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Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904
TÍTULO: EFEITO DA ATIVIDADE FÍSICA ASSOCIADA À AVALIAÇÃO ALIMENTAR EM IDOSOSFREQUENTADORES DA ACADEMIA ESCOLA DA USCS (UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃOCAETANO DO SUL).
TÍTULO:
CATEGORIA: CONCLUÍDOCATEGORIA:
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDEÁREA:
SUBÁREA: NUTRIÇÃOSUBÁREA:
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SULINSTITUIÇÃO:
AUTOR(ES): JOICE CRISTINA BORTOLETTO MENDESAUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): EMILIA YASUKO ISHIMOTOORIENTADOR(ES):
COLABORADOR(ES): DENISE DE OLIVEIRA ALONSO, ELAINE GUARALDOCOLABORADOR(ES):
CATEGORIA CONCLUÍDO
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1. RESUMO
Objetivo: avaliar a composição corpórea, o consumo alimentar e a frequência
de exercícios físicos praticado por idosos frequentadores da Academia Escola
da USCS. Métodos: Foram avaliados 16 idosos de ambos os gêneros, com
idade entre 60 e 80 anos. Para a avaliação da composição corporal, foi
utilizado o aparelho de bioimpedância da marca RJL SYSTEMS; para avaliar
o consumo alimentar foi utilizado o Recordátorio de 24h e o Questionário de
Frequência Alimentar. O grupo foi submetido a um protocolo de treinamento
físico composto por um treinamento aeróbico (caminhada ou corrida na
esteira) e treinamento com pesos, composto por 11 exercícios. Resultados:
verificou-se uma alta prevalência de sobrepeso em ambos os gêneros
(masculino e feminino). Observou-se que os homens apresentaram maior
porcentagem de massa magra em relação às mulheres. O consumo de cálcio
foi inadequado de um modo geral, e com relação aos macronutrientes o
consumo apresentou-se, na sua maioria, adequado. Conclusão: As
deficiências encontradas sugerem que a intervenção nutricional é de grande
importância para este grupo, portanto estudos futuros podem ampliar o
número amostral e desenvolver mais análises acerca deste importante e
interessante tema.
2. INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2005), define-se idoso todo
indivíduo com idade igual ou superior a 60 anos em países em desenvolvimento ou
65 anos, no caso de nações desenvolvidas (Maciel, 2010).
De acordo com as pesquisas, o idoso passa por um processo de
envelhecimento que vem acompanhado de mudanças na composição e no peso
corporal, na redução do equilíbrio, das capacidades fisiológicas, respiratória e
circulatória, modificações psicológicas como a depressão, além do aumento da
morbidade (Maciel, 2010).
Além disso, a prevalência da obesidade e do sobrepeso também vem
crescendo neste segmento da população. Esta tendência produz consequências
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adversas para a saúde, como o aumento do risco para doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT) (Ferreira, 2003).
As DCNT (Doença Crônicas não Transmissíveis) são a maior causa de
mortalidade no Brasil e mais prevalente na população idosa e no mundo, e também
podem ser consideradas fatores de risco para o surgimento das doenças
cardiovasculares (DCV). As DCV podem ser definidas como doenças que afetam o
sistema circulatório: coração, artérias, veias e vasos capilares. Entre as mais
comuns estão à angina de peito, infarto do miocárdio, a aterosclerose e o acidente
vascular cerebral - AVC. (Portal da Saúde, 2010).
Segundo Oliveira (2004), diabetes mellitus (DM) é uma (DCNT) caracterizada
pela deficiência absoluta ou relativa de insulina que irá influenciar negativamente o
metabolismo dos glicídios, proteínas, lipídios, água, vitaminas e minerais, e, durante
sua evolução, na dependência do controle metabólico obtido, podem ocorrer
complicações agudas e crônicas. Segundo o autor, um indivíduo com DM é aquele
que possui glicemia jejum ≥ 126mg/dl.
A hipertensão arterial é considerada uma condição de alta morbidade,
principalmente em portadores de diabetes, principalmente por contribuir para o
desenvolvimento e para a progressão da aterosclerose de grandes vasos (Costa e
cols., 2009)
As dislipidemias representam alterações na concentração plasmática de uma
ou mais classes de lipoproteínas que, em maior ou menor grau, predispõe à
aterogênese (Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2001. Citado por Aquino, 2009). A
ingestão alimentar e o fator genético são as variáveis que mais influenciam na
remoção e na produção das lipoproteínas circulantes (Bachorik et al., 1995. Citado
por Aquino, 2009).
De acordo com Meléndez e cols. (2004), a obesidade é uma doença que se
caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. De acordo com a
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica,
(Abeso, 2009), um indivíduo obeso é aquele que possui IMC maior ou igual a 30 kg/
m².
A aterosclerose pode causar ainda a formação de trombos, pois a artéria
aterosclerótica pode dificultar a passagem sanguínea, fazendo com que o sangue
passe à uma pressão mais alta que o normal, causando atrito e lesando células
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endoteliais. Estas células revestem a camada íntima da artéria e se forem lesadas, o
colágeno presente ficará exposto, sendo este um facilitador para a agregação
plaquetária. Quando estas começam a se agregar, correrá a formação de trombos
(Robbins, 2000).
O avanço da idade está associado a muitas alterações na composição
corporal. A redução de massa magra é uma das alterações, e esta perda está
associada à idade, e denomina-se sarcopenia (Evans, 2003).
Como citado por Silva e col, (2006) a sarcopenia é uma das variáveis
utilizadas para a definição da síndrome de fragilidade, que é prevalente em idosos.
Esta inclui a perda especialmente da massa magra, o que contribui o relato de
fadiga, quedas frequentes, fraqueza muscular, diminuição da velocidade da
caminhada e redução da atividade física.
Sendo assim, deve-se estimular a população idosa à prática de exercícios
capazes de promover a melhoria da aptidão física relacionada à saúde (Maciel,
2010).
Segundo Ferreira, (2003), a atividade física desempenha um importante papel
no controle de peso corporal dos idosos, pois o gasto energético por meio desta
pode ser modificado, propiciando o alcance de um peso e composição corporal ideal
para ótima saúde e bem estar, além de promover efeitos benéficos tais como:
diminuição da gordura corporal, aumento da massa muscular e da força, incremento
da densidade óssea, fortalecimento do tecido conectivo, melhora da flexibilidade e
melhora da autoestima.
Diversos estudos sugerem que o exercício físico reduz o risco de mortes
prematuras, doenças do coração, acidente vascular cerebral, câncer de cólon mama
e diabetes tipo 2; atua também na prevenção ou redução da hipertensão arterial,
previne o ganho de peso e diminui o risco de obesidade, auxilia na prevenção ou
redução de osteoporose, promove o bem-estar, reduz o estresse, a ansiedade e a
depressão (Maciel, 2010)
O exercício/ físico exerce influencia na melhora do perfil lipídico, e no
aumento da tolerância à glicose e da sensibilidade à insulina, reduzindo o risco de
surgimento de arteriosclerose e diabetes (Faria, 2004).
Para os idosos, é necessária a prática constante de atividade física, o objetivo
de fortalecer a musculatura, e melhorar o equilíbrio, reduz os riscos de quedas
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(OPAS, 2003), e contribui para melhora do estado funcional desta população,
proporcionando maior capacidade de realização das atividades diárias, preservando
assim a independência durante o envelhecimento (Nahas, 2006).
Além disso, são notórias as contribuições da atividade física regular para essa
população, tanto no campo fisiológico, quanto no psicossocial. Segundo Nahas
(2006), as AF com 40% a 60% do máximo são suficientes para esses manterem sua
resistência muscular e obter benefícios para a saúde.
Algo muito importante no que diz respeito à atividade física para idosos é o
cuidado em relação ao aspecto geral, sendo recomendado que esse passe por um
exame médico antes de se inserir em um programa de atividade física. O idoso deve
começar o programa de atividade física com intensidade leve, duração breve e
frequência de 2 a 3 vezes semanais (Leite, 2000; Powers; Howley, 2006).
1.2 Avaliações de Composição Corporal de idosos
Existem vários métodos de avaliação corporal, os mais utilizados são o Índice
de massa corporal (IMC), Dobras Cutâneas e Bioimpedância.
IMC e Dobras Cutâneas
O índice de massa corporal (IMC) tem sido recomendado pela OMS como um
método de aferição de gordura corporal rápido e barato. Pesquisas mostram que
este método não é adequado para a determinação de níveis de gordura corpórea,
considerando-se que alguns indivíduos podem apresentar um nível de IMC ideal e,
no entanto, possuírem uma quantidade de gordura corporal acima do que é
considerado adequado em relação à saúde, ou ainda, apresentarem um nível de
IMC abaixo do recomendado e possuírem a quantidade de gordura corporal
adequada. (Franciozi, 2011).
O (IMC) não é capaz de distinguir gordura central da gordura periférica, massa
gorda de massa magra (Franciozi, 2011).
Em idosos, o emprego do IMC apresenta dificuldades em função do
decréscimo de estatura, acúmulo de tecido adiposo, redução da massa corporal
magra e diminuição da quantidade de água no organismo (Santos, 2005).
Outro procedimento utilizado para verificar a composição corporal é avaliação
antropométrica, de acordo Wilmore e Costill (2001) afirmam que a determinação da
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gordura corporal através do método de pregas cutâneas é uma das técnicas de
campo mais utilizadas por seu baixo custo e facilidade de manuseio. Sendo assim
as medidas antropométricas analisadas são perímetro braquial (PB), perímetro
abdominal (PA), dobra cutânea triciptal (DCT), e dobra cutânea subescapular (DCE)
( Santos, 2005).
Partindo do pressuposto de que a mensuração de gordura de algumas regiões
do corpo determinaria o percentual de gordura total do corpo, o método de
mensuração da gordura corporal pela prega cutânea foi aceito, porém com algumas
limitações. Há diminuição da massa magra e modificação no padrão de gordura
corporal, onde o tecido gorduroso dos braços e pernas diminui, mas aumenta no
tronco. Em consequência disso, as variáveis antropométricas sofrem modificações,
como a dobra cutânea tricipital (DCT) e o perímetro do braço (PB) que diminuem e o
perímetro abdominal (PA) aumenta (Menezes, 2005).
Bioimpedância
O método de impedância bioelétrica ou bioimpedância elétrica é outra forma
de analisar a composição corporal (HEYWARD E STOLARCZYK, 2000). Atualmente
este método tem sido amplamente utilizado devido a sua principal facilidade e
rapidez no processamento das informações, por ser um método não invasivo,
prático, reprodutível. Além disso, ele tem o papel de estimar os componentes
corporais, a distribuição dos fluidos nos espaços intra e extracelular, assim como a
qualidade, tamanho e a integridade celular (Eickemberg et al.2011).
Figura 1 : Aparelho de Bioimpedância
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Consiste em avaliar a densidade corporal através da velocidade que o fluxo
elétrico passa pelo corpo. O conceito consiste no fato de que a corrente elétrica é
facilitada pelo tecido isento de gordura e água extracelular, e o contrário ocorre
perante o tecido adiposo. (Mcardle et al, 2001; Heyward e Stolarczyk, 2000). A
técnica consiste em colocar eletródos injetores nas superfícies dorsais do pé e do
punho e detectores entre o rádio e a ulna e ao nível do tornozelo, um estímulo
elétrico é dado e a impedância (resistência) é determinada, calculando-se através de
uma equação a densidade corporal e posteriormente o percentual de gordura
(Mcardle, 2001).
A hidratação e temperatura da pele do indivíduo são fatores que podem
mascarar a medida da impedância elétrica (McArdle, 2001). A análise da
bioimpedância para prever o percentual de gordura de idosos foi proposta por
Queiroga (2005), pois esta apresentou um baixo erro de padrão de estimativa.
É importante ressaltar que a bioimpedância corporal total é um método
utilizado como técnica de medidas de massa corporal medida de volume líquido e
medida de volume de gordura corporal, sendo reconhecida pelo Ministério da Saúde
Brasileiro e pelo Food and Drug Administration (FDA) como valiosa técnica para tal
finalidade (Lafortuna et al, 2004).
Até mesmo na Conferência de Padronização sobre Análise de Impedância
Bioelétrica do Instituto Nacional de Saúde Americano em 1996, considerou-se o
método de impedância bioelétrica: seguro, sem efeitos colaterais ou sem contra
indicação e deste modo foi liberado sem restrições (Tomasich et al, 2006).
Preparo para a bioimpedância
Não fazer uso de medicação diurética no dia anterior à realização do exame;
Não ter realizado atividade física, pelo menos nas 12 horas que precedem o
teste;
Não ingerir bebidas alcoólicas e/ou bebidas contendo cafeína (café,
refrigerante, chá preto, chocolate) pelo menos nas 12 horas que precedem o
teste;
Não possuir marca passo;
Urinar 30 minutos (aproximadamente) antes do teste;
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Remover acessórios, adornos e peças contendo metal para realização dos
exames.
1.2 Atividade física para idoso
Segundo as diretrizes da promoção da saúde, as atividades físicas
apresentam-se como um dos componentes mais importantes para a adoção de um
estilo de vida saudável e uma melhor qualidade de vida das pessoas (OMS, 2006).
Sendo assim, de acordo com a OMS (2011), a prática de atividade regular
traz vários benefícios para a saúde como a melhora da capacidade
cardiorrespiratória e muscular e a óssea e funcional. Além disso, os exercícios
aeróbicos vêm sendo recomendados para a prevenção e o tratamento de varias
doenças associadas à idade avançada, como a depressão, risco de doenças
crônicas não transmissíveis (Evans, 2003).
Diversos estudos comprovam que tanto exercícios aeróbicos quanto os
exercícios de força, praticados de forma regular, promovem inúmeros benefícios aos
indivíduos idosos, tais como:
Exercício aeróbico
Melhora o condicionamento cardiovascular, aumenta o VO2 máximo e
a cinética da captação de oxigênio;
Diminui a hipertensão arterial;
Produz alterações favoráveis dos lipídios sanguíneos melhorando o
perfil de lipoproteínas plasmáticas;
Ameniza a hipertrofia do ventrículo esquerdo;
Aumenta a tolerância à glicose e a sensibilidade à insulina;
Aumenta ou mantém a força muscular e a densidade óssea;
Melhora o humor.
Exercício de força
Aumenta a força muscular;
Aumenta a força dinâmica;
Aumenta o pico da capacidade do exercício;
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Aumenta ou mantém a densidade óssea;
Aumenta a capacidade aeróbica submáxima;
Diminui os valores de percepção subjetiva de esforço durante exercício
intenso;
Melhora da função nas atividades vigorosas da vida diária.
Os exercícios direcionados à população idosa devem priorizar a força
muscular, o equilíbrio, a potência aeróbica, os movimentos corporais totais e a
mudança no estilo de vida para que os benefícios esperados sejam atingidos.
Portanto, a melhor opção para a população idosa é realizar um programa de
atividade física que inclua tanto o treinamento aeróbico como o de força muscular e
que ainda incorpore exercícios de flexibilidade e equilíbrio.
Com relação ao volume do treino, a recomendação mais atual para a
população idosa é a realização de exercícios de intensidade moderada por pelo
menos 30 minutos ao dia, na maior parte dos dias da semana, se possível todos, de
forma contínua ou acumulada.
A OMS (2011) recomenda 150 minutos de atividade aeróbica moderada ou 75
minutos de atividade aeróbica intensa; atividade de fortalecimento muscular como
academia deve ser feita em dois ou mais dias da semana; e aqueles idosos que não
podem praticar atividade física devido à condição de saúde devem ser fisicamente
ativos de acordo com a suas limitações.
O condicionamento de força e treinamento progressivo de resistência é em
geral definido como um treino que em geração de força do músculo contra a
resistência é progressivamente aumentada contra o tempo. O treinamento de força
resulta em um aumento do tamanho do músculo. Este treinamento pode aumentar o
equilíbrio pelo aumento da força dos músculos que está envolvido na caminhada
que é a principal fator associado a quedas em idosos. Exercícios para desenvolver
força muscular tornaram-se componentes importantes nos programas dos idosos,
pois além de melhorar o equilíbrio ajudam eles a manter as condições funcionais e
independência ao longo da vida. (Evans, 2003).
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1.4 Necessidades nutricionais do idoso ativo
De acordo com a (Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, 2003) para
os indivíduos que praticam exercícios físicos sem grandes preocupações com
performance, uma dieta balanceada, que atenda às recomendações dadas à
população em questão, é suficiente para a manutenção da saúde e para possibilitar
um bom desempenho físico. Neste caso, as recomendações nutricionais para a
população idosa podem ser aplicadas também aqueles fisicamente ativos.
1.5 Necessidades das Proteínas
As proteínas e suas partes como os aminoácidos são nutrientes essenciais na
dieta para manter a vida. Enquanto nosso corpo tem a capacidade de sintetizar
certos aminoácidos (aminoácidos-não essenciais, ou dispensáveis), outros podem
ser obtidos a partir da dieta (aminoácidos essenciais ou indispensáveis). Dessa
maneira para promover o aumento no tamanho do músculo (hipertrofia) e aumento
da força, a proteína é uma necessidade absoluta (William, 2003).
A proporção de proteínas na alimentação, que se mantém dentro da faixa
recomendada é de (10-15%); ademais, a proporção de proteínas de origem animal
(as de maior valor biológico). A quantidade dietética recomendada para a proteína é
de 0,8g/kg/dia (William, 2003). Segundo a (Sociedade Brasileira de Medicina do
Esporte, 2003), recomenda-se para indivíduos ativos, com a ingestão de 1,2 a
1,4g/kg/dia, teriam sua demanda atendida. Ingestão proteica, após o exercício físico
de hipertrofia, favorece o aumento de massa muscular, quando combinado com a
ingestão de carboidratos, reduzindo a degradação proteica. Este consumo deve
estar de acordo com a ingestão proteica e calórica total. O aumento da massa
muscular ocorre como consequência do treinamento, assim como a demanda
proteica,
No entanto, é importante ressaltar o cuidado de não incrementar a ingestão
de proteínas acima do recomendado para não interferir com a absorção do cálcio
que pode trazer consequências negativas na manutenção óssea.
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Justificativa
A literatura científica apresenta evidências claras sobre os benefícios da
alimentação adequada à prática de atividade física, sendo um deles a redução do
risco de morbidades. A Organização Mundial da Saúde ressalta os benefícios do
aumento de massa magra na terceira idade, recomendando que idosos pratiquem
atividade física visando à hipertrofia muscular.
Considerando a suscetibilidade que os idosos se encontram por pertencerem
a esta faixa etária, e sua crescente participação na sociedade, verifica-se a carência
e a necessidade de estudos brasileiros associando a alimentação à atividade física
neste grupo.
Referencial teórico
A promoção da boa qualidade de vida na terceira idade é um
empreendimento conquistado dia a dia, que resulta do equilíbrio entre a saúde,
alimentação, agilidade física, bom humor e coragem acima de tudo (Mardegan,
1997).
Pesquisas mostram que o principal fator que determina o potencial de
longevidade é a nutrição adequada (Suzuki, 1999). Isto faz crer que o tipo de
alimentação pode estar diretamente associado à qualidade de vida do indivíduo
(Moriguchi, 1988), pois uma alimentação adequada pode diminuir o risco de
incidência de diversas doenças, típicas nesta fase da vida.
Segundo Michelon (2000) e Nahas (2000), os hábitos dietéticos inadequados
apresentam-se como um importante fator de risco para o surgimento de doenças
crônicas em idosos. Ou seja, a atividade física e aptidão têm sido associadas ao
bem estar, à saúde e à qualidade de vida das pessoas em todas as faixas etárias,
principalmente na meia idade e na velhice, quando os riscos potenciais da
inatividade se materializam, levando à perda precoce de vidas e de muitos anos de
vida útil.
A atividade física na velhice eleva os benefícios circulatórios, reduz o peso
corpóreo, melhora a função pulmonar, o equilíbrio e a flexibilidade. São vários os
estudos que mostram que, por meio da atividade física, pode-se verificar um
aperfeiçoamento da mobilidade, do equilíbrio e da flexibilidade, melhorando a
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autonomia e consequentemente, aumentando os níveis de auto-estima e auto-
imagem em idosos (Pasquali, 2001).
A atividade física relacionada com a nutrição pode equilibrar o consumo de
cálcio e outros minerais, melhorando a densidade mineral óssea e perda de massa
óssea. A ingestão de maior do volume de líquidos ajusta o equilíbrio eletrolítico e
melhora o estado funcional.
A proteína é o principal nutriente usado na formação de todos os tecidos
corporais de grande importância no nosso metabolismo, pois ela desempenha um
papel fundamental na síntese muscular crônica, decorrente do exercício com carga.
Desta forma, o papel das proteínas no metabolismo do exercício ocorre
principalmente no período da recuperação ( Rodrigo, 2008).
A disponibilidade de aminoácidos tem seu papel destacado no período pós-treino,
sendo necessária uma correta associação de nutrientes e treinamento para que o
processo de hipertrofia ocorra eficientemente.
Em mulheres principalmente, com a inclusão diária de atividade física, a massa
gordurosa se distribui de maneira mais homogênea, pelo gasto de energia
dispensado, podendo interferir na auto-estima feminina, melhorando a qualidade de
vida. A atividade física tende a ser dependente de vontade, de desejos e,
principalmente, de motivação, contribuindo para a boa saúde mental e física
(Azevedo, 1998).
De acordo com Carvalho e Soares (2004), estímulos adequados de treino de
força em homens e mulheres idosas promovem ganhos da força similares ou até
superiores aos encontrados em jovens.
Segundo o estudo de Gonçalves e colaboradores (2009), o programa de
exercícios físicos junto com reeducação alimentar pode tanto prevenir quanto reduzir
os efeitos deletérios relacionados ao envelhecimento, dentre as quais se destacam
as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como hipertensão, diabetes e as
doenças coronarianas e seus fatores de risco, como os perfis lipídicos e glicêmicos.
Além disso, retarda a redução da massa muscular, o aumento da massa de gordura
e a redução da capacidade funcional (pela redução da independência e autonomia).
Assim, a atividade física, aliada à dieta adequada constituem fatores básicos e
essenciais para a melhora da saúde e da qualidade de vida desta população.
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3. OBJETIVOS
3.2 Geral
Levantar informações sobre o consumo alimentar e sobre frequência e
intensidade do exercício físico praticado pelo idoso.
3.3 Específico
A partir dos resultados encontrados, aconselhar o público alvo para que a dieta
aliada à prática de exercício físico contribua para a sua saúde.
4. METODOLOGIA
Foi realizado um estudo descritivo e transversal, na Clínica de Nutrição do Centro
Clínico de Saúde Integral da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, com
a colaboração da Academia Escola desta Universidade, no Campus Centro.
Foram avaliados 16 idosos de ambos os gêneros, com idade entre 60 e 80 anos,
usuários da Academia Escola da USCS. Foi utilizado o aparelho de
bioimpedância da marca RJL SYSTEMS e o adipômetro da marca SANNY, só
seria utilizado caso tivesse contra indicação para uso da BIA. No primeiro
atendimento foi utilizado o Recordátorio de 24h e o Questionário de Frequência
Alimentar para avaliar o consumo de proteína e o mesmo grupo foi submetido a
um protocolo de treinamento físico composto por um treinamento aeróbico como a
caminhada ou corrida na esteira, de acordo com a faixa de frequência cardíaca
que foi determinada na avaliação física da academia, durante 30 minutos, e o
outro treinamento com pesos foi composto de 11 exercícios. Os dados foram
analisados por meio de frequências absolutas e apresentados em gráficos e
tabelas. Para a tabulação dos dados foi utilizado o programa da Microsoft Excel,
versão 2010
5. DESENVOLVIMENTO
5.1 Delineamentos do estudo
5.1.2 Primeira Etapa
A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade
Municipal de São Caetano do Sul.
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5.4.2 Segunda Etapa
Foram selecionados os idosos que já eram submetidos a um programa de
treinamento físico aeróbio e de força na Academia-Escola da Universidade Municipal
de São Caetano do Sul conforme descrito no item 4.10.
5.4.3 Terceira Etapa
Nesta etapa a atividade foi individualizada, sendo utilizado o recordatório de vinte
quatro horas (anexo 2), e o questionário de frequência alimentar ( anexo 3), para
coletar informações sobre a alimentação habitual do participante.
5.4.4 Quarta Etapa
Após a conclusão do estudo, os participantes receberam uma devolutiva com os
pontos mais relevantes observados no estudo.
5.5 Formas de recrutamento dos participantes
Foram convidados a participar do estudo todos os frequentadores da
academia-escola da USCS que se encontravam na faixa etária de idosos, ou seja,
com idade igual ou superior a 60 anos. Todos deveriam ter realizado avaliação
clínica com médico, liberando-os para a prática de exercício físico.
5.6 Critérios de exclusão
Foram excluídos os indivíduos que:
Se recusarem a participar da pesquisa;
Com alterações ortopédicas que impediam a realização dos exercícios
propostos;
Que apresentarem frequência menor que 2 horas por semana na academia;
Usuários de marca-passo.
5.7 Aspectos éticos
Os voluntários serão informados sobre a pesquisa e seus procedimentos, iniciando
sua participação somente após assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE – ANEXO 1), elaborado de acordo com as orientações da
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Resolução 196/96 do CONEP. O presente projeto foi submetido à avaliação pela
Comissão de Ética em Pesquisa da USCS, e foi aprovado sob parecer nº 2012-5.
5.8 Avaliações corpóreas
Foi utilizado o aparelho de bioimpedância da marca RJL SYSTEMS para
avaliação de percentual de gordura e de massa magra. O individuo deve estar
deitado sobre a maca não condutora, com braços e pernas estendidos ao nível de
sua superfície (Franciozi, 2011).
O adipômetro foi utilizado o da marca SANNY, apenas nos casos em que não
houve indicação para uso da BIA: Exemplo: uso de marca-passo (Franciozi, 2011).
5.9 Avaliação do consumo protéico
No primeiro atendimento foram coletados os dados de consumo alimentar
através do Recordatório de 24 h (Anexo 2) e questionário de frequência alimentar
(Anexo 3). .Quanto ao perfil de consumo de proteínas, foram avaliados da seguinte
maneira:
Aspectos quantitativos: de acordo com o recomendado pela (Recommended
Dietary Allowances), ou seja, 0,8 a 1,0 gramas de proteína por quilograma de
peso corporal (National Research Council, 1989).
Aspectos qualitativos: serão separados em dois grupos: PAVB (proteínas de alto
valor biológico) e PBVB (proteínas de baixo valor biológico). As PAVB são, em
geral, as proteínas de origem animal, ou seja: carnes, peixes, ovos, aves, leites e
laticínios em geral. As de baixo valor biológico (PBVB) são de origem vegetal,
com exceção da proteína da soja.
5.10 Protocolo de treinamento físico
O treinamento aeróbico consistiu em caminhada ou corrida na esteira, de
acordo com faixa de frequência cardíaca de treino determinada na avaliação física
da academia, durante 30 minutos, 3 vezes por semana.
O treinamento com pesos consistiu em 11 exercícios (cadeira extensora,
supino sentado, cadeira flexora, pulley posterior, cadeira adutora, elevação lateral,
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cadeira abdutora, rosca simultânea, gêmeos sentado, tríceps pulley e abdominal),
utilizando o método alternado por segmento, sendo 2 séries de 15 repetições cada,
com intervalo de 30-45 segundos entre as séries, passando a 3 séries de 10
repetições, após 1 mês de treinamento. A carga utilizada for à máxima possível para
este número de repetições, sem que o indivíduo chega-me à fadiga concêntrica.
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram avaliados 16 idosos frequentadores da Academia Escola da
Universidade de São Caetano do Sul, sendo que a amostra foi composta por 5
mulheres e 11 homens, como apresentado na Tabela 1.
Tabela 1 – Distribuição dos idosos participantes do estudo segundo gênero e idade.
São Caetano do Sul, 2013.
Com relação ao índice de massa corporal (IMC), pode-se observar que
nenhum idoso foi classificado como desnutrido. Dentro dos parâmetros para eutrofia
foram classificados 80% das mulheres e 45% dos homens. Do total das mulheres,
20% encontravam-se com sobrepeso, assim como 55% dos homens (Figura 1). No
estudo de Tavares et.al ( 1999), verificou-se uma prevalência de sobrepeso tanto em
homens como em mulheres idosas, sendo mais prevalente no gênero feminino.
Segundo o estudo de Popkins (1994) o aumento de pessoas idosas com sobrepeso
tem acontecido principalmente nos países desenvolvidos, nos quais se verificou a
reversão do quadro de desnutrição para obesidade.
Variáveis Nº (%)
Gênero
Feminino
Masculino
5 (31,3%)
11(68,8%)
Idade
60 - 69 anos
70 - 79 anos
9 (56,3%)
7 (43,8%)
CATEGORIA CONCLUÍDO
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Figura 1 – Estado nutricional dos participantes do estudo segundo o índice de massa
corpórea (IMC). São Caetano do Sul, 2013.
Outro estudo sobre o perfil nutricional de idosos foi de Dirren (1994), que
encontrou variações de sobrepeso entre 7% (Noruega) a 43% (Itália) em homens e
4% (França) a 56% (Itália) em mulheres. Ou seja, a prevalência de sobrepeso foi
maior em mulheres, como também foi verificado por Santos et.al (2005). Romansini
et.al encontraram mais de 80% com excesso de peso em sua amostra, contra
menos de 20% com eutrofia. Já no estudo de Galesi et.al (2008), a prevalência de
idosos com magreza foi menor quando comparada a idosos com eutrofia e excesso
de peso, se assemelhando ao presente estudo.
A Figura 2 descreve os valores médios do percentual de água corporal,
gordura corporal e massa magra nos participantes do estudo. Estes valores foram
aferidos pelo aparelho de bioimpedância da marca RJL SYSTEMS. Como se
observa na figura, os homens apresentaram maior porcentagem de massa magra
em relação às mulheres, dado que se assemelha ao estudo de Moreira et.al ( 2009).
49
33,2
66,858,36
20,27
79,72
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Água Corporal GorduraCorporal
Massa Magra
Mulheres (n = 5)
Homens (n = 11)
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
Desnutrição Eutrofia Excesso de
Peso
Mulheres
Homens
CATEGORIA CONCLUÍDO
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Figura 2 – Valores médios do percentual de água corporal, gordura corporal e massa magra de idosos frequentadores da academia escola da Universidade Municipal de São Caetano do Sul. São Caetano do Sul, 2013.
Durante o envelhecimento, há uma perda progressiva de massa magra,
fenômeno que ocorre naturalmente e que é denominado sarcopenia. Esta perda
afeta o bem estar de indivíduos idosos, dificultando ou impedindo o desempenho de
atividades do cotidiano ou até comprometendo sua qualidade de vida. Segundo Leite
et. al (2012), o sedentarismo é um fator de risco para a sarcopenia em idosos, ou
seja, a prática regular de exercícios físicos tem sido apontada com a intervenção
mais eficaz para prevenção e recuperação da perda muscular. Janssen et.al (2004)
publicaram, em um jornal americano, que asarcopenia é um importante problema de
saúde pública que impõe um signficativo fardo para a economia deste pais. Ainda na
Figura 2, verifica-se que as mulheres apresentaram um maior percentual de gordura
corporal em comparação aos homens, dado também obtido por Baumgartner et.al
(1998).
Tabela 2 – Distribuição percentual da energia entre os macronutrientes e consumo
médio de cálcio segundo o estado nutricional de idosos frequentadores da academia
escola da Universidade Municipal de São Caetano do Sul. São Caetano do Sul,
2013
Fonte: FAO/ OMS, 2003
Recomendação (%) Ingerido (%) Classificação
Carboidrato
Eutrofia (n = 9)
55 – 75
53,85 Inadequado
Excesso de Peso (n =7) 57,91 Adequado
Geral (n = 16) 55,62 Adequado
Proteína
Eutrofia (n = 9)
10 – 20
22,69 Acimado adequado
Excesso de Peso (n =7) 14,31 Adequado
Geral (n = 16) 19,02 Adequado
Lipídeo
Eutrofia (n = 9)
15 – 30
23,45 Adequado
Excesso de Peso (n =7) 27,77 Adequado
Geral (n = 16) 25,34 Adequado
Recomendação (mg) Ingerido (mg) Classificação
Cálcio
Eutrofia (n = 9)
1000 – 1200
757 Inadequado
Excesso de Peso (n =7) 559,8 Inadequado
Geral (n = 16) 671,28 Inadequado
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Quanto ao consumo alimentar, verifica-se que há uma inadequação maior em
relação ao cálcio do que em relação aos macronutrientes, como apresentado na
Tabela 2. O consumo de lipídios apresentou-se dentro do recomendado, em todos
os grupos estudados. Com relação aos carboidratos e proteínas, verificou-se uma
ligeira inadequação no grupo dos idosos eutróficos, para menos (carboidratos) ou
para mais (proteínas). O dado preocupante, no entanto, é a baixa ingestão de cálcio,
um nutriente essencial para a saúde e qualidade de vida desta população.
Nos estudos de Lopes et.al (2005) e de Arias et al (2003), o consumo de
proteínas excedeu a ingestão recomendada e a ingestão de carboidrato encontrado
no estudo de Lopes et. al ( 2005 ) foi abaixo do recomendado, dado que se
assemelha ao presente estudo. Galesi et. al (2008) estudaram um grupo de idosos
residentes em uma instituição de longa permanência, e verificaram um baixo
consumo de cálcio, dado também encontrado por Lopes et al ( 2005).
O processo de envelhecimento, apesar de ser natural, submete o organismo a
diversas alterações anatômicas e funcionais, o que contribui para uma mudança na
saúde e nutrição do idoso (Campos et.al, 2000) . Nesta fase da vida, os idosos
fazem uso frequente de alguns medicamentos que influenciam a ingestão, digestão,
absorção e utilização dos alimentos e, o que pode comprometer seu estado de
saúde.
Outros fatores que interferem no consumo do idoso são: situação
socioeconômica e familiar, fatores psicossociais, tais como perda do cônjuge,
depressão, isolamento social e a própria enfermidade o funcionamento digestivo,
além da alteração na percepção sensorial e na palatabilidade dos alimentos, o que
acaba reduzindo a sensibilidade pelos sabores doce, amargo, ácido e salgado. As
somas destes fatores acabam levando à perda do apetite ou à recusa do alimento
(Rolls, 1992, Nogués, 1995, Shuman, 1998).
Outro fator importante na alimentação de idosos é a capacidade da boa
mastigação, já que ela contribui para uma boa nutrição (Nagao, 1992). Entretanto, é
comum a ausência de dentes nesta população e mesmo o uso de próteses totais
pode ser um fator limitante na mastigação de alimentos. Um estudo realizado por
Shuman (1998) indicou que pessoas que usam dentaduras mastigam 75 a 85%
menos do que aquelas que possuem dentes naturais, o que leva à diminuição do
consumo de carnes, frutas e vegetais frescos. Nestes casos, há uma preferência por
alimentos macios que são facilmente mastigáveis, pobres em fibras, vitaminas e
minerais, elevando o risco de um consumo inadequado de energia, ferro, minerais e
fibras.
O pequeno número da amostra foi decorrente ao recesso das atividades da
Academia Escola da Universidade de São Caetano do Sul, isso aconteceu devido o
CIEE não ter renovado os contratos.
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo permitiu concluir que o método de bioimpedância é
indicado para avaliar a composição corporal de idosos por ser simples, rápido, não
invasivo e confiável. Com relação ao consumo alimentar deste grupo, o consumo de
cálcio foi inadequado e o consumo de macronutrientes apresentou-se, em geral,
adequado.
Com relação à avaliação corporal estava dentro do esperado. Os resultados
obtidos reforçam a importância da intervenção nutricional nesta faixa etária, com
ênfase na avalição corpórea e consumo alimentar.
Vale ressaltar que a principal limitação do presente estudo foi o baixo número
da amostra, o que impediu a realização de análises estatísticas específicas com
estratificação da amostra. Estudos futuros podem ampliar o número da amostra e
desenvolver mais análises sobre este assunto, que é muito pertinente para a classe
avaliada.
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