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OS BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES INTRODUÇÃO Nos últimos 10 anos o treinamento de força para crianças esta tendo grande aceitação entre os profissionais da Educação Física, Médicos e Cientistas. As crianças estão amadurecendo constantemente, e o que não é apropriado para um pré- púbere, pode ser apropriado para um adolescente. As preocupações sérias dos pais, professores, treinadores e profissionais científicos, são obscuras, por muitos conceitos falsos e por profissionais desinformados a respeito do treinamento de força, seus perigos e como ele pode ser adaptado para os jovens. ( Hamil, 1994, Kraemer e Fleck, 1993) A literatura experimental fala sobre o treinamento e indica comprimento reduzido de ossos em ratos e camundongos expostos à natação ou corridas forçadas." Não há dados humanos disponíveis". CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE FAIXAS ETÁRIAS · Criança = 7 aos 11 anos. · Pré-adolescência = 11 aos 13 anos . · Fase da puberdade para adolescência = 14 aos 15 anos . · Adolescência = 13 aos 17 anos. · Adulto = 17 aos 25 anos. O crescimento acentuado do músculo no treinamento de força pode ocorrer depois da adolescência, quando os perfis hormonais de homens e mulheres ( adultos ) começam a surgir. Nos homens da puberdade para adolescência há influência da testosterona. E após a puberdade com o treinamento de força pode ocorrer o aumento da massa muscular além do crescimento normal. Sabe-se que não são possíveis em crianças pequenas o crescimento além do normal da massa muscular ( Imaturidade do Sistema Hormonal ). É importante que não seja prescrito hipertrofia muscular como objetivos. Alguns meninos pequenos ( 7 aos 13 anos ) como fisicamente eles não desenvolvem seus músculos além do normal, por verem os mais velhos ( 14 a 17 anos ) querem também ter mais músculos e definições. Só que eles precisam ter paciência e à medida que crescem e passam pela puberdade, os aumentos musculares, especialmente nos homens, são biologicamente plausíveis. Quando uma criança entra na adolescência (em torno dos 14 ou mais anos), ocorrem ganhos em tamanho muscular, tendo que avaliar o objetivo individual, especialmente para os rapazes e moças entre 14 e 15 anos (fase da puberdade para a adolescência) devido às diferenças típicas de amadurecimento. O crescimento ósseo cessa variando de cada osso, mas geralmente ele termina em torno dos 18, 20 anos de idade. Pois ao término do crescimento as placas se ossificam (endurecem com o cálcio) e desaparecem. DESENVOLVIMENTO DA FORÇA MUSCULAR DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: HIPERTROFIA, FORÇA E RML No final da década de 1970 os opositores ao treinamento de força para criança, deduziram que não havia ganho de força ou aumento da massa muscular além do normal nos pré-púberes ( pré-adolescência ). Nos primeiros estudos realizados em crianças não ocorreu ganhos de força ( Vrijens, 1978 ). Diligências mais recentes fundamentadas em estudos científicos, tornaram evidentes que é possível o treinamento de força para crianças, incluindo os pré-púberes ( Blimkie, 1989; Freedson, Ward e Rippe, 1990, Sale, 1989 ). Força É a capacidade de exercer tensão contra uma resistência que ocorre por meio de diferentes ações musculares. ( Valdir J. Barbanti )

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Page 1: Trabalho Fisio do Ex.II

OS BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

INTRODUÇÃO

    Nos últimos 10 anos o treinamento de força para crianças esta tendo grande aceitação entre os profissionais da Educação Física, Médicos e Cientistas.    As crianças estão amadurecendo constantemente, e o que não é apropriado para um pré-púbere, pode ser apropriado para um adolescente.    As preocupações sérias dos pais, professores, treinadores e profissionais científicos, são obscuras, por muitos conceitos falsos e por profissionais desinformados a respeito do treinamento de força, seus perigos e como ele pode ser adaptado para os jovens. ( Hamil, 1994, Kraemer e Fleck, 1993)    A literatura experimental fala sobre o treinamento e indica comprimento reduzido de ossos em ratos e camundongos expostos à natação ou corridas forçadas." Não há dados humanos disponíveis".

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

FAIXAS ETÁRIAS· Criança = 7 aos 11 anos.· Pré-adolescência = 11 aos 13 anos .· Fase da puberdade para adolescência = 14 aos 15 anos .· Adolescência = 13 aos 17 anos.· Adulto = 17 aos 25 anos.

    O crescimento acentuado do músculo no treinamento de força pode ocorrer depois da adolescência, quando os perfis hormonais de homens e mulheres ( adultos ) começam a surgir.    Nos homens da puberdade para adolescência há influência da testosterona. E após a puberdade com o treinamento de força pode ocorrer o aumento da massa muscular além do crescimento normal.    Sabe-se que não são possíveis em crianças pequenas o crescimento além do normal da massa muscular ( Imaturidade do Sistema Hormonal ). É importante que não seja prescrito hipertrofia muscular como objetivos.    Alguns meninos pequenos ( 7 aos 13 anos ) como fisicamente eles não desenvolvem seus músculos além do normal, por verem os mais velhos ( 14 a 17 anos ) querem também ter mais músculos e definições. Só que eles precisam ter paciência e à medida que crescem e passam pela puberdade, os aumentos musculares, especialmente nos homens, são biologicamente plausíveis.     Quando uma criança entra na adolescência (em torno dos 14 ou mais anos), ocorrem ganhos em tamanho muscular, tendo que avaliar o objetivo individual, especialmente para os rapazes e moças entre 14 e 15 anos (fase da puberdade para a adolescência) devido às diferenças típicas de amadurecimento.     O crescimento ósseo cessa variando de cada osso, mas geralmente ele termina em torno dos 18, 20 anos de idade. Pois ao término do crescimento as placas se ossificam (endurecem com o cálcio) e desaparecem.

DESENVOLVIMENTO DA FORÇA MUSCULAR DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: HIPERTROFIA, FORÇA E RML    No final da década de 1970 os opositores ao treinamento de força para criança, deduziram que não havia ganho de força ou aumento da massa muscular além do normal nos pré-púberes ( pré-adolescência ). Nos primeiros estudos realizados em crianças não ocorreu ganhos de força ( Vrijens, 1978 ).    Diligências mais recentes fundamentadas em estudos científicos, tornaram evidentes que é possível o treinamento de força para crianças, incluindo os pré-púberes ( Blimkie, 1989; Freedson, Ward e Rippe, 1990, Sale, 1989 ).

ForçaÉ a capacidade de exercer tensão contra uma resistência que ocorre por meio de diferentes ações musculares. ( Valdir J. Barbanti )

HipertrofiaÉ quando o músculo aumenta de tamanho após um treinamento de musculação contra resistência. ( Valdir J. Barbanti ). É quando o músculo aumenta de tamanho em resposta ao treinamento de força. ( Steven J. Fleck )

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RML ( Resistência Muscular Localizada )É a capacidade do músculo de exercer tensão durante período de tempo, que pode ser constante ou variável, tentando manter o movimento por tempo prolongado ou fazendo muitas repetições ( Susan J. Male ).Aumento da força muscular e resistência muscular localizada ( RML ) é a capacidade de um músculo ou mais de um músculo de realizar repetições múltiplas contra uma dada resistência. Força, resistência e RML são qualidades de aptidão, inseparáveis para o aumento em volume dos músculos esqueléticos.

OS BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES    Os programas de treinamento de força nas crianças e nos praticantes em geral, auxilia na profilaxia das lesões articulares.    Na musculação, todos os técnicos e professores bem formados sabem que o excesso de treinamento deve ser evitado, pois um programa bem elaborado de exercícios consiste em ( séries, repetições, cargas e intervalos ) nutrição e repouso, para que assim possa ocorrer o ANABOLISMO ( aumento da massa muscular ).

Desenvolvimento ósseo     O treinamento de força pode ser um dos fatores principais, que junto com o conhecimento teórico e prático, a um considerável aumento da densidade óssea e prevenção de lesões em jovens e atletas ( Hejna et al, 1982 ).     Na diminuição de lesões, ocorre aumento da capacidade de desempenho nos esportes e atividades recreativas.    A maioria das crianças se beneficiam na musculação com os programas de treinamento de força, pois o mesmo ajuda a melhorar o condicionamento físico, o desempenho no esporte e redução de possíveis lesões durante as atividades esportivas e recreativas.     Dentro dos benefícios do treinamento de força na musculação, este, deve ser bem planejado e orientado por profissionais qualificados ( Hamil, 1994 ).

DIRETRIZES BÁSICAS PARA O TREINAMENTO DE FORÇA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES     Estudos científicos confirmaram que o programa de treinamento de força há probabilidades mínimas de lesões, pois foram realizadas pesquisas em mulheres, onde ocorram ganhos de força e hipertrofia muscular em virtude do treinamento com pesos.    Os fatores hormonais são os responsáveis pela força e hipertrofia muscular nas mulheres, podendo ter aumento de força em meninos e meninas pré-púberes.

Homens - Os testículos são órgãos produtores de espermatozóide e testosterona.Mulheres - Os ovários são órgãos produtores de estrógenos e progesterona.

    As crianças precisam de tempo para se adaptar ao treinamento de força. Deve-se salientar o uso correto dessa técnica, porque muitas lesões em exercícios de força estão relacionados a técnicas e programas de treinamento não adequado. Devendo-se levar em conta a individualidade biológica de cada um, cabe ao educador físico, fazer a prescrição individualizada.

LESÕES AGUDAS    No treinamento com pesos são raras as lesões agudas, que danificam a cartilagem de crescimento ocorrendo fraturas ósseas.

DISTENSÕES MUSCULARES    São freqüentes devido à falta de aquecimento correto antes de uma sessão de treinamento, devendo realizar a cada exercício uma repetição com peso leve e o restante das repetições com as cargas acentuadas.

DUAS PRECAUÇÕES DEVEM SER LEVADAS EM CONTA NO PROGRAMA DE TREINAMENTO DE FORÇA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES     Deve-se pôr em evidência para os jovens praticantes de treinamento de forca a forma correta de todos os exercícios ( particularmente levantamentos sobre a cabeça ), pois o modo incorreto contribuirá para as lesões.      Levantamentos máximos ou próximos da máxima (1 RM) não devem dar destaque para pré-púberes, especialmente sem acompanhamento de um profissional qualificado.     Os exercícios com pesos são os mais indicados. As barras e os halteres são os mais usados para o treinamento com crianças.    No treinamento de força os movimentos da respiração são relativamente livres, os exercícios são isotônicos, as amplitudes do movimento adequadas à flexibilidade e as cargas adequadas à força do indivíduo.     O treinamento vigoroso não afeta o crescimento, nem o desenvolvimento infantil, ao contrário, é fato que a atividade física é necessária para o crescimento e desenvolvimento normal.

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ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FORÇA E CONDICIONAMENTO SOCIEDADE ORTOPÉDICA AMERICANA PARA A MEDICINA DO ESPORTE ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA     Fazem uma advertência aos profissionais, pois embora tenham apoiado o uso do treinamento de força para crianças eles advertem aos pais, professores e treinadores sobre a necessidade de programas adequados e planejados por professores qualificados e o ensino correto das técnicas de exercício.     Segundo o American College Sports of Medicine mostra que 50% das lesões sofridas por crianças nos esportes organizados poderiam ser evitados pela atenção às técnicas adequadas de treinamentos com procedimentos e equipamentos de segurança.     A literatura cientifica não confirma as hipóteses de prejuízo à saúde ou ao desenvolvimento de crianças e adolescentes em treinamento com pesos. É prudente técnicos e educadores físicos qualificados concordarem em evitar grande sobrecarga tensional e volumes de treinamento.

CONCLUSÃO    A musculação cativa as pessoas e os adolescentes, assim sendo desestimular, os jovens, significa a perda de uma forte motivação para o caminho da saúde física e mental.     As pessoas, devem procurar academias que lhes ofereçam serviços e profissionais qualificados e regulamentados ao Conselho Federal de Educação Física.

REFERÊNCIAS

BARBANTI, Valdir J. Dicionário de Educação Física e do Esporte. São Paulo: Manole, 1994.FLECK, Steven J; KRAEMER, William J. Fundamentos do treinamento de força muscular, Porto Alegre: Artes Médicas Sul LTDA, 1999.POWERS, Scott K.; HOWLER, Edward T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho 3.ed. São Paulo: Manole, 1997.SANTARÉM, José Maria. Atualização em exercícios persistidos: o trabalho de força na criança.;www.saudetotal. com.br/exresist.htm.

MATURAÇÃO = Avanço qualitativo na constituição biológica. Avanço dos sistemas, órgãos, células na composição química. É a seqüência no desenvolvimento das habilidades sociais , psicológicas, motoras que ocorrem sem a intervenção insurrecional.MENARCA = primeiro período menstrual. É o surgimento da menstruação na menina que atinge a puberdade. A idade exata que ela ocorre, depende das mudanças hormonais no corpo e esta associada com o aumento do peso corporal. Geralmente acontece dos 10 até os 16 anos.MENINICE= Segunda infância . É o período de desenvolvimento entre a primeira infância e a puberdade ( ou adolescência ) vai dos 4 aos 9-10 anos, onde a criança tem a formação, modificação e refinamento dos traços e atitudes.MENSTRUAÇÃO= Fluxo periódico de sangue que as mulheres tem, durante o período de maturidade sexual, e as mudanças com ele relacionadas e que se produzem no corpo durante esse tempo. A menstruação é uma função fisiológica normal, por isso a prática de atividade física ou de esportes durante esse período não deve ser interrompida, apenas são aconselháveis uma diminuição na intensidade e na quantidade de exercício

MATURAÇÃO BIOLÓGICAAs variáveis Antropométricas, metabólicas e neuromotoras são dependentes da idade biológica que da cronológica. A idade óssea é a melhor avaliação , da maturação biológica, bem que devido a razões de segurança, custo e participasse, a maturação sexual tem sido a mais usada.

PELOS AXILARESPELOS PÚBICOSGENITAIS EXTERNOS ( HOMENS)DESENVOLVIMENTO MAMARIO ( MOÇAS)

AS VARIÁVEISAMADURECIMENTO PRECOCE: Agilidade e velocidadeMAIS CENTRAIS: Potência aeróbia e anaeróbia alcatifaAMADURECIMENTO TARDIO: Potência anaeróbia láctica e força muscularNeste tardamento deve-se levar em conta a parte nutricional da criança / adolescente.

MATURIDADE OSSEA:   Envolve a evolução de um esqueleto totalmente ossificado ou seja uma estrutura óssea sólida, e na vedação das placas de crescimento que se determina o crescimento do osso longo da criança. A mineralização óssea que envolve o depósito de minerais nos ossos das crianças, determina a densidade óssea, esse processo varia entre as crianças, pois as que não tem densidade óssea normais estão mais propensos a lesão esquelética, isso ocorre com mais freqüência na prática esportiva, portanto alguns esportes exigem resistência a esforços

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elevados. ( futebol americano e ginástica) STEVEN FLECK- 2001 PG.08   É de grande importância a saúde óssea para as meninas, pois as mesmas devem praticar o exercício de força e outras atividades físicas para melhorar a taxa de deposição óssea. Pois as meninas ( mulheres) são mais propensas a osteoporose (LOUCKS, 1988)   Estudos científicos revelam que o treinamento de força pode influenciar o crescimento ósseo tanto em homens como em mulheres. Pesquisas realizadas em jovens que praticam levantamento de peso apresentam maior densidade óssea do que os que não praticam. ( CONROY et Al VIRVIDAKIS et Al, 1990)   Parece infundado de que o exercício de força seja prejudicial ao crescimento ósseo, pois é fato de que o exercício de força, pode ser o exercício mais poderoso de estímulo ao crescimento e desenvolvimento ósseo. Pode ocorrer lesões na utilização de levantamentos de pesos máximos mediante a técnicas e os programas de treinamentos inadequadas. Porém as técnicas e os programas de treinamento adequados podem reduzir muito o risco de lesões, e fornecer muitos benefícios físicos e psicológicos para a criança.

" OS BENÉFICIOS DO TRINAMENTO DE FORÇA PARA A SAÚDE ÓSSEA SÃO MAIORES DO QUE OS RISCOS."MATURIDADE REPRODUTIVA   As mudanças nas secreções hormonais são responsáveis por muitas das alterações expressivas, tanto nos meninos como nas meninas, durante a pubesceria. O aumento do peso corporal, do tamanho e da força muscular nos meninos esta relacionado com o aumento da testoterona ( Hormônio sexual masculino).   Nas meninas os processos são similares, o estrógeno e o hormônio de crescimento( Hormônio sexual feminino). Os níveis de testoterona nos homens, são de 10 a 20 vezes maiores do que nas mulheres e provocam enormes diferenças de tamanho e força muscular entre os sexos.    Nas meninas a monarca que é o inicio da função menstrual, é o auge das diversas mudanças hormonais que ocorrem nas garotas em crescimento, nas meninas norte- americanas observa-se a monarca entre os 12 e 13 anos.   Nos últimos 10 anos o trenamento de força para crianças esta tendo grande aceitação entre os profissionais da educação física. Médicos e cientistas, pois os mesmos questionavam que o grau de intensidade da atividade física, afetaria a idade de ocorrência da monarca.

"ATUALMENTE OS ESTUDOS NÃO FORAM CAPAZES DE APRESENTAR CONCLUSÕES MÉDICAS E CIENTÍFICAS DEFINITIVAS "   Os pesquisadores observaram que alguns atletas que começam a praticar espetos na pre-pubescencia apresentam a ocorrência da monarca mais tarde do que o normal. Há um acompanhamento físico e médico anual, pois quando a monarca se atrasa pode haver influencia no crescimento de outras funções, como a saúde óssea. Mas até agora, a pesquisa cientifica não demonstrou definitivamente os efeitos prejudiciais do atraso da monarca ou da amenorréia esportiva.

1-VALDIR BARBANTI (Dicionário de Educação Física e do Esporte) 1-edição 1994-editora MANOLE..LTDA Pg.186 MATURAÇÃO= 191 MENINICE=191 MENARCA= 192 MENSTRUAÇÃO.

2 -MATURAÇÃO BIOLÓGICA-VITOR KEIHAN RODRIGUES MATSUDO=( O exercício ) NABIL GHORAYED -TURIBIO BARROS.=CAP.31 Detecção de talentos = pg. 340 editora ATHENEU S. PAULO- RIO DE JANEIRO- 1999.

3-MATURIDADE ÓSSEA ( Treinamento de força para jovens atletas ) 1 edição Brasileira 2001 - WILLIAM J. KRAEMER . STEVEN J. FLECK= Editora MANOLE pg. 08 09.4-MATURIDADE REPRODUTIVA ( O mesmo livro ) pg. 09.APTIDÃO FÍSICA de forma geral é composta de fatores biológicos subdivididos em Antropométricos, metabólicos, neuromotores, nutricionais e maturacionais.( MATSUDO,1996)

AS VARIAVÉIS ANTROPOMÉTRICAS MAIS UTILIZADAS:PESOALTURAENVERGADURAMASSA MAGRAMASSA GORDACOMPRIMENTO DAS PERNAS, DOS BRAÇOS. DOS PÉS, DAS MÃOS

OS FATORES METABÓLICOS UTILIZADOS: A CAPACIDADE FÍSICA DE TRABALHO e O CONSUMO MAXIMO DE OXIGENIO.( VO2 MAX.)

SUPRIMENTO NERVOSO PARA OS MÚSCULOSOs músculos tem 2 tipos de nervos:NERVOS MOTORES: (relativos ao movimento, a mensagem vem do SNC( sistema nervoso central )

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O nervo motor manda impulsos para as terminações nervosas musculares (placas motoras) resultando na CONTRAÇAO MUSCULAR.NERVOS SENSORIAIS: esses nervos manda informação para SNC a respeito de sensações como dor e orientações dos segmentos corporais.   O esqueleto é coberto por 656 músculos, que representam aproximadamente 40% do peso corporal total.

SUPORTE SANGUINEO PARA O MÚSCULO   Todos os músculos contém vasos que em pequenos túbulos especializados estreitos chama-se de capilares e de venulas. Os capilares são responsáveis por propinar ao músculo sangue rico em oxigênio e nutrientes, ou seja, energia,enquanto as venulas removem os metabólicos e subprodutois da produção de energia (DIÓXIDO DE CARBONO)   A quantidade de sangue necessária para a contração muscular depende da intensidade do exercício.   O suporte sangüíneo necessário para um trabalho de força máxima pode ser cem vezes maior do que o suporte de sangue necessário no repouso.    Um músculo consiste de fibras especiais, o comprimento varia desde poucos centímetros até quase 1 metro.    As fibras musculares agrupadas formam um FASCÍCULO que é envolvido por tecido conjuntivo chamado PERÍMISIO, que as mantém unidas.    Cada fibra possui filamentos protéicos chamados MIOFIBRILAS formados pelas proteínas contrateis "MIOSINA'( filamento espesso) e ACTINA ( filamento fino) fundamentais para a contração muscular.    A dedicação ao treinamento aumenta a espessura das fibras, aumentando tanto o tamanho quanto a força muscular.

   PROBLEMA FÍSICO QUE NECESSITE SER CONSIDERADO NO PLANEJAMENTO DE PROGRAMAS. NO CASO ALGUNS EXERCÍCIOS SÃO CONTRA-INDICADOS. A CRIANÇA DEVE INICIAR O PROGRAMA DE TREINAMENTO EM QUE PRIMEIRO ENVOLVA TODOS OS PRINCIPAIS GRUPOS MUSCULARES E O MÚSCULO EM TORNO DA ARTICULAÇÃO. EXERCÍCIOS DE AQUECIMENTO, DE VOLTA À CALMA E DE FLEXIBILIDADE, DEPOIS PODE INCLUIR OS EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS AO ESPORTE.NUM PROGRAMA DE TREINAMENTO REQUER A INDIVIDUALIZAÇÃO, CONSIDERANDO AS FORÇAS, FRAQUEZAS E OBJETIVOS DE CADA ALUNO ( ATLETA) E MATURIDADE FÍSICA E EMOCIONAL.

DOIS TIPOS DE PROGRAMAS PODEM SER REALIZADOS:Um envolvendo o uso do próprio corpo ou de uma outra criança como carga, o outro pode ser utilizado equipamento de treinamento de força.

PROGRAMA USANDO O PESO DO CORPO    Este programa pode ser realizado como um circuito movendo-se de um exercício para o outro, ou realizando serie - repetição de modo que seja feita todas as 3 series antes de mover-se para o próximo exercício.

PROGRAMA DE TREINAMENTO DE FORÇA PARA CRIANÇAS USANDO O PESO DO CORPO COMO RESISTÊNCIA.Flexão Plantar ---------------------------3 x 20-30Agarramento paralelo------------------3 x 10-20Extensões de dorsais--------------------3 x 10-15Abdominais c/ pernas flex.-------------3 x 15-30

   Com relação ao futebol há uma necessidade significativa de melhorar a preparação física dos alunos ( atletas ) para evitar risco de lesões relacionadas as práticas esportivas.

OBS: NÃO HÁ UMA IDADE-PADRÃO PARA UMA CRIANÇA INICIAR UM PROGRAMA DE TREINAMENTO.

    Para qualquer criança o programa deve oferecer instrução, progressão gradual em relação ao esforço exigido pelo exercício. Lembrando que uma criança precisará de 2 a 4 semanas para se adaptar ao esforço do treinamento de força.

OBS: O PROFESSOR NÃO DEVE SE SURPREENDER SE ALGUMA CRIANÇA NÃO ADERIR AO PROGRAMA OU NÃO GOSTAR DELE, POIS O INTERESSE, O CRESCIMENTO, A MATURIDADE E O ENTENDIMENTO CONTRIBUEM PARA A VISÃO DA CRIANÇA EM RELAÇÃO AO TREINAMENTO. É IMPORTANTE QUE ELAS ENTENDAM A RAZÃO DO PROGRAMA.

POIS OS RESULTADOS SÃO: Melhoria da força e potência musculares.Pouca ou nenhuma mudança do tamanho do músculo em crianças.

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Melhoria da capacidade de R M LInfluencia positiva na composição corporal.Melhoria do equilíbrio de força em torno das articulações.Melhoria da força corporal total.Prevenção da ocorrência de lesões na pratica de esportes.Influencia positiva no desempenho esportivo.

NORMAS DE PROCEDIMENTO(DIRETRIZES BÁSICAS PARA A PROGRESSÃO DE EXERCÍCIOS DE FORÇA PARA CRIANÇAS).

11 a 13 = Ensino de todas as técnicas básicas de treinamento; aumento gradual da carga de cada exercício; reforço nas técnicas de treinamento; introdução de exercícios mais avançados com pouca ou nenhuma resistência.

14 a 15 = Adotar programas mais avançados de treinamento de força para jovens, inclusão de elementos específicos á prática esportiva, dando ênfase a prática de treinamento, aumento, do volume muscular.

O treinamento de força deve ser uma complementarão de um programa , visando um condicionamento físico.

Os benefícios para um programa, será a persistência, disciplina e trabalho árduo, lembrando que não se deve impor definições adultas para um a criança , a medida que ela cresce e amadurece, vai se adaptando ao treinamento, procurar não fazer comparações com outras crianças, e deixar que ela obtenha a satisfação, o seu próprio progresso.

CONTRAÇÃO MUSCULAR    È a estimulação neutral de um músculo em que os elementos contrateis tendem a encurtar-se ao longo do eixo longitudinal das células. Durante a atividade se não houver mudança no comprimento do músculo a contrafaça é isotérica ou estática. Mas quando se realiza algum movimento do esqueleto, a contrafaça é dinâmica.

Há 2 tipos de Contração Dinâmica:

CONTRAÇÃO CONCÊNTRICA = O músculo se encurta e ocorre o movimento articular, é quando a tensão aumenta.

CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA = o músculo se torna mais longo quando aumenta a tensão. As fibras musculares dos músculos se alongam, havendo nesta fase a recuperação do exercício de resistência.

As contrações musculares CONCÊNTRICA E EXCÊNTRICA aumentam a eficiência do exercício em relação ao aprimoramento na força muscular e no tamanho das fibras.

    No treinamento de força os exercícios são isotônicos , as amplitudes do movimento adequada À flexibilidade e as cargas adequadas À força do indivíduo. SHI (livro de futebol) GOLOMAZOV RVA 1997.

Basicamente utilizar 4 grupos principais de treinamento:Exercício com o próprio corpoExercício em duplasExercício com cargasExercício básicos do próprio esporte.

   Há uma necessidade de desenvolvimento da força e da resistência muscular localizada, principalmente nos membros inferiores, como pré-requisito para o desenvolvimento da resistência em regime de velocidade.

  Nos homens da puberdade para adolescência há influencia da testoterona . E após a puberdade com o treinamento de força pode ocorrer o aumento da massa muscular além do crescimento normal . E nas mulheres os hormônios são os estrógenos e a progesterona.    Em relação ao crescimento ósseo ele cessa variando de cada osso, mas geralmente ele termina em torno dos 18 aos 20 anos de idade. Pois ao termino do crescimento as placas se ossificam( endurecem com o cálcio) e desaparecem.    Todos os técnicos e professores bem formados sabem que o excesso de treinamento deve ser evitado, pois uma sobrecarga excessiva pode ocorrer lesões (fraturas epifisárias, rupturas dos discos interverterias, e alterações ósseas na região lambiscara ) nas crianças em crescimento.

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    O treinamento de força pode ser um dos fatores , que junto com o conhecimento teórico e prático, a um considerável aumento da densidade óssea e prevenções de lesões em jovens atletas. Com a diminuição de lesões; há um aumento da capacidade de desempenho nos esportes.    A literatura cientifica não confirma as hipóteses de prejuízo a saúde ou ao desenvolvimento de crianças e adolescentes em treinamento de força. É prudente técnicos e educadores físicos qualificados concordarem em evitar grande sobrecarga tencionas e volumes de treinamento.    6 aos 11 anos: Há uma captação de oxigênio nos meninos, com o aumento da massa muscular que se acentua durante a puberdade para adolescência.    12 aos 13 anos: Há um aumento progressivo da potência aeróbia, mas posteriormente na segunda fase ( Período Pubertário) ela se estabiliza ou diminui, que pode ser devido ao aumento do tecido adiposo.

FUNDAMENTAÇÃO FISIOLÓGICA DA METODOLOGIA.    Quando realizado um grande volume de repetições em distancias curtas, o futebolistas ira recrutando um número maior de unidades motoras, e assim aumentando o número de ligações neutrais e consequentemente o nível de força produzida.

EX:Exercícios de saltos Exercícios HorizontaisSalto verticalSaltos múltiplos

Para RMLExercícios com muitas repetições até o esgotamento da musculatura.

  A preparação neuro-muscular, que tem como objetivo o desenvolvimento da força, utiliza-se os meios de exercícios com halteres e máquinas de força.

FORÇA RÁPIDA -EXPLOSIVA-OU POTÊNCIA: É a capacidade caracterizada por aplicações de grande força no menor tempo possível contra uma resistência submetiam. Na maioria dos esportes a força rápida é o fator determinante do rendimento. (Valdir Barbante dicionário pg.132)

VERKOSHANSKY (1996) FORÇA NO FUTEBOL:O treinamento de força é fundamental e imprescindível, pois a capacidade de força muscular influencia na velocidade dos movimentos, resistência e agilidade do futebolista, dando prioridade as forças dinâmicas, a RML e a força rápida.

FORÇA DINÂMICA : É desenvolvida em um fundamento mais especifico .

OBS: ATIVIDADE FÍSICA REGULAR DE MODERADA A VIGOROSA PRODUZ APRIMORAMENTO FISIOLÓGICO , INDEPENDENTE DA IDADE .

FIBRAS TIPOS II = BRANCASSão fibras que não necessitam de oxigênio, são anaeróbicasFIBRAS TIPOS I = VERMELHASSão fibras que utilizam oxigênio, dependem dele para produzir energia e são denominadas aeróbias.

*FIBRAS RÁPIDAS * Indicam que indivíduos geneticamente se adaptam ao treinamento de força.

Nota: Bibliografia com a autora e colaboradora abaixo.

85Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 24, p. 85-96, jan./dez. 2003

Elaboração de Programas de Treinamento de Força para CriançasDevelopment of Weigh Training Programs for ChildrenArli Ramos de Oliveira1; Andrei Guilherme Lopes2; Sidiclei Risso3

ResumoUm estilo de vida hipocinético tem aumentado entre crianças e adolescentes nos últimos anos, e isso faz

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com que os fatores de risco se apresentem mais facilmente, favorecendo o surgimento de doençascrônico-degenerativas já na infância. Logo, torna-se necessário a criação de programas de atividadefísica para essa faixa etária. O objetivo desse estudo é realizar uma revisão de literatura acerca dos fatoresque se relacionam à montagem de um programa de treinamento com sobrecarga para crianças. Discutemseaspectos relacionados à atividade física na infância, gasto calórico, aptidão física relacionada àsaúde, motivos que levam as crianças à praticar, ou desistir da atividade física, estabilidade da aptidãofísica na infância, aspectos fisiológicos e fatores de crescimento. Mais específicamente, são tratados osfatores que interferem na capacidade motora força, os mitos relacionados ao treinamento de força muscularem crianças, possíveis benefícios advindos dessa prática, fatores que devem ser levados em consideraçãono treinamento de força específico para crianças, supervisão do treinamento de força muscular emcrianças, orientações para progressão do treinamento de força muscular em crianças, elaboração dosprogramas de treinamento de força muscular para crianças e adolescentes e discussão acerca dos testesde força. Quando devidamente supervisionado por especialistas, o treinamento específico eindividualizado para crianças e adolescentes pode propiciar um ganho considerável de força muscular, econtribuir favoravelmente para a promoção da saúde e qualidade de vida nessa faixa etária.Palavras-chave: Treinamento com sobrecarga. Força muscular. Crianças.

AbstractA hypokinetic lifestyle has increased among children and adolescents in the past few years, leading torisk factors which favor the chronic-degenerative diseases in the early childhood. Thus, the developmentof physical activity programs for this age group becomes necessary. The purpose of this study was toreview the literature about the factors that can be related to the development of weight training programswith extra load for children. Aspects related to the physical activity in the childhood, caloric damage,physical fitness related to health, reasons that make children and adolescents practise or give up physicalactivity, physical fitness stability during childhood, physiological aspects and growth factors, arediscussed. The factors that can interfere in the motor capacity strength, the myths related to weighttraining with children, possible benefits obtained from this practice, factors that should be taken intoconsideration regarding specific weight training for children, weight training supervision during childhood,general guidelines for weight training in children, developing weight training programs for children anddiscussion about strength testing, are dealt with more specifically. When supervised properly byspecialists, the specific and individualized training for children and adolescents can generate a significantmuscular strength gain, and contribute favorably for health promotion and life quality in this age group.Key words: Weight training. Muscular strength. Children.1 Professor Adjunto no Curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Estadual de Londrina e nos Cursos deEspecialização em Treinamento Desportivo, Educação Física no Ensino Básico, Lazer e Hospitalidade. E-mail: [email protected] Membro da Comissão de Pesquisa do Departamento de Ginástica, Recreação e Dança do Centro de Educação Física e Desportos.3 Membro do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina.Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 24, p. 85-96, jan./dez. 200386IntroduçãoNo passado, as crianças eram mais ativasfisicamente, mas em função de uma vida moderna,elas têm adotado uma postura hipocinética. Nainfância e adolescência, há necessidade de se utilizaros exercícios físicos como prevenção aos fatores derisco que podem influenciar a saúde de cada indivíduo.As doenças crônico-degenerativas são causadas porfatores de risco, que, por sua vez, originam-se dosmaus hábitos. Esse quadro porém, pode ser revertidoatravés da atividade física regular, controle alimentare controle do estresse.A prática de atividade física deve ser iniciada jána infância, de acordo com as condições relativas aoestágio de desenvolvimento em que a criança se

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encontra. Ela é um pré-requisito para o seucrescimento e desenvolvimento, e, dessa forma,aumentará a probabilidade do indivíduo assumir umcomportamento físico ativo quando adulto. O estadode morbidez deve ser afastado ao máximo sob o riscode distúrbios orgânicos irreversíveis na vida adulta.A criança poderá maximizar os benefícios se estiverdisposta a realizar a atividade.Distúrbios no controle do peso corporal originamsegeralmente na infância, e desse fato decorre apossibilidade de se ter um adulto obeso. Esse quadroé decorrente de um baixo nível de atividade física ede um controle alimentar ineficiente.Torna-se necessária a investigação acerca daelaboração de programas de treinamento de forçapara crianças, já que esta capacidade física é umdos componentes da aptidão física relacionada àsaúde.Logo, o objetivo deste estudo é investigar, atravésde uma revisão de literatura, a influência da atividadefísica no desenvolvimento da criança, especialmentena realização de exercícios com sobrecarga.Buscam-se, neste estudo, esclarecimentos acercado treinamento de força muscular em crianças, seusbenefícios, aspectos de segurança e auxílio, princípiosbásicos do treinamento de força, diferentes faixasetárias, princípios metodológicos, tipos de testes,didática do treinamento e aspectos fisiológicos.Aspectos Relacionados à Atividade Física emCriançasO mundo atual proporciona à criança umadiminuição dos esforços físicos e adução de maushábitos alimentares, o que provoca um desequilíbriocalórico, levando geralmente a criança a um estadode sobrepeso (e até de obesidade) muito precoce.Crianças ativas fisicamente apresentam benefíciosfisiológicos no sistema cardiovascular. Oconhecimento da prática da atividade física por elarealizada leva-a a tornar-se mais ativo. Os pais sãoindispensáveis no controle da alimentação, atividadefísica e possíveis complicações fisiológicas nascrianças. Os pais também podem contribuir no estilode vida que seus filhos terão. Pais mais ativosfisicamente e ambiente favorável à prática deatividade física possibilitam que crianças eadolescentes adquiram mais facilmente este hábito.Os alimentos consumidos constituem o combustívelpara o trabalho biológico juntamente com o oxigênio,e desse processo resulta a energia necessária paraas atividades físicas e funcionais indispensáveis àvida. A energia química dos alimentos é transformadaem energia mecânica. O gasto e a ingestão deenergia varia de indivíduo para indivíduo, dependendodo tamanho do corpo, eficiência mecânica e atividadefísica. O gasto energético das crianças depende do

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metabolismo basal, velocidade de crescimento,tamanho corporal, idade e nível de atividade física.Alguns métodos utilizados para determinar o nívelde atividade física e/ou gasto energético são: diáriode atividades, observação direta, questionários,sensores eletrônicos de movimento e monitor defreqüência cardíaca. (PINHO; PETROSKI, 1997).Um estudo realizado em escolares no Municípiode Londrina, no Estado do Paraná, indicou quesomente quinze por cento das crianças e adolescentesatingiram as exigências motoras mínimasestabelecidas pela literatura na tentativa de satisfazer87Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 24, p. 85-96, jan./dez. 2003aos aspectos relacionados à saúde, reduzindo-se estaporcentagem após os onze anos de idade. Essesresultados demonstraram índices de desempenhomotor e quantidade de gordura corporal que podemcomprometer a obtenção de um melhor nível dequalidade de vida, sugerindo a implementação deprogramas de atividades físicas para crianças eadolescentes. A melhora no desempenho motor e naquantidade de gordura corporal podem provocarmelhoras na condição de saúde com repercussão paratoda a vida (GUEDES; GUEDES, 1995).Num estudo realizado por Brito et al. (1999) comcrianças e adolescentes de 09 a 15 anos de idadeaproximadamente, seguidas longitudinalmente,apresentaram um nível de estabilidade variando demoderado a alto nas variáveis motoras (com exceçãodo VO2 max que demonstra instabilidade duranteesse período da vida) e antropométricas, com estasaparentando mais estabilidade.Segundo Malina (1996 apud BRITO et al., 1999),o baixo nível de estabilidade de algumas variáveisneuromotoras durante a infância, provavelmenterefletem a variação do amadurecimento dos padrõesde movimento, a individualidade do ritmo e progressode crescimento. O diagnóstico precoce da aptidãofísica pode facilitar a melhora na elaboração deprogramas de manutenção e melhoria da aptidãofísica para a promoção da saúde.Os principais motivos que levam crianças apraticar atividade física são: melhorar suas habilidadesfísicas, estar com os amigos, divertir-se, ter gostopelo desafio, fazer novas amizades, conquistar osucesso e desenvolver a aptidão física. A atividadefísica, se desenvolvida baseada nos princípiosbiológicos, proporciona aumento no desempenhomotor e benefícios psicológicos, levando sempre emconsideração o nível maturacional da criança. Éimportante estimular a atividade física regular comparticipação do indivíduo durante toda a vida, visandosaúde e bem estar. Práticas esportivas competitivaspodem influenciar positivamente no aparecimento de

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lesões, mas a prática das modalidades esportivas podeser um ótimo instrumento de motivação para quecrianças e adolescentes possuam um ambiente ativofisicamente e aumentem seu gasto calórico,conseguindo, dessa forma, também aumentar suasatividades metabólicas. Crianças tendem a cessar aprática de atividade física por não possuírem tempo paraparticipação nas atividades, ênfase excessiva nacompetição, tédio, falta de prazer na atividade física e/ou aversão ao treinador. Os objetivos e interessesindividuais devem ser alcançados. Se a atividade físicanão proporcionar prazer ou bem-estar para a criança,certamente ela irá desistir de sua prática Aspectosgenéticos, ambientais e psicossociais devem serconsiderados na criança praticante de atividade física.Deve-se também respeitar as diferenças individuais eculturais. Crianças que possuem pais ativos tendem aser mais ativas fisicamente. Crianças com menos dedez anos de idade analisam o resultado de cada atividade,crianças mais velhas e pré-adolescente se orientam maispela avaliação de seus companheiros e comparaçõescom pontos para julgar seu desempenho e competência.Um estilo de vida saudável, envolve sono adequado,controle do peso corporal, evitar fumo e álcool,alimentação adequada e prática regular de atividadefísica (OLIVEIRA, 1996).O crescimento não se dá de forma contínua, e ossegmento esqueléticos possuem diferentes épocasde desenvolvimento. Na puberdade, ocorre aaceleração do crescimento, aumento nos níveis detestosterona, diferenciação nas fibras lentas e rápidas,diferenciação entre os sexos (antropometria e massamuscular) e menarca (início da função menstrual).O metabolismo basal nas crianças é vinte porcentomaior, quando comparado ao dos adultos. O excessode atividade física contribui de forma negativa parao crescimento mas, uma programação comtreinamento físico e controle alimentar pode contribuirpara o desenvolvimento pleno da potencialidadegeneticamente determinada. A sensibilidade dostecidos é proporcional à sua velocidade deenvelhecimento. O treinamento proporciona umamaior liberação do hormônio do crescimento,diminuindo com o passar dos anos. O hormônio doSemina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 24, p. 85-96, jan./dez. 200388crescimento aumenta a síntese protéica, a mobilizaçãodos ácidos graxos do tecido adiposo, diminui autilização de glicose no organismo e estimula ocrescimento ósseo (maior acúmulo de cálcio). Aatividade física estimula o crescimento longitudinal eo crescimento em espessura dos ossos, melhora ocontrole do peso corporal, aumenta a força musculare a flexibilidade, proporciona maior resistênciacardiorrespiratória, baixando os níveis de colesterol

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e triglicerídeos no plasma, prevenindo doençascardiocirculatórias (RAMOS, 1998).A atividade física mostra-se indispensável para odesenvolvimento motor e para um bom nível deatividade física relacionada à saúde, devendo, dessaforma, abranger todos os componentes da mesma.Deste modo, trataremos à seguir, especificamentesobre o treinamento de força em crianças.Treinamento de Força Muscular em CriançasA força é uma qualidade que permite ao músculoou grupo de músculos vencer uma resistência aomovimento do qual ele é o agente motor. Diversosfatores podem influenciar o desenvolvimento da força:sistema nervoso, raça, sexo, tipo de fibra, freqüênciade sessões de treinamento, alimentação entre outras(ROCHA, 1978). A força envolve basicamenterealizar exercícios contra uma determinadaresistência, que visa condicionar uma respostafisiológica corporal para certa atividade a serrealizada, podendo ser recreativa ou específica, comum objetivo a ser atingido (FLECK,1997).A força muscular, há muito tempo, vem sendoconsiderada um importante componente da aptidãofísica. As pesquisas na musculação em crianças têminvestigado se o treinamento pode trazer benefíciosou não para a sua saúde, crescimento edesenvolvimento. Alguns pesquisadores se opõem aesse tipo de treinamento, nessa faixa etária, comargumentos como a falta de hormônios específicospara aumentar a força muscular, falha no sentido dediminuir o risco de lesões em outras atividades, e aprobabilidade de que este treinamento possa impediro crescimento normal da criança. O treinamento deforça em grupos do sexo masculino, feminino ecombinado nas diferentes faixas etárias evidenciaramque o grupo pré-adolescente pode obter melhordesempenho, porém, os resultados necessitam demaior clareza. O resultado do treinamento tende avariar de acordo com a motivação dos participantes(OLIVEIRA; GALLAGHER; SILVA, 1995).A criança parece não apresentar condiçõesfavoráveis ao desporto de rendimento antes do fimda puberdade, podendo levá-la a desistência da práticada modalidade. Sua força muscular pode serefetivamente melhorada à custa dos componentescoordenativos e de ativação neuromuscular. Otreinamento de força pode contribuir para a proteçãodo aparelho locomotor, reforçando-o e robustecendoo.Devem ser observados cuidados especiais com acoluna vertebral, principalmente antes da puberdade.A carga de treinamento deverá ser inferior à cargamáxima, caso contrário, poderá haver repercussãono crescimento, comprometendo o tecido ósseo.O treinamento deverá respeitar as particularidadesdo crescimento da criança. Os possíveis benefícios

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advindos do treinamento são, entre outros: Prevençãoe correção de deficiências posturais; estimulaçãobiológica favorável ao crescimento edesenvolvimento; aquisição de novas e maiscomplexas atividades técnicas relacionadas àsanteriormente desenvolvidas (RISSO; LOPES;OLIVEIRA, 1999).Os cuidados com a sobrecarga se fazemnecessários ao relacionar o treinamento com ocrescimento ósseo, pois este ainda não se encontraem sua formação final. Crianças e jovens quepraticam atividade física sem controle de carga podemsofrer microtraumatismos na junção das unidadesmúsculo-tendinosas ao osso. Durante esse período,músculos, tendões e ligamentos são de duas a cincovezes mais fortes que suas inserções nos ossos,podendo resultar em inflamação ou lesão. Deve-seevitar: a técnica incorreta na realização dosexercícios (má execução motora e/ou excesso de89Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 24, p. 85-96, jan./dez. 2003sobrecarga para um determinado número derepetições); a ansiedade em querer fazer muito empouco tempo, aumentando subitamente a intensidade,não respeitando a individualidade biológica; aespecialização precoce, resultando em estressemecânico sobre as estruturas músculo-tendinosas,ligamentosas e ósseas.Lopes (2003) investigou as possíveis alteraçõesepifisiárias ocorridas em função do treinamento deforça muscular em pré-púberes, avaliadas porpilosidade púbica. As crianças foram submetidas aum período de 4 semanas de adaptação aotreinamento, e a 12 semanas de treino comsobrecarga a 80% do Teste de 1-RM proposto porRoberts e Weider (1994). Foi realizado exameradiológico nas articulações do cotovelo e joelhodireito. Após o período de treinamento, as criançasrepetiram as avaliações radiológicas seguindo osprocedimentos iniciais, e os resultados indicaram nãoter havido alterações das epífises dos ossos longos.Um dos objetivos dos exercícios deve ser amanutenção e a construção de uma equilibradaestética corporal, com desenvolvimento harmoniosodo corpo, com a função de prevenção e compensaçãode danos e lesões no aparelho de suporte elocomoção. Para isso, torna-se fundamental umaavaliação física prévia e avaliações posteriores paraobtenção de dados que possam dar rumo aotreinamento.O treinamento de força pode favorecer ou limitaro nível de outras capacidades físicas. Se otreinamento de base for adequado e bem conduzido,os riscos serão praticamente nulos. Alguns princípiosmetodológicos devem ser seguidos: a forma de

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trabalho deve ser compatível e atender o objetivo dopraticante; ter planejamento a longo prazo, objetivandoformação motora sem pensar em alto rendimento naidade infantil e juvenil; ter controle médico e avaliaçãoconstante para minimizar o risco de lesão ou danos.A fim de manter o equilíbrio muscular, faz-senecessário realizar o aquecimento, que deve ser ativoe comportar as estruturas implicadas no movimento,sem deixar de ter caráter geral; executarcorretamente os exercícios; realizar exercícios dealongamento, tanto na fase de aquecimento como nade relaxamento; proteger a coluna vertebral earticulações, priorizando exercícios na posiçãohorizontal; fazer um rigoroso e sistemático controlemédico-desportivo; controlar a intensidade e a carga,evitando maximizá-la; não desprezar exercícios deforça estática, porém ter um controle da pressãoarterial de todas as crianças; interromper otreinamento imediatamente após a sensação de dor .O desenvolvimento inadequado da força tornaráimpossível a formação dos hábitos motores. Opotencial de uma pessoa para a elaboração da forçamuscular é estabelecido ao nascer, pois cada umnasce com o número fixo de fibras musculares e estecontinua inalterado por toda a vida. O treinamentoaumenta a força muscular assim como a inatividadea reduz. O desenvolvimento da força na prépuberdadenão apresenta diferença entre os sexos.Exercícios com sobrecarga adequada àspossibilidades do organismo influem favoravelmentena constituição física e melhoram a capacidade dosórgãos e sistemas do organismo jovem (FIORESE,1989).Alguns preconceitos estão sendo derrubados emrelação ao treinamento de força muscular emcrianças (OLIVEIRA; GALLAGHER, 1999;OLIVEIRA; GALLAGHER, 1998; OLIVEIRA;GALLAGHER, 1997; OLIVEIRA; GALLAGHER,1995), como o comprometimento do crescimentocartilaginoso, fraturas, lesões crônicas e problemaslombares. A esse respeito, tem-se verificado que,com uma adequada supervisão da sobrecarga, aincidência de lesão é praticamente nula. Os problemaslombares podem ocorrer devido à hiperlordose quetende a se desenvolver no período próximo àpuberdade. Deve-se ter em mente, diante dessequadro, quais são as prioridades para cada criançapreviamente avaliada.Alguns custos podem inviabilizar o treinamentode força em crianças tais como: equipamento, espaçoSemina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 24, p. 85-96, jan./dez. 200390e manutenção, custos nutricionais, médicos epsicológicos. A quantidade de exercícios para seatingir os objetivos consome tempo e envolve custos

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para gerar resultados. O treinamento deve sersupervisionado com a adaptação dos equipamentos econtrole da intensidade, duração e volume. O supervisordeve estar atento ao nível de motivação e capacidadede atenção seletiva da criança. O prazer pela prática, aalegria e descontração devem ser valorizados nessaatividade. Um treinamento adequado pode proporcionaro aumento da força muscular, por meio de um maiorrecrutamento de unidades motoras, da ativaçãoneuromuscular e da melhoria na coordenação motora;melhoria nos testes motores de aptidão física eperformance; melhoria no desempenho esportivo ediminuição na ocorrência de lesões; aumento da forçaisométrica máxima em meninas entre nove e dez anose meninos entre onze e treze anos (a força aumentanaturalmente e pode ser maximizada com o aumentoda estatura em ambos os sexos); manutenção da aptidãofísica relacionada à saúde; redução do estresseemocional e do tempo de recuperação de lesões,auxiliando na prevenção de doenças músculoesqueléticasde longa duração; aumento da auto-estima,imagem e consciência corporal; melhora nas medidasde composição corporal; diminuição da pressãosangüínea em hipertensos; melhora nos níveis delipídios no sangue e diminuição da quantidade degordura corporal; aumento na densidade óssea;aumento do tempo de fadiga muscular e,consequentemente, diminuição da exaustão e lesões.O treinamento deve ser elaborado e acompanhadopor um profissional da atividade física capacitado paraeste tipo de treinamento. O destreinamento ocorreem adultos e em crianças e para a manutenção daforça muscular, o treinamento deve ser mantido. Ostipos de testes para a determinação do nível da forçamuscular encontrados em alguns estudos são:isométrico, pesos livres, calistênico, isocinético,pneumático e hidráulico (RISSO; LOPES;OLIVEIRA, 1999).As formas de treinamento mais utilizadasenvolvem o peso do próprio corpo ou do companheiro,forma lúdica (jogos), sistematizada (musculação oucircuito) e pesos livres. Fleck (1997) sugere que otreinamento de força com crianças deve observar oprazer pela prática e a individualidade biológica, terobjetivo de promoção da saúde, propiciar vivênciamotora e conscientização quanto à prática de atividadefísica. Para a obtenção de bons resultados, é precisoutilizar técnicas adequadas, adaptar o equipamentoutilizado, observar medidas de segurança, definir oacompanhamento constante de um profissional deatividade física, exame médico, orientar a posturacorreta na execução dos exercícios e utilizar arespiração de forma controlada inspirando na faseexcêntrica e expirando na fase concêntrica.Para a elaboração de um programa de

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treinamento de força sistematizado, sugere-se quehaja equilíbrio entre os exercícios escolhidos, devendohaver ao menos um para cada grupo muscular.Observar a simetria na escolha dos exercícios paracada grupo muscular, selecionando exercícios quepermitam o desenvolvimento de uma ou váriasarticulações. A sobrecarga utilizada deve permitir aexecução de pelo menos seis repetições por série, onúmero de séries deve ser de uma a três. Oincremento da sobrecarga em cada exercício nãodeve ser superior a 5% (cinco por cento) do pesoutilizado para um determinado número de repetições,dependendo da idade da criança e da sua maturaçãopsicológica. Cada sessão de treinamento deve serrealizada com duração entre vinte e sessenta minutos,devendo o treinamento ter a frequência de três vezespor semana. Deve-se utilizar, para a análise dasobrecarga, o Teste de Peso por Repetição Máxima(TPRM) (ROBERTS; WEIDER, 1994).Em seguida trataremos de um método detreinamento de força e suas principais características.Treinamento Progressivo com Pesos comoResistênciaCom esse método, os exercícios destinam-se afortalecer músculos específicos com aplicação práticado princípio da sobrecarga, constituindo a base para91Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 24, p. 85-96, jan./dez. 2003a maioria dos programas de treinamento. A realizaçãode uma série de um exercício é menos eficiente parao aumento da força do que a realização de duas outrês séries.O treinamento pode variar de um a cinco dias porsemana, porém, o treinamento diário do mesmo grupomuscular pode impedir a boa recuperação entre assessões de treinamento, possivelmente retardando oprogresso na adaptação neuromuscular e nodesenvolvimento da força. Para determinadaresistência ou carga, um ritmo mais rápido domovimento pode gerar um maior aprimoramento daforça.A carga genética proporciona um arcabouço dereferência diretiva que modula o efeito de cada umdos outros fatores (treinamento e nutrição) sobre oresultado final do aumento da massa muscular e daforça. (MCARDLE; KATCH; KATCH, 1998 ).O próximo tópico refere-se aos aspectosfisiológicos do treinamento de força em crianças.Aspectos Fisiológicos do Teinamento comSobrecargaA ativação muscular é controlada pelo sistemanervoso. Um neurônio motor e as fibras muscularespor ele enervadas constituem a unidade motora. Aunidade neuromuscular é composta pelo músculo eseus nervos. A condução do impulso nervoso se dá

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de forma contínua ou saltatória, dependendo do tipoda fibra muscular. Apenas as unidades motorasrecrutadas em um exercício produzem força, eportanto sofrerão os efeitos das mudançasadaptativas com o treinamento.A demanda colocada sobre o músculo determinaa quantidade de tecido muscular que é ativado pararealizar o movimento e, assim, adapta-se aotreinamento. Se uma unidade motora for ativada,todas as fibras musculares pertencentes a ela estarãoenvolvidas na contração. Quanto mais unidadesmotoras são estimuladas em um músculo, maior é aquantidade de força desenvolvida .A força muscular tende a aumentar em funçãodo crescimento e da maturação da criança. Com otreinamento de sobrecarga, elas podem obter ganhossignificativos na força muscular através de umaumento na eficiência de recrutamento das unidadesmotoras responsáveis pela contração muscular emelhora na coordenação motora, sem alterações dasmedidas antropométricas durante o período de treino(OLIVEIRA et al., 2003; CRESTAN et al., 2001).Sugere-se a utilização do sistema de sériesalternadas utilizado para desenvolver resistência deforça. Ele consiste na execução de um exercício paraum grupo muscular seguido por outro exercício paraum grupo muscular em uma parte diferente do corpo(alternância de grupo musculares). Isso permitedescanso parcial no grupo muscular recém treinado.A seguir, serão apresentadas algumas orientaçõesbásicas quanto ao treinamento da força muscular emcrianças de diferentes faixas etárias.Orientações Básicas para a Progressão dosExercícios de Força para Criançasa) Idade de 5 a 7 anos:— inicie a criança nos exercícios básicos com poucoou nenhum peso;— desenvolva o conceito de uma sessão detreinamento;— ensine as técnicas do exercício;— progrida de exercícios calistênicos com o pesodo corpo, exercícios com parceiros e exercícioscom cargas leves;— mantenha o volume baixo.b) Idade de 8 a 10 anos:— aumente gradualmente o número de exercícios;— pratique a técnica de exercício para todos oslevantamentos;— inicie incremento gradual progressivo e carga dosexercícios;- mantenha os exercícios simples;- aumente o volume lentamente;Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 24, p. 85-96, jan./dez. 200392— cuidadosamente, monitore a tolerância ao estresse

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do exercício.c) Idade de 11 a 13 anos:— ensine todas as técnicas básicas dos exercícios;— continue progressivamente aumentando o peso decada exercício;— enfatize a técnica do exercício;— introduza exercícios mais avançados com poucaou nenhuma carga.d) Idade de 14 a 15 anos— progrida para programas de exercícios de forçamais avançados;— inclua componentes específicos do esporte seassim desejar;— enfatize as técnicas do exercício;— aumente o volume.e) Idade de 16 anos em diante:— defina o nível inicial de programas para adultos,depois que toda a experiência anterior tenha sidoadquirida (FLECK; KRAEMER, 1999).O próximo tópico apresenta as variáveis maisimportantes na elaboração dos programas detreinamento para crianças e adolescentes.Elaboração dos Programas de TreinamentoAlgumas questões precisam ser levadas emconsideração, antes que a criança ou adolescenteinicie um programa de treinamento de força: estarfisicamente e psicologicamente preparada paratreinar; qual programa ela deve seguir; conhecer astécnicas corretas dos exercícios; os assistentesconhecem os procedimentos de segurança; a criançaconhece os procedimentos de segurança; oequipamento se ajusta a criança; o programa de forçaé equilibrado, ou seja, a criança participa de atividadescardiovasculares e também pratica outros esportes.Cada sessão de treinamento dura de 20 à 60 minutoscom a realização de três sessões por semana. Operíodo de adaptação deverá ser deaproximadamente 4 semanas. Para que o programade força, tenha sucesso deve ficar claro para ospraticantes e assistentes as expectativas e objetivosrealistas, evitando, por exemplo, criar a perspectivado aumento do volume muscular em crianças queainda não possuam maturação para tal alteraçãofisiológica. Cabe também alertá-las para evitarem aconcorrência com outros colegas de treino, pois asadaptações ocorrem em ritmos diferentes. Deve ficarclaro que o propósito do treinamento é estimular opotencial genético de cada um em relação a aptidãofísica. Ter equipamentos e assistentes disponíveispara desenvolver o programa. A adaptação aoprograma deve ser gradativa e a avaliação paraverificação dos resultados deve ser realizada nãoanteriormente à 8 (oito) semanas para que haja tempopara as adaptações necessárias. O registro dedesempenho no treinamento deve ser registrado para

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efeito de pesquisa ou para simples acompanhamentona evolução do mesmo.Para a eficiência do programa, alguns princípiosprecisam ser seguidos: condicionamento de todos oselementos do condicionamento físico (força,flexibilidade, capacidade cardiovascular ecomposição corporal); escolha de exercícios paradesenvolvimento harmonioso do corpo; exercíciosglobais e localizados. É preciso também certificarsede que a criança terá tempo livre para brincar edesenvolver sua personalidade; não há necessidadede distinção entre meninos e meninas, pois ocondicionamento físico geral requer treinamento detodos os principais grupos musculares. Com o passardo programa, deve-se enfatizar as partes mais frágeisno corpo do menino e da menina. Determinar onúmero de séries, repetições, intervalo e sobrecargaa ser utilizada no programa. Essas são as variáveisque irão determinar o programa de treinamento deforça muscular. Para crianças de até 15 anos quevisam o desenvolvimento da força muscular utilizaseo seguinte programa, conforme discriminadoabaixo na Tabela 1.93Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 24, p. 85-96, jan./dez. 2003Tabela 1. Determinação das variáveis no programa de forçamuscular em criançasO intervalo deve ser de 1 a 3 minutos entre asséries, dependendo da característica do treinamento.O fator chave do treinamento de força muscular é operíodo de recuperação e isso deverá ser levado emconsideração na prescrição (freqüência, volume eintensidade). A recuperação deverá ser fisica emental para que a criança não desista e aproveite aomáximo o programa. Uma freqüência que pareceser a ideal é de três vezes por semana tomandocuidado para não causar “overtraining”, nem tornaro programa ineficaz. Deve-se discutir com a criançaalguns aspectos: esforço e fadiga, dor, desconfortoexcessivo, modificações no programa, feedback erecuperação para a próxima sessão. Crianças prépúberesdevem evitar o treinamento com cargamáxima ou próxima dela, mas podem utilizar aperiodização para maximizar os benefícios além decontribuir para a minimização da possibilidade defadiga. E a periodização se dá da seguinte forma:Segunda-feira: treino leve; Quarta-feira: treinopesado; Sexta-feira: treino moderado. A variação dacarga e as mudanças no formato de treinamento sedará entre 2 e 4 semanas. A Tabela 2 abaixodescreve uma proposta de periodização detreinamento em crianças pré-púberes em suasdiferentes fases de treinamento, séries e repetições.Tabela 2. Modelo de periodização para crianças prépúberes.O descanso deve ser ativo (por exemplo com

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realização de atividades aeróbias). Se o treinamentofor direcionado à aptidão física voltada para a saúde,não haverá necessidade de treinamento de potênciae visando picos de força. A variação dos exercíciospode levar um grupo muscular a elevar mais a forçapor ele produzida. Essa variação ou incremento deexercícios deve ser realizada entre 2 e 4 semanas detreinamento. Entretanto, é necessário manter algunsexercícios para os principais grupos muscularesdurante o programa de treinamento para que hajaadaptações do movimento original relativas aotreinamento. Algumas variações podem serrealizadas: aumento da sobrecarga; variar o exercíciopara o mesmo grupo muscular; variar as repetiçõesutilizadas (de 6 a 20 RM); variar a quantidade deséries (de 1 a 3); variar os dias de treino leve, pesadoe moderado. Se a criança estiver necessitando deuma perda de peso corporal urgente (por excesso degordura corporal), o programa será direcionado paraesse objetivo, com a diminuição do tempo nosexercícios anaeróbicos e aumento do volume deexercícios aeróbicos. O programa sempre édirecionado à necessidade do aluno ou a aptidão físicarelacionada à saúde. (KRAEMER; FLECK, 2001).A seguir, são expostas algumas orientações sobre ostestes de força nessa faixa etária.Intensidade Percentual RepetiçõesDia intenso 100% de 8 a 10 RMDia moderado 90% de 8 a 10 RMDia leve 85% de 8 a 10 RMFase de treinamento Séries RepetiçõesInicial 3 10 a 15Força 3 6 a 10Potência 2 a 3 6 a 8Pico 1 a 2 6 a 8Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 24, p. 85-96, jan./dez. 200394Considerações Acerca dos Testes de ForçaMuscular em CriançasÉ essencial que todos os indivíduos participantesdo treinamento sejam testados nas mesmascondições, para que possam ser feitas comparaçõesaceitáveis entre eles. Antes do teste, fornecerinstruções padronizadas antes do teste. Caso serealize aquecimento, o mesmo deve ser de duraçãoe intensidade uniforme. O indivíduo deve possuir umconhecimento prático do teste (aprendizado). Épreciso certificar-se de que o ângulo de mensuraçãosobre o membro ou dispositivo de teste seja constanteentre os indivíduos. É necessário, ainda, determinarpreviamente, um número mínimo de ensaios(repetições) para estabelecer um escore padrão, eselecionar os testes que comportam sabidamente umaalta reprodutibilidade dos escores. A falta defidedignidade da mensuração pode, por si só,

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mascarar o verdadeiro desempenho do indivíduonesse teste. Cabe considerar as diferenças individuaisem variáveis como o tamanho e a composiçãocorporal ao avaliar os escores de força entreindivíduos e grupo. (MCARDLE; KATCH; KATCH,1998).Estudo realizado por Gurjão (2003) procurouanalisar a quantidade de sessões necessárias para afamiliarização ao teste de 1 Repetição Máxima (1-RM), em crianças pré-púberes (9,5+0,5 anos;35,1+6,9 kg; 138,3+6,1 cm), do sexo masculino, semexperiência prévia em treinamento com pesos,submetidas a 8 sessões de testes nos exercícios demesa extensora e rosca direta de bíceps, comintervalo de 48 horas entre elas. Em cada sessão, ascrianças realizaram 3 tentativas intervaladas por 3-5minutos de recuperação, para cada um dos exercíciostestados. Foram encontrados aumentos de 30,2% noexercício de mesa extensora, e 22,7% no exercíciode rosca direta de bíceps, ao longo das 8 sessões detestes. No entanto, nenhuma diferença significativaestatísticamente foi encontrada entre a terceira e aoitava sessão de testes na mesa extensora, e entre aquinta e a oitava sessão de testes na rosca direta debíceps. Estes resultados indicam que a avaliação daforça muscular pode ser subestimada pela falta defamiliarização prévia em testes de 1-RM naquelafaixa etária. Os resultados sugerem que o testeparece ser dependente da tarefa motora executada,e possivelmente, do tamanho do grupamentomuscular envolvido.Outros estudos de Faigenbaum, Miliken eWestcott (2003), Ploutz-Snyder e Giamis (2001)indicam a segurança da aplicação do teste de 1-RMem crianças pré-puberes de ambos os sexos,enfatizando a importância da familiarização namensuração da força muscular. Um número mínimode 3 a 4 sessões antes da avaliação da força muscularpelo teste de 1-RM foi verificada em indivíduos jovensdo sexo masculino, com experiência em exercícioscom pesos (CYRINO et al., 2002).Considerações FinaisO treinamento de força muscular pode serdesenvolvido em crianças e adolescentes desde queo programa seja organizado e sistematizado paracontribuir no desenvolvimento harmonioso dosmovimentos e da parte estrutural de cada indivíduo.Deve-se ter muito cuidado na execução dosmovimentos e na sobrecarga utilizada para cadaexercício proposto, devendo a criança ser assistidapor profissionais capacitados. Antes do início de umprograma de treinamento com pesos para crianças,sugere-se que sejam realizados testes de 1-RM, emfunção da tarefa motora e tamanho do grupamentomuscular envolvido, verificando-se a estabilização das

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medidas e aumentando a precisão da carga inicial detrabalho. O treinamento com sobrecarga produz umprocessao de melhor adaptação neuromuscular nacriança e no adolescente, levando-a a um aumentosignificativo da força muscular e sem grandesalterações nas suas medidas antropométricas.A musculação é mais uma opção de atividadefísica para crianças e adolescentes, assim comoesportes, lutas, jogos, entre outros. O professor, assimcom em outras áreas da Educação Física, deveráestar preparado para a atividade que irá conduzir,95Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 24, p. 85-96, jan./dez. 2003planejando o treinamento e respeitando aindividualidade biológica de cada criança.ReferênciasBRITO, C. F.; ANDRADE, D. R.; ARAÚJO, T. L.;MATSUDO, V. K. R. Estabilidade da aptidão física entre ainfância e adolescência. Revista Brasileira de AtividadeFísica e Saúde, Londrina, v.4, n.1, p.711, 1999.CRESTAN, T. A.; MAKOSKI, A.; PICHETH, D. M.;CYRINO, E. S. Adaptações neuromusculares após otreinamento com pesos. Revista Brasileira de Ciência eMovimento, Brasília, Supl., p.138, 2001.CYRINO, E. S.; PINA, F. L. C.; PICHETH, D. M.; DIAS, R.M. R.; CARVALHO, F. O.; TASSI, G. M. et al. Influência dafamiliarização prévia sobre os resultados de testes de umarepetição máxima para a avaliação dos níveis de forçamuscular. In: CONGRESSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ECIÊNCIAS DO DESPORTO DOS PAÍSES DE LÍNGUAPORTUGUESA, 9., 2002, São Luís. Anais... São Luís, 2002.p.179.FAIGENBAUM, A.; MILIKEN, L. A.; WESTCOTT, W. L.Maximal strength test in healthy children. Journal ofStrength and Conditioning Research, Colorado Springs,n.17, p.162-166, 2003.FIORESE, L. Os efeitos do treinamento precoce em criançase adolescentes. Revista da Fundação de Esporte eTurismo, Curitiba, v.1, n.2, p.23-31, 1989.FLECK, S. Riscos e benefícios do treinamento de força emcrianças: novas tendências. Revista Brasileira deAtividade Física e Saúde, Londrina, v.2, n.1, p.69-75, 1997.FLECK, S. J.; KRAEMER, W. J. Fundamentos doTreinamento de Força Muscular. Porto Alegre: ArtesMédicas Sul, 1999.GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P. Aptidão físicarelacionada à saúde de crianças e adolescentes: avaliaçãoreferenciada por critério. Revista Brasileira de AtividadeFísica e Saúde, Londrina, v.1, n.2, p.27-38, 1995.______. Exercício Físico na Promoção da Saúde.Londrina: Midiograf, 1995.GURJÃO, A. L D. A influência do processo defamiliarização na avaliação da força muscular emcrianças pré-púberes. Trabalho de Conclusão de Curso(Graduação em Educação Física) - Universidade Estadualde Londrina, 2003.LOPES, A. G. Possíveis alterações epifisiárias em funçãodo treinamento de força muscular em pré-púberes.Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação

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Física) - Universidade Estadual de Londrina, Paraná.Disponível em: <http://www.boletimef.org/default.asp>.Acesso em: 10 set. 2003.McARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologiado Exercício: energia, nutrição e desempenho humano.4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.OLIVEIRA, A. R. Fatores influenciadores na determinaçãodo nível de aptidão física em crianças. Synopsis, Curitiba,v.7, p.48-62, 1996.OLIVEIRA, A. R.; CYRINO, E. S.; FREITAS, L. A. G.;RISSO, S.; LOPES, A. G.; MACHADO, M. V.; OLIVEIRA,F. C. A adaptação neuromuscular no treinamento comsobrecarga em crianças. In: CONGRESSOINTERNACIONAL DE PEDAGOGIA DO ESPORTE, 1.,2003, Maringá. Anais... Maringá, 2003. p. 24, 27, 43.OLIVEIRA, A. R.; GALLAGHER, J. D. The influence ofsport experience and selective attention on thedevelopment of balance control. In: NORTH AMERICANSOCIETY OF PSYCHOLOGY OF SPORT AND PHYSICALACTIVITY ANNUAL CONFERENCE (NASPSPA), 1999,Clearwater Beach. Annals... Clearwater Beach, 1999.______. Treinamento de força em crianças de 6 a 12 anosde idade: um estudo em meta análise. In: SIMPÓSIOINTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 21., 1998,São Paulo. Anais...São Paulo, 1998. p.8, 11, 120.______. Treinamento de força muscular em crianças:novas tendências. Revista Brasileira de Atividade Físicae Saúde, Londrina, v.2, n.3, p.80-90, 1997.______. Strength training in children: a meta analysis.Pediatric Exercise Science, Champaign, v.7, n.1, p.108,feb. 1995.OLIVEIRA, A. R. de; GALLAGHER, J. D.; SILVA, S. G.Musculação em crianças: uma meta análise. Revista daAssociação dos Professores de Educação Física deLondrina, Londrina, v.10, n.18, p.70-76, 1995.PINHO, R. A.; PETROSKI, E. L. Nível de atividade físicaem crianças. Revista Brasileira de Atividade Física eSaúde, Londrina, v.2, n.3, p.67-79, 1997.PLOUTZ-SNYDER, L. L.; GIAMIS, E. L. Orientation andfamiliarization to 1-RM strength testing in old and youngwomen. Journal of Strength and Conditioning Research,Colorado Springs, n.15, p.519-523, 2001.RAMOS, A. T. Criança/adolescente e a atividade física.Revista Técnica de Educação Física e Desportos, Rio deJaneiro, v 17, n 94, p.1-2, 1998.RISSO, S.; LOPES, A. G.; OLIVEIRA, A. R. Repensando otreinamento da força muscular em crianças pré-púberesna faixa etária de 6 a 12 anos de idade. Revista TreinamentoDesportivo, Londrina, v.4, n.1, p.48-54, 1999.Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 24, p. 85-96, jan./dez. 200396ROBERTS, S.; WEIDER, B. Strength and Weight Trainingfor Young Athletes. Chicago: Contemporary Books, 1994.ROCHA, P. S. O. Treinamento Desportivo I. Brasília:Ministério da Educação e Cultura, 1978.Agradecimentos pela elaboração do artigo àsinstituições:Universidade Estadual de Londrina – UEL;Grupo de Estudo e Pesquisa em Metabolismo,

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Nutrição e Exercício – GEPEMENE;Conselho Nacional de Desenvolvimento Científicoe Tecnológico - CNPq.