tipos de poesias

29
Colegio Estadual São José Trabalho de Português Professora: Mirla Tipos de Poesias Alunos: Alesson Lima, Ingred Carvalho, Patricio Gazaroly, Gustavo e Juliana D

Upload: klauddia

Post on 03-Jul-2015

9.051 views

Category:

Education


0 download

DESCRIPTION

Trabalho sobre tipos de poesias elaborado por alunos do 1º Ano D - Colégio Estadual São José.

TRANSCRIPT

Page 1: Tipos De Poesias

Colegio Estadual São José

Trabalho de Português

Professora: Mirla

Tipos de Poesias Alunos: Alesson Lima, Ingred Carvalho, Patricio

Gazaroly, Gustavo e Juliana 1º D

Page 2: Tipos De Poesias

Poema

Poema

É uma obra literária apresentada geralmente em verso e estrofes(ainda que possa existir prosa poética, assim designada pelo uso de temas específicos e de figuras de estilo próprias da poesia). Efectivamente, existe uma diferença entre poesia e poema. Este último, segundo vários autores, é uma obra em verso com

características poéticas.

Page 3: Tipos De Poesias

Soneto

É um poema de forma fixa, composto por 14 versos.

Pode ser apresentado em 3 formas de distribuição dos versos:

* Soneto italiano ou petrarquiano: apresenta duas estrofes de 4 versos (quartetos) e duas de 3

(tercetos) * Soneto inglês ou "Shakespeareano": três

quartetos e um dístico * Soneto monostrófico: Apresenta uma única

estrofe de 14 versos.

Page 4: Tipos De Poesias

Soneto: minha terra

Cesidio Ambrogi

(Soneto sem verbos) Meu vilarejo - um cromo estilizado: O largo da Matriz. Uma palmeira, a cadeia sem preso, nem soldado.

Calma em tudo. Silêncio. Pasmaceira.

Andorinhas em bando no ar lavado. O rio. O campo além de uma porteira. Um velho casarão acaçapado...

- Nossa casa tranqüila e hospitaleira.

Page 5: Tipos De Poesias

O Cruzeiro lá em cima, em plena serra, braços erguidos para a minha terra. E eu criança e feliz. Que bela idade!

Hoje, porém, meu Deus, quanta emoção!Do meu peito no triste mangueirão,cavo e soturno, o aboio da saudade!...

Page 6: Tipos De Poesias

Soneto de Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momentoE em louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento.

Soneto: Fidelidade

Page 7: Tipos De Poesias

E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinicius de Moraes

Page 8: Tipos De Poesias

Balada

Feita a ressalva, a balada poderia assim ser apresentada como um tipo de poema narrativo, cuja literariedade foi ao longo dos séculos objecto de debate e reapreciação, que tende em

regra a organizar a história num enredo algo depurado (muitas vezes centrado numa só personagem, num só acontecimento/episódio, num só conflito ou numa só

temática), reduzido a lances capitais narrados de forma linear e sintética, lacónica ou até elíptica, característica infelizmente agravada pela condição fragmentária ou

lacunar de que padecem muitas baladas antigas.

Page 9: Tipos De Poesias

Esse sintetismo explica não só a tendência para a compactação, por vezes sincrónica ou até acrónica, dos

acontecimentos narrados por um narrador impessoal ou invisível, mas também para a extremização ou polarização

dos conflitos e das personagens, tendência essa que, reforçada pelo recurso ao diálogo e pela frequente presença de um atmosfera trágica ou ominosa, confere à balada um

cunho acentuadamente dramático. A ele vem por vezes juntar-se o elemento mágico, maravilhoso ou sobrenatural responsável pela inverosimilhança, pela implausibilidade e

pelo irrealismo da balada, criticados e condenados por épocas, gostos, sectores e indivíduos mais racionalistas.

Page 10: Tipos De Poesias

Baladas Românticas - Verde...Como era verde este caminho! Que calmo o céu! que verde o mar! E, entre festões, de ninho em ninho, A Primavera a gorjear!... Inda me exalta, como um vinho, Esta fatal recordação! Secou a flor, ficou o espinho... Como me pesa a solidão!

Órfão de amor e de carinho, Órfão da luz do teu olhar, - Verde também, verde-marinho, Que eu nunca mais hei de olvidar! Sob a camisa, alva de linho, Te palpitava o coração... Ai! coração! peno e definho, Longe de ti, na solidão!

Page 11: Tipos De Poesias

Oh! tu, mais branca do que o arminho, Mais pálida do que o luar! - Da sepultura me avizinho, Sempre que volto a este lugar... E digo a cada passarinho: "Não cantes mais! que essa canção Vem me lembrar que estou sozinho, No exílio desta solidão!"

No teu jardim, que desalinho! Que falta faz a tua mão! Como inda é verde este caminho... Mas como o afeia a solidão!

Olavo Bilac

Page 12: Tipos De Poesias

Vilancete:

Era uma forma poética comum na Península Ibérica, na época da Renascença. Os vilancetes

podiam também ser adaptados para música: muitos compositores ibéricos dos séculos XV e XVI, como Juan del Encina ou o português Pedro de Escobar

compuseram vilancetes musicais.

Page 13: Tipos De Poesias

Vilancete: As nuvensAs nuvens do céu

Com elas eu vou

Que já de ti sou.

Sorri, eu irei

Correndo p’ra ti

Que quando te vi

Eu me encantei

E de ti serei.

Deixa e eu vou

Que já de ti sou.

Page 14: Tipos De Poesias

Vilancete: Amor

- Meu corpo, que mais receias?- Receio quem não escolhi.

- Na treva que as mãos repelemos corpos crescem trementes.

Ao toque leve e ligeiroo corpo torna-se inteiro,todos os outros ausentes.

Page 15: Tipos De Poesias

Os olhos olham no vagodas luzes brandas e alheias;

joelhos, dentes e dedosse cravam por sobre os medos …

Meu corpo, que mais receias?

- Receio quem não escolhi,quem pela escolha afastei.De longe, os corpos que vime lembram quantos perdi

por este outro que terei.

Page 16: Tipos De Poesias

Rondó:

É o poema lírico que tem o mesmo estribilho se repetindo por todo o

texto

Page 17: Tipos De Poesias

Rondó: do menino e do vento

O menino recolhia

paciente recolhia

restos de vento que os ventos

na pressa deixavam no chão

ventos bravos ventos mansos

ventos mornos ventos frios

e até mesmo furacão

Page 18: Tipos De Poesias

o menino recolhia

paciente recolhia...

e por ser menino e sem medo

sem nenhum discernimento

misturava esses restos de vento

na palma da sua mão

construindo assim um brinquedo

da mais fina estimação

Page 19: Tipos De Poesias

e o menino recolhia

paciente recolhia

dos ventos restos de vento

como folhas caídas no chão

como folhas caídas no chão

o menino recolhia

paciente recolhia...

Page 20: Tipos De Poesias

até que em dado momento

os olhos na amplidão

cansado da brincadeira

num gesto pueril o menino

soprou os restos de vento

que acumulara na mão

e deu-se então o milagre

nasceram todas as coisas

fez-se a Criação

Júlio

Page 21: Tipos De Poesias

Haicai:

expressão japonesa que significa “versos cômicos” (=sátira). É o poema japonês formado de três versos que somam 17 sílabas assim distribuídas: 1o. verso=5

sílabas; 2O. verso = 7 sílabas; 3O. verso 5 sílabas

Page 22: Tipos De Poesias

Haicai: Amor em revista

Em sua pelealgas-póros

e nossa sensação não se sabiaazul ou esverdeada

enquanto eu perdia meu tempono espaço teu

Page 23: Tipos De Poesias

e eu precisava tantome caber

sem saber que essa eratarefa ingrata

para quem só vira o amoruma vez

na foto de um suavecasal neozelandês

naquela velhanational geographic

Page 24: Tipos De Poesias

sereníssimo budaque do barco mira o negrume,

responda rápido: como se acende a luz de si mesmo?

Em gélido e uterino espaço sideralvejo-me flutuando em canoa cósmica.

será que matei um johnny walker?

Page 25: Tipos De Poesias

haicai:o rio á noite é um haicai

peixes noturnos,qual é o seu metabolismoabaixo do espelho frio?

anoréxicas cobras d’água −no místico escurovocês são ninjas?

névoa, tão alva e medieval.é o teu combustívelque inflama o breu?

Page 26: Tipos De Poesias

Cordel:

é um tipo de poesia popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra

qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome que vem lá de Portugal, que

tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes.

Page 27: Tipos De Poesias

No Nordeste do Brasil, herdamos o nome (embora o povo chame esta manifestação de folheto), mas a tradição do barbante não perpetuou. Ou seja, o

folheto brasileiro poderia ou não estar exposto em barbantes. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais

comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de

forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações

muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis

Page 28: Tipos De Poesias

Exemplo:"Eu vou contar a históriaDe um pavão misteriOSO

Que levantou vôo da Grécia

Com um rapaz corajOSORaptando uma condessa

Filha de um conde orgulhOSO"

(Jose Camelo de Melo Rezende)

Page 29: Tipos De Poesias

Alesson lima , Ingred Carvalho,Patricio Ganzaroli , Juliana Fontenele e Gustavo.