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TENSÕES AVALIATIVAS NA BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) DA UNIVERSIDADE E QUALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA Luciane Spanhol Bordignon Maria Estela Dal Pai Franco Egeslaine de Nez Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Grupo de Estudos sobre Universidade (GEU)

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Page 1: TENSÕES AVALIATIVAS NA BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) DA UNIVERSIDADE E QUALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA Luciane Spanhol Bordignon Maria Estela Dal

TENSÕES AVALIATIVAS NA BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) DA UNIVERSIDADE E

QUALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Luciane Spanhol Bordignon

Maria Estela Dal Pai Franco

Egeslaine de Nez

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)Grupo de Estudos sobre Universidade (GEU)

Page 2: TENSÕES AVALIATIVAS NA BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) DA UNIVERSIDADE E QUALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA Luciane Spanhol Bordignon Maria Estela Dal

INTRODUÇÃO• A formação docente é temática recorrente na

Educação.

• Aos desafios colocados para elevar a qualidade na formação de professores, novas respostas foram sendo construídas.

• Uma delas foi a criação do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID).

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OBJETIVO

• Tensionar um momento avaliativo sobre a relação entre a universidade e a Educação Básica, realizado através das percepções dos envolvidos na escola, com vistas à qualidade na/da Educação Básica.

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METODOLOGIA

• Pesquisa bibliográfica;

• Pesquisa de campo com coleta de dados através de questionários estruturados;

• Amostra: acadêmicos e coordenadores do PIBID.

• Instituições: duas universidades comunitárias (SC e RS); uma universidade pública (RS).

• Abordagem de análise dos dados: quali/quantitativa.

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BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID)

Iniciativa: aperfeiçoamento e valorização da formação de

professores para a Educação Básica. Finalidade: conceder bolsas a alunos de licenciatura participantes

de projetos de iniciação à docência desenvolvidos por Instituições de Educação Superior em parceria com escolas de Educação Básica da rede pública de ensino.

Projetos: devem promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola.

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OBJETIVOS DO PROGRAMA • Incentivar a formação de docentes em nível superior para a Educação Básica;

• Contribuir para a valorização do magistério;

• Elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração entre Educação Superior e Educação Básica;

• Inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem;

• Incentivar escolas públicas de Educação Básica, mobilizando seus professores como co-formadores dos futuros docentes;

• Contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes.

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DADOS ATUAIS

• 195 Instituições de Educação Superior;

• 288 projetos de iniciação à docência;

• 4 mil escolas públicas de Educação Básica.

Fonte: Capes (2013).

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BOLSAS CONCEDIDAS PELO PIBID EM 2012

Tipo de Bolsa Total

Iniciação à Docência 40.092

Supervisão 6.177

Coordenação de Área 2.498Coordenação Institucional 288Coordenação de Área de Gestão 266

Total 49.321

Fonte: Capes (2013).

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REFLEXÕES

• Marco regulatório: forte característica de ação estratégica, criado para enfrentar a questão da melhoria do ensino nas escolas públicas, especificamente nas que apresentam desempenho aquém do esperado;

• Característica articuladora entre os envolvidos na questão da qualidade da educação: as secretarias de educação e as universidades;

•Princípios: fortalecimento da escola pública e a crença de que os problemas da qualidade da educação não podem ser resolvidos isoladamente, mas só sob a égide da cooperação;

• Políticas públicas: constituem-se em forças estratégicas ao incitarem ações indutoras no enfrentamento de problemas e questões educacionais.

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Sobre o GEU

SOBRE A PESQUISA DE CAMPO

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COORDENADORES• Identificação (sexo, idade, formação acadêmica e área de formação).

• Há quanto tempo é coordenador do PIBID?

• Existem dificuldades na implementação do PIBID? Quais?

• Quais os avanços e desafios na aplicabilidade do PIBID?

• Na sua perspectiva, quais as modificações significativas na vida acadêmica e pessoal dos estudantes participantes do PIBID?

• Na sua opinião, o PIBID colabora para a formação docente dos acadêmicos? Em caso positivo, de que forma?

• Que tipo de atividades e de projetos são desenvolvidas na escola?

• Em sua perspectiva, como a escola (direção, professores, alunos e funcionários) compreende o PIBID?

• Qual a sua opinião sobre a relação da Universidade e Educação Básica por meio do programa?

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ACADÊMICOS• Identificação (sexo, idade, graduação).

• Há quanto tempo você participa do PIBID?

• Qual o sentido de participar do PIBID?

• Quais as modificações significativas em sua vida acadêmica e pessoal com a inserção no PIBID?

• Descreva a escola em que você participa do PIBID ( pública estadual, municipal, atende Educação Básica: Ensino Fundamental e/ou Médio, situada na zona urbana ou rural).

• Quais os projetos e ações desenvolvidas na escola?

• Em sua perspectiva, como a escola ( direção, professores, alunos e funcionários) percebe O PIBID?

• Qual a sua opinião sobre a relação da Universidade e Educação Básica por meio do programa?

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PERFIL DOS RESPONDENTES UNIVERSIDADE CURSOS TOTAL DE

DISCENTES/GÊNEROTOTAL DE

COORDENADORES/GÊNERO

Comunitária Catarinense

Pedagogia Matemática

64 feminino

2 masculino

1/feminino

Comunitária do Rio Grande do Sul

Pedagogia 65 feminino

1 masculino 

1/feminino

Pública do Rio Grande do Sul

MatemáticaFísicaTeatro História

51 masculino4 feminino

107 feminino

3 masculino

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ACADÊMICOSIDADE E TEMPO NO PROGRAMA

• Instituição A – 20 a 34 anos. Tempo no programa: 1 ano.

• Instituição B – 20 a 39 anos. Tempo no programa: 1 ano e meio.

• Instituição C – 19 a 23 anos. Tempo no programa: 2 a 3 anos.

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COORDENADORESIDADE

• Instituição A – 39 anos. • Instituição B – 52 anos. • Instituição C – 41 a 58 anos.

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TECENDO CONCLUSÕES

A análise das fontes e dos dados dos questionários possibilitaram a identificação de impactos positivos na vida acadêmica e pessoal dos participantes deste Programa, bem como a importância das relações Universidade e Educação Básica.

Certamente o PIBID se constitui num importante marco regulatório estratégico, pois, como tudo indica contribui para o enfrentamento da questão de melhoria do ensino nas escolas públicas. Igualmente, ressalta a característica articuladora entre os vários segmentos e esferas que perfazem a educação.

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REFERÊNCIAS:• ARAUJO, M. M.; et all. A prática da indissociabilidade do ensino-pesquisa-extensão na

universidade. Revista Brasileira de Agrociência. V. 4, n. 3, set./dez.,1998. • BALZAN, N. C. Indissociabilidade ensino-pesquisa como principio metodológico. In: VEIGA I. P.

A.; CASTANHO, M. E. (orgs). Pedagogia universitária: a aula em foco. Campinas: Papirus; 2000.

• BAZZO, V. L. Dilemas da profissionalidade docente na educação superior: entre o cientista e o mestre.In: FRANCO, M. E. D. P; KRAHE, E. D. Pedagogia universitária e áreas do conhecimento. Porto Alegre. EdiPUCRS, Série RIES/PRONEX. V. 1, 2007.

• FRANCO, M. E. D. P.; LONGHI, S. M.; RAMOS, M. G. Universidade e pesquisa: espaços de produção do conhecimento. Pelotas: UFPel, 2009.

• KRAHE, E. D. Sete décadas de tradição: ou a difícil mudança de racionalidade da pedagogia universitária nos currículos de formação de professores. In: FRANCO, M. E. D. P.; KRAHE E. D. (orgs.) Pedagogia universitária e áreas de conhecimento. Porto Alegre: Série RIES/PRONEX EdiPucrs,v.1, 2007.

• MANCEBO, D.; FRANCO, M. E. D. P. Trabalho docente: uma análise das práticas intelectuais em tempos de globalização. In: DOURADO, L. F.; CATANI, A. M.; OLIVEIRA, J. F. (orgs.). Políticas da educação superior: transformações recentes e debates atuais. São Paulo: Xamã; Goiânia: Alternativa, 2003.

• MOROSINI, M. C.; FRANCO, M. E. D. P. Universidade comunitária e sustentabilidade: desafios em tempos de globalização. Educar. Curitiba, n. 28, p. 69, UFPR, 2006.

• NÓVOA, A. O espaço público da educação: imagens, narrativas e dilemas. In: PROST, A. et allii. Espaços de educação tempos de formação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002.

• POMBO, O. GUIMARÃES, H. M.; LEVY, Teresa. A interdisciplinaridade: reflexão e experiência. Lisboa: Texto Editora, 1994.

• SANTOS, Boaventura de Souza; MENESES, Maria Paula. Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.

• SCHÖN, D. A. Formar professores como profissionais reflexivo. NÓVOA, A. Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.