trabalho de direito empresarial

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS CURSO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS DISCIPLINA DE DIREITO EMPRESARIAL ANÁLISE DE AFIRMAÇÃO TRABALHO DE GRADUAÇÃO Acadêmica: Maria Leonilda Lopes Goularte Santa Maria, RS, Brasil 2015

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Disciplina de Direito Empresarial - UFSM/RS

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CINCIAS SOCIAIS E HUMANAS

    CURSO DE CINCIAS ADMINISTRATIVAS DISCIPLINA DE DIREITO EMPRESARIAL

    ANLISE DE AFIRMAO

    TRABALHO DE GRADUAO

    Acadmica: Maria Leonilda Lopes Goularte

    Santa Maria, RS, Brasil 2015

  • PROPOSTA:

    Uma das melhores provas de que o princpio e a finalidade do consumo no a

    fruio, reside no fato de esta se encontrar hoje forada e institucionalizada no como direito

    ou como prazer, mas como dever do cidado. (BAUDRILLARD, 2008, p. 98).

    Analise a afirmao de Baudrillard sob o ponto de vista:

    - Consumidor;

    - Administrador de empresas.

  • ANLISE SOB O PONTO DE VISTA DO CONSUMIDOR:

    Como consumidora descreverei sobre situaes das quais me encontro perante a

    atual realidade de consumo. Afirmo que no consumimos por necessidade, mas porque

    algum nos oferece ou nos influencia a comprar, por exemplo, o sistema capitalista, a

    publicidade, mdia, televiso, amigos, filmes, familiares, s vezes, ou na maioria das vezes

    no estamos precisando de um produto, mas por que algum, subentendidamente nos

    passa a mensagem de que se no tivermos determinado acessrio, seramos algum

    diferente ou pior seramos excludos de determinado grupo social. Vamos olhar para dentro

    de nossas casas e voltar uns 500 anos atrs. Se tivssemos as mesmas condies sociais

    que temos hoje em dia, mas naquela poca, no teramos praticamente nada do que temos

    dentro de casa hoje? Com certeza no e mesmo assim sobreviveramos muito bem, isso

    no um fato? Significa que se vivssemos hoje em dia sem consumir nada do que existe

    hoje, provavelmente, seramos excludos, pelo menos poucas pessoas ou ningum viria nos

    visitar se no tivssemos um sof, computador, wi-fi, televiso e energia dentro de nossas

    casas. Fomos condicionados a utilizar as novas invenes, mas no precisaramos delas se

    no quisssemos, mas quem deixaria de ostentar para os amigos ou para a famlia que

    tambm aderiu nova inveno e que tem poder aquisitivo para isso, mesmo que no tenha

    esse poder monetrio? Com certeza temos essa necessidade de mostrar que tambm

    podemos como os outros e por isso iremos aderir nova moda ou onda publicitria. Essa

    nossa profunda necessidade de sermos aceitos nos faz obrigados a adquirir produtos que

    no precisaramos para provar uma posio social que talvez no tenhamos para pessoas

    que no pagam nossas dvidas e que no dormem por ns, preocupadas em como quit-las.

    Por vezes abrimos mo de comprar uma necessidade como alimentos para poder

    comprar um acessrio moderno, descrevo essa situao porque eu mesma j fiz. claro

    que novas invenes nos proporcionaram alguns confortos se comparados com os tempos

    antigos, mas atualmente, todos os dias so inventados milhares de objetos novos no mundo

    todo, incluindo muitos designers diferentes desses objetos, e no h como se adaptar a

    essa onda e ter tudo em mos. Alm do mais, a nossa vida efmera e perderamos a vida

    inteira trabalhando muito para comprar, consumir, jogar fora e consumir de novo.

    Sinceramente, posso dizer que me cansa ser obrigada a consumir, infelizmente

    somos aceitos pelo que temos e no pelo que somos nessa sociedade capitalista. No h

    como sair desse ciclo, pois at para trabalhar precisamos saber lidar com tecnologias, at

    mesmo uma empregada domstica precisa saber mexer com um aspirador de p. Nesse

    ponto, eu elogio o pas de Cuba quando era liderado por Fidel Castro, acredito que as

    pessoas, naquela poca, por no terem tido as oportunidades de conhecer nem metade de

  • produtos que j conhecamos, eram bem mais felizes que ns e conseguiam fazer um bem

    proveito da vida melhor do que ns, pois o governo supria as principais necessidades do ser

    humano e eles no precisavam ter nossas invenes para sobreviverem. Se quisermos

    comer em nosso pas temos que trabalhar, mas para trabalhar ns devemos pelo menos

    saber mexer com as novas tecnologias, mas para saber lidar com elas precisamos ter

    contato com elas, para termos contato com uma tecnologia temos que t-la ou ter algum

    prximo que a tenha, para isso precisamos comprar ou pagar para ter uso de uma

    tecnologia e para comprarmos precisamos do dinheiro e onde o conseguimos? Trabalhando

    e para trabalhar precisamos ter energia, sade e segurana, mas para isso precisamos nos

    alimentar e ter uma casa para se proteger, mas o governo brasileiro no nos garante nada

    disso, nosso pas at nos garante, mas com uma pssima qualidade, diferentemente de um

    governo socialista.

    Sobreviver depende de ns. Para sobreviver no capitalismo depende de ns

    consumir, mas consumimos por obrigaes e no por que de fato precisamos de alguns

    produtos. Podemos at tentar viver como homens das cavernas viviam, mas com certeza

    seramos excludos da sociedade e viveramos isolados. Somos alienados e no h como

    fugir, pois fomos sistematizados para sobreviver em funo do consumo.

    ANLISE SOB O PONTO DE VISTA DO ADMINISTRADOR DE EMPRESAS:

    Vivemos em um ambiente cercado de informao esttica massificada, o qual

    introjeta no ser individual "novos" conceitos de felicidade e realizao pessoal, a maior parte

    destes conceitos postulados por meios de comunicao de massa, dos quais, o mais

    abrangente sem dvida a televiso. Para Stiegler (2004) os dispositivos televisivos so:

    mquinas para liquidar esse eu, das quais Michel Foucault estudou as tcnicas no final da

    vida. Se dezenas, ou mesmo centenas de milhes de telespectadores assistem

    simultaneamente ao mesmo programa transmitido ao vivo, essas conscincias do mundo

    inteiro interiorizam os mesmos objetos temporais. E se todos os dias elas repetem, na

    mesma hora e de maneira muito regular, o mesmo comportamento de consumo audiovisual

    porque tudo as leva a isso, essas "conscincias" acabam por se tornar a conscincia da

    mesma pessoa, ou seja, a conscincia de ningum. A inconscincia do rebanho libera um

    capital pulsional que no une mais um desejo, pois este supe uma singularidade.

    (STIEGLER, 2004, p. 2).

    So os efeitos desta chamada sincronizao temporal, desta simultaneidade na

    coordenao de expectativas, que possivelmente apresentam reflexos nos processos de

    percepo individual quanto a possveis satisfaes e motivaes. Como exemplo de alguns

  • desses reflexos poderamos citar: as modificaes na estrutura do ncleo familiar; as

    interferncias nas relaes religiosas; nas percepes polticas e mesmo na noo de lazer

    de nossa sociedade contempornea, alm de toda e qualquer estrutura socialmente

    constituda. O ambiente escolar e acadmico, como no poderia deixar de ser, tambm

    encontra relaes diferenciadas que suscitam "novos" objetos de estudos sobre os tais

    paradigmas a que esto sujeitos, formados a partir dessa realidade das relaes sociais

    ditas "estetizadas", determinadas por sistemas miditicos de intermediao e formao de

    sistemas de significao. Diante do meu aparelho de TV, estando eu sozinho, posso sempre

    afirmar que me comporto individualmente, mas, conforme reitera Stiegler, a realidade que

    fao como centenas de milhares de telespectadores que assistem ao mesmo programa. O

    mesmo autor observa que isso tudo poderia ser uma iluso. tambm esse o caso da

    chamada atividade de "tempo livre", que, na esfera hiperindustrial, estende a todas as

    atividades humanas o comportamento compulsivo e mimtico do consumidor: tudo deve

    tornar-se consumvel? Educao, cultura e sade, assim como os sabes em p e os

    chicletes. Mas a iluso que precisa ser criada para se chegar a isso s pode provocar

    frustraes, descrditos e instintos de destruio. (STIEGLER, 2004). Estas formas

    massificadas de construo idearia podem representar um simulacro esttico referente a

    posies estatutrias e representaes da coletividade, influenciando diretamente nos

    padres comportamentais e nas expectativas ligadas a qualquer produto consumvel. Diante

    desse quadro, poderamos problematizar as possveis opes por cursos de graduao. Os

    cursos de graduao, ofertados normalmente pelas universidades, faculdades ou centros

    acadmicos, podem ser identificados como qualquer objeto consumvel pertencente ao

    sistema social de consumo, com valor estatutrio e simblico que o estaria determinando

    culturalmente. O pressuposto das relaes consumistas, que norteiam as relaes sociais

    sob o olhar da individualidade (massificada) e da participao ativa na teia das relaes

    comerciais estabelecidas (compra, utilizao e descarte), impe como ideal de conquista a

    realizao atravs do consumo irrestrito e efmero, da eterna busca por satisfao material

    como ornamentria de reconhecimento ou incluso. Lipovetsky quem vai nos dizer que o

    conceito de "passageiro" e "efmero" teria varrido todo o ideal de permanncia, e, a regra do

    efmero estaria governando a produo e o consumo dos objetos (LIPOVETSKY, 2006).

    Apregoado por meios de comunicao ou informao de massa como valor

    intrnseco liberdade individual, o sistema de consumo seria o principal sistema cultural

    atuante na formao identitria contempornea. O fato de comearmos a tratar o universo

    humano, das relaes sociais, como produtos, passando por crivos de aprovao, utilizao

    e descarte, caracterstica que anteriormente era exclusividade dos chamados produtos

    "tradicionais", nos remete as seguintes problemticas que guiaro esse estudo: estas

    relaes de consumo exercem efetivamente, e em at que ponto, influncias nas escolhas

  • individuais quando da opo por um curso superior? Qual seria o maior apelo s escolhas

    individuais referentes pretensa escolha profissional? De que maneira poderamos

    perceber as motivaes de alunos do ensino superior quando da seleo por um curso de

    graduao? Esta escolha seria influenciada pelo excesso de informao esttica

    massificada midiaticamente a que estamos expostos?

    Bauman (2008) sugere que os membros da sociedade de consumidores so eles

    prprios mercadorias de consumo. [...] a qualidade de ser uma mercadoria de consumo

    que os torna membros autnticos dessa sociedade. Tornar-se e continuar sendo uma

    mercadoria vendvel o mais poderoso motivo de preocupao do consumidor, mesmo que

    em geral latente e quase nunca consciente. por seu poder de aumentar o preo de

    mercado do consumidor que se costuma avaliar a atratividade dos bens de consumo, os

    atuais ou potenciais objetos de desejo dos consumidores que desencadeiam as aes de

    consumo. "Fazer de si mesmo uma mercadoria vendvel" um trabalho do tipo faa-voc-

    mesmo e um dever individual. (BAUMAN, 2008, pg. 76.) Assim, a necessidade de "ser

    eternamente vendvel" que torna a busca por formaes diversificadas um caminho longo e

    de muitas variveis. Nesse sentido as motivaes ao se buscar um curso de nvel superior,

    em uma sociedade culturalmente guiada pelo consumo, , principalmente, a representao

    social simblica de determinada profisso em determinado espao de tempo. Assim sendo,

    em determinado momento "ser" (ou estar) arquiteto uma significao de status frente

    coletividade, este mesmo status pode migrar em espaos de tempo razoavelmente curtos

    para o "design", para a moda, para as engenharias, para as cincias jurdicas, etc.

    Percebamos que as formaes profissionais passam a ser tratadas simbolicamente, e que

    as implicaes gerais desta postura alteram a forma geral de como percebido e executado

    todo o sistema de ensino. A predileo e opo por determinada profisso pode ser mais

    uma escolha com base em representaes coletivas simblicas, do que propriamente uma

    deciso tomada por competncias ou ponderaes sobre capacidades. O compromisso com

    a introjeo de novos valores e comportamentos sociais, tais como, a percepo do conceito

    de liberdade e de escolha individual, a capacidade de realizao individual (e a

    obrigatoriedade da busca), irrestrita e universal, e, sobretudo de que o sucesso depende

    exclusivamente de escolhas pessoais, sendo as mesmas individuais e intransferveis, acaba

    por generalizar formas de perceber o "sucesso" e as "conquistas" sociais referentes a status,

    tornando as opes por determinado produto, mais frequentes em determinado tempo e

    espao. O consumo ao materializar-se em um ambiente, onde os modos de percepo

    aparentemente de cunho e de alcance privados, seriam o reflexo de percepes coletivas,

    acabariam por atuar como influncia direta nas combinaes realizadas nas relaes

    sociais. Chegamos ao ponto em que o invade toda a vida, em que as atividades se

    encadeiam do mesmo modo combinatrio, em que o canal das satisfaes se encontra

  • previamente traado, hora a hora, em que o total, inteiramente climatizado, organizado,

    culturalizado. (BAUDRILLARD, 2008 pg. 18). Os processos de seleo por um curso de

    graduao passam ento pelos mesmos processos seletivos a que esto sujeitadas todas

    as "mercadorias", inseridas em um sistema simblico, conceituado culturalmente. Mesmo

    considerando as possveis formas hbridas de formao cultural, temos de considerar a

    grande exposio miditica massificada que, como nunca antes, traz implicaes com efeito

    global, homogeneizando as formaes do iderio coletivo. importante a percepo de que,

    segundo a lgica do sistema cultural de consumo, as satisfaes no so as finalidades

    (enquanto fruio ou mais claramente, como posse). Uma das melhores provas de que o

    princpio e a finalidade do consumo no a fruio reside no "fato" de esta se encontrar

    hoje forada e institucionalizada, no como direito ou como prazer, mas como dever do

    cidado. (BAUDRILLARD 2008 p. 94).

    A lgica imperativa a das motivaes (sob o simulacro das necessidades) e a da

    efemeridade (representando o descarte), que so as principais molas propulsoras das

    escolhas, sejam elas quais forem. Relembremos que, segundo o veredicto da cultura

    consumista, os indivduos que se satisfazem com um conjunto finito de necessidades,

    guiando-se somente por aquilo que acreditam necessitar, e nunca procuram novas

    necessidades, que poderiam despertar um agradvel anseio por satisfao, so

    consumidores falhos. (BAUMAN, 2007, pg. 128). Sendo a satisfao um ponto de

    expectativa no alcanvel em um sistema cultural de consumo, possvel que, em

    determinado ponto (tempo), a deciso por um curso de graduao venha a se tornar uma

    escolha efmera, construda sob um sistema de expectativas que se altera quase com a

    mesma velocidade da prpria escolha. Talvez em decorrncia deste sistema organizado de

    eleio efmera por determinado "caminho" na graduao, o nmero de evases esteja em

    crescimento acentuado ao longo da ltima dcada. claro que temos de levar em conta

    outros possveis fatores de influncia, tanto para os ndices crescentes de evaso quanto

    dos processos que encaminham a seleo por determinado curso, porm devemos perceber

    que os aspectos de formao cultural tm de estar presentes em qualquer processo

    analtico, no como mtodo exclusivo, mas como anlise centralizada, aproveitando todos

    os possveis "atravessamentos" com outras ticas sobre o tema. A expresso "centralidade

    da cultura" indica aqui a forma como a cultura penetra em cada recanto da vida social

    contempornea, fazendo proliferar ambientes secundrios, mediando tudo. (HALL, 1997

    pg. 5). A suposta "correta" percepo, por parte de docentes e das pessoas envolvidas,

    tanto no planejamento quanto na execuo das estratgias de ensino e posicionamento de

    instituies de ensino superior, torna-se hoje fundamental conjugao de interesses

    mtuos entre "consumidores e produtos". Perceber que o aluno, como em um ato de

    "compra", seleciona seu caminho na graduao, e que este, formado por uma base

  • cultural esteticamente constituda, por todo um arcabouo de processos visuais

    massificados (dentre eles sendo o principal a televiso), seria o primeiro passo para o

    desenvolvimento de novos caminhos na educao em nvel superior. No podemos entrar

    em um processo simples de desconstruo e crtica, como pensadores dos sistemas de

    ensino cabe ao corpo docente a percepo de possveis novas e cambiantes expectativas.

    Desta forma procurando adequar cursos de graduao e instituies de ensino superior

    dentro de possibilidades que vislumbrem o desenvolvimento tanto de alunos, quanto de

    instituies, e propondo solues possveis, novos caminhos a se trilhar.

    Os processos de resignificao da realidade, assentados em percepes coletivas,

    porm quase sempre tomadas como formaes identitrias individuais, somente podem ser

    entendidos com a correta percepo de que, os processos de comunicao de massa e

    processos de globalizao cultural, representam fator predominante (porm, no nico) de

    formao ideria. A formao cultural mais homogeneizada por meios de comunicao de

    massa, tida como mediadora da maior parte dos sistemas de significao e valorao sem

    dvida o sistema organizado de consumo, assim sendo devemos considerar este sistema

    cultural como pano de fundo em toda a possvel anlise sobre qualquer fato socialmente

    constitudo. O fato que a procura por cursos de graduao parece ser uma prerrogativa

    comum, um desejo (ou declarao tcita de necessidade) que independe da seleo

    posterior por determinado curso de graduao. Estas mesmas formaes iderias comuns,

    possivelmente sofram as mesmas influncias culturais massificadas do sistema de

    consumo. A incluso de problematizaes diversas, sob perspectivas culturais aplicadas a

    pesquisas variadas, procurando "novas ticas" sobre os mesmos temas, deve

    provavelmente amplificar possibilidades de abordagem. Os estudos culturais, aplicados com

    a devida centralidade necessria, e no como simples ferramenta, percebida como pano de

    fundo, onde se desenvolvem com interdependncia todos os processos sociais, e

    respectivamente, se possibilitam as significaes e resignificaes referenciais,

    articuladoras dos sistemas de percepo acerca da realidade, o caminho mais provvel

    para a formao de um sistema que Edgard Morin denominou como a necessidade da

    formao de um "pensamento complexo". No se trata de um pensamento que exclui a

    certeza pela incerteza, que exclui a separao pela inseparabilidade, que exclui a lgica

    para permitir todas as transgresses. O procedimento consiste, ao contrrio, em se fazer

    uma ida e vinda incessante entre certezas e incertezas, entre o elementar e o global, entre o

    separvel e o inseparvel. (MORIN 2003. Pg.75). As percepes acerca dos processos

    culturais, referentes a formaes coletivas de significado, que possam influenciar a

    formao geral das motivaes, um dos passos primordiais para a formao de um

    pensamento complexo, como Baudrillard, penso que as postulaes miditicas so as

    maiores responsveis pela formao do imaginrio coletivo, definidores da maior parte dos

  • processos de "livre escolha", com Stiegler, comungo a opinio de que a assimilao

    simultnea de conceitos "temporais" gera um "rebanho", uma coletividade guiada ao mesmo

    ponto empossado com as mesmas introjees. Processos comunicacionais cada vez mais

    globalizados tendem a formar ondas coletivas de "busca pelos mesmos meios de

    significao", assim sendo, tornando as procuras por determinadas graduaes, sazonais,

    temporais e massificadamente induzidas por processos estticos de representao.

  • REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    BAUDRILLARD; Jean. A Sociedade de Consumo. Lisboa, Edies 70, 2008.

    BAUDRILLARD; Jean. Para Uma Crtica da Economia Poltica do Signo. So Paulo,

    Gallimard, 1972.

    BAUMAN; Zigmunt. Vida Para Consumo: A Transformao das Pessoas em

    Mercadoria. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2008.

    BAUMAN; Zigmunt. Tempos Lquidos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2007.

    HALL, Stuart. A centralidade da Cultura: Notas Sobre as Revolues Culturais do

    Nosso Tempo. 1997. Londres.

    LIPOVETSKI; Gilles. O Imprio do Efmero. So Paulo, Schwarcz, 2006.

    MORIN; Edgar. Representao e Complexidade. Candido Mendes (org); Rio de Janeiro:

    Garamond, 2003.

    STIEGLER; Bernard. MDIA: O desejo asfixiado, ou como as indstrias culturais

    liquidam o indivduo. 2004. Disponvel em . Acesso em 24 de maio de 2015.

    BATISTA; Gabriel. Prof.: MONTEIRO; Sandra. Artigo: ESTTICA MASSIFICADA E

    CULTURA DE CONSUMO. FACULDADE AVANTIS. Ps-graduao Lato Sensu em

    Docncia no Ensino Superior 12/12/09. Disponvel em

    . Acesso em 24 de maio de 2015.