio de estoque, há também o impacto financeiro na saída de recursos da empre-

sa aos pagamentos aos fornecedores, portanto, otimizando o ciclo financeiro e ope-

racional da empresa.

Todavia, não foram mensurados, financeiramente, os ganhos referentes à:

Page 32: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

28

a) Diminuição da quantidade de erros;

b) Aumento do mix de produtos oferecidos pela empresa;

c) Diminuição da quantidade de materiais sem giro ou obsoletos.

Importante ressaltar fatores que foram críticos para o sucesso do projeto:

1) Comprometimento da alta direção em patrocinar as sugestões de mudan-

ças apresentadas: recursos financeiros e administrativos;

2) Comprometimento das pessoas envolvidas no processo logístico da em-

presa: houve o desligamento de 75,00% dos funcionários no período de

avaliação do projeto. Os desligamentos ocorreram por desalinhamento en-

tre a situação inicial e a desejada apresentada;

3) Apoio tecnológico: apesar de não participar diretamente, o departamento

de Tecnologia de Informação foi fundamental na implantação das melhori-

as apresentadas, com a criação de uma célula de Business Inteligence,

para a apuração dos indicadores propostos;

4) Comunicação adequada com demais departamentos: as mudanças de

processos envolveram diversos departamentos, direta ou indiretamente.

Houve a necessidade de comunicação adequada com todos para diminuir

os impactos na operação.

Apesar do sucesso do projeto, vale documentar os fatores de maior dificulda-

de para a implantação das melhorias apresentadas:

1) Cultura Organizacional:

Alterar o status quo dos processos gerou resistência e insatisfação de co-

laboradores, o que acarretou desligamentos. Porém, a cada novo colabo-

rador que integrava a equipe, pode-se perceber que a mudança era en-

tendida com “positividade” e, as últimas implementações ocorreram em

menor tempo.

Isso ocorre, pois, segundo Chiavenato (CHIAVENATO, Idalberto. Gestão

de Pessoas: o novo papel dos Recursos Humanos nas organizações), a

cultura organizacional, é "o conjunto de hábitos e crenças, estabelecidos

através de normas, valores, atitudes e expectativas compartilhadas por to-

dos os membros da organização". Ainda, segundo Jaques (JAQUES, Elli-

ot. The Changing Culture of a Factory) é "o hábito tradicional e costumeiro

de pensar e fazer as coisas, que é compartilhado em maior ou menor grau

Page 33: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

29

pelos seus membros e que os novos membros devem aprender e assimi-

lar, pelo menos parcialmente para que possam ser aceitos no contexto da

empresa".

Portanto, aos novos colaboradores, a nova cultura se apresentou natural-

mente, o que gerou ganhos na implementação do projeto.

2) Resiliência das pessoas envolvidas:

A palavra resiliência originou-se na física: é a propriedade que alguns ma-

teriais têm de acumular energia, quando submetidos a um esforço e, ces-

sado o esforço, retoma ao seu estado natural, sem sofrer deformações

permanentes.

A psicologia usa esse termo para definir que pessoas resilientes são aque-

las que sofrem pressões e adversidades e, mesmo assim, conseguem

manter-se em um estado otimista.

Portanto, pode-se afirmar que resiliência é a capacidade de se recuperar

de situações de mudanças e aprender com esta.

Percebeu-se um baixo grau de resiliência das pessoas envolvidas no pro-

jeto.

3) Indicadores chave:

Devido à ausência de indicadores chave, não foi possível definir rapida-

mente quais deveriam ser os processos prioritários e nível de urgência por

melhoria.

Portanto, gastou-se mais tempo do que o desejado para a coleta de da-

dos. Além disso, percebeu-se que as decisões estavam sendo tomadas

por “sentimentos”, o que não foi eficaz.

4) Trabalho padronizado e mapeamento de processos:

Devido à ausência de instruções de trabalho e mapeamento prévio dos

processos pela empresa, gastou-se mais tempo do que o desejado para a

coleta de dados.

Page 34: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

30

Ainda, percebeu-se que a falta de padronização e desconhecimento dos

processos, causava a execução das atividades de maneiras diferentes por

cada operador.

Isso causa tempos diferentes para a execução da mesma tarefa, e vários

erros, além da falta de disciplina para assegurar a qualidade da entrega

das atividades.

Os próximos passos sugeridos para a empresa são:

1) Reavaliação do dimensionamento da frota;

2) Reavaliação das rotas de entrega;

3) Estudo para abertura de entreposto logístico para recebimento de materi-

ais;

4) Estudo para abertura de entreposto logístico para expedição de materiais;

5) Avaliação da viabilidade de implantação de tecnologia RFID para recebi-

mento, conferência, movimentação e expedição de materiais;

6) Desenvolvimento de novo serviço a ser prestado pela empresa, baseada

na eficácia e eficiência logística, de gestão de estoque dos clientes.

5. REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724: Informação e do-cumentação. Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.

MAGALHÃES, Carlos. Como alavancar vantagem competitiva através de Centro de Serviços Compartilhados: estratégia para maximizar o valor em sua organi-zação. Primeira edição. São Paulo: All Print Editora, 2013.

KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. Organização Orientada para a Estratégia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.

DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: Princípios, Conceitos e Ges-tão. 6ª. Ed. – São Paulo: Atlas, 2010.

HARRIS, Rick; HARRIS, Chris e WILSON, Earl. Fazendo Fluir os Materiais. 1ª. Ed. - Brookline: The Lean Enterprise Institute, 2003.

Page 35: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

31

DEMING, W.E. Qualidade: a revolução da administração. Rio de Janeiro: Saraiva, 1990.

FERREIRA, Douglas C. Apostila Gestão da Qualidade – Um enfoque para Admi-nistradores. Curitiba: Centro Universitário Franciscano, 2009.

TecHoje, Logística: Agregando valor ao produto. Disponível em:

http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/305. Acesso em 30 de junho de 2015.

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos Recursos Hu-manos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

JAQUES, Elliot. The Changing Culture of a Factory. Londres: Tavistock, 1951.

GOLLEMAN, Daniel. Trabalho com Inteligência Emocional – Tradução M.H.C. Cortês. Rio de Janeiro 2001/2002

Sobre Administração, Curva ABC – Análise De Pareto – O Que É E Como Funci-ona. Disponível em:

http://www.sobreadministracao.com/o-que-e-e-como-funciona-a-curva-abc-analise-de-pareto-regra-80-20/. Acesso em 01 de junho de 2015.

Page 36: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

32

6. ANEXOS

6.1. ANEXO I – Gráficos de fluxo de processo – Situação Inicial

6.1.1. Processo de conferência de entrada:

Recebimento de materiais (as was).F

isca

lC

ompr

asR

eceb

imen

to

Pega NF do

fornecedor com o

motorista.

Coloca NF na

caixa de material

aguardando

conferência.

Colocar material

na doca.

Conferir

quantidade com

NF.

Quantidade

OK?Nâo

Informa ao

compras

divergência de

Quantidade

Avalia causa e

providencia material

faltante no

momento da

ocorrência.

SIM

NÂO

Início

Retirar Pallet do

caminhão.

Verifica avarias na

carga

Pré- entrada

OK?

Efetiva pré

entrada.

Carga

avariada?

SIM

Bate foto e envia

ao compras.

NÂO

Pegar

empilhadeira.

Pega o coletor. Entra no sistema.Digita Número da

NFBipar material

Segrega material

divergente aguarda

chegada do

material faltante.

Bipagem dos

itens.Erro de leitura do

item?Assina canhoto.

Entrega NF para

recebimento fiscal.Libera motorista.

FIM

Insere o código do

item

Manualmente.

SIM

Chegada do

material

Informa a

ocorrência ao

fornecedor.

NÂO

Confere pré

entrada.Sim

Não

Page 37: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

33

6.1.2. Processo de endereçamento:

P.S Armazenagem de materiais (as was).

Re

ce

bim

en

toE

sto

qu

e

Pega coletor.Entra no

sistema.

Bipa o item na

doca.

Verifica saldo no

“X”.

Confere

quantidade

física.

NÂO

SIM

Saldo no “X”

ok?NÂO

Verifica outro

item.

Saldo no “X”

OK?

SIM

Aloca o item.

Marca o código do

item no papel e

atualiza sistema

depois.

FIM

SIM

Insere a

quantidade a ser

alocada no

sistema.

Existe locação

disponível?

Avaliar locação

física para o

material.

Recondicionar

materiais no

paltet.

Armazena o

material com

FIFO.FIM

Bipar locação

no caderno de

endereçamento.

NÂO

Page 38: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

34

6.1.3. Processo de separação de materiais:

Separação de materiais (as was).L

og

ística

Ve

nd

as

Efetua a venda e

envia pedido para

a logística.

Coleta o pedido

na impressora.

Verifica o

endereço do item.Vai até a referida

locação do item.

Pegar pallet para

acondicionar os

materiais.

Item de grande

Volume?

Não Sim

Inserir o (s)

pedidos impressos

na caixa de

pedidos a separar.

Escolhe os

pedidos.Endereço OK? Não

Procura o item por

descrição e

visualmente.

Separa o (s) item

(s) conforme

quantidade do

pedido.

Rota OK?

Sim

Sim

Pegar a

empilhadeira ou

escada.

Empilhadeira ou

escada disponível?Não

Aguardar a

desocupação.

Sim

Não

Levar material

separado para a

expedição.

Consulta rota no

pedido.

Consulta rota no

mapa de acordo

com o endereço.

Acondiciona

material na

respectiva rota.

Assinar o pedido.Cortar o pedido na

metade.

Fixar metade do

pedido no material

separado.

Colocar a outra

metade na caixa

de pedidos a

faturar.

Início.

FIM.

Page 39: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

35

6.1.4. Processo de movimentação de materiais:

Movimentação de materiais (as was).

Lo

gís

tica

.

Não

Inserir pallet com

o material

movimentado.

Salvar.

Agregar material

manualmente

junto aos demais.

Verificar a

possibilidade de

agregar materiais

no mesmo pallet.

Verificar espaços

vagos entre os

materias.

Anotar a nova

locação que o

material será

inserido.

Anotar a descrição

do (s) material (s)

a serem

movimentados.

Nova locação

tem material?

Verificar o material

a ser

movimentado.

Movimentar

material até a

nova locação.

Início.Sim

Desligar

empilhadeira.

Procurar um

computador

disponível.

Entrar no sistema.Digitar descrição

inicial do material.

Selecionar material

movimentado na

lista na lista de

opções.

Atualizar

quantidade e

endereço

alterados.

Sim

Tem computador

disponível?Não

Aguardar

desocupar.

Fim.

Pegar a

empilhadeira.

Page 40: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

36

6.1.5. Processo de conferência de pedidos separados:

Page 41: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

37

Expedição - Conferência de pedidos separados (as was).

Ex

pe

diç

ão

Arm

azé

m Separação dos

materias por nota

fiscal.

Sim

Não

Sim

Verificar se o

material está

separado no

físico.

Conferir itens de

acordo com a

nota fiscal

Marcar os itens

na NF de acordo

com conferência

Itens OK?

Operador da

conferência vai

efetuar a separação

correta.

Verificar no

pedido se existe

informação da

rota.

Rota OK?

Verificar o

endereço na

NF.

FIM

Início

Acondicionar o

material nas

respectivas rotas.

Fixar pedido nos

materiais

separados.

Não

6.1.6. Processo de conferência de expedição:

Page 42: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

38

Conferência de materiais com motoristas (as was).

Arm

azé

mR

ece

bim

en

toE

xpe

diç

ão

Conferência

física dos

materiais

Motorista

aguardando

separação

Início

Liberação de

material e NF ao

motorista

Descartar o

pedido

Fim

Coleta do pedido

na caixa da rota

Chamar o

motorista

Término de

separação de

pedidos

Alto volume de

material não

separado

Motorista conferindo

sozinho outro pedido

(sem sistema)

Conferência no

sistema não

ocorre.

6.2. ANEXO II – Gráficos de fluxo de processo – Situação Ideal

Page 43: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

39

6.2.1. Processo de conferência de entrada:

Recebimento de materiais (to be).

Re

ceb

ime

nto

Fis

cal

Co

mp

ras

Nâo

SIM

Sim

NÂO

SIM

SIM

NÂO

Não

Informa

divergência ao

fiscal.

Insere o código do

item

Manualmente.

FIM

Segrega material

divergente aguarda

chegada do

material faltante.

Informa

divergência.

Colocar material

na doca.

Coloca NF na

caixa de material

aguardando

conferência.

Retirar pallet do

caminhão.

Pega NF do

fornecedor com o

motorista.

Início

Bipar material

Verifica avarias

Libera motorista.

Quantidade

OK?

Conferir

quantidade com

NF.

Entrega NF para

recebimento fiscal.

Efetua

correção do

cadastro.

Digita Número da

NF

Bate foto e envia

ao compras.

Informa ao

compras

divergência de

Quantidade

Erro de leitura do

item?

Carga

avariada?

Entra no sistema.

Pegar

empilhadeira.

Confere com pré

entrada

Pega o coletor.

Avalia causa e

providencia material

faltante no

momento da

ocorrência.

Chegada do

material

Pré- entrada

OK?

Assina canhoto. Bipagem dos

itens.

Corrige o

problema.

FIM

6.2.2. Processo de endereçamento:

Page 44: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

40

Processo Armazenagem de materiais (to be).

Esto

qu

eR

ece

bim

en

to

Fis

ca

l.R

ece

bim

en

to

NÂO

SIM

NÂO

SIM

NÂO

SimPega coletor.

Bipar locação

no caderno de

endereçamento.

Informa

operador de

recebimento

falta de saldo.

Item tem cód.

De barras?

Verifica saldo

no “X”.

Existe locação

disponível?

Avaliar locação

física para o

material.

Saldo no “X”

ok?

Entra no

sistema.

Operador de

recebimento

verifica com

recebimento fiscal.

FIM

Recebimento

fiscal efetua

ajuste.

Recondicionar

materiais no

paltet.

Inserir código

manual.

Insere a

quantidade a ser

alocada no

sistema.

Confere

quantidade

física com saldo

no “X”

Armazena o

material com

FIFO.

Bipa o item na

doca.

6.2.3. Processo de separação de materiais:

Page 45: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

41

6.2.4. Processo de movimentação de materiais:

Separação de materiais (to be).

Op

era

ção

Lo

gís

ica

.C

oo

rd.

Lo

gís

tica

Ve

nd

as

Efetua a venda e

envia pedido para

a logística.

Início.

Efetuar login no

sistema.

Verifica o pedido

liberado.

Controlar pedidos

que aparecem na

tela de controle

com status.

Visualizar o

produto,

quantidade e

endereço.

Pegar pallet para

acondicionar os

materiais.

Vai até a locação

informada do item.

Separa o material

na quantidade

informada e

coloca no pallet.

Efetua a bipagem

no (s) código (s)

de barras do (s)

item (s).

Bipar a locação

que o material irá

ser retirado.

Clicar em ok

pedido.

Fixar a etiqueta no

maior item do

pedido.

Item tem

código de

barras?

NãoDigitar o código do

Item.

Itens do pedido

finalizaram?

Não

Sim

Sim

Consulta rota no

pedido.Rota OK?

Acondiciona

material na

respectiva rota.

Consulta rota no

mapa de acordo

com o endereço.

NãoLevar material até

a expedição.

Fim.

Digitar a

quantidade

seprada.

Sim

Corrige a rota no

sistema via leitor.

Vai até a

impressora e

coleta a etiqueta

adesiva.

Page 46: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

42

6.2.5. Processo de conferência de pedidos separados:

Movimentação de materiais (as was).

Lo

gís

tica

.

Não

Inserir pallet com

o material

movimentado.

Salvar.

Agregar material

manualmente

junto aos demais.

Verificar a

possibilidade de

agregar materiais

no mesmo pallet.

Verificar espaços

vagos entre os

materias.

Anotar a nova

locação que o

material será

inserido.

Anotar a descrição

do (s) material (s)

a serem

movimentados.

Nova locação

tem material?

Verificar o material

a ser

movimentado.

Movimentar

material até a

nova locação.

Início.Sim

Desligar

empilhadeira.

Procurar um

computador

disponível.

Entrar no sistema.Digitar descrição

inicial do material.

Selecionar material

movimentado na

lista na lista de

opções.

Atualizar

quantidade e

endereço

alterados.

Sim

Tem computador

disponível?Não

Aguardar

desocupar.

Fim.

Pegar a

empilhadeira.

Page 47: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

43

Expedição - Conferência de materiais separados (to be).

Ex

pe

diç

ão

Arm

azé

m Separação dos

materias por

pedidos.

Pegar coletor

Laser.

Entrar no sistema

no comp. Da

expedição.

Sim

Não

Sim

Bipar o pedido

separado no

código de barras

para conferência.

Inserir o nome do

conferente.

Verificar se o

material está

separado no

físico.

Bipar item a item

e conferir

quantidades no

físico.

Conferir até todos

os itens ficarem

verdes (aplausos)

Retornar o pedido e

o material ao

separador.

Itens OK?

Identificar o material

separado, como

segregado aguardando

correção na separação.

Verificar no

pedido se existe

informação da

rota.

Rota OK?

Verificar o

endereço no

pedido.

Início

Não

Corrigir rota

manualmente e

no sistema.

Inserir o número

de volumes.È transportadora?Sim

Imprimir as

etiquetas.

Grudar as

etiquetas nos

volumes.

Acondicionar o

material nas

respectivas rotas.

Fixar pedido nos

materiais

separados.

Não

FIM

Conferir número

da Nf nas

etiquetas.

6.2.6. Processo de conferência de expedição:

Page 48: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

44

Conferência de materiais com motoristas (to be).

Re

ceb

ime

nto

Exp

ed

içã

o

Pegar o leitor

de código de

barras

Conferente

entra no

sistema

Selecionar o

nome do

motorista

Motorista verifica

se os pedidos

estão em ordem.

Bipar o pedido

no código de

barras.

Motorista

verifica os

pedidos

separados.

Início

Verificar o

material no

físico.

Conferência

Físico x Pedido

Entrega de

material

conferido e NF

ao motorista

Descartar o

pedido

Fim

Motorista coleta

do pedido na

caixa da rota

Bipagem/

conferência dos

itens

Item tem código

de barras?

Inserir o

código

manualmente.

SIM

NÂO

Motorista leva os

itens e o pedido

até a doca de

conferência.

Entrega o

pedido e os

materiais ao

conferente.

6.3. ANEXO III – Modelo de Relatório de prazo de entrega diário

Page 49: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

45

6.3.1. Relatório de entregas realizadas

6.3.2. Relatório de entregas a serem realizadas

Page 50: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

46

Page 51: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

47

6.4. ANEXO IV – Determinação de causa de problemas – Diagrama de Ishikawa

6.4.1. Ishikawa 01 – Entrega de Materiais sem pagamento

Page 52: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

48

6.4.2. Ishikawa 02 – Materiais não localizados no depósito

Page 53: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

49

6.4.3. Ishikawa 03 – Expedição incorreta e envio para transportadora

6.4.4. Ishikawa 04 – Perda de pedidos na separação

Page 54: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

50

6.4.5. Ishikawa 05 – Solicitação de coleta por vendas

Page 55: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

51

6.4.6. Ishikawa 06 – Não conferência de GNRE

Page 56: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

52

Page 57: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

53

6.4.7. Ishikawa 07 - Venda retira de material com saldo negativo

6.4.8. Ishikawa 08 - Tinta vendida sem pigmentação

Page 58: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

54

6.5. ANEXO V – Layout

Page 59: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

55

Page 60: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

56

6.6. ANEXO VI – Exemplos de avaliação de estoque em Maio/2014

PRODUTO

Máximo 6 últi-mos

meses

Mínimo 6 últi-mos

meses

Média 3 últi-mos

meses

Estoque Mensal

Desejado

Estoque Desejado

(lote e cliente)

Estoque Mensal Final

Desejado

Estoque Desejado

(lote)

Qtde. Em-barques Mensais

Estoque mínimo

final

Estoque atual no sistema

Estoque padrão +

segurança

Saldo (Estoque

atual - Estoque

desejado)

Tempo de es-toque

(meses)

PINCEL 2.1/2 REF.500 TIGRE

4 0 3 3,00 2,00 3 5 1 5 194 10 184 36,80

PINCEL CHATO REF. 915-08 ATLAS

5 1 3 3,00 1,58 3 3 4 3 95 4 91 30,33

3 EM 1 CO-RALMUR BRANCO NEVE 3,6L

42 8 29 29,00 15,94 29 10 2 14,5 393 22 371 25,59

DESEMP PLAS REF.164 ATLAS P/GRAFIATO 8X16CM

2 1 2 2,00 1,33 2 1 3 1 27 2 25 25,00

LONA PLASTICA PRETA 6MX100 (45)

1200 0 546 572,67 572,67 573 491 3 491 8594 655 7939 16,17

LIXA FERRO N. 50 221T 225X275 3M DO BRASIL

51 0 21 21,00 15,50 21 83 2 83 1434 125 1309 15,77

Page 61: UFPR SÉRGIO KUNIO KAWANAMI

57

6.7. ANEXO VII – Exemplos Plano Para Cada Produto – Maio/2015

PRODUTO

Máximo 6 últi-mos

meses

Mínimo 6 últi-mos

meses

Média 3 últi-mos

meses

Estoque Mensal

Desejado

Estoque Desejado

(lote e cliente)

Estoque Mensal Final

Desejado

Estoque Desejado

(lote)

Qtde. Em-barques Mensais

Estoque mínimo

final

Estoque atual no sistema

Estoque padrão +

segurança

Saldo (Estoque

atual - Estoque

desejado)

Tempo de estoque (me-

ses)

PINCEL 2.1/2 REF.500 TI-GRE

18 1 7 7 0 7 0 2 0 152 0 0 ENCOMENDA

PINCEL CHATO REF. 915-08 ATLAS

9 1 1 3 0 3 0 4 0 73 0 0 ENCOMENDA

3 EM 1 CO-RALMUR BRANCO NEVE 3,6L

64 32 54 54 0 54 0 2 0 84 0 0 ENCOMENDA

DESEMP PLAS REF.164 ATLAS P/GRAFIATO 8X16CM

3 0 1 1 0 0 0 4 0 20 0 20 ENCOMENDA

LONA PLAS-TICA PRETA 6MX100 (45)

2000 0 0 333,3333 0 0 0 2 0 0 0 0 ENCOMENDA

LIXA FERRO N. 50 221T 225X275 3M DO BRASIL

500 0 167 167 0 0 0 0,5 0 690 0 690 ENCOMENDA