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Instituto Politécnico de Santarém Escola Superior de Educação de Santarém Ano Lectivo 2005/2006 Educação Social 2º Ano Centro de Saúde de Almeirim – Projecto de Intervenção Sócio-educativa: “Viagem ao Mundo dos Dentes” Disciplina: Desenho e Desenvolvimento de Projectos de Intervenção Sócio- educativa Docente: Luísa Delgado 3

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Page 1: Trab Organ

Instituto Politécnico de Santarém

Escola Superior de Educação de Santarém

Ano Lectivo 2005/2006

Educação Social 2º Ano

Centro de Saúde de Almeirim – Projecto de

Intervenção Sócio-educativa: “Viagem ao Mundo dos Dentes”

Disciplina:

Desenho e Desenvolvimento de Projectos de Intervenção Sócio-educativa

Docente:

Luísa Delgado

Discentes:

- Ana Filipa Santos

- Catarina Rato

- César Costa

- Maria João Escrevente

Santarém, 17 de Janeiro de 2006

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Page 2: Trab Organ

Índice

Introdução ……………………………………………………………………………… 3

Fases de Construção de um Projecto ………………………………………………. 5

1ª Fase – Emergência de uma vontade colectiva de mudança ………….. 5

Contexto institucional …………………………………………………. 5

Identificação e caracterização da população alvo …………………. 9

2ª Fase – Análise da situação e realização do diagnóstico ……………... 11

3ª Fase – Desenho do Plano de Acção……………………………………...13

População alvo …………………………………………………………13

Finalidade ……………………………………………………………….13

Objectivos Gerais ………………………………………………………14

Objectivos Específicos ……………………………………………….. 14

4ª Fase – Estratégias Metodológicas……………………………………….. .16

5ª Fase – Actividades……………………………………………………………17

Apresentação do projecto ……………………………………………... 17

Pintura …………………………………………………………………… 17

Rastreio…………………………………………………………………... 17

Jogo Multimédia “DentalQuiz” ………………………………………… 18

Acção de Formação ……………………………………………………. 18

Jogo da Glória …………………………………………………………....19

Parcerias …………………………………………………………………. 19

Calendarização das actividades ……………………………………….. 20

6ª Fase – Avaliação ……………………………………………………………… 21

Conclusão / Reflexão ……………………………………………………………………. 22

Bibliografia ………………………………………………………………………………… 23

Anexos …………………………………………………………………………………….. 24

Anexo I …………………………………………………………………………….. 25

Anexo II ……………………………………………………………………………. 27

Anexo III …………………………………………………………………………… 31

4

Page 3: Trab Organ

Siglas e Abreviaturas

CSA – Centro de Saúde de Almeirim

HO – Higiene Oral / Higienista Oral

CPO – Índice de dentes cariados, partidos e obturados

5

Page 4: Trab Organ

Introdução

Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Desenho e Desenvolvimento

de Projectos de Intervenção Sócio-Educativa com a finalidade de realizar um Projecto de

Intervenção. Este projecto tem por base uma instituição e áreas de intervenção

específicas que tomámos contacto, no âmbito da disciplina de Estágio I (como estágio de

observação). Pretendemos então com a realização deste trabalho pôr em prática todos os

conhecimentos adquiridos sobre a construção de projectos nesta disciplina.

A instituição adoptada no estágio foi o Centro de Saúde de Almeirim e o Programa

de Saúde Escolar com uma direcção específica para a Higiene Oral, logo, o nosso

projecto de intervenção está intimamente ligado a esta área de intervenção.

A partir do estágio de observação, e recorrendo a outros instrumentos de recolha

de dados, conseguimos identificar várias necessidades/problemas, das quais

reconhecemos a que era mais passível de uma rápida intervenção tendo em conta o

âmbito do nosso estágio. Sentimos que era necessário criar respostas para essas

problemáticas de forma a melhorar o funcionamento do programa.

Primeiramente, foi necessário conhecer a definição de projecto, a partir do

conhecimento teórico fornecido nas aulas de Desenho e Desenvolvimento de Projectos de

Intervenção Sócio-Educativa.

Um projecto de Intervenção constrói-se a partir de diversas etapas, contudo a

forma como elas se apresentam difere. Para a organização deste projecto, seguimos um

modelo que se estrutura em quatro etapas, sendo a primeira, constituída pela emergência

de uma vontade colectiva de mudança e a constatação de recursos, capazes de fornecer

a sinergia suficiente para a construção do projecto; a segunda fase baseia-se na análise

da situação e realização do diagnóstico, esta é a fase mais importante do projecto, visto

que é nela que se fundamenta todo o percurso do projecto; a terceira fase é considerada

como o desenho do plano de acção; por último, a quarta fase, consiste na concretização,

no acompanhamento e na avaliação do projecto.

6

Page 5: Trab Organ

Conceito de Higiene Oral

O conceito de Higiene Oral é muito abrangente pois não só abrange conceitos da

saúde da boca e dentes como se preocupa com os hábitos alimentares que condicionam

o aparecimento de doenças no aparelho bucal.

Relaciona-se com os hábitos de escovagem e limpeza de dentes e boca utilizando

não só escovas e pastas de dentes como todos os instrumentos extras com que se

podem realizar limpezas bucais (fio-dental, flúor, elixir).

Exerce também a prevenção na área das doenças da boca e dentes como a cárie

dentária, gengivite, gengivite eruptiva, gengivite gravídica, traumatismos, mal oclusão,

granuloma piogénico, periodontite e estomatite protética.

As áreas de intervenção são na prevenção e prestação de cuidados básicos de HO

e que tem como população alvo as crianças, jovens, grávidas e idosos.

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Page 6: Trab Organ

Fases de construção de um Projecto

1ª Fase - Emergência de uma vontade colectiva de mudança e constatação dos

recursos

Contexto institucional

O CSA funciona em 6 edifícios dispersos no Concelho procurando levar a toda a

população a equipa multidisciplinar, que é o pilar da sua actuação, abrangendo no total 5

freguesias – Fazendas de Almeirim, Paços Negros, Marianos, Raposa e Benfica do

Ribatejo.

A nova sede do CSA, inaugurada em Setembro de 1996, está implementada na

zona centro da cidade e possui 2 pisos, rés-do-chão e 1º andar.

Rés-do-chão:

- Uma Recepção;

- Uma Sala de Vacinação;

- Um Gabinete Médico de Saúde Pública;

- Um Gabinete para Técnico de Higiene e Saúde Ambiental;

- Um Gabinete para Técnico de Higiene Oral;

- Dois Módulos de prestação de Cuidados Programados (Cada Módulo

Constituído por):

- Uma Sala de Espera;

- Quatro Gabinetes Administrativos;

- Duas Casas de Banho;

- Dois Gabinetes de Enfermagem;

- Uma Sala de Tratamentos

- Cinco Gabinetes médicos;

- Um Sector do Atendimento Complementar (Que possui):

- Uma Sala de Espera;

- Um Gabinete Administrativo;

- Uma Sala de Tratamentos;

- Um Gabinete Médico;

- Uma Sala de Observações;

- Uma Sala de Estar Para Os Profissionais;

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Page 7: Trab Organ

- Uma Farmácia;

- Um Sector Destinado aos projectos de Intervenção Comunitária (Que

Possui):

- Uma Sala Com Casa de Banho;

- Uma Sala De Fisioterapia;

- Uma Sala Polivalente;

- Uma Sala de Reuniões;

- Uma Sala Destinada à Realização de Raios X;

- Vestiários Dos Profissionais;

- Sala de Tratamento de Roupas e de Esterilização de Materiais;

No primeiro piso encontra-se:

- Uma Biblioteca;

- Uma Sala de Reuniões;

- Cafetaria;

- Serviços de Apoio Administrativo e Contabilidade

A Direcção do CSA é constituída por:

- Dr.ª Marília Boavida: Directora do CSA

- Enf.ª Nélia Costa: Vogal de Enfermagem

- Sr. Vasco Pimenta: Vogal Administrativo

O CSA, assim como todas as instituições do mesmo âmbito, visa promover e

prestar cuidados de saúde a toda a comunidade envolvente num total de 26.287 utentes

até à data de 21 de Novembro de 2005.

Aos utentes que se dirigem ao CSA apresentam-se uma panóplia de opções para a

realização da área de intervenção a que a instituição de propõe. São elas o Atendimento

Complementar, que visa uma prestação de cuidados médicos e de enfermagem para

todos aqueles que apresentem um mal-estar físico que tenha de ser passível de rápido

atendimento; a zona de Consultas Externas, que tem como móbil o atendimento de

utentes com consultas marcadas previamente e também prestação de cuidados de

enfermagem para efectuar um controlo dos doentes que sofrem de diabetes e hipertensão

e acompanhamento de recém nascidos; a zona de Fisioterapia, Radiologia e Apoio

Precoce (preparação para o parto) que realizam os serviços que o próprio nome indica; os

serviços Administrativos, que realizam a própria administração da instituição, assim como

9

Page 8: Trab Organ

prestam apoio burocrático aos utentes (cartões de Utente); o gabinete de Higiene Oral

promovendo e prestando cuidados de higiene da boca e dentes; gabinete de higiene e

saúde ambiental, onde exerce funções uma técnica responsável pela inspecção de

estabelecimentos de ensino, piscinas, cafés e restaurantes e o gabinete de Saúde Pública

que tem como responsabilidade actuar em todos os casos de risco eminente para a

população.

Ao actuarem na promoção da saúde, os enfermeiros e técnica de Higiene Oral,

realizam vários rastreios à população. É de salientar que nem todos os utentes presentes

na comunidade envolvente têm acesso aos serviços de saúde sempre que precisam ou

que acham necessário, muitas das vezes por não terem como chegar ao CSA, se

encontrarem sozinhas ou incapacitadas de se deslocarem.

No que diz respeito aos projectos que se encontram em desenvolvimento,

podemos identificar:

O PAIA (Projecto de Apoio a Idosos de Almeirim) que está assimilado no

Programa de Apoio Integrado a Idosos (PAII) e visa promover melhorias

físicas, de condições de higiene e alimentação aos idosos

institucionalizados ou não com idades superiores a 65 anos;

O PIPA (Projecto de Intervenção Precoce de Almeirim) para um

acompanhamento e encaminhamento de crianças desfavorecidas, em risco

ou de capacidades físicas ou psicológicas reduzidas;

O Programa de Saúde Escolar (ver anexo I) que visa uma promoção da

saúde nas escolas e jardins-de-infância.

A exercer funções no CSA encontram-se um vasto capital humano. São eles

médicos, enfermeiros, técnicos de Higiene Oral, Saúde Ambiental, fisioterapia, radiologia,

psicóloga, administrativos, auxiliares, telefonista, cozinheira e motorista.

No contexto do nosso estágio de observação, identificámos uma série de

problemáticas que hierarquizámos surgindo-nos assim uma vontade colectiva de

mudança, que tentaremos satisfazer através da elaboração deste projecto de intervenção.

Existe ainda a necessidade de salientar que no âmbito do programa Saúde

Escolar – Higiene Oral entrámos em contacto com determinados estabelecimentos de

ensino, neste caso as escolas abrangidas pelos estagiários, que foram utilizadas para a

realização do diagnóstico da população alvo, onde foi utilizada uma amostra dos alunos

foram:

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Page 9: Trab Organ

- Escola E-B 2,3 Febo Moniz de Almeirim (Amostra: 5 turmas, do 5º ao 9º anos)

- Escola Secundária Marquesa de Alorna de Almeirim (Amostra: 3 turmas, do 10º

ao 12º anos)

O conjunto de todos os alunos das duas escolas perfaz um total de 240 alunos de

ambos os sexos.

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Page 10: Trab Organ

Identificação e caracterização da população alvo

O programa de Saúde Escolar do CSA compreende o Programa Básico de Saúde

Oral, o Programa de Aplicação de Selantes, Programa de Promoção da Saúde Oral nas

Crianças e Adolescentes e Programa de Intervenção Médico-Dentária. Neste momento

estão a decorrer no Concelho:

- Programa Básico de Saúde Oral

- 657 crianças do Pré Escolar

- 1374 alunos do 1º Ciclo

- Programa de Aplicação de Selantes

- 1043 alunos do 1º Ciclo

- Programa de Promoção da Saúde Oral nas Crianças e Adolescentes

- 657 crianças do Pré Escolar

- 905 alunos do 1º Ciclo

- Programa de Intervenção Médico-Dentária

- 3 alunos do 1º Ciclo (Encaminhados)

- 3 alunos do 2º Ciclo (Encaminhados)

- 3 alunos do 3º Ciclo (Encaminhados)

Este projecto de intervenção é direccionado para os alunos dos 2º e 3º ciclos

devido a não serem abrangidos por nenhum programa em execução no âmbito da Higiene

Oral.

Dos estabelecimentos de ensino inseridos no Programa de Saúde Oral vai ser

abrangida pelo projecto a Escola E-B 2,3 Febo Moniz de Almeirim. Este estabelecimento

é constituído por 633 alunos de ambos os sexos, pertencentes aos 5º,6º,7º,8º e 9º anos.

12

Page 11: Trab Organ

O número total de alunos é representado pelo quadro seguinte:

Anos Turmas Nº de alunos

2º C

iclo

5º Ano

A 25B 25C 24D 20E 26F 20G 24

6º Ano

A 26B 26C 21D 20E 25F 20G 28

3º C

iclo

7º Ano

A 20B 26C 27D 25

8º AnoA 25B 26C 25

9º Ano

A 20B 19C 25D 20E 20F 25

13

Page 12: Trab Organ

2ª Fase - Análise da Situação e Realização do Diagnóstico

Para Isabel Carvalho Guerra (2000:129) “O diagnóstico (…) é essencialmente um

processo de pesquisa-acção participado”

Através da análise documental, do contacto directo, da observação da população

alvo e dos técnicos da instituição e pela realização de inquéritos, detectámos no nosso

estágio, determinados problemas / necessidades. Deste modo, procedemos à

hierarquização dos mesmos:

Ausência de recursos financeiros;

Escassez de meios humanos para dar resposta a todas as

necessidades da Comunidade envolvente;

Falta de técnicos de apoio social, tais como Assistentes ou

Educadores Sociais;

No âmbito do Programa de Saúde Escolar, ausência de capacidade

para abranger alunos dos 2º e 3º ciclos no contexto de intervenção

de Saúde Oral;

Dificuldade em estabelecer e/ou melhorar a relação entre utentes e

Instituição;

Disponibilização de uma única sala de espera para os utentes dos

projectos PAIA (Projecto de Apoio a Idosos de Almeirim), PIPA

(Projecto de Intervenção Precoce de Almeirim), Preparação para o

Parto e Fisioterapia.

Após uma análise detalhada dos problemas e sua consequente hierarquização,

procedemos à selecção daquele que para nós tinha mais enfoque, sendo este a ausência

de capacidade do Programa de Saúde Escolar para abranger alunos dos 2º e 3º ciclos no

contexto de intervenção de Saúde Oral.

A escolha desta problemática foi uma decisão unânime de grupo pois, após a

realização de um inquérito por questionário aos alunos dos 2º e 3º ciclos, verificámos que

estes revelavam um quase total desconhecimento de regras e cuidados sobre higiene

oral.

Deste modo, surgiu uma necessidade de reflexão sobre o porquê de uma

intervenção na área da saúde a nível escolar.

14

Page 13: Trab Organ

Caracterizando um estabelecimento de ensino, de uma perspectiva sociológica

pertinente, este encontra-se como um agente de socialização primário (processo por meio

do qual o indivíduo se transforma em membro participante da sociedade) que possibilita a

integração social, ou seja, a adaptação do indivíduo à sociedade. Assim, a escola exerce

hoje um papel determinante como agente de socialização pois a criança passa mais

tempo no espaço escolar, manifesta o confronto com situações, noções, linguagens

diferentes e diversificadas que, possibilitam o alargamento dos horizontes de

conhecimento do indivíduo, marca o amadurecimento e promove a emancipação da

criança. Em suma, a escola conquista uma “dupla responsabilidade” em que deve saber

transmitir cultura e conhecimento científico (promoção do desenvolvimento intelectual da

pessoa) e deve introduzir novas orientações nos comportamentos que permitam a

integração social dos indivíduos.

É dentro deste último ponto de integração social que enquadramos a importância

da promoção da saúde especificando a higiene oral, pois esta visa o tratamento e

manutenção da dentição que como característica visível aos outros permite melhores

relações sociais e consequente reforço da auto-estima do indivíduo.

Segundo Isabel Guerra (2000;134), o diagnóstico deve incluir três diferentes níveis

de actores. No primeiro nível considera-se o grupo alvo, neste caso os alunos dos 2º e 3º

ciclos, no segundo nível inclui-se os responsáveis pela execução da acção, a higienista

oral, os educadores sociais, os professores e os auxiliares de acção educativa. No

terceiro e último nível, situam-se aqueles de quem depende a acção mesmo quando não

estão directamente implicados, e que são responsáveis pelo accionamento de recursos,

neste caso corresponde ao Ministério da Saúde, Centro de Saúde de Almeirim, Ministério

da Educação, Escola E-B 2,3 Febo Moniz de Almeirim, a Câmara Municipal de Almeirim,

a Colgate e a Tridente.

Deste modo, o diagnóstico participado dá origem a uma “cultura do projecto” e a

um conhecimento mútuo entre todos os intervenientes.

“… O diagnóstico é um instrumento de pesquisa e um instrumento de participação de todos

os que detém elementos de conhecimentos sobre a realidade.” (Guerra, 2000;132)

15

Page 14: Trab Organ

3ª Fase - Desenho do Plano de Acção

Como já foi referido, o nosso projecto de intervenção irá voltar-se para o défice de

informação a respeito da saúde oral que actua como um obstáculo na aquisição de

hábitos permanentes da higiene dos dentes, boca e bons costumes alimentares. Como

consequência, desenvolvemos um projecto de intervenção designado “Viagem ao Mundo

dos Dentes” que visa criar hábitos e esclarecer dúvidas sobre saúde oral. O projecto terá

a duração total de 1 ano lectivo (de Outubro a Junho) em que será realizada no final de

Junho uma exposição de todo o processo desenvolvido durante a duração do projecto.

Pelo facto de não ser viável a interferência nos programas do Ministério da Educação no

que diz respeito a todas as disciplinas leccionadas aos discentes, este projecto será

concretizado apenas nas aulas de Formação Cívica e Área Projecto (ver anexo II), pois a

primeira menciona a Higiene Oral, alimentação saudável e prestação de cuidados no seu

Programa Curricular, e a segunda foca aspectos da realização de trabalhos para a

exposição final.

Como logótipo do projecto criámos:

População Alvo:

Este projecto abrange todos os alunos da Escola E-B 2,3 Febo Moniz de Almeirim

num total de 633 indivíduos de ambos os sexos.

Finalidade:

Proporcionar à população escolarizada a aquisição de

conhecimentos e hábitos de higiene oral.

16

Page 15: Trab Organ

Objectivos gerais e específicos

“Os objectivos gerais descrevem grandes orientações par as acções e são

coerentes com as finalidades do projecto, descrevendo as grandes linhas de trabalho a

seguir e não são, geralmente, expressos em termos operacionais, pelo que não há

possibilidade de saber se foram ou não atingidos.” (Guerra, 2000: 163)

“Os objectivos específicos são objectivos que exprimem os resultados que se

esperam atingir e que detalham os objectivos gerais, funcionando como a sua

operacionalização.” (Guerra, 2000: 164)

Objectivos gerais:

Estes projectam as orientações principais para a implementação do projecto, são

globalizantes/abrangentes, pois indicam o sentido da acção. As grandes intenções para a

execução do projecto são:

Criar competências de autonomia, responsabilidade e sentido crítico

indispensável à opção e à adopção de comportamentos e estilos de

vida saudáveis;

Desenvolver um reforço da sua auto-estima e sentimentos de

pertença;

Criar um desenvolvimento harmonioso.

Objectivos Específicos:

Pormenorizam os objectivos gerais, tanto a nível quantitativo como qualitativo

pode-se fazer uma avaliação para se verificar se os objectivos foram, ou não, atingidos. A

nível minucioso os objectivos do projecto são:

Criar hábitos de higiene oral;

Fornecer informação acerca da relação entre uma boa alimentação

e uma dentição saudável;

Criação de actividades lúdicas que estimulem bons costumes de

higiene oral;

17

Page 16: Trab Organ

Estabelecer e/ou melhorar a informação fornecida aos alunos e à

família no que diz respeito a um incentivo para a utilização contínua

de objectos de higiene oral;

Estabelecer conhecimentos sobre métodos e objectos de higiene

oral;

Conceber saberes sobre doenças que podem advir por

consequência da escassez ou ausência de hábitos de higiene oral.

18

Page 17: Trab Organ

4ª Fase - Estratégias Metodológicas

“As estratégias podem, ser definidas como grandes orientações metodológicas de

intervenção do projecto consideradas em termos da relação entre recursos e objectivos,

ou seja, são as grandes opções que o projecto faz face às possíveis linhas de orientação”

(Guerra, 2000: 167)

A estratégia para a realização do objectivo é a forma escolhida para transformar a

intenção em acção, através da clarificação da metodologia do projecto, concebida por

meio da articulação de objectivos e recursos de forma lógica e coerente.

Para a concretização dos objectivos adoptaram-se as seguintes estratégias de

intervenção:

Realização de rastreios periódicos à população alvo;

Acções de formação para encarregados de educação e

professores;

Reuniões periódicas com a Técnica de Higiene Oral;

Planificação e calendarização de actividades lúdicas para os

alunos;

Designação de um local disponível na escola, para a

realização das actividades, a que se propõe o projecto;

Realização de material didáctico para os jogos;

Solicitação do espaço para a exposição;

Realizar auto e heteroavaliação, de uma forma contínua,

através de reuniões com os técnicos e professores;

Avaliação final do projecto.

19

Page 18: Trab Organ

5ª Fase – Actividades

1- Apresentação do Projecto à população alvo.

Objectivos:

- Apresentação do projecto a desenvolver, organização, parceiros;

- Estimular a criação de confiança.

Recursos Humanos Recursos Materiais Infra-estruturas

- Educadores Sociais

- Docentes das

disciplinas envolvidas

- Computadores

- Projectores de imagem

- Pavilhão Desportivo da

Escola

1- Pintura das camisolas das equipas com motivos alusivos à Higiene Oral.

Objectivos:

- Desenvolver a criatividade;

- Desenvolver o conhecimento sobre instrumentos de higiene oral.

Recursos Humanos Recursos materiais Infra-

estruturas

- Educadores Sociais

- Docente de Área

Projecto

- Material de artes plásticas

- T-shirts

- Sala de aula

3- Rastreio

Objectivos:

- Identificar o índice de CPO.

Recursos Humanos Recursos Materiais Infra-estruturas

- Higienista Oral - Material de rastreio

dentário (ver anexo III)

- Sala de aula

20

Page 19: Trab Organ

4- Jogo Multimédia “DentalQuiz”

Objectivos:

- Fomentar os conhecimentos sobre Higiene Oral;

- Fornecer informações sobre a relação entre uma boa alimentação e uma

boca saudável;

- Criar uma competitividade saudável.

Recursos Humanos Recursos Materiais Infra-estruturas

- Educadores Sociais

- Docentes das

disciplinas envolvidas

- 3 computadores

- 1 routter

- Sala de aula

5- Acção de formação

Objectivos:

- Dar conhecimentos sobre a importância da Higiene Oral;

- Ajudar na reeducação de hábitos de saúde oral (higiene oral e

alimentação);

- Dar a conhecer os resultados dos rastreios à população alvo e respectivos

Encarregados de Educação.

Recursos Humanos Recursos Materiais Infra-estruturas

- Educadores Sociais

- Higienista Oral

- Computadores

- Projectores de imagem

- Material de higiene

dentária

- Cine-teatro municipal

de Almeirim

21

Page 20: Trab Organ

6- Jogo da Glória

Objectivos:

- Criar a interiorização dos conceitos de Higiene Oral

- Estimular a aprendizagem por meios lúdicos

Recursos Humanos Recursos Materiais Infra-estruturas

- Educadores Sociais

- Higienista Oral

- Auxiliares de acção

educativa

- Professores

- Tabuleiro do jogo (de

grandes dimensões)

- Material de higiene

dentária

- Ginásio da Escola E-B

2,3 Febo Moniz

7 - Exposição

Objectivos:

- Dar conhecimento à comunidade escolar e encarregados de educação os

resultados do projecto;

- Fazer uma demonstração expositiva de todo o percurso de concretização

do projecto.

Recursos Humanos Recursos Materiais Infra-estruturas

- Educadores Sociais

- Higienista Oral

- Auxiliares de acção

educativa

- Professores

- Encarregados de

Educação

- Alunos

- Materiais elaborados

pelos alunos

- Ginásio da Escola E-B

2,3 Febo Moniz

22

Page 21: Trab Organ

Parcerias:

- Ministério da Saúde;

- Centro de Saúde de Almeirim;

- Ministério da Educação;

- Escola E-B 2,3 Febo Moniz de Almeirim;

- Câmara Municipal de Almeirim;

- Colgate;

- Trident.

Dia Segunda-feira Quarta-feira Quinta-feira

23

Page 22: Trab Organ

Outubro

2a6

- Apresentação do projecto às turmas de 5º ano

- Apresentação do projecto às turmas de 6º ano

- Apresentação do projecto às turmas de 7º e 8º anos

16 a

20

- 1º Rastreio a turmas de 5º ano

- 1º Rastreio a turmas de 6º ano

- 1º Rastreio a turmas de 7º e 8º anos

Novembro

6 a 10

- Pintura das t-shirts - Pintura das t-shirts - Pintura das t-shirts

20 a

24

- Elaboração do tabuleiro do Jogo da Glória

- Elaboração do tabuleiro do jogo da glória

- Elaboração do tabuleiro do jogo da glória

Dezembro11 a

15

- Jogo Multimédia “DentalQuiz”

- Jogo Multimédia “DentalQuiz”

- Jogo Multimédia “DentalQuiz”

Janeiro15 a

19

- 2º Rastreio a turmas do 5º ano

- 2º Rastreio a turmas do 6º ano

- 2º Rastreio a turmas dos 7º e 8º anos

Fevereiro12 a

16

- Jogo Multimédia “DentalQuiz” (turmas de 5º

ano)

- Jogo Multimédia “DentalQuiz” (turmas de 6º

ano)

- Jogo Multimédia “DentalQuiz” (turmas de 7º

e 8º anos)

Março19 a

23

- Acção de Formação para Encarregados de Educação

dos 5º anos

- Acção de Formação para Encarregados de

Educação dos 6º anos

- Acção de Formação para Encarregados de

Educação dos 7º e 8º anos

Abril

16 a

20

- 3º Rastreio a turmas do 5º ano

- 3º Rastreio a turmas do 6º ano

- 3º Rastreio a turmas dos 7º e 8º anos

23 a

27

- Realização de trabalhos para exposição

- Realização de trabalhos para exposição

- Realização de trabalhos para exposição

Maio

7 a 11

- Jogo da Glória - Jogo da Glória - Jogo da Glória

21 a

25

- Acção de Formação para Encarregados de Educação

dos 5º anos

- Acção de Formação para Encarregados de

Educação dos 6º anos

- Acção de Formação para Encarregados de

Educação dos 7º e 8º anos

Junho

11 a

15

- Preparação da Exposição - Preparação da Exposição - Preparação da Exposição

18 a

22

-Exposição -Exposição -Exposição

Calendarização das Actividades

6ª Fase - Avaliação

24

Page 23: Trab Organ

Efectuado o projecto, procederemos à sua avaliação através de uma autoavaliação

do trabalho desenvolvido e dos resultados alcançados. Complementada com uma

avaliação interna, feita com a equipa técnica, através de uma grelha de avaliação.

No entanto, também será aplicada uma avaliação contínua do projecto, de modo a

perceber se os objectivos, estratégias e actividades se encontram adequados aos alunos.

(Tabela 1)

Tabela 1

Alcançados Não AlcançadosObjectivos

Metodologias

Tempo previsto

Empregaremos ainda o método de avaliação externa, realizado a todas as pessoas

envolvidas no projecto (população alvo, neste caso os alunos; técnicos; professores;

auxiliares) através de uma grelha, na qual procuraremos entender o significado e/ou

importância que as actividades representaram para eles, assim como as aprendizagens

advindas deste projecto. (Tabela 2)

Tabela 2

Actividades desenvolvidas

AprendizagensSentimentos e

valoresUtilidades futuras

25

Page 24: Trab Organ

Conclusão / Reflexão

No âmbito do nosso estágio de observação verificámos que os indivíduos

abrangidos pelo Programa de Saúde Oral eram apenas 30% da população com idades

entre os 2 e os 18 anos (segundo fonte da técnica de HO Ângela Azevedo). Esta

problemática deve-se ao facto de a maioria das crianças se encontrarem em jardins-de-

infância privados, que não exercem uma colaboração essencial com a higienista oral, e da

falta de tempo da técnica para abranger, nos rastreios, jovens a partir do 2º ciclo até ao

secundário.

Tornou-se pertinente realizar o projecto de intervenção para cingir estes jovens que

por falta de conhecimentos apresentam, na sua maioria, uma má gestão dos hábitos de

higiene dos dentes e da boca. O projecto será desenvolvido em ambiente escolar, pois

considerou-se relevante, visto que o estabelecimento de educação é considerado como

um dos principais agentes socializadores e que visam a educação dos indivíduos, logo é

de salientar que este é o melhor local para a apreensão de informação e criação de

hábitos de higiene.

Como futuros Educadores Sociais, a elaboração de projectos de intervenção será

uma constante na nossa trajectória profissional, manifestando-se como um instrumento

crucial na procura de soluções/ resultados para as necessidades/ problemas sócio-

educativos. Num contexto institucional como o CSA o papel do educador social é de

prevenção nas áreas da saúde interagindo com os profissionais de prestação de

cuidados.

Este projecto (fictício), foi encarado ao longo da sua concretização, como algo

possível de alcançar, por conseguinte, o rigor e a proximidade com a realidade que

observámos durante o Estágio, foi sempre tida em atenção.

26

Page 25: Trab Organ

Bibliografia

ALBARELLO, L & Outros, Práticas e Métodos de Investigação em Ciências Sociais,

Lisboa, Gradiva, 1997.

CARMO, H. e Ferreira, M. M. (1998), Metodologia da Investigação: guia para a

auto-aprendizagem, Lisboa, Universidade Aberta.

Documentação cedida pelo Centro de Saúde de Almeirim e pela Higienista Oral.

Documentação cedida pela Escola E-B 2,3 Febo Moniz de Almeirim.

GUERRA, Isabel Carvalho, Fundamentos e Processos de uma Sociologia de Acção

– O Planeamento em Ciências Sociais, Cascais, Principia, 2000.

MOREIRA, C., Planeamento e Estratégias da Investigação Social, Lisboa,

Universidade Técnica de Lisboa, 1994

Portugal. Fundação para o desenvolvimento do Vale de Campanha;

Azulejaria Comunitária – Um Projecto na Reedificação do Bairro do Cerco do

Porto, Porto, 1999

http://www.eps-almeirim.rcts.pt

http://www.cmalmeirim.pt

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Page 26: Trab Organ

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3º Ciclo

COMPONENTES DO CURRÍCULO

Carga horária semanal(x 90 min.)

(a)

7º Ano 8º Ano 9º Ano Total Ciclo

Educação para a cidadania

Áreas curriculares disciplinares:

Língua Portuguesa

Língua Estrangeira

LE1;

LE2.

 

2

3

 

2

2,5

 

2

2,5

 

6

8

Ciências Humanas e Sociais:

História

Geografia

2 2,5 2,5 7

Matemática 2 2 2 6

Ciências Físicas e Naturais

Ciências Naturais;

Físico-Química.

2 2 2,5 6,5

Educação Artística

Educação Visual;

Outra Disciplina (oferta da escola) (b)

 

 

(c) 1

 

 

(c) 1(d) 1,5 5,5

Educação Tecnológica (c) 1 (c) 1

Educação Física 1,5 1,5 1,5 4,5

Introdução às Tecnologias de Informação e Comunicação

     1 1

FormaçãoPessoale Social

Educação Moral e Religiosa (e) 0,5 0,5 0,5 1,5

Áreas curriculares não disciplinares (f)

Área de projecto;

Estudo acompanhado;

Formação Cívica.

2,5 2,5 2 7

Total 17(17,5) 17(17,5) 17,5(18) 51,5 (53)

A decidir pela escola 0,5 0,5   1

Máximo Global 18 18 18 54

Actividades de enriquecimento (g)         

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(a) Carga horária semanal refere-se a tempo útil de aula e está organizada em períodos de 90 minutos.

(b) A escola poderá oferecer outra disciplina da área da Educação Artística (Educação Musical, Teatro, Dança, etc.) se, no seu quadro docente, existirem professores para a sua docência.(c) Nos 7.º e 8.º anos, os alunos têm:

i) Educação Visual ao longo do ano lectivo;

ii) numa organização equitativa com a Educação Tecnológica, ao longo de cada ano lectivo, uma outra disciplina da área da Educação Artística. No caso da escola não oferecer uma outra disciplina, a Educação Tecnológica terá uma carga horária igual à disciplina de Educação Visual.

(d) No 9.º ano, do conjunto das disciplinas que integram os domínios artísticos e tecnológicos, os alunos escolheram uma única disciplina das que frequentaram nos 7.º e 8.º anos.

(e) Disciplina de frequência facultativa, nos termos do n.º 5 do artigo 5.º

(f) Estas áreas devem ser desenvolvidas em articulação entre si e com as áreas disciplinares, incluindo uma componente de trabalho dos alunos com as tecnologias de informação e da comunicação, e constar explicitamente do projecto curricular da turma. A área de projecto e a área de estudo acompanhado são asseguradas, cada uma, por um professor. (e) Actividade de carácter facultativo, nos termos do artigo 9.º

O trabalho a desenvolver pelos alunos integrará, obrigatoriamente, actividades experimentais e actividades de pesquisa

adequadas à natureza das diferentes áreas ou disciplinas, nomeadamente no ensino das ciências. (Decreto-Lei n.º 209/02, de 17 de Outubro que altera o artigo 13.º e os anexos I, II e III do Decreto Lei n.º 6/2001, de 18 de

Janeiro)

Organização Curricular

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2º Ciclo

 

COMPONENTES DO CURRÍCULOCarga horária semanal (x 90 min.) (a)

5º Ano 6º Ano Total Ciclo

Educação para a cidadania

Áreas curriculares disciplinares:Línguas e Estudos Sociais   Língua Portuguesa;   Língua Estrangeira;   História e Geografia de Portugal

5 5,5 10,5

Matemática e Ciências   Matemática;   Ciências da Natureza

3,5 3,5 7

Educação Artística e Tecnológica

Educação Visual e Tecnológica (b);

Educação Musical.

3

 

 

3

 

 

6

 

 

Educação Física 1,5 1,5 3

FormaçãoPessoale Social

Educação Moral e Religiosa (c) 0,5 0,5 1

Áreas curriculares não disciplinares (d)

   Área de projecto;   Estudo acompanhado;   Formação Cívica.

3 2,5 5

Total 16 (16,5) 16 (16,5) 32 (33)

A decidir pela escola 0,5 0,5 1

Máximo Global 17 17 34

Actividades de enriquecimento (e)      

(a) Carga horária semanal refere-se a tempo útil de aula e está organizada em períodos de 90 minutos, assumindo a sua distribuição por anos de escolaridade um carácter indicativo.Em situações justificadas, a escola poderá propor uma diferente disposição de carga horária semanal dos alunos, devendo contudo respeitar os totais por área curricular e ciclo, assim como o máximo global indicado para cada ano de escolaridade.

(b) A leccionação de Educação Visual e Tecnológica estará a cargo de dois professores.

(c) Disciplina de frequência facultativa, nos termos do n.º 5 do artigo 5.º

(d) Estas áreas devem ser desenvolvidas em articulação entre si e com as áreas disciplinares, incluindo uma componente de trabalho dos alunos com as tecnologias de informação e da comunicação, e constar explicitamente do projecto curricular da turma. A área de projecto e o estudo acompanhado são assegurados por equipas de dois professores da turma, preferencialmente de áreas científicas diferentes.

(e) Actividade de carácter facultativo, nos termos do artigo 9.º

O trabalho a desenvolver pelos alunos integrará, obrigatoriamente, actividades experimentais e actividades de pesquisa

adequadas à natureza das diferentes áreas ou disciplinas, nomeadamente no ensino das ciências. (Decreto-Lei n.º 209/02, de 17 de Outubro que altera o artigo 13.º e os anexos I, II e III do Decreto Lei n.º 6/2001, de 18 de

Janeiro)

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