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7/18/2019 Trabalho - Polímeros
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1. Introdução
A palavra polímero origina-se do grego poli (muitos) e mero (unidade de
repetição). Assim, polímeros são macromoléculas (grandes cadeias
moleculares), compostas por muitas unidades repetitivas, ligadas entre si por
ligações covalentes. A matéria básica do polímero são as moléculas simples
que dão origem as unidade de repetição (meros) denominadas monômeros. A
classificação dos polímeros é dependente de vários fatores como: sua estrutura
química (tipo do monômero), o número de meros por cadeia e o tipo de ligação
e interação entre os monômeros e entre as cadeias. Com tantas variantes os
materiais poliméricos podem ser divididos em três grupos: Plásticos, Borrachas
e Fibras.
A grande diferença entre os grupos aqui citados está em suas
propriedades físicas que são totalmente dependentes do tamanho da molécula,
consequentemente de sua massa molar, moléculas com longas cadeias
tendem a altas massas, já moléculas de pequenas cadeias tendem a baixas
massas. A indústria e o comércio usam vantajosamente esta grande variedade
de propriedades para atender as necessidades de aplicação e de
processamento em diferentes ramos.
Para a síntese de polímeros, é necessário que pequenas moléculas
(monômeros) se liguem entre si para formar a cadeia polimérica, esta cadeia é
formada por átomos ligados entre si por ligações covalentes. Cada cadeia é
formada por N unidades repetitivas e tem no mínimo dois grupos terminais,
assim, cada monômero deve ser capaz de se combinar com outros dois
monômeros, no mínimo, para ocorrer a reação de polimerização. O número de
pontos reativos por molécula é chamado de funcionalidade, desta forma, cada
monômero deve ser pelo menos bifuncional .
2. Forças Moleculares em Polímeros
O conhecimento das forças moleculares que atuam nos polímeros são
de fundamental importância para compreendermos as características
particulares de cada polímero e suas aplicações comerciais. Além das ligaçõescovalentes primárias fortes, chamadas ligações intramoleculares ( monômeros
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formando os meros), temos ainda as forças secundárias fracas, ditas forças
intermoleculares, que ocorre entre distintas cadeias poliméricas, ou segmentos
de uma mesma cadeia se atraem.
As ligações primárias podem ser do tipo: Iônica ou Eletrovalente,
Coordenada, Metálica e Covalente (principal).
As ligações secundárias podem ser do tipo: Forças de van der Waals e
Ligações de Hidrogênio.
3. Classificação dos polímeros
Os polímeros podem ser classificados segundo diferentes características, de
acordo com: sua natureza, estrutura molecular, conformação, ordenamento das
unidades de repetição, arranjo dos átomos, estrutura química, propriedades
mecânicas e seu método de preparação.
Segundo sua natureza: os polímeros podem ser classificados
basicamente em naturais e sintéticos.
Segundo a Forma Molecular Fixada por Ligações Químicas: as
três formas estruturais principais pelas quais os polímeros podem
ser obtidos são: linear, ramificada e reticulada.
Tabela 1 - Classificação de polímeros quanto a forma molecular fixada pelas ligações químicas
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Segundo a Rotação dos Átomos da Cadeia em Torno das
Ligações (Conformação): A conformação descreve arranjos
geométricos espaciais que a cadeia polimérica pode adquirir, que
podem ser mudados através de simples rotações C-C.
Segundo o encadeamento das unidades de repetição
(Configurações): Cabeça: Nome dado à parte da unidade de
repetição que comporta o substituinte (R). Cauda: Parte da
unidade de repetição que não possui o grupo substituinte.
Tabela 2 - Estruturas para os diferentes tipos de encadeamento
Segundo o arranjo dos átomos (Configurações): A configuração
de uma cadeia polimérica está relacionada com arranjos
moleculares espaciais fixados por ligações químicas
intramoleculares (primárias fortes).
Segundo a estrutura química: d entro desta classificação, analisa-
se o polímero através da estrutura química de seu “mero”, ou
seja, de sua unidade de repetição. Em princípio são possíveis
duas subdivisões:
(i) Polímeros de Cadeia Carbônica (apresentam somente
átomos de carbono na cadeia principal.)
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Figura 1 – Polímeros de Cadeia Carbônica
(ii) Polímeros de Cadeia Heterogênea: Nesta classe de
polímeros a cadeia principal possui, além de carbono,
heteroátomo(s)
Figura 2 - Polímeros de Cadeia Heterogênea
Segundo o método de preparação: Este tipo de classificação dos
polímeros foi sugerido por Carothers em 1929. Divide os
polímeros em duas grandes classes.
Segundo o comportamento mecânico:
Plásticos
– Material polimérico de alta massa molar, sólido como produto acabado, que
pode ser subdividido em:
Termoplásticos - plásticos com a capacidade de amolecer e fluir quando
sujeitos a um aumento de temperatura e pressão. Quando estes são retirados,o polímero solidifica-se em um produto com formas definidas. Novas aplicações
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de temperatura e pressão produzem o mesmo efeito de amolecimento e fluxo.
Esta alteração é uma transformação física, reversível. Quando o polímero é
semicristalino, o amolecimento se dá com a fusão da fase cristalina. São
fusíveis, solúveis, recicláveis.
Termofixo (ou termorrígido ou termoendurecido) - plástico que amolece
uma vez com o aquecimento, sofre o processo de cura no qual se tem uma
transformação química irreversível, com a formação de ligações cruzadas,
tornando-se rígido. Posteriores aquecimentos não mais alteram seu estado
físico, ou seja, não amolece mais, tornando-se infusível e insolúvel.
– Pouca elasticidade -> deformação predominantemente plástica
– As propriedades mecânicas variam conforme o plástico: Sob temperatura
ambiente, podem ser maleáveis, rígidos ou mesmo frágeis.
Borrachas ou Elastômeros
– Polímero que, à temperatura ambiente, pode ser deformado repetidamente a
pelo menos duas vezes o seu comprimento original. Retirado o esforço, deve
voltar rapidamente ao tamanho original.
– Grande elasticidade -> deformação predominantemente elástica
– Após sofrerem deformação sob a ação de uma força retornam à forma
original, quando a força é removida. Possuem estrutura
entrecruzada (1 em cada c.a. 100 moléculas). Ex. borrachas naturais e
sintéticas.
– Reciclagem complicada pela incapacidade de fusão, de forma análoga aos
termorrígidos.
Fibras
– Termoplástico orientado com a direção principal das cadeias poliméricas
posicionadas paralelas ao sentido longitudinal (eixo maior). Deve satisfazer a
condição geométrica de o comprimento ser, no mínimo, cem vezes maior que o
diâmetro (L/D > 100)
– Pequena deformação e alta resistência
4. Síntese e Processamento
Conjunto de reações químicas que provocam a união de pequenas
moléculas por ligação covalente com a formação de um polímero. Os
processos de polimerização podem ser classificados de acordo com:
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a) Número de monômeros: durante a polimerização, um ou mais
monômeros podem ser polimerizados ao mesmo tempo, produzindo a
homopolimerização (quando apenas um monômero é envolvido),
copolimerização (dois) e terpolimerização (três diferentes).
b) Tipo de reação química: dependendo do tipo de reação química
usada para a produção da nova ligação, podemos ter: adição etênica (para a
produção do polietileno), esterificação (poliéster), amidação (poliamida),
acetilação (acetato de celulose) e outras.
c) Cinética de polimerização: conforme o tipo de cinética envolvida
durante as reações de polimerização, podemos ter: polimerização em etapas
(ou policondensação), polimerização em cadeia (ou poliadição) e polimerização
com abertura de anel.
d) Tipo de arranjo físico: dependendo dos materiais utilizados durante a
polimerização, além do monômero, o processo pode ser homogêneo (em
massa e em solução) ou heterogêneo (suspensão e emulsão).
4.1 Principais processos de síntese
Polímeros de Adição
Em geral, têm a cadeia regularmente constituída por apenas átomos de
carbono, ligados covalentemente, como por exemplo, no polietileno,
poliestireno e poli(metacrilato de metila). No entanto, há exceções, quando o
monômero é um aldeído ou uma lactama (amida cíclica), a poliadição ocorre,
respectivamente, pela carbonila e pela abertura do anel, resultando em
heteroátomos na cadeia principal , como no polioximetileno e policaprolactama.
Polímeros de Condensação
São aqueles polímeros formados a partir de monômeros polifuncionais,
originários da reação de dois grupos funcionais reativos com a eliminação de
Figura 3 - Exemplo de reação de adição
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uma molécula de baixo peso molecular (H2O, NH3, HCl, etc). São polímeros
que em geral, apresentam em sua cadeia principal não somente átomos de
carbono, mas também, átomos de outros elementos como N, O, S, P, etc;
como por exemplo, o poli(tereftalato de etileno). No entanto, há casos em que
as características de ambos os tipos de reação estão associadas, como na
formação das poliuretanas.
5. Referências
CANEVAROLO Jr, S. V. Ciência dos Polímeros, Editora Artliber, SãoPaulo,
2002.
Figura 4 - Exemplo reação de condensação