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FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA tribunadoplanalto.com.br Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 O delicado processo de educar pessoas com deficiência Justiça suspende greve na educação O desembargador Norival Santomé, do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, determinou a suspensão do movimento grevista dos servidores representados da rede municipal de ensino de Goiânia, atendendo pedido da Secretaria de Educação. Pág. 3 Crianças, adolescentes, jovens e adultos portadores de necessidades especiais precisam ter maior atenção e cuidado especial no processo de aprendizagem. Potencializar ao máximo a capacidade de cada estudante de maneira interativa é uma forma de ajudá-los a evoluir o raciocínio e a coordenação motora. Nesses casos, é fundamental que os professores tenham atenção redobrada com os estudantes, para obter melhores resultados. Conheça os métodos utilizados para educar pessoas com deficiências física e mental. Delações criam vácuo na sucessão eleitoral Página 4 ANO 30 - Nº 1.577 ENTREVISTA/GILBERTO MARQUES NETO Escolhido pelo prefeito Iris Rezende para comandar a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), o veterinário e agropecuarista Gilberto Marques Neto tem em suas mãos atribuições que interferem diretamente na vida do goianiense. Fiscalizar som alto, cuidar dos parques e nascentes, cursos d’água, combater a poluição visual são algumas das tarefas de sua pasta. Além disso, precisa agilizar os processos de licenciamento ambiental. “Nosso desafio é colocar o trabalho da Amma para fluir com rapidez e transparência” O governador Marconi Perillo afirmou na semana passada que está terminando de se inteirar sobre o conteúdo das citações a seu respeito nas delações de ex- executivos da empreiteira Odebrecht e que esclarecerá cada um dos pontos apresentados. Marconi afirmou que as contribuições de campanha foram declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral e que as obras da Saneago no entorno do Distrito Federal sequer foram licitadas. Página 6 Página 5 DELAÇÃO DA ODEBRECHT Marconi Perillo: “Vamos esclarecer todos os pontos” R$ 2,00 WAGNAS CABRAL GO I Â NIA, 23 A 29 DE ABRIL DE 2017 PAULO JOSÉ

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Page 1: Tribuna do Planaltotribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2017/04/23...2017/04/23  · FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA tribunadoplanalto.com.br Redação:

FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA tri bu na do pla nal to.com.br

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

O delicado processo de educar pessoas com deficiência

Justiçasuspendegreve naeducaçãoO desembargador NorivalSantomé, do Tribunal de Justiçado Estado de Goiás, determinoua suspensão do movimentogrevista dos servidoresrepresentados da rede municipalde ensino de Goiânia, atendendopedido da Secretaria deEducação. Pág. 3

Crianças, adolescentes, jovens e adultos portadores de necessidades especiais precisam ter maior atenção e cuidado especial no processo deaprendizagem. Potencializar ao máximo a capacidade de cada estudante de maneira interativa é uma forma de ajudá-los a evoluir o raciocínio e acoordenação motora. Nesses casos, é fundamental que os professores tenham atenção redobrada com os estudantes, para obter melhoresresultados. Conheça os métodos utilizados para educar pessoas com deficiências física e mental.

Delaçõescriam vácuona sucessãoeleitoral

Página 4

ANO 30 - Nº 1.577

ENTREVISTA/GILBERTO MARQUES NETO

Escolhido pelo prefeito Iris Rezende para comandar a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), oveterinário e agropecuarista Gilberto Marques Neto tem em suas mãos atribuições que interferemdiretamente na vida do goianiense. Fiscalizar som alto, cuidar dos parques e nascentes, cursos d’água,combater a poluição visual são algumas das tarefas de sua pasta. Além disso, precisa agilizar os processosde licenciamento ambiental.

“Nosso desafio é colocar otrabalho da Amma para fluircom rapidez e transparência”

O governador MarconiPerillo afirmou na semanapassada que estáterminando de se inteirarsobre o conteúdo dascitações a seu respeitonas delações de ex-executivos da empreiteiraOdebrecht e queesclarecerá cada um dospontos apresentados.Marconi afirmou que ascontribuições decampanha foramdeclaradas e aprovadaspela Justiça Eleitoral eque as obras da Saneagono entorno do DistritoFederal sequer foramlicitadas. Página 6

Página 5

DELAÇÃO DA ODEBRECHT

Marconi Perillo: “Vamosesclarecer todos os pontos”

R$ 2,00

WAGNAS CABRAL

GO I Â NIA, 23 A 29 DE ABRIL DE 2017

PAU

LO J

OSÉ

Page 2: Tribuna do Planaltotribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2017/04/23...2017/04/23  · FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA tribunadoplanalto.com.br Redação:

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Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITOR

MANOEL MESSIAS RODRIGUES – EDITOR EXECUTIVO

O Dia do Trabalho, celebrado em 1º de maio, levantaa discussão sobre o futuro do trabalhador. Com a lei daterceirização, a reforma na Previdência Social e o resgatedas contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo deServiço, é preciso trazer orientações sobre como o traba-lhador pode garantir a sua sustentabilidade financeira. Com a lei da terceirização, o profissional brasileiro

deve ter cuidado redobrado ao administrar suas finanças.Afinal, a flexibilização da atividade e as mudanças na re-gulamentação de prestação de serviços temporáriospodem levar muitos a ser tornarem profissionais liberais,deixando de ter renda fixa e passando a ter renda variável. Caso tenha um imprevisto ou aconteça algo que o im-

possibilite de trabalhar e conseguir sua renda – infeliz-mente, ninguém está livre disso –, a situação pode ficarrealmente muito complicada. Então, dominar o controledas finanças é crucial. É importante se preocupar com ocrescimento profissional e aumento da renda, mas éainda mais importante se organizar e poupar dinheiropara garantir qualidade de vida no futuro. A reforma da Previdência Social também impactará

diretamente a vida dos trabalhadores; muitos já estão in-seguros com o seu futuro. Portanto, é preciso conheceras mudanças nas regras e fazer um planejamento para teruma aposentadoria tranquila, pois haverá perdas para otrabalhador e poupar passa a ser uma necessidade.Com a possibilidade do resgate das contas inativas

do FGTS, 8 milhões de pessoas já sacaram R$ 12,3 bi-lhões, de acordo com a Caixa. Para o trabalhador, teruma renda extra é muito positivo, contudo é preciso evitarcolocar em risco uma reserva financeira construída pormeses ou anos de trabalho, com o objetivo de proteger o

trabalhador demitido sem justacausa.Frente a tantas mudanças, é imprescindível que o tra-

balhador brasileiro busque a sua sustentabilidade finan-ceira. O segredo é encontrar o “número da suaaposentadoria”, ou seja, quanto quer ganhar mensal-mente a partir da data em que decidir parar de trabalharpor obrigação. Fazendo as contas certas, acredite, é pos-sível conseguir. Para auxiliar nesse processo, vou compartilhar uma

fórmula que criei há alguns anos, com base na minha ex-periência pessoal e profissional, como educador finan-ceiro. Fiz uma planilha que já faz todo o cálculonecessário de maneira automatizada, bastando colocaras informações nos lugares indicados. Baixe o arquivoCálculo de Aplicação para Independência Financeir nolink www.dsop.com.br/downloads-arquivos/. Para que não se tenha risco de o dinheiro acabar uma

hora, o “número” deve ser de, no mínimo, o dobro do pa-drão de vida. Assim, a pessoa saca 50% do que é ganhocom os juros mensais dessa aplicação, para viver daforma que planejou, e guarda o restante como reserva,que irá se acumular e continuar trazendo rendimento. O trabalhador deve ter em mente que o quanto antes

pensar em seu futuro, mais fácil será para poupar di-nheiro e atingir a quantia e o padrão de vida desejado. Reinaldo Domingos é doutor em educação financeira,

presidente da Associação Brasileira de Educadores Fi-nanceiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira eautor do best-seller Terapia Financeira, do lançamentoDiário dos Sonhos e da primeira Coleção Didática deEducação Financeira do Brasil.

GOIÂNIA, 23 A 29 ABRIL DE 2017

X

Falta legitimidade ao Governo e aoCongresso para fazer as reformasÉ verdade que o Brasil precisa modernizar suas leis, atualizar sua legislação de

modo geral, o que, em muitos casos, ocorre rotineiramente, como o novo códigocivil, atualizações gerais na lei penal etc. Quando essas reformas atingem direitosgerais, difusos, costumam ser aprovadas sem maiores problemas, como lei quetransformam determinado crime em crime hediondo, ainda que tais leis são criadascasuisticamente ou não, devido a um clamor público pontual, como o assassinatoque comove a sociedade.Outras vezes, quando uma nova lei atinge diretamente direitos atualmente ga-

rantidos a pessoas, como é o caso dos direitos trabalhistas e dos direitos previden-ciários, a aprovação das mudanças costuma enfrentar resistências. Essas resistênciaspodem vir de várias formas, podem ter sua lógica formal, como o apoio no estatutojurídico do direito adquirido, que suscita debates amplos. Em muitos casos as re-sistências são de natureza corporativa, quando determinados grupos sociais rejeitammudanças que consideram ferir seus privilégios ou particularidades – caso de ma-gistrados ou policiais que exigem um tratamento diferenciado dos demais trabalha-dores em casos de aposentadoria.O fato é que as reformas sempre são polêmicas quando envolvem direitos líqui-

dos ou objetivos das pessoas, especialmente quando mexem com direitos garantidosou já existentes. Por isso, é preciso que as propostas de mudanças venham precedi-das de ampla divulgação e debates para que dúvidas e mal-entendidos sejam sana-das. Pensando em termos macropolíticos, as reformas precisam de outrocomponente: a legitimidade de quem as propõe. No Brasil, geralmente as reformassão propostas pelo Executivo, geralmente o governo federal, eleito pela população,derivando daí sua legitimidade para propor. A proposta então é analisada, debatida,discutida pelo Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado). Esse trâ-mite é fundamental para que as leis ganhem aceitação pública, social, já que tambémtodos os deputados e senadores têm seus mandatos originados do voto de cadabrasileiro.Contudo, esse elemento fundamental – a legitimidade – está em xeque no país,

já que uma parte significativa do poder político nacional, senão toda a cúpula, estáenvolvida em denúncias, investigação, de crimes, especialmente eleitorais, mas nãoapenas esses, também de corrupção, que estão diretamente relacionados à sua le-gitimidade. Essas denúncias e investigações podem inclusive anular ou cassar osmandatos desses políticos. Aqui abro um parênteses para lembrar que a presidenteDilma Rousseff foi cassada supostamente por irregularidades na condução da coisapública, não diretamente por corrupção ou crimes eleitorais, o que seria mais grave.Diante de um quadro tão negativo, de envolvimento de tantos congressistas e

integrantes do Governo federal, teria esse governo legitimidade para propor mu-danças que afetam tão diretamente os direitos dos brasileiros? A resposta inegavel-mente é não! O atual governo federal, comandado pelo presidente Michel Temer eintegrado por figuras como Moreira Franco, Eliseu Padilha, Aloysio Nunes, HelderBarbalho, não tem legitimidade para mexer em direitos consagrados ao longo dahistória, porque são pessoas que estão sob fortes suspeitas de corrupção e outroscrimes eleitorais. Da mesma forma, o Congresso Nacional, comandado e integrado por pessoas

como Eunicio Oliveira, Renan Calheiros, Romero Jucá, Rodrigo Maia e tantos ou-tros envolvidos até o pescoço no mar de sujeira e corrupção descoberto pela LavaJato, não pode nem possui legitimidade para acabar com direitos dos trabalhadoresbrasileiros.

A médica goiana Celina Turchi, líder de pesquisas que comprovaram a relação entre o Zika vírus e amicrocefalia, está na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, segundo a revista americana Time.A seleção traz ainda o jogador Neymar que, junto da médica, são os únicos brasileiros da lista.

Jorge Antônio Monteiro de Lima

A depressão é o grito da alma

Dia do Trabalhador (1º de maio):como ter sustentabilidade financeira?

Mulher jovem, 28 anos, olhar frio, opaco, sem vida.Raras expressões de afetividade, quase todas em apa-tia. Sua vida se resumia ao trabalho que odiava, emuma repartição pública, e a volta para casa. Raro con-tato social, isolada, apenas um amigo que morava amais de 6 mil quilômetros de distância. Em casa nosfinais de semana, era ávida devoradora de séries de TV,resumindo sua existência ao sofá e à cama. Tudo semgraça, sem alegria. Afetividade terceirizada. Muito ra-cionalismo, tudo justificado. Ela queria tanta coisa,tantas oportunidades, tanto de tanto que o vazio inten-sificado se fez presente diante de tanto “poder e glória”.Embora bonita, rechaçava a tudo e todos com seucomportamento hostil, em que gentileza era algo raro.Era melancólica, triste, vazia. Fechada no calabouçoda pós-modernidade, na tecnologia diante de tantasidentidades que assumia.Tratava de depressão há 12 anos sem melhora...,

Estamos diante de um problema social mundial in-tenso. Uma epidemia chamada depressão, a segundamaior doença mental da atualidade – a primeira é a an-siedade, sendo que 25% dos casos de ansiedade viramdepressão. Por que esta doença virou epidemia diantede tantos profissionais e de tantas especialidades? Porque a área de saúde não consegue prevenir nem tratardireito os casos de depressão, tendo a doença cresci-mento em progressão geométrica? Por que hoje encon-tramos pacientes que se tratam por décadas semmelhora, com sua vida paralisada em sofrimento? Epor que a sociedade se acomoda diante desse descaso?Há mais de 30 anos dedico parte de minha profis-

são, como analista e psicólogo clínico, para o trata-mento de pacientes com depressão, doença tão temidae estigmatizada na pós-modernidade. É a contra indi-cação de nossa sociedade de consumo, de uma civili-zação que perdeu os valores: na crise de ideologia, deidentidade, de cultura, da religião, da política, da eco-nomia, na sociedade violenta em que o consumismoacirrado e a moda destituíram do ser sua identidade.Hoje a vida é plastificada, cheia de vários elementos dosem graça, há muita pose e pouca essência. Vivemosna sociedade do vazio.

E ainda enfrentamos um pro-blema gravíssimo junto aos profis-sionais de saúde: a visão míope devários deles, a começar na acade-mia, que persiste em manter revisãobibliográfica de velharias, destituindo o aspecto psico-dinâmico da patologia. Depois, temos a questão davisão materialista, que encerra a doença em estudos es-tatísticos que nada dizem, mostram números frios esecos como a própria depressão. E, para completar, re-legam a depressão a processos biológicos, a sinapses eneurotransmissores, a genética, justificando uma visãoparcial em uma verdade científica.

A depressão é o grito da alma, da psique que estáem neurose, desajustada, na qual o ego, nossa identi-dade, torna-se um estrangeiro, vivenciando uma fron-teira, um terceiro diante da própria existência.Acabamos por ser estrangeiros da nossa própria vida. O mercado de consumo estabeleceu como regras

sociais o individualismo, o egoísmo, a falta de huma-nidade, a agressividade, o vale-tudo e a identidade ma-leável dentro de modismos, destituindo do ser o desejoque atualmente é pré-fabricado na ruptura com o pro-cesso de individuação: a fragmentação da dinâmicapsíquica engendra na maior parte dos casos a depres-são. A vida fica sem graça diante do nada existencial.E o sofrimento passa a ser intenso quando um indiví-duo resolve não perceber seu próprio mundo interior,sua alma, sua psique. É a fronteira do ser diante de suaprópria existência. Já não mais escutamos nossos so-nhos, a introspecção e a meditação deram lugar a umvazio de sentido, não sabemos mais quem somos nemo que podemos fazer A depressão é fruto direto do ma-terialismo....A depressão é uma doença que, quando tratada,

tem cura. O tratamento envolve o uso de medicação,psicoterapia profunda – preferencialmente a análi se, eatividade física. Os tratamentos levam em média de 8meses a um ano. Olhe para sua alma!Jorge Antônio Monteiro de Lima é deficiente visual

(cego), analisa C. G. Jung), psicólogo clínico, pesqui-sador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

Reinaldo Domingos

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

62 99977-6161

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to ra

Edi to r-Executivo

Daniela [email protected]

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

Yago [email protected]

[email protected]é Deusmar Rodrigues

[email protected]

RepórteresFotografia

Diagramação

Page 3: Tribuna do Planaltotribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2017/04/23...2017/04/23  · FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA tribunadoplanalto.com.br Redação:

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Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITOR

MANOEL MESSIAS RODRIGUES – EDITOR EXECUTIVO

O Dia do Trabalho, celebrado em 1º de maio, levantaa discussão sobre o futuro do trabalhador. Com a lei daterceirização, a reforma na Previdência Social e o resgatedas contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo deServiço, é preciso trazer orientações sobre como o traba-lhador pode garantir a sua sustentabilidade financeira. Com a lei da terceirização, o profissional brasileiro

deve ter cuidado redobrado ao administrar suas finanças.Afinal, a flexibilização da atividade e as mudanças na re-gulamentação de prestação de serviços temporáriospodem levar muitos a ser tornarem profissionais liberais,deixando de ter renda fixa e passando a ter renda variável. Caso tenha um imprevisto ou aconteça algo que o im-

possibilite de trabalhar e conseguir sua renda – infeliz-mente, ninguém está livre disso –, a situação pode ficarrealmente muito complicada. Então, dominar o controledas finanças é crucial. É importante se preocupar com ocrescimento profissional e aumento da renda, mas éainda mais importante se organizar e poupar dinheiropara garantir qualidade de vida no futuro. A reforma da Previdência Social também impactará

diretamente a vida dos trabalhadores; muitos já estão in-seguros com o seu futuro. Portanto, é preciso conheceras mudanças nas regras e fazer um planejamento para teruma aposentadoria tranquila, pois haverá perdas para otrabalhador e poupar passa a ser uma necessidade.Com a possibilidade do resgate das contas inativas

do FGTS, 8 milhões de pessoas já sacaram R$ 12,3 bi-lhões, de acordo com a Caixa. Para o trabalhador, teruma renda extra é muito positivo, contudo é preciso evitarcolocar em risco uma reserva financeira construída pormeses ou anos de trabalho, com o objetivo de proteger o

trabalhador demitido sem justacausa.Frente a tantas mudanças, é imprescindível que o tra-

balhador brasileiro busque a sua sustentabilidade finan-ceira. O segredo é encontrar o “número da suaaposentadoria”, ou seja, quanto quer ganhar mensal-mente a partir da data em que decidir parar de trabalharpor obrigação. Fazendo as contas certas, acredite, é pos-sível conseguir. Para auxiliar nesse processo, vou compartilhar uma

fórmula que criei há alguns anos, com base na minha ex-periência pessoal e profissional, como educador finan-ceiro. Fiz uma planilha que já faz todo o cálculonecessário de maneira automatizada, bastando colocaras informações nos lugares indicados. Baixe o arquivoCálculo de Aplicação para Independência Financeir nolink www.dsop.com.br/downloads-arquivos/. Para que não se tenha risco de o dinheiro acabar uma

hora, o “número” deve ser de, no mínimo, o dobro do pa-drão de vida. Assim, a pessoa saca 50% do que é ganhocom os juros mensais dessa aplicação, para viver daforma que planejou, e guarda o restante como reserva,que irá se acumular e continuar trazendo rendimento. O trabalhador deve ter em mente que o quanto antes

pensar em seu futuro, mais fácil será para poupar di-nheiro e atingir a quantia e o padrão de vida desejado. Reinaldo Domingos é doutor em educação financeira,

presidente da Associação Brasileira de Educadores Fi-nanceiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira eautor do best-seller Terapia Financeira, do lançamentoDiário dos Sonhos e da primeira Coleção Didática deEducação Financeira do Brasil.

GOIÂNIA, 23 A 29 ABRIL DE 2017

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Falta legitimidade ao Governo e aoCongresso para fazer as reformasÉ verdade que o Brasil precisa modernizar suas leis, atualizar sua legislação de

modo geral, o que, em muitos casos, ocorre rotineiramente, como o novo códigocivil, atualizações gerais na lei penal etc. Quando essas reformas atingem direitosgerais, difusos, costumam ser aprovadas sem maiores problemas, como lei quetransformam determinado crime em crime hediondo, ainda que tais leis são criadascasuisticamente ou não, devido a um clamor público pontual, como o assassinatoque comove a sociedade.Outras vezes, quando uma nova lei atinge diretamente direitos atualmente ga-

rantidos a pessoas, como é o caso dos direitos trabalhistas e dos direitos previden-ciários, a aprovação das mudanças costuma enfrentar resistências. Essas resistênciaspodem vir de várias formas, podem ter sua lógica formal, como o apoio no estatutojurídico do direito adquirido, que suscita debates amplos. Em muitos casos as re-sistências são de natureza corporativa, quando determinados grupos sociais rejeitammudanças que consideram ferir seus privilégios ou particularidades – caso de ma-gistrados ou policiais que exigem um tratamento diferenciado dos demais trabalha-dores em casos de aposentadoria.O fato é que as reformas sempre são polêmicas quando envolvem direitos líqui-

dos ou objetivos das pessoas, especialmente quando mexem com direitos garantidosou já existentes. Por isso, é preciso que as propostas de mudanças venham precedi-das de ampla divulgação e debates para que dúvidas e mal-entendidos sejam sana-das. Pensando em termos macropolíticos, as reformas precisam de outrocomponente: a legitimidade de quem as propõe. No Brasil, geralmente as reformassão propostas pelo Executivo, geralmente o governo federal, eleito pela população,derivando daí sua legitimidade para propor. A proposta então é analisada, debatida,discutida pelo Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado). Esse trâ-mite é fundamental para que as leis ganhem aceitação pública, social, já que tambémtodos os deputados e senadores têm seus mandatos originados do voto de cadabrasileiro.Contudo, esse elemento fundamental – a legitimidade – está em xeque no país,

já que uma parte significativa do poder político nacional, senão toda a cúpula, estáenvolvida em denúncias, investigação, de crimes, especialmente eleitorais, mas nãoapenas esses, também de corrupção, que estão diretamente relacionados à sua le-gitimidade. Essas denúncias e investigações podem inclusive anular ou cassar osmandatos desses políticos. Aqui abro um parênteses para lembrar que a presidenteDilma Rousseff foi cassada supostamente por irregularidades na condução da coisapública, não diretamente por corrupção ou crimes eleitorais, o que seria mais grave.Diante de um quadro tão negativo, de envolvimento de tantos congressistas e

integrantes do Governo federal, teria esse governo legitimidade para propor mu-danças que afetam tão diretamente os direitos dos brasileiros? A resposta inegavel-mente é não! O atual governo federal, comandado pelo presidente Michel Temer eintegrado por figuras como Moreira Franco, Eliseu Padilha, Aloysio Nunes, HelderBarbalho, não tem legitimidade para mexer em direitos consagrados ao longo dahistória, porque são pessoas que estão sob fortes suspeitas de corrupção e outroscrimes eleitorais. Da mesma forma, o Congresso Nacional, comandado e integrado por pessoas

como Eunicio Oliveira, Renan Calheiros, Romero Jucá, Rodrigo Maia e tantos ou-tros envolvidos até o pescoço no mar de sujeira e corrupção descoberto pela LavaJato, não pode nem possui legitimidade para acabar com direitos dos trabalhadoresbrasileiros.

A médica goiana Celina Turchi, líder de pesquisas que comprovaram a relação entre o Zika vírus e amicrocefalia, está na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, segundo a revista americana Time.A seleção traz ainda o jogador Neymar que, junto da médica, são os únicos brasileiros da lista.

Jorge Antônio Monteiro de Lima

A depressão é o grito da alma

Dia do Trabalhador (1º de maio):como ter sustentabilidade financeira?

Mulher jovem, 28 anos, olhar frio, opaco, sem vida.Raras expressões de afetividade, quase todas em apa-tia. Sua vida se resumia ao trabalho que odiava, emuma repartição pública, e a volta para casa. Raro con-tato social, isolada, apenas um amigo que morava amais de 6 mil quilômetros de distância. Em casa nosfinais de semana, era ávida devoradora de séries de TV,resumindo sua existência ao sofá e à cama. Tudo semgraça, sem alegria. Afetividade terceirizada. Muito ra-cionalismo, tudo justificado. Ela queria tanta coisa,tantas oportunidades, tanto de tanto que o vazio inten-sificado se fez presente diante de tanto “poder e glória”.Embora bonita, rechaçava a tudo e todos com seucomportamento hostil, em que gentileza era algo raro.Era melancólica, triste, vazia. Fechada no calabouçoda pós-modernidade, na tecnologia diante de tantasidentidades que assumia.Tratava de depressão há 12 anos sem melhora...,

Estamos diante de um problema social mundial in-tenso. Uma epidemia chamada depressão, a segundamaior doença mental da atualidade – a primeira é a an-siedade, sendo que 25% dos casos de ansiedade viramdepressão. Por que esta doença virou epidemia diantede tantos profissionais e de tantas especialidades? Porque a área de saúde não consegue prevenir nem tratardireito os casos de depressão, tendo a doença cresci-mento em progressão geométrica? Por que hoje encon-tramos pacientes que se tratam por décadas semmelhora, com sua vida paralisada em sofrimento? Epor que a sociedade se acomoda diante desse descaso?Há mais de 30 anos dedico parte de minha profis-

são, como analista e psicólogo clínico, para o trata-mento de pacientes com depressão, doença tão temidae estigmatizada na pós-modernidade. É a contra indi-cação de nossa sociedade de consumo, de uma civili-zação que perdeu os valores: na crise de ideologia, deidentidade, de cultura, da religião, da política, da eco-nomia, na sociedade violenta em que o consumismoacirrado e a moda destituíram do ser sua identidade.Hoje a vida é plastificada, cheia de vários elementos dosem graça, há muita pose e pouca essência. Vivemosna sociedade do vazio.

E ainda enfrentamos um pro-blema gravíssimo junto aos profis-sionais de saúde: a visão míope devários deles, a começar na acade-mia, que persiste em manter revisãobibliográfica de velharias, destituindo o aspecto psico-dinâmico da patologia. Depois, temos a questão davisão materialista, que encerra a doença em estudos es-tatísticos que nada dizem, mostram números frios esecos como a própria depressão. E, para completar, re-legam a depressão a processos biológicos, a sinapses eneurotransmissores, a genética, justificando uma visãoparcial em uma verdade científica.

A depressão é o grito da alma, da psique que estáem neurose, desajustada, na qual o ego, nossa identi-dade, torna-se um estrangeiro, vivenciando uma fron-teira, um terceiro diante da própria existência.Acabamos por ser estrangeiros da nossa própria vida. O mercado de consumo estabeleceu como regras

sociais o individualismo, o egoísmo, a falta de huma-nidade, a agressividade, o vale-tudo e a identidade ma-leável dentro de modismos, destituindo do ser o desejoque atualmente é pré-fabricado na ruptura com o pro-cesso de individuação: a fragmentação da dinâmicapsíquica engendra na maior parte dos casos a depres-são. A vida fica sem graça diante do nada existencial.E o sofrimento passa a ser intenso quando um indiví-duo resolve não perceber seu próprio mundo interior,sua alma, sua psique. É a fronteira do ser diante de suaprópria existência. Já não mais escutamos nossos so-nhos, a introspecção e a meditação deram lugar a umvazio de sentido, não sabemos mais quem somos nemo que podemos fazer A depressão é fruto direto do ma-terialismo....A depressão é uma doença que, quando tratada,

tem cura. O tratamento envolve o uso de medicação,psicoterapia profunda – preferencialmente a análi se, eatividade física. Os tratamentos levam em média de 8meses a um ano. Olhe para sua alma!Jorge Antônio Monteiro de Lima é deficiente visual

(cego), analisa C. G. Jung), psicólogo clínico, pesqui-sador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

Reinaldo Domingos

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

62 99977-6161

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to ra

Edi to r-Executivo

Daniela [email protected]

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

Yago [email protected]

[email protected]é Deusmar Rodrigues

[email protected]

RepórteresFotografia

Diagramação

POLÍTICA 3GOIÂNIA, 23 A 29 DE ABRIL DE 2017

XMarcione Barreira

[email protected] DIRETAGreve suspensaSob pena de multa diária de R$ 100 mil,

em caso de descumprimento da ordem, o de-sembargador Norival Santomé, da 6ª CâmaraCível do Tribunal de Justiça do Estado deGoiás, determinou, na terça-feira (18), a sus-pensão do movimento grevista dos servidoresrepresentados pelo Sindicato Municipal dosServidores da Educação de Goiânia (Simsed).

ContinuidadeO município ajuizou ação declaratória de

ilegalidade da greve com pedido de antecipa-ção dos efeitos da tutela, sob argumento deque a Lei nº 7.783/89 prevê que a paralisaçãosó poderá ocorrer com percentual mínimo detrabalhadores aptos a assegurar a continuida-de do serviço educacional.

NotificaçãoO desembargador argumentou que o direi-

to de greve é garantia fundamental e está pre-vista no artigo 9º da Constituição Federal. Res-saltou, porém, que a paralisação só poderáocorrer caso a entidade patronal seja notifica-da com antecedência mínima de 48 horas, oque não teria acontecido.

AudiênciaA Câmara dos Vereadores de Goiânia, atra-

vés do vereador Romário Polcarpo (PTC), reali-zou na última semana audiência pública sobre areforma da Previdência. O tema tem sido muitodiscutido em todos os níveis e é a primeira vezque a iniciativa parte do legislativo municipal.

FCOA caravana do Fundo Constitucional de Fi-

nanciamento do Centro-Oeste (FCO) esteve emGoiânia na última semana e prometeu destinarao Centro-Oeste cerca de R$ 10 bilhões. Goiásvai receber cerca de R$ 2,8 bilhões que devem serinvestidos no desenvolvimento econômico e so-cial dos municípios do Estado.

PresençasLideranças da base aliada e da prefeitura es-

tiveram juntos no evento. O prefeito Iris Rezendediscursou e ressaltou a importância do investi-mento. O vice-governador José Eliton tambémesteve presente, além de Vilmar Rocha secretáriodo Meio Ambiente (Secima) e do prefeito deAparecida, Gustavo Mendanha, entre outros.

Macambira AnicunsA prefeitura de Goiânia se reuniu na última

semana com representantes do Banco Interame-ricano de Desenvolvimento (BID) para discutira segunda etapa do Programa Urbano Ambien-tal Macambira Anicuns. Ao todo, o programaprevê a revitalização de uma área de mais de 360hectares e aproximadamente 24 quilômetros deextensão.

RÁPIDASSegundo o governo estadual, os investimen-

tos com atração de novas indústrias em Goiásdevem superar R$ 900 milhões em 2017.

...

Dados do governo revelam que o estado re-cebeu nove novas indústrias de ramos diversifi-cados.

As atividades vão desde a fabricação de painéissolares, passando por medicamentos, cervejariase refrigerantes.

...

Por conta disso, contabilizou R$ 896 milhõesem volume de investimentos, com a geração de3.980 empregos diretos e 10.840 indiretos.

Por quase duas horas, o se-cretário de Finanças da Prefeitu-ra de Goiânia, Oseias Pacheco,traçou na semana passada umquadro sobre as finanças da Pre-feitura de Goiânia, as medidastomadas para equacionar o pro-blema de débitos com fornecedo-res da administração passada eainda “a necessidade fundamen-tal de controlar os gastos. Ou se-ja, só gastar conforme o que ar-recadamos”.Oseias esteve na Câmara

atendendo convite do vereadorElias Vaz (PSB), que acusava oPaço de não cumprir compro-missos básicos mesmo com di-nheiro em caixa.“Pelas informações que te-

mos é que, em 28 de fevereirodeste ano, a Prefeitura tinha emcaixa quase R$ 370 milhões. Por-

tanto, não sabemos por que hou-ve atraso para pagamento de sa-lários, a população reclama pelamerenda escolar, vagas na UTI efalta de ambulância no SAMUpor falta de manutenção, semcontar a falta de insulina para osportadores de diabete”, disseElias.O vereador quis saber o crité-

rio de gastos do Paço, já que aatual administração não estariapagando dívidas atrasadas.O secretário disse que a Pre-

feitura tem dinheiro em caixa,

mas que não é suficiente paraatender a todas as demandas.Ele reafirmou que Iris recebeu dePaulo Garcia uma dívida de R$670 milhões, dos quais R$ 100milhões teriam sido pagos, res-tando um saldo de R$ 570 mi-lhões.“Nesse sentido, em julho va-

mos iniciar uma negociação comos credores da administração, re-ferentes a débitos de 2016 paratrás. Vamos ter que parcelar essesvalores. Hoje, temos uma déficitnominal mensal de R$ 31 mi-

lhões”, detalhou o secretário naCâmara.“Temos saldo de caixa, mas

as prioridades são para pagar afolha de servidores, encargos so-ciais e posteriormente pagar dívi-das da gestão anterior. Hoje, porexemplo, temos em caixa R$ 200milhões, mas só a folha consomeR$ 220 milhões. Vamos recom-por para liquidar essa folha atéfinal do mês”, explicou.Indagado pelo vereador Alys-

son Lima (PRB), sobre o mon-tante do IPTU arrecadado até

agora, Oseias respondeu que “re-cebemos até este mês R$ 750 mi-lhões com IPTU e ITU. Mas queestamos trabalhando com auste-ridade, cortando gastos desne-cessários, para investir em obraspúblicas. Aquelas que exigem al-ta contrapartida não serão feitas,por enquanto. Só aquelas quedemandam menos recursos”.Sargento Novandir (PTN)

completou perguntando ao se-cretário quando a prefeitura sairádo vermelho, ou seja, quando asituação vai melhorar.

“Estamos empenhados emsó gastar o que a Prefeitura arre-cadar. Em julho vamos negociarcom os devedores o parcelamen-to das dívidas da administraçãopassada. Inclusive vamos fazeruma profunda reforma adminis-trativa, devendo a proposta serencaminhada a esta Casa breve-mente”, anunciou.Zander Fábio (PEN) lem-

brou que a Secretaria de Finan-ças age com rigor excessivoquando é para cobrar dos contri-buintes mais humildes.“Quando o senhor vai iniciar

a cobrança de quase R$ 5 bilhõesde ISS devidos pelos bancos,shopping centers, estacionamen-tos, meios de comunicação, den-tre outros?”, questionou. “Nos-sos auditores estão estudandoessa questão”, respondeu.Ao final, Elias Vaz, Jorge Ka-

juru, Zander Fábio cobraram dosecretário o envio à Câmara darelação dos 100 maiores devedo-res da Prefeitura. Ele respondeuque não pode fornecer os nomesnem o cadastro por ser umaproibição legal.“Agora, se a Justiça determi-

nar não vejo nenhum problemaem encaminhar aos senhores ve-readores essa lista”, reforçou.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

“Presenciamos o envenenamento da democracia pelo açodamento na desmoralização de homenspúblicos de bem”

Senador Renan Calheiros sobre a condução dos processos da Lava Jato que,na visão dele, é uma “aberração jurídica”.

Fechou o blocoO bloco Juntos por Goiânia, formado por

seis parlamentares na Câmara dos vereadores,não existe mais. O vereador Welligton Peixoto(PMDB) comunicou a extinção do grupo na se-mana passada alegando que não havia sintoniade atuação política do bloco. Faziam parte, alémdo peemedebista, Alysson Lima (PRB), JuarezLopes (PRTB), Rogério Cruz (PRB), TatianaLemos (PC do B) e Zander Fábio (PEN).

IPVAA Assembleia Legislativa aprovou na últi-

ma quinta-feira projeto que proíbe apreensãode veículos por IPVA vencido há mais de umano. São dois projetos que permeiam sobre oassunto. Os Projetos de Lei n° 2370/16, do de-putado Henrique Arantes (PTB), e nº 539/17,do deputado licenciado Lucas Calil (PSL).

Proibição de radaresO deputado Diego Sorgatto (PSB) apre-

sentou projeto de lei na Assembleia Legislativacom o objetivo de proibir a instalação de rada-res móveis em locais que dificultem a sua vi-sualização nas rodovias goianas. Aprovadapreliminarmente, a proposta encontra-se sobanálise da Comissão de Constituição, Justiça eredação (CCJ).

O que ele dizAo justificar o projeto, Sorgatto destacou

que a finalidade dos radares móveis não podeser punitiva, mas educativa. “É preciso uma si-nalização apropriada para que os motoristaspossam ser bem orientados sobre a sua locali-zação”, diz ele, acrescentando que os apare-lhos instalados de forma oculta geram umgrande número de multas e pode comprovar,na prática, o propósito arrecadatório.

Ponto eletrônicoA deputada Isaura Lemos (PCdoB) propôs

na semana passada a implantação de pontoeletrônico para profissionais da saúde. O ser-viço será gerenciado por meio de uma parceriaentre a Secretaria da Saúde do Estado e a em-presa responsável pela implantação do pontoeletrônico e do controle de acesso.

PEC dos gastos O líder do Governo

na Assembleia Legisla-tiva, Francisco Oliveira(PSDB), trabalha e ar-ticula junto à base go-vernista para colocarem votação a Propostade Emenda Constitu-cional (PEC) do Tetode Gastos até a quarta-feira, 26. Essa será aprimeira análise emplenário da polêmicaPEC do Teto.

Secretário de Finançasatendeu ao chamado dosvereadores e compareceu àCâmara Municipal paraesclarecer sobre os valoresdisponíveis no caixa daPrefeitura e como osrecursos têm sidoaplicados pela gestão daCapital

Oseias Pacheco, secretário de Finanças: “prioridade é pagar folha de servdiores, encargossociais e, posteriormente, as dívidas herdadas da gestão anterior”

Elias Vaz: questionamentossobre dinheiro em caixa

José Eliton sai em defesa de Marconi Perillo O vice-governador José Eliton (PSDB) saiu em defesa do governador Marconi Perillo depois

que o nome do chefe do executivo goiano sofreu abalos com as revelações da lista do ministroFachin. Foi a primeira vez que Eliton falou abertamente sobre o episódio e destacou que o go-vernador vai esclarecer os fatos. As declarações foramfeitas por meio de suas redes sociais. A postura dovice-governador não é novidade, é aliado deprimeira hora de Marconi desde de 2010quando foi colocado como vice em suachapa. Em 2012 esteve ao lado do entãopré-candidato ao governo em 2014 comquem percorreu durante toda a turbu-lência. José Eliton destacou em suaspostagem os feitos do governo numatentativa de reforçar o trabalho do exe-cutivo goiano. “Atualmente, Goiás é umdos estados que mais gera empregos ebate recordes sucessivos na economia enos indicadores sociais”, aponta o vice-governador. “Lançamos, há pouco, oGoiás na Frente, programa arrojado emmeio à crise brasileira que reúne recursosde R$ 9 bilhões para investimentos emobras estruturantes em todas as regiões doestado”. E concluiu: “Vamos continuar notrabalho diuturno pelo crescimen-to do Estado de Goiás epelo bem-estar detodos os goia-nos”.

Secretário de Finanças diz que Irisjá pagou R$ 100 milhões de dívidas

FOTOS: P

AULO JO

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POLÍTICA4 GOIÂNIA, 23 A 29 DE ABRIL DE 2017

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DELAÇÃO DO FIM DO MUNDO

Avanço das investigaçõesabre lacuna na sucessão

FOTOS: PAULO JOSÉ

Marcos Marinho: aindignação ainda é seletiva

Itami Campos: sistemaeleitoral do país está falido

Com a máquina na mão eum programa que promete es-tancar qualquer crise pelo volu-me de investimento, o Goiás naFrente, a base aliada do governa-dor Marconi Perillo pode conse-guir se recuperar antes daoposição, segundo avaliam espe-cialistas ouvidos pela Tribuna.Aliado a isso, é inegável a habili-dade de Perillo em sair de situa-ção como esta.

Em 2012, no auge da Opera-ção Monte Carlo, muitos davamcomo morta a vida política dogovernador, entretanto, entreataques e defesas, ele conseguiu

se recuperar para vencer, doisanos depois, seu maior adversá-rio, Iris Rezende (PMDB), nacorrida para o governo.

Na análise de Marcos Mari-nho, a situação tende a se recu-perar com maior rapidez, porestar com o Executivo nas mãos,além da histórica falta de coesãoda oposição.

“Sempre que há desarticula-ção e desunião na oposição,quem sai ganhando é a situa-ção”, lembra.

Ainda segundo o estudioso, ocontrole da máquina do governoajuda encorpar a recuperação.

“Quem tem a máquina nasmãos tem mais meios para pro-jetar sua imagem e a daquelesque apoia. Sendo assim, en-quanto o bloco que sustenta asituação não for desmobilizado,ou as oposições se aglutinareme articularem como um blocoforte e coeso, a tendência é quese mantenha o status quo”, de-clara.

Certo é que nos próximosmeses devemos assistir maisdesdobramentos sobre as dela-ções. Apesar de ser um processodemorado e de estar apenas nu-ma metodologia de investiga-

ção, há um desgaste na imagemdos políticos citados, mas com otempo é que se notará os efeitosdesse desgaste.

O marqueteiro JorcelinoBraga ratifica que as citaçõestrazem grandes prejuízos deimagem para os envolvidos, maso fato não necessariamente po-de refletir no próximo processoeleitoral.

“Qualquer pessoa que tenhasido citada vai carregar esseagravo no nome, mas daqui atéas eleições ninguém pode garan-tir que esses reflexos vão perdu-rar”, avala o marqueteiro.

Lista do ministroEdson Fachin põe naberlinda as maioreslideranças do estadoe complica o xadrezda sucessão estadual;José Eliton e RonaldoCaiado estão imunes

Manoel Messias Rodrigues e Marcione Barreira

As delações de ex-executivosda empreiteira Odebrecht atin-giram importantes nomes dapolítica em Goiás e colocamsob alerta tanto oposição quan-to situação. Faltando poucomais de ano para o início oficialdo processo eleitoral, grupospolíticos passam a dividir suasatenções entre a defesa de seusnomes e a conquista de territó-rio político.

Até aqui, ganha quem nãoteve o nome atingido pelas dela-ções da Odebrecht. Entre osque estão diretamente envolvi-dos na sucessão, ficam fortale-cidos neste momento o senadorRonaldo Caiado (DEM) e o vi-ce-governador José Eliton(PSDB). Não significa dizer, en-tretanto, que estes nomes te-nham vitória garantida em2018, até porque são opositorese ganhando um o outro perde.

Todavia, no cenário atual,nem mesmo eles têm a certezaque serão candidatos. Algumasincertezas ainda os rondam.Uma delas está em torno do no-me do vice-governador, que se-quer conseguiu aglutinar a basee se tornar unanimidade dentrodo campo governista. O cenáriotambém fica incerto porque ain-da não está clara a extensão detodas as delações, porque, alémda Odebrecht, outras estão emandamento.

Em termos gerais, há perdaem todos os campos, segundoavalia analistas. Com a cober-tura incessante da mídia em tor-no das delações, todos ospolíticos são colocados na valacomum, o que traz arranhõesna imagem de todos.

Na opinião de alguns espe-cialistas, Marconi leva vanta-gem em termos de recuperação

Um dos governadoriáveisque até aqui está imune àsdenúncias de corrupção, Ro-naldo Caiado tem natural-mente grande chance deangariar apoio da oposição.Mas não será tão simples fa-zer com que o PMDB abramão da candidatura. Nestemomento, segundo lideran-

ças do PMDB, nem passa pe-la cabeça do partido tal pos-sibilidade.

Com Maguito Vilela e Da-niel Vilela citados nas dela-ções da Odebrecht, se o casose agravar e os danos de ima-gem tomarem proporções ir-reparáveis, o partido fica semnenhum nome de peso para

disputar a eleição. Entretantosegundo Marcos Marinho, is-so não será um grande pro-blema.

“Atualmente não percebonenhum nome de peso noPMDB. Agora, nada impedeque o PMDB, com boa estra-tégia, coopte algum nome deoutro partido para compor

sua chapa”, avalia.Marinho observa que é

muito difícil que os peemede-bistas abdiquem da candida-tura para apoiar umcandidato de outro partido.Segundo ele, isso não deveocorrer.

“Para a oposição, não ve-jo isto como algo fácil de

acontecer. Foi o que vimosnos últimos pleitos, umaoposição sempre fragmenta-da e mais preocupada combrigas internas do que, efeti-vamente, assumir o governo”,destaca Marinho.

Na avaliação de Marinhose os fatos tomarem novasproporções a oposição tende

a se dividir ainda mais.“O PMDB em si já é um

ambiente de grandes disputasinternas, se pensarmos empossíveis coligações, num ce-nário de caos continuado co-mo temos hoje, é maisprovável, na minha opinião,que todos se sintam capazesde vencer”, explica.

Maguito e Daniel Vilela (acima), Ronaldo Caiado e José Eliton: antes das delações, os quatro poderiam se habilitar acandidato a governador; após, sobraram Caiado e Eliton, que não foram citados pelos ex-executivos da Odebrecht

por ter demonstrado mais habi-lidade, ao longo do tempo, dese livrar de escândalos como,por exemplo, da OperaçãoMonte Carlo. Dois anos depoisconseguiu se reeleger e hoje temsua imagem desvinculada doprocesso.

O que fica evidente com osfatos é que o sistema políticobrasileiro demonstra estar fali-do. Com mais de 400 políticoscom suspeita de terem recebidocaixa dois em campanhas elei-torais, a necessidade de umaampla reforma política fica ca-da vez mais clara.

O analista Marcos Marinho,professor, consultor político ediretor da M. Marinho Marke-ting Ltda., ressalta que o que foirevelado nas delações trouxe àsclaras aquilo que muitos já sa-biam que existia. Entretanto, eleavalia que a indignação ainda éseletiva.

“Estas delações apenas co-locam às claras aquilo que mui-tos já sabiam ocorrer nosbastidores da política brasileira.A indignação ainda é seletiva, omeio político ainda sente quedomina a situação e a popula-ção se limita a expressar indig-nação em posts e comentáriosnas redes sociais”, disse Mari-nho.

Na avaliação do analista, oprocesso político nacional, alémde estar falido, é controlado porpartidos que trabalham em tor-no de si, sem responsabilidadesocial.

“O sistema político brasilei-ro é caótico, em minha opiniãopor ser autorregulado pelospróprios partidos e políticos demodo totalmente descolado dosanseios, demandas e desejos departicipação da coletividade”,ressalta Marcos Marinho.

Para o professor, cientistapolítico e historiador ItamiCampos, a demonstração de fa-lência é clara. Na mesma linhade Marcos Marinho, Itami ob-serva que mesmo com tantosnomes envolvidos em casos co-mo estes não há tendência derenovação.

“O sistema eleitoral brasilei-ro é fechado, controlado. Comisso, é muito difícil que haja umrenovação, mas mesmo assimacredito que não seja impossí-vel”, declara Campos.

Controle do Estado évantagem para base aliada

Cientista vê como improvável a união da oposição

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POLÍTICA 5

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GO I Â NIA, 23 A 29 DE ABRIL DE 2017

ENTREVISTA / GILBERTO MARQUES NETO

“Vamos desburocratizar a Amma”

“Neste início, nossa maiorpreocupação foi criar uma força-tarefa

para agilizar esses processos queestavam parados”

O sr. não tem vínculo com apolítica partidária, até queponto o cargo que o sr. ocupadepende dessas questões paraatender partido A ou B?

Não escolho quem vou aten-der. Minhas portas ficam abertaspara resolver as questões que sãoprioridades na nossa gestão daAgência Municipal do Meio Am-biente. Não estou aqui para ser-vir um partido ou outro, estouaqui para prestar o meu trabalhotécnico, de gestão da Amma.

A gestão do prefeito tem sofridocríticas nestes primeiros 100dias. Além das dificuldadesfinanceiras, há outrosproblemas que dificultam odesenrolar da gestão?

Não consigo entender porque as pessoas insistem em dizerque está demorando a deslan-char. Uma prefeitura que foi en-tregue com R$ 30 milhões dedéficit mensal não é uma situa-ção em que se tem condições dechegar fazendo muito resultado.O prefeito é um homem de muitaresponsabilidade, capacidade.Ele trabalha das 7 horas damanhã às 8 horas da noite, in-cansavelmente, de uma formaque eu vi poucas pessoas comessa condição, com a condiçãofísica que ele tem. A saúde deleestá impecável. Neste início dagestão,ele vem fazendo um tra-balho de resolver problemas sé-rios que ele herdou. Precisounegociar com fornecedores, quenão estavam querendo mais for-necer para a prefeitura, entre ou-tros problemas diversos. Tenhoplena consciência de que ele vaicumprir com o que ele se propôs.

Será preciso quanto tempo paraque a população possa enxergaras melhorias?

Acredito que no segundo se-mestre a opinião pública, com re-lação à gestão do prefeito Iris, jáirá ser totalmente diferente.

O sr. tem algum projetopolítico, por exemplo secandidatar a um cargo eletivo?

Não, nenhum. Eu me sur-preendi com o convite para estaraqui à frente da Amma. Coloqueimeus projetos pessoais emstand-by na expectativa de veruma gestão pública com olhosde uma pessoa que gostaria dever tudo dando certo.

O sr. tem uma proximidadegrande com o prefeito. Temalguma orientação específicadele com relação à Amma?

Sempre estou encontrandocom o prefeito. O prefeito medeu total autonomia para desen-volver o que for preciso. Sempreque converso com ele sobrequestões da Amma, ele é bemobjetivo: escolha o que é melhorpara a prefeitura. Sei que ele vemcontando comigo para fazer umagestão para colocar a Ammanuma condição respeitável pe-rante a sociedade.

A ideia é recuperar a imagem daAmma?

Isso. A intenção é essa.

O sr. está à frente da Amma hápouco mais de dois meses. Jáfoi possível colocar a casa emordem, dar andamentos aos400 processos que, segundoinformações divulgadas naimprensa, estariam parados?

Na verdade, falaram em400, mas eu me surpreendi aquicom 14 mil processos parados.Tínhamos 7 mil no Licencia-mento, 4.500 no Contencioso e2.500 no Jurídico. Logo no iní-cio, nossa maior preocupaçãofoi criar uma força-tarefa paraagilizar esses processos que es-tavam parados. Colocamosatenção maior no Departa-mento do Contencioso, ondehavia processos que corriam orisco prescrever. Nos primeiros20 dias de gestão, conseguimosmandar para a Dívida Ativa emtorno de quase R$ 7 milhões emverbas desses processos que es-tavam no Contencioso e queforam despachados logo depoisque assumimos. E o Licencia-mento, o Jurídico tambémderam uma desafogada boa.Estamos implantando um sis-

tema aqui para agilizar essas li-cenças mais simplificadas, quetêm pouco impacto econômicoe ambiental. Estamos procu-rando agilizá-las para quesejam despachadas mais rapi-damente.

Os fiscais da Amma já estãolavrando multas para os donosde lotes que não fazem alimpeza dos imóveis?

A Amma está notificando osdonos dos lotes. Esses lotesserão fiscalizados e as gramí-neas terão de ter uma alturamáxima de 25 centímetros, sobpena de multa para os donosdos imóveis. É uma questão quenos incomoda muito, pois nãoé nada agradável termos decumprir este papel, mas se issonão for feito, acaba criandouma imagem negativa da ci-dade. Esses lotes acabam ser-vindo para depósitos de lixo,entulhos, proliferação de inse-tos, então o papel da Amma é ode simplesmente fazer com queseja cumprida essa ação pelosdonos de lotes.

“A educação ambiental é abase do trabalho da Amma”

Médico veterinário, diretor financeiro da Sociedade Goiana dePecuária e Agricultura, o agropecuarista Gilberto Marques Netoassumiu há pouco mais de dois meses uma das pastas maisespinhosas da prefeitura de Goiânia: a Agência Municipal de MeioAmbiente. As atribuições da Amma são tão amplas que vão desde aautorização de instalação de novos empreendimentos até a mediçãode som alto que eventualmente um vizinho esteja ocorrendo nomunicípio. A agência também precisa cuidar dos parques enascentes, cursos d’água, poluição visual… A tarefa seria difícil em

situação normal, mas, como quase todas as áreas do serviçopúblico, a falta de pessoal é um dos grandes empecilhos para aprestação de um bom atendimento. Mas outras medidas tambémsão fundamentais, como a modernização e simplificação dosprocessos, aquisição de equipamentos modernos. Nesse contextoGilberto Marques (cujo pai, desembargador Gilberto Marques Filho,preside o Tribunal de Justiça de Goiás e é amigo de longa data deIris Rezende) pretende dar fluidez ao trabalho e transparência naAmma, dentro do projeto de modernização da prefeitura.

Daniela Martins

Tribuna do Planalto – O sr.assumiu a Agência Ambientalsem conhecer a estrutura dapasta. Agora, que já estáfamiliarizado com o trabalho,quais os maiores desafios desua gestão?

Gilberto Marques Neto –Nesse pouco tempo que esta-mos aqui já foi possível tomarconhecimento de todo o traba-lho que a Amma faz, ver as de-ficiências e o que é preciso serdada uma maior atenção.Nossa preocupação maior é co-locar o trabalho da Amma parafluir com maior rapidez e trans-parência. Para isso, estamos fa-zendo um trabalho demodernização, desenvolvendouma plataforma para desburo-cratizar e digitalizar todos osprocessos de licenciamento.Assim vamos agilizar as licen-ças que dependem da Amma.

O desafio agora, então, éagilizar a emissão dessaslicenças?

É a modernização da prefei-tura. O foco da gestão do pre-feito Iris Rezende é amodernização da prefeitura.Essa digitalização, esse sistemaestá sendo implantado em todaa prefeitura e não apenas naAmma. Nosso objetivo é queaté o último dia deste ano o sis-tema já esteja implantado.

A experiência no campo e nasentidades de classe pelas quaiso sr. passou tem ajudado nagestão da Amma?

Ajuda muito. O homem docampo se preocupa muito como meio ambiente. A preservação

dos recursos hídricos, do verde,é muito importante e está dire-tamente relacionada ao resul-tado que iremos colher lá nafrente. Hoje, se não nospreocuparmos, por exem-plo, com a disponibili-dade de água que temos,não só nas proprieda-des rurais mas tambémnas cidades, o queserá de nós? Então, éum trabalho que temque ser feito com muitocritério, muito cuidado,para que não tenhamos no fu-turo um problema seríssimo deescassez de água e também pro-blemas climáticos, relacionadoscom o aquecimento global.

O setor agropecuário semprefoi muito criticado por suarelação com o meio ambiente.O sr. considera, então, que ohomem do campo está maisconsciente, mais preocupadocom o crescimentosustentável?

Acho que todo setor tem osbons e os maus. Não acreditoque quando se fala que o pro-dutor degrada o meio ambiente,estejamos falando de umamaioria. Claro que tem aquelesque agem cometendo crimes,mas o produtor rural é umgrande preservador. Para traba-lhar no campo, ele precisa man-ter a reserva de suaspropriedades intactas, ele com-pra uma propriedade rural, masaquela parte da reserva legal, enão só a reserva legal, mas asáreas de preservação perma-nente, o produtor tem que man-ter intactas. Essas áreas nãopodem ser utilizadas para pro-dução.

“Encontramos 14 milprocessos parados” A poluição sonora também é

um problema que perturba avida do goianiense. A Ammatem dificuldade em coibir essetipo de prática?

Essa questão da poluiçãosonora, inclusive, faz parte de90% das reclamações aqui doDisque-Denúncia. Nossa inten-ção é fazer cumprir a lei. Nãoqueremos dificultar a vida deninguém, não é nossa intençãosair multando, notificando esta-belecimentos, não. Mas não éjusto permitirmos o privilégiode alguns e prejudicar a maio-ria. Queremos orientar para queseja feito da maneira correta.Esses eventos que fazem uso desom precisam buscar o licencia-mento. Os estabelecimentosdevem ser feitos com uma estru-tura que tenha uma acústicacorreta para que o som não sepropague e também devem obe-decer ao limite de barulho, quedurante o dia é de 65 e à noitede 55 decibéis. Fazendo isso,não terá surpresa nem o contra-tempo de ter uma indisposiçãocom a fiscalização da Amma.

O sr. disse que 90% das

reclamações são relacionadasà poluição sonora. Essafiscalização funciona, temgente suficiente para atenderàs queixas?

Hoje estamos procurandoatender principalmente àquelasreclamações que estão atin-gindo um volume maior de pes-soas. Estamos procurando, damesma forma, adequar a quan-tidade de fiscais com o númerode equipamentos decibelímetros[aparelho que mede o nível so-noro]. Estamos aguardando achegada de uma compra que foifeita. Esses equipamentos estãovindo de São Paulo e estamosprocurando adequar com aquantidade de fiscais que temosnuma escala que está limitada eque também terá de ser preen-chida com novo concurso.

O sr. participou de reuniõescom representantes doMinistério Público e daCâmara de Vereadores paratratar da posse responsável deanimais, com a criação de umPlano de Bem-Estar Animal. Oque prevê esse plano?

A função da Amma é criar a

política da gestão do meio am-biente, o projeto será feito paraque a Secretaria Municipal deSaúde execute. A Amma temtrabalhado, inclusive, temosparticipado de um Comitê deControle Populacional de Ani-mais na cidade. Já estivemos noCentro de Zoonoses, conversa-mos com os profissionais daSaúde, com a equipe de veteri-nários, para encontrar alternati-vas para controlar, através decastração, através de identifica-ção e cadastro de animais, daimplantação de chip. Este é ummomento que estamos discu-tindo e procurando aproveitarum projeto que foi feito no pas-sado, em parceria como Minis-tério Público e a Câmara deVereadores. Esse projeto será es-tudado e feito um trabalho pararesolver essa questão. Por voltade 2007, tínhamos 50 mil ani-mais na cidade, hoje estamoscom 200 mil cães e gatos emGoiânia, sendo que algo emtorno de 30 mil estão na rua.Existe essa preocupação em tero controle populacional e aposse responsável, evitandomaus tratos.

“A saúde [de Iris] estáimpecável e ele vemtrabalhando pararesolver problemassérios que herdou”

Por que ainda hoje osprocessos de licenciamentoambiental demoram tanto paraser liberados em Goiânia?

Pela quantidade de efetivoque temos para analisar essesprocessos. Fomos perdendotécnicos ao longo dos anos, al-guns aposentaram, outros estãode licença ou cedidos para ou-tros órgãos. Então, acaba quenossos profissionais disponíveispara analisar os processos nãosão suficientes. Já estamos con-versando para fazer um con-curso e aumentar o número detécnicos. Percebo que a quali-dade dos técnicos que temos nomomento é excelente, são técni-cos de muita capacitação. Maso que falta é quantidade de pes-soas suficiente para analisaruma quantidade tão grande deprocessos, que acabaram seacumulando ao longo dos últi-mos anos.

A Amma monitora asnascentes de Goiânia? Comoestá a preservação e arecuperação dos inúmeroscursos d’água no município?

Criamos vários comitês para

tratar de questões específicas, eum deles é o Comitê de Recur-sos Hídricos e Preservação deNascentes. São oito pessoasnesse comitê que vão se reunirpara desenvolver projetos nessaárea. Inclusive, hoje [segunda,dia 17] teve uma assembleia ex-traordinária com o ConselhoMunicipal do Meio Ambiente enós tratamos da nossa preocu-pação em fazer algo pelo MeiaPonte. O Meia Ponte nasce pró-ximo de Goiânia, vai até Itum-biara e tem a maior parte dosmoradores ribeirinhos na regiãometropolitana da Goiânia.Nossa intenção é desenvolverum trabalho para cuidar da pre-servação desse rio e de suasnascentes.

O sr. acredita que falte umapolítica de conscientização dapopulação para ajudar nessapreservação, na preservaçãodos parques, na limpeza dacidade?

Com certeza, a prefeituravem cumprindo o papel dela namedida que vem dando conta,apesar de passar por uma situa-ção crítica financeira e estar fal-

tando gente para cuidar dosparques. Estamos procurandonos adequar e buscar soluçãopara aumentar o número depessoas, mas a comunidadetem de fazer o papel dela. A pre-feitura está com seus equipa-mentos, caminhões, suasequipes esparramados pela ci-dade para fazer a limpeza ur-bana, mas se a população nãose conscientizar e continuar jo-gando lixo em locais inadequa-dos, não vamos conseguir fazercom que a cidade fique limpa. Aeducação ambiental é a basepara esse trabalho dar certo eessa é a base do trabalho daAmma, a educação ambiental.Temos uma equipe que temfeito um trabalho no ParqueAreião, com crianças de escolasmunicipais. São 170 criançasque participam de palestras deeducação ambiental e vamosexpandir esse projeto para ou-tros parques em parceria com aSecretaria de Educação. Nossapreocupação é exatamente a dedifundir esse trabalho de educa-ção ambiental para construiressa conscientização e a culturada limpeza e preservação.

“Na questão da poluição sonora, quefaz parte de 90% das reclamações,vamos fazer cumprir a lei”

Page 6: Tribuna do Planaltotribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2017/04/23...2017/04/23  · FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA tribunadoplanalto.com.br Redação:

POLÍTICA 5

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GO I Â NIA, 23 A 29 DE ABRIL DE 2017

ENTREVISTA / GILBERTO MARQUES NETO

“Vamos desburocratizar a Amma”

“Neste início, nossa maiorpreocupação foi criar uma força-tarefa

para agilizar esses processos queestavam parados”

O sr. não tem vínculo com apolítica partidária, até queponto o cargo que o sr. ocupadepende dessas questões paraatender partido A ou B?

Não escolho quem vou aten-der. Minhas portas ficam abertaspara resolver as questões que sãoprioridades na nossa gestão daAgência Municipal do Meio Am-biente. Não estou aqui para ser-vir um partido ou outro, estouaqui para prestar o meu trabalhotécnico, de gestão da Amma.

A gestão do prefeito tem sofridocríticas nestes primeiros 100dias. Além das dificuldadesfinanceiras, há outrosproblemas que dificultam odesenrolar da gestão?

Não consigo entender porque as pessoas insistem em dizerque está demorando a deslan-char. Uma prefeitura que foi en-tregue com R$ 30 milhões dedéficit mensal não é uma situa-ção em que se tem condições dechegar fazendo muito resultado.O prefeito é um homem de muitaresponsabilidade, capacidade.Ele trabalha das 7 horas damanhã às 8 horas da noite, in-cansavelmente, de uma formaque eu vi poucas pessoas comessa condição, com a condiçãofísica que ele tem. A saúde deleestá impecável. Neste início dagestão,ele vem fazendo um tra-balho de resolver problemas sé-rios que ele herdou. Precisounegociar com fornecedores, quenão estavam querendo mais for-necer para a prefeitura, entre ou-tros problemas diversos. Tenhoplena consciência de que ele vaicumprir com o que ele se propôs.

Será preciso quanto tempo paraque a população possa enxergaras melhorias?

Acredito que no segundo se-mestre a opinião pública, com re-lação à gestão do prefeito Iris, jáirá ser totalmente diferente.

O sr. tem algum projetopolítico, por exemplo secandidatar a um cargo eletivo?

Não, nenhum. Eu me sur-preendi com o convite para estaraqui à frente da Amma. Coloqueimeus projetos pessoais emstand-by na expectativa de veruma gestão pública com olhosde uma pessoa que gostaria dever tudo dando certo.

O sr. tem uma proximidadegrande com o prefeito. Temalguma orientação específicadele com relação à Amma?

Sempre estou encontrandocom o prefeito. O prefeito medeu total autonomia para desen-volver o que for preciso. Sempreque converso com ele sobrequestões da Amma, ele é bemobjetivo: escolha o que é melhorpara a prefeitura. Sei que ele vemcontando comigo para fazer umagestão para colocar a Ammanuma condição respeitável pe-rante a sociedade.

A ideia é recuperar a imagem daAmma?

Isso. A intenção é essa.

O sr. está à frente da Amma hápouco mais de dois meses. Jáfoi possível colocar a casa emordem, dar andamentos aos400 processos que, segundoinformações divulgadas naimprensa, estariam parados?

Na verdade, falaram em400, mas eu me surpreendi aquicom 14 mil processos parados.Tínhamos 7 mil no Licencia-mento, 4.500 no Contencioso e2.500 no Jurídico. Logo no iní-cio, nossa maior preocupaçãofoi criar uma força-tarefa paraagilizar esses processos que es-tavam parados. Colocamosatenção maior no Departa-mento do Contencioso, ondehavia processos que corriam orisco prescrever. Nos primeiros20 dias de gestão, conseguimosmandar para a Dívida Ativa emtorno de quase R$ 7 milhões emverbas desses processos que es-tavam no Contencioso e queforam despachados logo depoisque assumimos. E o Licencia-mento, o Jurídico tambémderam uma desafogada boa.Estamos implantando um sis-

tema aqui para agilizar essas li-cenças mais simplificadas, quetêm pouco impacto econômicoe ambiental. Estamos procu-rando agilizá-las para quesejam despachadas mais rapi-damente.

Os fiscais da Amma já estãolavrando multas para os donosde lotes que não fazem alimpeza dos imóveis?

A Amma está notificando osdonos dos lotes. Esses lotesserão fiscalizados e as gramí-neas terão de ter uma alturamáxima de 25 centímetros, sobpena de multa para os donosdos imóveis. É uma questão quenos incomoda muito, pois nãoé nada agradável termos decumprir este papel, mas se issonão for feito, acaba criandouma imagem negativa da ci-dade. Esses lotes acabam ser-vindo para depósitos de lixo,entulhos, proliferação de inse-tos, então o papel da Amma é ode simplesmente fazer com queseja cumprida essa ação pelosdonos de lotes.

“A educação ambiental é abase do trabalho da Amma”

Médico veterinário, diretor financeiro da Sociedade Goiana dePecuária e Agricultura, o agropecuarista Gilberto Marques Netoassumiu há pouco mais de dois meses uma das pastas maisespinhosas da prefeitura de Goiânia: a Agência Municipal de MeioAmbiente. As atribuições da Amma são tão amplas que vão desde aautorização de instalação de novos empreendimentos até a mediçãode som alto que eventualmente um vizinho esteja ocorrendo nomunicípio. A agência também precisa cuidar dos parques enascentes, cursos d’água, poluição visual… A tarefa seria difícil em

situação normal, mas, como quase todas as áreas do serviçopúblico, a falta de pessoal é um dos grandes empecilhos para aprestação de um bom atendimento. Mas outras medidas tambémsão fundamentais, como a modernização e simplificação dosprocessos, aquisição de equipamentos modernos. Nesse contextoGilberto Marques (cujo pai, desembargador Gilberto Marques Filho,preside o Tribunal de Justiça de Goiás e é amigo de longa data deIris Rezende) pretende dar fluidez ao trabalho e transparência naAmma, dentro do projeto de modernização da prefeitura.

Daniela Martins

Tribuna do Planalto – O sr.assumiu a Agência Ambientalsem conhecer a estrutura dapasta. Agora, que já estáfamiliarizado com o trabalho,quais os maiores desafios desua gestão?

Gilberto Marques Neto –Nesse pouco tempo que esta-mos aqui já foi possível tomarconhecimento de todo o traba-lho que a Amma faz, ver as de-ficiências e o que é preciso serdada uma maior atenção.Nossa preocupação maior é co-locar o trabalho da Amma parafluir com maior rapidez e trans-parência. Para isso, estamos fa-zendo um trabalho demodernização, desenvolvendouma plataforma para desburo-cratizar e digitalizar todos osprocessos de licenciamento.Assim vamos agilizar as licen-ças que dependem da Amma.

O desafio agora, então, éagilizar a emissão dessaslicenças?

É a modernização da prefei-tura. O foco da gestão do pre-feito Iris Rezende é amodernização da prefeitura.Essa digitalização, esse sistemaestá sendo implantado em todaa prefeitura e não apenas naAmma. Nosso objetivo é queaté o último dia deste ano o sis-tema já esteja implantado.

A experiência no campo e nasentidades de classe pelas quaiso sr. passou tem ajudado nagestão da Amma?

Ajuda muito. O homem docampo se preocupa muito como meio ambiente. A preservação

dos recursos hídricos, do verde,é muito importante e está dire-tamente relacionada ao resul-tado que iremos colher lá nafrente. Hoje, se não nospreocuparmos, por exem-plo, com a disponibili-dade de água que temos,não só nas proprieda-des rurais mas tambémnas cidades, o queserá de nós? Então, éum trabalho que temque ser feito com muitocritério, muito cuidado,para que não tenhamos no fu-turo um problema seríssimo deescassez de água e também pro-blemas climáticos, relacionadoscom o aquecimento global.

O setor agropecuário semprefoi muito criticado por suarelação com o meio ambiente.O sr. considera, então, que ohomem do campo está maisconsciente, mais preocupadocom o crescimentosustentável?

Acho que todo setor tem osbons e os maus. Não acreditoque quando se fala que o pro-dutor degrada o meio ambiente,estejamos falando de umamaioria. Claro que tem aquelesque agem cometendo crimes,mas o produtor rural é umgrande preservador. Para traba-lhar no campo, ele precisa man-ter a reserva de suaspropriedades intactas, ele com-pra uma propriedade rural, masaquela parte da reserva legal, enão só a reserva legal, mas asáreas de preservação perma-nente, o produtor tem que man-ter intactas. Essas áreas nãopodem ser utilizadas para pro-dução.

“Encontramos 14 milprocessos parados” A poluição sonora também é

um problema que perturba avida do goianiense. A Ammatem dificuldade em coibir essetipo de prática?

Essa questão da poluiçãosonora, inclusive, faz parte de90% das reclamações aqui doDisque-Denúncia. Nossa inten-ção é fazer cumprir a lei. Nãoqueremos dificultar a vida deninguém, não é nossa intençãosair multando, notificando esta-belecimentos, não. Mas não éjusto permitirmos o privilégiode alguns e prejudicar a maio-ria. Queremos orientar para queseja feito da maneira correta.Esses eventos que fazem uso desom precisam buscar o licencia-mento. Os estabelecimentosdevem ser feitos com uma estru-tura que tenha uma acústicacorreta para que o som não sepropague e também devem obe-decer ao limite de barulho, quedurante o dia é de 65 e à noitede 55 decibéis. Fazendo isso,não terá surpresa nem o contra-tempo de ter uma indisposiçãocom a fiscalização da Amma.

O sr. disse que 90% das

reclamações são relacionadasà poluição sonora. Essafiscalização funciona, temgente suficiente para atenderàs queixas?

Hoje estamos procurandoatender principalmente àquelasreclamações que estão atin-gindo um volume maior de pes-soas. Estamos procurando, damesma forma, adequar a quan-tidade de fiscais com o númerode equipamentos decibelímetros[aparelho que mede o nível so-noro]. Estamos aguardando achegada de uma compra que foifeita. Esses equipamentos estãovindo de São Paulo e estamosprocurando adequar com aquantidade de fiscais que temosnuma escala que está limitada eque também terá de ser preen-chida com novo concurso.

O sr. participou de reuniõescom representantes doMinistério Público e daCâmara de Vereadores paratratar da posse responsável deanimais, com a criação de umPlano de Bem-Estar Animal. Oque prevê esse plano?

A função da Amma é criar a

política da gestão do meio am-biente, o projeto será feito paraque a Secretaria Municipal deSaúde execute. A Amma temtrabalhado, inclusive, temosparticipado de um Comitê deControle Populacional de Ani-mais na cidade. Já estivemos noCentro de Zoonoses, conversa-mos com os profissionais daSaúde, com a equipe de veteri-nários, para encontrar alternati-vas para controlar, através decastração, através de identifica-ção e cadastro de animais, daimplantação de chip. Este é ummomento que estamos discu-tindo e procurando aproveitarum projeto que foi feito no pas-sado, em parceria como Minis-tério Público e a Câmara deVereadores. Esse projeto será es-tudado e feito um trabalho pararesolver essa questão. Por voltade 2007, tínhamos 50 mil ani-mais na cidade, hoje estamoscom 200 mil cães e gatos emGoiânia, sendo que algo emtorno de 30 mil estão na rua.Existe essa preocupação em tero controle populacional e aposse responsável, evitandomaus tratos.

“A saúde [de Iris] estáimpecável e ele vemtrabalhando pararesolver problemassérios que herdou”

Por que ainda hoje osprocessos de licenciamentoambiental demoram tanto paraser liberados em Goiânia?

Pela quantidade de efetivoque temos para analisar essesprocessos. Fomos perdendotécnicos ao longo dos anos, al-guns aposentaram, outros estãode licença ou cedidos para ou-tros órgãos. Então, acaba quenossos profissionais disponíveispara analisar os processos nãosão suficientes. Já estamos con-versando para fazer um con-curso e aumentar o número detécnicos. Percebo que a quali-dade dos técnicos que temos nomomento é excelente, são técni-cos de muita capacitação. Maso que falta é quantidade de pes-soas suficiente para analisaruma quantidade tão grande deprocessos, que acabaram seacumulando ao longo dos últi-mos anos.

A Amma monitora asnascentes de Goiânia? Comoestá a preservação e arecuperação dos inúmeroscursos d’água no município?

Criamos vários comitês para

tratar de questões específicas, eum deles é o Comitê de Recur-sos Hídricos e Preservação deNascentes. São oito pessoasnesse comitê que vão se reunirpara desenvolver projetos nessaárea. Inclusive, hoje [segunda,dia 17] teve uma assembleia ex-traordinária com o ConselhoMunicipal do Meio Ambiente enós tratamos da nossa preocu-pação em fazer algo pelo MeiaPonte. O Meia Ponte nasce pró-ximo de Goiânia, vai até Itum-biara e tem a maior parte dosmoradores ribeirinhos na regiãometropolitana da Goiânia.Nossa intenção é desenvolverum trabalho para cuidar da pre-servação desse rio e de suasnascentes.

O sr. acredita que falte umapolítica de conscientização dapopulação para ajudar nessapreservação, na preservaçãodos parques, na limpeza dacidade?

Com certeza, a prefeituravem cumprindo o papel dela namedida que vem dando conta,apesar de passar por uma situa-ção crítica financeira e estar fal-

tando gente para cuidar dosparques. Estamos procurandonos adequar e buscar soluçãopara aumentar o número depessoas, mas a comunidadetem de fazer o papel dela. A pre-feitura está com seus equipa-mentos, caminhões, suasequipes esparramados pela ci-dade para fazer a limpeza ur-bana, mas se a população nãose conscientizar e continuar jo-gando lixo em locais inadequa-dos, não vamos conseguir fazercom que a cidade fique limpa. Aeducação ambiental é a basepara esse trabalho dar certo eessa é a base do trabalho daAmma, a educação ambiental.Temos uma equipe que temfeito um trabalho no ParqueAreião, com crianças de escolasmunicipais. São 170 criançasque participam de palestras deeducação ambiental e vamosexpandir esse projeto para ou-tros parques em parceria com aSecretaria de Educação. Nossapreocupação é exatamente a dedifundir esse trabalho de educa-ção ambiental para construiressa conscientização e a culturada limpeza e preservação.

“Na questão da poluição sonora, quefaz parte de 90% das reclamações,vamos fazer cumprir a lei”

POLÍTICA6 GOIÂNIA, 23 A 29 ABRIL DE 2017

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OPERAÇÃO LAVAJATO

Governador disseainda que confia naJustiça e tem muitaconvicção em relaçãoao que seus governosfizeram e fazem porGoiás

O governador MarconiPerillo afirmou, na quarta-feira,dia 19, ao final do pronuncia-mento no lançamento do 1ºCircuito Gastronômico deGoiás 2017, no Palácio dasEsmeraldas, em Goiânia, queestá terminando de se inteirarsobre o conteúdo das citações eque irá esclarecer cada um dospontos apresentados. Marconiafirmou que não tem nada atemer, observando que as contri-buições de campanha foramdeclaradas e aprovadas pelaJustiça Eleitoral e que as obrasda Saneago no Entorno doDistrito Federal sequer foramlicitadas.

“Quem me conhece sabe queeu não temo desafio algum”,afirmou Marconi.

“Eu confio na Justiça,tenho muita convicção emrelação ao que os nossosgovernos fizeram e fazem porGoiás. Especialmente, tenhoconvicção em relação a todacorreção das nossas campa-nhas eleitorais, que foram fun-damentais para dar uma gui-nada definitiva na história deGoiás”, disse o governador,aplaudido diversas vezes

Marconi: “Estarei à disposição, assim que eu tiver todos os elementos, pra chamar aimprensa em entrevista coletiva e dar todos os esclarecimentos em relação a estes assuntos”

Marconi: “Não temos nada a temere vamos esclarecer todos os pontos”

“Não temos nada a temer”“Desde que surgiu essa história das delações eu soltei uma notaesclarecendo que falarei sobre o assunto, com esclarecimentos,quando nós tivermos todas as informações em relação a todo oteor do que foi dito. Quem me conhece sabe que eu não temodesafio algum. Eu enfrentei, durante mais de um ano e meio, umafortíssima perseguição por parte de políticos, adversários, e fui aoCongresso Nacional e falei durante 9 horas. Assim que eu tivertodos os elementos, eu vou esclarecer ponto por ponto em relaçãoao que está sendo divulgado na imprensa, com o mesmodestemor, com todas as informações necessárias em relação acada um dos pontos que estão sendo colocados unilateralmentepor alguns setores da imprensa.”

Confiança na Justiça“Eu confio na Justiça, tenho muita convicção em relação ao que osnossos governos fizeram e fazem por Goiás. Especialmente tenhoconvicção em relação a toda correção das nossas campanhaseleitorais, que foram fundamentais para dar uma guinadadefinitiva na história de Goiás. Goiás era um estado consideradoperiférico no Brasil, é hoje um estado moderno e respeitado noBrasil inteiro.”

Obras de saneamento no Entorno“Nós investimos de 2011 pra cá R$ 6 bilhões em obras, licitadaspor vários órgãos do governo. A construtora Odebrecht não ganhouuma licitação, não participa de nenhuma obra. Segundo: Falam doEntorno de Brasília, não foi feito licitação, tudo que foi feito noEntorno de Brasília foi pela Saneago, com recursos da Saneago,recursos do PAC, recursos da Caesb. Nós temos uma parceria paraa construção do sistema Corumbá 4 com a Caesb do governo deBrasília, uma outra em Águas Lindas, com recursos do PAC, queestá nos ajudando, no sistema de esgoto de Águas Lindas.”

“Não vamos nos abater”“Estarei à disposição, assim que eu tiver todos os elementos, parachamar a imprensa em entrevista coletiva e dar todos osesclarecimentos em relação a estes assuntos. Eu sofri um ano emeio de cabeça erguida e não vai ser agora que vou me abater.Estarei à disposição, assim que eu tiver todos os elementos, parachamar a imprensa em entrevista coletiva e dar todos osesclarecimentos em relação a estes assuntos. Eu sofri um ano emeio de cabeça erguida e não vai ser agora que vou me abater.”

Veja os principais pontos do pronunciamento do governador

durante seu pronunciamento.Ele ressaltou sua confiança

na Justiça e afirmou que res-ponderá tecnicamente a todosos pontos levantados. Marconiobservou que não há procedi-mento de investigação aberto,mas que, como cidadão e gover-nador, estará sempre à disposi-ção para prestar todos os escla-recimentos, permitindo que asboas práticas eleitorais e admi-nistrativas sejam reconhecidas.

Afirmou que seu objetivo,além de esclarecer as citações,restabelecendo a verdade, émanter seu compromisso coma transparência, numa mençãoa seu apoio às diversas investi-gações em andamento no País.

“Estarei à disposição,assim que eu tiver todos os

elementos, pra chamar aimprensa em entrevista coleti-va e dar todos os esclareci-mentos em relação a estesassuntos. Eu sofri um ano emeio de cabeça erguida e nãovai ser agora que vou me aba-ter”, disse.

Obras no EntornoMarconi também esclareceu

as citações sobre a realização deobras de saneamento noEntorno do Distrito Federal.

“Nós investimos, de 2011pra cá, R$ 6 bilhões em obras,licitadas por vários órgãos dogoverno. A construtoraOdebrecht não ganhou uma lici-tação, não participa de nenhu-ma”, disse. “Falam do Entornode Brasília, não foi feito licita-

ção, tudo que foi feito noEntorno foi pela Saneago, comrecursos da Saneago, recursosdo PAC, recursos da Caesb”,observou.

O governador disse aindaque sequer houve discussãosobre licitação de subdelegaçãode obras de saneamento naregião.

“Nós temos uma parceriapara a construção do sistemaCorumbá 4 com a Caesb com oGoverno de Brasília, uma outraem Águas Lindas, com recursosdo PAC, que está nos ajudando,no sistema de esgoto de ÁguasLindas”, afirmou.

“Goiás era um Estado consi-derado periférico no Brasil. Éhoje um Estado moderno e res-peitado no Brasil inteiro”, disse.

FOTO-EDUARDO-FERREIRA

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COMUNIDADES 7

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GOIÂNIA, 23 A 29 DE ABRIL DE 2017

A Agência Goiana de Habi-tação (Agehab) prorrogou até 5de maio próximo o prazo paraos sorteados com moradias nosresidenciais Nelson Mandela eJardins do Cerrado 10, na Re-gião Oeste de Goiânia, apresen-tarem documentos. O períodoterminaria na semana passada,mas apenas 40% dos cadastrosestão completos e validados.

De acordo com o diretor deCooperação Técnica da Age-hab, Murilo Barra, a ampliaçãodo prazo permitirá a soluçãodas pendências. Ele também in-forma que a Secretaria Munici-pal de Assistência Social(Semas) terá um ponto de aten-dimento na Agehab.Segundo ele, a colaboração

da Semas vai agilizar a inscri-ção das famílias no CadastroÚnico (CadÚnico) e também aatualização de informações nosistema. O CadÚnico é umconjunto de informações sobreas famílias brasileiras em situa-ção de pobreza e extrema po-breza. Essas informações sãoutilizadas pelo governo federal,pelos estados e pelos municí-pios para implementação depolíticas públicas capazes depromover a melhoria da vidadessas famílias.

Murilo Barra afirma que 5de maio é limite. Quem nãoapresentar os documentos den-tro deste prazo será excluído doprocesso seletivo e será cha-mado o próximo nome sorteadono cadastro de reserva. O sor-teio de 1.455 moradias nos resi-denciais Nelson Mandela eJardins do Cerrado 10 foi reali-zado no dia 24 de março nasede do Ministério Público Es-tadual (MPE) de Goiás, comtransmissão simultânea pela in-ternet, com inscrição de mais de63 mil famílias. Foi acompa-nhado por autoridades, audito-res e representantes dosMinistérios Públicos Federal eEstadual, Procuradoria Geraldo Estado, Defensoria PúblicaEstadual, Prefeitura de Goiâniae Caixa Econômica Federal. Asmoradias estão em fase de con-clusão. Segundo o presidente da

Agehab, Luiz Stival, elas devemser entregues até julho próximo.As unidades habitacionais

são construídas com recursosdo programa estadual ChequeMais Moradia, do Governo deGoiás, por meio da Agehab, edo Fundo de Arrendamento Re-sidencial (FAR), operacionali-zado pela Caixa EconômicaFederal, com previsão de en-trega ainda este semestre. As lis-tas de sorteados e dos cadastrosde reserva estão publicadas nosite da Agehab, no endereçowww.agehab.go.gov.br.O processo seletivo reali-

zado pela Agehab será apresen-tado pelo procurador daRepública, Ailton Benedito deSouza, ao Ministério das Cida-des como modelo para o Pro-grama Minha Casa MinhaVida, pela sua transparência esegurança.

Com uma economia expres-siva que cresce acima da médianacional, Goiás está se tor-nando um celeiro de investimen-tos no coração do Brasil.Somente em 2016, o territóriogoiano recebeu nove novas in-dústrias de ramos diversificados,totalizando R$ 896 milhões emvolume de investimentos, queresultaram na geração de 3.980empregos diretos e 10.840 indi-retos.As atividades vão desde a fa-

bricação de painéis solares, pas-sando por medicamentos,cervejarias e refrigerantes, porexemplo, tratando-se de empre-sas nacionais e internacionais.Segundo o chefe de Gabinete deGestão da Promoção e Atraçãode Investimentos e Negócios deGoiás, Investe Goiás, LeonardoJayme, esse montante deve sersuperado em 2017, já que estãoavançadas as negociações comquatro empresas que manifesta-ram interesse em instalar fábri-cas no estado, podendorepresentar uma injeção de R$674 milhões em investimentosna economia goiana, caso os ne-gócios sejam concretizados como Estado de Goiás, por meio daassinatura do termo de Proto-colo de Intenções.O Investe Goiás, unidade da

Secretaria de DesenvolvimentoEconômico (SED), foi insti-tuído no final de 2016 por meiode lei estadual e, apesar dopouco tempo de existência, estácolhendo bons resultados. O ob-jetivo é atrair novos investimen-tos com foco na geração deemprego e renda, garantindo amelhoria na arrecadação doscofres do Estado e impulsio-nando o desenvolvimento daeconomia goiana.Leonardo observa que, ao

longo dos últimos anos, houveuma mudança no comporta-

mento dos investidores e empre-sários que são recebidos por re-presentantes do governoestadual, com maior interessevoltado para a rede de infraes-trutura e logística e para a loca-lização estratégica do estado, noCentro do país.“É muito bom hoje ver que

há 15, 20 anos basicamenteessas pessoas vinham em buscasomente dos incentivos fiscais.Hoje, o investidor já enxerga queo Estado ganhou em infraestru-tura, porque ela melhorou signi-ficativamente. Hoje temos umamalha rodoviária muito bemconservada, uma malha viáriaque em boa parte foi duplicada,reformada então oferece condi-ções muito adequadas assimcomo nós crescemos em outrotipo de infraestrutura”, afirma.

InteriorizaçãoDe acordo com Leonardo

Jayme, outra meta é estimular oprocesso de industrializaçãotambém nas cidades do interior,a fim de reduzir as desigualda-des regionais e assegurar o de-senvolvimento da economia emmunicípios distantes da capitalque também tenham potencialde crescimento. A parceria dosprefeitos é fundamental para ocumprimento desse objetivo,conforme destaca. Na maioriados casos, os chefes do Execu-tivo municipal colaboram ce-dendo o terreno para ainstalação das fábricas.Leonardo exemplifica, com

base na assinatura dos termosde Protocolo de Intenções já fir-mados com o estado, apenas al-guns casos: Palmeiras de Goiás,Hidrolândia, Goianésia e Jan-daia. Cinco empresas vão se ins-talar nesses municípios,totalizando R$470 milhões, re-presentando 1730 novos empre-gos diretos e 3.990 indiretos.

NELSON MANDELA E JARDINS DO CERRADO 10

Sorteados com moradiastêm até dia 5 paraapresentar documentos

Novas indústriasdevem superarR$ 900 milhõesem investimentos

Presidente da Agehab, Luiz Stival (de óculos) explica que quem não apresentar documentos no prazo será excluído do processo

Os sorteados parareceber uma das1.455 moradiasdevem apresentardocumentos quecomprovem asinformaçõesfornecidas nainscrição

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Exposição Goiânia Capital Art DécoA Sociedade Art Déco de Goiânia e a Aliança

Francesa inauguram, dia 27, às 19h, a exposiçãode fotografias do Clube da Objetiva, que retratao estilo Art Déco de Goiânia. Será na Vila Cultu-ral Cora Coralina (Rua 3, Cento). Na programa-ção estão previstos show do Quinteto Cais,projeção de curtas metragens e apresentação doacervo do Instituto Cultural José Mendonça Te-les. A entrada é gratuita.

COMUNIDADES8 GO I Â NIA, 23 A 29 DE ABRIL DE 2017

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BazarDaniela Martins - [email protected]

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo email: [email protected] ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, St. Castelo Branco, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74.403-070

Concerto de Premiação Jovens SolistasA Orquestra Sinfônica de Goiânia realiza no

dia 28 de abril, no Teatro Goiânia, o primeiroconcerto de premiação do Concurso Jovens So-listas 2017, que selecionou oito jovens talentospara se apresentarem junto com o grupo.

Sob regência do maestro convidado Eliel Fer-reira, o concerto terá a participação dos solistasFelipe Arruda, no fagote, e Estefan Iatcekiw, deapenas 13 anos, no piano. No programa, obrasde Villa-Lobos, Shostakovich, Silvestre Revuel-tas, Alberto Ginastera e Camargo Guarnieri. Aentrada é franca!

Kits Dia das MãesNeste Dia das Mães, O Boticário quer incen-

tivar as pessoas a aproveitarem a comemoraçãoe dizer “eu te amo”, acompanhado de um cari-nho e um presente especial. Para isso traz opçõesde kit exclusivos oferecidos em diversas faixas depreços, que vão de R$ 34,90 até R$ 249,00. Alémdos produtos, nécessaires e frasqueiras comple-mentam os presentes.

Entendeu, quer que desenhe?

A Vila Cultural Cora Coralina recebe,até 20 de maio, a exposição Entendeu, querque desenhe?, do artista plástico goianoTolentino. São mais de 50 obras expostasem técnica de desenho e aquarela que re-tratam, com fino humor e inteligência, fa-tos do Brasil e do mundo ocorridos entreoutubro de 2015 e dezembro de 2016.

Durante 14 meses, o artista leu, intei-rou-se e ilustrou acontecimentos da vidapública e privada, da política, economia esociedade, como os atentados terroristas,o drama dos refugiados e a intensificaçãoda guerra na Síria, além do impeachmentda presidente Dilma. O artista destaqueque sua obra é composta por ilustraçõesnão partidárias e não levantam bandeirasobre ideologia.

Del Valle em nova embalagemA Coca-Cola lançou as novas embalagens de

Del Valle 100% Suco e Laranja Caseira em garra-fas PET de 300ml. Com a nova apresentação, DelValle traz um produto que facilita o consumo,proporcionando maior conveniência para as pes-soas que buscam um suco nutritivo e têm uma ro-tina corrida. Del Valle 100% Suco é a linha debebidas da família Del Valle feita com suco de fru-ta, sem açúcares, conservantes e corantes.

Inscrições para encontro sobre Contabilidade Rural

O Serviço Nacional de Aprendizagem Ruralem Goiás , a Federação da Agricultura e Pecuá-ria de Goiás e o Conselho Regional de Contabi-lidade de Goiás realizam dia 10 de maio, das 8às 18 horas, na sede da Faeg, o Seminário Esta-dual da Gestão da Contabilidade Rural. Com aparticipação de especialistas do setor, o eventovai abordar assuntos relativos ao Imposto Ter-ritorial Rural, correta tributação da atividadepara declaração de imposto de renda do produ-tor, assim como as novas obrigações trabalhis-tas, previdenciárias e fiscais das empresas eprodutores rurais. As inscrições são gratuitas epodem ser feitas pelo site: www.senargo.org.br.Pede-se a doação de cinco quilos de arroz, queserão entregues a uma instituição social.

Adoecimentos e fatores emocionaisConversar abertamente sobre transtornos

emocionais é o primeiro passo para entendermelhor o assunto e compreender como os fato-res emocionais negativos podem influenciar asaúde física. Saiba mais na palestra “Adoeci-mentos e fatores emocionais”, promovida peloSesc Centro, no dia 26 de abril, às 19h, com apsicóloga, consultora e coach, Bartira Maciel.

A palestra é gratuita e as vagas são limita-das. Inscrições pelo site: www.sescgo.com.br. OSesc Centro fica na Rua 15, esquina com a Rua19, no Centro. Informações (62) 3933-1723.

Frederico RibeiroEspecial para a Tribuna do Planalto

O Duque de Cambridge e Lady Gaga seunem no facetime para conversarem sobre aquestão da interação entre as pessoas nos diasde hoje. Esta é uma tradução literal de uma no-tícia que li num site americano. Primeiro tiveque descobrir quem é o Duque de Cambridge.Podem me chamar de ignorante, mas não sa-bia: é o príncipe William, aquele filho do prínci-pe Charles, o qual, parece (este último), nuncavai ser rei. Aliás, tenho a impressão que a rai-nha vai adiando o fim dos seus dias para o tra-palhão do Charles não assumir o postomáximo da realeza. Mas este é outro assunto.

Lady Gaga e o William discutindo um temaimportante. Estão preocupados com o distan-ciamento físico na era digital. Realmente é umtópico relevante, mas o que celebridades podemacrescentar à questão, em termos de ideias?Penso que nada, mas o papel deles – de gentefamosa em geral – é relevante no sentido de tra-zer à tona a discussão.

Afinal, nós, com nossos smartphones, esta-mos interagindo mais ou menos com nossos se-melhantes, com os outros seres humanos?Claro que não tenho a resposta definitiva (seriamuita arrogância…), mas, tipo a cantora e opríncipe, vou, aqui, no mínimo, tentar criar um

debate. O quê vocês pensam?Antes de escrever isto aqui, perguntei, fui

atrás de opiniões, e o fato é que a maioria daspessoas acredita que as redes sociais nos deixamais solitários e não o oposto.

Centenas ou milhares de amigos no Face-book nos deixa menos sociáveis e não mais. Se-guidores no Twitter não aproximam,distanciam as pessoas. Whatsapp, não impor-tando o tanto de contas, o tanto de avisos (acoisa chega a ficar insuportável, sejamos since-ros) recebidos por dia, por hora, apenas nos fazolhar para a tela, não para a pessoa do lado.Será?

Sim, é verdade que olhamos menos para oslados, talvez reparemos menos nos outros, masquando é que o mundo foi esse enorme lugar deconfraternização, irrestrita, uma grande uniãodos povos como que em acrópoles dialogando?Resposta: nunca. Então, talvez, nunca tenha-mos nos comunicado tanto e isto não é ruim.

Aí chego ao segundo tema do artigo, quetem a ver com primeiro sim. E-commerce. A pa-lavra, inglesa, significa nada mais que comércioeletrônico. É daí que o “e” vem. É um modo defazer negócios, de comprar e vender (mesmoque seja vender imagem ou opinião), que cres-ceu vertiginosamente e continua a crescer emritmo forte.

Por que comprar o livro na loja física (trân-

sito, calor para chegar lá), quando posso enco-mendar pela web? Lógico que isto vale para “n”produtos.

É outra revolução no estilo de vida causadopelo mesmo fenômeno – a internet. Então, seeste texto trouxe muito mais perguntas que res-postas, é porque as coisas estão sim mudandomuito rápido e a única certeza quanto à maté-ria abordada aqui é exatamente esta: um mun-do que parece girar mais rápido do que antes,embora na prática os movimentos físicos doplaneta (em termos de velocidade, não estou fa-lando de aquecimento global), funcionem domesmo modo que há quarenta anos, que há mi-lhões de anos.

E quanto à solidão que sentimos, algo queparece mais e mais onipresente e de intensidademaior (vide o que podemos chamar de epide-mia de casos de depressão), penso ser resultadoda exigência de sermos sempre os melhores emtudo – uma característica de nosso tempo –, oque faz com que o sentimento de derrota estejaali iminente, e que, claro, torne as outras pes-soas, antes de amigos ou companhias poten-ciais, competidores. Daí é cada um por si; daí asolidão.

*Frederico Ribeiro é escritor, jornalista e co-laborador da Tribuna do Planalto. Cinéfilo e ci-neasta. Email: [email protected]

Solidão na era digital (e e-commerce)

COTIDIANO

6º Prêmio Detran de JornalismoO Detran Goiás realiza no dia 25, às 20h, a

entrega dos prêmios aos vencedores do 6º Prê-mio Detran de Jornalismo: Sua educação mudao trânsito. O concurso propõe incentivar, pormeio da mídia, o debate e a divulgação de infor-mações sobre a importância do respeito à legis-lação de trânsito e, especialmente, à vida,contribuindo para a construção de um trânsitomais seguro.

Serão premiadas as três melhores reporta-gens nas categorias: Jornalismo Impresso, Tele-jornalismo, Radiojornalismo, Webjornalismo eFotojornalismo. Os vencedores das cinco catego-rias receberão os seguintes valores: 1º colocado,R$ 10 mil; 2º, R$ 8 mil e o 3º lugar, R$ 5 mil.

Comida di ButecoO concurso Comida di Buteco já começou.

Neste ano, o concurso será realizado em Goiâniae Aparecida de Goiânia e terá a participação de39 botecos das duas cidades. Para compor os pe-tiscos, os donos de botecos tiveram de optar poralgum cereal para integrar a receita, seguindo atemática cereais, definida pela organização doconcurso e com o objetivo de estimular a pesqui-sa da cultura gastronômica, a criatividade e apluralidade no uso de recursos e ingredientes ehistórias. Confira a lista dos bares participantesem: www.comidadibuteco.com.br