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1 Por aqui colocamos alguns problemas, construções e animações de geometria que nos foram sugeridos pelo estudo ou por necessidades do ensino - básico e secundário. As ilustrações e construções dinâmicas começaram por ser feitas com recurso ao Cinderella de Ulli Kortemkamp - um programa de geometria dinâmica disponibilizado pelo Ministério da Educação - e, depois, quase exclusivamente com ferramentas gratuitas como é o caso de Zirkel und Lineal do prof. R. Grothmann. Mais recentemente ainda, começámos a usar o gratuito GeoGebra de Markus Hohenwarter. É certo que há muitos problemas que não sabemos resolver nem ilustrar. E é, também por isso, que aceitamos tanto sugestões para novos problemas como propostas de solução. Pode não ser óbvio, mas é claro que nos interessa tudo quanto seja útil ao ensino da geometria e esclareça possíveis usos da tecnologia, vantagens e limitações. Para o nosso lado, que é o da geometria elementar, toda a ajuda é bem-vinda. A quem nos visita, pedimos que deixe comentário crítico sobre algum artigo, construção, animação ou exercício interactivo que tenha visto. http://geometrias.blogspot.com http://geometrias.eu De Setembro 2010 a Junho 2011

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  • 1

    Por aqui colocamos alguns problemas, construes e animaes de geometria que nos

    foram sugeridos pelo estudo ou por necessidades do ensino - bsico e secundrio. As

    ilustraes e construes dinmicas comearam por ser feitas com recurso ao Cinderella

    de Ulli Kortemkamp - um programa de geometria dinmica disponibilizado pelo

    Ministrio da Educao - e, depois, quase exclusivamente com ferramentas gratuitas

    como o caso de Zirkel und Lineal do prof. R. Grothmann. Mais recentemente ainda,

    comemos a usar o gratuito GeoGebra de Markus Hohenwarter. certo que h muitos

    problemas que no sabemos resolver nem ilustrar. E , tambm por isso, que aceitamos

    tanto sugestes para novos problemas como propostas de soluo. Pode no ser bvio,

    mas claro que nos interessa tudo quanto seja til ao ensino da geometria e esclarea

    possveis usos da tecnologia, vantagens e limitaes. Para o nosso lado, que o da

    geometria elementar, toda a ajuda bem-vinda. A quem nos visita, pedimos que deixe

    comentrio crtico sobre algum artigo, construo, animao ou exerccio interactivo

    que tenha visto.

    http://geometrias.blogspot.com

    http://geometrias.eu

    De Setembro 2010 a Junho 2011

  • 2

  • 3

    5 . 9 . 1 0

    Trapzio circunscrito

    O primeiro problema da

    construo bsica (9 ano)

    de um trapzio ABCD,

    circunscrito a uma

    circunferncia, conhecidos

    que so os pontos de

    tangncia de cada um dos

    seus lados E, F, G, H.

    O segundo problema ser

    demonstrar que tal trapzio

    ABCD forosamente

    issceles.

    1 0 . 9 . 1 0

    Trapzio circunscrito (o mesmo problema, outro)

    Outros dados, outro problema?

    Trata-se de construir o

    trapzio ABCD, circunscrito

    circunferncia de centro O da

    figura, de que so dados os

    pontos de tangncia E, do lado

    AB, e F do lado BC.

  • 4

    1 3 . 9 . 1 0

    Trapzio circunscrito (a partir de outros dados)

    Determinar o trapzio ABCD, circunscrito circunferncia de centro O, de que se

    conhece o vrtice A(zul)

    1 6 . 9 . 1 0

    Trapzio inscrito

    Determinar os vrtices C e D e os

    lados AD, BC e CD do trapzio

    inscrito de que dada a base AB e o

    comprimento da mediana.

    O curioso que assim como acontece

    para os trapzios circunscritos,

    qualquer trapzio inscrito issceles.

    Verifique que assim .

  • 5

    2 0 . 9 . 1 0

    Polgono inscrito, polgono circunscrito

    Num crculo dado, est inscrito um polgono. Determine o polgono circunscrito de

    lados paralelos ao inscrito (homotetia de razo positiva).

    2 1 . 9 . 1 0

    Hexgono circunscrito

    Determinar os vrtices B, C, D, E e F e lados do hexgono regular de que se

    conhece um vrtice A e a circunferncia que circunscreve.

  • 6

    2 4 . 9 . 1 0

    Intervalo para esclarecimentos sobre lugares geomtricos

    Cassius Almada Ramos escreveu:

    Meu nome Cassius e sou estudante de matemtica. Antes de mais nada, parabns pelo BLOG

    Poderia me tirar 1 duvida?

    Crie uma circunferncia K e sobre ela, os pontos A, B e C. Considere B e C fixos. Qual o lugar geomtrico do

    incentro do tringulo ABC quando o ponto A varia em K.

    Quando o Ponto A anda sobre a circunferncia, o incentro dsenha a figura que est em vermelho. Que lugar

    geomtrico esse? (acompanhada de figura dinmica em Cabri)

    Tenho esses 2 problemas tb, que percebi que o rastro de uma circunferncia. Mas no consegui identificar

    qual o LG.

    Crie uma circunferncia K e sobre ela, os pontos A, B e C. Considere B e C fixos. Qual o lugar geomtrico do

    ortocentro do tringulo ABC quando o ponto A varia em K.

    Crie uma circunferncia K e sobre ela, os pontos A, B e C. Considere B e C fixos. Qual o lugar geomtrico do

    baricentro do tringulo ABC quando o ponto A varia em K.

    Estes problemas foram colocados no "Geometrias" em Agosto de 2009: entrada e

    ementa. A Mariana preparou construes e esclarecimentos sobre os lugares

    geomtricos que ocupam o Cassius. Em Agosto de 2009, propnhamos a escolha

    de referenciais e o trabalho com equaes sobre esses lugares geomtricos. Aqui,

    Mariana Sacchetti trata to das suas construes (em GeoGebra) com elementos

    definidores dos lugares geomtricos.

  • 7

    O lugar geomtrico dos incentros dos tringulos

    quando A se desloca sobre a circunferncia em

    que B e C se mantm fixos formado por arcos

    BC um para cada uma das duas circunferncias

    com centros nos extremos do dimetro ou

    interseces da mediatriz de BC com o

    circuncrculo (que so tambm pontos de

    interseco da bissectriz de com a mediatriz

    de BC)

    Neste caso, trata-se de uma circunferncia com

    centro no ponto da mediatriz de BC simtrico

    de O e que passa por B e C

    E finalmente no caso do baricentro, trata-se de uma circunferncia com centro no

    ponto da mediatriz de BC que dista de Ma (ponto mdio de BC) 1/3 da sua

    distncia a O. Esta circunferncia passa pelos pontos que dividem BC em 3 partes

    iguais.

  • 8

    4 . 1 0 . 1 0

    Do pentgono ao decgono

    Considere-se um pentgono inscrito [ABCDE] numa circunferncia de que dado o

    centro.

    Determine os vrtices e os lados de um decgono circunscrito do qual apontado

    como alvo um vrtice P.

    7 . 1 0 . 1 0

    Nota sobre a rea do trapzio

    Nas folhas de trabalho do novo programa, para chegar a uma frmula da rea de

    um trapzio qualquer optou-se pela construo de um tringulo equivalente ao

    trapzio.

    Como se pode ver na figura, tomando CE que passa pelo ponto M mdio de AD, os tringulos AEM e CDM so

    congruentes (ALA) e logo equivalentes. E o tringulo BCE tem a mesma rea do trapzio e a mesma altura (distncia

    entre as bases paralelas) sendo a base BE deste tringulo a soma das bases do trapzio BE=BA+CD, j que CD=AE.

  • 9

    Convm, no entanto, ter presente que pode ser mais fcil para os estudantes

    compreender o resultado a partir da soma das reas dos dois tringulos em que se

    decompe o trapzio: ABC e CDA, em que o primeiro para a base AB (maior do

    trapzio) e o segundo para CD (base menor do trapzio) tm a mesma altura-

    distncia entre as paralelas AB e CD.

    7 . 1 0 . 1 0

    Nota sobre a mediana e a rea do trapzio

    A deduo de uma frmula da rea do trapzio feita nas folhas de

    experimentao do ensino bsico usando um tringulo equivalente ao trapzio.

    Tambm poderia ser feita a partir da soma de dois tringulos que compem o

    trapzio como vimos. Mas outra forma ser passando do trapzio para um

    rectngulo em que uma das dimenses o segmento MN (segmento de extremos

    nos pontos mdios dos lados no paralelos a que chamamos mediana e cujo

    comprimento semi-soma dos comprimentos das bases do trapzio). A

    propriedade dos pontos mdios dos lados no paralelos que tambm dividem a

    meio a altura do trapzio e da mediana do trapzio tambm merecem referncia

    especial. Propomos uma construo dinmica que ilustra bem a equivalncia entre

    o trapzio ABCD e o rectngulo EFGH em que podemos apreciar a congruncia e

    equivalncia dos pares de tringulos (acrescentados/subtrados) e relao das

    bases do trapzio com a mediana MN. Pode fazer variar a figura deslocando A, B C

    ou D ou o ponto auxiliar a azul (este para fazer variar a altura do trapzio). Os

  • 10

    botes servem para ocultar ou mostrar cada uma das figuras (trapzio ABCD,

    rectngulo EFGH, tringulo a tringulo...)

    Nenhuma destas abordagens pode ser considerada inibida ou excluda na

    leccionao e razovel pensar que cada estudante pode decidir por qualquer delas

    para chegar frmula da rea ou para calcular a rea se no se lembrar da

    frmula.

    7 . 1 0 . 1 0

    Notas sobre lugares geomtricos

    A procura dos lugares geomtricos (ver publicao de 24/09/2010) do ortocentro,

    baricentro e incentro de um tringulo inscrito numa circunferncia dada, quando B

    e C permanecem fixos, e a sua justificao, levou-nos a outras perguntas:

    Qual ser o lugar geomtrico dos pontos X1, X2 e X3 resultantes das somas

    vectoriais OA+OB+OC=OX1 , GA+GB+GC=GX2 e IA+IB+IC=IX3?

  • 11

    Foi interessante verificar que se X1=H e X2 =G e como tal os lugares geomtricos

    so os j encontrados para o ortocentro e baricentro, nas condies referidas, j o

    lugar geomtrico de X3 ... um lugar estranho - h algum que queira dar uma

    ajuda - que curva esta?

  • 12

    9 . 1 0 . 1 0

    A circunferncia, a reta e a mediatriz

    No 9 ano de escolaridade, so abordados os lugares geomtricos. A recta e a

    circunferncia so o ponto de partida para o que pode ser uma aventura de

    pensamento e descobertas, to simples quanto difceis. Os conceitos podem ser

    muito simples, mas os problemas podem ser resolvidos por abordagens que nem

    sempre aparecem de imediato. Por aqui no vamos descobrir coisa alguma, mas

    vamos propor problemas de construo elementares que alimentem o fascnio

    sobre lugares geomtricos bsicos.

    Na figura que se segue representam-se duas rectas r e s e uma circunferncia.

    Propomos a determinao, por construo, de pares de pontos (C, S) em

    que C esteja sobre a circunferncia e S sobre a recta s sendo r a mediatriz

    do segmento CS.

    O computador dir quando o(s) tiver bem determinado(s).

  • 13

    1 1 . 1 0 . 1 0

    Circunferncia e reta; distncia e direo

    Na construo dinmica, considere a circunferncia c e a recta s.

    Determine os pontos M da circunferncia c e N da recta s tais que a

    distncia entre eles seja igual dada (MN) e segundo a direco de r.

    1 1 . 1 0 . 1 0

    Lugares geomtricos bsicos

    Perguntas simples para respostas simples:

    1. Qual o lugar geomtrico dos centros das circunferncias que passam por

    um ponto dado A e tm um raio dado r.

    2. Qual o lugar geomtrico dos pontos G de interseco das medianas de um

    tringulo cujo lado BC fixo e cuja mediana AMa tem um dado comprimento

    l?

    3. So dados uma circunferncia c um segmento de reta AA. Por cada ponto M

    da curva traa-se um segmento MM com o mesmo comprimento de AA,

    paralelo e com o mesmo sentido. Qual o lugar dos pontos M?

  • 14

    4. Qual o lugar geomtrico dos pontos mdios dos segmentos definidos por

    um ponto A e os pontos de uma circunferncia c.

    5. So dadas duas circunferncias de centros O e O e raios r e r. Traamos

    dois raios r e r paralelos e com o mesmo sentido. Qual o lugar geomtrico

    dos pontos mdios M dos segmentos AA quando A e A se deslocam sobre

    as circunferncias?

    6. Qual o lugar geomtricos dos pontos mdios das cordas de uma

    circunferncia que tm um comprimento dado l?

    1 2 . 1 0 . 1 0

    Circunferncia, recta e mediatriz - solues.

    Quando publicmos o problema interativo que consistia em determinar dois pontos

    - um C sobre uma circunferncia c e outro S sobre a reta s - de tal maneira que a

    reta r fosse a mediatriz do segmento CS, espervamos que a soluo fosse

    encontrada de uma nica maneira usando as rectas. Assim:

  • 15

    Rapidamente chegmos concluso que havia solucionadores que partiam da

    circunferncia. Determinavam em primeiro lugar o simtrico O' de O relativamente

    a r e com centro em O' a refletida c' da circunferncia c. Para concluir que as

    intersees de s com c' e os seus simtricos em relao a r do as solues.

    (seguindo o Acordo Ortogrfico)

    1 5 . 1 0 . 1 0

    Lugares geomtricos parecidos

    Na lista de exerccios sobre lugares geomtricos bsicos apresentado o seguinte:

    Qual o lugar geomtrico dos pontos G de interseco das medianas de

    um tringulo cujo lado BC fixo e cuja mediana AMa tem um dado

    comprimento l?

    que pode ser associado ao resultado apresentado antes, nas entradas intervalo

    para esclarecimentos sobre lugares geomtricos e notas sobre lugares geomtricos

    que tratavam, entre outros do lugar geomtrico dos baricentros dos tringulos com

    um mesmo circuncrculo em que dois vrtices so fixos e outro ocupa qualquer

    posio sobre o circuncrculo.

  • 16

    Tem algum interesse ver que conjecturas se

    fazem para o primeiro resultado e para este novo

    lugar geomtrico.

    Nesta entrada, tratamos da generalizao.

    Pode parar a animao e pode mudar o

    comprimento da mediana.

    1 7 . 1 0 . 1 0

    Lugares geomtricos bsicos - outra soluo

    O terceiro enunciado da lista de exerccios sobre lugares geomtricos bsicos :

    So dados uma circunferncia c um segmento de reta AA. Por cada ponto

    M da curva traa-se um segmento MM com o mesmo comprimento de AA,

    paralelo e com o mesmo sentido. Qual o lugar dos pontos M?

    Aqui fica resolvido.

  • 17

    1 8 . 1 0 . 1 0

    Outros lugares geomtricos bsicos

    1. So dados os pontos A e B e a circunferncia c. Traar por A uma reta que

    intersete c nos pontos C e D equidistantes de B.

    2. Determinar o lugar dos centros das circunferncias de raio dado, tangentes

    a uma reta dada.

    Qual o lugar das circunferncias tangentes a duas retas dadas?

    3. So dadas uma circunferncia c e a tangente t num ponto A da

    circunferncia. Seja M' o simtrico de M em relao a t. Qual o lugar dos

    pontos M' quando M percorre a circunferncia?

    4. Num ponto A de uma circunferncia c traa-se a tangente curva. Sobre a

    tangente tomam-se os pontos M e M' simtricos em relao a A. Qual o

    lugar dos pontos M e M' quando A percorre a circunferncia?

    5. dado um ngulo XOY e um ponto A sobre OX. Seja c uma circunferncia

    tangente a OX em A e a OY em B. Qual o lugar dos pontos B quando OY

    roda com O fixo?

    Todos estes enunciados que tm sido e sero publicados so retirados de "xrcices

    de Gomtrie" de Th. Caronnet (Vuibert, Paris: 1947)

    1 9 . 1 0 . 1 0

    Centros da circunferncia de raio dado a passar por um ponto

    Vamos apresentar uma animao referente ao exerccio 1 da

    lista de lugares geomtricos bsicos publicada em 11/10/2010.

    Seja O o centro de uma circunferncia que passa por A e tem

    raio r.

    O conjunto dos pontos O mesma distncia de A uma

    circunferncia de centro O e raio r.

    Reciprocamente, se O' um ponto qualquer da circunferncia

    de centro A e raio r, O'A = r e O' centro de uma circunferncia

    com o mesmo raio que passa por A.

    O lugar pedido a circunferncia de centro A com o raio r.

  • 18

    2 3 . 1 0 . 1 0

    O sexto bsico lugar geomtrico da lista

    Qual o lugar geomtricos dos pontos M

    mdios das cordas de uma circunferncia c que

    tm um comprimento dado s?

    Fazendo pausa na animao e com as ferramentas

    disponveis, pode determinar o lugar geomtrico

    pedido e verificando que coincide com o da figura.

    2 5 . 1 0 . 1 0

    O quinto bsico lugar geomtrico

    O quinto enunciado da lista de exerccios da lista lugares geomtricos bsicos :

    So dadas duas circunferncias de centros O e O e raios r e r. Traamos

    dois raios r e r paralelos e com o mesmo sentido. Qual o lugar

    geomtrico dos pontos mdios M dos segmentos AA quando A e A se

    deslocam sobre as circunferncias?

    Aqui fica uma resoluo que pode confirmar, com uma resoluo autnoma. O que

    aconteceria se os raios no tivessem o mesmo sentido? Onde estar o centro da

    circunferncia que passa por M?

  • 19

    2 6 . 1 0 . 1 0

    Retas, circunferncias e cordas

    Um exerccio interactivo sobre enunciado

    da lista de outros lugares geomtricos:

    So dados os pontos A e B e a

    circunferncia c. Traar por A uma

    reta que intersete c nos pontos C e D

    equidistantes de B.

    2 7 . 1 0 . 1 0

    O mesmo da ltima entrada, experimentando com Geogebra

    Experimentmos, usando GeoGebra, determinar a recta que passa por A e

    corta uma circunferncia em dois pontos C e D equidistantes do ponto B

    dado.

    Movimentando D sobre a circunferncia,

    pode encontrar a recta que interessa.

    Explique porque essa. Faa a sua

    construo com as ferramentas

    disponveis e verifique.

  • 20

    2 9 . 1 0 . 1 0

    Circunferncias tangentes a retas dadas

    Determinar o lugar dos centros das circunferncias de raio dado, tangentes

    a uma reta dada.

    O lugar geomtrico dos centros das circunferncias tangente a uma recta r uma

    recta paralela a r distanciada dela o raio dado.

    Qual o lugar geomtrico dos centros das circunferncias tangentes a

    duas retas dadas?

    Os centros das circunferncias tangentes a duas retas r e s so equidistantes de r e

    s e, por isso, o seu lugar geomtrico a bissetriz do ngulo das duas rectas. Se r e

    s forme paralelas, o lugar geomtrico uma recta paralela s duas.

  • 21

    3 1 . 1 0 . 1 0

    Euclides. Elementos, Livro VI - Proposio XXXIII C

    A Mariana trouxe das leituras dos seus "Elementos de Euclides" a ltima proposio

    do Livro VI. Aqui fica uma construo dinmica, acompanhada de resultados

    particulares para a figura (que pode fazer variar) e da demonstrao copiada do

    papelinho que ela apresentou ao Lugar Geomtrico.

    Antnio Aurlio interessou-se pelo tipo de problema e demonstrao e logo

    apresentou outros resultados. O maquinista ainda disse que no era costume do

    blog, mas no parece ter comovido nenhum dos sentados no LUGAR. Sem poder

    venc-los, junta-se a eles. Por isso, bem possvel que, na senda destes, outros

    resultados venham a ser publicados acompanhados de demonstraes. O futuro

    dir.

    Proposio:

    Seja um qualquer

    tringulo, ABC, inscrito

    numa circunferncia de

    raio r. Chamamos aos

    lados a=BC, b=AC e

    c=AB e ha altura

    relativa a a tirada de A.

    Nestas condies, prova-

    se que bc=2rha.

  • 22

    1 . 1 1 . 1 0

    A circunferncia reflectida numa das suas tangentes

    So dadas uma circunferncia

    c e a tangente t num ponto T

    da circunferncia. Seja M' o

    simtrico de M em relao a t.

    Qual o lugar dos pontos M'

    quando M percorre a

    circunferncia?

    2 . 1 1 . 1 0

    Ponto das tangentes a uma circunferncia

    Num ponto A de uma circunferncia c traa-se a tangente curva. Sobre a

    tangente tomam-se os pontos M e M' simtricos em relao a A. Qual o

    lugar dos pontos M e

    M' quando A percorre a

    circunferncia?

  • 23

    3 . 1 1 . 1 0

    Lugar dos pontos de tangncia em lado varivel de ngulo de duas rectas

    dado um ngulo XY e um ponto A sobre OX. Seja c uma circunferncia

    tangente a OX em A e a OY em B. Qual o lugar dos pontos B quando OY

    roda com O fixo?

    4 . 1 1 . 1 0

    Mais lugares geomtricos bsicos (Th. Caronnet)

    1. Determinar o lugar dos pontos de interseco das diagonais de um trapzio

    em que um dos lados no paralelos fixo e cujas bases tm comprimentos

    dados.

    2. Uma circunferncia roda em torno de dos seus pontos. Em cada posio

    traamos tangentes paralelas a uma reta fixa dada. Qual o lugar dos

    pontos de tangncia?

    3. O tringulo ABC tem os vrtices A e B fixos, o vrtice C descreve uma

    circunferncia de raio dado e centro A. Qual o lugar do p da bissetriz do

    ngulo A?

  • 24

    4. dado um tringulo ABC. Traa-se uma paralela qualquer a BC e sejam B' e

    C' os seus pontos de interseo com os lados AB e AC. Qual o lugar dos

    pontos M de interseo das retas BC' e CB'?

    5. Considere-se duas retas paralelas r e s e um ponto P. Por P traa-se uma

    secante fixa que encontra r em A e s em B e uma secante de direo

    varivel que encontra r em A' e s em B'. Qual o lugar dos pontos de

    interseo das retas ABe BA'?

    6. Consideremos todos os retngulos inscritos num tringulo dado ABC e tendo

    um lado sobre BC. Qual o lugar de interseo das sua diagonais?

    7. Seja o trapzio ABCD em que A e B so fixos, os lados paralelos tm

    comprimentos dados, AD=a e BC=b. Determinar o lugar dos pontos de

    interseo das diagonais quando o trapzio roda em torno do lado AB.

    8. Qual o lugar dos pontos de que se vm dois crculos sob o mesmo ngulo?

    4 . 1 1 . 1 0

    Trapzio com elementos fixos, lugar geomtrico da interseo das diagonais

    Determinar o lugar dos pontos

    de interseo das diagonais de

    um trapzio em que um dos

    lados no paralelos fixo e

    cujas bases tm comprimentos

    dados.

    A animao da figura feita de tal modo que se mantm rgido, na sua posio, o

    lado AD e se mantm invariantes os comprimentos das bases bem como a sua

    direo. (No sugere uma rotao no espao em torno do lado AD?)

    Nessa animao, o ponto de interseo das diagonais percorre uma circunferncia.

    Isso significa que, para alm do lado AD, h um ponto fixo (o centro da

    circunferncia). Que ponto esse e qual a sua posio relativamente aos elementos

    do trapzio?

  • 25

    5 . 1 1 . 1 0

    Uma circunferncia que roda e as tangentes com uma dada direo

    Uma circunferncia roda em

    torno de dos seus pontos. Em

    cada posio traamos

    tangentes paralelas a uma reta

    fixa dada. Qual o lugar dos

    pontos de tangncia?

    8 . 1 1 . 1 0

    Tringulo: P da bissectriz de um ngulo com um lado fixo

    O tringulo ABC tem os vrtices A e B

    fixos, o vrtice C descreve uma

    circunferncia de raio dado e centro A.

    Qual o lugar do p da bissetriz do

    ngulo A?

    O lugar geomtrico do p da bissectriz de A

    quando C percorre uma circunferncia

    centrada em A e raio dado uma

    circunferncia. Como determina o seu

    centro?

  • 26

    9 . 1 1 . 1 0

    Lugar da interseo das diagonais de um trapzio inscrito num tringulo

    dado um tringulo ABC. Traa-

    se uma paralela qualquer a BC e

    sejam B' e C' os seus pontos de

    interseo com os lados AB e AC.

    Qual o lugar dos pontos P de

    interseo das retas BC' e CB'?

    1 0 . 1 1 . 1 0

    Paralelas, secantes por um ponto e lugar da interseo de diagonais

    Considere-se duas retas

    paralelas r e s e um ponto P.

    Por P traa-se uma secante

    fixa que encontra r em A e s

    em B e uma secante de direo

    varivel que encontra r em A' e

    s em B'. Qual o lugar dos

    pontos de interseo das retas

    AB'e BA'?

  • 27

    1 1 . 1 1 . 1 0

    Retngulos inscritos num tringulo e interseo das diagonais

    Consideremos todos os retngulos

    inscritos num tringulo dado ABC e

    tendo um lado sobre BC. Qual o

    lugar de interseo das sua

    diagonais?

    1 6 . 1 1 . 1 0

    De onde ver dois crculos sob o mesmo ngulo

    Qual o lugar geomtrico dos

    pontos de que se vem dois

    crculos sob o mesmo ngulo?

    H dois pontos que definem o lugar

    geomtrico: os centro das

    homotetias O e O' que transformam

    uma circunferncia na outra. Repare-

    se que cada tangente tirada por O

    (ou O') circunferncia de centro A

    tambm tangente circunferncia

    de centro B.

  • 28

    1 8 . 1 1 . 1 0

    Ponto de uma recta para ver dois pontos segundo um mesmo ngulo

    O problema que agora propomos como exerccio interactivo foi sugerido pela

    entrada anterior.

    Temos dois pontos A e B de um mesmo semi-plano determinado por uma

    recta RS. O problema ser determinar o ponto P da recta NS tal que so

    iguais os ngulo APN e BPS.

    Os passos da resoluo deste exerccio so os mesmos de antigas respostas a

    outros enunciados.

    2 2 . 1 1 . 1 0

    Tirar tangentes a uma circunferncia por um ponto exterior

    No 9 ano de escolaridade, estudam-se os lugares geomtricos: retas e segmentos,

    circunferncias e crculo; inscrio de segmentos, ngulos e polgonos em crculos.

    No fundo estudam-se as posies relativas de cada uma delas relativamente a cada

    uma das outras e as propriedades decorrentes. Um ponto P pode estar sobre a

  • 29

    circunferncia de raio r centrada em O (r=OP), ser exterior (rOP) a ela. ou Uma

    recta a pode ser exterior a uma circunferncia de raio r e centro O (r< d(O,a)),

    tangente (r=d(O,a)) ou secante (r>d(O,a)). O caso da tangente o mais estudado

    j que a consequncia imediata de r=d(O,t) a tangente (t em T) ser perpendicular

    ao raio OT o que sugere fortemente uma construo com rgua e compasso. No 9

    ano, insiste-se, e bem, na construo que recorre ao tringulo retngulo OTP

    (inscrito numa semicircunferncia de dimetro OP, para ser retngulo no vrtice do

    tringulo que ao mesmo tempo o ponto de tangncia seguro). Na ilustrao

    dinmica que se segue, o primeiro mtodo esse. Mas no ser descabido deixar

    pistas de outras construes que, para alm de tudo o resto, podem ser estudadas

    (e validadas) usando raciocnios dedutivos. O segundo mtodo usa uma

    circunferncia auxiliar, concntrica e de raio 2r (cO2r) e, em vez da circunferncia

    de dimetro OP, usa uma circunferncia centrada em P e raio OP.

  • 30

    2 5 . 1 1 . 1 0

    Ainda outros lugares geomtricos

    1. Determinar o lugar dos pontos cuja razo das distncias a duas retas

    paralelas r e s p/q.

    2. Determinar o lugar dos pontos que dividem numa mesma razo dada p/q os

    segmentos paralelos a uma reta dada e limitados por duas retas secantes r

    e s.

    3. Determinar o lugar dos pontos que dividem numa razo dada p/q os

    segmentos que unem um ponto dado P aos pontos de uma circunferncia

    dada.

    4. Determinar o lugar dos pontos cuja razo das distncias a duas retas

    secantes igual a m/n.

    5. So dadas duas retas concorrentes X'OX e Y'OY; sobre a primeira, os pontos

    A e A', sobre a segunda os pontos B e B'. Os pontos A e B esto fixos; os

    pontos A' e B' percorrem estas retas, mantendo-se do mesmo lado da reta

    AB e de modo que a razo AA'/BB' se mantenha constantemente igual

    razo dada m/n. Determinar o lugar dos pontos mdios dos segmentos A'B'.

    6. So dadas duas retas concorrentes X'OX e Y'OY; sobre a primeira, o pontos

    A e A', sobre a segunda os pontos B e B'. Os pontos A e B esto fixos; os

    pontos A' e B' percorrem estas retas, mantendo-se do mesmo lado da reta

    AB e de modo que a razo AA'/BB' se mantenha constantemente igual

    razo dada m/n. Determinar o lugar do quarto vrtice M do paralelogramo

    de que dois lados so AA' e A'B'.

    7. Determinar o lugar dos pontos cuja soma dos quadrados das distncias a

    duas retas perpendiculares igual a a2.

  • 31

    2 5 . 1 1 . 1 0

    Pontos distanciados proporcionalmente a duas rectas paralelas

    Determinar o lugar geomtrico

    dos pontos cuja razo das

    distncias a duas retas paralelas r

    e s p/q

    2 7 . 1 1 . 1 0

    Pontos que dividem segmentos paralelos entre secantes numa razo dada

    Determinar o lugar dos pontos que dividem numa mesma razo dada p/q

    os segmentos paralelos a uma reta a dada e limitados por duas retas

    secantes r e s.

  • 32

    2 8 . 1 1 . 1 0

    Pontos distanciados proporcionalmente de um ponto e de uma circunferncia

    Determinar o lugar geomtrico dos pontos que dividem numa razo dada

    p/q os segmentos que unem um ponto dado P aos pontos de uma

    circunferncia dada.

    5 . 1 2 . 1 0

    Pontos proporcionalmente distanciados de duas rectas concorrentes

    Determinar o lugar geomtrico dos pontos P cuja razo das distncias a

    duas retas secantes r e s igual a p/q.

    H outras duas rectas,claro! Para

    as duas apresentadas,

    considermos p e distncia a r e q

    e distncia a s.

  • 33

    6 . 1 2 . 1 0

    Ponto mdio de um segmento de extremos sobre concorrentes

    So dadas duas retas concorrentes X'OX e Y'OY; sobre a primeira, os

    pontos A e A', sobre a segunda os pontos B e B'. Os pontos A e B esto

    fixos; os pontos A' e B' percorrem estas retas, mantendo-se do mesmo lado

    da reta AB e de modo que a razo AA'/BB' se mantenha constantemente

    igual razo dada m/n. Determinar o lugar dos pontos mdios dos

    segmentos A'B'.

    Claro que se tomarmos os pontos A' e B' do outro lado de AB, os seus pontos

    mdios esto sobre a outra semireta.

  • 34

    7 . 1 2 . 1 0

    O quarto vrtice de um paralelogramo

    So dadas duas retas concorrentes X'OX e Y'OY; sobre a primeira, o pontos

    A e A', sobre a segunda os pontos B e B'. Os pontos A e B esto fixos; os

    pontos A' e B' percorrem estas

    retas, mantendo-se do mesmo lado

    da reta AB e de modo que a razo

    AA'/BB' se mantenha

    constantemente igual razo dada

    m/n. Determinar o lugar do quarto

    vrtice M do paralelogramo de que

    dois lados so AA' e A'B'.

    1 3 . 1 2 . 1 0

    Perpendiculares e pontos delas distanciados

    Determinar o lugar geomtrico dos pontos cuja soma dos quadrados das

    distncias a duas retas perpendiculares igual a a2.

  • 35

    1 8 . 1 2 . 1 0

    com geometria dinmica,...

    2 1 . 1 2 . 1 0

    Recta de Simson como lugar geomtrico. Parbola como envolvente.

    Dadas duas rectas r e s que se intersetam em O, tomem-se quatro

    pontos: A e M sobre r; B e N sobre s de tal modo que A e B so fixos

    e AM/BN constante. Quando M e N se deslocam, os

    crculos OAB e OMN mantm um ponto fixo P comum (que no O).

    Determinar o lugar geomtrico das projees de P sobre MN e a

    envolvente das rectas MN.

  • 36

    3 0 . 1 2 . 1 0

    Inscrever um tringulo equiltero num rectngulo dado

    O exerccio interactivo proposto :

    Determinar o tringulo equiltero

    AEF que tem os vrtices E e F

    sobre os lados BC e CD do

    rectngulo ABCD.

    (Obrigado a Paul Yiu pelo Forum Geometricorum

    e a Ren Grothmann pelo Zul - Zirkel und Lineal)

    4 . 1 . 1 1

    Lugar da interseo de lados opostos de um quadriltero de diagonal varivel

    Duas circunferncias so tangentes em A e tm dimetros AB e AC. Por A

    fazemos passar uma reta de direo varivel que interseta a primeira

    circunferncia em B' e a segunda em C'. Qual o lugar geomtrico dos

    pontos P de interseo de BC' com CB'?

  • 37

    1 0 . 1 . 1 1

    Envolvente de crculos de Euler-Feuerbach

    Sobre a circunferncia de centro O tomam-se dois pontos fixos A e B e um

    ponto varivel C. Determinar a envolvente dos crculos de Euler-Feuerbach

    do tringulo ABC

    1 1 . 1 . 1 1

    Tangentes, secantes, tringulos equilteros

    So dadas duas circunferncias tangentes em A. Por A faz-se passar a

    secante MM'. Determinar o lugar geomtrico dos vrtices P e Q dos dois

    tringulos equilteros de lado MM'.

  • 38

    1 7 . 1 . 1 1

    Lugar dos pontos distantes proporcionalmente a um ponto e a uma circunferncia

    Determinar o lugar geomtrico dos

    pontos M cuja razo das distncias a um

    ponto P e a uma circunferncia c igual

    razo entre AB e BC dados.

    1 8 . 1 . 1 1

    Lugar dos pontos distantes proporcionalmente a um ponto e a uma reta

    Determinar o lugar geomtrico dos pontos M cuja razo das distncias a

    um ponto P e a uma reta r igual razo entre AB e BC dados.

    NO fundo, este lugar geomtrico uma cnica de que se conhece a directriz, o foco

    e a excentricidade. Valer a pena deslocar o ponto B de modo a que AB=BC e AB-

    BC=AC e ver que cnicas se obtm.

  • 39

    2 0 . 1 . 1 1

    Na antiguidade, no havia procedimentos algbricos para resolver equaes. Tudo

    era resolvido usando comprimentos de segmentos, operaes sobre eles e reas de

    polgonos. No 9 ano, ao introduzir as equaes do 2 grau, convm referir

    problemas histricos do 2 grau acompanhados de referncia ao pensamento

    geomtrico que permitia solucionar tais problemas. Por exemplo a equao que

    modernamente escrevemos sob a forma x2+6x=27, viria de um enunciado em que

    jogam um quadrado de lado desconhecido e um retngulo com uma dimenso igual

    ao lado do quadrado e outra 6. A soma das reas destes polgonos seria 27.

    Para comear, tomemos um quadrado x por x e um rectngulo 6 por x. A

    construo que se segue parte destas duas figuras que juntas ocupam uma rea de

    27. E, clicando sobre

    podem ver-se a sucesso de procedimentos geomtricos utilizados na resoluo.

    Comea por dividir o retngulo 6 por x em quatro retngulos iguais 1,5 por x que

    podem juntar-se ao quadrado x por x, sobre cada um dos seus lados.

  • 40

    Completamos a figura com os quatro quadrados

    amarelos de lado 1,5. Obtemos assim um quadrado

    que:

    - tem rea 36, logo a medida do lado 6;

    - tem lado 1,5+x+1,5 ou x+3

    Ento tem de ser x+3 = 6, logo x=3.

    Nota: hoje sabemos que existe uma soluo negativa,

    -9; mas na Antiguidade estas equaes destinavam-

    se a resolver problemas concretos em que no havia

    lugar para solues negativas.

  • 41

    2 5 . 1 . 1 1

    A equao ax=b2

    Um problema simples e interessante a resolver geometricamente o que consiste

    em determinar a dimenso x de um rectngulo ax equivalente a um quadrado b2,

    ou seja resolver a equao ax=b2, em que a e b so nmeros quaisquer. A

    construo geomtrica que se apresenta a seguir d a soluo para todos os

    valores de a e b. Pode variar os comprimentos a e b e encontra uma soluo para

    cada par (a,b).

    A construo parte de um quadrado ABCD de lado b que aumentado do seguinte

    modo:

    Prolonga-se AB at AE de tal modo que BE=a e constri-se o retngulo AEFD de

    dimenses a+b e a. O retngulo GLFD obtido a partir da determinao de G como

    interseo da recta DA com FB.

    Este retngulo DGLF (a+b)(b+x) dividido pela sua diagonal FG em dois tringulos

    retngulos iguais.

    O tringulo retngulo DFG decomponvel em b2 + (ab/2)+(bx)/2 enquanto que

    FLG a soma de ax+(ab/2)+(bx)/2. O que permite concluir que ax=b2.

    A partir de Revisitando uma velha conhecida de Joo Bosco Pitombeira, de que

    recomendamos a leitura.

  • 42

    2 9 . 1 . 1 1

    A equao ax+x2=b2

    Para resolver geometricamente a equao ax+x2=b2, em ordem a x, basta tomar

    um tringulo retngulo BCQ de catetos a/2 e b. O quadrado sobre a hipotenusa CQ

    tem rea b2+a2/4. Se tomarmos x tal que .5a+x=CQ, temos a equao resolvida.

    Na construo que se segue, pode fazer variar a e b.

    De facto, CQ2=(.5a+x)2 =b2+(.5a)2 ou seja a rea b2 do quadrado de lado b igual

    a 2(.5ax)+x2, rea do retngulo de dimenses x e a+x (como bem mostra a figura)

    ou da soma do retngulo ax com o quadrado x2.

  • 43

    1 . 2 . 1 1

    Equao x2=c

    Para resolver geometricamente a equao x2=c, em ordem a x, basta tomar um

    tringulo retngulo ABC de hipotenusa 1+c (AB). A altura AH relativa hipotenusa

    AB meio proporcional entre 1 e c. Ver a semelhana dos tringulos rectngulos

    ACH e BCH em que ABC fica dividido pela altura.

    Na construo que se segue, pode fazer variar c.

  • 44

    8 . 2 . 1 1

    Operaes sobre binmios, casos notveis

    Na construo pode fazer variar a, b, c, d.

    Se ao quadrado ABCD, de rea a2, tirarmos o quadrado CHIJ, de rea b2, ficamos

    com o polgono ABJIHDA. Mas GIHD tem a mesma rea de BEFJ. Logo podemos

    substituir ABJIHDA por AEFG cuja rea (a+b).(a-b). Em concluso, a2-b2=(a-

    b)(a+b).

  • 45

    1 4 . 2 . 1 1

    Relao de Stewart

    Dado um tringulo ABC e uma ceviana,

    por exemplo BD (do vrtice B para o lado

    AC), Os comprimentos dos lados AB, BC e

    AC, dos segmentos AD e CD

    determinados sobre AC pela ceviana e BD

    esto relacionados. Essa relao

    conhecida como relao de Stewart que

    pode ser usada para determinar

    comprimentos de bissectrizes e

    medianas.

    1 8 . 2 . 1 1

    Relao de Stewart no caso da bissetriz

    Para um tringulo ABC, no caso de tomarmos

    a bissetriz AD= do ngulo a dividir o lado

    a=BC em dois segmentos m=BD e n=DC, a

    relao de Stewart pode ser escrita assim:

    b2m+c2n=2a+mna

    e, sendo tambm verdade que

    cn=bm,

    bc=mn+2

    Na construo interativa que se apresenta a

    seguir, pode deslocar A, B, C fazendo variar a,

    b, c, m, n, e verificar que aquelas

    igualdades se mantm.

  • 46

    2 1 . 2 . 1 1

    A bissetriz e os lados do tringulo

    A bissetriz do ngulo do

    tringulo ABC divide o lado BC em

    dois segmentos BD e DC. Prova-se a

    seguinte relao mtrica

    BD.AC=CD.AB

    j usada na anterior

    entrada:relao de Stewart

    aplicada bissetriz.

    2 2 . 2 . 1 1

    Lados de um tringulos e suas projees ortogonais.

    As alturas AA', BB' e CC' de tringulo ABC determinam sobre os lados AB, BC e AC

    segmentos que verificam a seguinte relao mtrica

    AB'.BC'.CA'= AC'.BA'.CB'

    .

  • 47

    2 4 . 2 . 1 1

    Relao mtrica nos tringulos - generalizao do Teorema de Pitgoras

    Num tringulo ABC, de lados a, b, c, sendo c' a projeco ortogonal de c sobre a,

    se o ngulo B no reto, ento b2=a2+c22ac', conforme B obtuso ou

    agudo,

    se o ngulo B reto, ento b2=a2+c2 (Pitgoras), j que c'=0.

    Esta relao geral para todos os tringulos e quaisquer que sejam os lados que

    consideremos.

    Arraste A para verificar o que se passa com os diversos tipos de tringulos.

  • 48

    2 8 . 2 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo - os lados e uma mediana

    Num tringulo ABC, a soma dos

    quadrados de dois lados igual a

    metade do quadrado do terceiro lado

    adicionado do dobro do quadrado da

    respectiva mediana.

    2 8 . 2 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo -lados, uma mediana e uma altura

    Num tringulo ABC, a diferena dos quadrados de dois dos lados igual ao dobro

    do produto do terceiro lado pela distncia dos ps das mediana e altura respectivas.

  • 49

    1 . 3 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo - circuncrculo, incrculo e

    Num tringulo acutngulo ABC, a soma dos raios das circunferncias circunscrita e

    inscrita igual soma das distncias do circuncentro aos lados do tringulo.

    Desloque A, B ou C at que o ngulo C seja obtuso para verificar se o resultado se

    mantm ou no quando o tringulo obtusngulo. Tambm pode relacionar a

    altura de um tringulo equiltero com a soma desses raios do circuncrculo e do

    incrculo.

  • 50

    2 . 3 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo - lados e distncias dos vrtices ao baricentro

    Num tringulo ABC, a soma dos quadrados dos

    seus lados tripla da soma dos quadrados das

    distncias de cada vrtice ao ponto G de

    encontro das suas medianas.

    Pode deslocar A, B ou C para verificar que esta

    relao mtrica se mantm.

    3 . 3 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo - lados e medianas

    Num tringulo ABC, o triplo da

    soma dos quadrados dos seus

    lados qudrupla da soma dos

    quadrados das suas medianas.

    Pode deslocar A, B ou C para

    verificar que esta relao

    mtrica se mantm.

  • 51

    4 . 3 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo - Medianas do tringulo retngulo

    Num tringulo ABC, retngulo em A,

    a soma dos quadrados das

    medianas relativas aos catetos

    quntupla do quadrado da mediana

    relativa hipotenusa.

    5 . 3 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo - da circunferncia definida por A, Ma e p da bissetriz de

    Num tringulo ABC, a circunferncia que passa pelos vrtice A, ponto mdio de BC

    e p em BC da bissetriz interior do ngulo A corta os lados AB e AC em dois pontos

    E e F. Verifica-se que BE=CF.

  • 52

    6 . 3 . 1 1

    Relaes mtricas envolvendo tringulos e circunferncias - reas

    No ensino bsico so abordados vrios resultados com reas de tringulos e como

    bvia a semelhana entre os tringulos equilteros inscrito e circunscrito na mesma

    circunferncia, deve ser posta considerao dos alunos a relao entre as reas

    desses tringulos.

    O resultado que hoje aqui apresentamos pode tambm ser abordado no ensino

    bsico, envolvendo o hexgono convexo regular inscrito e as razes entre as reas

    dos tringulos inscrito e circunscrito e a rea do hexgono:

    A rea do hexgono inscrito numa circunferncia o meio proporcional entre as

    reas dos tringulos inscrito e circunscrito na mesma circunferncia.

    Na construo dinmica, pode deslocar F e O para verificar que as relaes

    mtricas se mantm qualquer que seja o raio da circunferncia e os lados dos

    tringulos e hexgono.

  • 53

    7 . 3 . 1 1

    Relaes mtricas - distncia de um ponto aos vrtices de um retngulo

    A soma dos quadrados das distncias

    de um ponto P a dois vrtices

    opostos de um retngulo igual

    soma dos quadrados das distncias

    de P aos outros dois vrtices.

    Na construo dinmica, pode

    deslocar P e vrtices do retngulo

    para verificar que as relaes

    mtricas se mantm, mesmo quando

    P est no exterior do retngulo.

    9 . 3 . 1 1

    Relaes mtricas num paralelogramo - lados e diagonais

    A soma dos quadrados dos lados de

    um paralelogramo igual soma

    dos quadrados das suas diagonais.

    Na construo dinmica, pode

    deslocar os vrtices do

    paralelogramo para verificar que as

    relaes mtricas se mantmo.

  • 54

    9 . 3 . 1 1

    Relaes mtricas num tringulo - uma desigualdade de Erds

    Em 1935, no n 42 da American Mathematical Monthly, era publicado o problema

    3740, proposto por Paul Erds:

    De um ponto O do interior de um tringulo ABC tiram-se perpendiculares

    OP, OQ e OR aos seus lados. Provar que

    OA+OB+OC 2(OP+OQ+OR)

    O problema foi resolvido de muitas maneiras diferentes e isso que lhe d uma

    importncia redobrada para quem ensina. O problema pode ser resolvido s com

    matemtica bsica, s com trigonometria bsica e secundria, com recurso a outros

    teoremas mais ou menso conhecidos (Ptolomeu, por exemplo). Claro que resolver o

    problema s com resultados bsicos exige uma disciplina especial para ver que

    passos dar e por que ordem, que resultados se aplicam a cada passo, etc.

    A primeira soluo atribuda a Mordell(mentor de Erds) e por isso que o

    problema (ou a conjectura) de Erds passou para a histria como Teorema de

    Erds-Mordell.

    O outro encanto do problema tem a ver com imaginar o trabalho de desenho e

    medidas de muitos e muitos tringulos que Erds deve ter feito para chegar ao

    enunciado da sua conjectura.

    Aqui, apresentamos uma

    construo dinmica que lhe

    permite trabalhar com centenas

    de tringulos (deslocando os

    seus vrtices) e com muitos

    pontos do interior de cada

    tringulo deslocando O. Pode

    ver tambm em que condies

    h igualdade, etc

  • 55

    1 2 . 3 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo - os raios das circunferncias circunscrita e inscrita

    Para um tringulo ABC h uma circunferncia a ele circunscrita (a passar pelos seus

    vrtices ) e uma outra nele inscrita (tangente aos seus trs lados). O raio da

    circunscrita no mnimo duplo do raio da inscrita.

    Na construo dinmica que se segue, pode deslocar os vrtices do tringulo, para

    confirmar que essa relao se mantm e para ver em que condies o circun-raio

    dobro do in-raio.

    Sobre esta construo pode ainda confirmar e relembrar outras relaes mtricas

    que j foram , de um modo ou doutro, referidas em antigas entradas e que ligam

    os raios das circunferncias inscrita e circunscrita com a rea e o permetro do

    tringulo ou com a distncia entre o incentro e o circuncentro. Todas as relaes

    aqui referidas esto relacionadas e so mobilizadas na demonstrao do resultado

    em destaque nesta entrada.

  • 56

    1 5 . 3 . 1 1

    Relaes mtricas envolvendo tringulos inscritos num tringulo

    Dado um tringulo ABC, qualquer tringulo DEF inscrito em ABC tem um

    permetro maior ou igual ao permetro do tringulo de vrtices nos ps das

    alturas do tringulo ABC

    Na construo dinmica que se segue, pode deslocar os vrtices do tringulo ABC

    bem como os vrtices do tringulo DEF inscrito em ABC, para confirmar que essa

    relao se mantm com diversos tringulos ABC e respetivos rticos, ou com os

    diversos tringulos DEF inscritos num mesmo tringulo ABC

  • 57

    1 9 . 3 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo - de entre alturas e lados frmula de Heron

  • 58

  • 59

  • 60

    2 0 . 3 . 1 1

    Quadrados dos lados e ngulos

    Com a construo interactiva que se

    segue, pode verificar que para haver

    tringulo e sempre que h tringulo se

    verifica que um qualquer dos lados do

    tringulos menor que a soma dos outros

    dois. E que, num tringulo qualquer, ao

    lado de maior comprimento se ope o

    ngulo de maior amplitude. E que se um

    ngulo, por exemplo reto se verifica

    que a2 =b2+c2 (Teorema de Pitgoras).

    Mas aqui est para que possa verificar o que tem a ver com a entrada anterior. Se

    for obtuso (>90), a2 > b2+c2 e se for agudo (90>), b2+c2>a2. Os

    resultados recprocos so obviamente verdadeiros.

    Pode deslocar A,B ou C. Procure deslocar A de modo a que seja agudo, obtuso e

    reto e veja as mudanas de texto. Muito difcil acertar no reto.

    Num tringulo agudo o quadrado desenhado sobre um dos lados tem

    sempre menor rea que a soma das reas dos dois desenhados sobre os

    outros lados.

  • 61

    J no tringulo obtusngulo, o quadrado desenhado sobre o lado oposto ao

    ngulo obtuso tem sempre rea maior que a soma das reas dos

    desenhados sobre os outros lados.

    Quando o tringulo for retngulo, ....

    2 2 . 3 . 1 1

    Outra forma de olhar para a circunferncia como lugar geomtrico

    Os vrtices P dos tringulos ABP, tais que AP2+BP2 constante, esto sobre uma

    circunferncia. Dito de outro modo, uma circunferncia o lugar geomtrico dos

    pontos P para os quais contante a soma dos quadrados das suas distncia a dois

    pontos fixos A e B.

    Com o ponto O pode controlar o valor da constante. Para cada constante, h uma

    circunferncia.

  • 62

    2 3 . 3 . 1 1

    Outra forma de olhar para a reta como lugar geomtrico

    Os vrtices P dos tringulos ABP, tais que AP2-

    BP2 constante, esto sobre uma reta. Dito

    de outro modo, uma reta o lugar geomtrico

    dos pontos P para os quais contante a

    diferena dos quadrados das suas distncias a

    dois pontos fixos A e B.

    2 5 . 3 . 1 1

    Relaes mtricas na circunferncia - as secantes

    Se por um ponto A, conduzirmos duas rectas a cortar uma circunferncia, uma

    delas em B e C e a outra em D e E, verifica-se a igualdade

    AB.AC=AD.AE

    Pode deslocar A, para tomar diferentes pontos de partida (dentro, sobre e fora da circunferncia) e B ou D para

    tomar diversas secantes a passar por A.

    Claro que, para a demonstrao, basta constatar a

    igualdade dos ngulos cada um a cada um dos

    tringulos ADC e ABE, como a figura bem mostra

    e saber que em tringulos semelhantes a razo

    entre lados opostos a ngulos iguais constante.

    Esta demonstrao pode ser um bom exerccio

    para os estudantes do 9 ano de escolaridade.

    O resultado com A no exterior da

    circunferncia j foi abordado em

    antigas entradas. Ter interesse

    especfico abordar o recproco: Se

    AB.AC=AD.AE , ento B,C, D, E

    so pontos da mesma

    circunferncia?

  • 63

    2 9 . 3 . 1 1

    Borboleta, de novo

    Na entrada A borboleta de 25 de Junho do ano

    passado, escrevia-se:

    Tomem-se A,B,C e D sobre uma

    circunferncia de centro O e de tal

    modo que AC intersecte BD num

    ponto P. A perpendicular a OP

    tirada por P intersecta BC e AD em

    M e N, respectivamente.

    Porque que |MP|=|NP|?

    A Mariana reencontrou o problema durante a

    leitura de um livro de divulgao (Ruelle; O crebro do matemtico. Cincia Aberta. Gradiva), retomou a

    pergunta e procurou uma resposta diferente da indicada no livro. Aqui fica:

  • 64

    2 9 . 3 . 1 1

    Relaes mtricas - tringulo, bissetriz e circunscritas

    Tomemos um tringulo ABC e a

    bissetriz interna do ngulo A. Seja D o

    p da bissetriz no lado BC. Cada uma

    das circunferncias circunscritas aos

    tringulos ABD e ACD intersectam os

    lados AB e AC nos pontos E e F. E o

    interessante que se verifica BE = CF

    3 0 . 3 . 1 1

    Relaes mtricas - Recta e circunferncia

    Dada uma reta r e uma

    circunferncia de centro O, sendo

    AC a perpendicular a r que corta

    a circunferncia em B (AB um

    dimetro). Tomada qualquer reta

    AM que corta circunferncia em

    M e a reta em M', verifica-se que

    AM.AM'=AB.AC invariante

    A demonstrao deste facto baseia-se na semelhana entre AMB e AM'C,

    retngulos em M e C e com o ngulo A comum.

  • 65

    3 1 . 3 . 1 1

    Relaes mtricas - tringulos inscritos com um lado paralelo

    O tringulo ABC est inscrito numa

    circunferncia. A corda B'C' paralela ao lado

    BC. AC' interseta BC em D. Verifica-se a seguinte

    relao:

    AB.AC = AB'.AD.

    A demonstrao deste facto baseia-se na

    semelhana entre ABB' e ADC.

    5 . 4 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo issceles inscrito.

    O tringulo issceles ABC est inscrito numa

    circunferncia.Tome-se uma corda AE que

    intersecte o lado BC em D

    AB2 = AD.AE.

    A demonstrao deste facto baseia-se na

    semelhana entre ABD e ABE que tm um

    ngulo comum e dois outros iguais porque

    inscritos em arcos iguais.

    Esta relao no mais que um caso

    particular da relao da entrada anterior

    quando o tringulo ABC ento considerado

    um tringulo issceles (quando B' coincide

    com C').

  • 66

    6 . 4 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo - lados e ps das alturas

    Num tringulo qualquer ABC, tirem-se as

    alturas e considerem-se os seus ps nos

    lados opostos a cada um dos vrtices, A'

    p da altura tirada de A, B' de B e C' de C.

    Verificam-se as seguintes relaes

    AB.AC'=AC.AB'

    AB'.BC'.CA' = AC'.CB'.BA'

    Claro que estas relaes no so mais do que

    representantes de cada uma das famlias de relaes que

    se obtm de outra por permutao.

    1 0 . 4 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo

    Num tringulo ABC, tomemos um

    ponto P sobre o lado BC. Os raios

    das circunferncias definidas por

    ABP e ACP so proporcionais

    respetivamente aos lados AB e AC.

  • 67

    1 5 . 4 . 1 1

    Relaes mtricas nos tringulos

    No tringulo ABC, sejam:

    a, b, c os comprimentos dos lados

    a', b', c' as distncias do

    ortocentro H respetivamente a A,

    B, C

    R o raio do circuncrculo .

    Verifica-se que:

    a2+a'2 = b2+b'2 = c2+c'2 = 4 R2

    1 6 . 4 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo issceles

    Num tringulo issceles ABC em que AC=BC, as distncias de um ponto P de AB

    aos lados AC e BC tm soma constante.

    Porqu? Constante igual a qu?

  • 68

    1 7 . 4 . 1 1

    Relaes mtricas num tringulo equiltero

    As alturas de um tringulo equiltero tm

    comprimentos iguais. Tomado um ponto P

    varivel dentro de um tringulo equiltero

    ABC, as distncias de P aos lados AB, BC e

    CA tm soma constante igual altura de

    ABC.

    O que aconteceria se o tringulo fosse

    simplesmente issceles?

    1 8 . 4 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo - ps das perpendiculares aos lados a partir de um ponto

    No tringulo ABC, sejam A', B', C' os ps

    das perpendiculares tiradas de um ponto P

    qualquer respetivamente para os lados

    BC, AC, AB. Verifica-se que:

    AB'2 +BC'2+CA'2 = AC'2+CB'2 +BA'2

    Para a demonstrao, tomam-se os

    segmentos PA. PB e PC e os tringulos

    rectngulos PAB', PCB', PBA'. etc a que se

    aplicam o Teorema de Pitgoras., para

    obter, por exemplo AB'2 = PA2-PB'2....

  • 69

    1 9 . 4 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo - alturas, ortocentro

    De um tringulo qualquer ABC, as alturas encontram-se no ortocentro H, ficando

    cada uma delas dividida em dois segmentos, por exemplo, AH e HHa. Verifica-se

    que

    AH.HHa=BH.HHb =CH.HHc

    2 0 . 4 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo - bissetriz

    Num tringulo ABC, tiram-se as

    perpendiculares BB' e CC' bissetriz AD

    do ngulo . Os pontos A e D so

    separados harmonicamente pelos

    pontos B' e C'.

  • 70

    2 1 . 4 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo - lados e medianas

    De um tringulo qualquer ABC, consideremos os seus lados a, b, c e as suas

    medianas m,n,p. Conjecturamos que

    9(a4+b4+c4) = 16(m4+n4+p4)

    .Demonstre.

    Nas deambulaes pelos

    velhos livros em busca de

    resultados mtricos sobre

    tringulos (para exemplos

    de novos exerccios e

    problemas a propor)

    sempre vamos

    encontrando aqueles que

    nos deixam espantados e

    nos comprovam como era

    e possvel apresentar

    propostas hilariantes.

    Estas propostas so tanto mais hilariantes quanto certo que muitas delas

    apareceram em provas de exame. Para o resultado apresentado era pedida a

    demonstrao duma prova de exame dos cursos tcnicos franceses aplicados a

    aspirantes a marinheiro. H muitos exemplos semelhantes que podem ser retirados

    de antigos exames portugueses (de exames de admisso universidade, ou finais

    dos cursos complementares liceal e tcnico, dos exames do propedutico ou dos

    exames do 12 ano). No preciso melhor exemplo para provar que poca havia

    poucas bolsas para o curso em causa. Nem para as outras coisas que sempre h

    quem finja no terem existido no tempo em que que era bom.

    (Problmes d'examens. Bourse des coles de navigation de la Marine marchande

    Cluzel, Robert. La Gomtrie et ses applications. Enseignement Tchnique. Librairie

    Delagrave. Paris:1964. )

  • 71

    2 3 . 4 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo - o ovo

    H problemas assim:

    Do tringulo ABC, prolongue-se BC

    e tome-se F tal que BF=4.BC. Una-

    se F com o ponto mdio D de AB,

    obtendo uma recta que divide por E

    o lado AC. E saiba que, e no s na

    Pscoa, que

    4.AC=7.AE

    A pergunta no Qual o interesse disso?", mas antes Porque ser?

    Bom domingo para pensar nisso.

    2 5 . 4 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo retngulo - a diviso da hipotenusa

    Num tringulo retngulo, se um

    cateto o dobro do outro, ento o

    p da altura relativa hipotenusa

    divide-a em dois segmentos, sendo

    o maior qudruplo do menor.

    Os tringulos ABC,ACD e ABD so

    semelhantes. Da semelhana entre

    estes ltimos:

    AC/AB=CD/AD=AD/BD. Como

    AB=2.AC, AD=2.CD ento

    BD=2.AD=4.CD

  • 72

    2 6 . 4 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo retngulo

    O tringulo ABC retngulo em A.

    Seja M o ponto mdio de AB. Verifica-se

    que a diferena dos quadrados dos

    segmentos CP e PB igual ao quadrado de

    AC.

    Para demonstrar esta proposio,

    consideram-se os tringulos retngulos

    CPM, MPB, MAC.

    2 7 . 4 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo retngulo

    Seja ABC um tringulo retngulo em A. Do ponto D, qualquer, da hipotenusa tira-se

    DE perpendicular

    a AB e DF perpendicular a AC. Verifica-se que:

    DB.DC=EA.EB+FA.FC

  • 73

    2 8 . 4 . 1 1

    Relaes mtricas no tringulo retngulo

    Seja ABC um tringulo retngulo em que

    b=AC, c=AB; D o p da bissetriz do

    ngulo em A; k=AD.

    Verifica-se que:

    2/k=1/b+1/c

    3 . 5 . 1 1

    Relaes mtricas no quadriltero - trapzio, diviso das bases

    Num trapzio ABCD, a bissetriz do ngulo

    formado pelos lados, AD e BC, no paralelos

    divide cada uma das bases, AB e CD, em

    segmentos proporcionais aos lados no

    paralelos que lhe so adjacentes:

    MA / MB = ND / NC = AD / BC

  • 74

    5 . 5 . 1 1

    Relaes mtricas nos quadrilteros - paralelogramos

    Pelo vrtice A do

    paralelogramo ABCD

    traa-se uma secante que

    intersete a diagonal BD

    no ponto E, o lado BC em

    F e o lado CD em F.

    Verifica-se que:

    EA2 = EF.EG

    1 1 . 5 . 1 1

    Relaes mtricas nos quadrilteros - lados e diagonais

    A soma das diagonais de um quadriltero convexo est entre os seus

    semipermetro e permetro.

    Na construo dinmica que se apresenta a

    seguir pode verificar que assim . E

    tambm que assim no para

    quadrilteross cncavos. Desloque os

    vrtices do quadriltero livremente para ver

    o que se passa. Depois, pode pensar em

    justificar esse resultado.

  • 75

    1 3 . 5 . 1 1

    Relaes mtricas no paralelogramo

    Num paralelogramo ABCD, tomemos os pontos mdios de AB e CD, M e N

    respectivamente. DM e BN cortam a diagonal AC em dois pontos R e S que

    a cortam em trs segmentos iguais

    Na construo dinmica que se

    apresenta a seguir pode verificar

    que assim parece. Desloque os

    vrtices do quadriltero

    livremente para ver o que se

    passa. Pode provar o resultado?

    1 5 . 5 . 1 1

    Relaes mtricas no paralelogramo

    Tomemos um paralelogramo ABCD e

    uma reta r passando por A que no

    corte o paralelogramo. Para os

    segmentos BB', CC' e DD', das

    perpendiculares a r tiradas por B, C e

    D, verifica-se que

    CC'= BB' + DD'

    se C for o vrtice do paralelogramo

    oposto a A.

    Demonstre esse resultado.

    O que acontece se r cortar o paralelogramo?

  • 76

    1 7 . 5 . 1 1

    Relaes mtricas no paralelogramo

    Dado um paralelogramo ABCD, por C traa-se uma reta r que divida a

    diagonal BD em duas partes, EB e ED, tais que EB=4.ED. Seja F o ponto de

    interseo de r com AD. Verifica-se que FA=3.FD.

    Uma recta tirada pelo vrtice C de

    um paralelogramo que determina

    na diagonal oposta BD a sua quinta

    parte determinar no lado AD a

    sua quarta parte.

    Este resultado pode generalizar-se

    obviamente e a sua demonstrao

    baseia-se na semelhana entre os

    tringulos BCE e DEF.

    1 7 . 5 . 1 1

    Relaes mtricas no paralelogramo

  • 77

    1 9 . 5 . 1 1

    Relaes mtricas no paralelogramo

    2 3 . 5 . 1 1

    Relaes mtricas no paralelogramo

  • 78

    2 4 . 5 . 1 1

    Relaes mtricas no paralelogramo

    2 6 . 5 . 1 1

    Relaes mtricas no paralelogramo

  • 79

    3 0 . 5 . 1 1

    Relaes mtricas no paralelogramo