trabalho de conclusÃo de curso...
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
FERNANDO RIBEIRO DOS SANTOS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (T.C.C.)
CURITIBA 2006
Fernando Ribeiro dos Santos
Fósforo para suplementação de bovinos
Monografia apresentada ao Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para obtenção do título de Médico Veterinário. Professor Orientador: Dr. Ítalo Minardi Orientador Profissional: Dr. Dr. Thiago Luiz Andreoli Gorgonio dos Santos
CURITIBA Novembro 2006
LISTA DE SIGLAS P = Fósforo
Ca = Cálcio
Mg = Magnésio
pH = Potencial de hidrogênio
K = Potássio
MS = Matéria Seca
LISTA DE TABELAS
TABELA 1. CONCENTRAÇÕES DE FÓSFORO E FLÚOR EM FOSFATOS DE ROCHA.......................................................................................................................
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TABELA 2 – CONCENTRAÇÕES DE FÓSFORO E FLÚOR NO SUPERFOSFATO TRIPLO E NO FOSFATO BICÁLCICO..................................................................................................
18
TABELA 3 – NECESSIDADES DE FÓSFORO PARA GADO LEITEIRO, POR KG DE MATÉRIA SECA ......................................................................................................
22
TABELA 4 – EXIGÊNCIAS DE P PARA DUAS TAXAS DE GANHO DE PESO NA RECRIA E NA ENGORDA DE BOVINO DE CORTE................................................................
23
TABELA 5 – EXIGÊNCIAS DE P PARA VACAS E NOVILHAS DE CORTE EM REPRODUÇÃO...... 23
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................. 6
2. FORMAS E SITUAÇÃO NO ORGANISMO...................................................................... 8
3. ABSORÇÃO E UTILIZAÇÃO....................................................................................... 11
4. MÉTODOS DE ESTUDO DAS NECESSIDADES EM FÓSFORO.......................................... 13
5. A UTILIZAÇÃO DO FÓSFORO.................................................................................... 14
6. FONTES DE FÓSFORO............................................................................................. 16
7. PROBLEMA DO FLÚOR............................................................................................ 20
8. NECESSIDADES EM FÓSFORO PARA BOVINOS........................................................... 22
8.1 GADO LEITEIRO.................................................................................................... 22
8.2 GADO DE CORTE.................................................................................................. 23
8.3 REPRODUÇÃO...................................................................................................... 24
9. SINTOMAS DAS DEFICIÊNCIAS DE FÓSFOROS EM RUMINANTES................................... 25
10. SUPLEMENTAÇÃO DE FÓSFORO PARA BOVINOS EM PASTAGENS.............................. 26
11. CONCLUSÃO........................................................................................................ 28
12. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................................ 29
RESUMO
A deficiência de fósforos em bovinos é um fator importante que contribui para a baixa produtividade do rebanho nacional. Por isso, na pecuária é de suma importância a mineralização dos animais com este macroelemento. Como esse é um componente caro da mistura mineral, há esforços freqüentes para buscar formas eficientes de suplementar o fósforo, porque nas fontes alternativas de fósforo o conteúdo de flúor sempre foi uma preocupação entre os profissionais da área. Os animais intoxicados pelo flúor, exibem sinais cerca de 2 a 3 anos após o consumo contínuo. Por esta razão é necessário o monitoramento de rotina dos teores de fósforo por profissionais habilitados, que conheça as limitações e formas recomendadas de utilização desses fosfatos.
Palavras-chave: Fósforo, flúor, mineral, bovino de corte.
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INTRODUÇÃO
Conforme Silva Filho et alii, o papel do fósforo no organismo animal é de
grande importância para o desenvolvimento deste enquanto jovem e na mantença
do mesmo em idade adulta, “desde que este elemento participa na geração de
moléculas de ATP, fosfolipídeos, fosfoproteínas e é responsável pelo crescimento e
fortalecimento dos ossos e tecidos moles” (GEORGIEVSKII, 1982, citado por SILVA
FILHO et alii, p.2, 1997). Neste sentido,
“quando o nível de fósforo na dieta não supre a necessidade do
animal, as células dos tecidos são primeiramente afetadas, uma vez que
elas dependem do suprimento de fósforo proveniente dos alimentos. Se a
deficiência de fósforo persistir por período prolongado, ocorre o
aparecimento dos sintomas clínicos que incluem perda ou depravação do
apetite, perda de peso, queda na produção de leite, afetando dessa forma o
desempenho do animal” (UNDERWOOD, 1981; MCDOWELL, 1985, citados
por ibid.)
Os eritrócitos incorporam íons fosfato do plasma e os utilizam para sua
própria manutenção, principalmente na obtenção de energia na forma de ATP,
visando manter a integridade da membrana celular, local este onde ocorrem os
principais fenômenos bioquímicos nessas células. Ocorre um processo recíproco
entre fósforo e glucose no organismo, pois os eritrócitos obtêm energia
exclusivamente pelo ciclo de Embden-Meyerhof que é muito afetado na ausência de
fósforo.
Baixos níveis de fósforo plasmático afetam ainda a ação da enzima glutatione
redutase (GSH)1, reduzindo a sua atividade nos eritrócitos. Do ponto de vista
nutricional, é importante detectar-se a deficiência de fósforo em seu estado
subclínico.
1 Glutationa, um tripeptídeo (g-L-glutamil-L-cisteinil-glicina), existe no organismo em suas formas reduzida (GSH) e oxidada (GSSG), atuando direta ou indiretamente em muitos processos biológicos importantes, incluindo a síntese de proteínas, metabolismo e proteção celular. (ROVER JÚNIOR, et alii, 2000, p1).
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“A deficiência de fósforo em bovinos é um fator significativo, que contribui
para a baixa produtividade do rebanho nacional. Por essa razão, na atividade
pecuária é imprescindível a mineralização dos animais com este macroelemento”
(MARÇAL et alii, 2005).
Como esse é um componente caro da mistura mineral, há esforços freqüentes
para buscar formas eficientes de suplementar fósforo (NICODEMO, 1999). As
forrageiras tendem a apresentar maiores concentrações de fósforo na matéria seca
(MS) na época de chuvas comparadas à época de seca. Isso acontece porque à
medida que a planta amadurece, o fósforo, que é um elemento móvel, vai se
concentrando nas folhas verdes e sementes.
Com o intuito de revisar os conteúdos sobre este macroelemento (P) de
fundamental importância para os animais, é que se faz relevante a escolha por este
tema nesta monografia.
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2 FORMAS E SITUAÇÃO NO ORGANISMO
No organismo animal, encontra-se de 0,9 a 1,1% de fósforo. Este possui
função energética nas transferências de energia ligadas ao metabolismo celular e
nas funções plásticas como a constituição fundamental do protoplasma e das
estruturas do tecido ósseo.
Suas formas são representadas por vários compostos fosforados orgânicos
ou minerais que ficam repartidos nos tecidos e possuem funções diferentes. Dentre
os compostos minerais temos os ortofosfatos de cálcio, de magnésio, amoniacais,
magnesianos, de sódio e de potássio. Os compostos orgânicos são representados
pelas hexoses e triose-fosfatos, ácidos fosfoglicéricos, ácido fosfopirúvico, acetil-
fosfatos, ácido fosfórico dos fosfoaminolipídios, ácido fosfórico dos nucleotídios e
das fosfoproteínas e ácido creatino-fosfórico.
Na forma do ácido ortofosfórico existe uma intervenção do fósforo nas
reações de fosforilação porque este ajuda na transferência de energia ligado ao
metabolismo celular. Esta ligação energética vai desde um potencial médio de 3.500
cal/g a 10.000 ou 15.000 calorias.
Como cita (ANDRIGUETTO, 1999), cerca de 80% do fósforo no organismo
animal encontra-se no tecido ósseo sob a forma tricálcico e trimagnesiano e 20%
pode ser encontrado em tecidos moles. A carne muscular apresenta 160 a 200mg de
fósforo por 100g; no leite o mesmo se encontra sob a forma orgânica, a caseína, e
sob a forma mineral, ligado ao cálcio, ao potássio e ao magnésio. O teor do leite em
fósforo varia entre espécies, assim no leite de vaca é de 0,92 g/litro, na cabra de
1,03 g/litro, na porca de 1,44 g/litro, na ovelha de 1,25 g/litro.
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No ovo é encontrado um total de 0,136 mg de fósforo, dos quais 0,02 nas
cacas, 0,110 na gema e 0,006 na clara, nas formas de fosfolipídios e como
heteroproteína fosforada.
A forma de fósforo no organismo representam as seguintes funções:
- construção do esqueleto animal, suporte do crescimento dos órgãos e dos
músculos (carne);
- nos compostos de energia (creatina-fosfato e adenosina di e trifosfato) gera energia
para as funções do organismo e a construção do tecido muscular;
- combinando-se com os lipídios (fosfolipídios) é necessário para a absorção,
movimentação, deposição e utilização das gorduras;
- é essencial à absorção dos glicídios e à sua utilização;
- participa no metabolismo das proteínas e de outros elementos minerais;
- é constituinte dos ácidos nucléicos DNA e RNA que controlam a hereditariedade e
o crescimento;
- faz parte das produções animais (leite, carne, ovos);
- é importante em todas as fases da reprodução dos animais;
- é essencial ao metabolismo e ao desenvolvimento da flora do rúmen sendo,
portanto, duplamente essencial aos ruminantes.
Para o estudo do P não podemos deixar de citar sua relação funcional com o
Ca e Mg, sendo que o estudo destes elementos torna-se praticamente inseparáveis.
A proporção ideal de Ca e P é de 1:1 ou 2:1. Esta proporção será muito mais
crítica se o nível de P é mínimo ou inadequado, ou, se a vitamina D está limitada
(DUKES, 1996).
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Existem fatores que prejudicam a relação Ca:P: a presença de ácido oxálico,
ácido fitico, ácido cítrico e íons ferrosos em excesso formam compostos insolúveis e
assim quebram a relação Ca:P.
De 60% a 80% do P total dos grãos de cereais e sementes oleosas ocorre
organicamente ligada como ácido fítco. Este ácido aparece primariamente como sais
de Ca e Mg e são chamados de “fitina”. O fósforo organicamente ligado a fitina, é
bem utilizado pelos ruminantes. Os ruminantes possuem, em seu rumem,
microrganismos com uma enzima chamada fitase que é capaz de hidrolizar o P
ligado organicamente e o libera disponível para absorção.
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3 ABSORÇÃO E UTILIZAÇÃO
O fósforo na dieta é absorvido principalmente no intestino delgado superior,
particularmente o duodeno, a quantidade absorvida é dependente da fonte,
proporção Ca:P. Para facilitar a absorção do fósforo é essencial que tenha um baixo
pH intestinal, que se faz necessário para sua solubilidade. Aproximadamente 40%
do fosfato é transportado aos ossos e lá armazenados em troca de íons mobilizados
(DUKES, 1996). Esta troca acontece em regiões de estrutura óssea pouco densa e
com o aumento da idade diminui o volume de troca de substâncias minerais no osso.
Alguma incorporação ao osso ocorre em todas as idades. O nível de P está
inversamente relacionado com o nível de Ca no sangue. A tirocalcitonina diminui os
níveis plasmáticos de Ca e P enquanto que o hormônio da paratireóide os aumenta.
O excesso de Ca e P é excretado pelos rins, já o excretado nas fezes são
amplamente os minerais da dieta que não são absorvidos e alguns, provém no suco
digestivo incluindo a bile.
A ingestão insuficiente de Ca e P e também da Vitamina D, resultará em
raquitismo nos animais jovens.
A natureza dos alimentos utilizados nas dietas dos animais afetam por demais
as necessidades tanto de P como a de Ca. Sementes de forrageiras são
relativamente ricas em Ca, tendo as leguminosas de 1% a 2%. A proporção Ca:P em
leguminosas varia de 6:1 a 10:1, isso pode desequilibrar o balanço dos dois
elementos ocasionando a necessidade de aumentar a quantidade de P. No osso,
esta proporção é de cerca de 2:1 e no leite de 1,3:1. Com quantidades adequadas
de P os animais são bastante tolerantes às amplas variações de proporção. (Id.
1996)
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Durante os períodos de deficiência alimentar ou quando as necessidades
aumentam como, durante a gestação e lactação, o Ca e o P são rapidamente
mobilizados nos ossos para manter os níveis normais e dentro de limites constantes
– em especial o Ca – no sangue e outros tecidos moles.
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4 MÉTODOS DE ESTUDO DAS NECESSIDADES EM FÓSFORO
Para pesquisar a deficiência do fósforo, Underwood sugere que a prova mais
sensível e precoce é a medida bioquímica do P inorgânico no soro. Já o Comitê de
Nutrição Animal da Holanda não considera esta medida como suficientemente
sensível para detectar estados nutricionais nos bovinos, considerando que a melhor
prova é a determinação do consumo de fósforo, na forragem consumida. Outros
métodos propostos para a avaliação da necessidade fosfocálcica são: a medida do
crescimento ósseo, a atividade de fosfatase sérica, o estudo do esqueleto através
dos raios X, e análise óssea.
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5 A UTILIZAÇÃO DO FÓSFORO
Se faz necessário,
“comparar os fosfatos minerais como fontes de fósforo para os
animais. A medida das diferenças entre as eficácias biológicas dos
diferentes fosfatos é uma operação delicada, podendo ser realizada “in vivo”
ou “in vitro”. (ANDRIGUETTO, 1999)
O teste “in vivo” condiciona-se a critérios de velocidade de crescimento,
eficácia alimentar, teor em cinzas e em fósforo do fêmur e da tíbia, teor de soro
sanguíneo em fósforo e sua absorção verdadeira, utilizando técnicas de isótopos
radioativos. Já o teste “in vitro”, “compreendem testes de solubilidade em ácido
clorídrico e em ácido cítrico” (id. 1999)
Os produtos que são insolúveis ao ácido clorídrico não devem ser utilizados
como fontes de fósforo para os animais. (id. 1999)
Para Andriguetto, existem três fatores que podem interferir na realização dos
testes:
“a. fatores próprios ao animal, tais como a idade, estado de nutrição,
situação da reservas ósseas, estados fisiológicos particulares como a
gestação, lactação, etc., e espécie animal;
b. fatores ligados à composição da ração como sejam: teor total de
fósforo, teor em vitaminas D, vitamina A, B1 e C, principalmente; equilíbrio
fósforo-cálcio e fatores como o teor de fibra e certos aditivos;
c. fatores próprios ao fosfato.” ( id. 1999, p.192)
Fosfatos finamente divididos e amorfos são mais solúveis que aqueles mais
grosseiros e cristalizados. A forma química possui grande importância sobre a
disponibilidade do P pelo animal, os ortofosfatos puros de Ca, de Na ou de K são
muito bem utilizados.
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Sobre a forma cristalizada, esta tem considerável influência sobre a
digestibilidade do P. Sua menor digestibilidade é explicada pela formação, no
intestino, de polímeros de tamanho variável, o que inibe a sua absorção. (id. 1999).
O autor, ainda relata as diferenças observadas entre os fosfatos bicálcicos
anidros e hidratados onde, a forma anidra tem uma menor solubilidade. Com relação
ao fosfato tricálcico, as formas α e β, seja hidratada ou anidra, são bem utilizadas
pelos animais.
Fosfatos tratados para desfluoração, resultam em modificações sobre o grau
de polimerização ou da sua forma alotrópica podendo aparecer formas relativamente
insolúveis de metolpitoforfatos.
Entretanto, Dukes afirma que o excesso de ferro, alumínio ou magnésio pode
também interferir na absorção de fósforo através da formação de fosfatos insolúveis.
(DUKES, op.cit). No entanto Andriguetto inclui o zinco como agente prejudicial a
disponibilidade no fósforo. (ANDRIGUETTO ett alii, op. cit. p.192)
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6 FONTES DE FÓSFORO
A qualidade das fontes de minerais varia de acordo com a disponibilidade
biológica destas fontes, e está ligada a sua eficiência relativa em suportar processos
fisiológicos que, comparados a uma fonte tradicional, serve-se de testemunha.
(NICODEMO, op.cit.)
Assim,
“ [...] os critérios utilizados nessa comparação incluem: ganho de
peso, conversão alimentar, concentração de mineral nas cinzas dos ossos,
entre outros. Os fosfatos mais comuns podem ser classificados em quatro
categorias: fosfato de cálcio (naturais e processados), fosfatos de amônio,
fosfatos de sódio e ácido fosfórico.
Para a obtenção dos fosfatos comerciais, a rocha fosfática deve
sofrer concentração e processamento (THOMPSON, 1980, ap. id., 1999,
p.4) , visando a obter um produto com uma relação fósforo:flúor aceitável e
boa disponibilidade biológica. Qualquer que seja o fosfato utilizado na
mistura mineral, o Ministério da Agricultura e do Abastecimento exige que as
misturas minerais prontas para uso apresentem o máximo de 2.000 ppm
(mg/Kg) de flúor (F) e uma relação mínima de P:F de 60:1. As fontes de P
utilizadas devem também estar registradas no Ministério (Portaria MAA/SDR
nº20, de 6 de junho de 1997).
Os fosfatos de cálcio naturais incluem as farinhas de ossos
calcinadas e autoclavadas e os fosfatos de rocha. A farinha de osso
apresenta boa disponibilidade biológica e palatabilidade, sendo
comparáveis ou ligeiramente superiores ao fosfato bicálcico (NICODEMO et
alii, 1998, ap. id.,1999). As farinhas de ossos são obtidas pelo tratamento de
ossos (in natura ou parcialmente processados) pelo calor, desidratação e
moagem.
A calcinação é a queima completa dos ossos a 800ºC a 1.000ºC. A
farinha de ossos autoclavada pode ser obtida por meio de esterilização por
cocção a vapor sob pressão, e contém cerca de 7% de matéria orgânica
(MACIEL & LEBOUTE, 1978, ap. id., 1999). Entretanto, a utilização de
farinha de osso autoclavada, como suplemento alimentar, encontra-se
proibida por razões de saúde pública.
Os fosfatos de rochas (patos, araxá, tapira etc) são obtidos por meio
do processamento das rochas fosfáticas, e se compõem, basicamente, de
fosfato tricálcico. As rochas fosfáticas nacionais, de origem ígnea ou
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metamórfica, possuem, em geral, teores de flúor mais baixos que as rochas
estrangeiras de origem sedimentar. O flúor pode se apresentar em
concentrações tóxicas mesmo nos fosfatos de rocha nacionais, que também
têm disponibilidade biológica cerca de 30% inferior ao fosfato bicálcico e
baixa palatabilidade (EMBRAPA, 1994, ap. id., 1999), [...]” (id, 1999, p.4)
Ver Tabela 1.
TABELA 1. CONCENTRAÇÕES DE FÓSFORO E FLÚOR EM FOSFATOS DE ROCHA.
FOSFATO FLÚOR% P % P:F Marrocos 4,2 14,32 3,40
Aruba 0,9 10,87 12 Carolina do Norte 3,7 13,40 3,60
Kola 3,3 16,68 5,05 Patos 1,8 10,61 5,89 Tapira 1,3 14,80 11,38 Araxá 2,2 16,28 7,40
Catalão 2,5 17,15 6,68
“[...] A intoxicação por flúor depende da quantidade consumida, da
duração da ingestão (o efeito é acumulativo), da solubilidade da fonte de
flúor (fluoreto de sódio é mais disponível que fluoreto de cálcio), espécie e
idade do animal, estado geral de nutrição e a presença de antagonistas
(como alumínio). Os sintomas de intoxicação incluem alterações dentárias
em animais jovens, com perda de brilho, manchas, cáries e erosões,
hipoplasia e desgaste anormal dos dentes, além de alterações ósseas,
maqueira e rigidez das juntas (NCR, 1974, ap. id., 1999).
Existe um potencial de uso dos fosfatos de rocha para animais em
confinamento (por períodos limitados), animais de engorda (acima de três
anos) em pastagens e vacas de descarte. Em comum, essas categorias
apresentam as seguintes características: idade mais avançada, curto tempo
de permanência no rebanho e necessidades de suplementação de P
reduzida (em relação às demais categoria). Outra possibilidade estudada foi
a substituição parcial de até 30% de fosfatos convencionais por fosfato de
rocha. (EMBRAPA, 1994, ap. id., 1999).
Ácido fosfórico (em geral, utilizado em suplementos líquidos) e os
fosfatos monocálcico, bicálcico e monoamônio são fontes de fósforo de boa
disponibilidade e palatabilidade, sendo bastante utilizadas. (NICODEMO et
alii, 1998, ap. id., 1999)
O fosfato monoamônico não contém cálcio (Ca). A atual legislação
exige que as misturas minerais contenham relação Ca:P mínima de 1:1.
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Embora em geral as concentrações de Ca nas pastagens estejam próximas
das exigências de bovinos, altos níveis de oxalato têm sido encontrados em
forrageiras tropicais. (NUNES, 1990, ap. id., 1999)
Oxalato tem a capacidade de formar complexos com o cálcio. Os
bovinos podem degradar oxalato no rúmen, se adaptados, mas é possível
que ainda assim a disponibilidade do Ca seja diminuída. (BLANEY et alii,
1982, ap. id., 1999, p.4)
O fosfato monoamônico é muito relativo, e a mistura mineral pode
empedrar quando fontes de cálcio, como carbonato de cálcio, são
empregadas. Aparentemente, tal situação pode ser contornada com a
substituição de carbonato por sulfato de cálcio (gesso), ou com a adição de
5% a 10% de matéria inerte (como casca de arroz) à mistura. Recomenda-
se cautela no uso de sulfato de cálcio que pode apresentar altas
concentrações de flúor (0,6% - 1%).
O superfosfato triplo é um fertilizante formado, basicamente, por
fosfato monocálcico e tem boa palatabilidade. Resultados experimentais
mostraram que os bovinos suplementados com superfosfato triplo,
produzido a partir das rochas nacionais, apresentam desempenho
semelhante ao fosfato bicálcico.[...]” (id, 1999, p.5)
Ver Tabela 2
TABELA 2 – CONCENTRAÇÕES DE FÓSFORO E FLÚOR NO SUPERFOSFATO TRIPLO E NO
FOSFATO BICÁLCICO.
Origem a matéria-prima Flúor % P% Tapira 0,750 20,71 Americano 2 21 Importado 1,676 15,39 Fosfato bicálcico 0,140 18,50
“[...] A disponibilidade biológica também comparável. Contudo,
bovinos ingerindo superfosfato triplo tendem a apresentar maior acúmulo de
flúor nos ossos, comparados a animais suplementados com fosfato
bicálcico. (EMBRAPA, 1994, ap. id., 1999). Há preocupações quanto ao uso
de fosfato supertriplo obtido de rochas fosfáticas com alto teor de flúor para
alimentação animal, considerando-se que pode haver variação na
composição das jazidas e que o superfosfato triplo poderia, eventualmente,
ser produzido a partir de matéria-prima importada. Técnicos do Ministério da
Agricultura e do Abastecimento incentivam o registro do produto para uso
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alimentar, o que traria garantias ao consumidor de que o mesmo se
apresenta dentro de padrões aceitáveis. [...]”(id, 1999)
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7 PROBLEMA DO FLÚOR
Utilizando fosfatos como suplemento de fósforo para os animais, deve-se ter
cuidado com o teor de flúor. Este elemento possui uma estreita margem de
segurança estando os níveis de toxicidade muito próximos dos normais. Sua
intoxicação causa a fluorose e pode ser por conseqüência das pastagens ou
alimentos cultivados em zonas industriais, ou, onde a água apresenta teores
elevados em flúor. (ANDRIGUETTO et alii, op. cit)
“ [...] A sensibilidade das espécies animais ao flúor é diferente,
sendo mais sensíveis os pequenos ruminantes, principalmente os caprinos,
depois os bovinos entre os quais as vacas leiteiras apresentam a maior
sensibilidade, a seguir as aves e os suínos, e, por último, os eqüídeos. [...]”
(id., 1999, p.194)
Conforme Nicodemo & Moraes, em artigo para a EMBRAPA sobre
esclarecimentos sobre o uso de fontes alternativas de fósforo para bovinos, afirmam
que:
“[...] o consumo contínuo de até 40 miligramas de flúor/quilo de
matéria seca da dieta pode ser tolerado por novilhas em crescimento, sem
que o desempenho seja afetado, embora já possa causar lesões
patológicas. Para bovinos adultos, esse valor sobe para 50mg de
flúor/grama de matéria seca consumida. Assim, uma vaca adulta,
consumindo 10 quilos de matéria seca/dia, pode tolerar até 500 miligramas
de flúor/dia. Dessa maneira, considerando-se que se um animal consome
até 100 gramas/dia de uma mistura mineral, e essa mistura contém até
2.000 miligramas de flúor/quilo (que é o limite legal), ele ingere cerca de 200
miligramas de flúor por meio da mistura. Geralmente, a quantidade de flúor
que o animal recebe pelo capim e água é muito pequena. Dessa maneira, a
mistura mineral vai ser o principal veículo de flúor na dieta, e precisa ser
bem controlada. (NICODEMO & MORAES, p.2-3, 2000)
Neste sentido, os autores, pedem a atenção para suplementação do sal
proteinado:
21
“Já o sal proteinado e produtos semelhantes devem conter menor
concentração de flúor que a mistura mineral, já que a ingestão pode ser
muito mais alta, da ordem de 500 gramas do suplemento/dia. Com o maior
consumo do suplemento, mais flúor poderá ser consumido diariamente.[...]”
(id, p.3)
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8 NECESSIDADES EM FÓSFORO PARA BOVINOS
Os bovinos e os pequenos ruminantes em geral são os animais mais
susceptíveis de sofrerem carência de P porque sua alimentação é baseada em
forragens verdes que são pobres de fósforo. É conhecida mundialmente a
deficiência das pastagens em fósforo, sendo que o Brasil não foge à regra geral.
8.1 GADO LEITEIRO
As vacas leiteiras apresentam sempre um equilíbrio negativo de Ca e P. As
reservas ósseas são mobilizadas apenas na primeira parte da lactação e isto não
oferece perigo aos animais desde que sua alimentação possua níveis de garantia de
Ca:P até o final da lactação e começo da gestação quando o anabolismo recupera
as perdas e estabelece reserva. (ANDRIGUETTO et alii, op. cit. p.196)
“[...] De acordo com Becker as necessidades líquidas em fósforo
para uma vaca leiteira são baseadas no seguinte critério: “as necessidades
de manutenção para uma vaca de tamanho normal (550 Kg de peso vivo)
são de 8g de P. as necessidades para o trabalho da produção são de 0,2g
de P por Kg de leite. As necessidades líquidas para a produção de 1 Kg de
leite são de 0,92g de P. A fórmula para encontrar as necessidades brutas
da vaca leiteira de um tamanho W e uma produção diária de leite M Kg –
sem considerar as necessidades da gestação – é então: g P= 1,7 x (8,0 (W /550)0,75 + 1 x 12 x M) [...]” (id,1999)
Ver tabela 3:
TABELA 3 – NECESSIDADES DE FÓSFORO PARA GADO LEITEIRO, POR KG DE MATÉRIA SECA.
Tipo Recomendações Níveis Mínimos (g) % da ração (g) % da ração
Inicial bezerros 3,2 0,32 3,2 0,32 Novilhas em crescimento 2,6 0,26 2,3 0,23 Vacas Secas 2,6 0,26 2,4 0,24 Vacas em lactação 20 Kg de leite 3,3 0,33 3,0 0,30 20 a 30 Kg de leite 3,5 0,35 3,0 0,30 30 Kg de leite 3,9 0,39 3,6 0,36 Touros adultos 1,8 0,18 1,8 0,18 Fonte: Tabela extraída de (ANDRIGUETTO, et alii, p.197, 1999)
23
8.2 GADO DE CORTE
De acordo com (NICODEMO, 1999), segue abaixo os níveis de exigência
para animais de corte (TABELA 4) e (TABELA 5).
TABELA 4 – EXIGÊNCIAS DE P PARA DUAS TAXAS DE GANHO DE PESO NA RECRIA E NA
ENGORDA DE BOVINO DE CORTE.
Ganho de Peso 0,2 Kg/dia 1 KG/dia Peso vivo, Kg 200 400 200 400
P, g/dia*
(% MS)
7
(0,18)
11,10
(0,14)
15,30
(0,31)
16,70
(0,17) Consumo MS, Kg/dia 4 8 5 10
* National Research Council – NRC (1996)
TABELA 5 – EXIGÊNCIAS DE P PARA VACAS E NOVILHAS DE CORTE EM REPRODUÇÃO.
Exigências nutricionais Vacas Novilhas
ESTADO FISIOLÓGICO
g/dia % MS g/dia % MS 1/3 inicial de lactação 16,0 0,15 15,0 0,19 1/3 inicial da gestação 14,0 0,15 10,0 0,14 1/3 médio de gestação 11,0 0,12 11,0 0,16 1/3 final de gestação 14,0 0,16 15,0 0,21 * NATIONAL RESEARCH COUNCIL – NRC (1996)
Deve-se enfatizar a alta necessidade em fósforo principalmente para os
bovinos em crescimento, fêmeas em gestação e lactação. Enquanto a relação Ca/P
é crítica para vacas de alta produção leiteira, o gado de corte é bem menos sensível
em face de largas variações da relação, desde que a suplementação de fósforo seja
adequada.
Ainda segundo a mesma autora,
“[...] de maneira geral, misturas minerais para animais em pastejo,
fornecendo 4 a 5 gramas por dia de P, estão adequadas para recria e
engorda, enquanto fêmeas necessitam de teores mais elevados, em torno
de 6 a 9 gramas por dia. Fêmeas são particularmente suscptíveis à
deficiência de P, pela grande quantidade desse elemento secretada no leite
(0,95 grama por quilo), pelas exigências à formação do feto e o tempo que
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permanecem em produção. Assim, essa é a categoria mais afetada por
botulismo epizoótico se a suplementação mineral for inadequada, já que a
deficiência de P induz ao consumo de ossos.[...]” (id., 1999, p.3)
8.3 REPRODUÇÃO
O fósforo tem papel de destaque na fertilidade animal, através de níveis
seguros de P, podemos alcançar uma melhora da exploração da bovinocultura e
conseqüentemente maior número de nascimentos e maior produção de leite.
A deficiência deste macroelemento pode prejudicar as transferências de
energia e isso pode atrapalhar o funcionamento da hipófese e os ovários que são
órgãos que requerem muita energia para o ótimo desempenho.
Existem fatores relacionados a deficiência de fósforo na infertilidade:
[...] - atraso no desenvolvimento e amadurecimento dos órgãos
sexuais;
- o estro não ocorre regularmente ou o ciclo é completamente
interrompido, possivelmente por bloqueio da glândula hipófise com
conseqüência sobre os ovários, tendo sido demonstrada uma reduzida
produção de hormônios sexuais nas vacas;
- nascimento de bezerros fracos. .[...]”(ANDRIGUETTO et alii,
op.cit. p.199)
Ainda sobre a fertilidade, o autor aconselha, que o nível de fósforo não deve
ultrapassar de 10g da necessidade do animal por dia, ou 4g por 100g de proteína
digestível. Porque isso acarreteria intervalos entre partos mais prolongados. (id,
1999)
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9 DEFICIÊNCIAS DE FÓSFORO EM RUMINANTES
Conforme Andriguetto et alii, “a deficiência de fósforo em ruminantes nem
sempre conduz à sintomatologia bem definida pois depende da intensidade da
mesma.”(id., 1999, p.200).
Esta deficiência é usualmente primária, caracterizada por baixa taxa de
crescimento, infertilidade e, nos estágios mais avançados, osteodistrofia. A
hipofosfatemia em bovinos leiteiros também é associada a maior fragilidade das
hemácias e à hemoglobinúria pós-parto. (RADOSTITS et alii, 2002)
Uma menor eficiência alimentar contribui para menor eficiência da flora
microbiana, para tanto, existe a necessidade do P no sentido de manter um nível
satisfatório da população de microorganismos.
A carência deste elemento, pode causar crescimento retardado, inapetência e
depravação de apetite e problemas no andar. (ANDRIGUETTO et alii, op. cit, p.200).
E ainda,
“[...] A fertilidade fica prejudicada [...] e se ligarmos os estados
carenciais ao metabolismo fosfocálcico, incluída a vitamina D, teríamos
ainda como sintomas carenciais a osteoporose, o raquitismo, a
osteomalacia e a osteofibrose.[...]” (id., 1999)
De acordo com (RADOSTITS et alii, op.cit), em muitos países caso não haja
a suplementação com fósforo, elas são consideradas impróprias para a criação de
animais pecuários.
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10 SUPLEMENTAÇÃO DE FÓSFORO PARA BOVINOS EM PASTAGENS
As pastagens brasileiras são deficientes em minerais e a suplementação se
faz necessária para o melhor aproveitamento animal da bovinocultura tanto de corte,
quanto de leite. Contudo, isto não é um problema exclusivo do Brasil.
A região dos Grandes Lagos e noroeste do Pacífico, estendendo-se até os
estados de Dakota e Nebraska, possuem também deficiência deste macroelemento.
(DUKES, op.cit).
No entanto, a aplicação de fertilizantes ao solo e a movimentação de matérias
nutritivas de uma área para outra alteram o quadro de deficiência mineral em
algumas extensões. (id, 1996)
Já na Nova Zelândia, conforme Radostits et alii, existe adubação da
pastagem com superfosfato, isto é praticado há muitos anos. Porém esta técnica
através do manejo inadequado pode causar uma deficiência de fósforo no rebanho
envolvido. As reservas de fósforo do solo podem também ser baixas, devido a alta
retenção de fosfato no solo.
“[...] Quando se mantêm minerais continuamente à disposição do
gado, o consumo médio por cabeça e por dia, no decorrer do ano, é de
aproximadamente 50 gramas. Esta quantidade é tomada como base para
se calcular a mistura mineral. As experimentações têm indicado que 40% da
mesmo, ou seja, 20 g, deve ser de sal comum. Nas regiões de menor
deficiência de fósforo, a necessidade de suplementação do mesmo poderá
ser calculada conhecendo-se o valor da forragem (teor em fósforo e
disponibilidade), o consumo da mesmo por cabeça ao dia e verificando-se a
falta, ou seja, a quantidade a suplementar.
Esta quantidade de fósforo a ser suplementada, referida à
quantidade do suplemento escolhido, deverá ser adicionados aos 60%
restantes da mistura mineral, ou seja, em 30 g ao dia.
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Para as regiões de maior deficiência em fósforo, é preferível utilizar
os cochos subdivididos deixando o suplemento à livre escolha.[...]” (ANDRIGUETTO et alii, op. cit, p.200).
O suplemento mineral deve ficar acondicionado em cochos adequados. Neste
sentido a suplementação de bovinos tem evoluído de forma surpreendente nestes
últimos anos.
Em razão deste fato, o cocho, o prato do boi, representa um papel de
destaque no manejo da alimentação dos bovinos no Brasil. O que precisa ficar claro,
é que o cocho deve ser visto por técnicos, gerentes de fazenda e produtores rurais
como uma instalação rural indispensável e permanente dentro da propriedade, sem
o qual o desempenho dos rebanhos pode ficar seriamente comprometido.
É por meio dos cochos que se garante o fornecimento de todos os
complementos alimentares à dieta dos animais, entre as quais incluem suplementos
minerais, aditivos, promotores de crescimento, ração concentrada, vitaminas e até
mesmo alimentos volumosos, como silagens, fenos entre tantos outros.
Portanto, algumas características essenciais devem ser respeitadas a
respeito dos cochos, a conhecer: quantidade suficiente de cochos para atender
todos os animais, cochos bem posicionados, com manutenção freqüente e dentro
dos padrões técnicos de funcionalidade tais como altura, local adequado e
freqüência regular de reposição da suplementação em quantidade de acordo com o
consumo.
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11 CONCLUSÃO
Como vimos no decorrer do trabalho, a deficiência de fósforo é generalizada
no Brasil e existe uma grande diversidade de fontes fosfatadas que podem ser
utilizadas com segurança para bovinos de corte. A utilização de fontes de fósforo
não regularizadas nos órgãos competentes implica em certos riscos quanto ao teor
de flúor extraído dessas.
Sabemos que animais jovens e fêmeas em reprodução são as categorias
mais sujeitas à intoxicação por flúor.
Por isso se faz necessário procurar auxílio de um profissional habilitado, que
conheça as limitações e formas recomendadas de utilização desses fosfatos, e que
seja capaz de reconhecer os sinais iniciais de intoxicação por flúor, tomando as
providências necessárias para corrigi-las.
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12 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ANDRIGUETTO, J.M. et. alii, Nutrição Animal V. 1 – A base e os fundamentos da nutrição animal e os alimentos, São Paulo: Nobel, 1999, 6ª ed;
DUKES, H. Hugh. Fisiologia dos animais domésticos. ed.11º. Rio de Janeiro – Guanabara Koogan, 1996. NICODEMO, M.L.F. Fósforo suplementar para bovinos de corte. In: Comunicado Interno, site EMBRAPA www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/cot/COT57.html, nº 57, nov 1999; NICODEMO, M.L.F. & MORAES, S.S. Esclarecimentos sobre o uso de fontes alternativas de fósforos para bovinos. In: site EMBRAPA www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/divulga/GCD37.html, Campo Grande, MS, nº37, set. 2000;
MARÇAL, W.S., et alii, Avaliação de Fontes de Fósforo para nutrição mineral de bovinos. In: Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.70, n3, p.255-258, jul/set.,2003; MARÇAL, W.S., et alii, Teores de fósforo e flúor em suplementos minerais para bovinos comercializados no estado do Paraná. In: Acta Scientiae Veterinariae. 33(3): p. 315-319, 2005; RADOSTITS, Otto M.; GAY, Clive C.; BLOOD, Douglas C.; HINCHCLIFF, Kenneth W. Clínica Veterinária – um tratado de doenças dos bovinos, ovinos, suínos, caprinos e eqüinos. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2002. ROVER JÚNIOR, L., et alii, Sistema antioxidante envolvendo o ciclo metabólico da glutationa associado a métodos eletroanalíticos na avaliação do estresse oxidativo. In: Quím. Nova vol.24 no.1 São Paulo Jan./Feb. 2001;
SILVA FILHO, J.C., et alii, Metabolismo de fósforo em bovinos: incorporação de fósforo radioativo (³²P) pelos eritrócitos. In: Sci. Agric. Vol. 54, n.3. Piracicaba Set/Dez 1997