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SERVIO PBLICO FEDERALUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARINSTITUTO TECNOLGICO - ITECFACULDADE DE ENGENHARIA ELTRICA

Disciplina: Anlise de Sistema de Energia

Procedimentos de Distribuio de Energia Eltrica no Sistema Eltrico Nacional PRODIST - Mdulo 8

ANDRE FERRAIOLI NETO - 11020009201DIORGE DE SOUZA LIMA 1013400618

BELM PAR2013 SERVIO PBLICO FEDERALUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARINSTITUTO TECNOLGICO - ITECFACULDADE DE ENGENHARIA ELTRICA

Disciplina: Anlise de Sistema de Energia

Procedimentos de Distribuio de Energia Eltrica no Sistema Eltrico Nacional PRODIST - Mdulo 8

ANDRE FERRAIOLI NETO - 11020009201DIORGE DE SOUZA LIMA 1013400618

O presente trabalho apresentado ao professor Prof. Dr. Ubiratan Holanda Bezerra como complemento de avaliao da disciplina de Anlise de Sistemas de Energia I.

BELM PAR2013Introduo

Os Procedimentos de Distribuio so documentos elaborados pela ANEEL, com a participao dos agentes de distribuio e de outras entidades e associaes do setor eltrico nacional, que normatizam e padronizam as atividades tcnicas relacionadas ao funcionamento e desempenho dos sistemas de distribuio de energia eltrica. Possuindo os seguintes objetivos, garantir que os sistemas de distribuio operem com segurana, eficincia, qualidade e confiabilidade; propiciar o acesso aos sistemas de distribuio, assegurando tratamento no discriminatrio entre agentes; disciplinar os procedimentos tcnicos para as atividades relacionadas ao planejamento da expanso, operao dos sistemas de distribuio, medio e qualidade da energia eltrica; estabelecer requisitos para os intercmbios de informaes entre os agentes setoriais; assegurar o fluxo de informaes adequadas ANEEL; disciplinar os requisitos tcnicos na interface com a Rede Bsica, complementando de forma harmnica os Procedimentos de Rede. As normas utilizadas para o comprimento dos objetivos do PRODIST esto divididas em 9 mdulos, dois quais daremos maior ateno ao 8 modulo(Qualidade de Energia Eltrica), o qual possui tais objetivos especficos: definir os procedimentos relativos qualidade da energia eltrica - QEE, abordando a qualidade do produto e do servio prestado; definir, para a qualidade do produto, os conceitos e os parmetros para o estabelecimento de valores-limite para os indicadores de QEE; e estabelecer, para a qualidade dos servios prestados, a metodologia para apurao dos indicadores de continuidade e dos tempos de atendimento, definindo limites e responsabilidades, alm da metodologia de monitoramento automtico dos indicadores de qualidade.Assim, estes procedimentos devem ser observados por praticamente todas as entidades que fazem parte do setor eltrico nacional, como: consumidores com instalaes conectadas em qualquer classe de tenso de distribuio; produtores de energia; distribuidoras; agentes importadores ou exportadores de energia eltrica; transmissoras detentoras de Demais Instalaes de Transmisso DIT; e Operador Nacional do Sistema ONS.

Desenvolvimento

Os parmetros envolvidos na qualidade de energia so eles: tenso em regime permanente, fator de potncia, harmnicos, desequilbrio de tenso, flutuao de tenso, variaes de tenso de curta durao, e variao de frequncia. Tenso em regime permanenteNo parmetro tenso em regime permanente so estabelecidos os limites adequados, precrios e crticos para os nveis de tenso em regime permanente, os indicadores individuais e coletivos de conformidade de tenso eltrica, os critrios de medio e registro, os prazos para regularizao e de compensao ao consumidor, caso as medies de tenso excedam os limites dos indicadores. Os valores de tenso obtidos por medies devem ser comparados tenso de referncia, a qual deve ser a tenso nominal ou a contratada, de acordo com o nvel de tenso do ponto de conexo.Com relao s tenses contratadas entre distribuidoras, a tenso a ser contratada nos pontos de conexo com tenso nominal de operao igual ou superior a 230 kV dever ser a tenso nominal de operao do sistema no ponto de conexo, a tenso a ser contratada nos pontos de conexo com tenso nominal de operao inferior a 230 kV dever situar-se entre 95% (noventa e cinco por cento) e 105% (cento e cinco por cento) da tenso nominal de operao do sistema no ponto de conexo. Com relao s tenses contratadas junto distribuidora, a tenso a ser contratada nos pontos de conexo pelos acessantes atendidos em tenso nominal de operao superior a 1 kV deve situar-se entre 95% (noventa e cinco por cento) e 105% (cento e cinco por cento) da tenso nominal de operao do sistema no ponto de conexo e, ainda, coincidir com a tenso nominal de um dos terminais de derivao previamente exigido ou recomendado para o transformador da unidade consumidora, no que se refere ao disposto na alnea a, poder ser contratada tenso intermediria entre os terminais de derivao padronizados, desde que em comum acordo entre as partes, a tenso a ser contratada nos pontos de conexo pelos acessantes atendidos em tenso igual ou inferior a 1 kV deve ser a tenso nominal do sistema. Para que tais referncias sejam cumpridas necessrio que as leituras devam ser obtidas por meio de equipamentos que operem segundo o princpio da amostragem digital, e estes equipamentos de medio devem atender os seguintes requisitos mnimos: taxa amostral: 16 amostras/ciclo; conversor A/D (analgico/digital) de sinal de tenso: 12 bits; e preciso: at 1% da leitura. Devendo ainda permitir a apurao das seguintes informaes: valores calculados dos indicadores individuais; tabela de medio; e histograma de tenso. A medio de tenso deve corresponder ao tipo de ligao da unidade consumidora, abrangendo medies entre todas as fases ou entre todas as fases e o neutro, quando este for disponvel. As medies devem ser efetuadas no ponto de conexo da unidade consumidora.

Figura 1. Faixas de Tenso em Relao de Referncia

Aps a obteno do conjunto de leituras vlidas, quando de medies oriundas por reclamao ou amostrais, devem ser calculados o ndice de durao relativa da transgresso para tenso precria (DRP) e o para tenso crtica (DRC) de acordo com as seguintes expresses (1) e (2):

(1)

(2)

Onde nlp e nlc representam o maior valor entre as fases do nmero de leituras situadas nas faixas precria e crtica, respectivamente. Para agentes com instalaes conectadas Rede Bsica, os indicadores DRP e DRC devero ser calculados de acordo com os critrios estabelecidos nos Procedimentos de Rede. Dos critrios de medio amostral: A distribuidora deve manter atualizadas em arquivo eletrnico as seguintes informaes relativas ao cadastro de todas as unidades consumidoras atendidas em tenso inferior a 69 kV: nmero ou cdigo de referncia da unidade consumidora, unidade federativa a qual pertence a unidade consumidora, cdigo do conjunto ao qual pertence a unidade consumidora, classe da unidade consumidora, conforme estabelecido em resoluo especfica. A relao das unidades consumidoras da amostra definida ser enviada em quantitativos trimestrais s distribuidoras, com antecedncia mnima de 60 (sessenta) dias em relao data de incio das medies, acrescida de uma margem de segurana para contornar eventuais problemas de cadastro ou de impossibilidade de medio. As distribuidoras devem efetuar, para cada uma das unidades consumidoras pertencentes a cada amostra, dentro do trimestre correspondente, medio dos valores eficazes da tenso com perodo de observao mnimo de 168 horas consecutivas totalizando 1008 leituras vlidas. A partir destas medies devem ser calculados os ndices coletivos. Fica a critrio da distribuidora definir, com base no quantitativo trimestral, o nmero de unidades consumidoras a serem medidas em um determinado ms.

Fator de Potncia

O Fator de Potncia outro parmetro utilizado como parmetro na qualidade da energia Eltrica, o qual apresenta a seguinte metodologia de medio, os registros dos valores reativos devero ser feitos por instrumentos de medio adequados, preferencialmente eletrnicos, empregando o princpio da amostragem digital e aprovados pelo rgo responsvel pela conformidade metrolgica. O valor do fator de potncia dever ser calculado a partir dos valores registrados das potncias ativa e reativa (P, Q) ou das respectivas energias (EA, ER), utilizando-se as seguintes frmulas:

(3)

(4)O controle do fator de potncia dever ser efetuado por medio permanente e obrigatria no caso de unidades consumidoras atendidas pelo SDMT e SDAT e nas conexes entre distribuidoras, ou por medio individual permanente e facultativa nos casos de unidades consumidoras do Grupo B com instalaes conectadas pelo SDBT, observando do disposto em regulamentao. O resultado das medies dever ser mantido, por perodo mnimo de 5 (cinco) anos, em arquivo na distribuidora. Os valores de referncias para unidade consumidora ou conexo entre distribuidoras com tenso inferior a 230 kV, o fator de potncia no ponto de conexo deve estar compreendido entre 0,92 (noventa e dois centsimos) e 1,00 (um) indutivo ou 1,00 (um) e 0,92 (noventa e dois centsimos) capacitivo, de acordo com regulamentao vigente. Para unidade consumidora com tenso igual ou superior a 230 kV os padres devero seguir o determinado no Procedimento de Rede. Para unidade produtora de energia, o fator de potncia deve estar compreendido entre os valores estabelecidos nos Procedimentos de Rede. Definio de excedentes reativos: O excedente reativo deve ser calculado com o auxlio de equaes definidas em regulamento especifico da ANEEL.

Harmnicos

Quanto a existncia de harmnicos, as distores harmnicas so fenmenos associados com deformaes nas formas de onda das tenses e correntes em relao onda senoidal da frequncia fundamental. A seguir so estabelecidas a terminologia, a metodologia de medio, a instrumentao e os valores de referncia para as distores harmnicas.A tabela a seguir sintetiza a terminologia aplicvel s formulaes do clculo de valores de referncia para as distores harmnicas.

Figura 2. Valores de referncia globais das distores harmnicas totais (em porcentagem da tenso fundamental)As expresses para o clculo das grandezas DITh% e DTT % so:

(5)

(6)Para os sistemas eltricos trifsicos, as medies de distoro harmnica devem ser feitas atravs das tenses fase-neutro para sistemas estrela aterrada e fase-fase para as demais configuraes. Os valores de referncia para as distores harmnicas totais esto indicados na Tabela 3 a seguir. Estes valores servem para referncia do planejamento eltrico em termos de QEE e que, regulatoriamente, sero estabelecidos em resoluo especfica, aps perodo experimental de coleta de dados.

Desequilbrio de tenso

O desequilbrio de tenso o fenmeno associado a alteraes dos padres trifsicos do sistema de distribuio. A seguir so estabelecidas a terminologia, a metodologia de medio, a instrumentao e os valores de referncia para o desequilbrio de tenso. A Tabela 5 a seguir apresenta a terminologia aplicvel s formulaes de clculo do desequilbrio de tenso. Figura 3

A expresso para o clculo do desequilbrio de tenso :

(7)Os sinais a serem monitorados devem utilizar sistemas de medio cujas informaes coletadas possam ser processadas por meio de recurso computacional para medio das tenses trifsicas. A capacidade de armazenamento dos sistemas de medio devem atender os requisitos de banco de dados do protocolo de medio a ser definido pela ANEEL. De forma a eliminar possveis efeitos das componentes de seqncia zero, as medies devem ser realizadas para as tenses fase-fase. Os instrumentos de medio devem observar o atendimento aos protocolos de medio e s normas tcnicas vigentes. O valor de referncia nos barramentos do sistema de distribuio, com exceo da BT, deve ser igual ou inferior a 2%. Esse valor serve para referncia do planejamento eltrico em termos de QEE e que, regulatoriamente, ser estabelecido em resoluo especfica, aps perodo experimental de coleta de dados.

Flutuao de tenso

A flutuao de tenso uma variao aleatria, repetitiva ou espordica do valor eficaz da tenso. A determinao da qualidade da tenso de um barramento do sistema de distribuio quanto flutuao de tenso tem por objetivo avaliar o incmodo provocado pelo efeito da cintilao luminosa no consumidor, que tenha em sua unidade consumidora pontos de iluminao alimentados em baixa tenso. A seguir so estabelecidas a terminologia, a metodologia de medio, a instrumentao e os valores de referncia para a flutuao de tenso. A tabela a seguir sintetiza a terminologia aplicvel s formulaes de clculo da sensao de cintilao:

Figura 4. Distribuio Acumulada Complementar da Sensao de Cintilao

As expresses para o clculo Pst e Plt so:

(7)

(8)Onde: Pi (i = 0,1; 1; 3; 10; 50) corresponde ao nvel de sensao de cintilao que foi ultrapassado durantei % do tempo, obtido a partir da funo de distribuio acumulada complementar, de acordo com o procedimento estabelecido nas Normas IEC (International Electrotechnical Commission): IEC 61000-4-15. Flickermeter Functional and Design Specifications. Para a obteno dos nveis de severidade de cintilao, associados flutuao de tenso, definidos pelos indicadores Pst e Plt, utilizam-se os procedimentos estabelecidos nos documentos da IEC. Estes valores so derivados da medio e processamento das tenses dos barramentos, traduzidas em nveis de sensao de cintilao luminosa, com posterior classificao em faixas de probabilidade de ocorrncia. De acordo com as orientaes das normas, o indicador Pst representa a severidade dos nveis de cintilao luminosa associados flutuao de tenso verificada num perodo contnuo de 10 (dez) minutos. De modo semelhante, a grandeza Plt expressa a severidade dos nveis de cintilao luminosa associados flutuao de tenso verificada num perodo contnuo de 2 (duas) horas, atravs da composio de 12 valores consecutivos de Pst. Ao longo de 24 horas de medio deve ser obtido um conjunto de valores de Pst que, devidamente tratado, conduzir ao PstD95%. Ao final de uma semana de medio considera-se como indicador final o maior valor dentre os sete valores encontrados. De modo anlogo, obtm-se ao longo de uma semana de registro um conjunto de valores representativos de Plt, o qual, tratado estatisticamente, deve ser conduzido ao valor de PltS 95%. Os instrumentos de medio devem observar o atendimento aos protocolos de medio e s normas tcnicas vigentes. O processo de medio deve ser realizado com o medidor ajustado para o nvel de tenso correspondente, em baixa tenso. A Tabela 7 a seguir fornece os valores de referncia a serem utilizados para a avaliao do desempenho do sistema de distribuio quanto s flutuaes de tenso. Observa-se a delimitao de trs faixas para classificao dos indicadores estabelecidos: valor adequado, valor precrio e valor crtico. Esses valores servem para referncia do planejamento eltrico em termos de QEE e que, regulatoriamente, sero estabelecidos em resoluo especfica, aps perodo experimental de coleta de dados.O FT deve ser calculado pela relao entre o valor do PltS95% do barramento do sistema de distribuio e o valor do PltS95% do barramento da tenso secundria de baixa tenso de distribuio eletricamente mais prximo. Para os casos em que os FT entre os barramentos envolvidos no sejam conhecidos atravs de medio, a Tabela 8 a seguir fornece valores tpicos a serem aplicados para a avaliao da flutuao de tenso nos barramentos do sistema de distribuio.

Variaes de tenso de curta duraoSo desvios significativos no valor eficaz da tenso em curtos intervalos de tempo, e so classificadas de acordo com a tabela a seguir:

Figura 5. Classificao das Variaes de Tenso de Curta DuraoAlm dos parmetros durao e amplitude j definidos, a severidade da VTCD, medida entre fase e neutro, de determinado barramento do sistema de distribuio tambm caracterizada pela frequncia de ocorrncia. Esta corresponde quantidade de vezes que cada combinao dos parmetros durao e amplitude ocorrem em determinado perodo de tempo ao longo do qual o barramento tenha sido monitorado. O indicador a ser utilizado para conhecimento do desempenho de um determinado barramento do sistema de distribuio com relao s VTCD corresponde ao nmero de eventos agrupados por faixas de amplitude e de durao, discretizados conforme critrio estabelecido a partir de levantamento de medies. Num determinado ponto de monitorao, uma VTCD caracterizada a partir da agregao dos parmetros amplitude e durao de cada evento fase-neutro. Assim sendo, eventos fase-neutro simultneos so primeiramente agregados compondo um mesmo evento no ponto de monitorao (agregao de fases). Os eventos consecutivos, em um perodo de trs minutos, no mesmo ponto, so agregados compondo um nico evento (agregao temporal). O afundamento ou a elevao de tenso que representa o intervalo de trs minutos o de menor ou de maior amplitude da tenso, respectivamente. A agregao de fases deve ser feita pelo critrio de unio das fases, ou seja, a durao do evento definida como o intervalo de tempo decorrido entre o instante em que o primeiro dos eventos fase-neutro transpe determinado limite e o instante em que o ltimo dos eventos fase-neutro retorna para determinado limite. As seguintes formas alternativas de agregao de fases podem ser utilizadas: a) agregao por parmetros crticos - a durao do evento definida como a mxima durao entre os trs eventos fase-neutro e o valor de magnitude que mais se distanciou da tenso de referncia; b) agregao pela fase crtica - a durao do evento definida como a durao do evento fase-neutro de amplitude crtica, ou seja, amplitude mnima para afundamento e mxima para elevao.Afundamentos e elevaes de tenso devem ser tratados separadamente. Os instrumentos de medio devem observar o atendimento aos protocolos de medio e s normas tcnicas vigentes. No so atribudos padres de desempenho a estes fenmenos. As distribuidoras devem acompanhar e disponibilizar, em bases anuais, o desempenho das barras de distribuio monitoradas. Tais informaes podero servir como referncia de desempenho das barras de unidades consumidoras atendidas pelo SDAT e SDMT com cargas sensveis a variaes de tenso de curta durao.

Variao de Frequncia O sistema de distribuio e as instalaes de gerao conectadas ao mesmo devem, em condies normais de operao e em regime permanente, operar dentro dos limites de frequncia situados entre 59,9 Hz e 60,1 Hz. As instalaes de gerao conectadas ao sistema de distribuio devem garantir que a frequncia retorne para a faixa de 59,5 Hz a 60,5 Hz, no prazo de 30 (trinta) segundos aps sair desta faixa, quando de distrbios no sistema de distribuio, para permitir a recuperao do equilbrio carga-gerao. Havendo necessidade de corte de gerao ou de carga para permitir a recuperao do equilbrio carga-gerao, durante os distrbios no sistema de distribuio, a frequncia: a) no pode exceder 66 Hz ou ser inferior a 56,5 Hz em condies extremas; b) pode permanecer acima de 62 Hz por no mximo 30 (trinta) segundos e acima de 63,5 Hz por no mximo 10 (dez) segundos; c) pode permanecer abaixo de 58,5 Hz por no mximo 10 (dez) segundos e abaixo de 57,5 Hz por no mximo 05 (cinco) segundos.

Qualidade do ServioPara monitorar a qualidade dos servios prestados necessrio que sejam criados conjuntos de unidades consumidoras definido por Subestao de Distribuio SED. A abrangncia do conjunto deve ser as redes MT jusante da SED e de propriedade da distribuidora. SED que possuam nmero de unidades consumidoras igual ou inferior a 1.000 devem ser agregadas a outras, formando um nico conjunto. SED com nmero de unidades consumidoras superior a 1.000 e igual ou inferior a 10.000 podem ser agregadas a outras, formando um nico conjunto. A agregao de SED deve obedecer ao critrio de contiguidade das reas. vedada a agregao de duas ou mais SED cujos nmeros de unidades consumidoras sejam superiores a 10.000.Mediante aprovao da ANEEL, podero formar diferentes conjuntos SED que atendam a reas no contguas, ou que atendam a subestaes MT/MT cujas caractersticas de atendimento sejam muito distintas da subestao supridora, desde que nenhum dos conjuntos resultantes possua nmero de unidades consumidoras igual ou inferior a 1.000. Na segunda hiptese, a fronteira dos conjuntos dever corresponder entrada da subestao MT/MT. Podero ser divididas, mediante aprovao da ANEEL, SED com redes subterrneas e areas, devendo os conjuntos resultantes possuir nmero de unidades consumidoras superior a 1.000. Para as redes MT das distribuidoras que no possuam subestao com primrio em AT, o conjunto deve ser composto pelas redes em MT de sua propriedade at o ponto de conexo com o agente supridor. Todas as unidades consumidoras atendidas em BT e MT devero estar classificadas no mesmo conjunto de unidades consumidoras da subestao que as atendam, quando da aprovao de conjuntos por meio de resoluo especfica. As unidades consumidoras ligadas aps a aprovao dos conjuntos de unidades consumidoras devero ser classificadas de acordo com a rea geogrfica de abrangncia dos conjuntos vigentes. A ANEEL, a qualquer momento, poder solicitar distribuidora a reviso da configurao dos conjuntos de unidades consumidoras. Havendo alterao permanente na configurao do sistema que acarrete mudana nos conjuntos, a distribuidora dever propor reviso da configurao dos conjuntos de unidades consumidoras, quando do estabelecimento dos limites anuais dos indicadores de continuidade disposto no item 5.10 desta seo. Casos particulares em que a aplicao da regra definida no item 2.1 crie conjuntos desuniformes sero avaliados pela ANEEL. Os conjuntos sero caracterizados pelos seguintes atributos: rea em quilmetros quadrados (km2); extenso da rede MT, segregada em urbana e rural, em quilmetros (km); energia consumida nos ltimos 12 meses, segregada pelas classes residencial, industrial, comercial, rural e outras classes, em megawatt-hora (MWh); nmero de unidades consumidoras atendidas, segregadas pelas classes residencial, industrial, comercial, rural e outras classes; potncia instalada em kilovolt-ampre (kVA); padro construtivo da rede (area ou subterrnea); localizao (sistema isolado ou interligado). A rea do conjunto corresponde rea que abrange os transformadores de distribuio prprios e os particulares constantes do plano de incorporao da distribuidora, assim como a subestao supridora das redes MT, devendo a soma de todas as reas dos conjuntos corresponder rea de concesso ou permisso da distribuidora. Nos casos de interseo entre conjuntos, deve-se proporcionalizar esta rea de acordo com a extenso da rede MT de cada conjunto na rea de interseo.A distribuidora dever dispor de sistemas ou mecanismos de atendimentos emergenciais, acessveis aos consumidores, para que estes apresentem suas reclamaes quanto a problemas relacionados ao servio de distribuio de energia eltrica, sem prejuzo do emprego de outras formas de sensoriamento automtico da rede. As caractersticas do atendimento telefnico que a distribuidora dever dispor esto estabelecidas em resoluo especfica. O atendimento s ocorrncias emergenciais dever ser supervisionado, avaliado e controlado por meio de indicadores que expressem os valores vinculados a conjuntos de unidades consumidoras. Ser avaliado o tempo mdio de preparao, indicador que mede a eficincia dos meios de comunicao, dimensionamento das equipes e dos fluxos de informao dos Centros de Operao. Ser avaliado o tempo mdio de deslocamento, indicador que mede a eficcia da localizao geogrfica das equipes de manuteno e operao. Ser avaliado o tempo mdio de execuo, indicador que mede a eficcia do restabelecimento do sistema de distribuio pelas equipes de manuteno e operao. A distribuidora dever apurar os seguintes indicadores: Tempo Mdio de Preparao (TMP), utilizando a seguinte frmula:

(9)Tempo Mdio de Deslocamento (TMD), utilizando a seguinte frmula: (10)Tempo Mdio de Execuo (TME), utilizando a seguinte frmula: (11)Tempo Mdio de Atendimento a Emergncias (TMAE), utilizando a seguinte frmula: (12)Onde: TMP = tempo mdio de preparao da equipe de atendimento de emergncia, expresso em minutos;TP = tempo de preparao da equipe de atendimento de emergncia para cada ocorrncia emergencial, expresso em minutos; n = nmero de ocorrncias emergenciais verificadas no conjunto de unidades consumidoras, no perodo de apurao considerado; TMD = tempo mdio de deslocamento da equipe de atendimento de emergncia, expresso em minutos; TD = tempo de deslocamento da equipe de atendimento de emergncia para cada ocorrncia emergencial, expresso em minutos; TME = tempo mdio de execuo do servio at seu restabelecimento pela equipe atendimento de emergncia, expresso em minutos; TE = tempo de execuo do servio at seu restabelecimento pela equipe de atendimento de emergncia para cada ocorrncia emergencial, expresso em minutos; TMAE = tempo mdio de atendimento a ocorrncias emergenciais, representando o tempo mdio para atendimento de emergncia, expresso em minutos; Por meio do controle das interrupes, do clculo e da divulgao dos indicadores de continuidade de servio, as distribuidoras, os consumidores e a ANEEL podem avaliar a qualidade do servio prestado e o desempenho do sistema eltrico. Nesta seo so estabelecidos os indicadores de continuidade do servio de distribuio de energia eltrica quanto durao e frequncia de interrupo. Os indicadores devero ser calculados para perodos de apurao mensais, trimestrais e anuais, com exceo do indicador DICRI, que dever ser apurado por interrupo ocorrida em dia crtico. Devero ser apurados para todas as unidades consumidoras, os indicadores de continuidade a seguir discriminados: Durao de Interrupo Individual por Unidade Consumidora ou por Ponto de Conexo (DIC), utilizando a seguinte frmula: (13)Frequncia de Interrupo individual por Unidade Consumidora ou por Ponto de Conexo (FIC), utilizando a seguinte frmula:

(14)onde: DIC = durao de interrupo individual por unidade consumidora ou por ponto de conexo, expressa em horas e centsimos de hora;

FIC = frequncia de interrupo individual por unidade consumidora ou ponto de conexo, expressa em nmero de interrupes;

n = nmero de interrupes da unidade consumidora considerada, no perodo de apurao; t(i) = tempo de durao da interrupo (i) da unidade consumidora considerada ou ponto de conexo, no perodo de apurao; Indicadores de continuidade de conjunto de unidades consumidoras, devero ser apurados para cada conjunto de unidades consumidoras os indicadores de continuidade a seguir discriminados: Durao Equivalente de Interrupo por Unidade Consumidora (DEC), utilizando a seguinte frmula: (15)Frequncia Equivalente de Interrupo por Unidade Consumidora (FEC), utilizando a seguinte frmula:

(16)onde: DEC = durao equivalente de interrupo por unidade consumidora, expressa em horas e centsimos de hora; FEC = frequncia equivalente de interrupo por unidade consumidora, expressa em nmero de interrupes e centsimos do nmero de interrupes; i = ndice de unidades consumidoras atendidas em BT ou MT faturadas do conjunto; Cc = nmero total de unidades consumidoras faturadas do conjunto no perodo de apurao, atendidas em BT ou MT.Os indicadores de continuidade de conjunto de unidades consumidoras e individuais devero ser apurados considerando as interrupes de longa durao.

Concluso

O trabalho realizado em relao ao Prodist nos possibilitou obter um enorme conhecimento a respeito das normas de distribuio de energia eltrica, bem como os parmetros os quais so utilizados para que se possa manter a qualidade da energia eltrica, bem como a qualidade dos servios prestados pelas concessionarias aos seus clientes. A criao deste manual de vital importncia, visto que sem ele no teramos um padro para seguirmos na distribuio da energia, ocasionando assim uma total desordem no sistema.

Referncias

[1] Curso Avaliao da Qualidade da Energia Eltrica. Disponvel em: http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor/pdffiles/qualidade/a2.pdf. Acesso em 20.11.2013.[2]Anlise de Variaes de Tenso de Curta Durao em uma Planta Industrial. Disponvel em: http://www.gesep.ufv.br/docs/monografias/monografia%20Victor%20Dardengol.pdf. Acesso em 20.11.2013.[3]Procedimentos de Distribuio de Energia Eltrica no Sistema Eltrico Nacional PRODIST. Disponvel em: http://www.aneel.gov.br/area.cfm?idArea=82. Acesso em 20.11.2013.