teorias da comunicação

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Teorias do Jornalismo Actividade noticiosa O que determina a notícia? A Notícia provém da actualidade, daquilo que acontece recentemente. O que faz com que seja oldnews? Periodicidade Ex: Repetição do que se passou no dia anterior. A notícia articula-se entre ACTUALIDADE ---- ORIGINALIDADE PERIODICIDADE Nem todos os acontecimentos são notícia – os que são de interesse público A riqueza das noticias é a diversidade. Os jornais definem o que é o seu interesse público. O que torna um facto distintivo? Algo de diferente? Aspecto único, de originalidade. O dimensionamento das notícias depende da hierarquia conferida pelos jornalistas.

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Teorias da Comunicação

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Teorias do Jornalismo

Teorias do Jornalismo Actividade noticiosaO que determina a notcia?

A Notcia provm da actualidade, daquilo que acontece recentemente.

O que faz com que seja oldnews? Periodicidade

Ex: Repetio do que se passou no dia anterior.

A notcia articula-se entre ACTUALIDADE ---- ORIGINALIDADE

PERIODICIDADE

Nem todos os acontecimentos so notcia os que so de interesse pblico

A riqueza das noticias a diversidade.

Os jornais definem o que o seu interesse pblico.

O que torna um facto distintivo? Algo de diferente? Aspecto nico, de originalidade.

O dimensionamento das notcias depende da hierarquia conferida pelos jornalistas.

ROTINAS JORNALSTICAS

Sistema noticioso:

Produo de notcias

Rede de causalidade complexa

Condicionamentos gerados pelas organizaes que as publicam/editam

Dinmicas inerentes ao exerccio da profisso

- prticas profissionais

- regras linguagem operacional

Interaco que se desenvolve entre os jornalistas e o meio que gera os factos susceptveis de se transformarem em informao.

Cada mdium obedece a procedimentos prprios do suporte: imprensa/rdio, televiso ou online.

- Domnio de tcnicas operativas especficas;

- narrativa adaptada, tpica, que constitui o seu estilo caracterizador. Tempo fez com que se fossem adaptando a novas tcnicas ex: forma de transmisso de dados.

ERA DO DIGITAL alterao da tcnica cada meio implica utilizao de aparelhos diferentes e uma narrativa diferente/forma de escrever.

Tcnicas condicionadas pelo pblico.

CONTEDOS NOTICIOSOS

Acontecimentos da actualidade

- extemporneos, imprevisveis, no se podem prever

-provenientes das agendas:

*agendas das redaces marcaes dos servios pelos editores;

*servios em funo da agenda de outras organizaes/entidades fontes.

Acontecimentos podem ser diferentes porque:

- acontecem por acaso imprevisveis ex. 11 de Setembro, Tsunami - grande impacto noticioso, chocante, suscita pnico- redaces apreciam o tipo de acontecimentos extemporneos so os que apelam mais o pblico Uma parte do que noticiam depende da forma como recebem a informao, fontes.

FONTES

LIPPMANN

Jornalistas no tm especial capacidade de prever os acontecimentos. Muito do seu trabalho reside na rede de fontes que lhe fornece informao sistemtica ou no.

O trabalho reside na rotina.

O conjunto maioritrio das notcias no extemporneo, mas sim por agenda.

O espao do jornal tem de ser cumprido extemporneo no suficiente--- mais agenda---- interesse pblico.

Organizao da redaco tem um dead-line Organizao das notcias preparada com antecedncia.

MAS os acontecimentos so independentes dos horrios das redaces.

Organizao mais em funo da matria agendada MAS com capacidade de resposta s situaes.

Locais sem cobertura noticiosa permanente:

*agncias

*freelancers

O 1 volume de informao escasso no temos ideia da dimenso do acontecimento

O 2 volume de informao agncias noticiosas apercebem-se- montada a rede.

Quando percebem que grande a dimenso mandam a equipa.

Problemas confirmao/hora a que ocorre.

Acontecimentos orquestrados por entidades individuais ou organizadas

Influenciam

Estratgias comunicativasInstituies tm estratgias redaces geram agenda atravs de informao institucional.

LIVROS DE ESTILO: diferenas de hierarquia de assuntos nos jornais.

Vero lgica da redaco diferente.

Os olhos do jornalista so a lenta da cmara

Jornalismo Cumprir a funo do interesse pblico Educar. Ronda beat fontes que so possveis de dar informao todos os dias.

Exemplo: Cmara/Bombeiros/Polcia/Tribunais.

Fontes

O que uma fonte e que tipos de fontes existem? Que tipos de tratamento se d a cada uma delas? Qual a atitude que se deve ter perante as fontes?

Qualquer entidade que concentre em si o conhecimentos de factos susceptveis de gerarem notcias CardetFontes Internas O reprter, que vai recolher informao directa ao local do acontecimento;

O arquivo, onde se situa a documentao armazenada relativa a uma multitude de temas e que serve para compleentar e verificar um dado tema.

Os correspondentes: nacionais e estrangeiros

Fica muito dispendioso, distribuio questo de logstica, estratgias de redaco

- de redaco: nos centros considerados principais centros de notcia; na comunidade portuguesa espalhada pelo mundo.

Ex: Brasil RTP Pacheco MirandaMadrid Rosa Veloso

Bruxelas Antnio Esteves Martins

E. U. A. Vtor Gonalves

Fontes Externas Agncias de notcias - pessoas mais espalhadas geograficamente

Outros media notcias a partir de notcias em 1 mo ex: semanrios

Entidades oficiais comunicados, polcia, bombeiros, sindicatos

Entidades no oficiais Marcelo Rebelo de Sousa peso intelectual e conhecimento Contactos pessoais exclusivo

Pblico annimo expordico contactam, testemunham

Atitude do jornalista perante as fontes Deve ser de desconfiana;

No quer dizer que haja qualquer tipo de m vontade por parte do profissional;

Significa que numa parte dos casos, a informao implica um trabalho de confirmao.

No se verifica determinados determinados telexes das agncias, breves, comunicados oficiais.

Agns e Croissandeau (Le Monde)

O jornalista deve ao mesmo tempo preservar suficientemente as suas fontes de informao para continuar a ser informado primeiro o dever e manifestar face a elas a suficiente liberdade para fornecer aos leitores uma informao honesta. Escrever para os leitores regra de ouro e no para os seus informadores.

Diferentes objectivos Journalists see people mainly as potential sources, but sources seethem as people with a chance to provide informatio that promotes their interests, to publicite their ideas, or in same cases, just to get their names and faces ont the news Gaus

Informao Contra-Informao contrariam a imagem positiva

Viso positiva e de eficcia-estratgias

Atitude Profissional

No confirmao leva ao risco de sanes, no corresponde verdade. Testemunhas dos factos viso parcelar dos acontecimentos implica verificao de outros acontecimentos.

Informaa institucional acto oficial, no necessita de confirmao.

Validar Informao

Entidades oficiais e no oficiais. Pblico annimo Testemunha de um dado acontecimento d um relato directo mas nem sempre verdadeiro; Porque parcelar e no desonesto Jornalista: atitude crtica para fazer um trabalho isento, forma de defesa.tica-Jornalstica Preservar as fontes; Manter o anonimato, aquando estas o exigirem e assim se justifique; Resistir a presses de vrias ordens sanes sobre chefe de redaco e administrao do Jornal. Informao deve confrontaros factos e as entidades implicadas sem revelar quem forneceu a informao.

A tnica pode ainda ser colocada na vertente deontolgica o cultivo das fontes submete-se tambm a imperativos ticos.

Confiana se pedem sigilo cumpre-se, preservar a fonte

Desconfiana no acreditar em absoluto

tica - lei igual, sanes at a prisoPanorama actual Redaces: uma agenda excessivamente preenchida; Multitude de fontes: que procuram fazer chegar a sua informao s redaces e pass-la para o pblico. Multiplicidade informativa: acesso das fontes muito mais amplo. Muito maior diversidade temtica e de origem diversa.Realidade actual O acesso aos jornalistas desigual, uma vez que as instituies que se promovem atravs de spin doctors tm uma maior probabilidade de lhes ser dada ateno e credibilidade. In theory sources can come from anywhere, in pratice their rcruitment and their Access to jotunalist reflect the hierarchies of nation and society. Gaus Notcias maioritariamente informao institucional e governamental. O valor notcia Se atendermos ao que defendem os vrios autores pode-se atribuir maior ou menor importncia a distintos valores.

Os contedos noticiosos dos diversos jornais so muito semelhantes.

Similitude reside juntamente no facto de a comunidade jornalstica comungar os mesmos valores.

FontecubertaOs autores aceitam a ideia que dois dos elementos do valor da notcia so:

A actualidade- varia de acordo com o meio em causa e tambm pela forma como apresentada a notcia.

O interesse pblico: mais complicado de entender; o jornalista deve escrever para o seu pblico; o jornal s tem sentido quando tem audincia; mas no se limita aos pblicos-alvos.

Tabela de critrios segundo Brooks, Kennedy, Moen, Ranly

Impacto

Proximidade

Actualidade

Proeminncia

Conflito

Novidade

O impacto Quando uma dada notcia atinge o maior nmero de pessoas possvel e de que forma; Nvel de impacto muitas vezes dado pelos inquritos feitos pelos centros de sondagem:- At que ponto

- Impacto directo

- Durante quanto tempo.

A proximidade Os jornais tm tendncia a incluir e valorizar notcias que ocorrem ou afectam a comunidade onde se inserem;

Os jornais tornam prximos acontecimentos que partida so remotos, pela sua passagem pelo crivo dos significados comuns;

O valor de proximidade na incluso de uma notcia pode no querer dizer que ela mais importante que outra. Obedece-se ao critrio de identidade da audincia;

Se houver duas notcias de igual valor, mas uma provenincia local e outra remota, opta-se sempre pela primeira.

Alguns temas s tm interesse local e perdem importante num mbito mais vasto.

A actualidade evidente que quanto mais recentes forem as notcias melhor; Na imprensa escrita tornou-se mais importante o porqu e o como do que o quando.

Actualidade significa:

- que o pblico quer a notcia to rpido quanto possvel;

- que a velocidade pode no ser to importante como a explorao.

- o momento de revelar uma boa histria quando possvel, pode ser 5 minutos depois dela decorrer ou 5 anos- exemplo: Casa Pia adquire conceito de actualidade Esta ideia est relacionada com a ideia de mediatismo determinante na actividade noticiosa.

A Proeminncia

sabido que as figuras pblicas rendem. Sejam figuras do mundo da poltica ou do espectculo, quando h pecadilhos revelados h igualmente um interesse sua volta.

Da o xito das revistas rosa. Mas a imprensa sria tambm vende. At que ponto normal incluir notcias sobre as pessoas e a sua vida privada? O critrio correcto ser incluir notcias sobre as figuras pblicas, quando sejam importantes, mas no imiscuir-se na sua vida privada.O conflito A maioria das notcias referem-se a conflitos Remetem-nos para uma ruptura com a continuidade Todo o tipo de conflitos relatados nos noticirios As notcias do-nos a conhecer conflitos declarado, como as guerras, os jogos de futebol. Os conflitos ideolgicos, como os confrontos polticos. Os conflitos obrigam a um extremo cuidado por parte do jornalista, porque:- esto presentes na maioria das notcias;

- as razes dos conflitos so geralmente pouco claras, at para os opositores;- no se sabes de que lado est a razo e se est em algum.

Quando termina, muitas vezes no possvel determinar quem ganhou e se houve vencedores e vencidos. H que ser o mais equilibrados possvel, dar dois lados do conflito, viso global e equitativa.A novidade a histria do homem que mordeu o co. Quando algum comete um dado feito pela primeira vez, dependendo do seu impacto, notcia. Os eventos raros ou estranhos podem constituir notcia pela originalidade e pela sua importncia.

O pblico gosta de coisas fora do comum, como gosta de tragdias. A novidade do esquisito vende porque:

- o pouco usual ou inesperado atrai a imaginao do pblico, leva-o a distrair-se da rotina da sociedade das notcias.

- h que ter algum cuidado para no transformar estas notcias numa exposio mrbida de anormalidade.

Tabela de critrios de Galtung e Ruge

Frequncia Visibilidade

Ausncia de ambiguidade

Significatividade

Consonncia

Imprevisibilidade

Continuidade

Frequncia Tem a ver com a capacidade de cobertura temporal dos acontecimentos;

Tem mais probabilidade de serem escolhidos se durante a hora normal de expediente (cumprimento do deadline).Visibilidade e ausncia de ambiguidade

Visibilidade

- mais facilmente escolhido se for uma coisa que d muitos nas vistas, como uma catstrofe. Ou seja, o impacto. Ausncia de ambiguidade

- mais fcil de ser tratado de ser consumido. Significatividade e consonncia

Significatividade - existncia de identificao cultural, que pode tambm se entendida como proximidade.

Consonncia - continuidade de tratamento de um tema que o pblico espera que seja tratado.

Imprevisibilidade e Continuidade

Imprevisibilidade- o que mais estranho, a questo da novidade Continuidade

- esta tambm era a mxima de Pulitzer e refere-se a qualquer acontecimento que implica um acompanhamento ao longo do tempo.

- tambm serve para criar fenmenos de consonncia, esperar que sejam tratados.

Composio e valores scio-culturais Composio

- tem a ver com o estilo prprio de cada jornal;

- h notcias que tm cabimento, outras no.

Valores scio-culturais - acontecimentos relativos s instituies ou personalidades conhecidas, cada mais nada menos que o critrio da proeminncia.

Gans ideologia profissional

Determinados assuntos so excludos em funo da defesa do princpio da objectividade; Este imperativo profissional constitui tambm a sua defesa face a eventuais acusaes de parcialidade;

A seleco faz-se atravs de valores que perduram e que existem de forma inconsciente e que mais no so do que os anteriormente apontados.

Na prtica diria e de uma forma automtica permitem uma economia de tempo no trabalho dos jornalistas.

Profissionais desenvolvem uma forma de avaliar a realidade.

Criaram no pblico essa mesma percepo, o que leva a que as notcias correspondem tambm a essa interaco cultural. Os jornalistas olham a realidade, aplicam a rede de valores e acolher factos que coincidem com a rede de valores.

Hierarquia noticiosa

Cada dirio apresenta uma primeira pgina diferente em que destaca determinada notcia. Muitos dos temas tratados so comuns aos vrios jornais e demais noticirios.

Distino faz-se pela valorao daquele facto que os chefes de redaco e editores entenderam dar destaque.

s primeiras pginas s se fazem chamadas de determinadas notcias e, mais uma vez, excluam-se outras, num processo de valorao que implica uma hierarquia. Variedade das 1as pginas Natureza da notcia que constitui a manchete: se ela ou no um exclusivo; Se o jornal faz cacha (exclusivo), ento a escolha bvia, pelo impacto que causa e pelo efeito de arrastamento que provoca; Demais rgos de comunicao seguem-na e tratam-na na 2 mo e pode implicar reaces a nvel das instituies; Depende tambm da prpria dinmica de actualidade: em dias de poucos acontecimentos, em que no h notcias valorizam-se aspectos que em rotinas normais perdem importncia. Exemplo: Situao comum, nos perodos de frias. Fontes mais utilizadas e o pblico tornam-se volteis.

A configurao da 1 pgina depende do estilo adoptado. No h histria de jornalismo de investigao em Portugal, caa vez menos cacha.

Organizao editorialAlthough almost readers (92%) leaf trough the entire newspaper, people generally read only about one of the fifth of the paper ()

Content preferences among readers remain remarkably stable. People read the paper according to an established order. Thus although some sections of the newspaper maybe of interest to a relatively small number of people, those readers maintain a fierce loyalty to that section

Silverblatt

Organizao do jornal: determinadas notcias do leitor no damos a mesma ateno a todas as notcias forma de consumir notcias corresponde s editorias.

Organizao editorial

O jornal obedece a uma organizao editorial que se alicera em subdivises temticas editorias ou seces que conferem uma estrutura actualidade;

Compartimentao vai tambm ao encontro do interesse do pblico por vrias razes;

As seces procuram responder s rotinas de cada um dos leitores porque lhes facilitam o acesso imediato aos temas da sua preferncia. Lgica de diviso provocou fenmenos de habituao.

Consumimos as notcias segundo os valores apresentados anteriormente.

Interaco habituamo-nos, expectativa de temtica. Rotinizao enquanto pblico Hbitos so induzidos. Familiaridade quanto aos temas e onde se encontram so as seces dos jornais que criam o fenmeno.

Organizao editorial

Organizao das editorias ou seces mais do que um elemento de fidelizao de pblicos; Corresponde igualmente a diviso de tarefas;

De acordo com sistemas prprios de cada rgo de informao, a cobertura das temticas corresponde tambm a uma compartimentao;

Varia de redaco para redaco;

Diferena determinada pela dimenso de cada uma delas;

Se existem muitos jornalistas possvel que esta diviso seja mais demarcada e que isso corresponde a uma especializao de tarefas;

Se os recursos humanos so escassos a diviso de tarefas por especializao torna-se absurda, talvez com uma excepo desporto.Separao de tarefas cada vez menos aparente. Quanto mais pequena a redaco, menos fronteira entre especializao menos evidente e com tecnologias, difcil suporte. Organizao editorial

Sectorializao das temticas informativas relao com a tradio de cada redaco o perfil de cada jornal.

Grandes editorias so subordinadas aos aspectos que as chefias valorizam diariamente,

Poltica internacional, Economia e a Cultura, que podem ter um tratamento mais cuidado ao nvel dos ttulos de refere;

Sociedade, Nacional, Desporto e os espectculos ganharam uma importncia crescente nos noticirios: conseguiram conquistar e dominar as 1as pginas.

Especializaes mais conseguidas, como o crime ou a sade.

Grande dependncia das fontes cultivadas pelos jornalistas.

Garantir a incluso de matrias exclusivas pode ser uma mais valia e assim aumentar o interesse suscitado pelos leitores. Mais notcias de sociedade e nacional enfoque de cidadania interesse humano.

A estrutura da notcia

Conjunto de tcnicas;

Qualidade da escrita;

Escrever bem, com um estilo prprio de cada mdium;

Regra de ouro da escrita jornalstica - a simplicidade;

Frases curtas e com significados muito precisos

VANTAGENS: verdade e preciso.

A notcia to fiel aos factos quanto a informao precisa que se d sobre eles.

Escrever notcias pressupe ordem e mtodo Isto significa que antes de se comear a escrever se deve criar um esquema mental relativo estrutura da histria; Esse esquema garante a organizao e hierarquizao das ideias que fazem com que o pblico apreenda a notcia mais facilmente e se deixe cativar por ela.

5 WW Dentro desse esquema cabe o clssico: o qu, quando, quem, onde e porqu, o que se apresnete como.

Permitem contar os diversos elementos de que se compe o acontecimento.

Depois como se desenvolve cada um deles, j outro problema.

Ttulo Numa frase curta procura-se sintetizar o contedo da notcia e prender a ateno do leitor;

Tem, portanto, uma funo informativa, mas tambm publicitria;

Deve transmitir a ideia chave que enforma a notcia e que ressalta dela; O ttulo pode ser escrito no final;

Apesar de se pretender que o ttulo capte a ateno do pblico, deve-se procurar evitar as afirmaes bombsticas e a descambar par ao sensacionalismo.

O Lead Outra das tcnicas comummente utilizadas pelos jornalistas;

Consiste em incluir o ttulo e o corpo da notcia um pargrafo longo em vrios pequenos pargrafos que tm como funo fazer uma breve e precisa apresentao do tema a ser tratado;

Quando as noticiais so breves ou muito pequenas, o lead no necessrio. Seria redundante complementar a informao do ttulo.

Prepara a leitura do corpo da notcia;

O Lead serve tambm para abrir o apetite dos pormenores da notcia.

Vrios estilos de Lead Complementar a informao do ttulo

Prepara a leitura do corpo da notcia

O lead serve tambm para abrir o apetite para os pormenores da notcia;

Pode-se dizer que eles tm um carcter informativo ou iniciativo.

No primeiro caso, trata-se de um resumo da notcia. No segundo, o jornalismo procura chamar a ateno do leitor para alguns aspectos a que procura destacar e que de alguma forma d ideia do contedo noticioso.

Carcter informativo ou iniciativo

Carcter informativo:

Trata-se do resumo da notcia;

Responde s perguntas clssicas sem o porqu e o como, de uma forma muito sinttica.

Carcter iniciativo:

Chama ateno do leitor para alguns aspectos a que procura destacar e que de alguma forma do ideia do contedo noticioso;

Implica maior complexidade porque pressupe retirar da notcia elementos de destaque, mas que tambm chamem a ateno das pessoas.

Lead Lead de identificao imediata: o elemento mais importante o QUEM

Lead de identificao tardia: refere-se a pessoas pouco conhecidas; implica uma prvia apresentao do qu e s depois do quem; pode apresentar vrias configuraes de acordo com a importncia da pessoa ou do acontecimento em que se viu envolvido. Lead sumrio: faz um resumo da notcia, procurando no dar um particular realce a nenhuma das partes que a compem.

Lead instintivo: aquele que no d a informao do produto final, mas que chama a ateno para elementos slidos e que vendem a notcia; usa-se tambm extraordinariamente quando a situao apela a isso pela novidade ou incongruncia.

O corpo da notcia e a pirmide invertida

Pirmide Normal

Os factos so apresentados por ordem crescente de importncia, isto , pela ordem crescente dos acontecimentos; Pode ou no incluir o lead e neste caso a tcnica consiste em criar uma expectativa no leitor at ao desenlace final;

Comea-se por contextualizar os pormenores do acontecimento e depois vo-se acrescentando mais elementos explicativos at ao culminar do relato.

Pirmide invertida

Tcnica igualmente muito utilizado no jornalismo mundial;

Consiste em adoptar o esquema narrativo oposto e comear pelo essencial dos factos e concluir com os pormenores acessrios.

normalmente precedido do lead ou ento ela representado pelo primeiro pargrafo da notcia;

Tcnica mais vulgarmente utilizada pelo jornalismo moderna, uma vez que mais rapidamente proporciona ao leitor uma resposta rpida e directa sua curiosidade e poupa-lhe tempo.

----- Informao mais importante

----- Informao menos importante

Pirmide invertida

Vantagens corta-se o acessrio, os pormenores, mas a essncia permanece, sem grandes necessidades de alteraes; usa-se quando h falta de espao: cortam-se as ltimas informaes por ordem de importncia.Construo e blocos ou pequenas pirmides invertidas Justifica-se quando o assunto a tratar extenso ou muito complexo; Correspondem a subtemas que so tratados em unidade que traduzem os aspectos mais importante, por ordem decrescente de importncia; Podem ser apresentados na totalidade ou parcialmente pelo lead, que pode deixar de fora aqueles que se considere de menor destaque; Tm tambm a vantagem de se poder fazer excluses sem retirar o sentido da notcia. Corpo da notcia

Acrescentar informao adicional que no possvel incluir no lead;

Desenvolver a informao presente no lead;

Continuar a apresentar mais informao pela ordem de importncia que definimos anteriormente;

Desenvolver as ideias na ordem em que foram apresentadas;

Usar geralmente, uma nica ideia por pargrafo.

JORNALISMO

Teorias interpretativas

De que forma se pode falar da existncia de teorias explicativas; Elaborao de um modelo cientfico; Contradio ditada pelo facto de o jornalismo constituir uma prtica, uma actividade profissional; Alguns autores rejeitam a existncia de uma teoria do jornalismo. O jornalismo uma prtica que implica uma realidade com factos em permanente mutao. Jornalismo

Acontecimento/facto que pode ser social ou de natureza;

Jornalista produto do meio, mas tambm do microcosmos em que se movimenta, interage com o real;

Pblico que recebe a informao e reage em funo dela; condiciona a prpria informao pelas escolhas que faz. Constitui a opinio pblica.

Facto jornalsticoAlimenta-se de elementos de rupturaO acontecimento jornalstico por conseguinte, um acontecimento de natureza especial, distinguindo-se do nmero indeterminado dos acontecimentos possveis em funo de uma classificao ou de uma ordem ditada pela lei das probabilidade, sendo inversamente proporcional probabilidade de ocorrncia.

Adriano Duarte RodriguesDefinies de jornalismo Transformao de um acontecimento em notcia Philippe Gaillard Transformar os acontecimentos notcias pelo acto de as publicar

Jornalismo a realidade

O jornalismo acaba por ser uma parte selectiva da realidade Nelson Traquina

O binmio simples: h jornalistas que produzem informao e um pblico que as consome. Fontecuberta

Definies de jornalismo

O jornalismo encontra a sua razo de ser em dois acontecimentos-chave: acontecimento e actualidade. A partir do primeiro, os meios de comunciao-social constroem a estria, o segundo divide o tempo em perodos idnticos () que servem de marco para a difuso de uma srie de factos e valores, seleccionados entre todos os que ocorrem entre esses sucessivos intervalos.

Fontecuberta

Campo de estudo trs eixos

factos

jornalistas

pblico- efeitos de audincia

Cincias humanas: sociologia, da filosofia ou da histria, que desenvolveram, ao longo do tempo, outras teorias explicativas especficas.

Campo cientfico prprio? Portanto, uma teoria do jornalismo por ter implicao, ou melhor dito, uma interdisciplinaridade com as outras cincias humanas devido natureza do seu campo, mas tambm do seu mtodo. Isto levou a que se estabelea uma certa rivalidade com outras reas do saber j estabelecidas, complementariedade.

Jornalismo teoria da notcia

Determina a originalidade do objecto de estudo, do ponto de vista cientfico;

Acontecimento/actualidade dois critrios que se compem as notcias;

Os meios de comunicao social sofreram uma grande evoluo graas s sucessivas transformaes tecnolgicas, que permitiram que o conceito actualidade tivesse assumido cada vez mais preponderncia do imediato.Actualidade evoluo

Pblico habitou-se ao consumo de notcias frescas e tornou-se cada vez mais exigente ao querer sempre as ltimas.

A televiso veio acentuar ainda mais esta tendncia, uma vez que a acutilncia de uma notcia aqui dada no s pelo factor tempo, mas tambm pelo poder da imagem;

A acrescer a estas vantagens h que realar que o factor actualidade ganha uma importncia fundamental com a introduo nos meios audiovisuais do directo valor do imediato.

Imediatismo

Introduo de um directo intercalar pode tambm ser ditada por outros factores que no os do valor da notcia ou do interesse pblico;

Estratgias de audincias, mais ou menos claras, ou chamada criao de um pseudo-conhecimento. (Bornentsin), no h nada de novo.

Adriano Duarte Rodrigues

- meta-conhecimentos: provocados pela existncia do discurso jornalsitico;

- polmica: dado acontecimento s existe se foi noticiado, se adquirir notoriedade, visibilidade. Se no tem esse impacto no existe. As notcias criam acontecimentos as fontes fazem com os jornais criem acontecimentos. Aspectos constitutivos da notcia

Relatar acontecimentos do real; Atravs de um processo criativo;

Pressupe uma construo por parte do jornalista;

Obedece a um conjunto de regras tcnicas e ticas;

Passa pela actualidade;

Passa pela veracidade;

Passa pela novidade;

Passa pela periodicidade;

Passa pelo itneresse pblico.

Diversificao fidelziao de audincias

Imprensa escrita: dirio ao semanrio, revista, notcias que so tratadas de forma a servir as expectativas de um dado pblico, informao mais complexa, mais profunda num semanrio do que num dirio, ou pelo menos assim se convencionou.

Publicaes especializadas dirigidas a pblico-alvo: delimitao das temticas; recurso a um estilo prprio e a uma linguagem que, por vezes, s para iniciados.

Rdios informao mais alargada: crnicas, programas de entrevista, debates, etc., todos eles funcionando como elementos de fidelizao de pblicos.

Televiso recurso a outro tipo de edies que complementam a actividade noticiosa diria: jornalismo de investigao, grande reportagem, o documentrio, debates, entrevistas.

Jornal online: informao escrita, suportes multimdia, grande interactividade com o pblico.

Primrdios do jornalismo

(Associado ao estado /poder) A primeira conquista do jornalismo foi a periodicidade inveno da imprensa. Contribui para que o pblico se habitue ao consumo nessa data.

poca moderna surgem os primeiros jornais e com as caractersticas de periodicidade, tal como as concebemos hoje;

Semanrios ou bi-semanrios e as notcias que transmitiam no eram de ltima hora. Eram jornais polticos ou literrios e tinham uma inteno formativa e no especificamente noticiadora;

A periodicidade garantiu-lhes a captao de pblicos numa altura ou que o nmero de letrados era muito restrito;

Os jornais defendiam o recurso do poder, isto , veiculam a ideologia do Estado;

Logo, os jornais ficam associados a esta ideia de escrita politizada, comprometida com o poder do Estado.

Jornalistas difamavam figuras pblicas, a troco de algum pagamento (corrupo);

O jornalismo era venal: vendia-se a quem melhor pagava, sem a preocupao de vender a verdade (embora de facto, no fossem todos assim).

Jornais literrios, considerados superficiais pelos escritores.

Estilo demasiado pomposo e elitista, sobretudo na imprensa francesa, que a afastou do grande pblico, durante muito tempo.

O jornalismo que se desenvolve neste perodo, corresponde a um modelo sociopoltico e, como tal, o nmero de ttulos era escasso, submetido a autorizao prvia rgia e censura.

Os jornais foram criando um espao prprio e tornaram-se parte integrante da vida das pessoas que se habituaram a compr-los e a l-los, sobretudo nas cidades. (Jornais ideolgicos com funo formadora)

Conquista gradual de pblicos

As cidades foram-se tornando o centro da sociabilidade, onde a nobreza e a burguesia debatiam os temas da actualidade, dando lugar criao do fenmeno de que j se falou aqui, a opinio pblica.

Os jornais eram muitas vezes lidos em voz alta e amplamente debatido o seu contedo. A onda do jornal era como uma pedrada no charco e no se limitava a influenciar quem o comprava. Sculo XIX, o jornalismo ideolgico manteve o seu domnio, agora muito associado aos ideais do liberalismo e do direito liberdade de pensamento e expresso.

Produziram-se as grandes transformaes que estiveram na origem do jornalismo moderno. Por outro lado, a sua evoluo foi marcada pela afirmao de dois paradigmas de desenvolvimento.

Notas: elites dominam a nacionalidade efervescncia de debate de ideias a partir dos jornais (elementos que criam esferas de debate e esferas pblicas)

1 Jornal corte de Lus XIV associado ao poder poltica sempre. Frana Jornalismo foi sempre fortemente politizado ou ento com um estilo literrio vincado; A imprensa francesa foi sempre vista como um modelo a seguir, sobretudo na Europa, uma vez que havia um grande n. de jornais e o pblico adquiriu rapidamente este hbito de leitura. RAZES: percurso poltico do pas e nof acto de as pessoas terem desde muito cedom, constitudo uma opinio pblica informada e actuante. Jornalismo francs serviu de exemplo a estadistas e contestatrios, que a partir dele procuraram influenciar os destinos dos seus prprios pas, Portugal por exemplo. xito deste modelo impediu da sua formao num jornalismo mais popular e aberto a os outros pblicos, como aconteceu nos pases anglo-saxnicos.Modelo anglo-saxnico

Imitou inicialmente o francs; Maior liberdade poltica levou os jornais a informarem sobre as questes do Estado; Da serem designados como o 4 poder, segundo Mclaulay (1828); O jornalismo corresponderia ao fourth Estate de acordo coma a designao revolucionria francesa dos 3 estados e contribura para uma quarta forma de vigilncia para evitar abusos mais um meio de controlo dos abusos do Estado. Igualmente visto como um servio pblico, na medida em que os ingleses e os americanos tambm entendiam que os jornais deviam ser um meio de aprendizagem de leitura para as classes mais desfavorecidas (Revoluo Industrial) forma de aprender a ler, ideia de servio pblico: a ajuda a consolidar a nossa postura enquanto cidados. Modelo anglo-saxnico

Plos industriais nas cidades empresrios da Imprensa viram trabalhadores como potenciais compradores e como um pblico com inmeras possibilidades. Rapidamente foram lanados no mercado novos ttulos com preos muito baixos que podiam ser comprados, mesmo pelos operrios (a chama pennypress). Notcias muito breves, elementares, vai-se tornar mais elaborada, mas a imprensa barata vai tornando a sua linguagem mais directa e fcil e temticas que constituem o dia-a-dia destas cidades, gradualmente conquistam espao no jornal. S assim as pessoas mais pobres poderiam aprender a ler atravs deles;

Foi necessrio alterar tambm o contedo.

Os novos ttulos (em meados do sculo XIX nos EUA e um pouco mais tarde na Inglaterra) passavam a ter uma linha editorial muito simples: sem o peso preponderante da informao poltica ou cultural e adquiriram uma funo muito mais noticiosa e popular.

Vantagem a diversificao: multiplicidade permite a escolha. Transformaes sociais criam condies para outro tipo.

Jornais noticiosos

Novos temas: o acontecimento e a novidade. O final do sculo XIX marcado por uma corrente de pensamento, que privilegia o facto: o positivismo.

Actualidade tornou-se numa das caractersticas dominantes (o que s foi possvel com o invento do telgrafo e com o aparecimento das agncias de notcias). As notcias ficaram mais curtas e a linguagem mais atraente, quase telegrfica.

Ler as notcias tornou-se um hbito quotidiano.

Novos estilos: a reportagem ganhou espao ao artigo de opinio; surgiu a entrevista, os enviados especiais, as edies de Domingo, considerveis melhorias grficas.

Melhorias tecnolgicas permitiram tambm que o aspecto grfico dos jornais fosse muito mais apelativo e de fcil leitura.

Facilidade de impresso e a maior qualidade permitiram uma multiplicao brutal das tiragens; Incluso da publicidade o suporte econmico da empresa (sustenta o jornal).

Campo jornalstico

Estudos sobre este tema incluem os aspectos iniciais: valorizao dos factos, actualidade, condicionante da profisso, o ensino e as primeiras abordagens tericas.

Estudo surgiu 1 nos EUA e s muito mais tarde na Europa;

Percursos diferentes ditaram abordagens tericas distintas;

Escola europeia congrega estudos mais globais dentro da rea da teoria de comunicao. Abordagem mais estrutural aplicao de teorias nas notcias.

Escola americana insere-se numa sociologia do jornalismo onde as prticas profissionais tm um papel central produo de jornais e seu efeito gera primeira itnerrogaes.

Processo noticioso

Notcias narrativas em que as personagens so reais. Estrias que implicam uma aco criadora de quem as constri; sem contudo fugir verdade. Construes tm um valor intrnseco e so a forma que as pessoas tm de aceder aos acontecimentos que ocorrem no mundo.

Os media eram a principal ligao entre os acontecimentos no mundo e a imagem desses acontecimentos na nossa mente.

Lippmann, 1922

Processo noticioso Da mesma forma que os acontecimentos se revestem de grande complexidade, o processo de construo da notcia engloba tambm alguns aspectos que devem igualmente ser levados em considerao. Se atendermos que o jornalismo uma parte selectiva da realidade tal como afirma Bordieu, ento devemos procurar entender de que forma se processa a escolha.

A elaborao de notcias obedece a rotinas e procedimentos padronizados. Isto , h formas narrativas prprias que so utilizadas pela comunidade jornalstica, com as quais ela se identifica e que constituem o seu modus operandi, so to speakProcesso noticioso Periodicidade

Presso do deadline pode ser muito negativa na actividade do jornalista. Por isso, ele tem de recorrer a uma srie de conhecimentos, referentes, de forma a poder controlar o factor tempo.

Aprendizagem de um vocabulrio prprio, que corresponde aquisio de experincias atravs do contacto com as fontes, colegas, editores, arquivo

Reconhecimento de um acontecimento/notcia (critrios de noticiabilidade)

Processo noticioso

Processo de recolha de dados

Seleco

Construo de ma narrativa, que tambm ela obedece a um estilo prprio e que permite um reconhecimento que existe desde h muito tempo e que leva identificao do pblico

A existncia de estruturas narrativas-tipo, segundo os temas, permite usar um dado esqueleto pr-definido e acrescentar-lhe os nvoos elementos (pirmide invertida).

Frames

Goffman definiu estes procedimentos como frames ou enquadramentos luiz dos quais se podem interpretar os critrios de noticiabilidade e a hierarquia de valores na elaborao da notcia, na construo da narrativa;

Giltin defende que esses frames so continuamente usados pelo jornal de uma forma articulada, de maneira a formarem mais inteligvel o seu discurso. os enquadramentos mediticos so padres persistentes de cognio, interpretao e apresentao, e ainda de seleco, nfase excluso, atravs dos quais os manipuladores de smbolos (symbol-handlers) organizam rotineiramente os discursos, quer verbal quer visual Gamson e Modigliani

Cinco formas de framming

Metforas (ballet rose; ballet blue; inferno da luz)

Exemplos histricos (estatsticas de enquadramento; identificao de determinadas figuras com personagens histricas, etc.)

Citaes curtas (off the record, last but not the least, sine quanun, DIAP, etc)

Descrio (adjectivao em muitos dos casos) perigosa, implica valores

Imagens (paisagem dantesca, expresso da dor, viagem alucinante, imprprio para cardacos, etc.)

Notcia: dois momentos

1. Processo

Recolha

Seleco

Processamento

Hierarquizao

2. Circulao e consumo

Suporte em que a notcia vinculada

O que valida o processo de produo.

Processo de produo Estratgia a que os jornalistas recorrem para validar este modelo: a objectividade; Actividade continuamente marcada pelo imperativo do tempo reflexo cuidada no possvel, como no caso das cincias sociais; Muito perigoso esquecer a objectividade, porque teria cosnequncias nefastas em relao ao pblico; Recurso ao news judgement; Gaye Tuchman refere um conjunto de procedimentos (ou rituais, nas palavras de Enerett Hugles) que conferem a essa objectividade e impedem que o jornalista seja atacado pelos seus chefes ou o seu pblico; Estes procedimentos consistem numa srie de ferramentas usadas na estruturao e narrativa dos factos; Identificao da fonte e o cruzamento da informao (uso e citaes). Conjunto de procedimentos

Follow up da histria para que as vrias verses possam ser dadas ao pblico e para que este esteja ciente dos diferentes ngulos da polmica;

A forma como se hierarquiza a narrativa igualmente importante;

uma rotina que est interiorizada pelo pblico que sabe que os aspectos mais importantes so sempre destacados em primeiro lugar. So procedimentos bsicos facilmente reconhecidos pelo pblico e que, em teoria, evitam o engano e a manipulao. Contudo, este esquema posto em causa pelas fontes sobretudo institucionais, que procuram manipular a informao que transmitem aos jornalistas.

Circulao e consumo

Interaco pela qual o pblico apreende e descodifica o que os agentes de notcias pretendem comunicar. Portanto, h uma correspondncia com um sistema de ordem cognitiva mas tambm scio-cultural;

A recolha e divulgao de notcias validada, em ltima anlise, pelo pblico. Se este no lhe d ateno, no se interessa por ela, o objectivo do jornal pede-se; E foi este ltimo aspecto que levou a grandes divergncias entre os tericos e tambm os prprios jornalistas. A funo do meio de comunicao cumprir servio pblico; Se se optar uma postura radicalmente moralista (como j houve) devem-se apenas produzir as notcias que as editorias entendem que so boas para o pblico, independentemente de eles as querer consumir ou no.

O resultado de uma poltica editorial deste tipo leva a que o meio de comunicao social perca audincia, que deixe de ser consumido. Os seus objectivos no se cumprem, por vlidos que sejam.

Consumo de notcias

Pblico interage directamente no processo de produo de notcias ao consumir ou mo um dado mdium.

O factor consumo pode determinar a necessidade de estratgias editoriais menos correctas, como o recurso a pseudo-eventos e ao sensacionalismo;

Por outro lado, sabido, at pelo processo histrico de afirmao do jornalismo, que o meio de comunicao, um factor de coeso social. Isto , os contedos so dirigidos a um pblico genrico, mas quer a lngua utilizada, quer as opes editorais atingem certas franjas e no outras.

Gera-se uma interaco entre o jornal e o seu pblico atravs do qual se cria uma identidade cultural comum.

Vivemos o desenvolvimento da globalizao da informao em que a tendncia a do consumo das mesmas notcias a nvel mundial.

Tendncia de padronizao de comportamentos e consumos, que advm justamente desse processo, e que leva a que os interesses dos indivduos se tornem cada vez mais semelhantes, onde quer que eles estejam. As teorias explicativas A capacidade de influenciar a opinio pblica levou criao de vrias interpretaes dos seus efeitos;

Levou tambm a que sempre houvesse um elo de ligao entre o jornal e o poder;

A ideia de um 4 poder criou uma viso romntica e projectou a ideia de que o jornalismo um watchdog do poder e assim cumpre a misso inicial de servio pblico;

Processo noticioso mais complexo que esta viso, embora jornalismo e poder estejam indissociados;

Mas a preocupao central continua a ser quais os efeitos que as notcias produzem nas pessoas;

Equaciona-se tambm a forma de fazer notcias e quem tem capacidade de as influenciar.

Cohen

a imprensa pe no dizer s pessoas como pensar, mas tem, no entanto, uma capacidade espantosa de dizer aos leitores sobre o que pensar. O mundo parece diferente a pessoas diferentes, dependendo do mapa que lhes desenhado pelos redactores, editores e directos do jornal que lem.

Efeitos dos contedos mediticos

Durante muito tempo as opinies oscilaram muito sobre a capacidade dos media de influenciarem o pblico;

Os primeiros estudos americanos fizeram abordagens mais simplistas sobre o jornalismo e inclinam sobre estudos de caso de campos mais ou menos limitados mas que contriburam para a enunciao de alguns conceitos ainda prevalecentes. David Manning White: The Gatekeeper Ver TRAQUINA(qet) 133-142 ou 77 Trata-se de uma 1 tentativa explicada, muito parcelar, mas que pela primeira vez se baseia num estudo de caso;

da editoria de David Mannign White e baseia-se num estudo sobre a actividade de um jornalista mdio num jornal de mediana importncia norte-americano de uma pequena cidade de provncia dos anos 50.

Durante uma semana, o jornalista editor da poltica nacional Gates apontou num caderno quais as notcias que rejeitou, seleco feita a partir dos telefaxes enviados pelas principais agendas nacionais, como a AP e a UP , tambm eles j sendo o resultado de uma escolha.

Teoria do Gatekeeper

Manning White baseou o seu estudo no conceito enunciado por Kurt Lewin, que nos anos 40, anunciou o conceito Gatekeeper aplicado s notcias. Para ele as notcias circulam por canais e nesse percurso havia gates onde grupos de pessoas decidiam da sua passagem ou rejeio gatekeepers. somente quando analisamos as razes apresentadas por Mr Gates para a rejeio de quase 9 dirios de notcias (da sua procura do 10 para o qual tem espao) que comeamos a compreender, como a comunidade de notcias extremamente subjectivo e depende de valores baseados na sua experincia. Com base nestes conceitos, White levou a cabo o primeiro estudo de caso, em que procurou determinar de que forma funcionavam esses gates, com base no processo de escolha de Mr Gates. Concluiu ento que o processo parcial e arbitrrio.

Neste particular, os 56 enunciados podem ser divididos em duas categorias principais:

- Rejeio do incidente devido sua pouca importncia;

- seleco a partir de muitos relatos do acontecimentos.

interessante observar quanto mais tarde no dia chegarem as notcias, maior era a proporo da nota sem espao ou serviria.

Validade

A teoria do gatekeeper foi a primeira a ser enunciada, dentro do conjunto de estudos sobre o jornalismo que conhecemos.

O estudo foi muito limitado e procurou aventar explicao apenas a partir de quem faz a notcia, o jornalista.

Foi rapidamente ultrapassada por trabalhos posteriores mais completos, mas vale pela primeira enunciao conceptual: a notcia pressupe escolhas e vrios nveis de seleco. H grandes doses de subjectividade e como tal a notcia no pode ser o espelho da realidade.

Actualmente

Isto no significa que o jornalista no tenha de obedecer norma de transmisso da verdade dos factos. Falta saber que factos e que tipos de subjectividade esto implcitos no processo.

Neste estudo ela refere-se apenas ao imperativo da periodicidade e dos deadlines;

Pamela Shoemaker defende que o processo de gatekeeping complexo e deve ser inserido no modelo de trabalho de cada organizao jornalstica pelo que no deve ser visto exclusivo como o produto de uma atitude pessoal.

ShoemakerThe individual gatekeeper has likes and dislikes, ideas about the nature of his or her jobs, ways of thinking about a problem, preferred decision-making strategies, and values that impinge on the decision to reject or slect (and shope) a message.

But the gatekeeper is not totally true to follow a personal whim: he or she must operate within the constrains of communication routines to do things this way or that.

Teoria organizacional Ver Traquina (J)79-87 Dcada de 50.

Warreu Breed, Social Control in the Newsroam: a Functional Analysis;

O produto jornalstico est directamente dependente dos constrangimentos do meio;

O jornal tem uma orientao poltica;

No uma poltica editorial, mas sim a associao dos interesses da imprensa a determinados grupos econmicos, partidos, cvicos, etc

Panorama dos media americanos, onde sempre vigorou o princpio liberal.

Campo Empresa jornalstica estratos laboratoriais com objectivos diferentes. Chefias da redaco defensores da poltica da empresa;

Reprteres, com uma conscincia mais liberal e independente.

Crenas pessoais no tm qualquer interferncia na actividade do jornalista;

re-socializado pelo microcosmos que a redaco (processo dominante). Atravs de um jogo de recompensa/punio, num mecanismo de controlo que se vai processando atravs do tempo.

Metodologia e constatao

Mtodo: conjunto de entrevistas feitas aos nefilos

- no incio no lhes dita qual a poltica editorial do jornal;

- ela vai sendo intuda paulatinamente por um processo de aprendizagem em que a cultura da empresa se vai sobrepor aos valores profissionais num jogo de ecomepnsa/castigo.

6 Factores que configuram esses processos de socializao:

1. autoridade e sanes;

2. sentimentos de estima e respeito para com os superiores;

3. ambies profissionais;

4. ausncia de conflitos laborais motivados por reivindicaes sindicais;

5. prazer da actividade;

6. as notcias com um valor, quer para o jornalista quer para a direco.

Limites do controlo editorial as normais editoriais so vagas;

as chefias no sabem, partida, a informao que o jornalista detm, o que lhe d margem de manobra para agir individualmente;

outros jornais podem avaliar as escolhas do jornalista pela publicao de notcias;

as rotinas prprias da busca da notcia, em que um jornalista pode dar continuidade a uma determinada matria;

as vedetas do jornalismo tm mais facilidade em fugir s normas:

- controlo da poltica editorial mantm-se na essncia porque o jornalista se identifica com o meio mais do que com o pblico, a quem diz servir;

- a sua ambio profissional: ele obedece s normas para ser recompensado e promovido.

Outros aspectos

O jornalismo negcio mantido pela publicidade;

Dita, em ltima anlise, os contedos noticiosos, que so submetidos sua lgica, a lgica das audincias, particularmente dentro do processo de globalizao da informao e de concentrao das empresas:

Chefe da redaco Publisher limitado pr 3 aspectos:

1. normas de tica jornalstica

2. os reprteres tm tendncia a ter atitudes mais liberais;

3. o tabu tico em que o reprter no pode ser obrigada a ter a mesma orientao que o chefe. ~

Estudo muito parcelar e a sua abordagem limitada ao ngulo da empresa jornalstica; Interpretaes so igualmente resultado dessa parcialidade.

Validade

Trabalho pioneiro de alguns dos aspectos que ainda hoje so usados nas teorias que confere a um enquadramento essencialmente organizacional aos sues sistemas explicativos;

A ideia do efeito de socializao inerente entrada para uma nova redaco, uma vez que cada rgo de comunicao social tem estruturas organizativas prprias;

A defesa de que este grupo partilha de valores profissionais prprios, onde a actividade noticiosa se situa num lugar central;

Reconhecimento de uma certa dose de individualismo no processo de recolha de informao bem como a ideias das rotinas so tambm contributos importantes presentes do trabalho de Breed.

Actualmente

Alguns dos defensores desta teoria procuram desenvolver estudo com base noutras linhas de investigao, que se prendem sobretudo com a dimenso e estrutura organizacional das empresas; Soloski um dos autores que pem a nfase entre dois aspectos centrais da produo noticiosa;

A vertente do trabalho individual dos jornalistas contra balanada pelas polticas informativas estruturadas pelas empresas;

Forma de minimizar conflitos e tambm limitar o raio de aco autnomo.

Soloski

The organizational nature of news is determined by the interplay between the trans-organizational control mechanisms represented by news policy. Together these control mechanisms helps to establisher boundaries for the professional behaviour of journalists. Confere a grande dimenso ao plano organizacional.Gans Oposio entre trabalho e poder destacado no enquadramento organizacional de que reveste a sua anlise, particularmente nos jornais;

Capacidade decisria detida por pessoas externas redaco (executivos) que se regem pela defesa dos interesses das empresas;

O oramento;

As decises editoriais que se prendem com interesses particulares;

Regulaes preventivas sobre a poltica editorial (forma de fazer a cobertura de dados acontecimentos, como ataques terroristas; A participao peridica na seleco noticiosa atravs de acordo com as chefuas redactoriais.

De acordo com esta perspectiva, executivos, gestores que decidem e tm em conta aspectos no considerados pela redaco.

Gans Os chefes de redaco e editores;

Capacidade decisria limitada pelas directivas que lhes so impostas pelos executivos;

Pela sua formao de jornalistas, encontram-se frequentemente no meio de um conflito de interesses;

Tambm tendem a ver os diferendos do ponto de vista dos seus jornalistas;

Jornalistas: a validao noticiosa entendida como independente dos interesses estratgicos defendidos pela organizao onde se inserem, embora em ltima anlise estes acabem por estar presentes.

Gans Ultimately the divisous of power is news organization overshadowed and the division of labour determined by the deadline. That deadline furthermore, leads to story selection and production processes that become routinized and remain virtually unchanged over the years which is one reason that journalists describe their organizations as assembly lines.

Gaye Tuchmann Ver TRAQUINA 95 dimenso organizacional como modelo analtico;

esse padro que determina de framing noticioso;

moldura ou estrutura pela qual as formas de construir a informao nos do uma dada imagem da realidade;

imperativo em funo da qual todo o sistema montado que, em ltima anlise determina toda a actividade o tempo.

Tudo se conjura de forma a cumprir o prazo de fecho (deadline).

Notcias construdas por factos aleatrios;

Desafio dirio consiste em controlar o inesperado em termos de tempo e de espao;

2 coordenadas das redaces: a ordem no espao e a ordem no tempo.

Rejeio do modelo organizacional

A importncia da articulao da organizao jornalstica e os procedimentos profissionais no contudo aceite por outro tipo de aproximaes tericas.

Outros pem a tcnica sobre os contedos ou sobre os efeitos que estes tm sobre os pblicos.

Media so instrumentalizados e postos ao servio de uma ideologia de poder externa s lgicas anteriormente apontadas.

Jornalismo ocidental uma mquina de propaganda ao servio do capital. Escola Marxista

Parte da enunciao do conceito de sociedade de massas

Adorno e Horkheimer Escola de Frankfurt

Emigram para Nova Iorque devido ao nazismo

Contacto com a massificada sociedade de consumo americana

Observao dos comportamentos do povo americano face ao mundo dos media

Novo paradigma de anlise

base operativa conceptual noo de indstrias culturais

retomaram a ideia de que a sociedade de massas aniquilou o indivduo

bem como a sua capacidade de alimentar a verdadeira liberdade

Escola de Frankfurt

indstrias culturais

responsveis por no conseguirem representar as verdadeiras condies de existncia;

produo cultural passou de estado artesanal para o industrial

primeiro requer pouco ou nenhum investimento

fabrica produtos seguros e estandardizados gerados de acordo com a noo de procura geral do capitalismo a idealizao de produtos intelectuais de elite contradiz o de comunicao de massas

definido no sentido de pertena escolha feita pelos pelos pblicos, democrticaA produo de smbolos industrializada impe os seus formatos e aniquila essa publicidade.Contedos noticiosos

Esta teoria altamente redutora

So nivelados pelos demais centros produtores de smbolos como a publicidade, o cinema ou a rdio;

A distino entre eles superficial porque todos se revestem de um carcter ldico;

Esta caracterstica leva a uma alineao do indivduo, incapaz de reagir s mensagens formatas que a indstria impe, tornando-o completamente manipulvel.Horkheimer, Adorno

O espectador no deve agir pela sua prrpia cabea: o produto prescreve todas as reaces: no pelo seu contexto objectivo que desaparece mas se volta para a faculdade de pensar mas atravs de sinais. Qualquer conexo lgica que exija perspiccia intelectual escrupulosamente evitada.

Escola de Frankfurt

Herana conceptual foi passada mas diferentes formas de concepo da funo social dos media

Algumas correntes defendem uma interpretao ideolgica como modelo estrutural de anlise

Gramsci e Althusser

Base concepo marxista da oposio entre trabalho e capital e capital defendem uma viso maniquesta do papel dos media.

Vistos como um dos instrumentos da perpetuao do domnio capitalista

porque sustentam a manuteno da superstrutura, sendo ou no parte itnegrante dela.

Estudos Culturais Britnicos

Entendidos igualmente como uma escola de pensamento e investigao;

Constituram-se a parte de uma multiplicidade de influncias

Bem como e alguns aspectos de originalidade de prpria que se prendem com as origens sociais dos seus principais pensadores.

Cultural Studies

Anos 30, autores como Arnold e a Leavis;

A ideia de uma oposio irredutvel entre a cultura e o modelo social em que se inseriram;

Viam a democracia como decadente;

Defendiam que a resistncia massificao cultural passava pela literatura;

Primeiros estudos tinham uma orientao claramente marxista;

Partilhavam com a Escola de Frankfurt a perspectiva de que a sociedade de massas desviava o proletariado da sua vocao revolucionria;

Os artefactos culturais por ela produzidos tinham uma funo integradora.

Cultural Studies

Capitalismo favoreceria esta integrao atravs de um sistema de consumod a cultura meditica que asseguraria a sua hegemonia;

Modelo de sociedade de consumo americano.

Transposio das suas principais linhas de fora para a Gr-Bretanha do ps-guerra;

Descaracterizao provocada levou os intelectuais a procurarem uma nova forma de identidade cultural;

Cultural studies produzidos na Univerisidade Birmigham e pelo Glasgow Media Group.

Anos 50: novas influncias escolas francesa (Barther e Foucalt) e distanciamento em relao ao modelo autoritrio sovitico.

Evoluo

Centrada em valores como a nostalgia do meio de origem dos autores;

O estrato social de onde provm determina as mltiplas abordagens que se vo sucedendo no tempo e no fundo a reside a sua riqueza.

Outros enquadramentos, nomeadamente pela influncia central de Stuart Hall de raa negra, e originrio das Carabas;

Novas linhas de investigao incidem sobre grupos antes vistos como marginais e a forma como so tratados pelos media (feminismo, a comunidade gay, grupos urbanos, etc.)

Nas palavras de Matterlart e Neveu gnero e raa passavam a constituir os novos ngulos de anlise.

Mensagem dominante versus Mensagem marginal

Ideologia dominante propaganda pelos meios de comunicao social;

Praticam uma marginalizao sistemtica das mensagens culturais alternativas;

Essa circunstncia deve-se relao desenvolvida entre o poder e os rgos de informao Assim os media ajudam a reproduzir e a manter as definies das situaes que favorecem os poderosos, no s recrutando activamente os poderosos nas etapas iniciais onde os tpicos s estruturados, mas favorecendo certas formas de expor tpicos e mantendo certas reas estratgicas de silncio.

Especificaes

Produo noticiosa vista como independente do aparelho de estado capitalista;

Dinmicas das empresas so, em ltima anlise, responsveis pela sistemtica reproduo de smbolos, atravs da criao de mapas de significados;

Estes, enquanto facilitadores da inteligibilidade, levam a que o pblico consumidor adopte a mesma linguagem simblica e a reproduza.

Hall

Entende o campo jornalstico como um meio prprio visto como: () a social sector at least partially autonomous from external pressures and exhibiting some degree of internal homogeneity, whick taken as whole is able to exert a certain amont og power vis--vis other social sectores.

Chemski e Herman Os media americanos sustentam a manuteno sustentam a manuteno de uma reprovvel explorao dos pases do Terceiro Mundo pelos EUA.

So instrumento dessa dominao

O papel do jornalista enquanto informador independente cilindrado pelos interessas da empresa jornalstica que determinam o contedo das noticias.

So os interesses capitalistas que ditam aos jornalistas e directores o que escrever ou difundir nos rgos de informao. As empresas pertencem a grupos econmicos e tambm dependem em laraga escala dos anunciantes.

Agendamento condicionado

A dependncia estabelecida prefigura os temas tratados pelos diferentes meios noticiosos (agendamento): sempre os mesmos.

A prevalncia deste modelo garantida pelo que os autores denominam como cinco filtros que estruturam o modelo de propaganda:

1. a estrutura da propriedade

2. a base do lucro

3. dependncia das fontes governamentais e empresariais

4. as aces punitivas dos poderosos

5. ideologia anti-comunista dominante dos jornalistas americanos.

HERMAN

() Apenas um conjunto de assuntos ou factos posto disposio da populao em geral, e quer por censura tcita ou oficial, a condio de diversidade significativa no satisfeita. Ou, se os temas, factos e perspectivas que se desviam da perspectiva geral esto confinados aos limites dos media e no chegam ao grosso da populao, o resultado o que pode ser chamado de diversidade sem sentido ou marginalizada.Propaganda framework

Os media americanos articulam-se atravs de um modelo de propaganda.

Tm como base a agenda das instituies governamentais;

Jornalistas cobrem acontecimentos propostos por esse agendamento;

Mobilizam e sensibilizam a opinio pblica para o temrio das autoridades;

Enfatizam determinados aspectos noticiosos se eles so negativos para pases inimigos e desvalorizam-nos tratando-se de naes amigas.

No h concorrncia em termos de promotores de notcias, pelo que, o campo dos media uma arena fechada, sem que os jornalistas possam fazer nada para evitar.

HERMAN; CHOMSKY

The elite domination of the media and marginalization of dissidents that results from the operation of these filters occurs so naturally that media news people, frequently operating with complete integrity and goodwill, are able to convince themselves that they choose and interpret the news objectively and on the bases of professional news values

Ainda que no deliberadamente os jornalistas inserem-se num sistema censrio que promove uma distoro efectiva da realidade.EFRON, LICHTER; ROTHMAN; LITHER

The Media Elite outro ngulo de anlise

Dicotomia que assenta sobre a existncia de uma ideologia profissional vista como uma prtica que tem como base um ethos profissional (conjunto de valores, mas tambm de procedimentos inerentes ao exerccio informativo.

Por oposio, uma ideologia poltica que transparece dos contedos noticiosos, em funo das opes ou engajamentos de quem os produz.

Os jornalistas so apresentados como uma classe com objectivos ideolgicos prprios que escamoteiam a realidade para melhor servir os seus propsitos anti-capitalistas.

Parte da generalizao de que a maioria dos profissionais insere num figurino liberal, na concepo americana do termo.

HACKETT - estudos de parcialidade

Aponta esta metodologia a partir da preciso de vrios conceitos operativos.

A questo central a da oposio de parcialidade/objectividade.

Noes de falta de equilbrio e distoro configuram-se como duas das formas passveis de serem usadas pelos jornalistas.

Noes de falta de equilbrio e distoro configuram-se como duas das formas passveis de serem usadas pelos jornalistas.

Notcias sejam imbudas de valorizaes que lhes retiram a neutralidade que deveria caracteriz-las.

Contudo, globalmente os meios de informao procuram fazer a cobertura numa perspectiva de equilbrio, dando voz s vrias partes e com mais razo de ser nas matrias polticas.

Esta uma das quantificaes possveis em vrios estudos de caso, onde se procura determinar o comportamento dos media em relao aos vrios candidatos, atravs dos espaos que lhes so atribudos.

Anos 70 Teorias Construtivistas Ver TRAQUINA 94 Deficincias dos primeiros trabalhos realizados sobre a problemtica do jornalismo tenderam a valorizar um determinado ngulo de anlise e ignoram outros aspectos igualmente pertinentes.

Uma nova corrente de pensamento veio colocar no centro do debate a necessidade de se estabelecerem novas metodologias.

Permitiam outro tipo de articulaes e admitem vrios nveis de influncia sobre o campo noticioso.

Sem excluir o legado das investigaes anteriores, os novos estudos utilizaram concepes de investigao inovadoras.

Modelo usado pelos antropologistas: partem da ideia de uma observao participada, igualmente utilizada pela sociologia, nomeadamente das teorias da comunicao. SCHLESINGER

A abordagem etnogrfica, ao contrrio de outras abordagens centras no produtos dos mass media, permite a observao teoricamente orientada, das prticas sociais efectivas que do lugar produo cultural.

Novas Investigaes

Observao das rotinas dos profissionais e dos imperativos de trabalho, a organizao da empresa, os comportamentos face a distintas situaes, etc

Permitiu apontar alguns aspectos fulcrais neste modelo terico.

Dimenso transorganizacional das empresas e na importncia desempenhada pelas rotinas.

Primeiro aspecto, os estudos foram de encontro concepo enunciada por White em relao aos jornalistas ao integrarem uma nova empresa: a imitao das rotinas e os constrangimentos de cada meio, cabendo contudo espao para a iniciativa individual.

Nova Metodologia

Constatao: grande importncia das rotinas no processo de produo.

Entendidas como rituais adquiridos de maneira a facilitar o trabalho, permitem obedecer aos timings de fecho.

Do resposta ao fluxo constante de notcias, proveniente da rede de fontes,

As rotinas so variveis de um rgo de comunicao para outro, o que implica, a verificarem-se mudanas de empregador, que o jornalista tenha de refazer o seu processo de socializao.

A maior ou menor influncia destes procedimentos torna um meio mais flexvel que outro, o que pode trazer vantagens e desvantagens.

Para esta escola de pensamento no h uma distino clara entre a realidade e os media que reflectem essa mesma realidade.

SHOEMAKER E REESE

Defendem que cada fonte reflecte uma realidade social parcial.

Os jornalistas tm apenas acesso a um universo limitado de fontes e no sua totalidade. (tambm no tenho!) All these assessments o (?) social are social constructions, and, therefore each is subjective in its own way (1996:39)

Linguagem neutral impossvel, uma vez que ela igualmente elementos de mltiplas itneraces e do factor de socializao

SCHUDSON The news, then, is produced by people who operate often unwittingly, within a cultural system, a reservoir o stored cultural meanings, and patterns of discourse (2003: 14)

No processo de construo da notcia, os media fazem uma inevitvel estruturao dos acontecimentos.

Esta depende do papel desempenhado pela informao () News a form of culture incorporates assumptions about what matters what makes sense what time and place we live in, what range of considerations we should taker seriously.

Modelo

Este produto cultural resulta de 3 campos de interaco:

- aco pessoal- aco social

- aco cultural A delimitao destes campos e das interaces que se verificarem entre eles correspondem a um modelo de anlise global aplicvel ao estudo de qualquer sistema de produo de notcias.

Defende ainda que o jornalismo uma criao histrica que no facilmente transmissvel, enquanto o resto do mundo se altera.

Shudson

What reporters report on, how they report, what they give for, and how they go about their work vary from one era to another. But some features of reporting bequeathed on contemporary journalists () still shape the world of reporters and the world of the rest of as who read and listen to the news

Passam de gerao em gerao

Shoemaker e Reese

Aco pessoal as notcias resultam de quem as produz, das suas intenes e das suas capacidades.

Aco Social tem tambm a ver com o sistema de organizao dos media (imperativos noticiosos/ imperativos econmicos).

Aco ideolgica as notcias provm de grupos que procuram, atravs delas, servir as suas estratgias.

Aco cultural o que nos transmitido pelos media corresponde a um legado que determina a forma como so feitas, mas tambm do significado que lhe atribumos.

Aco do meio fsico e tecnolgico que tem a ver com as inovaes tecnolgicas j aqui mencionadas, mas tambm com o discurso especfico que cada um desses meios comporta.

Aco histrica se quisermos, as notcias so o produto deste processo onde interagem diferentes factores e atravs de vrias interaces tambm participam da sua construo.

Diversificao dos estudos

Desde a dcada de 70 e at actualidade, este conjunto ideolgico sofreu igualmente uma revoluo, conta com nomes como Halloron Cohen, Young, Hall Schudsson, Shoemaker, Resse, entre outros.

1. a importncia da dimenso transorganizazional no processo de elaborao das notcias;

2. importncia das rotinas no processo de produo

3. rejeio das teorias de aco poltica devido s rotinas.

Dimenso transorganizacional

o jornalista ao entrar numa redaco sofre um processo de socializao como j vimos na teoria organizacional.

O processo permite-lhe aprender as notcias atravs da observao, da experincia e da imitao dos colegas.

Atravs dos constrangimentos da redaco onde trabalha que o jornalista adapta-se empresa.

Porque muito do seu trabalho jornalstico consiste em rotinas.

CONTUDO: h tambm um espao de iniciativa pessoal, que tanto maior quanto menos hierarquizada fora a redaco.

Rotinas

As rotinas criam-se atravs de procedimentos padronizados com vista a tornar o trabalho mais fcil.

No a 1 linha de montagem mas este tipo de organizao garante ao jornalista, por um lado, obedecer aos timings de fecho, por outro, dar resposta ao fluxo constante de notcias, atravs da rede de fontes.

Existem ainda outros mecanismos, como a proteco das fontes, a linguagem, etc, que protegem a actividade do jornalistas de ataques de vrias ordens.

Recurso sistemtico a diversas formas de representao da realidade, que so comummente aceites pela comunidade jornalstica, mas tambm pelo pblico.

Algumas rotinas variam de um rgo de comunicao para outro e ao mudar o jornalista tem de refazer o seu processo de socializao. A maior ou menor influncia destes procedimentos torna um meio mais flexvel que outro, o que pode trazer vantagens e desvantagens.

Rejeio das teorias de aco poltica devido s rotinas

Ao atribuir tanta relevncia ao papel das rotinas no processo de produo noticiosa, os construtivistas rejeitam as concluses das teorias funcionalistas em que o jornalista no passa de um agente manipulado pela estrutura empresarial ou de um actor consciente ao servio de uma ideologia poltica.

Serve realmente uma ideologia que sobretudo profissional e que absorve atravs de um conjunto de interaces, pelas quais se processa a socializao tpica do meio.

Processo de construo

Para estes tericos, no h uma distino clara entre a realidade e os media que reflectem essa mesma realidade.

Ao contrrio do que defendiam muitos jornalistas, estes autores afirmam que a linguagem neutral impossvel, uma vez que ela igualmente elemento de mltiplas interaces e factor de socializao.

No processo de construo da notcia, os media fazem uma muito fiel estruturao dos acontecimentos.Duas correntes

A corrente estruturalista e a corrente interaccionista.

As divergncias processam-se a nvel da interpretao da organizao microssociolgica, noemadamente da interaco que se verifica entre o jronalista e as fontes.

Escola estruturalista

Tem como mentor inicial Stuart Hall e outros autores como Critcher, Jefferson e Clarke, e rev-se na escola culturalista britnica. Trata-se de mais uma interpretao em que os autores defendem que o jornalismo est ao servio da manuteno de uma hegemonia cultural.

Contudo, essa hegemonia, ao contrrio do que defendiam Chomsky e Herman, no se deve ao constrangimento exercido pela estrutura capitalista da empresa no contedo noticioso.

Mas sim devido natureza da relao entre as fontes e o jornalista a e a todo o processo de newsmaking.

O Newsmaking: de 3 factores primordias

1. a forma como os media se organizam e aqui est subjacente a estrutura montada para responder ao fluxo de acontecimentos, nomeadamente a agenda e os timings de fecho.

2. a forma como os jornalistas entendem a estrutura dos valores notcia, no sentido em que graas sua ideologia profissional, distinguem o que noticivel ou no, tm uma viso valorativa dos acontecimentos diferentes dos outros.

3. o processo de construo narrativa da notcia, em que o jornalista procurar dar ao pblico um produto intelegvel.

Mapas de significado os frames no so especficos do jornalismo, mas do sistema cultural geral;

no h recurso a frames que no sejam de identidade comum, quando as notcias (fontes) no se enquadram nos mapas de significado, so rejeitadas. Esta uma das razes de prevalncia da mensagem da ideologia dominante por parte dos media.

Relao com as fontes os autores entendem que, ao contrrio do que passa com a estrutura da empresa, os jornalistas no podem fugir a uma situao de sujeio.

Os autores analisam essa relao e definem um novo conceito : definidores primrios (Primary Defines) fontes institucionais, do comunicao j trabalhada. Estes primeiros definidores constituem o topo da hierarquia das fontes jornalsticas e exercem uma preponderncia absoluta na agenda dos media, conferindo-lhe uma interpretao sua inicial.

Preponderncia dos primary definers

Ao permitirem essa primazia de acesso, devido necessidade de notcias e s rotinas prprias das redaces, o processo de produo de notcias uma forma de perpetuar a ideologia dominante.

Secondary definers (os jornalistas) () theirs stuctured relationship to power has the effect of making them play a crucial but secondary role in reproducing definitions of those who have privileged access, as of right to the media as .

Rejeitam

A perspective difundida pelas escolas que assentam os seus modelos explicativos nas dinmicas organizacionais que conferem uma grande autonomia ao papel individual do jornalista.

PORQUE: partem de um pressuposto errado, no do ponto de vista das aces ritualizadas mas porque retransmitem acriticamente uma mensagem j formatada.

PORTANTO: a viso os media como wathdogs dos poderosos quimera, apenas actuante nas poucas situaes em que os primary definers no actuam concertadamente.

Escola Interaccionista

O processo de produo de notcias obviamente marcado pelo conjunto de interaces que vimos anteriormente, mas obedece a um imperativo que condiciona essa actividade o tempo.

Os interaccionistas defendem que os deadlines que determinam a estruturao do newsmaking.

A empresa jornalstica organiza-se de forma a cumprir o prazo do fecho. Todos os dias tem de se transmitir notcias sobre acontecimentos que podem ocorrer a qualquer hora e em qualquer lugar. O desafio dirio consiste em controlar o inesperado em termos de espao e tempo.

No organizativamente possvel ter uma rede de jornalistas em todos os stios e a toda a hora.

Ordem no espao e Ordem no Tempo

A empresa tem de criar uma estrutura que cobre um determinado espao geogrfico de forma a poder receber as notcias:

Tuchman define 3 estratgias possveis:

1. Territorialidade

2. Especializao organizacional

3. Especializao temtica

Through its arrangement of time and space are intertwined social phenomena, the news organization disperses a news net. By identifying centralizes sources of information as legitimated social institutions, news organizations and newsworkers wed themselves to specific beats and bureaus. Those sites are then objectified those sites of news gathering are objectified as legitimate and legitimating sources of both information and governance.

Tuchman (1980: 210)

Territorialidade geogrfica

Criao de uma rede de jornalistas que assegura a recolha de notcias num dado espao, essa rede tanto ou mais complexa quanto poderosa a empresa;

Apesar disso ningum consegue ter uma cobertura absoluta de todo o territrio. Os jornais mais poderosos conseguem ter correspondentes nas regies produtoras de notcias de acordo com o interesse das empresas e do pblico. Em situaes pontuais destacam-se jornalistas para cobrir temas, em reas que, partida, permaneceram fora da rede.

Mas de uma maneira geral as redes de profissionais estendem-se pelas zonas que tradicionalmente fornecem os temas ditados pela agenda e que constituem a maior parte dos contedos. Especializao organizacional

uma forma de obter notcias constantes, provenientes de fontes que produzem informao de uma forma sistemtica, como o conselho de Ministros, a Assembleia da Repblica, a Bolsa de Valores, etc. Trata-se obviamente da cobertura de temas institucionais e maioritariamente dos agentes polticos, que s se justifica pelo facto desses agentes fazerem notcia. A ronda ex:bombeiros, polciaEspecializao Temtica

uma das estratgias mais antigas do novo jornalismo e obedece diviso do jornal em seces, em que cada grupo de jornalistas, de acordo com o editor faz informao segundo reas como a sociedade, a poltica, o desporto, etc.

Ordem no Tempo

Para responder ao factor tempo as empresas jornalsticas respondem com uma estrutura temporal prpria que , partida definida pela periodicidade e pela actualidade.

A periodicidade determina que a redaco organize temporalmente para cobrir um dado perodo. A rede noticiosa funciona durante x tempo, em que os jornalistas fazem a cobertura das notcias de acordo com o esquema espacial anterior. aqui que cabe o papel do agente, ao diariamente definir as temticas a tratar segundo as seces.

Mas para alm das rotinas processuais, a notcia impem-se pelo critrio de actualidade. Da que o produto deste processo seja marcado pelo facto e no pela anlise. Portanto a organizao do tempo determina tambm a estruturao da notcia.

Tempo Para Schlesinger e Tuchman o tempo exerce uma tirana na actividade o jornalista. Schlesinger condiciona a produo de notcias a uma cronometria que as subdivide segundo categorias, (hotnews, spotnews, tunning news(, de acordo com a sua temporaldiade.

O curso segue um regular ciclo dirio, cuja cadncia pautada pelas deadlines. Estas e os inexorveis ponteiros do cronmetro so dois dos mais improtantes smbolos da cultura profissional do jornalista.Facto jornalstico Periodicidade

imediatismo determina tambm uma hierarquia

Schlesinger e Tuchman (1980) apontam ento uma oposio entre notcias que so reconhecidas como tal pela sua evidncia e simplicidade (hard news) e outras que representam estrias do interesse humano (soft news).Hard News and Soft News

Hard News: interpelao do governo, um catalicismo ou um crime

Notcias de ltima hora que implicam um acompahamento porque no h muita informao (developing news)

Outras que so acontecimentos extemporneos que implicam uma cobertura imediata e a sua divulgao (spotnews), normalmente relacionadas com acidentes naturais.

Tratamento noticioso que perdura no tempo (during news) e que implica um tratamento continuado e que na gira se chama o follow.up.

Soft news intemporais: estrias de interesse humano

Teoria do Agendamento McCombs e Shaw

Processo de agendamento

Vista de questes e acontecimentos que so vistos num determinado ponto no tempo e classificados segundo uma hierarquia de importncia.

Rogers, Bregman, Dearing

Mtodo

A incidncia da pesquisa fez-se sobre o relacionamento entre o agendamento dos media na cobertura de uma campanha eleitoral e os temas debatidos pelo pblico. A partir de um inqurito limitado, os autores defendem que o conjunto de notcias e a forma como elas so destacadas que determinam que elas sejam incorporadas pelas audincias.

A razo deste fenmeno, deve-se ao facto de os meios de informao serem, na maioria dos casos, a nica forma de acesso a que as pessoas tm em relao s temticas polticas.

Tipos de Agenda

estudos de agenda meditica (media agenda-setting) que incidem sobre os contedos dos media. Estudos de agenda pblica (public agenda-setting) que se debruam sobre quais os temas sobre que discutem as pessoas e o grau de importncia que lhes atribuda.

Estudos da agenda poltica governamental (policy agenda-setting) - de que consta a agenda dos membros do governo.

Quadro 1

Experincia pessoal e comunicao interpessoal

entre as elites e outros indivduos

Concluso do Estudo A capacidade os media em influenciar a projeco dos acontecimentos na opinio pblica confirma o seu importante papel na figurao da nossa realidade social, isto , de um pseudo-ambiente fabrica do e mntado quase completamente a partir dos mass media

Trs categorias de agentes1. News promoters indivduos e seus associados que identificam e tornam assim observvel, uma ocorrncia como especial.

2. News assemblers profissionais que transformam um perceptvel conjunto finito e ocorrncias promovidas em acontecimentos polticos, atravs de publicao ou radiofisuo.

3. News consumers aquele que assistem a determinadas ocorrncias disponibilizadas como recursos pelos meios de comunicao social.

Molotoch e Lester

Toda a gente precisa de notcias. Na vida quotidiana, as notcias contam-nos aquilo a que ns no assistimos directamente e do como observveis e significativos happenings que seriam remotos de outra forma.

O contedo das concepes do indivduo sobre a histria e o futuro da sua comunidade vem a depender dos processos pelos quais os acontecimentos pblicos se transformam em tema de discurso nos assuntos.

Organizao formal, enquanto rotinas de trabalho nas salas de redaco, enquanto padres de mobilidade profissional para um grupo de profissionais enquanto instituies de criao de lucros.

O ponto em que as organizaes jornalsticas geram necessidades de acontecimentos entre os news assemblers, necessidades essas que diferem dos news promoters, o ponto em que os media tm um papel institucionalmente padronizado e independente na produo de notcias.

Campo jornalstico

Organizao formal, enquanto rotinas de trabalho nas salas de redaco, enquanto padres de mobilidade profissional para um grupo de profissionais, enquanto instituies de criao de lucros.

o ponto em que as organizaes jornalsticas geram necessidades de acontecimentos entre os new assemblers, necessidades estas que diferem dos news promoters, o ponto em que os media tm os media tm um papel institucionalmente padronizado e independente na produo de notcias.

Notcias e seus efeitos

todos os assuntos de agenda-setting partilham uma preocupao bvia com a importncia relativa das questes pblicas, e uma preocupao menos bvia com o funcionamento geral da opinio pblica numa democracia.

Em ltima analise, a investigao do processo de agenda-setting procura oferecer uma explicao de como ocorre a mudana social na sociedae moderna.

-Gatekeepers

-Medias influentes

-Acontecimentos noticiosos espectaculare

Agenda meditica

Agenda pblica

Agenda poltica

Influenciam-se entre si

Indicadores do mundo real sobre a importncia de uma questo ou acontecimento da agenda