O ceticismo filosfico uma das principais tendncias da epistemologia. De um modo geral, o ceticismo a proposta de avaliar com cuidado as nossas prticas de justificao epistmica, metafsica, moral, poltica, entre outras. O ceticismo no um adversrio destas reas, ao contrrio ela uma escola filosfica interessado nos limites da reflexo racional. (citao do projeto do Bruno sobre Ceticismo)______________1. O ceticismo de Pirro: pode ter influncias dos gminosofistas que ensinavam a indiferena (suspenso de juzo diante da impossibilidade de chegar a uma concluso acerca da realidade) em relao s aparncias (mundo mltiplo que no a verdade que una, a aparncia por ser mltipla leva a uma divergncia de opinies e assim no podemos julgar)do mundo sensvel. Isso leva a um mutismo (no afirmao de nada) e tranquilidade da alma (sem preocupao com nada)2. O ceticismo de Enesidemo: no afirmava nada acerca da verdade e que suspendia o juzo sobre todas as teses dogmticas3. O Ceticismo de Mendoto: abandonando um ceticismo mais radical que visava apenas a destruio dos dogmticos e se direcionado para um ceticismo mais positivo, que destri os dogmticos, mas que tambm vive e contribui efetivamente na sociedade (no seu caso, atravs da arte mdica).4. O ceticismo de Sexto Emprico: dois nveis: a)geral: indica um ctico que continuamente admite a possibilidade de novas evidncias aparecerem. Nunca nada est completamente resolvido e b) especfica: apresenta um ctico que faz a skpis (busca, investigao), que pode ser feita de trs tipos: a dogmtica (acha que j encontrou o fim); negativa: acredita que no possivel chegar a um fim, feita pelos acadmicos; pirronico: no afirma nem sim, nem no, mas busca a investigar. Assim o ctico no afirma nada sobre a realidade das coisas, o ctico pirronico, apenas narra como o mundo lhe aparece (parece fenomenologia) Para ele :Scepticism is an ability to set out oppositions among things which appear and are thought of in any way at all, an ability by which because of equipollence in the opposed objects and accounts, we come first to suspension of judgment and afterwards to tranquility. Assim ceticismo no uma escola, mas uma habilidade (aprendida com o tempo e observao) de por argumentos; o ceticismo tenta resolver a diaphonia (diversidade d opinies sobre as coisas), limitados pela equipoolencia (13) coloca dois argumentos frente-a frente em seus objetos tericos e no qualquer aparncia divergente e que cheg a suspenso de juzo, que significa no ir alm, estado tmeporrio de ateno, onde no se afirma nem sim, nem no, um estado de espera at que outra evidncia aparea para ser testada.. ceticismo aparece para resolver a perturbao que a multiplicidade de teorias traz, mas essa perturbao pode variar. o ctico tem como objeto da dvida tudo aquilo que se apresenta de modo dogmtico ou problemtico. a que se refere a suspenso do juzo e qual o objeto de estudo dos cticos, a saber: os objetos tericos que se afirmam como verdade. o objetivo do ceticismo no a suspenso do juzo, mas encontrar, a partir da eliminao da multiplicidade das aparncias, a tranquilidade da alma. cinco caractersticas mais gerais do pirrnico, a saber, (1) a habilidade de opor argumentos, (2) o reconhecimento da multiplicidade de opinies, (3) a equipolncia, (4) a suspenso do juzo e (5) a tranquilidade, podemos ento perceber a forma geral do ctico de Sexto / habilidade antidogmtica(?0/ avaliao usam modos que enfatizam as diferenas entre animais, entre os homens, entre os sentidos, entre circusntancias do homem, modo como julgamos os objetos: Enesidemo: modo da quantidade e composio dos objetos, variaes na tica (ao humana), cultura., depende da distncia, posio aoobjeto, mistura dos objetos que n s vistos puramente; a ocorrencia que vemos (sol) e a relatividade relatividade: uma vez que tudo relativo a alguma coisa, devemos suspender o juzo sobre a natureza real dos objetos. -> todos os modos tratam de formas diferentes e locais da relatividade. No uma questo de suspender o juzo sobre tudo mas, sim, de demonstrar que possvel estabelecer relatividade em todas as aparncias e opinies proferidas como verdade. Ele revela uma limitao oriunda da diversidade humana: tudo, para ns, pode ser colocado de modo relativo. Ceticismo uma habilidade contra as teorias dogmticas que utiliza modos para faz-lo. -> modos de agripa: 1) desacordo ou disputa (diaphonia), multiplicidade de opinies e aparncias, modo de reconhecimento disso, no opinies, mas diferenas de argumentos (contrarios); 2) regresso ad infinitum: explica um atese que vai ser refutada com outra tese e assim por diante, de modo que toda teoria pode ser posta num modo de regresso infinito, o 3) modo da relatividade e 4) modo da hiptese: a escolha de uma hipotese abre espao para a escoha de um aoutra hiotese 5) reciprocidade. Embora as nossas crenas no serem lineares, como elas no so justificadas, podem fraquejam quando colcoadas sob o modo de agripa.. Ao finalizar esta exposio dos modos, queremos deixar claro o fato de que a partir deles que os cticos podem estabelecer a equipolncia e a suspenso do juzo5. Processo do ceticismo pirronico: multiplicidade das opinioes e aparncias -> perturbao -> investigao -> estabelecer relatos opostos em relao ao objeto de pesquisa -> relatos colcoados em equipolencia ->investigao por meio dos modos ->suspenso de juzo -> tranquilidade da alma. Essa um asuspenso de juzo e no da ao, ele no coloca a sua ao a partir de teses que no pode ser confirmada.Assim ele agir pelas aparncias (ou fenomenos) que se do no nvel da sensaes (se v como parte da natureza e o que aparece aos sentidos no submetido duvida) e no nvel social (cetico se ve como ser social, h interaes que leva o ctico a agir de uma determinada forma). No d para evitar as crenas, mas no as crenas no sentido de dogma, mas no sentido natural.6. Critrios de ao do ceticismo: sexto diz que sobre o cirtrio espistmico o ctico no pode assentir, mas sobre o cirtrio de ao, no intelectual, sim, se seguir os criterios de aparncia: 1) orientao da natureza(cetico guiado pela sua natureza e pela natureza externa) snedo guia para pensarmos e percebermos pois o fazemos isso naturalmente 2)necessidade das sensaes que nos induzem a aes (calor e frio, fome, dores) tendencia naturalista; 3) aceitao da lei e dos costumes (agir de acordo com padres sociais), pode ser um bom politico, pis cuidadoso 4) agir de acordo com as competencias e habilidades que so ensinadas, assim ele segue dogmaticamente os ensinamentos tcnicos que aprende, sendo igual aos outros. bom para ser programador, pois tira o suprfuo e fica com essencial;7. Conhecimento de regularidades e no uma teoria universal sobre tudo (influencia da medicina) assim como o mdico, o cetico, observa e age, no agir da mesma maneira em todos os casos, mas deve agir. uma ao a partir das regularidades. ctico, ao contrrio do homem comum, percebe que sua ao no nem correta nem incorreta, ela apenas se d em conformidade ao praticado pela sociedade de um determinado lugar.8. para o ctico, a aparncia aquilo que nos compele a agir, mas no tem em si uma marca da verdade ou mesmo da falsidade. A aparncia deixa o ctico livre para a mudana de posio porque no o fixa em ponto algum, mas no torna o ctico relativista, antes ele simplesmente algum que no afirma que o seu modo de ver o nico. Certamente, o modo de agir do ctico determinado por suas condies, sejam biolgicas, exteriores, scio-morais ou tcnicas, as quais esto sempre sujeitas a mudanas, no um aparecer puro, mas um aparecer fundado nas prticas habituais do local onde o ctico vive9. Cesto apresenta No apenas um ceticismo destrutivo, que visaria apenas demolir as filosofias dogmticas, teramos tambm um ceticismo que habilitaria o ctico a viver em sociedade e se comportar de modo a no causar perturbaes10. No pode-se dizer espcie de evoluo das teses cticas, antes ele mostra as fases sucessivas pelas quais o movimento ctico passou. Para ns, no se trata de avano, mas de mudana de foco. Cada uma das etapas fundamental e pode ser conectada com a outra, embora o foco e a estrutura sejam diferentes 11. rumo generalidade e formalidade dos argumentos.12. A questo eram os aspectos dogmticos e no os aspectos no dogmticos da vida comum. A radicalidade destruio de teorias dogmticas13. o ctico, como um terapeuta, se colocar como algum que ajudar o dogmtico a perceber as dificuldades de suas teses e, uma vez que os dogmticos tenham percebido o quo frvolas elas so, tornam-se pessoas mais tranquilas. Ao eliminar a falsidade e a multiplicidade das aparncias dos dogmticos, o ctico acaba por ajudar o dogmtico.