tÉcnicas educacionais: as dificuldades do uso das mÍdias … 05 - 27 de maio d… · tÉcnicas...

4
ANO 15 - Nº 05 - 27 de Maio/2013 Boas Festas! A s práticas educa- cionais estão cada dia mais intensificadas a partir do uso de várias mídias. O conceito edu- comunicação remete ao docente um aprimoramento de suas técnicas em sala de aula e porque não pensar em uma formação continuada. Educar e comunicar são requisitos necessários para uma adequada prática docente, são preliminares para o saber fazer, onde o professor assume o papel de facilitador do conhecimento. A percepção do conhecimento gerado pelo profissional da educação deve ser clara e precisa. Para isso, se faz mister o aprofundamento das técnicas de mídias que o auxiliem na atuação em sala de aula. Para Adilson Citelli, no seu artigo Meios de comunicação e educação: desafios para a formação de docentes, o educomunicador não é apenas um agente que liga interfaces computacionais, mas um poderoso elemento de transformações, com conhecimentos recolhidos nos estudos da educação e da comunicação, e que nasce em decorrência dos imperativos de uma nova ordem histórica, social, cultural e econômica. Percebemos, em muitas Instituições de Ensino, o professorado com dificuldade em manusear tais instrumentos, por não terem conhecimentos básicos sobre o manuseio das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC), ou talvez por não se importar em sabê-lo, TÉCNICAS EDUCACIONAIS: AS DIFICULDADES DO USO DAS MÍDIAS DISPONÍVEIS por essa prática requerer uma parte do seu tempo. Tal postura pode fazer com que sua aula fique defasada. A prática da educomunicação ainda está longe da realidade das escolas brasileiras, devido o crescente jogo de forças que geram poder dentro destas instituições. Sobre esta questão, nos diz Vani Kenski que “as escolas e todos os espaços formais de educação são muito lentos na incorporação crítica de práticas que já fazem parte da cultura extra-escolar de usos dos meios para a comunicação, a interação e o trabalho em redes.” Destaca-se na contramão do processo elucidado por Vani Kenski, no artigo Educação e Comunicação: Interconexões e convergências, o projeto EducomTV, com sua proposta de “desenvolver projetos educomunicativos com intuito de ampliar a pesquisa e o debate sobre comunicação” e “introduzir na escola discussão dobre leitura e uso das mídias”. Refletir sobre esta problemática é um grande caminho para se achar a solução dos conflitos impostos pelas novas tecnologias na área da educação. A partir da análise de John Dewey sobre as experiências do professor com as ferramentas educacionais, Citelli conclui que se o professor abrir diálogo com os meios de comunicação, com os materiais diversos, com as diversas mídias isso facilitaria a aprendizagem dos alunos, tornando-o independente na construção do seu conhecimento, este se colocaria em sintonia com as dinâmicas sociais e ambientes educativos. Se analisarmos também o que no fala a proposição de Vani kenski: “O paralelo com a realidade pré-existente facilita a compreensão do novo meio tecnológico, ainda que sejam visões redutoras sobre as possibilidades do mesmo. Assim é que, em 1990, o então secretário de Educação americano refere-se à internet como a “lousa do futuro”. A internet como veículo de pesquisa e auxílio pedagógico está sendo muito útil no preparo do material didático do docente, pois desde a década de 1990, são fontes de consultas como ferramentas pedagógicas, fica aqui então explicitado o uso da tecnocomunicação em diferentes ambientes. É crescente a demanda dos alunos com conhecimento no uso da tecnologia da informação, o que se faz emergencial o professor assumir um papel de pesquisador nessa área para assim se aprofundar na mesma realidade do alunado. O que diminuem a ambiguidade entre o professor e aluno no que tange a prática na comunicação tecnológica. Usando a tecnocomunicação, de uma forma sensata, linkado as práticas da educomunicação, pode-se promover maior divulgação do que é produzido na internet, tornando seu conhecimento convergente com sua práxis, isso seria um algo a mais na formação do docente. Além de aprimorar a relação interpessoal do professor e educando, tornando o ambiente de aprendizagem mais facilitado e rico em informações que nutrirão no aluno uma expectativa positiva de valorização do conhecimento do professor. Patrícia M. P. do Nascimento é bióloga e aluna do curso de Gestão de SGI/QSMS

Upload: others

Post on 06-Aug-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: TÉCNICAS EDUCACIONAIS: AS DIFICULDADES DO USO DAS MÍDIAS … 05 - 27 de Maio d… · TÉCNICAS EDUCACIONAIS: AS DIFICULDADES DO USO DAS MÍDIAS DISPONÍVEIS por essa prática requerer

ANO 15 - Nº 05 - 27 de Maio/2013

Boas Festas!

A spráticas educa-cionais estãocada dia maisintensificadas apartir do uso devárias mídias. Oconceito edu-comunicação

remete ao docente um aprimoramentode suas técnicas em sala de aula eporque não pensar em uma formaçãocontinuada. Educar e comunicar sãorequisitos necessários para umaadequada prática docente, sãopreliminares para o saber fazer, onde oprofessor assume o papel de facilitadordo conhecimento. A percepção doconhecimento gerado pelo profissionalda educação deve ser clara e precisa.Para isso, se faz mister oaprofundamento das técnicas de mídiasque o auxiliem na atuação em sala deaula.

Para Adilson Citelli, no seu artigoMeios de comunicação e educação:desafios para a formação de docentes,o educomunicador não é apenas umagente que liga interfacescomputacionais, mas um poderosoelemento de transformações, comconhecimentos recolhidos nos estudosda educação e da comunicação, e quenasce em decorrência dos imperativosde uma nova ordem histórica, social,cultural e econômica.

Percebemos, em muitasInstituições de Ensino, o professoradocom dificuldade em manusear taisinstrumentos, por não teremconhecimentos básicos sobre omanuseio das Novas Tecnologias deInformação e Comunicação (NTIC), outalvez por não se importar em sabê-lo,

TÉCNICAS EDUCACIONAIS:AS DIFICULDADES DO USO DAS MÍDIAS DISPONÍVEIS

por essa prática requerer uma parte doseu tempo. Tal postura pode fazer comque sua aula fique defasada.

A prática da educomunicaçãoainda está longe da realidade dasescolas brasileiras, devido o crescentejogo de forças que geram poder dentrodestas instituições. Sobre esta questão,nos diz Vani Kenski que “as escolas etodos os espaços formais de educaçãosão muito lentos na incorporaçãocrítica de práticas que já fazem parte dacultura extra-escolar de usos dos meiospara a comunicação, a interação e otrabalho em redes.”

Destaca-se na contramão doprocesso elucidado por Vani Kenski, noartigo Educação e Comunicação:Interconexões e convergências, oprojeto EducomTV, com sua propostade “desenvolver projetoseducomunicativos com intuito deampliar a pesquisa e o debate sobrecomunicação” e “introduzir na escoladiscussão dobre leitura e uso dasmídias”. Refletir sobre estaproblemática é um grande caminhopara se achar a solução dos conflitosimpostos pelas novas tecnologias naárea da educação. A partir da análisede John Dewey sobre as experiências doprofessor com as ferramentaseducacionais, Citelli conclui que se oprofessor abrir diálogo com os meios decomunicação, com os materiaisdiversos, com as diversas mídias issofacilitaria a aprendizagem dos alunos,tornando-o independente naconstrução do seu conhecimento, estese colocaria em sintonia com asdinâmicas sociais e ambienteseducativos.

Se analisarmos também o que nofala a proposição de Vani kenski: “O

paralelo com a realidade pré-existentefacilita a compreensão do novo meiotecnológico, ainda que sejam visõesredutoras sobre as possibilidades domesmo. Assim é que, em 1990, o entãosecretário de Educação americanorefere-se à internet como a “lousa dofuturo”.

A internet como veículo depesquisa e auxílio pedagógico estásendo muito útil no preparo do materialdidático do docente, pois desde adécada de 1990, são fontes de consultascomo ferramentas pedagógicas, ficaaqui então explicitado o uso datecnocomunicação em diferentesambientes.

É crescente a demanda dos alunoscom conhecimento no uso datecnologia da informação, o que se fazemergencial o professor assumir umpapel de pesquisador nessa área paraassim se aprofundar na mesmarealidade do alunado. O que diminuema ambiguidade entre o professor e alunono que tange a prática na comunicaçãotecnológica.

Usando a tecnocomunicação, deuma forma sensata, linkado as práticasda educomunicação, pode-se promovermaior divulgação do que é produzido nainternet, tornando seu conhecimentoconvergente com sua práxis, isso seriaum algo a mais na formação dodocente. Além de aprimorar a relaçãointerpessoal do professor e educando,tornando o ambiente de aprendizagemmais facilitado e rico em informaçõesque nutrirão no aluno uma expectativapositiva de valorização doconhecimento do professor.

Patrícia M. P. do Nascimento ébióloga e aluna do curso de Gestão de

SGI/QSMS

Page 2: TÉCNICAS EDUCACIONAIS: AS DIFICULDADES DO USO DAS MÍDIAS … 05 - 27 de Maio d… · TÉCNICAS EDUCACIONAIS: AS DIFICULDADES DO USO DAS MÍDIAS DISPONÍVEIS por essa prática requerer

MAIO 201302 FOLHA AZUL

Participe enviando textos, piadas ou opiniões para:fffffolhaazul@aolhaazul@aolhaazul@aolhaazul@[email protected]

EXPEDIENTEEquipe Folha Azul

Colaboração: Alunos e professores da AVM FACULDADE INTEGRADAInformativo semanal/circulação interna - Tiragem: 6.000 exemplares

Os textos publicados aqui são de extrema responsabilidade dosautores.

O Folha Azul não efetua nenhum tipo de revisão enão se responsabiliza pelo conteúdo dos textos.

No dia 20 de Maio foicomemorado o Dia do PEDAGOGO.Nossa homenagem a todos queabraçaram a causa e a missão daEducação em sua vida profissional eaos alunos do curso de Pedagogia daAVM Faculdade Integrada.

“A palavra Pedagogia tem origemna Grécia antiga, paidós (criança) eagogé (condução), condução daaprendizagem das crianças e dosadolescentes. O Pedagogo é ocondutor , a criança o caminho.”

Ser Pedagogo...

Ser Pedagogo não é apenas serProfessora, Mestre, T ia,Coordenadora, Supervisora,Orientadora, Dona de escola. É maisdo que isso. É ser Responsável.

Ser Pedagogo é ter coragem deenfrentar uma sociedade deturpada,equivocada sem valores morais nemprincípios.

Ser Pedagogo é ser valente, poissabemos das dificuldades que temos emnossa profissão em nosso dia a dia.

Ser Pedagogo é saber conhecerseu caminho, sua meta, e saber atingirseus objetivos.

Ser Pedagogo é saber lidar com odiferente, sem preconceitos, semdistinção de cor, raça, sexo ou religião.

Ser Pedagogo é ter umaresponsabilidade muito grande nasmãos. Talvez até mesmo o futuro...

Nas mãos de um Pedagogoconcentra-se o futuro de muitosmédicos, dentistas, farmacêuticos,engenheiros, advogados, jornalistas,publicitários ou qualquer outra

DIA DO PEDAGOGO

profissão...Ser Pedagogo é ser responsável

pela vida, pelo caminho de cada umdestes profissionais que hoje nafaculdade e na sociedade nem se querlembram que um dia passaram pelasmãos de um Pedagogo.

Ser Pedagogo é ser mais queprofissional, é ser alguém que acreditana sociedade, no mundo, na vida.

Ser Pedagogo não é fácil, requerdedicação, confiança e perseverança.

Hoje em dia ser Pedagogo em umasociedade tão competitiva econsumista não se torna uma profissãomuito atraente, e realmente não é. Poisos valores, as crenças, os princípios, osdesejos estão aquém do intelectohumano.

Hoje a sociedade globalizada estámuito voltada para a vida materialista.As pessoas perderam- se no caminho dadignidade e optaram pelo atalho dacompetitividade, é triste pensar assim,muito triste, pois este é o mundo dosnossos filhos, crianças que irão crescere tornar- se adultos. Adultos em ummundo muito poluído de idéias esentimentos sem razão. Adultos quenão sabem o que realmentesão.Alienados, com interesses voltadosapenas pelo Ter e não pelo Ser.

Ser Pedagogo é ter a missão demudar não uma Educação retorcida,mas ser capaz de transformar asociedade que ainda está por vir.

Pode ser ideologia pensar assim,mas como Pedagogos temos acapacidade de plantar hoje nestasociedade tão carente de valores,sementes que um dia irão florescer.

E quem sabe essa mesmasociedade que hoje é tão infértil possacolher os frutos que só a Pedagogiapode dar.

Vanessa B. de Carvalho

Page 3: TÉCNICAS EDUCACIONAIS: AS DIFICULDADES DO USO DAS MÍDIAS … 05 - 27 de Maio d… · TÉCNICAS EDUCACIONAIS: AS DIFICULDADES DO USO DAS MÍDIAS DISPONÍVEIS por essa prática requerer

MAIO 2013 FOLHA AZUL 03

Quando me deparei com o artigode Rosiska Darcy de Oliveira, Laços enós familiares no jornal O Globo – 1/09/2012 – foi impossível não relembrar olivro de sua autoria Elogio da diferença:o feminismo emergente (1992). Neleela demarca aspectos relevantesacerca das transformações quanto àparticipação da mulher na sociedade.Rosiska Darcy de Oliveira aponta nessaobra a Revolução Industrial (século XIX)quando a miséria conduz mulheres àsfábricas sem qualquer privilégio; elas sedeparam com trabalhos penosos ebaixa remuneração: “... a RevoluçãoIndustrial introduziu uma primeiraruptura no paradigma da diferenciaçãode mundos, na medida em que separa acasa do lugar de trabalho e confrontahomens e mulheres às mesmasmáquinas, ritmos e exigências daprodução fabril.” (1992)

No século XIX na Europa, em plenaerupção da Revolução Industrial ascrianças, adolescentes e jovens daclasse trabalhadora participavamtambém da rotina da fábrica. No Braisl,no século XXI temos outros dilemas apartir da permanência em casa sozinhosindependentemente da classe social aqual pertencem. Há novasconfigurações familiares em que osadultos trabalham e muitos ficam sementender o sentido e o significado defamília por ficarem emoldurados nafamília burguesa sem recorrer a históriade consolidação dos modelosfamiliares e a intersecção dastransformações societárias querepercutem diretamente nodelineamento do seu perfil. P. Ariès(2011) nos apresenta o processohistórico de tais transformaçõesincluindo o lugar ocupado pela criançano interior da família, que se opõeclaramente ao que define o Estatuto daCriança e do Adolescente. Essa leituranos faz entender as contradições docotidiano quando se expressa a negaçãode incorporação de crianças eadolescentes enquanto cidadãos dedireitos na família para contextualizare não simplesmente direcionar culpasà família.

F. Engels (2002) descortina afamília burguesa e propiacia umaaproximação com a realidadecontemporânea em que a dimensãosocial e econômica delineia o cotidianodas famílias.

FAMILIAS, NOVAS CONFIGURAÇÕES E A ESCOLAConceituo família contem-

porânea brasileira a partir dacomplexidade que rege a totalidade dasrelações sociais de produção ereprodução configuradas peloneoliberalismo. A família é um recorteda organização societária na qual sãoreproduzidos os aspectos sociais,históricos, econômicos, políticos, éticose culturais. Simultaneamente, surgeuma organização familiar constituída,seguindo vínculos pela sobrevivência,afetividade, solidariedade, convivênciasocial estreita resultando em arranjose configurações fora do padrão burguêsde consanguinidade e matrimônio.

As relações engendradas a partirdo trabalho e da necessidade desujeição ao salário que abarcam todasas classes sociais na garantia dasobrevivência segundo o perfil de cadagrupo social, somada à sequênciahistórica que no acúmulo dos anosdefine as relações sociais na medida emque sujeitos históricos escrevem ahistória da humanidade e as suaspróprias histórias e existe apossibilidade de perda de controleemergindo resultados que nãocorrespondem ao esperado.

As histórias familiares retratamausências. Vários de seus membrosinseridos no mundo do trabalho onde otempo é o tempo para e pelo trabalho.Quem assume a responsabilidade depropagar a cultura, disseminar valores,sistematizar aprendizagens em espaçoextra escolar, consolidarreconhecimento de pertencimento àsfamílias, elaborar discursos em que alinguagem oral é objeto deaprendizagens informais àqueles queainda acumulam anos de vida: crianças,adolescentes e jovens?

Há quem acredite que os meios decomunicação, como o celular e ocyberespaço preencham as ausênciasdemandadas pelo trabalho junto acrianças, adolescentes e jovens. Alógica que perpassa tal solução é ocontrole. Apaga-se assim a lógica daconvivência, do estar compresencialmente, do diálogo ao vivo, datroca cultural face a face. Com as novasformas de se relacionar com as novasgerações, como se acolhe as exigênciasda escola veiculadas pelos professores.

A vida contemporânea tornavirtual muito da comunicação e dainformação, mas não abarca os

problemas. Como os resolver? Asdificuldades de relacionamento entrepares, as dúvidas impostas pelasangustias inerentes a cada faixa etária,as ameaças advindas de toda parte quefazem florescer medos e inseguranças,as dificuldades de aprendizagens, semconsiderar que espaço intra familiar évez por outra propulsor de ameaças eviolências. E a escola é a escola porexcelência um espaço pedagógico, nãoé a família. Ela abraça, acolhe, acalanta,mas não é a família.

A escola identifica, vê, assimila,mas não cabe a ela ou ao professorresolver. Ela aciona. O ato de acionartem fundamental relevância. Uma açãode apresentação à família de algoidentificado precocemente pode fazera diferença. Outros profissionais fora doespaço físico escolar podem seracessados pela família. Adisponibilidade ou existência desseprofissional na rede de serviços queoperacionaliza as políticas públicasdeve incorporar uma agenda de lutapela qualidade de serviços envolvendovários atores sociais.

Independentemente dasconfigurações familiares e da escolaque almejamos, crianças, adolescentese jovens, fecundados ou não poraqueles que lhe são próximos, alunosmaravilhosos ou que nos desafiam apensar, precisam encontrar uma novaconcepção de igualdade, distinta dadisputa, da prevalência do poder, umadiferença na igualdade, numa remissãoa Rosiska Darcy de Oliveira. E sem asparticipações exageradas dastecnologias que não têm a função desubstituir a família e nem a escola.

Como certa vez disse JoséSaramago:

“Se é verdade que não somos maisque contos ambulantes, contos feitosde contos, e que vamos pelo mundocontando o conto que somos e oscontos que aprendemos, parece-meigualmente claro que nunca poderemoschegar a ser mais que isso, esses seresfeitos de palavras, herdeiros daspalavras...”, e as palavras introduzem odiálogo e a troca entre os sujeitoshistóricos, eu acresço.

Rosangela Oliveira Gonzaga de ,Mestra em Serviço Social e aluna de

Licenciatura em Sociologia.

Page 4: TÉCNICAS EDUCACIONAIS: AS DIFICULDADES DO USO DAS MÍDIAS … 05 - 27 de Maio d… · TÉCNICAS EDUCACIONAIS: AS DIFICULDADES DO USO DAS MÍDIAS DISPONÍVEIS por essa prática requerer

MAIO 201304 FOLHA AZUL

Por um período longo de tempo quandose falava em trabalhos em organizações, logovinha à ideia de sacrifício, cobrança, poucavalorização, remunerações insuficientes,cansaço, entre outras insatisfações do serhumano em vista ao emprego que batia suaporta. Ora essas qualidades negativasapareciam em conjunto, ora individuais. Decerta forma elas se apresentavam no campode visão do trabalhador, que muitas vezesrealizava seu trabalho sem objetividade, causae sem contexto, não via resustados positivosdiante de sua produtividade. O trabalho eradefinido como algo a ser feito por punição,castigo e é claro, algo a ser desprezado porquem o cumprisse. De acordo com nossacultura, como alguém poderia ter prazer emtrabalhar? E por consequência o resultado eraplena insatisfação do empregado, poucaprodução, e cobrança exagerada por parte doempregador, falta de planejamento e incentivo.Tudo isso, desenvolvia resultados catastróficospara ambas as partes, pois nem um nem outrocedia às mudanças do ambiente.

Hoje a sociedade está inclinada a cedera essas mudanças que vem ocorrendo aolongo dos anos, essas modificações, ora nocomportamento, ora na tecnologia, ora naeconomia, estão abrindo janelas para um novoplanejamento, podendo influenciarpositivamente nosso sitema atual de trabalho.Já podemos ver atualmente essa influência,quando verificamos a implementação denovos conceitos estimuladores nas empresas

“ASPECTOS HUMANOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DEQSMS/SGI” NA FORMAÇÃO DE GESTOR SGI/QSMS

como os “5S”, PDCA e os Seis Sigmas e outrosconceitos e práticas de Gestão que influenciamo dia a dia das organizações, como:

Liderança: que estimula a empresa a terfoco no cliente, nos relacionamentosmutuamente benéficos entre seusempregados e clientes e no estado dedesenvolvimento de pessoas. Os líderesempresariais perceberam que suasorganizações são compostas de pessoas, asquais têm sentimentos, anseios e limitações,sendo necessária uma abordagem especialpara acontecer mudanças, principalmente daparte da organização, que precisam ter umolhar perceptível para alcançar seusfuncionários. Até porque o grande problemada manutenção dos aspectos da qualidadeestava nas lideranças e nas pessoas que asformava.

Competência: sendo este a capacidadede aplicar conhecimentos e habilidades paraalcançar resultado esperados (ISO 10018). Aliderança que consegue desenvolver em seusfuncionários essas habilidades terá agregadovalores que serão de suma importância parao desenvolvimento da empresa. Tal comoefetiva interação entre as pessoas e osprocessos, para assim melhorar odesempenho organizacional, gerandobenefícios mútuos para a organização e paraas pessoas.

Causa: sem causa as pessoaspermanecem desestimuladas ao trabalho, aascensão, ao aprendizado. Cabe ao Gestor

estimular um ambiente em que todos sejamouvidos, que suas ideias sejam aproveitadasde acordo com a necessidade da empresa. Aspessoas devem ser incentivadas a perceber oambiente de trabalho, com a ajuda da pesquisade clima, onde demonstrarão a realidade deseus setores muitas vezes negligenciada porseus superiores. E não podemos nos esquecerda valorização de trabalho, onde o Gestorestimula os funcionários a permanecerem emseus empregos, podemos assim dizer “trataro outro como ele quer ser tratado e não aocontrário”.

Comunicação que direciona todas asetapas anteriores. Segundo IdalbertoChiavenato (Comportamento Organi-zacional.RJ: Campus: 2010, p. 316) é a troca deinformações entre indivíduos. Significa tornarcomum uma mensagem ou informação. Olíder que não tiver uma boa percepção do queestá acontecendo com seus colaboradores,não entende seus diálogos e não sabeapresentar suas mensagens, fica comdificuldades em tomar de decisões. Ele deveficar alerta para com seus atos e os atos dosseus colaboradores.

Dessa forma, percebemos quemelhorar a comunicação com oscolaboradores que fazem parte do ambientede trabalho, desenvolvimento de estratégiasde empenho e eficiência de trabalho, comoouvir e deixar expor suas ideias e uso depráticas que estimulem essas situações sãofatores enriquecedores que levam aodesenvolvimento de todos os envolvidos nasorganizações.

Patrícia M. P. do Nascimento é biólogae aluna do curso de Gestão de SGI/QSMS