trabalho velocidade

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA UNIFOR-MG CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO RAYSSA REGINA TEIXEIRA GOULART LUDIMILA ISRAEL VILELA VELOCIDADE FORMIGA MG 2012

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA – UNIFOR-MGCURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO

RAYSSA REGINA TEIXEIRA GOULARTLUDIMILA ISRAEL VILELA

VELOCIDADE

FORMIGA – MG2012

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LUDIMILA ISRAEL VILELARAYSSA REGINA TEIXEIRA GOULART

VELOCIDADE

Trabalho apresentado ao Centro Universitário deFormiga – UNIFOR-MG, 2º período do Curso deEducação Física Bacharelado, como parte dasexigências da disciplina Desenvolvimento eAprendizagem Motora, para a obtenção de créditos.Professor Allan Peloso.

FORMIGA – MG2012

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INTRODUÇÃO

Se perguntarmos alguém sobre “o que é a velocidade”, muitas vezes ouviríamos comoresposta “correr depressa”. Mas podemos definir a velocidade como “Velocidade é acapacidade física que permite realizar movimentos no menor tempo possível ou reagirrapidamente a um sinal”, existem muitos fatores importantes que influenciam avelocidade como um exemplo a flexibilidade e a importância das fibras musculares.Neste trabalho mostraremos quais os tipos de velocidade, fatores que influenciamimportância das fibras musculares e como melhorá-la.

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O que é velocidade?

Podemos dizer então que a velocidade é a capacidade de produzir ummovimento/deslocamento, de uma parte do corpo ou o seu todo, mas também de pensare encontrar uma resposta para resolver determinada tarefa, no mais curto espaço detempo.

Tipos de velocidade

Existem vários tipos de velocidade em que uns são mais freqüentes numasmodalidades do que outras e cada um com a sua importância para um bom desempenho.Podemos então dizer que na velocidade de reação simples existe a reação a um estímulojá conhecido (tiro de partida) e que já é conhecida a resposta a dar a esse mesmoestímulo (arrancar o mais rápido possível). No caso da velocidade de reação complexaexiste a reação a um estímulo desconhecido (golpe rápido de um adversário) e édesconhecida a resposta a dar a esse mesmo estímulo (com esquiva em defesa ou comcontra ataque).

A velocidade de reação simples pode ainda subdividir-se em velocidade dereação simples acíclica, ou seja, a velocidade de realizar movimentos únicos como é ocaso do lançamento do dardo e velocidade de reação simples cíclica, o mesmo é dizer,realizar movimentos repetidos como acontece num sprint. Segundo Adelino et al.(2000) a velocidade complexa manifesta-se em associação com outras capacidades,como por exemplo:

Velocidade associada com força (força de impulsão, força de remate, força deaceleração)

Velocidade associada com a resistência (velocidade resistência) Velocidade associada à tomada de decisão e à atuação táctica (ações coletivas

(rápidas) nos jogos desportivos coletivos) Velocidade associada ao gesto técnico

Podemos também acrescentar o que nos diz Garganta (1999) que acapacidade de previsão, por exemplo, permite que um jogador, mesmo sendo ”maislento” do que outro, do ponto de vista neuromuscular, possa chegar mais depressa a umdeterminado lugar do terreno de jogo, porque previu e antecipou a resposta. (Velocidadede percepção e de antecipação)

Fatores que influenciam a velocidade

A complexidade de um movimento/deslocamento rápido seja ele cíclico ouacíclico tem sempre a presença de todas as capacidades motoras (velocidade, força,resistência, flexibilidade e coordenação) ora seja na conjugação de velocidade comforça como é o caso do lançamento do martelo, ou na corrida dos 200 metros ondepodemos encontrar a velocidade e a resistência de manter o mesmo nível até o final dopercurso.

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A flexibilidade também tem a sua importância ao facilitar a amplitude demovimentos e impedindo a sua rigidez resultando num equilíbrio entre as diferentescapacidades motoras. Mas mais importante ainda encontramos no sistema nervosocentral o papel de regular e mobilizar todos os sistemas necessários para a realização demovimentos, que através do rápido envio de impulsos nervosos provocam a contraçãodos músculos sinérgicos e relaxamento dos antagonistas, também a coordenação econcentração, fatores importantes para um bom desempenho estão dependentes de umbom funcionamento do sistema nervoso central.

Por essa razão o fator hereditário ou genético torna-se principal causa desucesso nas provas de velocidade, ou não nos encontrássemos em vários estudos sobre avelocidade a célebre frase “os sprinters nascem não se fazem”.

A importância das fibras musculares na velocidade

No músculo humano podemos identificar três tipos de fibras, lentas de tipo Ie dois tipos de fibras rápidas, tipos IIa e IIb (Correia 2007) este autor continua dizendoque as fibras de contração lenta do tipo I dependem sobretudo do metabolismooxidativo, possuindo características adaptadas a este tipo de perfil metabólico tais comoo abundante número de mitocôndrias e o número de capilares circundantes maiselevados. No outro extremo temos as fibras de contração rápida tipo IIb com ummetabolismo energético sobretudo glicolítico, quase desprovidas de mitocôndrias e comabundante quantidade de enzimas da via glicolítica. Colocadas em posição intermédiasituam-se as fibras IIa, que combinam uma contração rápida a um perfil metabólicomisto.

A grande diferença das fibras lentas, (também chamadas de fibras vermelhasdevido à maior presença de capilares), e das fibras rápidas, (também chamadas de fibrasbrancas devido a uma mais baixa percentagem de capilares), é segundo Correia (2007)na diferença manifestada na velocidade com que se encurtam, sendo que as fibrasrápidas ou brancas existem em maior predominância em atletas de velocidade levando aproduzir uma elevada potência mecânica, mas que entram rapidamente em fadigadevido à baixa presença de oxigênio. Por sua vez as fibras lentas ou vermelhas comonos diz Vieira (2000), contém uma percentagem elevada de mioglobina, o que permitegrande acumulação de oxigênio, e estão, por isso, aptas a realizar “performances” deresistência; todavia, contrai-se mais lentamente que as fibras brancas, ou fásicas, quetêm percentagem elevada de miofibrilas, aptas, pois à velocidade, mas de resistênciarelativamente fraca.

De realçar também as fibras intermédias que como nos diz Weineck (1999)existem em maior quantidade nas crianças em comparação com os adultos, sendo quecrianças precocemente treinadas em velocidade apresentam um aumento de fibrasrápidas, pois as fibras intermédias transformam-se em fibras rápidas, atingindo umpotencial para a velocidade melhor do que aquele herdado geneticamente.

Métodos para o aumento da velocidade

O treino da velocidade deve começar ainda na infância, altura em que osistema nervoso central ainda está em desenvolvimento, sendo esta fase de grandeimportância para melhorar o que a genética nos deu. Um treino para a força muscularpode aumentar 300%, para aumentar a velocidade apenas 10%, pois não se consegue

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obter tantos resultados, e de forma tão rápida e acessível como no treino da força ouresistência.

Os exercícios devem ser de curta duração mas de alta intensidade, osresultados estão dependentes da qualidade e não da quantidade. Os exercícios devem serexecutados com rapidez e não com lentidão dai os exercícios com pesos nos tornozelosou correr na areia não serem os exercícios mais adequados pois terão o efeito contrárioao pretendido.

No treino de exercícios de velocidade simples utiliza-se muito o métodocompetitivo em que os atletas se servem da própria competição para treinar utilizando aemoção e motivação gerada à volta da competição para melhorar a sua prestação. Isto sóé possível devido à curta duração das provas de velocidade, o que permite ao atletaparticipar num grande número de provas oficiais ao longo do ano.

Um dos métodos do treino da velocidade é a execução de exercícios com aredução de carga externa, no entanto é encontrado um problema, onde o peso do corpodo atleta é a carga adicional. Matvéiev (1986) fala-nos de vários métodos para procurarfacilitar a obtenção de maior velocidade nesses exercícios onde o peso do atleta é«reduzido» por meio da aplicação de forças exteriores, com o auxílio de um parceiro, dotreinador ou de dispositivos de suspensão e transporte, em que o atleta é suspenso no arpermitindo a aplicação de uma força de tração, dirigida para cima e regulada comprecisão, a fim de realizar os diversos valores de ligeiramento doseado.

A resistência do meio natural é diminuída como acontece na natação em queo atleta nada com corrente a favor ou em água do mar, a utilização das condiçõesexteriores é usada em corrida com a pista inclinada ou em descida no ciclismo. Estesmétodos também nos são relatados por Bompa (2002) em que a repetição é o métodobásico usado no treino da velocidade, podendo também ser realizados exercícios develocidade máxima sob condições de uma resistência crescente, como patinar, nadar oucorrer enquanto são segurados por uma corda de borracha. A velocidade de execução deum exercício é superior se antes dela, por um curto período, o atleta faz treino compesos (Florescu et al. 1969) citado por Bompa (2002), ou o executa contra umaresistência. Ozolin (1971) afirma que o atleta deveria direcionar pensamentos, vontadese concentrações na direção da execução de uma repetição à máxima velocidade, porquetal preocupação psicológica e mental ajuda-o a alcançar a velocidade superior e acoordenação neuromuscular. Um atleta enquanto corre em curtas distâncias deveráconcentrar-se em acelerar o movimento dos braços, o que, baseado na coordenaçãoentre eles e as pernas, resultará em movimento de pernas mais rápido.

O método da desvantagem proporciona um bom treino e com atletas devários níveis resolvendo também ao treinador o problema da individualidade em que édada uma desvantagem inicial aos atletas mais rápidos em comparação com outros, demaneira a que no final todos cheguem ao mesmo tempo, dando também assimmotivação aos atletas para realizarem o exercício na velocidade máxima. Também aredução do espaço e do tempo são utilizados para melhorar a velocidade como acontecenos exercícios cíclicos em que se reduz a distância a percorrer em comparação àcompetição, nos jogos é reduzido o espaço onde se realiza o exercício de forma aacelerar a resposta motora e psíquica como acontece nos jogos coletivos como o futebolo handebol ou mesmo nos jogos de luta. Deverá existir a atenção de em todas as idadesmas principalmente no treino dos jovens, a utilização do princípio da variabilidade, nãodevendo para isso serem sempre utilizados os mesmos métodos de treino, pois acabarãopor criar uma rotina nos movimentos, além da desmotivação, tendo como resultado odifícil desenvolvimento da velocidade.

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Weineck (1999) diz-nos que a constante repetição de um movimento nummesmo ritmo pode consolidar o mesmo, induzindo uma estagnação do desenvolvimentoda velocidade e a formação de uma barreira de velocidade. Sendo portanto de evitar queno treino de velocidade precoce se trabalhe muito com carga máxima ou estímulosmuito fortes que acabarão por criar a barreira de velocidade. Zaciorskij (1972) citadopor Weineck (1999) mostrou que o melhor atleta mundial de sprint apenas treinava umavez por semana com a carga máxima e que a parte principal da preparação de forçarápida consistia de exercícios especiais, treino com cargas adicionais, saltos múltiplos ecorridas em baixa velocidade.

Vieira (2000), também nos alerta para que o volume da carga no treino davelocidade de ser tal que não permita o aparecimento de fadiga, pois a intensidadeelevada da carga é um fator fundamental no treino de velocidade. Para que esta semantenha em níveis elevados é fundamental que o treino seja executado na ausência defadiga, já que esta é considerada como um fator inibidor, senão não estaremos atrabalhar para o objetivo que pretendemos mas sim outro, como a velocidade resistente.Sob estado de fadiga não se atinge a velocidade máxima, pois há uma inibição dosprocessos coordenativos do sistema nervoso central, exigidos para o desenvolvimentoda velocidade, que tem o seu desempenho prejudicado (Weineck 1999).

Matvéiev (1986) diz-nos que o intervalo de repouso entre series deve ser osuficiente para que se possa executar o exercício seguinte a uma velocidade idêntica àanterior e dá-nos como exemplo exercícios de velocidade até 100 metros em que se oatleta for bem treinado precisará de 5 a 8 minutos para se restabelecer. Nos intervalosentre os exercícios além do repouso passivo recomenda-se a realização de movimentosligeiros semelhantes ao exercício principal de forma a manter a afinação psicomotorapara a ação.

Já Bomba (2002), refere que os intervalos de descanso devem facilitar umarecuperação ótima, durante a qual o ácido láctico é reduzido e o débito de oxigénio érestaurado quase inteiramente. Considerando as características individuais, o intervalode descanso entre estímulos intensivos pode estar por volta de 4 a 6 minutos. Se foremusados intervalos mais longos, como 12 minutos, recomenda-se um curto aquecimentopara elevar o nível de excitabilidade do sistema nervoso central. Durante os intervalosaconselha-se um descanso ativo com corrida leve ou caminhada.

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CONCLUSÃO

Podemos concluir que velocidade esta presente em quase tudo em nossa vidaprincipalmente nos mais variados jogos ou modalidades seja ela individual ou coletiva.Sabemos que a velocidade é a capacidade física que é herdada geneticamente, por essarazão seu aperfeiçoamento comparado com outras capacidades físicas é mais difícil. Eque a redução de espaço e de tempo são excelente para melhorar a velocidade motora epsíquica.

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PLANO DE TREINAMENTO

Objetivos: Treinar a velocidade dos alunos.Materiais: 12 cones ou discos e 4 barreirasDesenvolvimento:

1. Alongamento:Membros superiores e inferiores

2. Aquecimento:Duas voltas ao redor da quadraCorrida no mesmo lugar

3. Treinar velocidade em cones I:Alunos divididos em grupos separados por sexo sendo mulheres no grupo A ehomens no grupo B.Colocados 7 cones fazendo um semi-circulo e um cone oitavo cone ao meio numadistancia de 30 passos, os alunos deverão correr ao redor dos cones fazendo aseguinte série:

1º-2º-1º-3º-1º-4º-1º-5º-1º-6º-1º-7º-1º-4º-8º

4. Treinar velocidade em Skipping:

Alunos em fila divididos os grupos A e B.Os alunos deverão correr em skipping até o ponto onde estará o cone, deverão executarisso 2 vezes cada.

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4.1 Treinar velocidade em Joggin:Alunos em fila divididos os grupos A e B.Os alunos deverão correr em jogging (corrida com os pés tocando os glúteos) até oponto onde estará o cone, deverão executar isso 2 vezes cada.

5. Tiro de corrida:Grupo A e B em filas.Em posição de corrida deverão efetuar um tiro de corrida por todo o campo de atletismo.Será cronometrado o tempo de cada um.

6. Circuito com barreiras:Em grupos, os alunos deverão executar o seguinte circuito. Em um ponto inicial osalunos deverão correr aumentando a velocidade gradativamente ate um segundo coneslogo depois deverão correr de “trote” (lentamente) até um próximo cone, que logodepois deverão executar um tiro de corrida ate o outro. Depois fazer um zig zag entrecones até o próximo ponto onde executaram um tiro de corrida ate o cone fazendo outrozigg zagg e fazendo mais um tiro de corrida saltando sobre barreiras. No final dão umtiro de corrida ate o ponto inicial.

Ordem:

1º - Ponto inicial – correr aumentando gradativamente a velocidade2º - Correr de trote3º - Iniciar o zig zag4º - Tiro de corrida5º - Segundo zig zag6 – Tiro de corrida sobre barreiras7º - Tiro de corrida até o ponto inicial.

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Referências:

EDUCAÇÃO FÍSICA DEPORTES. Pesquisa. Treino da velocidade no contextodesportivo. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd157/o-treino-da-velocidade-no-contexto-desportivo.htm>. Acesso em: 25 set. 2012.

TREINADORES HP. Pesquisa. Corrida de Velocidade – Exercícios. Disponível em:<http://treinadoreshp.blogspot.com.br/2008/08/corrida-de-velocidade-exerccios.html>.Acesso em: 25 set. 2012.

SPECIAL OLYMPICS. Pesquisa. Exercícios para corredores de velocidade.Disponível em:<http://sports.specialolympics.org/specialo.org/Special_/English/Coach/Coaching/Portuguese/Athletics/Teaching_Athletics_Event_Skills/Drills_for_Sprinters.htm>. Acessoem: 25 set. 2012.