tesis frijol
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revisión bibliográfica del cultivo de frijolTRANSCRIPT
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UNIVERSIDADEFEDERALDOPIAU
CENTRODECINCIASAGRRIAS
EFEITODODFICITHDRICOEMFEIJOCAUPIPARAIDENTIFICAODE
GENTIPOSCOMTOLERNCIASECA
SEBASTIOPEREIRADONASCIMENTO
TERESINA
EstadodoPiau,Brasil
Abril 2009
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EFEITODODFICITHDRICOEMFEIJOCAUPIPARAIDENTIFICAODE
GENTIPOSCOMTOLERNCIASECA
SEBASTIOPEREIRADONASCIMENTO
ENGENHEIROAGRNOMO
Orientador:Dr.EdsonAlvesBastos
Dissertao apresentada ao Programa de Ps
Graduao em Agronomia da Universidade
Federal do Piau UFPI, como parte dos
requisitos para obteno do ttulo de mestre em
agronomia, rea de concentrao em produo
vegetal.
TERESINA
EstadodoPiau,Brasil
Abril 2009
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FICHACATALOGRFICA
ServiodeProcessamentoTcnicodaUniversidadeFederaldoPiau
BibliotecaComunitriaJornalistaCarlosCastelloBranco
T244eNascimento,SebastioPereirado.Efeito do dficit hdrico em feijocaupi para
identificao de gentipos com tolerncia seca[manuscrito]/SebastioPereiradoNascimento. 2009.
109f.
Cpiadecomputador(printout).Dissertao(Mestrado)ProgramadePsGraduao
emAgronomiadaUniversidadeFederaldoPiau,2009.Orientador: Dr. Edson Alves Bastos, Co
orientador:Dr.FranciscoRodriguesFreireFilho
1.Feijocaupi(Vigna ungu icula ta).2.Rendimentodegros.3.SemiridoNordeste.I.Ttulo.
CDD:635.6592
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EFEITODODFICITHDRICOEMFEIJOCAUPIPARAIDENTIFICAODE
GENTIPOSCOMTOLERNCIASECA
SEBASTIOPEREIRADONASCIMENTO
EstadissertaofoijulgadaadequadaparaaobtenodoTtulodeMestreemAgronomiae
aprovadaemsuaformafinalpeloProgramadePsGraduao Stricto Sen suemAgronomia,
nvel demestradodaUniversidadeFederaldoPiau UFPI,em 17 deabrilde2009.
ApresentadaComissoExaminadora,integradapor:
____________________________________________
Dr.EdsonAlvesBastos
(Orientador)
____________________________________________
Dr.FranciscoRodriguesFreireFilho
(Membro)
____________________________________________
Dr.ReinaldoLcioGomide
(Membro)
____________________________________________
Dr.FranciscoEdinaldoPintoMousinho
(Membro)
TERESINA
EstadodoPiau,Brasil
Abril 2009
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Eu posso prever o caminho de
corpos celestiais, mas no posso
dizernadaarespeitodomovimento
deumapequenagotadegua
GalileoGalilei
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AGRADECIMENTOS
ADeu s,peloamor,esperana,fepresenaconstanteemminhavida.
minhameHelenaTerto,peloexemplodeluta,garra,fibraeserenidade,eespecialmente
portersidomeureferencialnabuscadeserumcidado.
Alcinia Pereira do Nascimento e Pedro Alberto Campos Ribeiro, meus segundos pais
(assimosconsidero),pelaoportunidadeeensinamentosproporcionadosnestalongajornada.
Ao meu pai Jos Gregrio do Nascimento, pelos conhecimentos empricos repassados e
motivaoparabuscado conhecimentotcnicocientfico.
A todos da minha famlia, fonte inesgotvel de inspirao para busca de meus ideais, em
especialaossobrinhos,naesperanaqueelestambmtenhamaoportunidadeevontadepara
vencernabasedoconhecimento.
AospesquisadoresDr.EdsonAlvesBastoseFranciscoRodriguesFreireFilhopelaorientao
eensinamentosparaconvivnciacomomundocientfico,bemcomopelosbonsmomentos
duranteoestgionaEmbrapaMeioNorte enaconfecodestetrabalho.
AoDr.ReinaldoLcioGomide,coordenadornacionaldoprojetoFenotipagemdegramneas
ecereaisparatolernciaseca,peloaportefinanceirodaexecuodestapesquisa.
Aos pesquisadores da Embrapa MeioNorte Eugnio Celso Emrito, Milton Jos Cardoso,
Maurisrael de Rocha, Kaesel Jackson Damasceno eMarisniaNoronha eespecialmente ao
Dr. Aderson Soares de Andrade Jnior, pelo carter, companheirismo, bem como pelos
conhecimentosrepassados.
professores Dra. Cristina Chances Muratori, Dr. Disraeli Reis da Rocha e Dr. Cndido
Athayde Sobrinho, pela confiana, e recomendao ao programa de psgraduao em
agronomia.
DanieleSavana,pelosmomentosdedescontraoeimpacincia,eaosamigosdoMestrado
emCinciaAnimaleAgronomia,especialmenteaoscompanheirosProf.ClemiltonFerreira,
RenatoRochaeFernandoArajopelosconhecimentoscompartilhados.
Aos amigos (parceiros) de estgio da Embrapa MeioNorte: Eddie Leal, Rafael Maschio,
Michel Barros, Adilberto Lemos, Simone Raquel e especialmente ao Everaldo Moreira,
companheirodef.
Aos companheiros do feijocaupi da Embrapa MeioNorte: Anchieta Fontenele, Erina
Vitrio,ManoelGonalvesePauloMonteiro,peloapoionaimplantaodosexperimentos.
CAPES,peloconcessodabolsademestrado.
Meuseternosagradecimentos.
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SUMRIO
Lista deAbrevia tu ra s viii
Lista deFigu ras ix
Lista deTab elas x
RESUMO xi
ABSTRACT xii
1.INTRODUO 1
1.1.ObjetivosGeraiseEspecficos 2
1.2. Justificativa 3
2.REVISODELITERATURA 4
2.1. AspectosGeraisdoFeijoCaupi 4
2.1.1.Origem,ClassificaoBotnicaeDistribuio 4
2.1.2.CicloFenolgicoeCaractersticasMorfolgicas 4
2.1.3.ImportnciaSocioeconmica 6
2.1.4.NecessidadeHdrica 7
2.2.EstresseHdrico 9
2.3.CaractersticasMorfolgicas,FisiolgicaseBioqumicadasplantasscondies
dedisponibilidadedeguanosolo 10
2.3.1.ndicedereaFoliar 10
2.3.2.CondutnciaEstomtica 12
2.3.3.PotencialHdricoFoliar 13
2.3.4.TemperaturaFoliar 14
2.3.5.TeordeClorofila 15
2.4. TolernciaSeca 16
3.REFERNCIASBIBLIOGRFICAS 19
CAPTULO 1 CARACTERSTICAS FISIOLGICAS E PRODUTIVAS DE
GENTIPOSDEFEIJOCAUPISOBDFICITHDRICO 32
RESUMO 33
ABSTRACT 33
1.INTRODUO 34
2.MATERIALEMTODOS 36
3.RESULTADOSEDISCUSSO 38
4.CONCLUSES 46
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vii
5.REFERNCIASBIBLIOGRFICAS 46
CAPTULO 2 IDENTIFICAO DE GENTIPOS DE FEIJOCAUPI PARA
TOLERNCIASECA 51
RESUMO 52
ABSTRACT 53
1.INTRODUO 53
2.MATERIALEMTODOS 55
3.RESULTADOSEDISCUSSO 58
4.CONCLUSES 66
5.REFERNCIASBIBLIOGRFICAS 66
6.ANEXOS 70
3.CONSIDERAESFINAIS 72
ANEXOS 74
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viii
LISTADEABREVIATURAS
CE Comestresse
DAS Diasapssemeadura
DBC Delineamentoemblocoscasualizados
gsha
Condutnciaestomtica
Hectare
IAF ndicedereafoliar
ICF ndicede clorofila(teordeclorofila)
MCG Massadecemgros
NGV Nmerodegrosporvagem
NVP Nmerodevagemporplanta
PG Produtividadedegros
SE Semestresse
Tf Temperaturafoliar
f Potencialhdricofoliar
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LISTADEFIGURAS
CAPTULO1
Figura 1. Relao entre Temperatura foliar e Temperatura ambiente de 20
gentipos de feijocaupi submetidos ao dficit hdrico na fase reprodutiva, nos
experimentossemecomestressehdrico,noperododeagostoaoutubrode2008 45
CAPTULO2
Figura1.Variaonaumidademdiadosoloatumaprofundidadede0,70m,ao
longodociclofenolgicodosgentiposdefeijocaupi,semecomestressehdrico 70
Figura2.ndicedereafoliar(IAF)mximoemdiode20gentiposdefeijo
caupisubmetidosaoestressehdriconafasereprodutiva,paraascondiesseme
comestressehdrico,noperododeagostoaoutubrode2008 70
Figura 3. ndice de clorofila total (ICF) mximo e mdio de 20 gentipos de
feijocaupisubmetidosaoestressehdriconafasereprodutiva,paraascondies
semecomestressehdrico,noperododeagostoaoutubrode2008 70
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LISTADETABELAS
CAPTULO1
Tabela1.Caractersticasfsicasdosolodareaexperimental,Teresina,PI 37
Tabela2.CaractersticasQumicasdosolodareaexperimental,Teresina,PI 37
Tabela3.Valoresmdiosdepotencialhdricofoliar(f),condutnciaestomtica
(gs), temperatura foliar (Tf) e de produtividade gros (PG) de 20 gentipos de
feijocaupi,sobdoisregimeshdricosemTeresina,PI 41
CAPTULO2
Tabela1.Valoresmdiosdonmerodevagensporplanta(NVP),nmerodegros
porvagem(NGV),massadecemgros(MCG),eprodutividadedegros(PG)de
20gentiposdefeijocaupi,sobdoisregimeshdricos 71
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Nascimento, Sebastio Pereira do. Efeito do dficit hdrico em feijocaupi para
identificao de gentipos com tolerncia seca. TeresinaPI, 2009. 109p. Dissertao
(Trabalhodepsgraduaoemagronomia).Comitdeorientao:Dr.EdsonAlvesBastos
(Orientador),Dr.FranciscoRodriguesFreireFilho(Coorientador).UniversidadeFederaldo
Piau.
Resumo: O feijocaupi cultivado na sia, na Amrica e principalmente na frica. No
BrasilseucultivoocorrepredominantementenasregiesNorteeNordeste,ondeseconstitui
na principal dieta alimentar. Apresentase com baixos ndices de produtividades, devido
principalmenteaocorrnciadedficithdrico.Otrabalhoteveporobjetivoavaliaroefeitodo
dficithdrico sobreodesempenhofisiolgico,produtivoebioqumicodofeijocaupicom
vistasseleodegentiposcomtolernciaseca.Foramrealizadosdoisexperimentos:um
com irrigao plena e outro com estresse hdrico aplicado durante o prflorescimento ao
incio da formao das vagens. A pesquisa constou de estudos sobre as caractersticas
fisiolgicas e produtivas de gentipos de feijocaupi sob dficit hdrico (Captulo I)
Avaliaodegentipos de feijocaupipara tolerncia seca (Captulo II). Foi utilizadoo
delineamentodeblocosaoacasocomquatrorepetiese20tratamentos(gentipos),asaber:
Pitiba, Tvu 36, TE898, Capela, Canapuzinho, CanapuBA, CanapuzinhoPE, CNCx 689
128G,BR17Gurguia,BRSParaguau,Patativa,BRSXiquexique,Pingodeouro1,Pingo
deouro2, Pingodeouro12, Canapuzinho2, Epace10 IPA206, Tracuateua192. Foram
avaliados variveis fisiolgicas, bioqumicas, componentes de produo eprodutividade de
gros, Foi utilizado um sistema de irrigao por asperso convencional e o manejo da
irrigao foi feito com base na evapotranspirao de referncia estimada pelo mtodo de
PenmamMonteithecoeficientesdeculturalocais.Odficithdricofoiobtidoaplicandose,
aproximadamente,metadedalminarequeridapelofeijocaupi.Odficithdricoreduziuem
72%acondutnciaestomtica,62%opotencialdeguanasfolhas,poroutroladoaumentou
em11,7%atemperaturafoliar,em23%ondicemdiodereafoliar,16%ondicemdiode
clorofila,175%onmeromdiodevagensporplanta,16%eem60%aproduodegros.
Os gentiposBRSParaguau,Pingodeouro12, CanapuBA eCNCx689128G e TE898
apresentaram caractersticas fisiolgicas e produtivas de tolerncia seca, no entanto, os
gentiposSantoIncioeTracuateu192notoleramdficithdricomoderado.
Palavras chave: Vigna unguicu lata (L.) Walp, ndice de rea foliar, Condutncia
Estomtica,Potencial deguanafolha,produtividadedegros.
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Nascimento,SebastioPereirado.Effectofwaterdeficitincowpeatoidentifygenotypes
withdroughttolerance.TeresinaPI,2009.109p.Dissertao(Trabalhodepsgraduao
emagronomia).Comitdeorientao:Dr.EdsonAlvesBastos (Orientador),Dr.Francisco
RodriguesFreireFilho(Coorientador).UniversidadeFederaldoPiau.
Abstract:The cowpea is grown in Asia, across the American continent and especially in
Africa.InBrazilitscultivationisdonemainlyintheRegionsNorthandNortheast,whereitis
themaindiet.Thiscroppresentsintheseregionswithlowyields,mainlyduetowaterdeficit.
The objective of this work was to evaluate the effect water stress on physiological,
productivity and biochemistryperformances for select genotypes of cowpea with drought
tolerance.Twoexperimentswereconducted:onewithfullirrigationandtheotherwithwater
stress applied during the crop reproductive phase. The research consisted of physiological
and productive characteristics in cowpea genotypes under water deficit (Chapter I)
Evaluationofcowpeagenotypesfordroughttolerance(ChapterII).Arandomizedcomplete
blockdesignwithfourreplicationsand20treatments(genotypes),namely,Pitiba,Tvu36,
TE898, Capela, Canapuzinho, CanapuBA, CanapuzinhoPE, CNCX 689128G, BR17
Gurguia, BRSParaguau, Patativa, BRS Xiquexique, Pingodeouro1, Pingodeouro2,
Pingodeouro12, Canapuzinho2, Epace10, IPA206, Tracuateua192. Physiological
variableswereevaluated,biochemistry,componentsproductionandgrain yield,wasuseda
system of conventional sprinkler and irrigation management was based on reference
evapotranspirationestimatedbyPenmamMonteithmethodandcoefficientsof localculture.
The water deficit was achieved by applying approximately half of the blade required by
cowpea. The water deficit reduced by 72% in stomatal conductance, 62% the leaf water
potential, however, increased by 11.7% the leaf temperature,23%of the average leaf area
index,16%theaveragerateofchlorophyll,175%theaveragenumberofpodsperplant,16%
and 60% grain production. The genotypes BRSParaguau, Pingodeouro12, Pingode
ouro1, CanapuBA e CNCx 689128G and TE898 showed characteristics of drought
tolerance,however,SantoIncioandTracuateua192nottoleratemoderatewater deficit.
Keywords: Vigna ungu icula ta(L.)Walp,leafareaindex,stomatalconductance,leafwater
potential,grainyield.
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1. INTRODUO
Areaocupadacomfeijocaupinomundoestemtornode11milhesdehectares,
sendo7,8milhesdehectares,(69%desta)noOesteeCentrodafrica.Orestantedarea
cultivada est localizada na Amrica do Sul, Amrica Central e sia, compequenas reas
espalhadaspelosudoestedaEuropa,sudoestedosEstadosUnidoseOceania.Osprincipais
produtoresmundiaissoNigria,NgereBrasil(Langyintuoetal.,2003Singh etal.,2003).
Aculturadofeijocaupi[Vigna unguicu lata(L.)Walp]representafundamentalimportncia
socioeconmicaparaoNordesteeNortedoBrasil,constituindoseumadasprincipaisfontes
proticasdaspopulaesdessasregies.Nascondiesdecultivodaespcie,principalmente
noNordestebrasileiro,emcertoslocaisepocasdoano,prevalecemcondiesambientais
adversasdedeficinciadeguaetemperaturaselevadas.
No Brasil, o feijocaupi cultivado predominantemente no serto semirido da
regio Nordeste e em pequenas reas na Amaznia. Representa 95% a 100% do total das
reasplantadas comfeijocaupinosEstadosdoAmazonas,Maranho,Cear,PiaueRio
Grande do Norte (Maia, 1996 Souza, 2002). No Nordeste, os maiores produtores so os
EstadosdoCear,Piau,BahiaeMaranho,osquais tambmapresentamasmaioresreas
plantadas(CONAB,2008).
O cultivo de culturas anuais em todo Brasil, tanto em sistema irrigado quanto de
sequeiro, so submetidos a diferentes condies ambientais, com diferentes nveis de
umidade do ar, temperatura do ar, irradincia solar e condies hdricas, que afetam o
crescimento, desenvolvimento, produo da cultura e sua qualidade (Fancelli & Dourado
Neto,2005).
A ocorrncia de ligeiros d ficits hdricos no incio do desenvolvimento da cultura
pode servir para estimular maior desenvolvimento radicular das plantas, porm, estresse
hdricoprximoeanteriorao florescimentopodeocasionar severa retraodocrescimento
vegetativo, limitandoaproduo(Ellisetal.,1985).Oestressehdrico afetaabioqumica,a
fisiologia,amorfologiaeosprocessosdedesenvolvimentodasplantas,reduzindoafotossntese
de trs maneiras: pela reduo na rea foliar disponvel para interceptar a radiao solar, pela
reduo da difuso do CO2 para dentro da folha e pela reduo da habilidade dos cloroplastos
para fixar o CO2 que neles penetram (Jones, 1985). O estresse hdrico causa, a curto prazo,
redues na condutncia estomtica e no crescimento das folhas e, a longoprazo, redues no
crescimentodocauledasplantas(Gollanetal.,1986).Bezerraetal.(2003),estudandoofeijo
caupi e dficit hdrico em suas fases fenolgicas, observaram que o dficit hdrico afetou
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significativamenteaprodutividadedegros,onmerodevagensporplantaeonmerode
gros por vagem. Perez (1995) verificouqueosvalores crticos depotencial hdrico foliar
variam entre as espcies, entre cultivares e entre estdios do desenvolvimento. O dficit
hdricoemfeijocaupiprovocamenorcrescimento,comprogressivareduodareafoliare
matria seca total, principalmente para os perodosmais prolongadose, principalmente no
perodoreprodutivo,pormestaculturaapresentaaltacapacidadederecuperaopsestresse
(Leiteetal.,1999).
A baixa produtividade desta cultura no estado do Piau, atribuda em parte sua
adaptao ecolgica, mostra a necessidade do melhor conhecimento do aproveitamento
hdricodascultivaresusadasna regio,visandomelhoraproveitamentodaguadisponvel
nosoloemcombinaocomadistribuiodechuvas.Dessa forma,aseleodecultivares
compotencialparatolernciaasecadegrandeimportnciapararegiessujeitasaveranicos
(perodos prolongados sem chuva) ou mesmo em regies de baixa pluviosidade, como o
semiridonordestino
Nessecontexto,apesquisaobjetivoudemaneiracomparativaavaliar20gentiposde
feijocaupi, submetidos ao dficit hdrico do solo durante a fase reprodutiva, visando
identificar osmelhoresgentiposquanto s caractersticasmorfofisiolgicas e bioqumicas
para tolerncia seca, para auxiliar o programa de melhoramento gentico da cultura no
processoderecombinaoeseleodenovasvariedadestolerantesseca.
1.1.OBJETIVOS
GERAL:
Avaliaroefeitododficithdricosobreodesempenhomorfofisiolgico,bioqumico
eprodutivodofeijocaupi,visandoselecionargentiposcomcaractersticasde tolerncia
seca,paraprogramasdemelhoramentogentico.
ESPECFICOS:
Avaliar o efeito do dficit hdrico sobre o potencial hdrico foliar, condutncia
estomtica, temperatura foliar e produtividade de gros nas condies edafoclimticas de
Teresina,PI,comvistasaselecionargentiposcomcaractersticasdetolernciaseca.
Avaliaro efeito do dficit hdrico sobreo ndicederea foliar, teor de clorofila,
componentes de produo e rendimento de gros de feijocaupi nas condies de solo e
climadeTeresina,PI,eidentificargentiposcom caractersticasdetolerncia aseca.
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1.2.JUSTIFICATIVA
Dentreos fatores limitantesdaproduovegetal, odficit hdricoocupaposiode
destaque,pois,almdeafetardiretamenteasrelaeshdricasnasplantas,alterandolheso
metabolismo,fenmenoqueocorreemgrandesextensesdereascultivveis.Apesarde
sua grande importncia scioeconmica, o feijocaupi ainda cultivado de forma
rudimentar no semiridobrasileiro, ondeaprodutividade mdia muito baixa. Na regio
Nordeste, a deficincia hdrica um dos fatores importantes que limitam a produtividade,
causandoreduesacimade50%emmdiadaproduodefeijocaupi.Portanto,opresente
estudosejustificanamedidaemquesebuscaidentificarmateriaiscomtolerncia secae
comcapacidadedemanternveissatisfatrios deprodutividade.
Aseleodegentiposcomcaractersticasdetolernciasecapodesermuitotilem
programasdemelhoramentoecomousodabiologiamolecular(marcadoresmoleculares),em
umcurtoespaodetempo,podeselanarcultivarescomerciaiscomtolernciasecae,dessa
forma, contribuir para o aumento da produo de alimentos no mundo, especialmente nas
regiesridasoucommdistribuiodechuvas.
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2.REVISODELITERATURA:
2.1.AspectosGeraisdoFeijoCaupi
2.1.1.Origem,ClassificaoBotnica eDistribuio
Acreditase que o feijocaupi seja originrio da frica, tendo sido observado os
maioresnveisdediversidadeempasesdafricaOcidental,taiscomoaNigria(Ng,1995).
Foidomesticadonossistemasagrcolascompostospelosorgoemilheto,predominantesnas
regiessemiridasdoOestedafrica,ondeseencontraumadasmaioresreasdeproduo
defeijocaupi (Singh etal.,2002).
O feijocaupi, tambm denominado feijo macaar, feijodecorda ou feijo
macassar, uma dicotilednea pertencente ordem Fabales, famlia Fabace, subfamlia
Faboideae,tribo Phaseo lea e,subtribo Phaseolina e,gnero Vigna,espcieVignaunguicu lata
(L.)Walp. (Onofre,2008).
Watt (1978) e FreireFilho (1988)citam que sua introduo no Brasil ocorreupelo
estadodaBahia, apartirdoqual, o feijocaupi foi levadopeloscolonizadoresparaoutras
reasda regioNordesteeparaoutras regiesdopas.Poroutro lado,Simonet al. (2007)
sugerem que mais de um evento de introduo de diferentes regies da frica devam ter
ocorrido, especialmente considerando que houve migrao de escravos africanos de
diferentesregiesparanossopas.Emboraousodofeijocaupisejamuitosemelhanteaodo
feijocomum (Pha seo lus vu lgaris L.), observase sua predominncia nos trpicos semi
rido, mido e submido, condies climticas s quais se apresenta melhor adaptado
(Smartt,1990).
2.1.2.CiclofenolgicoeCaractersticasMorfolgicas
Ofeijocaupiumaespcierelativamentebemestudada,contudoemrelaossuas
fasesdedesenvolvimentohpoucasinformaes.Possivelmente,devidoaofatodeapresentar
grandevariabilidade gentica para todosos caracteres e em especial para oportedaplanta
(Camposetal.,2000).
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5
Mafra(1979)propsmodelostericosparaodesenvolvimentodecultivaresdehbito
de crescimento determinado, indeterminado e decumbente ou volvel. Sendo este,
possivelmente, o primeiro trabalho que tentou estabelecer uma escala de desenvolvimento
paraofeijocaupi.Essasescalassoimportantesporquepermitemrelacionaranecessidade
de uma prtica agronmica ou a ocorrncia de algum fator adverso com um determinado
estdiodedesenvolvimento daplanta (Campos et al., 2000).Segundo estes autoreso ciclo
fenolgicoemfeijocaupisecomportadaseguinteforma:
Fasevegetativa:
V0 SemeaduraV1Oscotildonesencontramseemergidosna superfciedo
soloV2Asfolhasunifolioladasencontramsecompletamenteabertas,suasduasmargens
esto completamente separadas V3 A primeira folha trifoliolada encontrase com os
fololos separados e completamente abertos V4 A segunda folha trifoliolada encontrase
com os fololos separados e completamente abertos V5 A terceira folha trifoliolada
encontrasecomosfololosseparadosecompletamenteabertosV6Osprimrdiosdoramo
secundrio surgemnasaxilasdas folhasunifolioladas,podendo tambmserobservadosnas
axilasdasprimeirasfolhastrifolioladasV7Aprimeirafolhadoramosecundrioencontra
se completamente aberta V8 A segunda folha do ramo secundrio encontrase
completamenteabertaV9Aterceirafolhadoramosecundrioencontrasecompletamente
aberta.
Fasereprodutiva:
R1 Surgem os primrdios do primeiro boto floral no ramo principal R2
Antese da primeira flor, geralmente oriunda do primeiro boto floral R3 Incio da
maturidade da primeira vagem, geralmente oriunda da primeira flor. Esse estdio
caracterizadopeloinciodamudanadecoloraodasvagensdevidoaoincioda secagem
dasmesmasR4Maturidadede50%dasvagensdaplantaeR5Maturidadede90%das
vagensdaplanta. Sugereaindaquehajaumcomportamentodiferenciadodosgentiposde
feijocaupinossistemasdecultivodesequeiroeirrigadonafasevegetativa(V3,V4,V7,V8
eV9)e reprodutiva(R2eR5).
Cmara (1997) relata que o tempo de durao entre os diferentes estdios de
desenvolvimentodaplanta,podevariardeacordocomacultivar,temperatura,climaepoca
desemeadura,entreoutrosfatores.
SegundoPaivaetal.(1972), ofeijocaupi,quantoaociclopodeserclassificadoem:
ciclocurtoquandoa maturidadeatingidaat60diasapsa semeaduraciclomdio
quando a maturidade atingida entre 60 e 90 dias aps a semeadura e ciclo tardio a
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maturidade atingida aps 90 dias da semeadura. Entretanto Freire Filho et al. (2000)
fizeramasseguintesmodificaes:ciclosuperprecoceamaturidadeatingidaat60dias
aps a semeadura ciclo precoce a maturidade atingida entre 61 e 70 dias aps a
semeaduraciclomdio amaturidadeatingidaentre71e90diasapsasemeaduraeciclo
tardio amaturidadeatingidaapartirde91 diasapsasemeadura
O feijocaupi uma planta herbcea anual, propagada por sementes, apresenta
autofecundaoeuma taxamuitobaixadealogamiaou fecundaocruzada(Tefiloet al.,
1999), e as flores, completas, tm os rgos masculinos e femininos bemprotegidos pelas
ptalas,emnmerodecinco,decoloraobranca,amarelaouvioleta(Tefiloetal.,2001).
Apresentadoistiposdehbitosdecrescimentoprincipais:odeterminadoeoindeterminado.
Noprimeirotipo,ocauleproduzumnmerolimitadodensepradecrescerquandoemite
umainflorescncia (Arajoet al.,1981).Nasplantasderamificao indeterminada,ocaule
continuacrescendoeemitindonovosramossecundriosegemas florais.Este tipoomais
comumentecultivadonoBrasil.Ocorremquatrotiposprincipaisdeportedaplantaque so
ereto,semiereto,semiprostadoeoprostado(FreireFilhoetal.,2005).Edeacordocomos
mesmos autores, atualmente observase entre os produtores que tm lavoura manual ou
parcialmente mecanizada a demanda por plantas que sejam fceis de serem colhidas
manualmente, e os com a lavoura totalmente mecanizada a demanda por plantas que
possibilitemacolheitatotalmentemecanizada.
2.1.3.ImportnciaSocioeconmica
Ofeijocaupiumadasprincipaisculturasanuaisdostrpicos,ondesuaimportncia
econmicosocialexplicitadapelosmaisde11milhesdehectaresplantadosaoredordo
mundo (Langyintuo et al., 2003). A rea cultivada com feijocaupi no Brasil de
aproximadamente1milhodehectaresdosquaiscercade900mil(90%)estosituadosna
regioNordestedoBrasil(Limaetal.,2007).Nestaregioarea,produoeaprodutividade
sode2.229.000ha,1.126.900te506,0kgha1,respectivamente.Osmaioresprodutoresso
osEstadosdoCear(280.000t),Piau(82.600t),Bahia(50.249t)eMaranho(40.400t),os
quais tambm apresentam as maiores reas plantadas (CONAB, 2008). Esses dados so
extremamente importantes, uma vez que refletem a participao da cultura nocontexto de
geraodeempregos,derendaedaproduodealimentosnopaseacredenciaparareceber
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maior ateno por parte das polticas de abastecimento e por parte dos rgos de apoio
pesquisa.
O feijocaupipossuiumagrandevariabilidadegenticaqueo torna verstil, sendo
usadoparavrias finalidadeseemdiversossistemasdeproduo.possuidor tambmde
uma grande plasticidade, adaptandose bem a diferentes condies ambientais, e tem uma
grandecapacidadede fixarnitrognioatmosfrico,pormeioda simbiosecombactriasdo
gnero Rhizobiu m.Almdisso,contmosdezaminocidosessenciaisaoserhumanoetem
excelente valor calrico. Em virtude dessas caractersticas, uma espcie de grande valor
atualeestratgico (FreireFilhoet al., 2005).SegundoArajo&Watt,1988o feijocaupi
contribuicom41%dofeijoconsumidonasreasurbanasnometropolitanasdoNordeste,
ondeconstituisenoalimentobsicoparaapopulao,exercendoafunodesupridordas
necessidadesalimentaresdascamadascarentes.Suaspropriedadesnutricionaissosuperiores
s do feijocomum, e o baixo custo de produo, fazem com que esta cultura seja
consideradaextremamenteimportanteemtermossociaiseeconmicos,paraaregio.
Oconsumohumanodofeijocaupipodesernaformadevagemverde,cujacolheita
feitaquandoasvagensestobemdesenvolvidas,masaindacombaixo teorde fibrasna
formadegros verdes, colhidas no incio da maturao e na forma de gro seco, onde as
vagenssocolhidassecas,nopontodematuraodecampo(Vieiraetal.,2000).Observase
uma expanso na rea e um aumento no consumo desta leguminosa nos ltimos anos,
tornandoseexcelentealternativadecomercializaoparaosagricultoresdasregiesNortee
NordesteeCentroOeste.
2.1.4.NecessidadeHdrica
O requerimento de gua do feijocaupi varivel com seus estdios de
desenvolvimento.Oconsumodeguaaumentadeumvalormnimona germinaoatum
valor mximo na florao e na formao de vagens, decrescendo a partir do incio da
maturao(Nbregaetal.,2001),podendovariarde300a450mm/ciclobemdistribudosnos
diferentesestdiosdedesenvolvimentoedependentedacultivar,do soloedascondies
climticaslocais.Oconsumohdricodirioraramenteexcede3,0mm,quandoaplantaestna
faseinicialdedesenvolvimento.ParaascondiesedafoclimticasdeTeresina,Lima(1989)
encontrouparaavariedadeBR10Piauvaloresdaordemde2,1mmdia1.Duranteoperodo
compreendidoentreoplenocrescimento,florescimentoeenchimentodevagens,seuconsumo
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8
pode seelevarpara5,0a5,5mmdirios, conformevaloresrelatadosporBezerra&Freire
Filho (1984).Limaet al. (2006)estudandoobalanohdriconosolocultivadocomfeijo
caupi,concluramqueaevapotranspiraoparaocicloemdiadiriaforamde383,02mme
4,12mm,respectivamente.Omaiorconsumodeguaocorreunafasereprodutiva,comvalor
mdiode3,65mmdia1.Calvacheetal.(1998)observaramvaloresmdiosnessafase,de4,6
mmdia1.
Na regio de Tabuleiros Costeiros (Parnaba, PI), Andrade et al. (1993) obtiveram
umaevapotranspiraoparaaculturadofeijocaupide5mmdia1,noinciodociclo,at
atingirumpicode9mmdia1,aos32diasapsoplantio,quandoaculturaalcanoupleno
desenvolvimento vegetativo. O consumo de gua em todo o ciclo foi de 380 mm,
correspondendoaumconsumomdiode6,3mmdia1.Cardosoet al. (1998),nasmesmas
condies,comumalminade338,8mmdurante todoociclodacultivarBR17Gurguia,
obtiveramumconsumomdiode6,8mmdia1.Nascimentoetal.(2008)alcanaramvalores
de rendimento de grosda ordem de1.637 kg ha1 parao gentipode feijocaupi CNCx
689128G, com um lmina de irrigao de 303 mm. Com aplicao de uma lmina de
irrigao de 300 mm, Lima Filho (2000) alcanou para a cultivar de feijocaupi Pitiba
rendimentodegrosde1.550kgha1.AndradeJnioretal. (2002)obtiveramrendimentos
de2.809kgha1 e2.103kgha1 paraascultivaresdefeijocaupi,BR17GurguiaeBR14
Mulato, respectivamente, em experimento realizado no litoral piauiense. Os referidos
rendimentos foram obtidos com o emprego de 449,1 mm e 389,9 mm de gua,
respectivamente. Isso demonstra que o feijocaupi, quando cultivado com um padro de
tecnologia para obteno de altas produtividades, uma planta que responde a lminas
crescentesdeirrigaoat um pontodemximoeconmicoprodutivo.
Paraaobtenodamximaprodutividadedegros,inmerostrabalhos(Carvalhoet
al.,1992eAzevedo&Miranda,1996)mostramqueaslminasdeirrigaovariamde370a
570 mm com reflexo direto na produtividade de gros de 1.376 a 2.905 kg ha1. Segundo
Saundersetal.,(1981)eSouzaetal.(1986),alminamnimadeirrigaorequeridaparao
feijocaupicultivado na regio semirida do Nordestebrasileiro varia de350 a400 mm.
Leiteetal.(1999)acrescentamaimportnciadoconhecimentodocrescimentodaculturaem
funo da gua disponvel no solo, instrumento fundamental para explicar perdas de
produoemcondiesdedficithdrico.
DeacordocomGomideet al. (1998), as respostasdasculturasvariaodenveis
hdricostemsidopropsitodepesquisascientficas,buscandooaumentonaeficinciadouso
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deguapelasplantas, comvista otimizaodasprticasdemanejo,bemcomoaomaior
entendimentodosefeitosdo dficithdriconocrescimentoenaproduodematriaseca.
2.2.EstresseHdrico
Estresseumdesviosignificativodascondiestimasparaavida,einduzmudanas
erespostasemtodososnveisfuncionaisdoorganismo,osquaissoreversveisemprincpio,
mas podem se tornar permanente (Larcher, 2000). um fator externo que exerce uma
influnciadesvantajosaparaaplanta(Taiz&Zeiger,2004).
Diversos fatores ambientais podem afetar o desempenho dos vegetais, tais como
temperaturas muito baixas ou altas, bem como a seca. Fatores edficos, como drenagem
deficiente, salinidade, acidez e falta ou excesso de elementos nutritivos, tambm podem
prejudicarofeijocaupi.Umestressedeguanasplantasocorrequandoopotencialmtrico
do solo permanece bastante baixo por um certo tempo (Aspinall & Paleg, 1981). Existem
vrios parmetros que expressam o dficit hdrico no solo. Entre eles existe o conceito de
quantidadetotaldeguaarmazenada,definidocomoaquantidadedeguaarmazenadaentreo
ponto de murcha permanente e a capacidade de campo (Carlesso & Zimmermann, 2000).
Ofeijocaupiclassificadocomoplantasensvel, tantodeficinciahdricaquanto
aoexcessodeguanosolo.Emqualquerlugarqueasplantascresam,elasestarosujeitass
condies de mltiplos estresses, os quais podero limitar seu desenvolvimento e suas
chances de sobrevivncia. As mltiplas, mas no necessariamente letais condies
desfavorveisqueocorremtantopermanentementecomoesporadicamenteemumalocalidade
soconhecidascomoestresse(Larcher,2000).Comoasdemaisculturas,orendimentodo
feijocaupibastanteafetadopeladisponibilidadedeguanosolo.Deficinciasouexcessos
deguanassuasdiferentesfasesdedesenvolvimentocausamreduonoseurendimentoem
diferentespropores(Blum,1996 Yordanov etal.,2003).
O dficit hdrico um dos fatores que afetam a produo agrcola com maior
freqncia e intensidade, influenciando praticamente todos os aspectos relacionados ao
desenvolvimento vegetal, diminuindo a taxa de fotossntese pela reduo da rea foliar e
afetandovriosoutrosprocessosfisiolgicos,almdealteraroambiente fsicodasculturas
(Fontanaetal.,1992).Seusefeitosdeletriosdependemdasuaintensidade,durao,poca
deocorrnciaeda interaocomoutros fatoresque interferem norendimentodasculturas
(Santos& Carlesso,1998Cunha& Bergamaschi,1999 Bezerraetal.,2003).
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Oestressehdricoreduzopesodendulos,onitrognioacumuladoeaproduode
matriasecadaparteareadofeijocaupi,principalmentequandoadeficinciahdrica for
imposta na segunda e quinta semanas aps a semeadura (Stamford et al., 1990). Essas
redues devem estar associadas ao fato de que o estresse hdrico afeta vrios processos
fisiolgicosrelacionadoscomaassimilaodenitratoefixaosimbiticadenitrognionas
leguminosas, reduzindoo pesoda matria fresca dos ndulos edaparte area das plantas
(Costa et al., 1996). A alterao destes processos fisiolgicos reflete no decrscimo da
produtividadedegrosousementes.
2.3.CaractersticasMorfolgicas,FisiolgicaseBioqumicadasplantasscondiesde
disponibilidadedeguanosolo
2.3.1.ndiceDereaFoliar
Ondicedereafoliar(IAF)consistenarelaodareafoliardaplantacomareado
terrenoocupadaporela.Assimpossvelavaliarocrescimentoeodesenvolvimentodeum
cultivoirrigadoedesequeirocombasenessendice,umavezqueaescassezouoexcessode
gua afetam diretamente o desenvolvimento das folhas (Magalhes, 1979). A rea foliar
representada pela superfcie fotossinteticamente ativa da planta sendo o crescimento
relacionadocomaproduovegetal(Turner,1979).Inmerosestudoslevadosaefeitocomas
plantas cultivadas necessitam do conhecimento de suas reas foliares em determinada ou
determinadasfasesdeseudesenvolvimento.Areafoliar,deumamaneirageral,apresentase
comoimportantssimoparmetronadeterminaodacapacidadefotossinttica,dadensidade
timadeplantio,da relaosologuaplanta,ouem investigaessobrenutriodevrias
culturas. Ela relacionase, pois, como metabolismo da planta, produo de matria seca e
produtividade(Oliveira,1977Severinoetal.,2004).
Existemdiversosmtodosparadeterminaodareafoliar,sendoelesclassificados
como destrutivos, no destrutivos, diretos ou indiretos. Os mtodos diretos ou destrutivos
requerem, na suamaioria,odestacamento das folhas e so, por sua vez, impraticveis em
algunsestudos(Marshall,1968).Considerandoanecessidadedeutilizaodemtodomais
rpidoenodestrutivoparadeterminaodarea foliar, quemuitospesquisadoresesto
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utilizandooLAI2000(LICOR,1982),queumsensorpassivoedesenvolvidoparaestimar
ondicedereafoliar(Moreira,2001).
Segundo Denadai & Klar (1995), o menor teorde gua nos solo reduzo potencial
total de gua na folha, diminuindoo seu componentede presso, responsvel pelos turgor
celular e crescimento das folhas. Para Fancelli & Dourado Neto (2005), o dficit hdrico
limita a elongao ea diviso celular, implicando menorcrescimento emenorrea foliar.
Entretanto, a umidade excessiva do solo pode induzir clorose generalizada na planta,
afetandodiretamenteodesenvolvimentofoliar(Fancelli&DouradoNeto,1999).aumentono
teor de gua no solo pode favorecer um intenso desenvolvimento vegetativo da cultura e
valoresdeIAFexcessivamentealtos.Issoimplicamenordisponibilidadedeluzparaaplanta
emvirtudedoautosombreamento,oquereduzaeficinciafotossintticaeorendimentode
gros. Segundo Fernndez et al., 1996, so as folhas quedeterminamousoda guapelas
plantasesobefeitodedficithdricoasplantasreduzemsuareafoliar.Quandoareafoliar
restringida, a quantidade de biomassa seca produzida menor, uma vez que o
aproveitamentodaenergialuminosaalteradoemconseqnciadadiminuiodasuperfcie
responsvelpelainterceptaodaradiaoluminosa(Nogueira,1997).
A formaododosseldaculturadesempenha papel importanteem seu rendimento,
interceptandoa radiaosolar, influenciando, sobremaneira,nosprocessos fotossintticose
detranspiraodacultura,almdeevitaroaparecimentodeervasdaninhas,sendo,portanto,
fatorescruciaisnadeterminaodorendimentofinaldacultura(Smit&Singels,2006).
Lima Filho (2000), Bastos et al. (2002) e Freire Filho et al. (2005) encontraram
valoresmximosdeIAFvariandode2,8a4,3paraaculturadofeijocaupi.UmIAFacima
de3representaparaofeijocaupimximodesenvolvimentododossel,possibilitandouma
maior interceptao de luz solar, resultando em maior taxa fotossinttica lquida
(Summerfield,1985).
SegundoBrito(2000),areduonadisponibilidadedeguanosolodiminuiuarea
foliar do maracujazeiro mais do que o nmero de folhas, o que indica maior prejuzo na
elongao do que na diviso celular. Esse mesmo autor afirma que existe uma grande
variabilidade na tolerncia seca entre as espcies vegetais. Embora a seca tanto possa
enfraquecerasfunesvitaiscomoestimularreaesadaptativasquecapacitemasplantasa
sobreviverememperodosprolongadosdedficithdrico(Perez, 1995).
A reduo da rea foliar em plantas sob dficit hdrico pode se traduzir numa
estratgia de sobrevivncia, com o intuito de diminuir a rea disponvel transpirao
(Correia& Nogueira,2004).Doismecanismosmorfofisiolgicosqueaculturaapresentapara
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evitarasecasooenrolamentofoliar(reduzindoaprojeodereafoliar,e,porconseguinte,
a radiao incidente) e o fechamento estomtico, limitando a transpirao (Lisson et al.,
2005).Essesmecanismospodemvariar,consideravelmente,podendosercorrelacionadocom
a tolerncia seca (InmanBamber & Smith, 2005), da a importncia do estudo em
variedades especficas. Entretanto, a influncia do dficit hdrico nesse fator no
amplamente investigado. InmanBamber (2004) ressalta que o tempo de exposio seca
afeta negativamente o crescimento da parte area, sobretudo, a produo de folhas,
acelerando a senescncia foliar da planta, podendo, ainda, levar a uma reduo na
interceptaodaradiaosolar,naeficinciadousodaguaenafotossntese,bemcomoao
aumentodaradiaotransmitidaparaasuperfciedosolo.Emadio,Oliveiraetal.(2007)
afirmamqueoestudodareafoliaremvariedadesdecanadeacarpermitecorrelacionla
comopotencialprodutivodasmesmas,sejaemmassaseca,quantidadedeacaroutaxasde
crescimento.
A planta tem que equilibrar a necessidade de conservar gua e assimilar CO2atmosfrico, fazendo com que a rea foliar desempenhe papel importante na difuso do
dixidodecarbonoenovapordeguaentreosestmatos.
2.3.2.PotencialHdricoFoliar
O potencial hdrico foliar (f) mede o estado de energia da gua nas plantas e
mensuradaatravsdeumametodologiasimplesdescritaporScholander,etal. (1965).Para
avaliarograudedficithdricodeumaplantacomumutilizarsedevariveisrelacionadas
sfolhas,comoocontedorelativodeguafoliareopotencialhdrico,sendoesteltimoo
maisutilizadoemestudosfisiolgicos(Angelocci,2002).Opotencialdeguadafolha,bem
comoocontedorelativodeguasoreduzidoscomodeclniodadisponibilidadedegua
dosolo(Kramer&Boyer1995Lawlor&Cornic,2002),levandoperdadaturgescnciae
aofechamentoestomtico(Mansur& Barbosa,2000).
As relaes hdricas das plantas tm sido investigadas por diversos autores sob
condies de deficincia hdrica, por meio do potencial hdrico foliar e contedo relativo
dgua na folha. Hsaio (1973) relata que o potencial hdrico foliar aceito como medida
indicadora das condies hdricas do vegetal, e segundo o mesmo autor a reduo do fdurante o dficit hdrico, quando comparado ao controle irrigado, pode ser correlacionado
comaprodutividade.
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Quanto menor a quantidade de gua no solo, mais negativo deve ser o potencial
desenvolvidopelosvegetais(Larcher,2000),formandoumgradientequefavoreaaabsoro
deguapelasplantas.Osvaloresmdiosdepotencial hdrico, indicadosparaosdiferentes
gruposdeplantas,dependemdotipodesolo(texturaetamanhodosporosdosolo)edotipo
de vegetao, podendo ser ainda menores devido adaptao das plantas em relao
deficincia hdrica (Larcher, 2000). Segundo Boyer (1978), os valores aproximados de
potenciaisdegualetaisvariade1,4a6,0MPa,sendoqueparaofeijocaupiestentre
1,5a2,5MPa,classificandoocomoplantamoderadamentetoleranteaodficitdeguano
solo. TurkeHall(1980)observaramf de1,80MPa,Ferreiraetal.(1991),verificaramfde 1,2 e 1,3 MPa para os tratamentos irrigado e estressado na fase vegetativa,
respectivamente,eCostaetal. (1997),estudandodficitnafasevegetativaereprodutivade
plantas de feijocaupi verificou redues expressivas no f. Vale ressaltar estes valores
podem variar em razo de diversos fatores, tais como a fase de desenvolvimento, das
condiesclimticas,dacultivaredoshorriosemqueSodeterminados (Nogueiraet al.,
1998).
SegundoTurner (1986)asplantasque toleramasecaembaixosnveisdepotencial
hdrico foliar, o fazem atravs da manuteno da turgescncia celular e da tolerncia
dessecao.
2.3.3.CondutnciaEstomtica
As plantas, ao absorverem CO2, inevitavelmente, perdem gua pelas folhas. Essa
perdadeguaocorreprincipalmentepormeiodosestmatos,queapresentammecanismos
para controlar o seu grau de abertura. Esse controle atribudo condutncia estomtica
foliar, que freqentemente utilizada como indicador da deficincia hdrica (Mc Dermit,
1990). O controle estomtico importante propriedade fisiolgica por meio da qual as
plantas limitam a perda de gua, ocasionando redues na condutncia estomtica e,
geralmente, reduzindo as trocas gasosas como forma de resposta das plantas a diversos
fatores,incluindoodficithdrico(Paivaetal.,2005).
De acordo com Gholz et al. (1990), a disponibilidade de gua no solo afeta o
crescimento das plantas por controlar a abertura dos estmatos e, conseqentemente, a
produodefitomassa.Odecrscimodeguanosolodiminuiopotencialdeguanafolhae
sua condutncia estomtica, promovendo o fechamento dos estmatos. Esse fechamento
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bloqueiaofluxodeCO2 paraasfolhas,afetandooacmulodefotoassimilados,oquepode
reduziraprodutividade.
Paiva et al. (2005) encontraram reduo da condutncia estomtica em resposta a
baixosvaloresdepotencialhdricodosoloeaaltosvaloresdedficitdepressodevapor.
Poroutro ladoobservaramaumentodacondutncia estomticaaaltosvaloresdepotencial
hdrico do solo e baixos valores de dficit de presso de vapor. Nogueira et al. (2000)
estudandoocomportamentoestomticoemdoisgentiposdeamendoimverificaramquea
temperatura foliar e a transpirao sofreram redues significativas com a diminuio da
disponibilidadehdricanosolo.Verificaramaindaquequandoforamregadasaps25diasde
deficinciadeguanosolohouveumaumentoemtornode30%datranspiraoemrelao
splantasestressadas,havendo,portanto,umareduonaresistnciadifusiva.Issoevidencia
que,sobcondiesdedeficinciahdrica,aaberturadosestmatosnoocorresomenteem
respostaradiaosolar,mas,sobretudo,emfunodopotencialhdricodosolo,conforme
afirmaramautorescomoDubetal.(1974)eTurner(1974).
2.3.4.TemperaturaFoliar
Asplantascultivadasestoconstantementeexpostasaestressesabiticosoubiticos,
es interaesdestes,quecausammodificaesnocrescimento,metabolismoerendimento
agrcola.Lawlor(2002)destacaqueosprincipaisfatoresabiticoslimitantesdaprodutividade
dasculturasso:seca,salinidade,baixasealtastemperaturas,enchentes,poluenteseexcesso
deradiao.
Guimares et al. (2006) constataram que a temperatura do dossel correlacionouse
significativamentecomopotencialdaguanasfolhase,devidoasuamedioserrpidae
nodestrutiva,mostroutratarsedeumatcnicatilnoprocessodeseleodegentiposde
feijocomumpararegiessujeitasadeficinciahdrica.
SegundoOliveiraet al. (2005)a temperaturadafolhae a transpiraoapresentaram
estreita relao com a resistncia estomtica. A diferena de temperatura foliar em plantas
com e sem estresse fundamentase no estado hdrico das plantas, no comportamento
estomtico e na perda de calor latente por meio da transpirao. Entretanto, todo esse
processomudaparacadaespcie,conformeaintensidadeeduraodoestressehdrico.
Amanutenodatemperaturafoliarigualouligeiramenteinferiortemperaturadoar
comprovaacapacidadederefrigeraodasdiversascultivaresouespcies,via transpirao,
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no intuito de manter a planta protegida das faixas trmicas muito elevadas. Esse um
comportamentodesejvele foiobservadoemvriasespciesvegetais (Ludlow&Muchow,
1990).Tambm,foisugeridoqueavariaodatemperaturafoliaremrelao temperatura
do ar pode ser usada como indicador da condio hdrica da planta, o qual, devidamente
obtido,podeserutilizadocomoindicadordomomentodeirrigar(Millar,1972).
O aumento da temperatura do ar e da folha tende a aumentar a diferena de
concentrao de vapor folhaar, de modo que o aumento da temperatura do ar tende a
provocarumacrscimoda transpirao,atopontoemquea regulaoestomticapassaa
atuarnosentidodenopermitirumaperdaexcessivadegua.Dadosde literaturamostram
que sob condies de dficit hdrico a temperatura foliar apresentase geralmente mais
elevadadoqueatemperaturadoar(Nogueiraetal.,1998).Valorsuperiora uma unidade para
a relao entre temperatura foliar e ambiente indica estresse trmico, e pode ser usado
tambmcomoindicador doestadohdricodasplantas(Berengena1987Jung&Scott,1980).
Segundo Tvora & Melo (1991), os valores da diferena de temperatura entre a
atmosfera e a superfcie foliar acompanham de perto aqueles obtidos com a resistncia
estomtica e a transpirao, constituindo, assim, um excelente parmetro para aferio
indireta das condies hdricas da planta. Nogueira et al. (1998), propuseram o uso da
temperaturafoliar,daresistnciaestomticaeaacumulaodeprolinanacaracterizaodas
condieshdricasdacultura.Nogueiraetal.(1998)emamendoim,Rocha(2001)emfeijo
decordaeOliveiraetal. (2005)emfeijocomum,reportamqueaelevaodatemperatura
foliaremrespostaaodficithdricopodeserexplicadapelareduonaperdadecalorlatente
pelatranspiraoquenormalmentereduznestascondies.
Arelaoentretemperaturafoliareatemperaturaambiente,temsidoempregadaspor
diversos pesquisadores como indicadoras das condies hdricas das plantas. Essa varivel
indicadoratemavantagemdenoutilizaramostrasdestrutivas.Atemperaturafoliarusada
como indicativo do momento de irrigar, pois revela se a planta est sofrendo com a
insuficinciadeguanosolo(Cascardoetal.,1993Taiz& Zeiger,2004).
2.3.5.TeordeClorofila
Clorofila o pigmento que d cor verde s plantas, absorve todos os outros
comprimentosdeondaserefleteoscomprimentosdeondasdacorverde. A clorofila um
compostocomestrutura chamadaporfirina,queamisturadeduassubstncias:aclorofilaA
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(verdeazulada)eaclorofilaB(verdeamarelada).SegundoTaiz& Zeiger(2004)asclorofilas
localizamsenoscloroplastos,sendoestaorganelaolocaldafotossntese,aqualpossuiduas
reaesimportantes:a fo toqumica,nasmembranasdostilacidesea bioqumica,noestroma
docloroplasto.Taisorganelas,almdasclorofilas,contmoutrospigmentosdenominadosde
acessrios,taiscomooscarotenides(carotenose xantofilas).Asmolculasdeclorofilatma
capacidade de transformar os raios de luz em energia qumica, por meio do processo de
fotossntese(Santos&Carlesso,1998).Asplantassotransformadorasprimriasdeenergia
solaresuaeficinciafatordeterminantenaprodutividadeagrcola.
O dficit hdrico caracterizase comoumdos estresses ambientais responsveispela
perdadepigmentosnasfolhas,fazendocomqueociclodevidadaplantasejaalterado.Em
adio,arelaoentreclorofila aebemplantasterrestrespodeserusadacomoindicativode
resposta ao sombreamento e a senescncia prematura, e a relao entre clorofila e
carotenidesusadaemmenorproporoparadiagnosticara taxa senescncia sobestresse
hdrico(Hendry&Price,1993).
Segundo Engel & Poggiani (1991), a eficincia fotossinttica est ligada ao teor de
clorofiladasplantas,afetandoocrescimentoeinfluenciandoaadaptabilidade dasmesmasaos
diversosambientes.DeacordocomLee(1988),estudosrealizadosevidenciaramqueoteorde
clorofila variamuitoentreasespcies, assimcomoentregentiposdeumamesmaespcie.
Nessa situao, estudos que visam seleo de variedades que apresentem tolerncia aos
estressesabiticos,seconstituemem umaalternativavivelparaaumentaraprodutividade.
A clorofila, principal pigmento responsvel pela captao da energia luminosa
utilizada no processo de fotossntese, constitui um dos principais fatores relacionados
eficincia fotossinttica de plantas e conseqentemente ao crescimento e adaptabilidade a
diferentesambientes.
O medidor porttil de clorofila clorofiLOG permite leituras instantneas do teor
relativodeclorofila na folha sem, no entanto, destrula, fazendo comque tal mtodo seja
caracterizadopelasimplicidadeerapidez,possuigrandecorrelaocomvaloresobtidosem
laboratrios, alm de possibilitar uma avaliao no destrutiva do tecido foliar (FALKER,
2008).Assim,parmetrosfisiolgicos,comomedidaindiretadoteordeclorofilanas folhas
podeserutilizadocomoferramentaparadiagnosticara integridadedoaparatofotossinttico
quando as plantas esto submetidas a adversidades ambientais, tendo em vista que so
tcnicasrpidas,precisasenodestrutivas(VanDenBerg&Perkins,2004TorresNettoet
al.,2005).
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2.4.TolernciaSeca
Larcher(2000)definesecacomoumperodosemprecipitaoapreciveloudurante
oqualocorrereduonocontedodeguanosolo,oque,poderesultaremconseqncias
danosas para as plantas. Um estresse causado pela seca pode ser tambm resultado da
absoro inadequada de gua pelas plantas, por exemplo, que crescem em solos rasos,
incapazesdeproporcionarumdesenvolvimentofavorveldosistemaradicular.Estresseem
geraldefinidocomoumfatorexterno,queexerceumainflunciadesvantajosasobreaplanta.
Oconceitodeestresseestrelacionadoaodetolernciaaoestresse,queaaptidodaplanta
paraenfrentarumambientedesfavorvel.Umambienteestressanteparaumaplantapodeno
oserparaoutra,ouseja,atolernciasecavariadeespcieparaespcie(Kerbauy,2004).
A seca o principal entrave da produtividade agrcola mundial (Kramer &Boyer,
1995Reddyetal.,2004).ParaTurner(1997)acapacidadedosvegetaisproduziremquando
cultivadosemreassujeitasaodficithdricoreferidacomotolernciaseca.Asespcies,
em geral so classificadas em: a) escapam da seca, b) toleram a seca com alto potencial
hdricoec)toleramasecacombaixopotencialhdrico(Turner,1986).
Plantascultivadassobcondiesadequadasdesuprimentohdricoso,normalmente,
menos tolerantes ao dficit hdrico e, quando da ocorrncia rpida do dficit hdrico, os
mecanismosmorfofisiolgicossoseveramenteafetados,poisaplantanecessitariaadaptarse
rapidamente a esta situao de dficit entretanto, quando o dficit hdrico ocorre
gradualmente e/ou no incio do ciclo, mais facilmente ocorre a adaptao das plantas. A
tolerncia da planta ao dficit hdrico parece ser um importante mecanismo de resistncia
paramanteroprocessoprodutivoemcondiesdebaixadisponibilidadedeguasplantas.
Nasreassemiridas,maissujeitasdistribuioirregulardaschuvaseaveranicoslongos,
devemserusadascultivaresmaisrsticas,mais tolerantesaestresseshdricosecommaior
capacidade de recuperao aps uma estiagem. Para reas mais favorecidas e sistemas de
produoemquesofeitascorreodeacidezdesolo,aplicaodefertilizantes,controlede
ervase controle de pragas e dedoenas, como no casoda regio dos cerrados,devem ser
usadascultivaresquerespondammelhorianaqualidadedoambiente.
Apesardeserconsideradaumaculturatoleranteseca,pesquisastmmostradoquea
ocorrncia de dficit hdrico no feijocaupi, principalmente nas fases de florescimento e
enchimentodegros,podeprovocarseverasreduesnaprodutividadedegros(Cordeiroet
al., 1998Santos et al., 1998). O vegetal tende a adaptarsea situaes no to favorveis
desenvolvendosemaisprecocementeeapresentandoumprodutofinaldemelhorqualidade
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mesmo que em menor quantidade, para garantirse enquanto espcie no ambiente,
caracterizandoassimcertograudetolernciafaltadeguanosolo.
A tolerncia seca apresenta alta variabilidade entre espcies (Kramer & Boyer,
1995).Vale salientarqueasespciesoleaginosasapresentamaltopotencialdeexpansono
NordestedoBrasil,poissotolerantesscondiesdeseca(Beltro,2001).Apluviosidade
na regio Nordeste apresentase de forma irregular, sujeita a estiagens e veranicos,
aumentandosobremaneiraacondiodedeficinciadegua paraasculturas.
SegundoSingh(1995),maisde60%docultivodefeijocaupiempasesdaAmrica
Latina,fricaesiasofremreduonaproduodevidofaltadgua,poisorequerimento
hdricodaplanta,duranteoseuciclo,nosatisfeito.
Segundo Nepomuceno (2001) o desenvolvimento de cultivares mais tolerantes a
perodosdedeficincia hdrica no solo,bem comoodesenvolvimento demecanismosque
auxiliemasplantasa tolerarperodosprolongadosdeseca, seroessenciaisnamanuteno
da produo agrcola brasileira e mundial. Cultivares de feijocomum e feijocaupi
apresentam diferentes respostas fisiolgicas quando submetidos a variaesde temperatura
do ar, dficit de saturao de vapor do ar, radiao fotossinteticamente ativa e condio
hdrica.Asdiferentesreaesdecadagentipoaessasvariaespermitemqueelespossam
tolerlasquandoemnveiscrticos,mantendoaindaassimtaxasadequadasdefotossntese
(Costaetal.,2002).Aprodutividadedasplantas,limitadaspelaseca,dependedaquantidade
disponveldeguanaqueleambienteedaeficinciadoseuusopeloorganismo.Assim,uma
plantacapazdeobtermaisguaouquetenhamaioreficincianoseuuso,resistirmelhor
seca.(TaizeZeiger,2004).
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CAPTULOI
CARACTERSTICASFISIOLGICASEPRODUTIVAS
DEFEIJOCAUPISOBDFICITHDRICO*
* Manuscritoaseren viadorevistaB ra sileirad eEngenharia Ag rcola eAmbiental
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Caractersticasfisiolgicaseprodutivasdefeijocaupisobdficithdrico1
SebastioP.doNascimento2*,EdsonA.Bastos3Eugnio C.E.Arajo3,FranciscoR.Freire
Filho3&EveraldoM.daSilva4
(1 ) Parte da Disserta o de Mestrado do p rimeiro au tor (2 ) Mestrando em Agronomia
Prog rama de Psg radua o em Agrono mia/UFPI (3 ) Engo Agrno mo , D.Sc.,
Pesquisado r, Embrapa MeioNo rte, TeresinaPI (4 ) Graduando em Eng. Ag ronmica,
UFPI/TeresinaPI.*Autorcorresponden te: Seba stiaonascimen [email protected] rapa.b r
Resumo:Osobjetivosdestetrabalhoforamavaliaroefeitododficithdricosobreas
caractersticas fisiolgicas e produtivas do feijocaupi e selecionar gentipos com
caractersticas de tolerncia seca. Foi avaliada a condutncia estomtica, potencial
hdrico foliar, temperatura das folhas e produtividade de gros de 20 gentipos de
feijocaupinascondiesdesoloeclimadeTeresina,Piau.Foramconduzidosdois
experimentos em um delineamento de blocos ao acaso com 20 tratamentos e quatro
repeties,umsobdficithdricoduranteafasereprodutivaeoutrosobirrigaoplena,
parafinsdecomparao.Odficithdricofoiobtidoaplicandose,aproximadamente,
metade da lmina requerida pelo feijocaupi. O dficit hdrico reduziu em 72% a
condutnciaestomtica,62%opotencialdeguanasfolhas,60%aproduodegros
e aumentou em 11,7% a temperatura foliar. Nas condies de dficit hdrico, treze
gentipos produziram acima da mdia (466 kg ha1), com destaque para o BRS
Paraguau,Pingodeouro12ePingodeouro2,queproduziram712kgha1,667kg
ha1e642kgha1,respectivamente.Emmdia,aprodutividadedegrosdosgentipos
sobirrigaoplenafoi150%superior.
Palavraschave: vigna ungu icula ta (L.)walp.,potencialdeguana folha, condutncia
estomtica,temperaturafoliar
Abstact: The objective of this work was to determine physiological and productive
characteristics of cowpea under water deficit and full irrigation, in soil and climate
conditionsatTeresina,PiauState.Thestomatalconductance,leafwaterpotential,leaf
temperatureandgrain yieldof twentycowpeawereevaluated.Twoexperimentswere
carriedinrandomizedblocksdesignwith20treatmentsandfourrepetitions,oneunder
waterdeficitduringreproductivephaseandanotheroneunderfullirrigation.Thewater
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deficit was obtained applyingthe half of water depth requiredby cowpea. The water
deficitreduced72%thestomatalconductance,40%theleaftranspiration,62%theleaf
waterpotential,60%thegrainyieldandincreased11.7%theleaftemperature.Onwater
deficit, 13 genotypes produced above the average (466 kg ha1), andBRSParaguau,
Pingodeouro12andPingodeouro2presentedthebestgrainyieldwith712kgha1,
667 kg ha1 and 642kg ha1, respectively. The grain yield mediumof the experiment
undernowaterdeficitwas150%higherthantheotherone.
Key words: vigna unguicula ta (L.)walp., leafwater potential, stomatal conductance,
leaftemperature
INTRODUO
O feijocaupi Vig na unguicu lata (L.) Walp cultivado predominantemente, nas
regiesNorte e Nordeste doBrasil.Apesar das condiesambientais favorveis para
seucultivo,apresentaprodutividademdiadeapenas355kgha1 (CONAB,2008).Esta
baixa produtividade resultante do uso de sementes no melhoradas, solos de baixa
fertilidade e pelas precipitaes pluviomtricas irregulares. A deficincia hdrica
condio comum nestas regies dopas, sendo responsvelpela reduodaproduo
(Bergamaschietal.,2004).Aplantaclassificadacomomoderadamentetolerantetanto
deficinciahdricaquantoaoexcessodeguanosolo.Orequerimentodeguadesta
culturavarivelcomoseuestdiodedesenvolvimento.Oconsumodeguaaumenta
deum valor mnimo na germinao atum valor mximo na florao e formaode
vagens,decrescendoapartirdoinciodamaturao(Nbregaetal.,2001).
Diante da importncia do feijocaupi para, tornase necessrio a realizao de
estudos visando avaliar o desempenho de cultivares desenvolvidas para plantio em
regime de sequeiro, frente s limitaes hdricas impostas em diferentes fases de
crescimento. O efeito do estresse hdrico sobre a produo das plantas cultivadas
depende tanto do nvel do estresse, como tambm do estdio fenolgico da planta
(Labanauskasetal.,1981).Leiteetal.(1999)relataramquedficitshdricosocorridos
na fase vegetativa do feijocaupi apresentaram efeitos menores nos componentes de
crescimento produzindo, porm, efeitos mais acentuados na fase da prflorao ao
enchimentodegros.
As respostasdasplantasscondiesdeestressehdricovariamdeacordocoma
espcie, cultivar, tempo de exposio, fatores edficos, entre outros. No existeuma
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nica varivel fisiolgica quepor si s seja indicativa de tolerncia seca. Segundo
Nogueiraetal. (2001),oidealavaliarsemaisdeumavarivel, tais,comopotencial
hdrico, condutncia estomtica, temperatura e a transpirao foliar, consideradas
importantesparaavaliarasrespostasdasespciesvegetaisaoestressehdrico.
O estresse hdrico tem efeito em diversos processos fisiolgicos das plantas, e j
foram objeto de pesquisas de Pandey et al. (1984) Rocha (2001) Gomes Filho &
Tahin (2002), Marques (2005) Oliveira et al. (2005), Mendes et al. (2007) e Lima
(2008). O dficit hdrico diminui o potencial hdrico foliar e aumenta a resistncia
difusiva ao vapor de gua, mediante fechamento dos estmatos, reduzindo a
transpirao e, conseqentemente, o suprimento de CO2 para a fotossntese. Para
Larcher (2000), os estmatos atuam como moduladores da perda de gua pela
transpirao,respondendoaodficithdricocomaalteraodaaberturadoporoauma
faixacrticadevaloresdopotencialhdricofoliar.Segundoesteautor,quantomenora
quantidade de gua no solo, mais negativo deve ser o potencial de gua na folha
desenvolvidopelosvegetais,formandoumgradientequefavoreaaabsorodegua
pelas plantas. Os valores mdios de potencial hdrico, indicados para os diferentes
gruposdeplantas,dependemdotipodesoloedotipodevegetao,podendoserainda
menores devido adaptao das plantas em relao deficincia hdrica (Larcher,
2000).SegundoBoyer(1978),osvaloresaproximadosdepotenciaisdegualetaispara
algumas espcies vegetais variam de 1,4 a 6,0 MPa, para o tomateiro e a accia,
respectivamente. J para o feijocomum e para o feijocaupi estes valores de
potencial hdrico foliar so de 1,5 a 2,5MPa, respectivamente, o que os classifica
comoplantassensveisemoderadamentetolerantesaodficitdeguanosolo.
A temperatura foliar, a relao entre temperatura foliar e a temperatura do ar ou
mesmoadiferenaentreambas,temsidoempregadapordiversospesquisadorescomo
indicadordascondieshdricasdasplantas.Essavarivelindicadoratemavantagem
denoutilizaramostrasdestrutivas.PesquisadeGuimareset al. (2006)constataram
que a temperatura do dossel correlacionouse significativamente com o potencial da
guanasfolhase,devidoasuamedioserrpidaenodestrutiva,mostroutratarse
deumatcnicatilnoprocessodeseleodegentiposdefeijocomumpararegies
sujeitasadeficinciahdrica.Dadosdeliteraturamostramquesobcondiesdedficit
hdricoatemperaturafoliarapresentasegeralmentemaiselevadadoqueatemperatura
doar(Nogueiraetal.,1998).
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Segundo Nepomuceno (2001) o desenvolvimento de cultivares mais tolerantes a
perodosdedeficinciahdricanosolo,bemcomoodesenvolvimentodemecanismos
que auxiliem as plantas a tolerar perodos prolongados de seca, sero essenciais na
manutenodaproduoagrcolabrasileiraemundial.Asdiferentes reaesdecada
gentipo a essas variaes permitem que eles possam tolerlas quando em nveis
crticos, mantendo ainda assim taxas adequadas de fotossntese (Costa et al., 2002
Ribeiro et al., 2004). Cultivares de feijocaupi apresentam diferentes respostas
fisiolgicasquandosubmetidosa dficitdeguanosolo(Bezerraetal.,2003).
Diantedoexposto,estetrabalhoteveporobjetivoanalisaroefeitododficithdrico
aplicado no estdio reprodutivo sobre as caractersticas fisiolgicas e produtivas do
feijocaupi,comvistasaselecionargentiposcomcaractersticasdetolernciaseca.
MATERIALEMTODOS
Os estudos da avaliao de gentipos de feijocaupi para tolerncia seca
coordenados pelaEmbrapaMeioNorteiniciaramem2005 com 80gentipos,avaliados
nofinaldoperodochuvoso,semutilizaodeirrigao.Nessemesmoano,acresceu
se35novosgentipos,sendoqueosmesmosforamavaliadosduranteoperodosecoe
sobirrigaocontrolada,ondeseselecionou34,osquaisforamavaliadosem2006,sob
estressehdricoduranteoperodoreprodutivo.Aseleobaseousenoestandefinal,no
inciodaflorao,novalordecultivo,naocorrnciadeviroses,nopesode100grose
na produo por parcela. Em ambas as etapas foi usado o delineamento de blocos
Federeroudelineamentoaumentadocomquatroconjuntos.Emambososexperimentos
asparcelasforamrepresentadasporumafileirade3,0m,oespaamentoentrefileiras
foide1,40meentrecovasdentrodafileirade0,15m,tendosedessemodo20plantas
porparcela.
Apartirdesses34,selecionaramse20gentipos,osquaisforamcultivadosem2007
e 2008, sob irrigaoe sobdficit hdrico durante a fase reprodutiva, conduzidos no
perododesetembroanovembro,incluindonasavaliaes,variveisfisiolgicascomo
potencial hdrico foliar, condutncia estomtica, transpirao e temperatura foliar.
Neste ano, o estresse foi severo atingindo mais de 90% da gua disponvel no solo,
dificultando a seleo, uma vez que o desempenho produtivo foi muito baixo para
todos os gentipos avaliados. Dessa forma, em 2008, procedeuse novamente a
avaliaodosmesmos20gentipos,proporcionandoumestressemenossevero.
Osexperimentosdesseltimoanoforaminstaladosemumcampoexperimentalda
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria, Embrapa MeioNorte, localizada em
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Teresina,PI(0505delatitudesul4248delongitudeoestee74,4mdealtitude),no
perododeagostoaoutubrode2008.OclimadomunicpiodotipoAw (climatropical
de estaes mida e seca), segundo a classificao de Kppen. As mdias anuais de
umidade relativa do ar e precipitao pluviomtrica so de 72,6% e 1.336 mm,
respectivamente, concentrando a maioria das chuvas nos meses de janeiro a abril
(Bastos et al., 2009). Os valores mdios mensais de temperatura mxima, mdia e
mnima do ar para os meses de agosto a outubro, foram 36,6 C, 29 C e 21,9 C,
respectivamente durante os experimentos. A umidade relativa mdia e o total de
precipitao durante os meses de agosto a outubro foram de 53% e 9 mm,
respectivamente.
O solo da rea experimental um Argissolo Amarelo de textura francoarenosa,
cujas caractersticas fsicas e qumicas so apresentadas nas Tabelas 1 e 2,
respectivamente.
Tabela1.Caractersticasfsicasdosolodareaexperimental,Teresina,PICamadasdoSolo(cm)
Caracterstica015 1545 4570 >70
Densidadedosolo(kgdm3) 1,39 1,33 1,32 1,27Areia (gkg1) 799,0 627,0 627,5 550,0Silte(gkg1) 85,0 127,0 96,5 144,0Argila(gkg1) 116,0 246,0 276,0 306,0
Fonte:LaboratriodeSolosdaEmbrapaMeioNorteTabela2. Caractersticasqumicasdosolodareaexperimental,Teresina,PI
HorizonteeProf. pH P K+ Ca2+ Mg2+ Na+ H+ +Al3+ CTC V
(gua) mgdm3 cmolcdm3 %
AP0 15cm 5,86 26,40 0,15 2,08 0,86 0,27 2,01 5,37 62,53
AB15 45cm 4,61 2,20 0,04 1,76 0,71 0,10 4,57 7,18 36,35
Bt 45 70cm 4,30 1,70 0,02 0,45 0,68 0,07 3,91 5,13 23,78
C>70cm 4,28 1,10 0,02 0,83 0,72 0,08 2,59 4,24 38,91
Fonte:LaboratriodeSolosdaEmbrapaMeioNorte
Aanlisedesolomostrouanecessidadedecorreodaacidezeacalagemfoifeita
combasenomtododasaturaoporbasesfoirealizadoacalagemdosolo.
Foram avaliados 20 gentipos originados do banco ativo de germoplasma da
Embrapa MeioNorte: Pitiba, Tvu 36, TE898, Capela, Canapuzinho, CanapuBA,
CanapuzinhoPE,CNCx689128G,BR17Gurguia,BRSParaguau,Patativa,(TE96
29012G)cv.BRSXiquexique (FreireFilhoet al.,2008),Pingodeouro1,Pingode
ouro2, Pingodeouro12, Canapuzinho2, EPACE10, IPA206, Tracuateua192 e
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Santo Incio. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com quatro
repeties.
Semearamsemanualmentequatro sementesporcovadispostasnoespaamentode
0,8mx0,25mnodia06deagostode2008,realizandoseodesbasteaos15diasaps
semeadura (DAS),deixandoseduasplantasporcovaparaumstand finalde100.000
plantasporhectare.Aparcelaconsistiudeumareade3,20mx5,0m,totalizando16
m2, composta por quatro fileiras de plantas, Como rea til, considerouse as duas
fileirascentrais.Aadubaodefundaoconsistiunaaplicaode20kgha1 deN,40
kg ha1 de P2O5 e 30 kg ha1 de K2O. Durante a conduo do experiment