tiago - a prática da vida cristã - lições bíblicas cpad - 1t1999

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JOVENS E ADULTOS l9 Trimestre de 1999

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A epístola de Tiago, no NovoTestamento, é comparada ao livro deProvérbios, no Antigo Testamento,pelo seu conteúdo prático e objetivo.Nela, encontramos paralelismos comos ensinos do Sermão do Monte. Emseus 108 versículos, há nada menosque 54 mandamentos. O aparente dilema entre a justificação pela fé e pelas obras é esclarecido no texto. O livro enquadra-se na categoria dasEpístolas Gerais, sendo dirigida aoscrentes em geral.

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  • JOVENS E ADULTOSl9 Trimestre de 1999

  • Aprenda IV! Al Scom livros CPAD

    Tiago nosensina a orar,no julgar,praticar a f ea amadurecerespiritualmente

    ORGULHO FATALRichard W. DortchO que leva homens e mulherescomuns a ultrapassarem certoslimites, e a abusarem de suoautoridade?Neste livro o autor compartilhaas respostas a esta e outrasperguntas atravs de suaprpria experincia.Cdd.: 344248 pginas

    O ESPIRITO NOSAJUDA A ORARUma TeologiaBblica da OraoRobertL. BrandiZenas J. BicketUm ensino sistemtico da prticcorao atravs da Palavra de CEstudo histrico da orao no / ,,,1>13Novo Testamento, feito para os quebuscam se aprofundar no conhecime"crescer na graa e ministrar no podeEspirito Santo.Cd.: O]9J

    528 pginas

    A CAMINHO DAMATURIDADEIsmael dos SantcA plenitude da vida ium ideal a ser alcanado.\e s ?lr4fena vida daqueles que secolocam disposi|:JeDeus. Ismael Santos *chama voc a carr^^arrumo maturidaderCd.; 5P" 62 pg -

    FE SOB FOGOSteven J, LawsonAnalisando a guerra espiritual doRlho de Deus, vivida na tentao do deserto,o autor prepara-nos para a vitria diante datentao. Aprenda a vencer pela f, usandoo maior dos exemplos: Jesus Cristo.Cd.: 350256 pginas

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  • Comentrio: ELINALDO RENOVATO DE LIMAConsultor Doutrinrio e Teolgico: ANTNIO GILBERTO

    SUMARIOLies

    do 1 Trimestrede 1999

    BIBLIOTECA DIDAQUProf. Antnio de P

    VnfumA- f/0,3/'

    Lio lA epstola da religio puraLio 2Como vencer as provas e tentaesLio 3A perseverana na oraoLio 4A prtica da Palavra de DeusLio 5Deus condena a acepo de pessoasLio 6A f sem obras moitaLio TO tropeo na PalavraLio 8A sabedoria do altoLio 9Resistindo s paixes humanasLio IOA falibilidade dos projeos humanosLio 11Os ricos opressores so condenadosLio 12Pacincia e ConstnciaLio 13Administrando os meios da graa

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  • Lio l 3 de janeiro de 1999

    A EPSTOLA DA RELIGIO PURATEXTO UREO

    [ ' . "A religio|;ulada para com Deus, o^-Pai^/esta: visitar os rfos e as vr-

    ' '-vasnassuastribulaeseguar-i 'dar-se-da corrupo^ d

    do" (Tg 1.27). : .

    VERDADE PRTICA

    A religio e a f verdadei-. * rs so demonstradas por obras

    e atitudes que espelham suaautenticidade;

    LEITURA DIRIA

    Segunda - Ef2.9A f no vem das obrasTera-Ef 2.10Criados para as boas obrasQuarta - Pv 16.3Confiando, as obras ao SenhorQuinta - Ec 12.14As obras sero julgadasSexta ~Mt 5.16Obras para serem vistasSbado - Mt 16.27_As obras Tero"r'fri&nifi:

    LEITURA BBLICA EM CLASSETIAGO 1.1;GLTAS 2.9,11,12,16Tiago l

    l - Tiago, servo de Deus e doSenhor Jesus Cristo, s doze tri-bos que andam dispersas: sade.

    Gaiatas 29 - e conhecendo Tiago, Cefas

    e Joo, que eram consideradoscomo as colunas, a graa que seme havia dado, deram-nos asdestras, em comunho comigo ecom Barnab, para que ns fs-semos aos gentios e eles, cir-cunciso;

    11 - E, chegando Pedro Antioquia, lhe resisti na cara, por-que era repreensvel.

    12 - Porque, antes que algunstivessem chegado da parte deTiago, comia com os gentios; mas,depois que chegaram, se foi reti-rando e se apartou deles, temendoos que eram da circunciso.

    16 - Sabendo que o homemno justificado pelas obras dalei, mas pela f em Jesus Cristo,temos tambm crido em JesusCristo, para sermos justificadospela f de Cristo e no pelasobras da lei, porquanto pelasobras da lei nenhuma carne serjustificada.

  • COMENTRIO

    INTRODUOA epstola de Tiago, no Novo

    Testamento, comparada ao livro deProvrbios, no Antigo Testamento,pelo seu contedo prtico e objetivo.Nela, encontramos paralelismos comos ensinos do Sermo do Monte. Emseus 108 versculos, h nada menosque 54 mandamentos. O aparente di-lema entre a justificao pela f e pe-las obras esclarecido no texto. O li-vro enquadra-se na categoria dasEpstolas Gerais, sendo dirigida aoscrentes em geral,

    I. A AUTORIA E A OCASIO1. O autor do livro. No Novo

    Testamento, h trs pessoas com onome de Tiago. So eles: Tiago, ir-mo de Joo (Mt 10.2); Tiago, o fi-lho de Alfeu (Mt 10.3); e Tiago, ir-mo de Jesus (Mc 6.3a; Gl 1.19). Atradio crist atribui a esse ltimo,o irmo do Senhor, a autoria huma-na da epstola em estudo.

    2. Seu carter. Ele era um ho-mern ntegro, de vida santa, arraiga-do moralidade prtica da lei. Noobstante ter sdo um homem de ca-rter rgido, era estimado pelos seuscompatriotas, tendo sido chamado deTiago, "o Justo". Certamente era ca-sado (cf. l Co 9.5).

    3. Homem de orao. Segundoa Histria, era, tambm, homem deorao. Dele, se diz que tinha os joe-lhos calejados, parecidos com os de

    urn camelo, pelo fato de passar ho-ras e mais horas ininterruptas em ora-o pelo seus irmos de raa.

    4. Seu ministrio e atuaao.Tiago foi um dos lderes da IgrejaPrimitiva, em Jerusalm, tendo pre-sidido o primeiro conclio, conformeAt 15.13-29. Paulo considera-o "coluna" da Igreja, juntamente conPedro e Joo (Gl 2.9), tendo-o comeconselheiro (At 21.18). Tiago tinhagrande influncia ministerial. Pedro,ao ser solto da priso, mandou avis-lo (At 12.17).

    5. Data e ocasio do livro. A tra-dio diz que Tiago escreveu suaepstola por volta do ano 60 d.C.,antes de morrer.

    6. Sua morte. De acordo comJosefo, historiador, corroborado porHegesipo, "judeu cristo", Tiagomorreu apedrejado por ordem dosumo sacerdote Anano. Este, reuni-do o Sindrio, colocou o apstolodiante do templo e ordenou que elenegasse que Jesus era o Messias, anteenorme multido. Tiago, em lugardisso, bradou que Jesus era "o filhede Deus e juiz do mundo" (Halley)Fo jogado ao cho, apedrejado e es-pancado. Agonizante, ele orou comoseu irmo, Jesus: "Pai, perdoa-lhesporque no sabem o que fazem". Seumartrio ocorreu por volta do ano 62.

    7. Seu exemplo. Esse corajososervo de Deus, irmo de Jesus, dei-xou-nos um exemplo extraordinriode f e humildade. Sendo irmo doSalvador, nunca se aproveitou dissopara ter privilgios. Pelo contrrio,foi humilde e fiel at a morte.

  • H. O TEMA DA EPISTOLA DETIAGOEmbora haja comentaristas que

    vem "as doze tribos dispersas", comotema principal da epstola, parece-nosrazovel aceitar que o tema principalde Tiago "a religio pura", no seuaspecto prtico encontrada ern Tg1.27. Como base nesse tema, estuda-remos alguns aspectos importantes:

    1. Com relao a f. Tiago apon-ta-nos dois tipos de f: a verdadeira ea falsa. A primeira, se manifesta atra-vs do amor expresso em atitudes vi-sveis e no apenas tericas ou subje-tivas (Tg 2.18); a segunda (a falsa),se limita crena interior, egosta edesprovida de ao (Tg 2.14, 20).

    2.Com relao as obras. Oapstolo da f pragmtica ressaltaque as obras importantes, no para asalvao, mas para o testemunhocristo, so as que resultam da ge-nuna f em Cristo (Tg 2.22-24).

    3. Com relao as epstolas pau-linas. Ao Jongo dos sculos, h quemprocure enfatizar possveis discrepn-;as entre a epstola de Tiago e asepstolas de Paulo, no que se refere justificao pela f ou pelas obras.Mas no h contradio alguma en-tre os escritos dos dois apstolos.Ambos foram inspirados pelo mesmoEsprito para escreverem as mensa-gens enviadas por Deus Sua Igreja.m. A IMPORTNCIA D

    EPSTOLA DE TIAGO1. Para os destinatrios origi-

    nais. A epstola de Tiago foi ende-

    reada, no seu tempo, "s doze tri-bos que andam dispersas" (Tg 1.1),as quais tratavam-se, no dos israe-litas, que professavam o judasmo,mas dos judeus convertidos que es-tavam na dispora. Aqueles crentespassavam por srios problemas:

    a) Estavam dispersos (LI). Opastor, bispo e ancio (presbtero)Tiago tinha o cuidado denodado comas ovelhas dispersas, pois sabia queelas, distantes de sua ptria, estavamvivendo a instabilidade dos que seacham longe do lar. Precisavam deapoio espiritual, ensino, e encora-jamento.

    b) Estavam passando por tenta-es (1.2,3). Certamente, ficarammuito fortalecidos, quando, ao abri-rem o pergaminho da epstola deTiago, leram, logo no incio: "Meusirmos, tende grande gozo quandocairdes em vrias tentaes, saben-do que a prova da vossa f produz apacincia". Que conselho, que incen-tivo aos irmos distantes, na disper-so. Tiago enviou-lhes uma palavrade encorajamento. Em Pv 25.25, le-mos: "Como gua fria para uma almacansada, assim so as boas-novas deterra remota".

    c) Estavam passando por confli-tos entre eles. Havia falta de sabe-doria. O apstolo mandou dizer-lhes:"E, se algum de vs tem falta de sa-bedoria, pea-a a Deus, que a todosd liberalmente, e o no lana emrosto, e ser-lhe- dada" (1.5).

    d) Estavam passando por crise deintegridade. Havia acepo de pesso-as. O seu pastor exortou-os a no fa-

  • zerem distino entre osVnais pobrese os ricos, entre eles (Tg 2il-4).

    2. Para os crentes de hoje.a) Peregrinos e forasteiros. A

    exemplo dos convertidos no tempode Tiago, os crentes ern Jesus tam-bm esto dispersos pelo mundo,como "peregrinos e forasteiros" (lP 2. l I a). Da mesma forma, ns hojecomo Igreja do Senhor, estamos,alm de dispersos pelo mundo, vi-vendo sob tentaes as mais pesadas.

    b) Conflitos e crises. H confli-tos srios na cristandade e, tambm,de certa forma, uma verdadeira cri-se de identidade em muitas igrejas,num embate entre os "marcos anti-gos" e a modernidade avassaladora.

    IV. OS PROPSITOS DAEPSTOLA DE TIAGO1. Encorajar os crentes em suas

    provaes. Os primeiros cristosexperimentaram provaes e tenta-es as mais diversas. O Diabo osfustigava com as ameaas do Imp-rio Romano; o judasmo os acusavade traidores e blasfemos. Tiago es-creveu-lhes, exortando-os a terem"grande gozo" nas tentaes, saben-do que "a prova" da f haveria deproduzir pacincia (Tg 1.1,2). Esseensino est de acordo com o que Pau-lo exorta em Rm 5.3-5.

    2. Corrigir doutrinas erradasquanto salvao. Havia, entre osdestinatrios da epstola, dificulda-des em entender a justificao, comoaspecto fundamental da salvao.Uns criam que a justificao era so-

    mente pela f, independente dasobras, interpretando os ensinospaulinos (ver Gl 6.16); outros, noe:ntanto, talvez supervalorizavam osentido das obras. Tiago escreveu-lhes, colocando "os pontos nos is".

    3. Mostrar o resultado prticoda f. Tiago mostra que a f precisser vivida, demonstrada, atravs da:obras que dela resultam, de maneiruque os crentes so exortados "a de-monstrarem uma f ativa, e no umaprofisso de f vazia" (2.14-J 6).

    CONCLUSOA epstola de Tiago tem ensina-

    mentos prticos para os dias de hojee um relacionamento muito estreitocom os ensinos de Jesus. Assim, ori-entaes, recomendaes e manda-mentos inspirados pelo Esprito San-to, constantes do livro, so de muitavalia para todos os crentes.

    1. Dos trs Tiagos de que fala o NoveTestamento, qual deles o auto:da epstola em estudo?

    2. De acordo com o comentrio dalio, qual o tema da epstola deTiago?

    3. A quem se destinava, originaria-mente, a epstola de Tiago?

    4. De acordo com a lio, quais ospropsitos da epstola de Tiago?

    5. Qual a importncia da epstola deTiago para os crentes da atuali-dade?

  • Lio 2 l O de janeiro de 1999

    COMO VENCER AS PROVAS E TENTAESTEXTO UREO

    "Vigiai e orai, para queno entreis em tentao; naverdade, o esprito est pronto,mas a carne fraca" (Mt 26.4 J).

    VERDADE PRATICA

    A tentao permitida porDeus como prova da f. Ela spode ser vencida mediante opoder do Esprito Santo ope-rando no crente.

    LEITURA DIRIA

    Segunda - Mt 6.13irando para no cair em tentao'era - Mt 26.41

    Vigiando contra a tentaoQuarta - Mc 14.38Orando para no entrar em tentaoQuinta -1 Co 7.5Prevenidos contra a tentaoSexta-Bb 2.18Socorro para os que so tentadosSbado- Tg 1.14Tentado pelo engodo daconcupiscncia

    LEITURA BBLICA EM CLASSETIAGO 1.2,3,12-16Tiago l

    2 - Meus irmos, tende grandegozo quando cairdes em vriastentaes,

    3 - sabendo que a prova davossa f produz a pacincia.

    12 - Bem-aventurado o varoque sofre a tentao; porque,quando for provado, receber acoroa da vida, a qual o Senhor,tem prometido aos que o amam.

    13 - Ningum, sendo tentado,diga: de Deus sou tentado; por-que Deus no pode ser tentadopelo mal e a ningum tenta.

    14 - Mas cada um tentado,quando atrado e engodado pelasua prpria concupiscncia.

    15 - Depois, havendo a concu-piscncia concebido, d luz o pe-cado; e o pecado, sendo consuma-do, gera a morte.

    16 - No erreis, meus amadosirmos.

    COMENTRIO

    INTRODUODesde o princpio, o Senhor tem

    permitido a seus servos serem pro-vados para que, como vencedores,sejam aprovados diante dos homens,

    7

  • dos anjos, e do Diabo. bem-aven-turado quem, sendo tentado, perma-nece fiel a Deus, tornando-se, assim,digno de receber a coroa da vida.

    I. O QUE A TENTAO1. Conceito. Tentao "ato ou

    efeito de tentar; disposio de ni-mo para a prtica de coisas diferen-tes ou censurveis11 (Dicionrio Au-rlio}. Biblicamente, podemos dizerque o convite ao pecado.

    2. O significado na epstola. EmTiago, tentaes tm o significado deperseguies, lutas e provaes pe-las quais o crente pode passar.

    II. ORIGEM DA TENTAOA tentao tem trs origens ou

    fontes:1. Da parte da carne.a) Tentao humana. A Bblia

    nos diz que "no veio sobre vs ten-tao, seno humana" (l Co 10.13).Neste texto,, podemos entender que"tentao humana" quer dizer a que prpria da natureza carnal do ho-mem (verRm7.5-8; Gl 5.13,19). Elatem beu aspecto mal, pernicioso,incitador ao pecado.

    b) O significado da carne. A car-ne, o "centro dos desejos pecami-nosos" (Rm i 3.14; Gl 5.16,24). Delavem o pecado e suas paixes (Rm7.5; Gl 5.17-21). Na carne no habi-ta coisa boa (Rm 7.18). Devemossalientar que o termo carne, aqui, nose refere ao corpo, que no tem nadade mal em si mesmo, mas nature-za carnal, herdada de nossos pais. Ocorpo do crente templo do Espri-to Santo (l Co 6.i9,20).

    2. Da parte do mundo. O mun-do, como fonte de tentao, no omundo fsico, criado por Deus. O Di-cionrio da Bblia, de Davis, diz que"a palavra mundo emprega-se fre-quentemente para designar os seushabitantes", como em SI 9.8, Is 13.11e Jo 3.16. O Dicionrio Teolgico(CPAD), referindo-se ao mundo, dique "No campo da teologia, porrr o sistema que se ope de formapersistente e sistemtica ao Reino deDeus". Joo exorta a que no ame-mos "o mundo, nem o que no mun-do h". "Porque tudo o que h nomundo, a concupiscncia da carne,a concupiscncia dos olhos e a so-berba da vida, no do Pai, mas domundo" (l Jo 2.15,16). Tudo isso fonte de tentao.

    3. Da parte do Diabo. a fontemais cruel da tentao. Seu carter sempre destrutivo.

    a) Jesus foi tenado. a fontemais terrvel e avassaladora da ten-tao. Dela, no escapou nem mes-mo nosso Senhor Jesus Cristo. Apso batismo em gua, Ele foi conduzi-do "pelo Bsprio para ser tentad'pelo diabo" (Mt 4.1; Mc 1.13; L4.2). Foi o nico que no caiu empecado (Hb 4.15).

    b) Homens de Deus foram tenta-dos. Homens de Deus, do porte deAbrao, Sanso, Davi, e tantos ou-tros, foram tentados pelo Advers-rio (Satans) a fazerem o que no erada vontade de Deus, com srios pre-juzos para suas vidas./1

    c) Os homens comuns so tenta-dos. Os homens so terjtados a prati-car toda espcie de males, crimes, vi-

  • olncia, estupros, brigas, cimes, guer-ras, mentiras, calnias, roubos, etc.

    c!) Os crentes so tentados. Atos crentes em Jesus so vtimas daao do maligno, quando causamprejuzos Igreja do Senhor, comescndalos, calnias, invejas, divi-des, rebelies, busca pelo poder,'Oliticagem religiosa, e tantas outrasoisas ruins.

    m. o PROCESSO DTENTAO

    A tentao se constitui num pro-cesso, que tem os seguintes passos:

    1. Atrao do desejo (v.!4a)."Mas cada um tentado, quandoatrado..." Primeiro, vem a atraopelos sentidos: viso (l Jo 2.16);audio (l Co 15.33); olfato; gosto,etatp(Pv6.17).

    2. Engodo (isca). A pessoa atrada, seduzida e "engodada pelaprpria concupiscncia" (v.!4b).

    3. Concepo do desejo (daconcupiscncia). Na mente, nospensamentos (cf. Mc 7.21-23), o de-

    ejo concebido. S se faz o que seensa (v. 15a). Nesse ponto, ainda se

    pode evitar o pecado.4. O pecado gerado. "Depois,

    havendo a concupiscncia concebi-do, d luz o pecado" (v.15). Aindana mente, j nasce o pecado. Algumpode adulterar s na mente (Mt5.27,28).

    5. A consumao do pecado(v.lSb). "...e o pecado, sendo con-sumado, gera a morte." A morte,aqui, espiritual. Nesse ponto, s hsoluo se houver arrependimento,ainda, em vida.

    importante entendermos esseterrvel processo, a fim de que nosresguardemos dele. Algum j disseque ningum pode impedir que umpssaro voe sobre sua cabea, maspode impedi-lo de fazer um ninhonela. Isso ilustra o processo da tenta-o. Esta, em si, no pecado. Peca-do praticar o que a tentao sugere.

    TV. DIFERENA ENTRETENTAO E PROVAO

    A tentao, conforme estudamos, sempre uma induo ao mal, aopecado. Aprovao, no entanto, notem esse sentido. Quando a Bbliadiz que Deus tentou algum, deve-mos entender que Deus o provou, eisso tem objetivos muito elevados,conforme descrevemos a seguir.Tiago nos diz que "Ningum, sendotentado, diga: De Deus sou tentado;porque Deus no pode ser tentadopelo mal e a ningum tenta" (v. J 3).

    Quando a Bblia diz que algumfoi tentado por Deus, isso pode serentendido como provao. Abrao sfoi considerado o pai de todos os quecrem, porque creu e foi "tentado",ou seja, "provado" por Deus (verGn22.1-18). A prova da f essencialpara "louvor, honra, e glria na re-velao de Jesus Cristo" (l P 1.7).

    Tiago exorta os crentes a terem"grande gozo", quando carem em"vrias tentaes", sabendo que "aprova da vossa f produz a pacin-cia" (vv.2,3). Ele considera umabem-aventurana o crente sofrer atentao, porque, quando for prova-do, receber a coroa da vida (v. 12).

  • V. SETE PASSOS PARA AVITRIA NA TENTAO1. Saber utilizar a Palavra de

    Deus. Nosso Senhor Jesus Cristo,quando foi tentado, no deu chanceao Diabo para conversar muito comEle. A cada insinuao do maligno,ele usava a "espada do Esprito, que a Palavra de Deus" (Ef 6.17b), di-zendo: "Est escrito..." (Mt 4.4b, 7a,I Ob). Por isso, preciso ler a Bblia,para usar a Palavra na hora certa.

    2. Atravs da orao. Jesus nosmandou orar sem cessar para nocairmos em tentao (Lc 22.40; l Ts5.17). A maioria dos crentes, hoje,no ora. Certo pregador disse: "ODiabo ri da nossa sabedoria, zombadas nossas pregaes, mas treme di-ante de nossas oraes".

    3. Atravs da vigilncia. Jesusenfatizou a importncia da vigiln-cia para no cairmos em tentao (cf.Mt 26.41a).

    4. Atravs da disciplina pesso-al. Falando sobre o "atleta cristo",Paulo diz que "aquele que luta, detudo se abstm" (l Co 9.25a). Emseguida, afirma: "Antes, subjugo omeu corpo e o reduzo servido,para que, pregando aos outros, eumesmo no venha de alguma manei-ra a ficar reprovado" (l Co 9.27).Muitos caem, por exemplo, na ten-tao do sexo, porque no sabemcontrolar seus instintos.

    5. Resistindo ao Diabo. O ini-migo sabe qual o ponto fraco decada crente. Mas, com determinaoe resistncia, no Esprito, possvelser vitorioso (cf. l P 5.8,9; Tg 5.17).Jos, jovem hebreu, mesmo pagan-

    do terrvel preo, no se deixou ven-cer pelo pecado do adultrio. Foivencedor e exaltado por Deus.

    6. Buscando a santificao. preciso que o crente viva a separa-o integral para Deus (Hb 12.14; lP 1.15).

    7. Ocupando a mente com a"coisas espirituais. Isso se conseguatravs da orao, jejum, estudo dBblia e leitura de bons livros; ser-vindo, evangelizando, louvando, par-ticipando da obra do Senhor, santi-ficando a mente, a vida e o corpo (verl Ts 4.3-7).CONCLUSO

    A tentao, no seu sentido maiscomum, um processo terrvel, daparte do homem, do mundo e do Di-abo, cuja finalidade destruir af, asantidade, a comunho corn Deus,levando o crente a pecar. Para ven-cer, preciso fazer como Jesus, queusou a "Espada do Esprito" - a Pa-lavra. preciso usar as armas queDeus colocou disposio de Seusservos. Em Cristo, "somos mais quvencedores" (Rm 8.37).

    QUESTIONRIO

    1. Que significa a palavra tentao?2. Quais as trs origens da tenta-

    o?3. Qual a diferena entre tentao e

    provao?4. Qual o primeiro passo do proces-

    so da tentao?5. Cite os sete passos para a vitria na

    tentao.

    10

  • Lio 3 17 de janeiro de 1999

    A PERSEVERANA NA ORAOTEXTO UREO

    "Perseverai na orao, ve-lando nela com aes de gra-as" (Cl 4.2).

    VERDADE PRATICA

    O crente, ao orar a Deuscom perseverana, precisa terf no poder divino, ao mesmotempo se submeter soberaniado Senhor.

    LEITURA DIRIASegunda - 2 Cr 7.14Orao do povo de DeusTera - Ne 1.4

    e orando- SI 122.6

    Orando pela cidadeQuinta - Mt 5.44Orando pelos inimigosSexta - Mc 1.35Orando de madrugadaSbado - Cl 1.9Orando sem cessar

    LEITURA BBLICA EM CLASSE

    TIAGO 1.5-8; 5.14,155 - E, se algum de vs tem falta

    de sabedoria, pea-a a Deus, que

    a todos d liberalmente e no olana em rosto; e ser-lhe- dada.

    6 - Pea-a, porm, com f, noduvidando; porque o que duvida semelhante onda do mar, que levada pelo vento e lanada deuma para outra parte.

    7 - No pense tal homem quereceber do Senhor alguma coisa.

    8 - O homem de corao dobre inconstante em todos os seus ca-minhos.

    14 - Est algum entre vs do-ente? Chame os presbteros daigreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;

    15 - e a orao da f salvar odoente, e o Senhor o levantar; e,se houver cometido pecados, ser-lhe-o perdoados.

    COMENTRIO

    INTRODUOOrar falar com Deus, louvan-

    do, agradecendo, pedindo, suplican-do, com a alma voltada para o Oni-potente. A orao, assim, um meiomaravilhoso de chegarmos presen-a do Senhor, de adentrarmos ao tro-no da graa, "com confiana, a fmde sermos atendidos em tempo opor-tuno". A perseverana na orao indispensvel para demonstrarmosnossa confiana e dependncia deDeus.

    11

  • L DOIS TIPOS DE ORAO1. Orao convencional. a

    orao feita pelo crente, na qual eleexpressa seus sentimentos diante deDeus, sem urn propsito de obteralgo que dependa do exerccio ime-diato da f, como, por exemplo, acura de um enfermo, a operao demaravilhas, sinais e prodgios, a ex-pulso de demnios, etc. a oraoque fazemos ao deitar, ao levantar,agradecendo pelo po de cada dia,pela famlia, pela igreja, pelo empre-go, etc. Se no tivermos cuidado,essa orao pode tornar-se rotineira,repetitiva, sem graa.

    2. Orao da f. a orao pelaqual se busca a obteno imediata oumediata de uma bno para si oupara outrem. Normalmente, quandose fala em "orao da f", tem-se emmente a necessidade de um milagrede cura, libertao, vitria sobre pro-blemas que desafiam a f. Tiago ori-enta que, se algum estiver doente,os presbteros da igreja devem serchamados, a fim de orarem pelo en-fermo, ungindo-o, em nome do Se-nhor, "e a orao da f salvar o do-ente..." (w.14,15a).

    H. CARACTERSTICAS DAORAO PERSEVERANTEPerseverar quer dizer "conservar-

    se firme e constante; persistir, pros-seguir, continuar" (Dicionrio Aur-lio}. A orao perseverante tem es-ses significados.

    1. feita com f (vv.5,6a).Tiago, exorta que, se algum temfalta de sabedoria, deve pedi-la a

    Deus; pedindo, "porm, com f, noduvidando". Quem duvida compa-rado pelo apstolo como a "onda domar, que levada pelo vento elanada de uma para outra parte"(v.6b). A dvida a inimiga nme-ro um da f. A f a confiana ina-balvel em Deus, sendo "o firme fun-damento das coisas que se esper,e a prova das coisas que se nvem" (Hb 11.1). S persevera naorao quem tem f. Quem no oracom f candidato a no recebernada da parte de Deus (v.7).

    2. paciente. A impacincia o maior inimigo da orao perseve-rante. Nos dias apressados em quevivemos, so poucos os que se dedi-cam orao perseverante. Hoje, emgeral, as coisas tm a marca da pres-sa. A comida, por exemplo, "fastfood" (alimentao rpida, em in-gls). A maioria dos crentes gostamais da orao rpida, "instantnea".A orao perseverante desafia a pa-cincia do orante. Exige tempo, cui-dado, interesse em estar na presenade Deus. A Bblia diz: "No te aprr-ses em sair da presena dele..." (8.3a). Jesus ensinou a parbolajuiz inquo (Lc 18.1-8), na qual res-salta o valor da persistncia na ora-o (v.7). Em Mt 7.7, lemos "Pedi,e dar-se-vos-; buscai e encontrareis;batei e abrir-se-vos-".

    3. Leva em conta a vontade deDeus. Na orao perseverante, ocrente espera, confiando na vontadede Deus para o que Lhe pede. Naorao-modelo, Jesus ensinou: "Ve-nha o teu Reino. Seja feita a tua von-tade, tanto na terra como no cu" (Mt

    12

  • 6.10). Ele orou, no Getsmane, trsvezes, submisso vontade do Pai:"...no seja como eu quero, mascomo tu queres" (Mt 26.39); "Meupai, se este clice no pode passarde mira sem eu o beber, faa-se a tuavontade" (Mt 26.42); na terceira vez,disse "as mesmas palavras" (Mt26.44). O chamado Movimento daf ensina que nunca se deve dizer

    "se for da tua vontade...". Isso fal-sa doutrina. Submeter-se vontadede Deus sinal de humildade ante asoberania do Senhor. H quem pre-gue que s se deve orar uma vez porum problema, dizendo que repetir aorao falta de f. No entendemosassim, pois a Bblia manda orar serncessar (l Ts 5.17); perseverar na ora-o (Cl 4.2). Homens e mulheres deorao passam, em mdia, pelo me-nos, uma hora de orao por dia.

    m. ORAO PERSEVERANTEOU CONFISSO POSITIVA?

    1. A confisso positiva. Segun-do Hank Hanegraaf no livro Cristi- \ismo em Crise, (CPAD), confs-

    o positiva um dos elementos b-sicos do Movimento da F. Um dosseus arautos modernos diz que rece-beu diretamente de Jesus a "Frmu-la da F", que se constitui de quatropontos: 1) Diga a coisa; 2) Faa acoisa; 3) Receba a coisa e 4) Contea coisa. A confisso positiva o pri-meiro ponto.

    a) Tudo depende do indivduo.Segundo essa doutrina, "positiva ounegativamente, tudo depende do in-divduo. De acordo com o que o in-

    divduo disser que ele receber".Note-se, a, que tudo depende do in-divduo. A vontade de Deus fca dei-xada de lado. Para os que seguemessa doutrina, no se deve orar, di-zendo "seja feita a tua vontade...".Basta "decretar" que algo aconteae deve acontecer! Tais ensinos tmlevado muitos ao desespero. Certoscrentes tm dito a enfermos que "de-cretem" sua cura e, depois, os doen-tes morrem; outros, "determinam"que devem ficar ricos, e isso noacontece. Cremos que Deus Deusde bnos, mas Sua vontade so-berana, e Ele no pode ficar depen-dente da palavra positiva ou negati-va de ningum.

    b) No sabemos orar. A confis-so positiva cai por terra, diante daafirmao da Bblia em Rm 8.26, quediz: "porque no sabemos o quehavemos de pedir como convm,mas o mesmo Esprito intercede porns com gemidos inexprimveis".Ora, se no sabemos sequer pedircomo convm, quanto mais "decre-tar" alguma coisa de que precisamos.

    c) Confisso negativa. O fato deno aceitarmos a confisso positiva,na maneira em que ela formulada,no deve nos levar ao caminho daconfisso negativa, pessimista, emque o crente, lamuriando, dz: "Noposso, estou fraco, no sou nin-gum". A Bblia nos ensina; "Possotodas as coisas naquele que me for-talece" (Fp 4.13). Note-se que tudopodemos "naquele" que nos fortale-ce e no em nossas declaraes.

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  • 2. A orao perseverante. Naorao perseverante, o crente colo-ca-se na dependncia da vontade deDeus, com pacincia.

    a) No obstinao. De acordocom a Bblia, nenhum homem deveachar-se no direito de receber a res-posta de Deus aos seus pedidos ou "de-cretos". Moiss, o grande lder doxodo, rogou a Deus que o deixasseentrai- na terra prometida, mas o Se-nhor lhe disse: "Basta; no me falesmais neste negcio" (Dt 3.26). E eleno insistiu mais. Paulo orou a Deustrs vezes sobre o "espinho na carne"e o Senhor lhe respondeu: "A minhagraa te basta porque o meu poder seaperfeioa na fraqueza" (2 Co 12.8,9).

    b) Nada tem a ver com pensa-mento positivo. A orao perseveran-te fundamenta-se na f em Deus ena Sua vontade soberana. Joo, em.sua primeira epstola, diz: "E esta a confiana que temos nele: que, sepedirmos alguma coisa, segundo asua vontade, ele nos ouve" (l Jo5.14). O apstolo do amor doutrinasobre a eficcia da orao, enfa-tizando que Deus nos ouve "em tudoo que pedimos", de modo que alcan-amos as peties "que lhe fizemos"(l Jo 5.14,15). Se isolarmos o lti-mo versculo, cairemos na confissopositiva. Mas, ligando-o com o an-terior, veremos que a expresso-cha-ve "segundo a sua vontade". O pen-samento positivo coloca a f na f; af nas palavras. Estas passam a terum valor absoluto, independente davontade de Deus. Orao perseve-

    rante baseia-se na f, na pacincia ena vontade de Deus.

    c) orao contnua. Um exem-plo claro, na Bblia, de orao per-severante, a que a igreja fez porPedro, quando ele fora preso porHerodes (At 12.5). Os irmos ora-ram de modo contnuo, dia aps dia.Ao ser liberto pelo anjo de DeiPedro dirigiu-se casa de Maria, aida de madrugada, onde "muitos es-tavam reunidos e oravam" (At12.12). Se fossem adeptos dessesensinos modernistas, s teriam ora-do uma vez e ido dormir.

    CONCLUSOA perseverana na orao es-

    sencial para que o crente receba asbnos da parte de Deus. O salmistadisse: "Esperei com pacincia noSenhor, e ele se inclinou para mim".Tendo sido grandemente abenoado,ele passou a louvar a Deus. Assim,devemos confiar no Senhor, no Seupoder, no Seu amor, e, tambm, naSua soberania.

    QUESTIONRIO

    1. De acordo com a lio, quais osdois tipos de orao?

    2. Quais as caractersticas da oraoda f?

    3. Que quer dizer confisso positiva?4. O que confisso negativa?5. Como se coloca o crente na orao

    perseverante?

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  • 24 de janeiro de 1999

    A PRATICA DA PALAVRA DE DEUS

    TEXTO UREO

    "E sede cumpridores da pa-avra e no somente ouvintes,

    enganando-vos com falsos dis-cursos" (Tg 1.22).

    VERDADE PRATICA

    Conhecer a Palavra deDeus sem pratic-la purointelectualismo; preg-la semviv-la puro farisasmo;pratic-la torn-la viva anteo mundo.

    LEITURA DIRIA

    a - Dt 11.18A Palavra no coraoTera-SI 12.6As palavras do Senhor so purasQuarta - Pv 25.11A palavra a seu tempoQuinta - Mt 5.37Sim, sim; no, noSexta-Lc 6.47,48Quem ouve e observaSbado - Hb 4.12A Palavra viva e eficaz

    LEITURA BBLICA EM CLASSETIAGO 1.19-27

    19 - Sabeis isto, meus amadosirmos; mas todo o homem sejapronto para ouvir, tardio para fa-lar, tardio para se irar.

    20 - Porque a ira do homemno opera a justia de Deus,

    21 - Pelo que, rejeitando todaimundcia e acmulo de malcia,recebei com mansido a palavraem vs enxertada, a qual pode sal-var a vossa alma.

    22 - E sede cumpridores da pa-lavra e no somente ouvintes, en-ganando-vos com falsos discursos.

    23 - Porque, se algum ou-vinte da palavra e no cumpridor, semelhante ao varo que con-templa ao espelho o seu rosto na-tural;

    24 - porque se contempla a simesmo, e foi-se, e logo se esque-ceu de como era.

    25 - Aquele, porm, que atentabem para a lei perfeita da liber-dade e nisso persevera, no sendoouvinte esquecido, mas fazedor daobra, este tal ser bem-aventura-do no seu feito.

    26 - Se algum entre vs cuidaser religioso e no refreia a sualngua, antes, engana o seu cora-o, a religio desse v.

    27 - A religio pura e imacu-lada para com Deus, o Pai, esta:

    15

  • visitar os rfos e as vivas nassuas tribulaes e guardar-se dacorrupo do mundo.

    COMENTRIOINTRODUO

    Vivemos nurn tempo em que,para muitos, h uma grande distn-cia entre o dizer e o fazer, pregar epraticar, falar e dar o exemplo.Mahatma Ghandi, diante de um l-der cristo, disse: "Eu admiro o vos-so Cristo, e no o vosso cristianis-mo". Que Deus nos ajude a viver naprtica a Palavra de Deus, para nocairmos no descrdito daqueles quenos rodeiam.

    L NO RELACIONAMENTOCOM OS OUTROS1. Pronto para ouvir (v-19b). A

    Bblia d rnais valor a quem sabeouvir do que a quem sabe falar.Quando falamos, sempre nos arris-camos a errar. E isso natural. Mas,quando ouvimos, sempre podemosaprender com nossos interlocutores,tanto o que certo quanto o que errado.rA Bblia manda o filho ou-vir a instruo de seu pai (Pv 1.8);ouvir as palavras dos sbios (Pv^22.17); e diz que melhor "ouvir arepreenso do sbio do que a can-o do tolo" (Ec 7.5).

    2. Tardio para falar (v.!9c).Tiago recomenda que todo homemdeve ser "tardio para falar". Aqui, hmuita sabedoria, por trs desse pe-dacinho de frase. O velho adgio

    popular diz: "Quem muito fala, mui-to erra". E a Bblia assevera solene-mente: "...o homem de entendimen-to cala-se" (Pv 11.12). E mais: "Ato tolo, quando se cala, ser reputadopor sbio; e o que cerrar os seus l-bios, por sbio" (Pv 17.28).

    3. Tardio para irar-se (v.19""*Por causa da ira, amizades so pididas; muitos ficam doentes, depmidos; acidentes ocorrem; crimesso perpetrados; e tantos outros ma-les. A Bblia tem razo, quando dizque todo o homem seja "tardio parase irar". Ela, no seu realismo sbio,ensina: "Irai-vos e no pequeis; nose ponha o sol sobre a vossa ira" (Ef4.26). Jesus, no templo, virou mesas,expulsou os cambistas e no pecou.Moiss, ao ver a idolatria com o be-zerro de ouro, quebrou as tbuas dalei, puniu os idlatras e no pecou.

    II. NO RELACIONAMENTOCOM DEUS1. Pronto para ouvir a Palavra

    de Deus. Muitos s querem servidos em suas prdicas. Mas iportante saber ouvir a Palavra."Quem de Deus ouve as palavrasde Deus" (Jo 8.47). Ouvir, aqui, no um mero escutar; dar ouvidos,prestar ateno, com o objetivo deobedecer e praticar. Quem assim faz comparado por Jesus a um "homemprudente" (Mt 7,24), enquanto o queouve e no pratica comparado a um"homem insensato" (Mt7.26b). EmPv. 8.33, lemos: "Ouvi o ensino,sede sbios...".

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  • 2. Rejeitando toda imundcia(v.21). Aqui, imundcia sinnimode pecado, iniquidade, pensamentosmaus, mentiras, adultrios, enganos,ele. Paulo ensina que devemos nosdespojar do "velho homem" (Ef4.22), deixando a mentira (Ef 4.25),e que devemos tirar de ns "toda

    Amargura, e ira, e clera, e gritaria,^ blasfmias e toda a malcia" (Ef4.31). Hoje, talvez o esgoto princi-pal pelo qual a imundcia entra noslares a TV, com suas novelas imun-das, filmes pornogrficos, e aInternet, atravs da qual muitos es-to degradando suas mentes e a deseus filhos. melhor cumprir o quediz o SI 101.3.

    3. Recebendo a Palavra commansido (v.21). Tiago falava paracrentes. Exortava-os a receber a pa-lavra com mansido (v.21). Porqu? Certamente, havia algum queno recebia a mensagem com ale-gria. Hoje, acontece a mesma coi-sa. Quando o pastor exorta, comK-"-,e na Bblia, combatendo os pe-

    los, as atitudes ilcitas, h quemje irado, e at procure mudar de

    igreja. o esprito de carnalidadedominando.

    III. CUMPRIDORES DAPALAVRA1. No somente ouvintes (v.22).

    Quem ouve a palavra de Deus e noa cumpre, como j vimos, compa-rado por Jesus a "um homem insen-sato" (Ml 7.26). Tiago compara talpessoa a um homem que se olha no

    espelho e, ao sair, no mais se lem-bra dos detalhes do seu rosto natural(vv.23,24). No tempo do apstolo, osespelhos no tinham a nitidez e obrilho de hoje; eram feitos de metal.Quem ouve a Palavra e no a cum-pre e no fixa seu sentido em suamente est perdendo tempo.

    2. Atentando bem para a lei daliberdade (v.25). Fomos chamados liberdade crist. Isto : liberdadeda servido do pecado, para seguir-mos a Cristo e servi-Lo de todo co-rao. Diante disso, Paulo nos exor-ta, dizendo que no devemos usar daliberdade para dar ocasio carne(Gl 5.13). desta forma que deve-mos cumprir a Palavra de Deus, comliberdade para fazermos o que agra-da a Deus, e no aos homens ou ans mesmos.

    3. Sendo fazedor da obra (v.25).Tiago fala do cumpridor da Palavracomo urn "fazedor da obra" de Deus,sendo, assim, "bem-aventurado noseu feito". E muito importante quepratiquemos a Palavra:

    a) No lar. O verdadeiro crente aquele que d testemunho da fideli-dade a Deus em casa, no trato com aesposa, com os filhos, com os vizi-nhos. um teste difcil, mas genu-no, eficaz e inconiestvel.

    b) Na igreja. Aqui, no Io di-fcil cumprir a Palavra em termosexteriores. S Deus conhece os co-raes. Mas, no templo, as pessoas,em geral, tm "cara de santo". E in-dispensvel que guardemos o nossop quando entrarmos na casa deDeus (Ec 5.1a).

    17

  • c) Em todos os lugares. Seja naescola, quartel, consultrio, escrit-rio, comrcio, rua, nibus, carro par-ticular, ou em outra qualquer parte.

    IV. A RELIGIO PURA EIMACULADA

    De acordo com o Dicionrio Te-olgico (CPAD), a palavra religiovem do latim religionis, que, porsua vez, deriva do verbo religare,que tem o sentido de "ligar outravez". Por trs desse conceito latinoh a ideia de que o homem separou-se ou est separado de Deus e, atra-vs da verdadeira religio, o homempode reatar sua ligao com Ele.Com base na Bblia, porm, quem

    . Hga ou religa o homem com Deusno religio, mas Jesus Cristo, onico "mediador entre Deus e oshomens"(l Tm 2.5). Tiago emitetrs caractersticas da "religio purae imaculada para corn Deus, o pai",que so:

    1. Saber Refrear a lngua (v.26).Para algum ser um verdadeiro re-ligioso precisa saber dominar a ln-gua. Do contrrio, "a religio desse v". o tipo de religiosidade semvalor, sem vida, sem poder, semsalvao, visto que a pessoa co-nhecida pelo que expressa com alngua, pois Jesus disse que "daabundncia do corao fala a boca"(Lc 6.45). Da, a importncia do fru-to do Esprito, que abrange a tem-perana (cf. Gl 5.22).

    2. Visitar rfos e vivas (v.27).A verdadeira religio atende ao

    18

    "homem integral" (corpo, alma eesprito), valorizando "o amor ge-nuno pelos necessitados" (Bbliade Estudo Pentecostal}. rfos evivas, no texto, representam, tam-bm, todos os necessitados, os fa-mintos, os carentes fsicos e emo-cionais. So os que no tm o mi-nimo para comer; os meninosrua, as crianas abusadas sexual-mente; os prias, os injustiados detodos os tipos, A igreja que querpraticar a "religio pura e ima-culada" precisa cuidar do corpo,tambm, tanto quanto da alma e doesprito. Jesus pregou a maior men-sagem, mas multiplicou o po duasvezes, alimentando os famintos. Osdiscpulos, queriam que a multido"se virasse", mas o Mestre lhes or-denou: "...dai-lhes vs de comer"(Mtl4.16b).

    3. Guardar-se da corrupodo mundo (v.27). Tiago usou umadialtica perfeita. Emitiu uma tese:o que ser religioso; seguiu-a deuma anttese: quem no sabe refiar a sua lngua est enganado e, pfim, chegou sntese: o verdadeirureligioso interessa-se pelo sofrimen-to alheio (religio prtica) ao mes-mo tempo em que cuida do espri-to, zelando pela santidade, "guar-dando-se da corrupo do mundo".No adianta ser caridoso, filantro-po, equilibrado no falar e no ser umcrente santo. O caminho do infernoest cheio desse tipo de gente. Parao cu s vo os que zelam pela san-tificao (cf. Hb 12.14).

  • CONCLUSOPraticar a Palavra algo difcil,

    porm, sublime. A Bblia o cdigode Deus para o homem. Nela, de umlado, encontramos o amor e a bon-dade divinos. De outro, os preceitos,os estatutos e as normas, atravs das"iis os interesses humanos, egos-

    e carnais so contrariados e con-lados. Mas, com a ajuda do Esp-

    rito Santo, podemos viver a Palavraem nossa vida diria.

    QUESTIONRIO1. Como deve ser o nosso relaciona-

    mento com os outros?2. Como deve ser o nosso relaciona-

    mento com Deus?3. Quais os trs lugares onde deve-

    mos praticar a Palavra?4. Quais so as trs caractersticas da

    "religio pura"?5. Qual a sntese que Tiago apresen-

    tou?

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  • Lio 5 31 de janeiro de 1999

    DEUS CONDENA A ACEPO DE PESSOASTEXTO UREO

    "Mas, se fazeis acepo depessoas, cometeis pecado e soisredargiiidos pela lei comotransgressores" (Tg 2.9).

    VERDADE PRATICA

    Na Igreja do Senhor, nodeve haver acepo de pesso-as, pois todos custaram o mes-mo preo do sangue de Jesus etodos somos um nEle.

    LEITURA DIRIA

    Segunda - Dt 10.17Deus no faz acepo de pessoasTera - Cl 3.25No deve haver acepo de pessoasQuarta- Tg2,9Acepo de pessoas pecadoQuinta -1 P 1.17Deus julga sem acepo cie pessoasSexta - Gl 3.28Em Cristo, todos somos umSbado - Fp 2. 3Devemos considerar os outros supe-riores a. ns mesmos

    LEITURA BBLICA EM CLASSE

    TIAGO 2.1-5, 8,9.

    1 - Meus irmos, no tenhaa f de nosso Senhor Jesus Cristo,Senhor da glria, em acepo depessoas.

    2 - Porque, se no vosso ajun-tamento entrar algum homem comanel de ouro no dedo, com vestespreciosas, e entrar tambm algumpobre com srdida vestimenta,

    3 - e atentardes para o quetraz a veste preciosa e lhe disser-des: Assenta-te tu aqui, num lu-gar de honra, e disserdes ao po-bre: Tu, fica a em p ou assenta-te abaixo do meu estrado,

    4 - porventura no fizestes dis-tino dentro de vs mesmos e novos fizestes juizes de maus pensa-mentos?

    5 - Ouvi, meus amados irmoPorventura, no escolheu Deus au,pobres deste mundo para seremricos na f e herdeiros do Reinoque prometeu aos que o amam?

    8 - Todavia, se cumprirdes,conforme a Escritura, a lei real:Amars a teu prximo como a timesmo, bem fazeis.

    9 - Mas, se fazeis acepo depessoas, cometeis pecado e sois re-dargiiidos pela lei como transgres-sores.

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  • COMENTRIOINTRODUO

    Em nossa cultura, comum en-contrarmos exemplos de acepo depessoas em todas as reas da socie-dade. Que o Senhor nos ajude, de

    .odo que, nas igrejas no haja dis-ino de pessoas pela condio eco-nmica, social, de raa ou de sexo.Que aceitemos a todos como filhosde Deus, amados e salvos em CristoJesus.

    I. A CONDENAO NABBLIA1. O que acepo de pessoas.

    Segundo a Pequena EnciclopdiaBblica, acepo de pessoas a pre-ferncia de pessoa ou pessoas, emateno classe, qualidade, ttulosou privilgios". Este o significadodo termo, utilizado por Tiago.

    2. No Antigo Testamento.a) Poucas referncias. No h

    muitas referncias sobre o tema noAntigo Testamento. Entretanto, ospoucos textos que aludem ao assun-to, nos indicam que Deus determi-nava ao Seu povo que seguisse o Seuexemplo, no fazendo acepo depessoas.

    b) Deus no faz acepo de pes-soas. Quando Moiss, o grande l-der de Israel, se despediu do povo,dentre as instrues transmitidas,consta a exortao obedincia, naqual o Senhor orientava o povo atem-Lo, amando e servindo-O (Dt

    10.12). Concluindo, disse: "Pois oSenhor vosso Deus, o Deus dosdeuses e o Senhor dos Senhores, oDeus grande, poderoso e terrvel, queno faz acepo de pessoas, [grifonosso] nem aceita recompensas" (Dt10.17).

    c) Deus no quer a acepo depessoas. Com todas essas qualidadesdivinas, Deus diz ao povo que nofaz acepo de pessoas, indicandoque assim deveriam proceder. Outrostextos podem ser lidos como J32.21 e 34.19.

    3. No Novo Testamento. Nestaparte da Bblia h mais refernciassobre a condenao acepo depessoas.

    a) Com relao a raas ou naci-onalidades. Deus no faz acepo depessoas, no levando em conta a raaou etnia, nao, povo, ou lngua.Pedro, ao chegar casa de Cornlio,iniciou a pregao, dizendo: "Reco-nheo, por verdade, que Deus nofaz acepo de pessoas; mas que lhe agradvel aquele que, em qualquernao, o teme e faz o que justo"(At 10.34,35). Israel rejeitou a sal-vao de Deus. O Verbo Divino foienviado (Jo 1.1,9,10), de modo que"...a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhosde Deus; aos que crem no seunome" (Jo 1.12). No tem o mnimosentido dizer que os negros, os afri-canos, foram pessoas escolhidas paraserem rejeitadas por Deus, comoqueriam (e querem) alguns adeptosdo apartheid, ou da discriminao

    21

  • racial e de cor. Joo viu "uma multi-do, a qual ningum podia contar, detodas as naes, e tribos e povos, elnguas, que estavam diante do tro-no e perante o Cordeiro..." (Ap 7.9).

    b) Com relao obedincia.Deus "recompensar cada um se-gundo as suas obras", dando "vidaeterna aos que, com perseveranaem fazer bem, procuram glria, ehonra e incorrupo" (Rm 2.6,7);dando, porm, "indignao e ira aosque so contenciosos e desobedien-tes verdade e obedientes iniqui-dade" (Rm 2.8); e, ainda, dando"glria, porm, e honra e paz a qual-quer que faz o bem; primeiramenteao judeu e tambm ao grego" (Rm2.10); "porque, para com Deus, noh acepo de pessoas" (Rm 2.11).A escolha dos judeus foi apenas pri-oridade e no acepo de pessoas,como lemos em Rm 2.10: "primei-ramente ao judeu...". Na verdade,"Deus amou o mundo..." (Jo 3.16a),e no somente a Israel. O que inte-ressa para Deus a aceitao de SuaPalavra, com obedincia, em qual-quer lugar do mundo.

    c) Com relao condio so-cial Os vv.2,3 alertam para a dis-criminao entre pobres e ricos naigreja, tomando o exemplo de al-gum que, chegando congregao,com anel no dedo, vestidos precio-sos, chamado "para cima", en-quanto o pobre mandado ficar "lembaixo". Paulo, exortando aos se-nhores e patres de feso, quantoao tratamento que deveriam dar aos

    servos, lhes ordenou, com a autori-dade do Esprito Santo: "E vs, se-nhores, fazei o mesmo para comeles, deixando as ameaas, saben-do que o Senhor deles e vosso estno cu e que para com ele no hacepo de pessoas" (Ef 6.9). Se-nhores e servos ou escravos dividi-am a sociedade. Mas o evanglevou a mensagem do respeito nidade humana, como nenhuma ou-tra filosofia o fez. Paulo, ern suacarta a Filemom, (Fm v. 16), rogaque o patro, crente, receba o escra-vo fugitivo, mas convertido, nocomo escravo, mas corno irmo emCristo (vv.15,16). S um cristopoderia conceber esse comporta-mento. Hoje, importante que ospatres crentes tenham seus empre-gados (domsticos, funcionrios,etc.) em respeito e honra, para tes-temunho do amor de Deus em seuscoraes.

    d) Com relao distino porsexo. Ensinando sobre as mulheresno culto, Paulo diz que "...nem ovaro sem a mulher, nemsem o varo, no Senhor.como a mulher provm do varo,assim tambm o varo provm damulher, mas tudo vem de Deus" (lCo 11.11,12). Em Gl 3.27,28, diz oapstolo que entre os que foram re-vestidos de Cristo, "...no h machonem fmea; porque todos vs soisum em Cristo Jesus". No AntigoTestamento, havia discriminao desexo, no por orientao de Deus,mas pela influncia da cultura ori-

    22

  • ental. Entre os judeus, a mulher eraconsiderada inferior na vida religio-sa. Josefo, historiador judeu, diz quenaquele tempo entre os judeus, "urnacentena de mulheres no vale rnaisdo que dois homens". Um rabino dis-se: "Eu te agradeo porque no nas-ci escravo, nem gentio, nem mu-

    ^ier". Machismo puro. Quo diferen-te no Cristianismo. Jesus valorizouo trabalho feminino (ler Mt 27.55;Mc 15.41; Lc 8.2-3). Nas epstolaspaulinas, temos mulheres em desta-que (ver 2 Tm .1.5; Rm 16.1-17;.

    e) Com relao salvao. Higrejas que pregarrj que Deus pre-destinou pessoas para serem salvase outras, para serem irremediavel-mente perdidas. O telogo JooCalvino ensinava que " o decretode Deus... para alguns preor-denada a vida eterna, e para outros,a condenao eterna". Isso vai deencontro ao carter de Deus, reve-lado na Bblia, que diz, como vi-mos acima, que "Deus no faz

    Acepo de pessoas" (cf. Dt 10.17;) 34.19; At 10.34; Rm 2.11; Ef6.9, 25; l P 1.17). No faz senti-do nascerem dois bebs, na mater-nidade, e um ter uma "etiqueta" desalvo e, outro, a "etiqueta" de per-dido. Cremos, sim, que Deus, emcasos especiais, dentro de Sua so-berania, escolhe pessoas com cer-tos propsitos, como Joo Batistae Jeremias. Deus nos predestinoucoletivamente como Igreja, e noindividualmente, por acepo depessoas (cf. Ef 1.11-13).

    II. RAZOES PARA NO SEFAZER ACEPO DEPESSOAS1. Toda a humanidade foi cri-

    ada por Deus. Deus criou o serhumano, homem e mulher, Suaimagem e semelhana (Gn 1.27).Ambos receberam a imagem divi-na, independente do sexo. Ambosperderam a glria de Deus com aqueda, e no pela condio de serhomem ou mulher. Deus fez a Ter-ra .e criou nela o homem (Is 45.12). Ele no faz acepo de pes-soas. Ns tambm no o devemosfazer.

    2. Toda humanidade tem a ori-gem comum em Ado e Eva. Pau-lo, em Atenas, discursando noArepago, disse que Deus "...deurn s fez toda a gerao dos ho-mens, para habitar sobre toda aface da terra..." (At 17.26a). Porinfluncia de condies genticas,climticas e de outra ordem, foram-se reunindo as raas, e sendo es-palhadas pela Terra, mas todosvm da mesma origem.

    3. Em Cristo, todos somos um.O brasileiro, resultante da miscige-nao do ndio, do europeu e do ne-gro; os asiticos, de cor amarela;os japoneses, de olhos amendoa-dos; os chineses de olhos aperta-dos; os europeus, louros e de olhosazuis; os africanos de cor negra edentes bem brancos, enfim, todosde qualquer raa, aparncia ou cul-tura, quando salvos, so um emCristo Jesus (Gl 3.28).

    23

  • CONCLUSOA acepo de pessoas por condi-

    o social, econmica, familiar ou deoutra ordem comportamento in-compatvel com o carter inclusivodo evangelho. Jesus veio trazer sal-vao, amor e paz para todos os quecrern, em qualquer nao, raa oupovo do mundo. Que Deus nos aben-oe, no permitindo a discriminaode pessoas em nosso meio. Paracombater a acepo de pessoas, pre-cisamos fazer trs coisas: amar a to-dos igualmente (inclusive os no-crentes); tratar a todos com equida-

    de e mostrar que os preconceitos socontrrios a Deus.

    QUESTIONRIO

    1. Que referncia no Antigo Testa-mento diz que Deus no fazacepo de pessoas?

    2. Qual a viso de Joo em Ap 73. Por que havia discriminao ue

    sexo no Antigo Testamento?4. Qual a origem comum da huma-

    nidade?5.Em quem todaahumanidade, atra-

    vs da salvao, uma s pessoa?

    24

  • Lio 6 7 de fevereiro de 1999

    A FE SEM OBRAS E MORTA

    TEXTO UREO

    "Porque, assim corno o cor-po sem o esprito est morto,assim tambm a f sem obras morta" (Tg 2.26).

    VERDADE PRATICA

    Devemos praticar boasobras, no para sermos salvos,mas porque somos salvos.

    1 LEITURA DIRIASegunda - Ef 2.8A salvao dom de DeusTera - E/2.9A salvao no vem das obrasQuarta-Ef 2.1.0

    riadu> paru a> buas obrusuinta - Mt 16.27

    A cada um segundo as suas obrasSexta - Rm 13.12Rejeitando as obras das trevasSbado -1 Co 3.13A obra de cada um. se manifestar

    LEITURA BBLICA EM CLASSE

    TIAGO 2.14, 17,18, 20, 24, 2614 - Meus irmos, que apro-

    veita se algum disser que tem f e

    no tiver as obras? Porventura, af pode salv-lo?

    17 - Assim tambm a f, se notiver as obras, morta em si mes-ma.

    18 - Mas dir algum: Tu tens af, e eu as obras; mostra-me a tua fsem as tuas obras, e eu te mostrareia minha f pelas minhas obras.

    20 - Mas, homem vo, querestu saber que a f sem as obras morta?

    24 - Vedes, ento, que o ho-mem justificado pelas obras eno somente pela f.

    26 - Porque, assim como o cor-po sem o esprito est morto, assimtambm a f sem obras morta.

    COMENTRIOINTRODUO

    H quem veja, nas Escrituras, umprovvel conflito enre os escritos dePaulo e os de Tiago, com relao justificao - se somente pela f outambm pelas obras. Como veremosno estudo desta lio, a Bblia no temdiscrepncias. As possveis divergn-cias so aparentes, e se desfazem sobo estudo cuidadoso dos textos.

    I. CONCEITOS DE F EOBRAS1. A f. A palavra f ocorre 244

    vezes'no Novo Testamento. Pode ser

    25

  • vista com diversos significados: fcomum aos que crem (Mc 16J7,18); f como fruto do Esprito (GL5.22); f corno dom, outorgada peloEsprito Santo (l Co 12.9a); f comomeio para a salvao (ou f sal-vflca), conforme Rm 5.1, que osentido pelo qual o termo estuda-do na epstola de Tiago.

    2. s obras. No sentido comum,obras so realizaes, execues,aes, procedimentos, atuaes, hu-manas. No sentido bblico, temosacepes como "as obras de Deus",que indicam aquilo que foi e conti-nua sendo feito por Deus (ler Jo 1.3;5.17; Cl 1.16; Hb l .2); "obras da car-ne", (Gl 5.19-21); e "obras da lei"(Rm 3.20), as quais, no sentido dalio em estudo, tratam-se de obrashumanas como meio de salvao,como prticas religiosas, oraes,penitncia, sacrifcios, flagelaes,privaes, enclausuramento, filan-tropia, doaes, etc.

    H. O RELACIONAMENTOENTRE A F E AS OBRAS1. No Antigo Testamento. Na

    velha aliana, as obras exteriores ti-nham um valor fundamental.

    a) O tropeo na lei. Tiago diz que"qualquer que guardar toda a lei etropear em um s ponto, tornou-seculpado de todos" (Tg 2.10).

    b) Os sacrifcios, O livro deLevtico d-nos uma ideia de comoJeov queria que seu povo se relaci-onasse com Ele. Deu.s exigia santi-dade do Seu povo (Lv 20.26). Por

    isso, dele eram exigidos sacrifciosos mais diversos, os quais eram obrasque apontavam para Cristo, como

    : "sombra dos bens futuros' (Hb 10.1).2. No Novo Testamento. Para

    entendermos melhor o assunto, pre-cisamos lembrar que a justificaono elemento isolado da salvao.Ela se integra com a regeneracsantificao e, no futuro, glorcao.

    2.1 A abordagem de Paulo.a) A justificao cie Abrao. Pau-

    lo no aceita o valor das obras da leipara a justificao do homem. EmRm 4.1-5, ele diz que mesmo Abraofoi justificado pela f, sendo-lhe issoimputado como justia (ler Gl 3.7,8).

    b) O desvalor das obras da lei.O apstolo, considerando que todosesto debaixo do pecado (Rm 3.9),ressalta que "no h quem faa obem, no h nenhum s" (Rm 3.12b). "Por isso, nenhuma carne serjustificada diante dele pelas obras dalei, porque pela lei vem o conheci-mento do pecado" (Rm 3.20).

    c) A maldio da lei. Paulo ama claramente que, quanto salco pela f em Cristo, "aqueles, pois,que so das obras da lei esto debai-xo da maldio" (Gl 3.10a), vistoque a lei considera maldito todos osque no permanecem "em todas ascoisas que esto escritas no livro dalei, para faz-las". "Porque a letra (asexigncias da lei} mata, e o Espritovivifca"(2Co3.6).

    d) A lei semiu de aio. O apstolodz que a lei serviu para "nos con-

    26

  • duzir a Cristo, para que pela f fs-semos justificados" (Gl 3.24), e con-clui: "Mas, depois que a f veio, jno estamos debaixo de aio" (Gl3.25).

    e) A justificao somente pelaf. A Palavra afirma ainda como dou-';na que "o homem no justifica-

    pelas obras da lei, mas pela f em;us Cristo", "para sermos justifi-

    cados pela f de Cristo, e no pelasobras da lei; porquanto pelas obrasda lei nenhuma carne ser justi-ficada" (Gl 2.16). Vide Gl 5.3,4 eRm5.1.

    2.2 A abordagem de Tiago.a) A f sem as obras pode sal-

    var? Tiago faz uma pergunta incisi-va: "Meus irmos, que aproveita sealgum, disser que tem f e no tiverobras? Porventura, a f pode salv-lo?" (v.14).

    b) A f sem as obras morta(v. 17). Aps exemplificar o caso deum irmo ou irm necessitados, edespedidos por um crente, que os

    inda ir em paz, sem, contudo, dar-;s as coisas necessrias, Tiago afr-L categoricamente que "a f, se no

    tiver as obras, morta em si mes-ma".

    c) f demonstrada pelas obras(v.18). Tiago desafia algum a mos-trar a f sem as obras e garante quepode mostrar a f pelas obras. Ele,como Paulo, toma o exemplo deAbrao, destacando o aspecto vis-vel da f do patriarca, quando ofere-ceu seu filho para ser imolado (v.21),acentuando que a f cooperou com

    as obras e estas aperfeioaram a f,concluindo que "o homem justifi-cado pelas obras e no somente pelaf" (v.24).

    d) O exemplo de Raabe. Tiagodiz que Raabe, a meretriz, que aco-lheu os espias enviados por Josu,creu em Deus e foi justificada pelasobras. Ou seja: pelo seu ato consci-ente de que estava acolhendo servosdo Deus Altssimo (v.25).

    III. A JUSTIFICAO PELAF E TAMBM PELASOBRAS1. aparente discordncia en-

    tre Romanos e Tiago.No h contradio sobre os en-

    sinos da justificao pela f e tam-bm pelas obras, nos livros acima.Romanos trata da justificao dopecador, do ponto de vista de Deus,e como um ato perante Ele; ao passoque Tiago trata do mesmo assunto,do ponto de vista humano, e comoum processo contnuo na vida cris-t, aqui no mundo. O salvo cida-do do cu, mas tambm da Terra.

    2. aparente discordncia ex-planada. Paulo no cap. 4 de Roma-nos (e noutras partes desse livro) tra-ta da doutrina fundamental da justi-ficao pela f; justificao esta pe-rante Deus, cuja lei o pecador, ago-ra arrependido e penitente, violaracontinuamente. Na salvao do pe-cador a evocao de obras humanas um ultraje a Deus. Tiago, porm,no cap. 2 do seu livro, trata da mes-ma doutrina, mas de outro ngulo: o

    27

  • pecador perante o mundo, isto , olado visvel da justificao; aquiloque o prximo pode ver no crente.O mundo no pode ver a f, mas vas obras, isto , a nova vida do cren-te em Cristo. Portanto, o pecador justificado pela f somente, em Cris-to, na presena de Deus; mas peran-te os homens o pecador justificadopelas obras da luz vista, nele.

    a) Paulo v a justificao inici-al. Esta ato meritrio de Deus e noda justia obtida pelas obras da leiou das obras humanas, quando o ho-mem aceita, pela f, Jesus Cristocomo Salvador.

    b) Tiago v a justificao pro-gressiva. E a justificao sob o pon-to de vista das evidncias atravs dasobras da f, ou seja, as consequnci-as da f. O que, em ltima anlise,irmana-se santificao, que o as-pecto da salvao em processo. Issoporque uma f sem evidncias umaf morta. No a f salvfica, poisesta no pode ser estril.

    c) As causas da justificao. No a f inconsequente nem as obrasda lei que justificam o homem. Este justificado, da parte de Deus: 1)Pela graa: "Porque todos pecarame destitudos esto da glria de Deus,sendo justificados gratuitamentepela sua graa, [grifo nosso] pela re-deno que h em Cristo Jesus" (Rm3.23,24); 2) Pelo sangue de Cristo(Rm 5.9); e 3) Pela ressurreio deCristo (Rm 4.25).

    d) O meio da justificao. Aqui,sim, entra o papel da f. Ela no

    causa nem fim. meio entre a gra-a e a justificao. E a Bblia nos dluz sobre isso, quando diz: "Pela gra-a sois salvos, por meio da f [grifonosso]..." (Ef 2.8).

    e) O resultado precipito da f.Em Rm 5.1, lemos: "Sendo, pois,justificados pela f, temos paz comDeus por nosso Senhor Jesus Cito". o mesmo que dizer: justifiidos por meio da f. A justificao fazparte da salvao. Esta vem da gra-a, mediante a f, resultando na "pazcom Deus" por intermdio de JesusCristo.

    f) As evidncias da justificao.Nesse ponto, a Bblia declara no cap.2 de Tiago que "a f se no tiver asobras morta em si mesma" (v. 17).Isto no uma contradio entre ossacros escritos de Paulo e Tiago, poisambos foram inspirados pelo mesmoEsprito. E que Tiago aborda a justi-ficao sob o ngulo dos efeitos, dasevidncias, na vida do crente fiel,enquanto Paulo v o assunto sob ongulo das causas da justifica""como ato perante Deus.

    g) Paulo tambm salienta ...obras do salvo. Sim! Aps dizer quea salvao no vem das obras (comocausa), ele assevera que Deus nosfez, "criados em Cristo Jesus para asboas obras, as quais Deus preparoupara que andssemos nelas" (Ef2.10). As obras dos salvos so toimportantes, que Paulo diz que Deus"recompensar cada um segundo assuas obras". Ele dar "vida eterna,aos que, com perseverana em fazer

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  • bem, procuram glria, honra eincorrupo" (Rm 2.6,7), mas "in-dignao e ira" aos desobedientes, e"tribulao e angstia sobre todaalma do homem que faz o mal" (Rm2.8,9).

    :ONCLUSOConsideraes finais sobre a f e

    as obras: 1) A f puramente intelec-tual no a f salvfica; 2) A fsalvadora , tambm, f servidora; 3)As obras aperfeioam a f (Tg 2.22);4) As obras justificam a f (Tg 1.21);5) A f sern as obras (do salvo) morta (Tg 2.17) e as obras (da lei,dos atos humanos, da carne - Gl 5.19;2 Tm 1.9) sem a f, so mortas; e 6)A f salvfca tem que andar junta-

    mente com as obras do salvo, de-monstradas pela obedincia em "san-tificao, sem a qual ningum vero Senhor (Hb 12.14).

    QUESTIONRIO

    1. Quantas vezes ocorre a palavra fno Novo Testamento?

    2. Que diz Paulo sobre "aqueles queso das obras da lei"?

    3. Quais so as causas da justifica-o?

    4. De acordo com a lio, como har-monizam-se os ensinos de Paulo eTiago?

    5. Com o que a f salvfca tem queandarjunto?

    29

  • Lio 7 14 de fevereiro de 1999

    O TROPEO NA PALAVRATEXTO UREO

    "~" ^-pjni^^piujltas -Coisas. S& algueii?)ay,ai; QM

    varo pefefeito e;pQdej:oOpta-:taii15farerear todo o corpo"' - ^ - '"'''"' '"--'-'V'-

    VERDADE PRATICA

    ;pjnsmen.to; por Isso, 'd. rns:.ygiar para no tropeareri palavras.

    LEITURA DIRIA

    Segunda - Pv 4.19Os mpios no sabem em quetropeamTera - Is 28.7bTropeam por causa do vcioQuarta - Jr 50.32O soberbo tropea e caiQuinta - Mt 5.29O olho que faz tropearSexta - Rm 14.21Fazendo o irmo tropearSbado-Ml2.8Fazendo muitos tropearem

    30

    LEITURA BBLICA EM CLASSETIAGO 3.1-4, 7-10

    1 - Meus irmos, muitos deno sejam mestres, sabendo quereceberemos mais duro juzo.

    2 - Porque todos tropeamosem muitas coisas. Se algum notropea em palavra, o tal varo perfeito e poderoso para tambmrefrear todo o corpo.

    3 - Ora, ns pomos freio nasbocas dos cavalos, para que nosobedeam; e conseguimos dirigirtodo o seu corpo.

    4 - Vede tambm as naus que,sendo to grandes e levadas de im-petuosos ventos, se viram com umbem pequeno leme para onde quera vontade daquele que as governa.

    7 - Porque toda a natureza, tan-to de bestas-feras como de aves,tanto de rpteis como dedo mar, se amansa e foipela natureza humana;

    8 - mas nenhum homem podedomar a lngua. um mal queno se pode refrear; esta cheia depeonha mortal.

    9 - Cora ela bendizemos a Deuse Pai, e com ela amaldioamos oshomens, feitos semelhana deDeus:

    10 - de uma mesma boca pro-cede bno e maldio. Meus ir-mos, no convm que isto se faaassim.

  • COMENTRIO

    INTRODUO muito difcil algum no tro-

    pear em palavras. s vezes, dize-mos algo que no gostaramos quesasse de nossos lbios. Quando per-:ebcmos, j tarde. E o que se, cha-na de ato falho, pois revela o que

    est no interior da pessoa e, muitasvezes, causa srios problemas aquem diz e a quem ouve. Por isso,precisamos vigiar, santificando a ln-gua, para que no venhamos a tro-pear por palavras.

    I. A DIFICULDADE EMDOMINAR A LNGUA1. Mais duro juzo aos mestres.

    Tiago aconselha que muitos no de-vem querer ser mestres, pois paraestes est reservado "mais durojuzo" (v.l). De acordo com a B-blia de Estudo Pentecostal, os mes-tres so "os pastores, dirigentes deigreja, missionrios, pregadores da'alavra ou qualquer pessoa que en-ine s congregaes. O professor

    precisa compreender que ningumna igreja tem uma responsabilidademaior do que aqueles que ensinamas Sagradas Escrituras. No juzo, osmestres cristos sero julgados commais rigor e mais exigncia do queos demais crentes".

    2. O mestre tem que ser exem-plo. E tarefa difcil ensinar na Igrejado Senhor. As pessoas empolgam-secom os ensinos bem ministrados,

    fundamentados e ilustrados, mas,depois, olham para a vida do prega-dor. "Assim talai e assim procedei,como devendo ser julgados pela leida liberdade" (Tg 2.12).

    3. O varo perfeito (v.2). Oapstolo diz que "todos tropeamosem muitas coisas". Ele se inclua en-tre os que falhavam em muitas coi-sas, acrescentando que "se algumno tropea em palavra, o tal varo perfeito e poderoso para tambmrefrear todo o corpo". E isso no fcil. Contudo, entregando nosso euao controle do Esprito Santo, Elepode refrear nossos impulsos, inclu-sive a compulso no falar.

    4. mais fcil dominar animaise navios (vv.3,4). Tiago diz que oscavalos e navios so dominados pelohomem e que, "toda a natureza, tan-to de bestas-feras como de aves, tan-to de rpteis como de animais domar, se amansa e foi domada pelanatureza humana". Enquanto isso,"nenhum homem pode domar a ln-gua" (v.8). S h uma soluo: san-tificar a lngua dizendo como Davi:"Pe, Senhor, uma guarda mi-nha boca; guarda a porta dos meuslbios" (SI 141.3).

    II. OS MALESPROVENIENTES DALNGUA1. A lngua um fogo (v.6a).

    Tiago usa essa figura para mostrarque, assim, como um pequeno fogopode incendiar um grande bosque(v.5), "a lngua tambm um fogo;

    31

  • como mundo de iniquidade", postaentre os nossos membros, "e conta-mina todo o corpo", "inflamada pelocurso do inferno". Realmente, navida quotidiana, vemos que a lnguaserve de instrumento para propaga-o da mentira, das falsas doutrinas,da intriga, da inveja, das agressesverbais, dos improprios, da fofoca,que tantos males tm causados sigrejas.

    2. A dubiedade da lngua (vv.9,10). A lngua "est cheia de peo-nha mortal" (v.8c). Por isso, pre-ciso muito cuidado no falar, poiscom a mesma lngua com que "ben-dizemos a Deus e Pai", "amaldioa-mos os homens, feitos semelhanade Deus". Ainda que de uma mesmafonte no possa sair gua doce e guaamarga (Tg 3.11), ou de uma figuei-ra sair azeitona, ou da videira sairfigos (Tg 3.12), infelizmente, damesma lngua podem sair a bnoe a maldio. No nos esqueamosde que um dia cada um dar contasa Deus at das palavras ociosas. Je-sus advertiu: "Seja, porm, o vossofalar: Sim, sim; no, no, porque oque passa disso de procednciamaligna" (Mt 5.37).

    III. OS CRIMES COMETIDOSCOM A LNGUA

    1. A calnia. Pode ser feita atra-vs da mentira, falsidade e invenocontra algum. A lei jurdica brasi-leira prev pena contra os calu-niadores. de admirar que, em mui-tas igrejas, quem calunia no sofre

    qualquer ao disciplinar e com issoo mal se avoluma, pois o caluniador assim estimulado na sua tarefamaligna e destruidora dos valoresalheios. Outros, da mesma ndole,tm prazer em relembrar, comentare espalhar fraquezas, imperfeies epecados dos outros, servindo-se dalngua. A Bblia condena a caln(ler o SI 101.5). "No dirs falso tetemunho contra teu prximo" (x20.16). (Ver x 23.7; Dl 5.20; Pv19.9.) Hoje, h pessoas que estodesviadas dos caminhos do Senhor,porque foram vtimas de calnia dealgum irmo.

    2. A difamao. Da mesma for-ma, crime contra a honra, previstono Cdigo Penal Brasileiro. peri-goso o tropeo na palavra, falar con-tra a honra de algum. Muitas vezes,o obreiro "passa a mo por cima" dodifamador para no d escndalo. Sealgum fuma "cortado" da comu-nho. Fumar pecado contra o cor-po, mas ser isso mais grave que di-famar algum? Uma jovem cont""que seu pastor excluiu-a da igreporque um irmo disse que ela esv namorando com um incrdulo,quando isto no era verdade. Nemsequer teve oportunidade de defesa.Enquanto isso, o difamador ficounormalmente nas atividades da con-gregao. A Bblia diz: "Irmos, nofaleis mal uns dos outros" (Tg4.11a).

    3. injria. Jesus, no Sermoda Montanha, disse: "...e qualquerque chamar a seu irmo de raa

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  • ser ru do sindrio; e qualquer quelhe chamar de louco ser ru dofogo do inferno" (Mt 5.22b). Huma atitude de dois pesos e duasmedidas, em muitas igrejas, quan-do s so punidos aqueles queadulteram ou roubam, mas ficamtotalmente impunes os calunia-

    res, injuriadores e difamadores.Igurn responder por isso no

    juzo de Deus.IV. OUTROS TROPEOS NA

    PALAVRA

    1. O boato. Originariamente,boato vem do latim boatu, signifi-cando "mugido ou berro de boi".Hoje, significa "notcia annima,que corre publicamente sem con-firmao; balela; rumor, zunzun-zum". H um demnio espalhandoesse tipo de coisa em muitas igre-jas. o "ouvi dizer...", o "disse-me-disse", sinnimos de mexerico.J conhecida a histria do homemque espalhou boato contra outro.Este, abatido, ficou doente. Depois,

    Jficou provado que o fato no eraverdade. O boateiro foi pedir per-do ao atingido pela m notcia.Este lhe disse: "Eu perdoo se vocfizer duas coisas". O outro inda-gou; "O que?" Primeiro, que vocpegue este saco de penas, suba omonte e deixe o vento lev-las". Oboateiro disse: "Sim, isto fcil.Fao logo". E o fez. Ao retornar, ohomem doente lhe disse: "Agora,peo que faa a segunda coisa: ve junte todas as penas que espa-

    lhou". O mentiroso disse: Ah! Isso impossvel! A Palavra de Deuscondena esse tipo de mal uso dalngua (ler Lv 19.16; x 23.1). Te-nhamos cuidado com esse "mugi-do de boi" do Diabo!

    2. A murmurao. Murmurarsignifica "dizer em voz baixa; segre-dar;- censurar disfaradamente; con-versar, difamando ou desacreditan-do". Os demnios da murmuraoesto soltos no meio de muitas igre-jas. E crente falando contra o pastore sua famlia e vice-versa; obreirofalando contra outro; esposa deobreiro murmurando contra esse ouaquele crente; s quem gosta disso o Diabo, causando tristeza e dissen-ses nas igrejas. Devemos ter cuida-do, pois Deus ouve as murmuraes(x 16.7,8; SI 31.13). A Bblia or-dena: "Fazei todas as coisas semmurmuraes nem contendas" (Fp2.14).

    3. As palavras torpes. "No saiada vossa boca nenhuma palavra tor-pe, mas s a que for boa para pro-mover a edificao, para que d gra-a aos que a ouvem?" (Ef 4.29). Sopalavras chulas, ou grosseiras;pornofonias (palavras ou expressesobscenas); pornografias, Ou seja:aquilo relativo prostituio, a coi-sas obscenas, (sejam por revistas, fil-mes, etc.), piadas grosseiras; anedo-tas que ridicularizam as coisas deDeus. Tudo isso leva o crente a tro-pear na palavra, usando a lnguapara agradar ao Diabo e entristecero Esprito Santo.

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  • CONCLUSOJDiante do que temos visto, o cren-

    te s pode combater o tropeo na pa-lavra, lendo a Palavra de Deus, deixan-do-se dominarpelo Esprito Santo, vi-giando e disciplinando o falar. Usemosa lngua para o bem (ler Ef 4.29), poissomos cidados dos cus e no deve-mos descer a linguagem ao nvel dia-blico. Devemos usar a lngua paraencorajar outros, louvar a Deus, e le-var a mensagem do evangelho aos per-didos. Assim fazendo, dificilmente tro-pearemos em palavras.

    QUESTIONRIO

    1. Por que Tiago aconselha que mui-tos no queiram ser mestres?

    2. Quem considerado "varo per-feito" por Tiago?

    3. Que figura Tiago usa para desc~~ver o poder destrutivo da lngi

    4. Quais crimes cometidos com alngua so citados na lio?

    5. Quais os outros tropeos da ln-sua?

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  • Lio 8 21 de fevereiro de 1999

    A SABEDORIA DO ALTO

    TEXTO UREO

    "Mas a sabedoria que vemdo alto , primeiramente, pura,depois, pacfica, moderada, tra-tvel, cheia de misericrdia ede bons frutos, sem parcialida-de e sem hipocrisia" (Tg 3.17).

    VERDADE PRATICA

    A sabedoria que vem doalto ultrapassa em todos os as-pectos a sabedoria humana.Esta limitada. Aquela, ilimi-tada, divina.

    LEITURA DIRIA

    Segunda -1 Rs 3.12Deus d corao sbioTera - Pv 3.35Os sbios herdaro honraQuarta -1 Rs 4.29Deus d sabedoriaQuinta-SI 111.10O princpio da sabedoriaSexta - Is 11.2O Esprito de sabedoriaSbado -1 Co 12.8O dom da sabedoria

    LEITURA BBLICA EM CLASSE

    TIAGO 3.13-18

    13 - Quem dentre vs sbio einteligente? Mostre, pelo seu bomtrato, as suas obras em mansidode sabedoria.

    14 - Mas, se tendes amarga in-veja e sentimento faccioso em vos-so corao, no vos glorieis, nemmintais contra a verdade.

    15 - Essa no a sabedoriaque vem do alto, mas terrena,animal e diablica.

    16 - Porque, onde h inveja eesprito faccioso, a h perturba-o e toda obra perversa.

    17 - Mas a sabedoria que vemdo alto , primeiramente, pura,depois, pacfica, moderada, trat-vel, cheia de misericrdia e de bonsfrutos, sem parcialidade e sem hi-pocrisia.

    18 - Ora, o fruto da justia se-meia-se na paz, para os que exer-citam a paz.

    COMENTRIOINTRODUO

    O saber humano limitado, fa-lho, e mutvel a cada ano que passa.Entretanto, a sabedoria que vem daparte de Deus, ilimitada, perfeita eimutvel, consubstanciada na SuaPalavra, que permanece para sempre,

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  • capacitando o crente fiel a saber con-duzir-se ante as mais difceis situa-es, de modo surpreendente, dian-te de Deus e dos homens.

    I. CONCEITOS DESABEDORIA1. Sob o ponto de vista huma-

    no. Sabedoria significa "grande co-nhecimento, erudio, saber, cincia,conhecimento justo das coisas, ra-zo". Esse o aspecto positivo daconcepo humana de sabedoria. H,tambm, o sentido negativo, segun-do o qual, sabedoria "esperteza,astcia, manha". Da, algum dizer:"Fulano muito sabido...".

    2. Sob o ponto de vista bblico.a) guardar os mandamentos do

    Senhor. Moiss, exortando o povo deIsrael, sobre o cumprir os mandamen-tos do Senhor, disse: "Guardai-os,pois, e fazei-os, porque esta ser avossa sabedoria e o vosso entendi-mento perante os olhos dos povos queouviro todos estes estatutos e diro:S este grande povo gente sbia eentendida" (ver Dt 4. L-6). Para Deus,sbio quem Lhe obedece.

    b) saber calar (J 13.5). O pa-triarca disse aos seus amigos, que seeles tivessem ficado calados, issoseria a sua sabedoria. "At o tolo,quando se cala, ser reputado porsbio; e o que cerrar os seus lbios,por sbio" (Pv 17.28). Tiago consi-dera impossvel domar a lngua (Tg3.8). Entretanto o sbio segundoDeus cala-se, quando for tempo decalar (Ec 3.7b).

    c) temer a Deus. No livro deJ est escrito: "Mas disse ao ho-mem: Eis que o temor do Senhor asabedoria, e apartar-se do mal a in-teligncia" (J 28.28). Para Deus, osbio aquele que teme ao Senhor,ou seja, que tem respeito profundoao Criador. Salomo disse: "O temordo Senhor o princpio da sabria, e a cincia do Santo, a prudn-cia" (Pv 9.10).

    d) dom do Esprito Santo. Deusd dons aos crentes, como "manifes-tao do Esprito", "a cada um parao que for til". "Porque a um, peloEsprito, dada a palavra da sabe-doria" (l Co 12.7,8a). O dom da pa-lavra da sabedoria "parte da sabe-doria de Deus dada ao homem; ope-ra no saber, na pregao, no aconse-lhamento, nas emergncias, na sepa-rao de obreiros e na administra-o". Quantos problemas e desastrestm ocorrido em muitas igrejas, quese esfacelam ou sobrevivem a duraspenas, por falta desse dom.

    II. O SBIO E INTELIGENTE^SEGUNDO A BBLIA1. Aquele que tem bom trato

    (v.13). Isto se refere ao crente quetem bom procedimento, boas manei-ras e modos no relacionamento comas outras pessoas. qualidade mui-to necessria em nossos dias, quan-do, em face do frenesi que domina asociedade, pessoas, mesmo na igre-ja, tornam-se agressivas, grosseiras,mal-educadas, causando problemasde relacionamento. Infelizmente, at

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  • obreiros tm-se perdido nesse pon-to. O crente sbio tem bom trato.Paulo aconselha que devemos con-siderar cada um superior a ns mes-mos (Fp 2.3).

    2. Aquele que tem obras demansido de sabedoria (v.!3b).isto fala do crente que cultiva a man-

    do de modo sbio, consciente eao por medo ou covardia. Ele sabe

    que melhor ser manso do queagressivo, pois, assim, glorifica aDeus e evita muitos dissabores.Mansido fruto do Esprito (GI5.22). O Mestre disse: "...aprendei demim, que sou manso e humilde decorao..." (Mt 11.29).

    3. Aquele que v o mal e escon-de-se. Em Pv 22.3, lemos: "O avisa-do v o mal e esconde-se; mas ossimples passam e sofrem a pena".Esconder-se do mal ser sbio. Ojovem sbio aquele que "foge dosdesejos da mocidade" (2 Tm 2.22),

    4. quele que ganha almas, "...oque ganha almas sbio " (Pv 11.^Ob). O sbio, no conceito munda-o, aquele que ganha muito dinhei-3, de preferncia com esperteza e

    ilicitude. Ou aquele que possui grausacadmicos superiores. Para Deus,no entanto, o verdadeiro sbio aquele que se esfora para ganharalmas.

    III. DE ONDE PROVM ASABEDORIA SEGUNDODEUS1. Do prprio Deus (v.!7a).

    "Porque o Senhor d a sabedoria, e

    da sua boca vem o conhecimento eo entendimento. Ele reserva a ver-dadeira sabedoria para os retos; es-cudo para os que caminham na sin-ceridade" (Pv 2.6,7). Salomo rece-beu sabedoria de Deus (l Rs 4.29-34). Infelizmente, na velhice, desper-diou-a.

    2. Da Palavra de Deus. Paulo,ensinando o jovem Timteo, disse:"Tu, porm, permanece naquilo queaprendeste e de que foste inteirado,sabendo de quem o tens aprendido.E que, desde a tua meninice, sabesas sagradas leiras., que podem fazer-te sbio para a salvao, pela f queh em Cristo Jesus" (2 Tm 3.14,15)[grifos nosso].

    3. Do Esprito Santo. O Espri-to Santo ensina todas as coisas (Jo14.26), iluminando o crente fiel, demodo que ele seja sbio. O dom dapalavra da sabedoria (l Co 12.8) algo extraordinrio. No Antigo Tes-tamento, temos exemplos de homensque tinham a sabedoria dada porDeus, como Bezaleel e Aoliabe (x36.1,2), utilizando-a para o serviodo tabernculo. No Novo Testamen-to, vemos Jesus dando demonstra-es dessa divina sabedoria (ler Mt21.23-27).

    IV. CARACTERSTICAS DASABEDORIA CARNAL(vv.14-16)

    1. Tem amarga inveja. O sbiocarnal dominado pela inveja. Elefica perturbado e revoltado com osucesso alheio. Sua sabedoria s

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  • abrange as coisas carnais e hu-manistas, de natureza baixa (v.15).

    2. Sentimento faccioso. senti-mento de diviso, de grupos egrupelhos, de "panelinhas". Essa sa-bedoria s fa/, mal obra do Senhor,

    3. terrena. J vimos que a sa-bedoria excelente a que vem doalto. A sabedoria carnal terrena es serve para as coisas desta vida.

    4. Animal. sabedoria domina-da pela natureza carnal, no-conver-tida, que no tem a virtude do Esp-rito Santo.

    5. Diablica. Na sabedoria queno de Deus. o Diabo procura oca-sio, para causar inveja, esprito fac-cioso e "perturbao e toda obra per-versa" (v.16).

    V. CARACTERSTICAS DASABEDORIA DO ALTO(v.17)1. pura. sabedoria que vem

    do Deus puro, santo, santo, santo!Essa sabedoria no se mistura como mal, com o pecado. Ela no sepresta para intentos perversos. Hhomens, de nvel superior, que usama sabedoria, tanto para o bem quan-to para o mal. Um mdico, que pres-creve remdios para curar, se usadopelo Diabo, pode prescrever drogasdestruidoras. Um professor pode en-sinar coisas boas ou ms, dependen-do de sua ndole e formao. Mas umservo de Deus s utiliza a sabedoriade modo puro.

    2. E pacfica. A sabedoria quevem do alto s produz a paz. Os cren-

    tes sbios so pacificadores. "Bem-aventurados os pacificadores, porqueeles sero chamados filhos de Deus"(Mt5.9).

    3. moderada. A sabedoria di-vina moderada. Parece um parado-xo. Se ela i l imi tada , como pode sermoderada? Sim. Da parte de Deu'ela no tem limites. Mas, u t i l izacpelo homem, deve ser moderad;sem exageros, sem exibio. Umapessoa que tem sabedoria de Deusno pode orgulhar-se. Deve ter o fru-to da temperana (cf. Gl 5.22).

    4. tratvel. Quem tem a sabe-doria de Deus tratvel. Ou seja:sabe relacionar-se bem, com mods-tia, ateno e interesse pelos outros.Normalmente, os cientistas, os sbi-os segundo o mundo, so inacess-veis. O crente sbio no soberbo.Tanto atende ao rico como ao pobre,ao letrado como ao indouto.

    5. E cheia de misericrdia. Asabedoria do alto utilizada com mi-sericrdia, procurando colocar-se aservio dos que sofrem, dos carertes espirituais e sociais; sente a msria dos oprimidos pelo Diabo. N...igrejas, precisamos usar a sabedoriaque Deus nos concede para atenderao homem integral. preciso dar opo para o esprito e tambm para ocorpo.

    6. cheia de bons frutos. Tiagono aceita a f sem as obras de justi-a. Ele recebeu a revelao de que asabedoria que vem do alto cheiade "bons frutos". Sem dvida algu-ma, esses frutos so as manifestaes

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  • do fruto do Esprito que vemos ernG] 5.22.

    7. Sem parcialidade. A sabedo-ria divina no admite "dois pesos eduas medidas", to comuns em nos-sos dias. Lamentavelmente, a acep-o de pessoas encontrada aqui enli, at mesmo em certas igrejas.

    8. Sem hipocrisia. A sabedoriao alto no admite hipocrisia. "Faa

    o que eu digo e no faa o que eufao" coisa de sbio carnal e node servo de Deus.

    CONCLUSOA sabedoria que vem do alto a

    que mais falta neste mundo. indis-pensvel para o xito na vida pesso-al, no relacionamento social, no ser-

    vio cristo e no relacionamento comDeus. O mundo precisa curvar-sante a sabedoria divina, como nicasoluo para os cruciais problemasque afligem a humanidade.

    QUESTIONRIO

    1. O que sabedoria, segundo a B-blia?

    2. Quem sbio, de acordo com aBblia?

    3. De onde provm a sabedoria divi-na?

    4. Quais as sete caractersticas dasabedoria que vem do alto?

    5. A sabedoria que vem do alto indispensvel para o xito ernquais reas?

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  • Lio 9 28 de fevereiro de 1999

    RESISTINDO AS PAIXES HUMANASTEXTO UREO

    "E os que so de Cristocrucificaram a carne com assuas paixes e concupiscnci-as" (Gl 5.24).

    VERDADE PRATICA

    - O servo de Deus precisaestar orando e vigiando parano se deixar dominar pelaspaixes carnais.

    LEITURA DIRIASegunda - Rm 1,26Entregues s paixes infamesTera - Rm 6.12No ceder s paixesQuarta - Gl 5.24Paixes crucificadasQuinta - Cl 3.5Mortificando a concupiscnciaSexta - 2 Tm 2.22Fugindo dos desejos ilcitosSbado - Tt 3.3O que ramos antes

    LEITURA BBLICA EM CLASSETIAGO 4.1-12

    l - Donde vm as guerras epelejas entre vs? Porventura, no

    vm disto, a saber, dos vossos de-leites, que nos vossos membrosguerreiam?

    2 - Cobiais e nada tendes; so:invejosos e cobiosos e no podalcanar; combateis e guerreaisnada tendes, porque no pedis,

    3 - Pedis e no recebeis, por-que pedis mal, para o gastardesem vossos deleites.

    4 - Adlteros e adlteras, nosabeis vs que a amizade do mun-do inimizade contra Deus? Por-tanto, qualquer que quiser seramigo do mundo constitui-se ini-migo de Deus.

    5 - Ou cuidais vs que em vodiz a Escritura: O Esprito queem ns habita tem cimes?

    6 - Antes, d maior graa. Por-tanto, diz: Deus resiste aos sober-bos, d, porm, graa aos humil-des.

    7 - Sujeitai-vos, pois a Deus;resisti ao diabo, e ele fugirvs.

    8 - Chegai-vos a Deus, e ele sechegar a vs. Limpai as mos,pecadores; e vs de duplo nimo,purificai o corao.

    9 - Senti as vossas misrias, elamentai, e chorai; converta-se ovosso riso em pranto, e o vossogozo em tristeza.

    10 - Humilhai-vos perante o Se-nhor, e ele vos exaltar.

    11 - Irmos, no faleis mal unsdos outros. Quem fala mal de um

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  • irmo e julga a seu irmo fala malda lei e julga a lei; e, se tu julgas alei, j no s observador da lei,mas juiz.

    12 - H um s legislador e umJuiz, que pode salvar e destruir.Tu, porm, quem s, que julgas aoutrem?

    COMENTRIOINTRODUO

    Na epstola em estudo, temospesadas exortaes contra os cren-tes que cedem s paixes carnais. Emmuitas igrejas ocorre a situao quehavia na igreja de Corinto, onde, noobstante os dons espirituais, haviamuitos crentes carnais, que promo-viam disputas entre eles, gerando umclima de baixo nvel espiritual. QueDeus nos guarde desse esprito ma-ligno.

    I. ORIGEM DAS GUERRAS EPELEJAS NAS IGREJAS1.0 Diabo. Ele tentou Jesus (Lc

    |4.2; Mt 4.1) e continua tentando osservos de Deus, provocando guerrase pelejas entre os crentes que dolugar sua aao. Ele anda "em der-redor, bramando como leo, buscan-do a quem possa tragar" (l P 5.8).Havendo guerras e pelejas, no hunio e, sem esta, no h bno.Devemos prevenir-nos contra as "as-tutas ciladas do diabo" (Ef 6.11).

    2. A carne. Tiago, indagando deonde vm as guerras e pelejas entreos crentes, responde que vm dosdeleites que guerreiam nos seus

    membros (v. l). Paulo diz que os pe-cados "operavam em nossos mem-bros" (Rm 7.5). Essas paixes oudeleites que operam nos nossosmembros (a natureza carnal), tantopodem ser de origem sexual, comoemocional e moral, as quais geramcontendas. Algum pode deleitar-se,em ver o mal ou a queda do outro. prazer diablico.

    3. Desejo de poder. Esse desejocarnal de poder tem origem emLcifer, que, ao desejar tomar o lu-gar de Deus, imaginou-se grande (cf.Ez 28.2,17). H muitos que. para"subir" nos cargos, procuram passarpor cima dos outros, gerando guer-ras e pelejas desnecessrias. O me-lhor humilhar-se sob a potente mode Deus e ser exaltado por Ele a Seutempo (Tg 4.10, l P 5.6).

    4. Cobia. O apstolo diz: "Co-biais e nada tendes" (v.2a). Cobia a "ambio desmedida de rique-zas". irm da avareza. E o desejoincontrolvel e malso de obter di-nheiro e outros bens materiais, noimportando como. Isso pecado. ABblia diz que "...o amor ao dinhei-ro a raiz de toda espcie de males;e nessa cobia alguns se desviaramda f e se traspassaram a si mesmoscom muitas dores" (l Tm 6.10).

    5. Invejas, "...sois invejosos ecobiosos e no podeis 'Icanar"(v.2b). A inveja prima da cobia eda avareza. Esta palavra vem do la-tim invdia, significando "desgostoou pesar pela felicidade de outrem;desejo violento de possu r o bemalheio" (Dicionrio Aurlio}. NaB-

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  • blia, inveja "obra da carne" (Gl5.21). Seja qual for o sendclo, inveja sentimento carnal e diablico, sen-do causa de guerras e contendas en-tre pessoas nas igrejas. O invejoso um fraco, um escravo de si mesmo.Que Deus tenha misericrdia dessagente, despertando-as para a conver-so do seu eu.

    II. CONSEQUNCIAS DASPAIXES HUMANAS1. Carncia de bens espirituais.

    "Nada tendes, porque no pedis"(v.2c). O apstolo falava a crentesque, ao invs de buscarem a Deus,ern orao sincera, ficavam a guer-rear entre eles, cobiar o que era dosoutros. Tudo isso gerava um climade inquietao, que no motivava aadorao a Deus. Paulo, escrevendoaos filipenses, diz que devemos orar,suplicar e apresentar aes de gra-as, em lugar de inquietar-nos. As-sim, teremos a paz de Deus (Fp4.6,7). .

    2. Oraes no respondidas."Pedis e no recebeis" (v.3). No ver-sculo anterior, o apstolo diz queeles no pediam. Aqui, diz que pe-diam mas no recebiam. Por qu? Aresposta dada em seguida: "...por-que pedis mal, para o gastardes emvossos deleites" (v.3). Em meio sguerras e pelejas internas, na igrejalocal, seus pedidos no tinham va-lor. Temos o direito de pedir o quequisermos ao Senhor, desde que oobjetvo no seja egosta, e, acimade tudo, seja para a glria de Deus.

    Jesus ensinou os discpulos a orar(ver Mt 6. 5-13).

    3. Infidelidade espiritual. Tiagochamou aqueles crentes de "adlte-ros e adlteras" (v.4a). Podemos en-tender que se tratava de infidelidadeespiritual, pois o apstolo acentuaque "a amizade do mundo inimzade contra Deus". Entre aquelecrentes, no havia lugar para o Espi-rito de Deus. Joo diz que "Se al-gum ama o mundo, o amor do Paino est nele" (l Jo 2.15). Esse amorao mundo configura adultrio ou in-fidelidade espiritual. Deus no acei-ta isso, em hiptese alguma. Jesusdisse que "ningum pode servir adois senhores..." (Mt 6.24).

    IU. O RELACIONAMENTOCOM DEUSPREJUDICADO1. O Esprito tem cimes (v.5b).

    Apesar de certos estudiosos da B-blia acharem que o versculo am-bguo quanto ao termo Esprito, ncuidadoso e amplo estudo do conte:to, acrescido das demais passageicorrelatas, deixa claro tratar-se doEsprito Santo, que, ante a amizadedo crente com o mundo, tem zeloextremo