(tcc sobre a manutenÇÃo da qualidade de energia elÉtrica - ifpe)

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA & TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE PROCESSOS, CONTROLE E SISTEMAS ELETRO-ELETRÔNICOS COORDENAÇÃO DE ELETROTÉCNICA COORDENAÇÃO DE INTEGRAÇÃO ESCOLA-EMPRESA TÍTULO DO TRABALHO: MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA Eliezer Costa de Souza Junior RECIFE Dezembro de 2011

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Page 1: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA & TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE PROCESSOS, CONTROLE E SISTEMAS ELETRO-ELETRÔNICOS

COORDENAÇÃO DE ELETROTÉCNICA COORDENAÇÃO DE INTEGRAÇÃO ESCOLA-EMPRESA

TÍTULO DO TRABALHO:

MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA

ELÉTRICA

Eliezer Costa de Souza Junior

RECIFE Dezembro de 2011

Page 2: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA & TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE PROCESSOS, CONTROLES E SISTEMAS ELETRO-ELETRÔNICOS

COORDENAÇÃO DE ELETROTÉCNICA COORDENAÇÃO DE INTEGRAÇÃO ESCOLA-EMPRESA

TÍTULO DO TRABALHO:

MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA

Relatório de estágio curricular apresentado à Coordenação de eletrotécnica como um dos requisitos para obtenção do título de técnico em ELETROTÉCNICA do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE .

Aluno: Eliezer Costa de Souza Junior

Professor orientador: Jairson M. B. Santos

RECIFE 2011

Page 3: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

3

AGRADECIMENTOS

Ao Eterno Deus primeiramente, por tudo o que representa para

mim. Aos meus pais, o Sr. Eliezer Costa de Souza e a Sra.

Maria José da Silva Souza, por todo apoio que um filho

necessita para progredir. A minha querida esposa, sempre

presente nos bons e maus momentos. A minha linda filha, que

chegou me dando mais ânimo para continuar. Ao Profº. Jairson

Santos pelas orientações e a todos os que contribuíram de

forma direta ou indireta para esta nova etapa da minha vida,

em especial, aos Professores e Engenheiros Abílio Muniz,

Heldemarcio Ferreira, e José Marcelo.

Page 4: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

RESUMO

Atuar num departamento de manutenção e operação do sistema elétrico

de distribuição e conhecer todos os processos deste setor é fundamental do ponto

de vista técnico-operacional para se entender as etapas da atividade-fim de uma

concessionária de energia elétrica, para isso, é preciso estar técnica, física e

psicologicamente preparado para o desenvolvimento das atividades diárias que

envolvem o conjunto de operações na rede elétrica. Desta forma, expõe-se aqui o

que foi constatado na relação entre as teorias apresentadas em sala de aula e as

práticas de campo na Celpe, descrevendo-se todo o aprendizado na realização das

manutenções nas linhas e redes de distribuição energizadas ou desenergizadas.

Atividades desenvolvidas em horário comercial, 08 horas por dia, com 1 hora e 30

minutos de intervalo, a partir do meio-dia, e retornando às 13 horas e 30 minutos de

segunda a sexta-feira. A escolha por este título deve-se ao fato de ser a área de

desempenho contínuo na mesma função nos últimos 05 anos, havendo desta forma

maior embasamento das informações contidas, bem como maior detalhamento dos

processos, ferramentas e procedimentos operacionais e de segurança, conforme o

perfil de competências funcionais do cargo, utilizando os normativos e

procedimentos existentes, para melhoria da qualidade de fornecimento de energia

elétrica, logo, as conquistas mais significativas obtidas no decorrer do tempo, nesta

função, apontam para o aprendizado diário sobre a metodologia das atividades

desenvolvidas nas manutenções do sistema elétrico de distribuição em média e

baixa tensão – partes finais do sistema elétrico de potência e espinha dorsal da

atividade-fim de uma concessionária de energia elétrica. Portanto, os objetivos finais

de aprendizado foram alcançados não só do ponto de vista das funções técnico-

operacionais, como também em relação à funcionalidade de cada uma das partes do

negócio que compõe o produto comercializado e da interação das partes entre si.

Palavras – chave: (UCs) Unidades Consumidoras. (SEP) Sistema Elétrico de

Potência. (QEE) Qualidade de Energia Elétrica.

Page 5: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

5

FICHA BIBLIOGRÁFICA DO RELATÓRIO FINAL CURRICULAR

Empresa: Celpe – Companhia Energética de Pernambuco.

Endereço: Rua Isaac Markman nº 421, Bongi, Recife/PE, CEP 50751-370.

Status da Empresa: Concessionária de Energia Elétrica do Estado de

Pernambuco.

Departamento de Operação e Manutenção Metropolitano Sul – O.S.M.S.

Coordenador de Operação: Ailton Leite.

Coordenador de Manutenção: Claudio Raimundo.

Gestor da unidade: Bartolomeu de Barros Alheiros Junior.

Gerente do Departamento de Operações: Aldo Moreira Formiga.

Diretor Presidente: Luiz Antônio Ciarlini.

Local de Realização da Atividade: Atividade externa, Região Metropolitana Sul.

Carga Horária Mensal: 160 horas.

Carga horária Semanal: 40 horas.

Atividade profissional exercida sob o cumprimento de Normativos de Saúde e

Segurança Ocupacional, Leis do Ministério do Trabalho e Emprego, Acordo

Coletivo de Trabalho, procedimentos operacionais de distribuição regidos por

Normas Regulamentares, Normas Internas (Código de Ética) e Resoluções da

ANEEL.

Page 6: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03

RESUMO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

FICHA BIBLIOGRÁFICA DO RELATÓRIO FINAL CURRICULAR . . . . . . . . . . 05

SUMÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06

1. – INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

2. – OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

2.1. Objetivo Geral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

2.2. Objetivos Específicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

3. – HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR ELÉTRICO NACIONAL . . .10

4. – HISTÓRIA DA CELPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

5. – ASPECTOS GERAIS DA QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRI CA (QEE). 18

5.1. Qualidade do Produto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

5.1.1 Tensão em Regime Permanente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

5.1.2 Fator de Potência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

5.1.3 Harmônicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

5.1.4 Desequilíbrio de Tensão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

5.1.5 Flutuação de Tensão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

5.1.6 Variação de Tensão de Curta Duração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

5.1.7 Variação de Frequência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

5.2. Qualidade dos serviços prestados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

5.2.1 Conjunto de Unidades Consumidoras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

5.2.2 Limites dos Indicadores de Continuidade Anuais, Trimestrais

e Mensais por Ponto de Conexão e Tensão Contratada. . . . . . . . . . 34

6. – FUNDAMENTOS DA MANUTENÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

6.1. Definições. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

6.2. Tipos de Manutenção e Procedimentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

6.3. Equipamentos e Processos da Medição Gráfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

6.3.1 RMS Sistemas Eletrônicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

6.3.2 IMS Power Quality. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

6.3.3 SEED’EL Tecnologia Ltda.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

Page 7: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

7

7. – MEMORIAL DESCRITIVO REFERENTE À METODOLOGIA DE

TRABALHO DESENVOLVIDO NA FUNÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

8. – RELAÇÃO DE FERRAMENTAS, EPIs E EPCs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

9. – PERFIL DO PROFISSIONAL DE SERVIÇOS DE MANUTENÇ ÃO EM

LINHAS E REDES ELÉTRICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

10. – CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

11. – REFERENÊNCIAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

12. – ANEXOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

10.1. - ANEXO A – Folha de Preenchimento da APR. . . . . . . . . . . . . . . . 65

10.2. - ANEXO B – Folha de Preenchimento do RUV. . . . . . . . . . . . . . . . 66

10.3. - ANEXO C – Folha do check-list. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

10.4. - ANEXO D – Folha da Ordem de Serviço de Manutenção da

Qualidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

10.5. – ANEXO E – Inspeção de Segurança dos Processos de

Qualidade do Produto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

10.6. - ANEXO F – Fotos referentes às Atividades de Manutenção e

Operação do Sistema Elétrico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

10.7. – ANEXO F – Breve Glossário do Setor Elétrico Brasileiro. . . . . . . . 73

Page 8: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

1. INTRODUÇÃO

Este relatório descreve as intervenções na rede elétrica de distribuição em

média e baixa tensão, para realização de diversas manutenções, em especial, a

preditiva, para análise e melhoramento da qualidade de energia elétrica a partir da

medição gráfica, sob a supervisão da coordenação de manutenção da Unidade de

Operação e Manutenção Metropolitana Sul – OSMS, programando e instalando

equipamentos de medição de grandezas elétricas ou simplesmente chamados de

equipamentos de medição gráfica, para análise da qualidade do produto. De forma

que, após o estudo dos gráficos registrados por esses aparelhos, pode se verificar

qual o tipo de operação mais adequada a ser realizada na rede elétrica, a fim de

garantir o fornecimento contínuo da energia com níveis satisfatórios de segurança e

qualidade final do produto. Depois de algum tempo no exercício contínuo dessas

atividades, associado aos treinamentos e melhoramentos tecnológicos, existe um

alicerce mais sólido do ponto de vista prático e teórico para um melhor

desenvolvimento e apresentação das atividades diárias.

Atividade externa realizada no perímetro de atuação da OSMS, que

vai da Estrada de Curcurana, no bairro de Pontezinha, no Cabo de Santo

Agostinho, até as proximidades da escola de aprendizes marinheiros, e do

marco zero no Recife até o bairro de Bonança em Moreno, com viatura

especializada, em turnos diários de 08 (oito) horas, de segunda a sexta-feira.

Podendo ainda, dependendo da contingência de serviços, haver apoio ao

Centro de Operações Integradas - (COI), ajudando a prontidão de luz a realizar

outros tipos de manutenção, principalmente a corretiva, além de dar apoio a

outros técnicos em subestações, acompanhando-os como dispõe a NR-10, em

manobras de fechamento ou abertura de chaves das linhas de transmissão ou

outros serviços correlatos, além de dar apoio fortuito a Polícia e ao Corpo de

Bombeiros Militar em casos específicos, tudo, como dispõe o módulo 08 do

PRODIST e a Resolução 414/2010 da ANEEL, em paralelo aos níveis de

segurança do trabalho exigidos pela Celpe e o Ministério do Trabalho e

Emprego, de forma satisfatória para clientes, funcionários e prestadores de

serviços.

Page 9: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

9

2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Desenvolver atividades no segmento de manutenção e operação do

sistema elétrico de potência, em tensão igual ou inferior a 13800 Volts, executando

atividades corretivas, preventivas e preditivas, dentre outras atividades correlatas ao

perfil do curso e da atividade profissional para melhoria da qualidade de

fornecimento de energia elétrica e qualidade do serviço prestado para solucionar da

melhor forma, as reclamações dos clientes desta concessionária de energia.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Executar os serviços de manutenção preditiva, preventiva e corretiva na

rede de distribuição de baixa tensão, energizada ou desenergizada,

utilizando os normativos e procedimentos existentes para atender e

resolver as reclamações dos clientes.

• Realizar vistorias de danos elétricos, conforme Resolução ANEEL

414/2010 para verificar o nexo de causalidade do sinistro nas

reclamações dos clientes.

• Executar os serviços de manutenção corretiva ou preventiva na rede de

distribuição de média tensão (MT) desenergizada, utilizando os

normativos e procedimentos existentes para atender e resolver as

reclamações dos clientes.

• Efetuar medições instantâneas de tensão e corrente e/ou, instalar ou

retirar aparelhos registradores de grandezas elétricas, adequados para

verificação do nível de qualidade do fornecimento de energia elétrica.

• Acompanhar ou executar manobras nos equipamentos instalados nas

subestações sob a supervisão do centro de operações integradas – COI,

utilizando os normativos e procedimentos existentes para a normalização

do fornecimento de energia elétrica.

• Supervisionar e liderar equipes próprias ou contratadas, utilizando os

recursos disponíveis para atender os serviços programados ou eventuais.

Page 10: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

3. HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR ELÉTRICO

NACIONAL

Nos últimos anos, o setor elétrico brasileiro passou por grandes

transformações que foram intensificadas a partir de 1995 com o processo de

privatização das empresas estatais de energia elétrica.

A Lei 9.074/1995 define regras para a atuação do Produtor Independente

de Energia e da opção de compra de energia por parte dos grandes clientes. A Lei

10.848/2004 visa aumentar a concorrência entre as empresas do setor pela

contratação livre na comercialização de energia. Outro objetivo é garantir a

capacidade de investimento das empresas do setor elétrico, sejam elas geradoras,

transmissoras ou distribuidoras, de modo a garantir o abastecimento de energia

elétrica diante do aumento do consumo que se tem verificado nos últimos anos. O

marco inicial aconteceu em 1879, quando foi inaugurada iluminação elétrica na

estação central da ferrovia Dom Pedro II (Central do Brasil), no Rio de Janeiro, cuja

fonte de energia era um dínamo. Em 1881, instala-se a primeira iluminação pública

ainda alimentada por dínamos, num trecho do jardim do Campo da Aclamação, a

atual Praça da República. No mesmo ano, a energia elétrica foi utilizada para

iluminar dependências do edifício do Ministério da Viação durante um evento.

Já em 1883 o Brasil inaugurava a sua primeira central geradora: uma

unidade termelétrica com 52 kW de capacidade, movida a lenha, que alimentava 39

lâmpadas na cidade de Campos, RJ, inaugurando a prestação do serviço público de

iluminação na América do Sul. A primeira hidrelétrica brasileira foi construída em

1883, em Diamantina, MG. No início do século, diante de várias necessidades nas

cidades brasileiras, investidores canadenses e americanos, em 1904, criam a Rio de

Janeiro Tramway, Light and Power Company para explorar praticamente todos os

serviços urbanos: transportes, iluminação pública, produção e distribuição de

eletricidade, distribuição de gás canalizado e telefonia. Nesse contexto surgem as

primeiras tentativas de regulação, por parte do Estado, do ainda incipiente emprego

da energia elétrica do Brasil. Nos anos 30 o Governo Federal foi intervencionista na

gestão do setor de águas e energia elétrica com a formalização do Código de Águas

(Decreto 24.643, de 10 de julho de 1934). A nova política setorial revê os critérios

Page 11: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

11

para estabelecimento de preços a fim de garantir ao prestador do serviço a cobertura

das despesas de operação e das cotas de depreciação e reversão e a justa

remuneração do capital investido. Ao longo dos anos 40, seguindo a tendência de

outros setores estratégicos, o Estado amplia seu papel e atua diretamente na

produção. O primeiro investimento nesse sentido foi a criação da Companhia Hidro

Elétrica do São Francisco (CHESF) em 1945, e consequentemente, importantes

mudanças na legislação tarifária brasileira.

Anos 90. – Início da reforma

O primeiro passo foi dado em 1993 com a extinção da equalização

tarifária e a criação dos contratos de suprimento entre geradores e distribuidores,

começando a se preparar o mercado para a desestatização. Em 1995, o Programa

Nacional de Desestatização alcança definitivamente o setor elétrico. Em 1996, o

Ministério das Minas e Energia implanta o Projeto de Reestruturação do Setor

Elétrico Brasileiro (Projeto RE-SEB). Uma das principais consequências foi a

desverticalização da cadeia produtiva: geração, transmissão, distribuição e

comercialização de energia elétrica, que se tornaram então, áreas de negócio

independentes. Diante desse novo desenho, o Governo Federal cria, ainda em 1996,

a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), cuja função é regular as atividades

do setor. Outras mudanças foram implantadas com o objetivo de organizar o

mercado e a estrutura da matriz energética brasileira, com destaque para a criação

do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos em 1997 e do

Operador Nacional do Sistema (ONS), em 1998.

Década de 2000. - Uma nova postura

Em maio de 2001 o governo adotou medidas emergenciais para evitar um

colapso na oferta de energia do país. A crise alertou para a necessidade de novas

formas de geração de energia, como as termelétricas que operam com combustíveis

como o bagaço de cana (biomassa) e o gás natural. O Governo apoiou o

desenvolvimento de projetos de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), fontes não-

convencionais e conservação de energia. Entre 2003 e 2004 foram criadas a

Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Comitê de Monitoramento do Setor

Elétrico (CMSE), e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Page 12: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

4. HISTÓRIA DA CELPE

Com mais de três milhões de

clientes, a empresa investe

fortemente para prestar um serviço

de qualidade com compromisso,

transparência, qualidade de gestão,

eficiência e preço justo para o

consumidor.

A Celpe vem alcançando níveis de eficiência que a situam entre as

melhores distribuidoras de energia do Brasil, segundo índice da Aneel (Agência

Nacional de Energia Elétrica) de Satisfação do Consumidor. A concessionária

atende a 100% da área urbana do Estado e está prestes a alcançar a totalidade na

área rural, garantindo o alcance à energia elétrica e o direito à cidadania por meio do

acesso a melhores condições de saúde, segurança e trabalho, acesso à informação,

cultura e lazer e muitos outros benefícios paralelos a estes.

Como empresa moderna, a Celpe tem feito mudanças em sua estrutura: reformou

agências, adotando um padrão de atendimento personalizado, implantou Pontos

Celpe - estabelecendo parcerias com o comércio de pequenas cidades - e ainda

oportunizou um eficiente Centro de Teleatendimento e um avançado Centro de

Operações Integradas (COI). Além disso, a Empresa investe na formação e

capacitação de empregados e prestadores de serviços para elevar o padrão no

atendimento e nos serviços.

A Companhia também se mantém atualizada com novas tecnologias na

telecomunicação, distribuição e manutenção, contribuindo para elevar os índices de

qualidade no fornecimento de energia elétrica. Acrescente-se a isso, o

investimento em Programas de Pesquisa e Desenvolvimento e no Combate ao

Desperdício de Energia, numa parceria com universidades e órgãos públicos, que

beneficia escolas, comunidades, comércio e indústrias. Com uma gestão

socialmente responsável, a Celpe implementa suas ações de responsabilidade

social e sustentabilidade por meio de programas estruturados como o “Energia para

Page 13: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

13

Crescer”, promovendo os pilares para educação, meio ambiente e cultura. O

programa investe em comunidades de baixo poder aquisitivo através de projetos

sociais próprios e de organizações não-governamentais, com vistas à inclusão social

e à sustentabilidade.

A Companhia também beneficia instituições como o Movimento Pró-

Criança, a Organização Auxílio Fraterno, a Criança Cidadã e a Pastoral da Criança

com a doação financeira de clientes por meio da fatura de energia na Campanha

Clarear. Além disso, a Celpe mantém uma série de programas voltados para as

comunidades como o Luz no Empreendedorismo, com projetos de geração de

trabalho e renda, e a “Ação Integrada”, que procura reduzir perdas através de uma

relação mais transparente com os clientes de baixa renda.

Na área cultural, a Empresa tem contribuído na promoção de feiras,

exposições, congressos, lançamento de livros e na divulgação de espetáculos

teatrais, musicais, entre outros eventos, aprovando projetos através da Lei de

Incentivo à Cultura e com recursos próprios, estimulando o resgate e longevidade da

cultura pernambucana. A empresa nasceu em 10 de fevereiro de 1965 como

“Companhia de Eletricidade de Pernambuco” - CELPE. Foi criada a partir da fusão

do Grupo Pernambuco Tramways e o Governo do Estado, com as funções

desempenhadas pelo Departamento de Águas e Energia (DAE). O maior desafio da

nova Companhia foi o de ampliar a distribuição de energia elétrica, investir na

melhoria dos serviços e dotar Pernambuco de uma rede de abastecimento elétrico

referência no Nordeste.

Em pouco tempo, a CELPE já se firmava como uma das grandes

empresas do estado e até os dias de hoje é um dos maiores patrimônios dos

pernambucanos, tanto pelo celeiro técnico que passou a desenvolver no ramo da

engenharia elétrica como pelo alcance social de suas atividades. Desta feita, os

investimentos aceleraram os programas de eletrificação rural e urbana, o que

rapidamente levou Pernambuco a ser o estado mais eletrificado do Nordeste, ainda

gerando e distribuindo energia termelétrica no Arquipélago de Fernando de Noronha.

E ao final da década de 90, já sob o modelo de privatização das estatais do setor

elétrico, o Governo do Estado, que desde o final dos anos 80 já ensaiava vender

Page 14: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

parte das ações da Companhia, colocou 100% do controle governamental à venda.

Em 17 de fevereiro de 2000 a empresa foi adquirida em leilão, realizado na sede da

Bolsa de Valores do Rio de Janeiro e sob a coordenação do Banco Nacional de

Desenvolvimento Social (BNDES), pelo valor de R$ 1,9 bilhão. O grupo que comprou

a empresa foi o consórcio formado pela Caixa de Previdência dos Funcionários do

Banco do Brasil (Previ), pela carteira de investimentos do Banco do Brasil (BB S.A) e

pelo Grupo Iberdrola, um gigante da energia na Espanha. Desde que foi privatizada,

a empresa já repassou ao tesouro estadual mais que o dobro do seu valor de

compra e se transformou no maior arrecadador de ICMS para o Estado. A Celpe

acredita contribuir efetivamente para o desenvolvimento de Pernambuco.

1965 - Foi criada a Companhia de Eletricidade de Pernambuco, doravante

denominada apenas por Celpe.

1970 - Em 72, iniciou a construção do edifício-sede, na Avenida João de Barros,

111, Boa Vista. Três anos depois, em 1975, mudou sua sede para o novo edifício e

Iniciou a construção do Centro de Treinamento Delmiro Gouveia, no Bongi.

1980 - A Fundação Celpe de Seguridade Social - Celpos - foi implantada

oficialmente no ano de 1981. Começam os estudos para exploração de energia

solar. Em convênio com o governo francês, a Companhia instala um coletor solar no

Centro de Operações do Bongi, um projeto pioneiro no Brasil. Em 1986, a Empresa

muda sua razão social para Companhia Energética de Pernambuco.

1990 - Busca da qualidade e agilidade dos serviços, modernização e informatização,

implantação de sistemas alternativos de energias, redução dos custos e melhoria da

confiabilidade no fornecimento. Em1999 foi escolhida a melhor empresa distribuidora

da Região Nordeste pelo Instituto Vox Populi. No mesmo ano, o Centro de Operação

do Sistema é certificado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na

NBR ISO 9002:94.

2000 – A Celpe foi comprada pelo Consórcio Guaraniana, formado pela Iberdrola

Energia, Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e BB

Banco de Investimentos S.A.

2001 - O racionamento de energia marcou o ano em todo o país. Foi inaugurado o

Centro de Operações Integradas (COI) e a nova central de teleatendimento. Duas

importantes subestações entraram em funcionamento: Tabatinga e Pina. Ampliação

do atendimento com a inauguração de agências e pontos Celpe.

Page 15: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

15

2002 - Eletrificação de mais de 15 mil propriedades rurais. Construção de mais

quatro subestações no interior do Estado. Conquistou o 1º Prêmio Balanço Social

concedido pelo Instituto Ethos, Abamec, Aberje, Fides e Ibase, o que consolida a

sua política de responsabilidade social.

2003 - Investimento de R$ 25 milhões para a consolidação da implantação do

Sistema Comercial (SIC), cadastro que proporciona o avanço da Empresa em todas

as funções de atendimento.

2004 - Nova identidade visual adotada. A Guaraniana passou a se chamar

Neoenergia. A Companhia aprova o Comitê de Ética. Nesse ano, também é lançada

a conta de energia em modelo braile.

2005 - A Companhia faz 40 anos de prestação de serviços à população

pernambucana e passa pelo primeiro ciclo de revisão tarifária periódica. Construção

de linhas de transmissão no interior, litoral e Região Metropolitana.

2006 - Continuou a implementar melhorias na sua rede, com um investimento

recorde de R$ 343,4 milhões. Esse montante confere à empresa o posto de maior

investidor privado no Estado de Pernambuco. Lançou o Programa de

Responsabilidade Social Energia para Crescer, com foco em educação, cultura e

meio ambiente.

2007 - O ano foi marcado pela adesão da Celpe aos Dez Princípios do Pacto Global

da ONU, compromisso também assumido pelas demais empresas geradoras e

distribuidoras do Grupo Neoenergia. A Empresa segue ampliando seus

investimentos em expansão de rede, ordenização, pesquisa e desenvolvimento,

eficiência energética e universalização de energia. Nesse ano, atinge um índice

global de universalização de 99,3%, o que a posiciona como a primeira distribuidora

do Nordeste a atingir esse patamar.

2008 - A Celpe alcança 100% dos clientes urbanos de sua área de concessão. É

criado o Comitê de Responsabilidade Social na Celpe e no Grupo Neoenergia.

Reconstrução da Usina de Tubarão, no distrito de Fernando de Noronha, que está

apta a operar com biodiesel. A Empresa coordenou a 18ª edição do Seminário

Nacional de Distribuição de Energia Elétrica (SENDI), realizada em Pernambuco, o

maior evento do setor de energia elétrica do País, com a participação de mais de 3,3

mil pessoas.

Page 16: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

2009 - A empresa se submete ao segundo ciclo de revisão tarifária periódica.

Amplia, após a privatização, o atendimento e o número de consumidores de 1,9

milhões para três milhões. No atual cenário, a Celpe mantém a constante busca por

eficiência e qualidade, com ética e compromisso socioambiental, contribuindo para o

desenvolvimento de Pernambuco e do Brasil.

2010 - O programa de Investimentos neste exercício foi de R$ 229,3 milhões e

trouxe relevantes melhorias e ampliação da rede, com ênfase para a construção de

três Subestações de 69/13.8 kV: Macaparana, na Zona da Mata Norte do Estado;

Afrânio, no Sertão; e Enseada dos Corais, no Cabo de Santo Agostinho. Destaque

também para a construção da primeira etapa da Subestação 138/69 kV em Ouricuri

e a ampliação de potência da Subestação Caxangá, na Região Metropolitana do

Recife, além da Construção da Linha de Distribuição de alta tensão (69 kV)

Derivação Brejão/Brejão. Um dos seus destaques naquele ano foi a melhoria da

avaliação de risco da Companhia pela agência Standard & Poor's, que elevou seu

rating em duas posições, passando para a classificação BB+\Stable na Escala

Global e brAA+\Estável na Escala Nacional Brasil. Outro destaque do ano foi a

atuação da Celpe no atendimento aos consumidores atingidos pelas enchentes

ocorridas em junho na região da Zona da Mata Sul, no estado de Pernambuco, que

destruiu centenas de casas e instalações elétricas. A pronta resposta da Celpe na

ocasião, em colaboração com os governos do Estado e municipais, foi fundamental

para o rápido restabelecimento da energia e também para a capacidade de reação

das comunidades atingidas pela calamidade.

A Celpe detém a concessão para distribuição de energia elétrica em todos os

municípios do Estado de Pernambuco, 186 ao todo, no Distrito Estadual de

Fernando de Noronha e no município de Pedras de Fogo, no Estado da Paraíba,

abrangendo uma área de concessão de 102.745 km².

Tabela dos principais indicadores de 2008 a 2010 conforme o relatório de

sustentabilidade.

Page 17: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

17

2011 - Conforme dispõe a Lei 9.991 de 24 de Julho de 2000, a Celpe aplicará o

percentual de 0,5% da sua receita operacional líquida anual em Programas de

Eficiência Energética, segundo regulamento da Agência Nacional de Energia Elétrica

- ANEEL. Para este ano, a Celpe investirá cerca de 28,4 milhões em projetos. Cerca

de 60% dessa verba é destinada aos projetos de atendimento a comunidades de

baixa renda, clientes que possuam tarifa social de energia elétrica, a exemplo da

doação de refrigeradores com o selo PROCEL e lâmpadas eficientes. O objetivo

dessa ação é fazer com que esses consumidores reduzam o valor da conta de

energia e aprendam a economizar.

Page 18: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

5. ASPECTOS GERAIS DA QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA

(QEE)

A energia elétrica é um dos produtos mais importantes utilizados não

somente por simples consumidores, como principalmente, pelo comércio e pela

indústria. É um produto que deve estar disponível continuamente e não pode ser

armazenado em quantidades importantes. É um produto que deve ser gerado na

medida em que é solicitado, desta forma, em si, representa um extraordinário

desenvolvimento na qualidade de vida da população. De sorte que, a partir do

momento em que se implanta um sistema de distribuição de energia elétrica, a

população local em pouco tempo passará a receber numerosos benefícios, tanto do

ponto de vista doméstico quanto do ponto de vista comercial, social e cultural.

Nas residências podem-se utilizar os diversos tipos de eletrodomésticos e

eletroeletrônicos, antes impossíveis de se utilizar devido à falta de energia elétrica,

produzindo com isso um maior conforto doméstico. No comércio, assim como na

indústria, percebe-se a benfeitoria da energia elétrica, que ao lado de políticas

adequadas, tornam maiores as possibilidades de produção e consequentemente

emprego, gerando uma maior arrecadação de impostos para o Governo investir de

forma apropriada em diversas áreas. Nas ruas e avenidas ela é essencial para a

movimentação com segurança de pessoas e veículos, como também é de

fundamental importância para o pleno funcionamento de hospitais, escolas, creches,

quarteis, delegacias, teatros, cinemas e etc. Desta forma, à proporção que a energia

elétrica passa a fazer parte do dia a dia das pessoas, é natural que se inicie um

processo de discussão quanto à qualidade desse maravilhoso produto. De forma

que numa análise inicial, preocupa-se apenas com a continuidade do serviço, já que

fica evidente que qualquer interrupção do fornecimento implicará em transtornos de

toda ordem. Entretanto, numa análise mais crítica, surge uma pergunta:

“Para que serve a continuidade no fornecimento de energia elétrica, se a sua

qualidade como um todo não for suficientemente uniforme?”

A questão da qualidade da energia elétrica como um produto comercial,

às vezes só é percebida de uma forma - um pouco demorada, através do mau

funcionamento de alguns equipamentos. E sob esta óptica, a ideia que se tem de

uma boa qualidade de energia elétrica está associada a sua disponibilidade com os

Page 19: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

19

menores números de interrupções possíveis, preço justo, amplitude constante da

tensão nominal ou da tensão contratada, forma de onda da tensão senoidal e

estabilidade da frequência em 60 Hertz, devendo tais procedimentos, definidos no 8°

módulo do PRODIST, serem observados por:

a) Consumidores com instalações conectadas em qualquer classe de

tensão de distribuição;

b) Produtores de energia;

c) Distribuidoras;

d) Agentes importadores ou exportadores de energia elétrica;

e) Transmissoras detentoras de Demais Instalações de Transmissão

– DIT;

f) Operador Nacional do Sistema – ONS.

A seguir, são apresentados nas tabelas os valores nominais de tensão

elétrica secundária em transformadores com estrela aterrado – em cada Estado do

Brasil e a responsabilidade da CELPE ante a face do seu número de clientes nos

grupos A e B.

Valores Nominais de Tensão Elétrica Secundária em Transformadores

com Estrela Aterrado –

ESTADO / TERRITÓRIO TENSÃO ELÉTRICA SECUNDÁRIA

(Vns)

ACRE 220 / 127 V

AMAZONAS 220 / 127 V

RONDÔNIA 220 / 127 V

RORAIMA 220 / 127 V

AMAPÁ 220 / 127 V

PARÁ 220 / 127 V

TOCANTINS 380 / 220 V

MARANHÃO 380 / 220 V

PIAUÍ 380 / 220 V

CEARÁ 380 / 220 V

RIO GRANDE DO NORTE 380 / 220 V

PARAÍBA 380 / 220 V

Page 20: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

PERNAMBUCO 380 / 220 V

ALAGOAS 380 / 220 V

SERGIPE 380 / 220 V

BAHIA 380 / 220 V

MATO GROSSO 220 / 127 V

MATO GROSSO DO SUL 220 / 127 V

DISTRITO FEDERAL 380 / 220 V

GOIÁS 380 / 220 V

MINAS GERAIS 220 / 127 V

ESPÍRITO SANTO 220 / 127 V

SÃO PAULO 220 / 127 V

RIO DE JANEIRO 220 / 127 V

PARANÁ 220 / 127 V

SANTA CATARINA 380 / 220 V

RIO GRANDE DO SUL 380 / 220 V

Número de Clientes da Celpe nos Grupos A e B –

Os dados da tabela abaixo, referente ao mês de Outubro de 2011,

apresentam o número de clientes que a Celpe tem no grupo A e no grupo B, dentro

dos 186 municípios do Estado mais o município de Pedras de Fogo na Paraíba, o

que representa para o mercado de energia do nordeste, uma fatia de 15,1% e uma

fatia 2,5% do mercado energético brasileiro.

Lembrando que clientes do grupo A, segundo as definições da Resolução

ANEEL 414/2010, inciso 37 no seu 2° artigo: é o gru pamento composto de unidades

consumidoras com fornecimento em tensão igual ou superior a 2,3 kV, ou atendidas

a partir de sistema subterrâneo de distribuição em tensão secundária, caracterizado

pela tarifa binômia e subdividido nos seguintes subgrupos:

a) subgrupo A1 – tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV;

b) subgrupo A2 – tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV;

c) subgrupo A3 – tensão de fornecimento de 69 kV;

d) subgrupo A3a – tensão de fornecimento de 30 kV a 44 kV;

e) subgrupo A4 – tensão de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV;

Page 21: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

21

f) subgrupo AS – tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, a partir de

sistema subterrâneo de distribuição.

E quanto aos clientes do grupo B, segundo o inciso 38 deste mesmo artigo: é o

grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão

inferior a 2,3 kV, caracterizado pela tarifa monômia e subdividido nos seguintes

subgrupos:

a) subgrupo B1 – residencial;

b) subgrupo B2 – rural;

c) subgrupo B3 – demais classes; e

d) subgrupo B4 – Iluminação Pública.

Clientes dos Grupos A e B –

Diante dos números apresentados percebe-se que é natural a

possibilidade de sofrer com problemas relacionados, principalmente, a fatores como

a qualidade da tensão fornecida pela concessionária, dos tipos de cargas existentes

na rede de distribuição e da sensibilidade dos equipamentos aos vários tipos de

perturbações. Logo, fazer com que haja uma mesma solução, de forma definitiva,

para todas as áreas de transformadores não é possível. Por isso, para que haja uma

ação bastante eficiente, do ponto de vista técnico-econômico, deve haver um estudo

para cada uma das diferentes localidades, levando-se em conta os três fatores

citados. Os problemas que podem ocorrer no sistema elétrico de potência (SEP),

como por exemplo, a instalação cada vez maior de cargas não-lineares, isto é,

cargas que não obedecem a Lei de Ohm, e que afetam diretamente a qualidade de

energia, podem ser definidas como “um surto revelado em qualquer uma das

grandezas Frequência, Tensão e Corrente elétrica que resulte em pane ou má

operação de equipamentos conectados a rede elétrica em unidades consumidoras

Page 22: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

do grupo A ou B”. E está relacionada também às suspensões de caráter permanente

ou temporário que afetem o desempenho dos equipamentos, conectados direta ou

indiretamente à rede de energia elétrica, principalmente nos locais onde a

distribuição de energia é feita em baixa tensão, onde existem maiores problemas

relacionados à qualidade de energia.

As medições do comportamento da tensão, corrente, distorções

harmônicas e desequilíbrios são ótimas referências da condição do sistema elétrico

de distribuição e dos tipos de cargas conectadas nele. E o melhor é que todas essas

leituras podem ser realizadas sem cessar as operações normais e depois podem ser

inseridas de forma simples, utilizando-se softwares específicos, e registradas

graficamente ao longo do tempo, contribuindo para produzir diagnósticos precisos,

como o tempo limite para se acionar uma ação corretiva ou preventiva. Ainda sim,

isto não impede que a equipe de manutenção formule um conjunto de ações

empíricas, baseadas em normas e padrões de especificação técnica própria ou

conforme resolução normativa específica.

Lembrando que tais desequilíbrios podem surgir não somente nas várias

partes do SEP, mas também nas instalações elétricas das unidades consumidoras,

ficando nesse caso, toda a responsabilidade a cargo do cliente, como dispõe os

artigos 166, 167 e o terceiro inciso do parágrafo único do artigo 210 da Resolução

ANEEL n°414/2010, e ainda, a Norma da Celpe SM02. 0 3-00.001.001, que diz: para

os clientes do Grupo A (tarifa binômia), não confere responsabilidade às

concessionárias de distribuição de indenizar os aparelhos eletroeletrônicos

danificados por perturbação da rede elétrica nas UCs atendidas em tensão maior

que 2.3 kV e, portanto, estas devem adotar as proteções elétricas exigidas nas

Normas SM01.00-00.004 e SM01.00-00.003, Classe 15 kV e 69/138 kV,

respectivamente, bem como adotar as proteções de sobretensão, subtensão e

sobrecorrente, incluindo os dispositivos de proteção contra surto – DPS e de

corrente diferencial residual – DR, conforme as prescrições das Normas da ABNT

NBRs 14039 e 5410. Assim, a QEE sempre deverá ser avaliada como um dos

principais requisitos relacionados à regulação do mercado energético, não só no

Brasil, mas em todo o mundo. No setor industrial, por exemplo, tem impacto direto

na produtividade de grandes, médias e pequenas empresas com processos

sensíveis aos distúrbios da qualidade de energia, gerando prejuízos enormes caso

não sejam, os tais problemas, devidamente solucionados pelos seus responsáveis

Page 23: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

23

legais. Os resultados obtidos pela péssima qualidade de energia elétrica geram

aquecimentos demasiadamente grandes nos circuitos elétricos, cuja consequência é

acelerar a queima dos diversos equipamentos ligados a esses circuitos,

principalmente os eletrônicos. Com isso, certamente pode-se afirmar que a

qualidade de energia está diretamente relacionada com os custos de manutenção e

perda de produtividade. Em certos casos, uma interrupção elétrica de apenas um

minuto pode ocasionar prejuízos de milhares Reais.

Portanto, diante do exposto, fica notória a importância de uma análise

minuciosa do nível da QEE para uma manutenção adequada da qualidade deste

produto, que a princípio, concentra-se em um pequeno conjunto de medições que

podem prever as falhas de distribuição de energia ou carga crítica, com a finalidade

de descobrir as causas e as consequências dos distúrbios no SEP, para que seja

possível apresentar medidas viáveis do ponto de vista técnico-econômico, e

solucionar o problema de forma eficaz. Devido a isso, a forma mais excelente de

monitorar a qualidade da energia elétrica é através da manutenção preditiva, que

poderá analisar não somente a existência de ondas harmônicas, como também

outras sérias perturbações elétricas que causam desequilíbrios em todo o sistema

ou parte dele, diminuindo a necessidade de gastos inesperados e elevando o nível

de excelência do produto, assim, no tocante aos aspectos da QEE, a Celpe, por

meio da Termovisão e da Medição Gráfica, direciona um conjunto de inspeções

diferenciadas no sistema elétrico que podem prever as falhas de distribuição da

energia comercializada, melhorando o nível da qualidade deste produto.

5.1. Qualidade do Produto –

A seção 8.1 do oitavo módulo do PRODIST caracteriza os fenômenos da QEE,

a partir da definição da terminologia, da constituição dos critérios de amostragem e

dos parâmetros e valores de referência relativos à conformidade de tensão em

regime permanente e as perturbações na forma de onda de tensão.

Os aspectos considerados da qualidade do produto em regime permanente ou

transitório são os seguintes:

Page 24: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

5.1.1 Tensão em Regime Permanente –

Nesse aspecto são estabelecidos limites adequados, precários e críticos

para níveis de tensão em regime permanente, os indicadores individuais e coletivos

de conformidade de tensão elétrica, os critérios de medição e registro, os prazos

para regularização e de compensação ao consumidor, caso as medições de tensão

excedam os limites dos indicadores. Essa “conformidade de tensão elétrica” refere-

se à comparação do valor de tensão em regime permanente, analisada através de

um conjunto de leituras obtido por medição apropriada, de acordo com a

metodologia descrita para os indicadores individuais e coletivos, no ponto de

conexão, em relação aos níveis de tensão especificados como adequados, precários

e críticos conforme as tabelas abaixo.

Tabelas 1, 2 e 3 (Grupo A) e Tabela 5 (Grupo B) –

Tabela 1 – Pontos de conexão em Tensão Nominal Igual ou Superior a

230 kV

Tensão de Atendimento (TA) Faixa de Variação da Tensão de

Leitura (TL) em Relação à Tensão de

Referência (TR)

Adequada 0,95TR≤TL≤ 1,05TR

Precária 0,93TR≤ TL<0,95TR ou

1,05TR<TL≤ 1,07TR

Crítica TL<0,93TR ou TL>1,07TR

Tabela 2 – Pontos de conexão em Tensão Nominal Igual ou

Superior a 69 kV e inferior a 230 kV

Tensão de Atendimento (TA) Faixa de Variação da Tensão de

Leitura (TL) em Relação à Tensão de

Referência (TR)

Adequada 0,95TR≤TL≤ 1,05TR

Precária 0,90TR≤ TL<0,95TR ou

1,05TR<TL≤ 1,07TR

Crítica TL<0,90TR ou TL>1,07TR

Page 25: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

25

Tabela 3 – Pontos de conexão em Tensão Nominal Superior a 1 kV

e Inferior a 69 kV

Tensão de Atendimento (TA) Faixa de Variação da Tensão de

Leitura (TL) em Relação à Tensão de

Referência (TR)

Adequada 0,93TR≤TL≤ 1,05TR

Precária 0,90TR≤TL<0,93TR

Crítica TL<0,90TR ou TL>1,05TR

Tabela 5 – Pontos de conexão em Tensão Nominal Igual ou

Inferior a 1 kV (380/220)

Tensão de Atendimento (TA) Faixa de Variação da Tensão de

Leitura (TL) em Volts

Adequada (348≤TL≤ 396) / (201 ≤TL≤ 231)

Precária (327 ≤ TL<348 ou 396<TL ≤ 403)/

(189 ≤TL<201 ou 231<TL ≤ 233)

Crítica (TL<327 ou TL>403) / (TL<189 ou

TL>233)

5.1.2 Fator de Potência –

É a relação entre a potência ativa (P) e a potência aparente (S). Os

registros dos valores reativos são feitos por instrumentos de medição adequados, e

o valor do fator de potencia, deverá ser calculado de forma a mostrar se a UC

consome energia de forma adequada ou não, pois relaciona o uso eficiente de

energia ativa e reativa de uma instalação elétrica. A legislação brasileira adota como

valor de referência o fator 0.92, indutivo ou capacitivo, sendo um dos principais

indicadores de eficiência energética. É utilizada a seguinte fórmula para se calcular o

fator de potência:

Page 26: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

O excedente reativo é calculado com o auxilio da seguinte equação:

FER = CA x [(FPr / FPm) - 1] x TCA

FER = valor do faturamento total correspondente ao consumo de energia reativa

excedente à quantidade permitida pelo fator de potência de referência, no

período de faturamento.

CA = consumo de energia ativa medida durante o período de faturamento.

TCA = tarifa de energia ativa, aplicável ao fornecimento.

FPm = fator de potência indutivo

médio das instalações elétricas da

Unidade Consumidora, calculado para

o período de faturamento.

FPr = fator de potência de referência

igual a 0,92.

Page 27: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

27

Para conhecer o FP antes de receber a fatura, o consumidor de unidade

consumidora trifásica, que possua medição de energia reativa, poderá verificar a

leitura do Ativo e Reativo exposto no visor digital do medidor e aplicá-los na equação

apresentada para obter uma estimativa de como está à relação entre a energia ativa

e a energia total.

5.1.3 Harmônicos –

A distorção harmônica é a parte de uma onda cíclica cuja frequência é um

múltiplo inteiro da frequência fundamental, ou seja, é um fenômeno associado com

modificações nas formas de onda senoidal das tensões e correntes em relação à

onda da frequência principal, como verificado na figura a seguir.

Aqui se tem uma onda senoidal natural,

simulando uma corrente de energia elétrica

limpa, e outra onda menor, simulando uma

harmônica. A onda menor simula a

harmônica de quinta ordem, isso quer dizer

que a sua frequência é de 5 x 60 Hz, ou

seja, 300 Hz, que terá como resultante uma

distorção da curva de tensão.

Page 28: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

Para os sistemas elétricos trifásicos, as medições de distorção harmônica

são feitas através das tensões fase-neutro para sistemas estrela aterrada e fase-

fase para as demais configurações.

As expressões para o cálculo das grandezas DITh% e DTT % são:

DITh% – Distorção harmônica

individual de tensão de ordem h

DTT % – Distorção harmônica total de

tensão

Vh – Tensão harmônica de ordem

h

H – Ordem harmônica

Hmáx – Ordem harmônica

máxima

Hmin – Ordem harmônica mínima

V1 – Tensao fundamental medida

Os valores de referência para as distorções harmônicas totais estão

indicados na tabela a seguir e direcionam a manutenção e o planejamento elétrico,

em termos de QEE, e que por força de Lei, serão constituídos em Resolução

especifica, apos o período experimental de coleta de dados – as amostras.

Tabela – Valores de referencia global das distorções harmônicas totais

(em porcentagem da tensão fundamental):

TENSÃO NOMINAL DO

BARRAMENTO

DISTORÇÃO HARMÔNICA TOTAL

DE TENSÃO (DTT) [%]

Page 29: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

29

VN ≤ 1 kV 10

1 kV < VN ≤ 13.8 kV 08

13.8 kV < VN ≤ 69 kV 06

69 kV < VN < 230 kV 03

5.1.4 Desequilíbrio de Tensão –

Este fenômeno se associa a alterações dos modelos trifásicos do sistema

de distribuição. A expressão para o cálculo do desequilíbrio de tensão é:

FD% = (V- / V+) .100

IDENTIFICAÇÃO DA GRANDEZA

SÍMBOLO

Fator de desequilíbrio FD

Magnitude da tensão de sequência negativa (RMS) V-

Magnitude da tensão de sequência positiva (RMS) V+

Magnitude das tensões trifásicas de linha (RMS) Vab, Vbc e Vca

O valor de referência nos barramentos do sistema de distribuição, com

exceção da baixa tensão, deve ser igual ou inferior a 2%. Esse valor serve para

alusão do planejamento elétrico em termos de QEE e que, regulatoriamente, será

estabelecido em resolução específica, após período experimental de coleta de

dados.

5.1.5 Flutuação de Tensão –

A flutuação de tensão pode ser definida como uma variação eventual,

recorrente ou esporádica do valor eficaz da tensão nominal. A flutuação de tensão

também é um indicador da qualidade da tensão de um barramento, e tem como

finalidade avaliar o aborrecimento provocado pelo efeito da cintilação luminosa no

consumidor, em pontos de iluminação alimentados em baixa tensão.

Page 30: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

5.1.6 Variação de Tensão de Curta Duração –

Variações de tensão de curta duração são desvios significativos no valor

eficaz da tensão em curtos intervalos de tempo, podendo ter sua origem na

energização de grandes cargas que solicitam altas correntes de partida, por

manobras no SEP ou por intermitentes falhas nas conexões dos cabos da rede

elétrica, causando assim interrupções momentâneas ou temporárias, afundamentos

momentâneos ou temporários (SAG) ou elevações momentâneas ou temporárias

(SWELL).

As variações de tensão de curta duração são classificadas de acordo com

a tabela a seguir:

Além dos parâmetros - duração e amplitude - já determinados, a

severidade da VTCD (Variação de Tensão de Curta Duração), medida entre fase e

neutro, de determinado barramento do sistema de distribuição é também

caracterizada pela frequência de ocorrência, correspondendo à quantidade de vezes

que cada combinação dos parâmetros, duração e amplitude ocorrem em

determinado momento do tempo ao longo do qual o barramento tenha sido

monitorado.

Page 31: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

31

5.1.7 Variação de Frequência –

O sistema de distribuição e as instalações de geração em condições

normais de operação e em regime permanente operam dentro dos limites de

frequência situados entre 59,9 Hz e 60,1 Hz, e não podem ser maiores que 66 Hz ou

menores que 56,5 Hz em condições extremas.

Pode permanecer acima de 62 Hz por no máximo 30 (trinta) segundos e acima de

63,5 Hz por no máximo 10 (dez) segundos, abaixo de 58,5 Hz por no máximo 10

(dez) segundos e abaixo de 57,5 Hz por no máximo 05 (cinco) segundos.

5.2. Qualidade dos Serviços Prestados –

A qualidade dos serviços prestados pelas distribuidoras aos consumidores é

estabelecida por procedimentos como dispõem da seguinte forma a Resolução

Normativa da ANEEL n° 414/2010, em seu Capítulo XV - Do Atendimento ao

Público, do artigo 177 ao artigo 200 e o PRODIST em seu módulo 08, na seção 8.2:

Toda distribuidora deve dispor de uma estrutura de atendimento adequada às

necessidades de seu mercado, acessível a todos os consumidores da sua área de

concessão e que possibilite a apresentação das solicitações e reclamações,

enquanto que, além de fornecerem mecanismos para acompanhamento e controle

do desempenho das distribuidoras como plano de reforma, melhoramento e

expansão da infraestrutura devem oferecer também aos consumidores, parâmetros

para avaliação dos serviços prestados.

Estes processos têm seus desempenhos medidos conforme o nível de

tensão adequada e à continuidade do serviço de energia elétrica prestado, através

de indicadores de continuidade coletivos (DEC e FEC), e além destes, os

indicadores de continuidade individual, DIC, FIC e DMIC. Os indicadores DIC

(Duração de Interrupção por Unidade Consumidora) e FIC (Frequência de

Interrupção por Unidade Consumidora) indicam por quanto tempo e o número de

vezes respectivamente que uma UC ficou sem energia elétrica durante um período

estimado. O DMIC (Duração Máxima de Interrupção por Unidade Consumidora) é

um indicador que limita o tempo máximo de cada interrupção, impedindo que a

concessionária deixe o consumidor sem energia elétrica durante um período muito

longo. Quando há violação desses limites, a distribuidora deve compensar

Page 32: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

financeiramente a unidade consumidora de forma automática em até dois meses

após o mês de apuração do indicador, isto é, o mês em que houve a

descontinuidade.

5.2.1 Conjunto de Unidades Consumidoras –

Cada conjunto de unidades consumidoras (UCs) é definido por

Subestação de Distribuição - SED, e o alcance de todos os conjuntos devem ser as

redes de média tensão – MT, à jusante da SED e de propriedade da distribuidora.

As SEDs que possuam número de UCs igual ou inferior a 1000 (mil) devem ser

anexadas a outras, formando um único conjunto, e se for superior a 1000 e igual ou

inferior a 10.000 devem ser agregadas a outras, formando um único conjunto. De

forma que, a agregação das SEDs deve obedecer ao critério de contiguidade das

áreas, sendo vedada a agregação de duas ou mais SED cujos números de unidades

consumidoras sejam superiores a 10.000. Para as redes de MT das distribuidoras

que não possuam subestação com primário em alta tensão - AT, o conjunto deve ser

composto pelas redes em MT de sua propriedade até o ponto de conexão com o

agente supridor.

Todas as unidades consumidoras atendidas em BT e MT deverão estar

classificadas no mesmo conjunto de unidades consumidoras da subestação que as

atendam, quando da aprovação de conjuntos por meio de resolução específica. As

unidades consumidoras ligadas após a aprovação dos conjuntos de unidades

consumidoras deverão ser classificadas de acordo com a área geográfica de

abrangência dos conjuntos vigentes, como será mostrado à frente.

Os conjuntos serão caracterizados pelos seguintes atributos:

a) área em quilômetros quadrados (km2), correspondente à área que

abrange os transformadores de distribuição próprios e os particulares constantes do

plano de incorporação da distribuidora, assim como a subestação supridora das

redes de MT, devendo a soma de todas as áreas dos conjuntos ser equivalente à

área de concessão ou permissão da distribuidora;

b) extensão da rede em MT, em quilômetros (km), devendo computar as

redes aéreas, subterrâneas, urbanas e não urbanas, considerando as redes próprias

Page 33: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

33

da distribuidora e as redes particulares constantes do plano de incorporação da

distribuidora, excetuando-se as redes das cooperativas de eletrificação rural;

c) média mensal da energia consumida nos últimos 12 meses, em

megawatt-hora (MWh), que corresponde à média aritmética simples relativa ao

consumo verificado nos últimos 12 meses pelas unidades consumidoras atendidas

em MT;

d) total de unidades consumidoras atendidas, que corresponde ao número

de unidades consumidoras faturadas no período de apuração e atendidas em MT ou

BT.

e) potência instalada em kilovolt-ampère (kVA), que equivale à soma das

potências unitárias nominais de todos os transformadores, inclusive os de

propriedade particular constantes do plano de incorporação da distribuidora,

excetuando-se os transformadores pertencentes às cooperativas de eletrificação

rural e os transformadores de potência cuja tensão secundária seja maior que 1 kV;

f) localização, sistema isolado ou interligado.

Adiante, apresentam-se as tabelas referentes à qualidade dos serviços

prestados com os limites dos indicadores de continuidade anuais, trimestrais e

mensais por ponto de conexão e tensão contratada, a localização dos pontos de

suprimento de energia elétrica que já existem e os que estão porvir, em cada uma

das quatro regiões do Estado de Pernambuco, e que apontam para a disponibilidade

de uma estrutura de atendimento adequada às necessidades de seu mercado

conforme faixa de consumo de cada tipo de consumidor. Esses dados demonstram

não só o tamanho da responsabilidade da Celpe como a 9° (nona) maior

distribuidora do Brasil em GWh, mas também do Grupo Neoenergia, como o terceiro

maior investidor privado no setor de energia elétrica do país e o maior do Nordeste,

atendendo a cerca de 29 milhões de habitantes e com uma uma receita operacional

bruta anual de 9,5 bilhões de reais, segundo dados do Ministério de Minas e Energia

(MME).

Page 34: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

5.2.2 Limites dos Indicadores de Continuidade Anuais, Trimestrais e

Mensais por Ponto de Conexão e Tensão Contratada –

• INDICADORES DE CONTINUIDADE –

• FLUXOGRAMA DOS PROCESSOS DE APURAÇÃO E AVALIAÇÃO

DOS INDICADORES DE CONTINUIDADE –

• LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE SUPRIMENTO DE ENERGIA

ELÉTRICA POR REGIÃO –

INDICADORES DE CONTINUIDADE –

FLUXOGRAMA DOS PROCESSOS –

Page 35: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

35

PONTOS DE SUPRIMENTO –

Page 36: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)
Page 37: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

37

FAIXA DE CONSUMO EM GWh.

Page 38: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

6. FUNDAMENTOS DA MANUTENÇÃO

6.1 DEFINIÇÕES –

A manutenção pode ser definida ou caracterizada pelo conjunto de atividades

ou ações que tem por objetivo manter os equipamentos, obras e instalações em

plenas condições de cumprir, com eficácia e segurança, as suas funções,

considerando-se os aspectos operacionais e econômicos.

6.2 TIPOS DE MANUTENÇÃO E PROCEDIMENTOS –

É comum definir-se, basicamente, das seguintes formas a classificação das

atividades de manutenção como a seguir:

• Manutenção corretiva: É caracterizada pela reposição ou reparo de

componentes do sistema elétrico que se tornam indisponíveis ou precários

devido a panes, isto é, ocorrências não previstas de acordo com o nexo

causal, ou seja, é uma manutenção com ações de restauração a um item

defeituoso, para uma condição específica com testes, medições e ajustes

feitos para remover ou corrigir uma falha. Esta é a manutenção mais efetuada

no cotidiano operacional da prontidão de luz da Celpe devido à natureza da

maioria dos atendimentos, que são de urgência e emergência.

• Manutenção Preventiva : É caracterizada ou definida pela reposição regular

de itens, com base calculada ou empiricamente estabelecida, no intuito de

manter o equipamento e as instalações em condições operacionais

aceitáveis, segundo as necessidades observadas previamente, realizando

inspeção, detecção e correção sistemática de falhas elementares, antes de

sua ocorrência, ou antes, de se transformarem em defeitos maiores. Na

Celpe, a maior parte das ações de manutenção preventiva é realizada pelo

setor da coordenação de manutenção da unidade de serviços de rede

(OSR), com a incumbência dos reparos mais pesados, substituições, estudos

e implantações de certos componentes do sistema elétrico, como postes,

isoladores de pino, recondutagem e coisas afins. Todavia, a coordenação de

operação também é co-responsável pelas decisões e resultados, pois as

equipes da prontidão de luz, subordinadas a ela, também realizam tarefas

Page 39: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

39

menores, chamadas de manutenção leve. É bom lembrar que nesse tipo de

manutenção também há riscos, tais como falha de equipamentos ou erros

humanos, assim como em quaisquer operações de manutenção.

• Manutenção Preditiva: É definida ou caracterizada por inspeções nos

diversos tipos de máquinas e equipamentos em serviço, utilizando tecnologias

como análise do óleo, infravermelho, análise de vibração, medições de nível

sonoro, ultra-som, dentre outras, para avaliar as condições reais das

máquinas e equipamentos em pleno funcionamento. Na Celpe, estes

processos preditivos de monitoramento se dão a partir da medição gráfica ou

termográfica, a fim de antever quando um melhoramento deve ser realizado.

Neste caso, as equipes da qualidade do produto, subordinadas a

coordenação de manutenção da OSR – (Departamento de Serviços de Rede),

ficam responsáveis pelo monitoramento da energia distribuída em um nível de

tensão elétrica de até 13800 Volts, através da instalação dos equipamentos

de medição gráfica específicos para tais análises, lidando com o produto

comercializado em si – a energia elétrica. Já as equipes de NPL (núcleo

polivalente de linhas), subordinadas a E M S - (Departamento de Engenharia

e Manutenção do Sistema Elétrico), lidam com as linhas de alta e média

tensão, estruturas e máquinas elétricas das subestações. De certa forma, os

dois setores trabalham em conjunto dividindo as responsabilidades em

cumprir um dos princípios do Código de Ética do Grupo Neoenergia, que é o

compromisso de atender todos os seus clientes com serviços de qualidade.

Assim, a integração entre estes setores maximizam o monitoramento e

levantamento das causas problemáticas, bem como todas as possíveis

soluções para os mesmos. A prontidão de luz neste caso tem o papel de

apenas acompanhar as equipes que têm essa função particular, conforme

dispõe a NR-10.

6.3. EQUIPAMENTOS E PROCESSOS DA MEDIÇÃO GRÁFICA –

Os equipamentos registradores de grandezas elétricas disponíveis no comércio

permitem a medição de um grande número de dados, visto serem microprocessados

e possuírem extensa memória para alocação de informações. De forma geral, as

medições gráficas solicitadas pelos clientes insatisfeitos com a QEE, devem ser

Page 40: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

realizadas em até 20 dias, após a solicitação formal em uma agência da

concessionária de energia do Estado, e respondidas através de cartas, de forma

objetiva, em até 10 dias, sendo 30 dias para todo o processo, apresentando ao

reclamante o que foi constatado durante as 1008 leituras realizadas, coletadas a

cada 10 minutos durante 07 dias consecutivos, conforme o PRODIST em seu

módulo 08. Todavia, prevendo possíveis falhas no sistema elétrico de potência, que

poderiam promover erros nos registros de leitura, a Celpe deixa cada equipamento

coletando os dados da rede elétrica por oito dias, totalizando 1152 leituras, como

garantia na qualidade de suas medições, evitando com isso o retrabalho de toda

equipe em ter que retornar ao local, reinstalar o equipamento e esperar mais 07 dias

consecutivos, o que geraria muito desprazer para a Empresa e principalmente para

os clientes.

Os equipamentos utilizados para a realização da medição gráfica na Celpe

atualmente são os das empresas: RMS Sistemas Eletrônicos, IMS Power Quality e a

SEED’EL Tecnologia Ltda.

6.3.1 RMS SISTEMAS ELETRÔNICOS –

MARH-VI

Os equipamentos digitais, portáteis, programáveis e robustos, MARH-V e

MARH-VI, para uso externo, trifásico, programável, com três canais de entrada para

tensões com neutro comum, são desenvolvidos pela RMS SISTEMAS

ELETRÔNICOS para registro e análise de tensões, correntes, harmônicos,

perturbações, flicker, potências e energia em sistemas elétricos de geração,

consumo e distribuição assim como circuitos de alimentação de máquinas elétricas

em geral. Amplamente utilizados, a qualidade, precisão e confiabilidade dos

Page 41: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

41

equipamentos produzidos pela RMS são aprovados por concessionárias de energia,

indústrias, universidades e consultores nas áreas de geração, distribuição, consumo

e qualidade de energia. Mostrador e teclado possibilitam efetuar a programação

diretamente no equipamento. Dotado de memória interna estática tipo “RAM” e porta

serial para leitura dos dados registrados e programação através do PC local ou via

“modem” (opcional). O programa ANAWIN (para Windows), fornecido juntamente

com o registrador e sem custo adicional, possibilita a análise dos dados de forma

prática e direta através de gráficos e relatórios.

• Tela Principal para Grandezas - Programa Anawin –

Os Equipamentos da RMS atendem as especificações da NBR-9737,

quanto aos ensaios de tipo (perturbação, variação lenta da tensão de alimentação,

falta de alimentação de curta duração, desvio do sistema de tempo, influência de

campo magnético, perturbações nas faixas de radiofrequência e microondas,

sobretensão provocada por transientes, variação brusca da tensão de alimentação,

variação brusca da temperatura, variação cíclica da umidade relativa, tensão

aplicada, impulso 1,2/50). Atendem as normas: NBR 6146, que dispõe sobre

Invólucros de equipamentos elétricos - Proteção – Especificação, norma IEC 61000-

4-15, para a medição de FLICKER, norma NBR 14519, para a classe de exatidão, a

Resolução do ENRE (Ente Nacional Regulador de la Eletricidad - Argentina) para a

"Base Metodológica para el Control de la Calidad del Producto Técnico".

Page 42: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

Isto se deve ao constante processo de criação de tecnologia própria e sua

aplicação no aperfeiçoamento dos produtos, assim como a vasta experiência

profissional na área de registro em tempo real, tarifação diferenciada, elaboração de

normas e ensaios e qualidade de energia.

O MARH-V, para tensão, tem alimentação em tensão alternada de 90 a

300 V e frequência de 50 ou 60 Hz, com três canais de entrada para registro de

tensões, em tempo real, para sistemas elétricos monofásicos, bifásicos e trifásicos

em baixa tensão. Podendo ser utilizado em média e alta tensão a partir de um

medidor especial, que será mais detalhado adiante, chamado Tempestade , da

Empresa Seed’el Tecnologia.

Os valores de tensão são indicados no mostrador digital alfanumérico. A

programação de parâmetros via teclado do MARH-V, permite que os técnicos

ajustem o equipamento para cada situação específica, nas áreas de qualidade de

energia e diagnósticos de tensão em sistemas de potência, no monitoramento da

qualidade de tensão em sistemas de distribuição e determinação da Função

Distribuição de Tensao - FDT. Os modelos portáteis de uso externo são concebidos

em gabinete duplo, para uso em postes, junto aos transformadores de distribuição

ou qualquer outro local abrigado. Seu consumo, que varia em função da tensão de

alimentação, vai de 2,5 a 8,0 VA.

Aplicação e registro de grandezas:

Tensões de fase (Fase-Neutro), fases A (terminal com garra de cor azul),

B (terminal com garra de cor branca) e C (terminal com garra de cor

vermelha) - máximo de 300 V rms direto entre garras N - A, N - B e N - C

Tensões de Linha (Fase-Fase), fases AB, AC e BC

(através de cálculo fasorial)

Distorção Harmônica Total (DHT) de Tensao nas fases A, B e C

Frequência da Tensao, fase A

Sequência de Fases

Máximo e Mínimo de Tensão (programável de 1/2 ciclo a 15 ciclos)

Com indicação da fase

Grau de desequilíbrio de tensão (IEC)

Grau de desequilíbrio de tensão (NEMA)

DIC e FIC

Page 43: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

43

Número de Intervalos válidos registrados (para FDT)

Frequência do sinal da fase A

O MARH-VI, para tensão e corrente, possui três canais de entrada para

tensões e três canais de entrada para correntes (através de alicates). Indica no

mostrador alfanumérico os valores de tensão, corrente, fator de potência, potências,

energia, etc. Os circuitos internos são alimentados diretamente pela entrada de sinal

de medição de tensão podendo esta variar entre 90 e 300 Vca. É de grande utilidade

para trabalhos de avaliação de perfil de carga, detecção de fraude em sistemas de

distribuição de energia elétrica, diagnóstico de um sistema em relação à

necessidade de correção do fator de potencia, análises comparativas de custos nos

diversos pontos de consumo de energia, determinação da Função Distribuição de

Tensão (FDT), análise de tensão e geração de relatório.

Aplicação e registro de grandezas:

Tensões de Fase (Fase-Neutro), fases A, B e C

Tensões de Linha (Fase-Fase), AB, BC e CA

(obtidos por cálculo fasorial)

Correntes fases A, B e C

Fatores de Potência, fases A, B e C

Fator de Potencia Total

Potências Ativas, fases A, B e C

Potência Ativa Total

Potências Reativas, fases A, B e C

Potência Reativa Total

Potências Aparentes, fases A, B e C

Potência Aparente Total

Energia Ativa Total (consumida ou fornecida)

Energia Reativa Capacitiva Total

Energia Reativa Indutiva Total

Distorção Harmônica Total de Tensao, fases A, B e C

Distorção Harmônica Total de Corrente, fases A, B e C

Potência Reativa Total necessária para alteração do Fator de Potência

Page 44: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

Frequência da Tensao, fase A

Sequência de Fases

Máximo e Mínimo de Tensao

Máximo de Corrente

Grau de desequilíbrio de tensão (IEC)

Grau de desequilíbrio de tensão (NEMA)

Demandas, fases A, B e C, Ponta e Fora Ponta

Demandas, valores totais, Ponta e Fora Ponta

• GRÁFICOS DE DISTRIBUIÇÃO DE TENSÃO –

Utilizados para o controle da qualidade da energia elétrica fornecida

• Esquemas de Ligação aos Sistemas de Potência –

Os símbolos das letras VN, VA, VB e VC representam as garras de

tensão do cabo de sinal do MARH-VI. E os símbolos das letras IC, IB e IA

representam os alicates de corrente com as respectivas setas indicadoras do fluxo

de energia do sistema.

Page 45: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

45

A. Sistemas monofásicos:

Sistema monofásico (fase-

neutro).

B. Sistemas trifásicos com neutro e sem neutro:

Com o condutor neutro. Tensão

entre fases máxima permitida é de

300 V rms, obtidas por cálculo

fasorial.

Sem o condutor neutro. Tensão

entre fases máxima permitida de

300 V rms, obtidas por cálculo

fasorial.

Lembrando que ao conectar as garras aos barramentos, deve-se sempre

dar início pela garra de Neutro (cor preta), para que o equipamento não fique sem a

referência do valor das fases e seja danificado por ser submetido a uma tensão

maior que 300 Volts, somente após a conexão da garra de neutro é que as demais

garras do cabo de sinal de tensão devem ser conectadas, começando pela garra A

(azul), depois a B (branca) e então a C (vermelha).

Page 46: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

Forma de registro –

As tensões de cada canal são marcadas ininterruptamente (64 amostras

por ciclo). A cada período de tempo programado no campo 02 do parâmetro 06

(número de ciclos da janela de integração), os valores médios das tensões são

calculados. A cada período de integração (programado no campo 01 do parâmetro

06) são calculados, a partir dos valores obtidos para cada janela, os valores médios

do intervalo e estes são registrados na memória.

Desta forma, para cada período de integração, será obtido um único valor

numérico (tensão media rms) para cada canal. São registradas ainda, para cada

período de integração, as tensões de janela que apresentam o máximo e o mínimo

de valores.

6.3.2 IMS POWER QUALITY –

P-600

O registrador IMS PowerNet, avalia parâmetros tais como, tensão,

corrente, potências, energia, fator de potência e frequência. Também mede flicker,

sag e swell. Sua versatilidade possibilita levantamentos de curvas de carga,

verificação do nível de balanceamento de redes, dimensionamento de bancos de

capacitores, leitura de valores de harmônicos na rede, cálculo de custo de perdas

em transformadores e alimentadores, cálculo do custo de energia por item fabricado,

medição setorial e rateio de custos, emite diagnósticos dos sistemas de potência

entre outras funções. Tem alta proteção IP 659 e acompanha um software para

descarga e análise de dados, facilitando a interpretação dos dados. Pode ser

utilizado em todos os tipos de indústria, concessionárias de energia, consultores,

usinas e etc. É Homologado por todas as distribuidoras de energia do Brasil.

Acompanha o consumo de energia elétrica através do PowerVIEW, que é um

Page 47: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

47

software para gerenciamento, controle e análise de consumo de energia elétrica. Por

meio dele, é possível gerenciar custos oriundos do perfil de gasto energético em

diversos pontos do processo produtivo ou de instalações.

• Software PowerMANAGER

O PowerNET P-300, para tensão, é um medidor e registrador de tensão

portátil. Utilizado para analisar a qualidade da tensão fornecida pela concessionária

de energia. Sua conexão à rede elétrica é fácil e intuitiva, seu display alfanumérico

permite visualizar as grandezas elétricas medidas e o teclado permite configurar os

parâmetros.

Suas principais características são: o aumento da capacidade de

transferência dos dados devido à velocidade de comunicação, capacidade de

medições e registros a partir de 250ms e medição de harmônicos até a 41° ordem

(ímpares e pares).

Page 48: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

Características Técnicas:

Alimentação: 60 a 300 Vca entre a ponteira N e as demais

Frequência de operação 45 a 70 Hz

Faixa de medição: 60 a 300 Vca

Medição a quatro fios

Capacidade de efetuar medições monofásicas, bifásicas e trifásicas

Proteção interna contra sobrecorrente

Mostrador digital: display de cristal líquido de duas linhas por 20 colunas

com Back-light (40 caracteres)

Relógio: ano, mês, dia, horas, minutos e segundos

Bateria interna recarregável (autonomia de dois meses desligado) para

dados

Taxa de amostragem: 128 amostras

Precisão 0,5% para toda a faixa de medição de tensão

Medição com janela fixa de 12 ciclos

Protocolo de comunicação MODBUS RTU

Velocidade de comunicação: 9600 19200 e 38400 bps

• Painel Frontal e descrição das teclas:

Tecla V ou F1: Visualizar tensão, sequência de fases, configurar

Parâmetros

Page 49: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

49

Tecla THD ou F2: Visualizar harmônicos, THD e frequência, configurar

comunicação serial

Tecla Σ ou F3: Visualizar tensão média trifásica e configurar eventos

Tecla ↑ ↑ ↑ ↑ ou INICIAR: Incremento e habilitação ou iniciar registros

Tecla Memo ou F4: Programar os blocos a serem registrados, intervalo de

registros, tipo de memória

Tecla Relógio ou F5: Visualizar e configurar data e hora

Tecla Clear ou F6: Cancela programação, limpa memória, mostra a versão

atual do software e n° de serie do equipamento

Tecla ↓↓↓↓ ou F0: Habilita a segunda função para as outras teclas,

decremento, desabilitação, parar registros

Esquema de ligação de entrada –

A ligação para medição de tensão e alimentação é feita diretamente

através dos cabos, ou indiretamente através de TP's quando esta for superior a

máxima tensão permitida. Conectando os TPs, o primário será conectado à rede

monofásica ou trifásica enquanto o secundário será conectado as entradas de

sensores do equipamento, para sistemas com tensões acima da tolerada pelo

equipamento, e por não possuir um botão POWER ON, o P-300, será ligado no

momento em que for alimentado.

1) Ligação delta trifásica –

Para ligação em delta utilizam-se os jacarés A, B, C e

N nas respectivas fases L1, L2, L3 e Neutro.

Page 50: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

2) Ligação estrela trifásica –

Para ligação em estrela utilizam-se os jacarés A, B, C e

N nas respectivas fases L1, L2, L3 e Neutro. O

PowerNET P-300 é programado de fábrica para ser

ligado em uma rede trifásica, podendo também ser

configurado para operar em uma rede monofásica ou

bifásica se for o caso.

3) Ligação estrela bifásica –

4) Ligação estrela monofásica –

O PowerNET P-600, para tensão e corrente, é um medidor e registrador

portátil de grandezas elétricas, que em conjunto com o seu software analisador

permite avaliar graficamente as medições realizadas e gerar relatórios. Desenvolvido

e fabricado com a mais alta tecnologia, adquirida pela IMS na área de equipamentos

eletrônicos, tem características que permitem sua utilização para as seguintes

aplicações:

Medição e Análise do comportamento da rede elétrica

Page 51: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

51

Fiscalização

Levantamento de curva de carga

Balanceamento de redes

Perdas em transformadores e alimentadores

Verificação de distúrbios de tensão e corrente

Dimensionamento de bancos de capacitores

Leitura de harmônicos da rede

Cálculo do custo da energia por item fabricado

Medição setorial e rateio de custos

Diagnóstico de Sistemas de Potência

Consumo de cada equipamento em plantas industriais

Ligação de tensão direta em estrela ou delta –

O PowerNET P-600 possui dois circuitos internos para medição, sendo

um para delta e um para estrela. Não requer a trocar dos cabos A, B e C para alterar

o tipo de ligação, pois isto é feito na programação do equipamento. Conectam-se os

cabos com a identificação das anilhas conforme o desenho abaixo para ligação

direta na rede elétrica, conectando primeiro o cabo identificado pela letra N (comum).

Sistema Trifásico até 500 Vca

Page 52: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

A tabela a seguir mostra a simbologia utilizada no sistema elétrico e a

anilha correspondente.

Sistema Elétrico

Trifásico

Cabos de Medição do

PowerNET P-600 p/

500 Vca no Máximo

Cabos de Alimentação

do PowerNET P-600 p/

300 Vca no Máximo

L1, A, R A FF*

L2, B, S B -

L3, C, T C -

Neutro N FN

O cabo identificado pela anilha FF* pode ser ligado em qualquer uma das

fases, desde que respeitado o limite máximo de tensão. Acima de 500 Vca é

necessário o uso de TPs para a ligação dos cabos de medição, e um transformador

com capacidade de carga 10 VA com saída entre 70 e 300 Vca para a alimentação

do equipamento.

A. Ligação de tensão em estrela com TPs –

Programe o tipo de ligação para Estrela e

conecte os cabos conforme o desenho a seguir

na rede elétrica.

Page 53: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

53

B. Ligação de tensão em delta com TPs –

Programe o tipo de ligação para Delta e

conecte os cabos conforme o desenho a

seguir na rede elétrica.

C. Ligação de tensão em delta com 2 TPs –

Programe o tipo de ligação para Delta e

conecte os cabos conforme o desenho a

seguir.

D. Ligação com 3 elementos de corrente –

Ligar o conjunto de sensores de corrente na

rede elétrica conforme a figura ao lado. O

conjunto de sensores de corrente pode ser

rígido ou flexível. Configurar o PowerNET

P-600 para “Elementos: 3 TCs”.

Page 54: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

E. Ligação com 2 elementos de corrente –

Ligar o conjunto de sensores de corrente na

rede elétrica conforme a figura ao lado.

Este tipo de ligação é utilizada em painéis

com sistemas de medição utilizando

apenas dois elementos de corrente. Para

fazer a medição nos TCs é necessário ter o

adaptador de TC, o qual deve ser

conectado nos TCs do sistema que se

deseja medir.

O PowerNET P-600 permite que este tipo de conexão seja feita também

com sensores de corrente, para isto programe na configuração dos Elementos:

2 TCs.

Forma de registro –

A figura abaixo mostra um exemplo em que o equipamento está

registrando a cada 1 minuto (intervalo de registro igual a 1 minuto). Com Limite de

porcentagem para Elevação e Afundamento de tensão igual a 10%, intervalo de

tempo inválido igual a 3 segundos e porcentagem de Interrupção igual a 70%.

No intervalo 02 a tensão fica abaixo do limite de afundamento por menos

de 3 segundos sendo considerada como um afundamento de tensão, portanto será

computado um registro inválido. O mesmo caso acontece no instante 03, mas com

Page 55: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

55

uma elevação de tensão. No intervalo 04 o registro será válido, já que a medição

permaneceu por mais de 3 segundos abaixo do limite programado.

No intervalo 06 ele registra uma falta de energia, pois a tensão

permaneceu mais do que 3 segundos abaixo do limite de Interrupção. Caso o tempo

fosse menor que 3 segundos, como acontece no intervalo 07, isso seria considerado

apenas um afundamento de tensão como ocorreu no intervalo 02. Toda vez que a

tensão medida permanecer fora do limite programado, por um espaço de tempo

também maior que o programado, o registro será considerado válido. Sempre que a

tensão medida exceder os limites de tensão programados, por um tempo inferior ao

programado, o registro será avaliado como inválido e o software de análise irá

desconsiderar.

6.3.3 SEED’EL TECNOLOGIA LTDA –

A Seed’el, com mais de uma década de experiência na área de

transformadores de Potencial e de Corrente de média tensão, de uso interior ou

exterior, para serviços de medição operacional ou de faturamento e proteção,

disponibiliza no comércio produtos de alta tecnologia que refletem de forma

relevante, na sua crescente participação no mercado de fornecimento a algumas das

principais concessionárias de energia elétrica do país.

Nos casos em que as unidades consumidoras são faturadas em tensão

elétrica igual ou maior que 2,3kV, a qualidade do produto deve ser medida nos

respectivos PDEs destas UCs, de forma indireta, através de equipamento

apropriado, que garanta primeiramente a segurança do profissional que irá instalar o

registrador, depois a segurança das instalações afins e a precisão das medições

conforme os normativos em vigor. Desta forma, é justo mencionar o imprescindível

apoio de uma equipe da linha viva, pois fica sob a responsabilidade destes

profissionais a instalação deste equipamento que antecede o registrador utilizado

pela equipe da medição gráfica. Assim, apresenta-se o modelo comumente utilizado

pela Celpe para estas ocasiões.

Page 56: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

O modelo Tempestade I, para nível de

tensão 15 kV, tem características de um

sistema de medição para faturamento com

classe de exatidão de 0,2% a 0,3%. Seu

meio isolante é composto por resina

cicloalifática para uso externo com nível de

isolamento entre 34 e 110 kV, para

sistemas elétricos com frequência de 60

Hz. Seu conjunto compõe-se por 02 ou 03

elementos, sendo (02 TPs e 02 TCs ou 03

TPs e 03 TCs).

Com isso, os benefícios destacados para as distribuidoras de energia

elétrica podem ser relacionados da seguinte forma: manter um controle automático e

on-line da medição de energia, realizar com melhor exatidão e confiabilidade o

Balanço energético, identificar de forma sistemática qualquer desvio no consumo,

impedir a prática de fraudes/furto de energia e recuperar receita, desenvolver ações

em campo orientadas e devidamente integradas, reduzir radicalmente os custos

operacionais de manutenção, leitura e inspeção, detectar falhas no fornecimento e

providenciar soluções imediatas, monitorar a carga dos Transformadores e melhorar

sua eficiência/conservação, promover cortes e religamentos remotos além de regular

a potência e apresentar maior qualidade e segurança para os consumidores.

Na figura ao lado, apresenta-se através

de uma seta, o local indicado na parte

inferior do medidor TEMPESTADE para

se conectar o cabo de transferência de

dados do já apresentado, equipamento

secundário de medição gráfica MARH-V

da empresa RMS Sistemas Eletrônicos.

Page 57: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

57

Características Técnicas Gerais do Modelo Tempestade:

Composição do Sistema de Comunicação

01 Conjunto de Medição com 03 ou 02 elementos

01 Medidor Eletrônico

01 Chave de Aferição

01 Sistema de Telemetria com comunicação via Celular

01 Remota RS2000 e-Power

01 Display Remoto

Porta Serial RS 232 - leitura local

Celular Padrão GSM ou TDMA

Display Remoto Inteligente (DRI)

(DRI) com Fechamento de fatura

(DRI) com Mostrador de Funções Padrão (Protocolo ABNT)

(DRI) com Saída do Usuário

(DRI) com Comunicação Via Rádio

(DRI) com Fibra Óptica

(DRI) com Porta RS-232

(DRI) Pronto para mostrar Página Fiscal

Transformador de Potencial Indutivo

Tensão Primária Nominal Máxima - UP: 8050 V ou 13800 V

Tensão Secundária Nominal - US: 115 V ou 115/R3 V

Relação Nominal: 70:1 ou 120:1

Classe de Exatidão: 0,2 P 25

Fator de Sobretensão - FST: 1,15 Contínuo

Potência Térmica Máxima - Pterm: 300 VA ou 400 VA

Grupo de Ligação: 2 ou 1

Transformador de Corrente

Corrente Primária Nominal: 05 A até 600 A

Corrente Secundária Nominal: 05 A

Classe de Exatidão: 0,2C5 ou 0,3C2,5 a 0,3C12,5

Fator Térmico Nominal - FT: 1,2

Corrente Térmica Nominal - It: 60 In

Page 58: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

Corrente Dinâmica Nominal - Id: 2,5 x It

Freqüência: 60 Hz

Pára-raios Polimérico: 10 kA /12 kV para uso Externo

Classe: 15 kV Tensão Máxima: 15 kV

Nível de Isolamento: 34/110 kV

Isolação com Sistema de Resina, Epóxi Cicloalifática

Descargas Parciais: <=50 pC

Normas de Fabricação e Ensaios conforme ABNT NBRs 6855, 6820,

6856, 6821 e 6892

Classe de Temperatura: A (105°C)

Massa: 115 kg

Instalado direto no poste através de alça de fixação

Fornecido com cabo de cobre protegido não isolado, classe 15 kV, para

ligação direta à rede

7. MEMORIAL DESCRITIVO REFERENTE À METODOLOGIA DE

TRABALHO DESENVOLVIDO NA FUNÇÃO

7.1. Diagrama em Blocos do Processo –

O processo de atendimento de uma viatura da qualidade do produto, realizada

em turnos normais e diários de 08 (oito) horas, de segunda a sexta-feira, pode ser

descrito em blocos ou etapas, de forma simplificada pelos seguintes tópicos

descritos abaixo:

• No início do turno, dois profissionais capacitados de acordo com os requisitos

estabelecidos e descritos na norma da empresa, em plenas condições de

saúde física e psicológica, devidamente identificados e fardados, selecionam

uma viatura com condições e equipamentos necessários para a realização da

referida atividade, que pode até mesmo ser uma viatura equipada com os

mesmos materiais das equipes da prontidão de luz;

Page 59: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

59

• O condutor verifica as condições do veículo, fazendo uma checagem geral do

veículo e conferindo o RUV (registro de utilização do veículo);

• O outro componente da equipe verifica os equipamentos de proteção coletiva

(EPC), ferramentas, equipamentos de uso comum da equipe e materiais de

utilização na rede elétrica;

• Todos devem verificar seus próprios (EPIs) e ferramentas individuais;

• A equipe se apresenta ao técnico responsável pelo setor e dele recebe as

ordens de serviço provenientes do SRT - Superintendência de Regulação dos

Serviços de Transmissão, através do numero do contrato do cliente, para

executar naquele dia, como também recebe os instrumentos de medição

gráfica referentes a cada uma das ordens de serviço;

• Após a solicitação de medição gráfica, a concessionária tem até 20 dias para

realizar as medições, podendo nesse caso, ser multada pelos órgãos

competentes.

• A equipe, de posse das ordens de serviço, verifica todos os endereços e faz a

logística da rota que deve ser tomada para melhorar o tempo de

deslocamento, o gasto com combustível, o controle da velocidade no trânsito

e o tempo de atendimento ao cliente;

• Chegando ao local, a equipe se apresenta ao cliente reclamante e lhe

apresenta uma carta com a sua solicitação de medição gráfica, a qual deve

ser assinada pelo mesmo, confirmando o processo. Existe também a

possibilidade de optar por não querer mais a medição, cancelando toda a

ação;

• Após a confirmação da solicitação com a assinatura do cliente, a equipe

preenche a APR – Análise Preliminar de Riscos, com o intuito de minimizar o

número e os níveis de acidentes de trabalho, consoante a NR-10, e logo em

seguida, verifica na ficha com a ordem de serviço a numeração dos

equipamentos que serão utilizados naquela atividade;

• Após isso, percorre-se toda a rede elétrica de baixa tensão, alimentada pelo

transformador que atende aquela mesma área onde se situa a unidade

consumidora (UC) do cliente reclamante. Verificam-se as condições gerais da

rede, e fazem-se perguntas a alguns moradores da localidade a respeito da

qualidade da energia que estão pagando;

Page 60: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

• Em seguida, instalam-se os equipamentos de medição gráfica no (PDE) ponto

de entrega da UC e nos terminais metálicos da bucha secundária (baixa

tensão) do transformador de distribuição;

• A equipe deve preencher a ficha de campo informando a(s) fase(s) onde se

encontra conectada a UC do cliente, o código de identificação do

transformador no sistema CELPE e as condições de todas as conexões

elétricas do transformador até o PDE do reclamante, desenhando também o

CROQUI (desenho básico) da rede de baixa tensão do transformador ao

ponto de entrega do cliente;

• Retira-se o equipamento de medição conectado aos terminais metálicos da

bucha secundária (baixa tensão) do transformador após 144 leituras, para que

suas medições sejam transferidas para o computador através de software

específico e sejam analisadas e transformadas em gráficos;

• Após 1008 leituras realizadas no PDE, o aparelho também é retirado para que

suas medições sejam transferidas para o computador através de software

específico e sejam analisadas e transformadas em gráficos;

• Em até 10 dias deve-se informar ao cliente, através de uma carta, a

procedência ou não de sua reclamação, e os referidos gráficos ficam

disponíveis apenas nas agências de atendimento;

• Se não for procedente, os clientes monofásicos (consumidores com demanda

de até 15 kW) e os trifásicos (consumidores com demanda de até 75 kW)

pagarão um pequeno valor, respectivamente, de R$m 5,79 e R$t 11,31 em

sua na próxima fatura, e se for procedente, a concessionária de energia

deverá tomar as devidas providências em tempo hábil, conforme o PRODIST,

sob pena de ser multada pelos órgãos competentes.

• Geralmente, após as medições onde as reclamações são procedentes, os

serviços realizados são:

a) Substituição de ramal / ramais;

b) Substituição do transformador de distribuição;

c) Comutação de TAP do transformador de distribuição;

d) Balanceamento da rede elétrica e/ou melhoramento de conexões;

e) Substituição ou extensão de rede;

Page 61: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

61

8. RELAÇÃO DE FERRAMENTAS, EPIs E EPCs

Relação de Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva e as Ferramentas

Utilizadas no Dia a Dia da Manutenção Preditiva para Medição Gráfica da Qualidade do Produto.

• UMA BOLSA PORTA-LUVAS (EPI);

• UM PAR DE BOTINAS DE COURO HIDROFUGADO SEM COMPONENTES

METÁLICOS (EPI);

• UMA CAPA DE PROTEÇÃO PARA CHUVA (EPI);

• UM TESTE NEON (EPI);

• UM CAPACETE DE ABA FRONTAL COM CARNEIRA E JUGULAR (EPI);

• UM TRAVA-QUEDAS (EPI);

• UM CINTO PARAQUEDISTA COM TALABARTE (EPI);

• DOIS PARES DE LUVAS DE COBERTURA, SENDO UM PAR PARA

CALÇAR AS LUVAS DE “BT” E UM PAR PARA CALÇAR AS LUVAS DE “AT”

(EPI);

• UM PAR DE LUVAS ISOLANTE PARA 20 KV - CLASSE 02 (EPI) E UM PAR

DE LUVAS ISOLANTE PARA 05 KV - CLASSE 02 (EPI);

• UM PAR DE LUVAS DE ALGODÃO TAMANHO 120 MM (EPI) E UM PAR DE

LUVAS DE VAQUETA EM COURO 120 MM (EPI);

• ÓCULOS ANTIEMBAÇANTES E CONTRA IMPACTO COM LENTES

ESCURAS (EPI) E ÓCULOS ANTIEMBAÇANTES E CONTRA IMPACTO

COM LENTES TRANSPARENTES (EPI);

• DUAS ESCADAS DE PERFIL OBLONGO, RESISTENTES ÀS INTEMPÉRIES

E AOS RAIOS ULTRAVIOLETAS COM DEGRAUS ANTIDERRAPANTES DE

TUBO DE FIBRA DE VIDRO RITZGLAS, SENDO UMA NO MODELO

SIMPLES DE ATÉ 6,4 METROS E A OUTRA EXTENSÍVEL DE ATÉ 13,8

METROS (EPC);

• UMA VARA DE MANOBRA INTEIRIÇA OU TELESCÓPICA OU

SECCIONÁVEL (EPC);

• SEIS CONES DE POLIETILENO PARA SINALIZAÇÃO (EPC);

• DOIS CARRETÉIS DE FITAS DE SINALIZAÇÃO COM 30 METROS CADA

(EPC);

Page 62: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

9. PERFIL DO PROFISSIONAL DE SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO EM

LINHAS E REDES ELÉTRICAS

O profissional envolvido com as manutenções preventiva, corretiva e preditiva

na Celpe deve apresentar a seguinte formação:

• Ensino médio completo;

• Eletricidade básica (curso de instalações elétricas prediais por entidade

reconhecida pelo MEC);

• Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária e primária de

distribuição;

• Informática básica (Windows, Word, Excel e Internet);

• Carteira Nacional de Habilitação (CNH) C ou D;

• Instalação equipamentos de medição direta e indireta em MT e BT;

• Resolução ANEEL 414/2010 e PRODIST MÓDULO 08;

• Legislação ambiental e curso de NR-10 por entidade reconhecida pelo MEC;

• Construção, Manutenção e Operação de RD desenergizada;

• Padrão de Montagem de Estruturas, consoante NBRs 5433 e 5434, para

padrão rural e urbano respectivamente.

• Operação e manobras dos equipamentos da RD;

• Operação de equipamento especial tipo guindauto;

• Leitura e interpretação de diagramas elétricos;

• Leitura e interpretação de diagrama unifilar de subestações;

• Operação e manobras dos equipamentos nas Subestações;

• Capacidade de articulação para a busca de resultados;

• Conhecimento de informática, objetivando a operação de diversos softwares;

• Capacidade de trabalhar em grupo;

Page 63: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

63

10. CONCLUSÃO

As ações realizadas no estudo da Qualidade de Energia Elétrica – QEE, ao

lado de experientes profissionais que estão sempre em busca de novos

conhecimentos devido à necessidade de rápida solução para os diversos problemas

que surgem no dia a dia, trouxeram sólido conhecimento de causa acerca das

atividades relacionadas aos procedimentos e normativos técnicos para as devidas

manutenções nas linhas e redes de distribuição de energia elétrica, gerando um

contínuo melhoramento da qualidade deste produto e trazendo resultados

satisfatórios para a Celpe e seus clientes, uma vez que, obviamente, o foco está

sempre em melhores resultados.

Page 64: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

11. REFERÊNCIAS

ABRADEE, Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica.

Site: www.abradee.org.br, acessado em 03/10/2011.

ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica. Site: www.aneel.gov.br, acessado em

02/04/2011.

CELPE, Companhia Energética de Pernambuco. Site: www.celpe.com.br, acessado

em 30/06/2011.

FERREIRA, Heldemarcio Leite. Apostila de Metodologia da manutenção.

Recife: CEFET-PE, 2003.

IMS, Power Quality. Site: www.ims.ind.br, acessado em 30/08/2011.

NEOENERGIA, Grupo. Site: www.neoenergia.com, acessado em 15/05/2011.

RMS, Sistemas Eletrônicos. Site: www.rms.ind.br, acessado em 04/07/2011.

SEED’EL Tecnologia Ltda. Site: www.seedel.com.br, acessado em 17/09/2011.

Page 65: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

65

12. ANEXOS

10.1. - ANEXO A - APR

Page 66: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

10.2. - ANEXO B - RUV

Page 67: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

67

10.3. – ANEXO C – CHECK- LIST

Page 68: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)
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69

10.4. - ANEXO D - ORDEM DE SERVIÇO

Page 70: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

10.5. - ANEXO E – INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

Page 71: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

71

10.6. - ANEXO F – ATIVIDADES

SE MÓVEL – 30 MVA 69/13.8 kV

ESTRADA DE BARRO NA BARRAGEM DUAS UNAS NO ENGENHO GOIABEIRA EM JABOATÃO DOS GUARARAPES.

Page 72: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

SUBSTITUIÇÃO DO TRANSFORMADOR DE DISTRIBUIÇÃO.

INSTALAÇÃO DE CONECTORES NO RAMAL DE LIGAÇÃO.

Page 73: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

73

10.7. – ANEXO F - BREVE GLOSSÁRIO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

APRESENTAÇÃO – O presente documento, com minhas adaptações, tem o objetivo de apresentar

alguns dos principais termos técnicos e siglas normalmente utilizados pelos agentes

do setor elétrico brasileiro, sem obviamente, ter a pretensão de esgotá-los.

A

ABCE

Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica. A entidade reúne

empresas de energia elétrica que atuam na transmissão, geração e distribuição e

que possuem concessão para exploração de serviço público. Foi criada em 1936.

ABEER

Associação Brasileira de Energia Renovável e Eficiência Energética.

ABEN

Associação Brasileira de Energia Nuclear. Instituição que reúne técnicos e

pesquisadores do setor nuclear brasileiro com o objetivo de difundir informações

sobre as aplicações pacíficas da energia nuclear e promover maior integração entre

a comunidade nuclear e a sociedade brasileira.

Page 74: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

ABRACE

Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia Elétrica. Entidade que

congrega os grupos industriais de maior consumo de energia do país. Seus

associados respondem por 20% da energia consumida ou por 33% da fatia de

consumo industrial no Brasil. Representam os consumidores chamados

eletrointensivos, como as indústrias de cimento, cobre, alumínio, química e

petroquímica, ferro ligas, aço, mineração, papel e celulose, gases do ar dentre

outras.

ABRACEEL

Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica. Tem

como objetivo promover a união dos agentes comercializadores autorizados pela

ANEEL e representá-los junto aos poderes públicos e organizações nacionais e

internacionais.

ABRADEE

Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica. Iniciada com o antigo

Comitê de Distribuição, a ABRADEE transformou-se em associação em 1995. As

empresas associadas respondem por mais de 95% do mercado brasileiro de

energia elétrica.

ACORDO GERAL DO SETOR

Documento assinado entre geradoras e distribuidoras de energia, estabelecendo as

condições gerais e as formas de contabilização para o rateio da energia livre e a

compra das sobras líquidas contratuais no âmbito do MAE.

AGENTES DE MERCADO

Agentes participantes do Mercado Atacadista de Energia – MAE.

AGÊNCIAS REGULADORAS

São instituições criadas por lei, normalmente sob a forma de Autarquia em regime

especial, que tem por objetivo regular e fiscalizar serviços concedidos pelo Poder

Público, visando sempre à defesa dos interesses do consumidor para que receba

Page 75: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

75

serviços adequados, eficazes e com preços justos.

ALTA TENSÃO

Tensão cujo valor entre fases é igual ou superior a uma tensão dada, variável de

país para país.

AMPÈRE (A)

Corrente elétrica invariável que, mantida em dois condutores retilíneos, paralelos,

de comprimento infinito e de área de seção transversal desprezível e situados no

vácuo à distância de 1 metro um do outro, produz entre esses condutores uma

força igual a 2 x 10 7 Newton, por metro de comprimento desses condutores.

AMPERÍMETRO

Instrumento destinado a medir o valor de uma corrente.

AMPLITUDE

Valor de pico de uma grandeza senoidal.

ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica)

Agência governamental reguladora do setor elétrico nacional.

APAGÃO

Ver Blackout - "Blecaute".

APP (ÁREA DE PROTEÇÃO PERMANENTE)

Área marginal ao redor de reservatório artificial e suas ilhas, com função ambiental

de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a

biodiversidade, o fluxo gênico da flora e da fauna, proteger o solo e assegurar o

bem estar das populações humanas.

AUTOPRODUTOR DE ENERGIA ELÉTRICA

É o titular da concessão ou autorização federal para produção de energia elétrica

destinada ao seu uso exclusivo. O aproveitamento de potencial hidráulico com

Page 76: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

potência superior a 1 MW ou igual ou inferior a 30 MW destinado ao uso exclusivo

do autoprodutor será objeto, apenas de autorização da ANEEL.

B

BACIA HIDROGRÁFICA

Superfície de terreno, medida em projeção horizontal, da qual provém,

efetivamente, a água de um curso d’água até um ponto considerado.

BALANÇO ENERGÉTICO

Informe estatístico relativo aos recursos de energia dentro de uma área econômica

específica, durante um determinado período de tempo, considerando as perdas

devidas à conversão, à transformação e ao transporte, assim como as forma de

energia que não são utilizadas para fins energéticos. Essa expressão também é

utilizada para demonstrar o balanceamento entre as diversas fontes e os usos de

energia de uma distribuidora e/ou comercializadora, em um período determinado.

BLECAUTE

Escurecimento total que pode acontecer em uma ou várias cidades. Geralmente

provocado por falhas em sistemas de transmissão.

BOBINA

Conjunto contínuo de espiras em série, geralmente coaxiais. Nota: na técnica dos

enrolamentos de equipamentos elétricos, é denominada bobina uma peça

constituída por determinado número de espiras em série, isoladas entre si e

geralmente envolvidas por isolação sobre o conjunto.

BROKER

Agente ou intermediário na negociação de compra ou venda de energia.

Page 77: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

77

BTU

Quantidade de calor necessário para elevar a temperatura de uma libra de água em

1° F.

C

CÂMARA DE ARBITRAGEM

Entidade externa eleita pelos Agentes da Câmara de Comercialização de Energia

Elétrica CCEE destinada a estruturar, organizar e administrar processo alternativo

de solução de Conflitos, que, no exercício estrito dos direitos disponíveis, deverá

dirimir Conflitos por meio de arbitragem, nos termos desta Convenção e do Estatuto

da CCEE.

CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - CCE E

Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que atua sob autorização do

Poder Concedente e regulação e fiscalização da ANEEL, segundo esta Convenção,

com a finalidade de viabilizar as operações de compra e venda de energia elétrica

entre os Agentes da CCEE, restritas ao Sistema Interligado Nacional SIN, cuja

criação foi autorizada nos termos do art. 4º da Lei nº 10.848, de 15 de março de

2004, e do Decreto nº 5.177, de 12 de agosto de 2004.

CAMPO ELÉTRICO

Grandeza vetorial que determina o componente da força de Coulomb Lorentz que é

independente da velocidade dos portadores de carga.

CAMPO ELETROMAGNÉTICO

Campo físico determinado pelo conjunto de quatro grandezas vetoriais que

caracterizam os estados elétrico e magnético de um meio material ou do vácuo.

Nota: Essas quatro grandezas são: o campo elétrico, a indução elétrica, o campo

magnético e a indução magnética.

Page 78: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

CAMPO MAGNÉTICO

Grandeza vetorial cujo rotacional é igual à densidade de corrente total. Nota: Em

qualquer ponto no vácuo é igual à razão da indução para a constante.

CAPACIDADE INSTALADA

Carga máxima para a qual uma máquina, aparelho, usina ou sistema é projetado ou

construído, não limitada pelas condições existentes de serviço.

CARGA INSTALADA

Soma das potências nominais dos equipamentos elétricos instalados na unidade

consumidora, em condição de entrar em funcionamento, expressa em kW.

CCC (CONTA DE CONSUMO DE COMBUSTÍVEL)

Fundo cobrado de todos os consumidores, embutido na tarifa de energia elétrica,

cujos recursos são destinados à geração termelétrica do sistema isolado (região

norte) cuja fonte de calor é o óleo diesel ou outros derivados do petróleo.

CDE (CONTA DE DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO)

Criada pela Lei 10.438 de 26 de abril de 2002, a CDE visa o desenvolvimento

energético dos estados, à competitividade da energia produzida a partir das fontes

eólicas, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, gás natural e carvão mineral

nacional, nas áreas atendidas pelo Sistema Interligado Nacional e a promover a

universalização do serviço de energia elétrica em todo o território nacional, devendo

seus recursos se destinar às utilizações previstas no artigo 13 da citada Lei 10.438.

CENTRO DE GRAVIDADE DO MERCADO

Ponto virtual onde ocorre a entrega simbólica da energia elétrica contratada,

utilizando para os propósitos de contabilização de posições contratuais de compra e

venda de energia elétrica no âmbito do MAE, nos termos das Regras de Mercado.

Page 79: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

79

CHOQUE ELÉTRICO

Efeito patofisiológico que resulta da passagem de uma corrente elétrica através de

um corpo humano ou de um animal.

CIRCUITO (ELÉTRICO)

Conjunto de corpos ou de meios no qual pode haver corrente.

CIRCUITO ABERTO

Circuito no qual o trajeto para a corrente foi interrompido.

CIRCUITO FECHADO

Circuito que apresenta um trajeto ininterrupto para a corrente.

CLASSE DE CONSUMIDORES

Conjunto de consumidores, discriminados na legislação, em cujas instalações a

utilização de energia elétrica é feita com características semelhantes.

COAG (CENTRO DE OPERAÇÃO DO AGENTE DE GERAÇÃO)

Órgão responsável pela coordenação, supervisão, comando e controle da operação

do sistema elétrico do agente de geração.

COD (CENTRO DE OPERAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO)

Órgão responsável pela coordenação, supervisão, comando e controle da operação

do sistema elétrico da concessionária.

COGERAÇÃO

Produção de energia elétrica, térmica e vapor, a partir de uma mesma fonte de

combustível.

Page 80: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

COMISSIONAMENTO

Período de testes para entrada em operação de uma usina de energia elétrica ou

subestação e precede à entrada em operação comercial do empreendimento.

COMMODITY

Ativo físico comercializável via contrato de compra e venda spot, futuros ou a termo.

Em geral são insumos estocáveis negociados nas bolsas de mercadoria e futuros.

CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO

Delegação da prestação, feita pelo Poder Concedente, mediante licitação, na

modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que

demonstre capacidade para o seu desempenho, por sua contra e por prazo

determinado.

CONCESSIONÁRIA OU PERMISSIONÁRIA

Agente titular de concessão/permissão federal para prestar o serviço público de

energia elétrica.

COS (CENTRO DE OPERAÇÃO DO SISTEMA)

Conjunto centralizado de pessoal, informações, equipamentos e processamento de

dados, que exerce o comando, o controle e a supervisão da operação desse

sistema e mantém contatos operativos com outros sistemas.

CONSUMIDOR OU CLIENTE

Pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito, legalmente

representada, que solicitar à concessionária o fornecimento de energia elétrica e

assumir a responsabilidade pelo pagamento das faturas e pelas demais obrigações

fixadas nas normas e regulamentos da ANEEL, assim vinculando se aos contratos

de fornecimento, de uso e de conexão ou de adesão, conforme cada caso, nos

termos do inciso III, art. 2º, da Resolução nº 456, de 29 de novembro de 2000.

Page 81: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

81

CORRENTE (ELÉTRICA)

Grandeza escalar igual ao fluxo do vetor densidade de corrente (de condução),

através da superfície considerada.

CORRENTE ALTERNADA

Corrente periódica cujo valor médio é igual a zero. Nota: Não havendo indicação

em contrário, subentende se valor eficaz e variação senoidal da corrente.

CORRENTE CONTÍNUA

Corrente cujo valor é independente do tempo. Nota: Por extensão, uma corrente

cujo componente contínuo é de importância capital.

CORRENTE NOMINAL

É a corrente cujo valor é especificado pelo fabricante do aparelho. De um

dispositivo de manobra ou proteção: valor eficaz da corrente de regime contínuo

que o dispositivo deve ser capaz de conduzir indefinidamente, sem que a elevação

de temperatura das suas diferentes partes exceda os valores especificados nas

condições prescritas na norma pertinente.

D

DEMANDA

Média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela

parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um

intervalo de tempo especificado.

DIC (DURAÇÃO DE INTERRUPÇÃO INDIVIDUAL POR UNIDADE

CONSUMIDORA)

Intervalo de tempo que, no período de observação, em cada unidade consumidora

ocorreu descontinuidade de energia elétrica.

Page 82: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Transferência de energia elétrica para os consumidores, a partir dos pontos onde se

considera terminada a transmissão (ou subtransmissão) até a medição da energia,

inclusive.

E

EDITAL (LEILÃO)

Documento, emitido pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL, que

estabelece as regras do Leilão.

ELO FUSÍVEL

Dispositivo de proteção monofásica contra sobrecorrentes.

EMPRESA CORRELACIONADA

Empresa do setor que possui relações contratuais de compra e venda com a

empresa declarante, inclusive com o Mercado Atacadista de Energia Elétrica MAE

e o Operador Nacional do sistema Elétrico ONS.

ENERGIA VELHA

Energia gerada por usinas que se encontram com seus custos amortizados.

ENERGIZADO

Aquilo que está ligado a uma fonte de energia elétrica.

ESTAÇÃO (sistema elétrico)

Termo genérico que pode designar uma usina, uma subestação ou um local onde

são instalados equipamentos de telecomunicações.

Page 83: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

83

ESTUDOS AMBIENTAIS

Trabalhos e dados relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização,

instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento,

apresentados para análise do processo de licenciamento ambiental, tais como:

Estudo de Impacto Ambiental (EIA), Relatório Ambiental (RIMA), Plano ou Projeto

de Controle Ambiental, Relatório Ambiental Preliminar, Diagnóstico Ambiental,

Plano de Manejo, Plano de Recuperação de Área Degradada e Análise Preliminar

de Risco.

F

FATOR DE DEMANDA

Razão entre demanda máxima num intervalo de tempo especificado e carga

instalada na unidade consumidora.

FATOR DE POTÊNCIA

De um conversor: razão da potência ativa para a potência aparente, referentes ao

mesmo lado da corrente alternada. De um sistema elétrico: razão da potência ativa

para a potência aparente.

FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA

Nota fiscal que apresenta a quantia total que deve ser paga pela prestação do

serviço público de energia elétrica, referente a um período especificado,

discriminando as parcelas correspondentes.

FONTE DE ALIMENTAÇÃO

Componente ou conjunto de componente destinado a prover a energia necessária

ao funcionamento de um dispositivo elétrico, podendo estar acoplada interna ou

Page 84: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

externamente ao mesmo.

G

GARANTIA DA PROPOSTA (LEILÃO)

Garantia preconizada no inciso III do art. 31 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de

1993, a ser depositada junto ao Agente Custodiante pelos proponentes vendedores

pré-qualificados, por empreendimento, no valor correspondente a um por cento do

valor do investimento para implantação de empreendimento que não possua

Garantia de Contrato ou de Autorização depositada junto à ANEEL. O valor do

investimento é informado pela Empresa de Pesquisa Energética EPE. Portaria

MME n. 59, de 10 de abril de 2007 (Diário Oficial, de 11 abr. 2007, seção 1, p. 50).

GARANTIA FINANCEIRA (LEILÃO)

Valor a ser depositado junto ao Agente Custodiante pelos compradores, e pelos

Proponentes vendedores para cada empreendimento que possua Garantia de

Contrato ou de Autorização depositada junto à ANEEL. Portaria MME n. 59, de 10

de abril de 2007 (Diário Oficial, de 11 abr. 2007, seção 1, p. 50).

GARANTIAS (LEILÃO)

Valores a serem depositados junto ao Agente Custodiante pelos compradores e

proponentes vendedores, podendo ser classificadas como Garantia Financeira ou

Garantia da Proposta para efeito de habilitação e participação no Leilão. Portaria

MME n. 59, de 10 de abril de 2007 (Diário Oficial, de 11 abr. 2007, seção 1, p. 50).

GARANTIAS FINANCEIRAS

Meios, executáveis extrajudicialmente, com que se assegura o cumprimento de uma

obrigação de pagamento. Resolução Normativa ANEEL n. 109, de 26 de outubro de

2004 (Diário Oficial, de 29 out. 2004, seção 1, p. 196).

Page 85: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

85

GERAÇÃO DEDICADA

É aquela decorrente de empreendimento de geração de energia elétrica destinado

exclusivamente ao Sistema Elétrico Brasileiro. Portaria MME n. 414, de 26 de

agosto de 2005 (Diário Oficial, de 29 ago. 2005, seção 1, p.102).

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

Modalidade de aquisição de energia elétrica passível de ser contratada pela

Unidade Suprida nos termos do art. 14 do Decreto nº 5.163, de 2004. Resolução

Normativa ANEEL n. 206, de 22 de dezembro de 2005 (Diário Oficial, de 26 dez.

2005, seção 1, p. 103)

H

HERTZ (HZ)

Frequência de um fenômeno periódico cujo período é de 1 segundo.

HORÁRIO DE PONTA (P)

Período definido pela concessionária e composto por 3 (três) horas diárias

consecutivas, exceção feita aos sábados, domingos, terça feira de carnaval, sexta

feira da Paixão, "Corpus Christi", dia de finados e os demais feriados definidos por

lei federal, considerando as características do seu sistema elétrico concessionário e

as características do seu sistema elétrico.

HORÁRIO FORA DE PONTA (F)

Período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e complementares

Page 86: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

àquelas definidas no horário de ponta.

I

ILUMINAÇÃO PÚBLICA

Serviço que tem por objetivo prover de luz, ou claridade artificial, os logradouros

públicos no período noturno ou nos escurecimentos diurnos ocasionais, inclusive

aqueles que necessitam de iluminação permanente no período diurno.

INDICADOR DE CONTINUIDADE

Quantificação do desempenho de um sistema elétrico, utilizada para a mensuração

da continuidade apurada e análise comparativa com os padrões estabelecidos.

INTERVENÇÃO

Toda e qualquer atuação sobre o sistema eletroenergético, caracterizado por

colocação em serviço de novas instalações e equipamentos, desligamento de

equipamentos ou redes de distribuição para realização de serviços de manutenção

ou reparo, realização de serviços de manutenção em instalações e equipamentos

energizados, realização de ensaios e testes no sistema e em equipamentos.

INTERRUPÇÃO DE LONGA DURAÇÃO

Toda interrupção do sistema elétrico com duração maior ou igual a 3 (três) minutos.

INTERRUPÇÃO DE URGÊNCIA

Interrupção deliberada no sistema elétrico da concessionária, sem possibilidade de

programação e caracterizada pela urgência na execução de serviços.

INTERRUPÇÃO DO FORNECIMENTO

Desligamento temporário da energia elétrica para conservação e manutenção da

rede elétrica e em situações de casos fortuitos ou de força maior.

Page 87: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

87

INTERRUPÇÃO EM SISTEMA DE EMERGÊNCIA

Interrupção motivada por caso fortuito ou de força maior, a ser comprovada

documentalmente pela concessionária de distribuição, desde que não se caracterize

como de sua responsabilidade técnica, por falta de manutenção ou de

investimentos em seu sistema.

INTERRUPÇÃO PROGRAMADA

Interrupção antecedida de aviso prévio, por tempo pré estabelecido, para fins de

intervenção no sistema elétrico da concessionária de distribuição ou transmissão.

INVENTÁRIO HIDRELÉTRICO

É a etapa de estudos de engenharia em que se defina o potencial hidrelétrico de

uma bacia hidrográfica, mediante o estudo de divisão de quedas e a definição

prévia do aproveitamento ótimo de que tratam os §§ 2º e 3º do art. 5º da Lei nº

9.074, de 7 de julho de 1995.

ISOLAR (ELETRICAMENTE)

Impedir a condução de corrente entre duas partes condutoras por meio de materiais

isolantes entre elas.

J

JUSANTE

Ponto ou seção de rio compreendida entre o observador e a foz de um curso

d’água, ou seja, rio abaixo em relação a este observador.

JOULE

O efeito Joule expressa a relação entre o calor gerado e a corrente elétrica que

Page 88: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

percorre um condutor em determinado tempo. O nome vem do físico britânico

James Prescott Joule (18181889) que estudou o fenômeno em 1840. O Joule (J) é

a unidade de energia e trabalho no SI, e é definida como: 1 kg × m2 × s 2, que é o

mesmo que 1 N × m = 1 W × s. É o trabalho necessário para exercer a força de um

Newton pela distância de um metro, como também o trabalho feito para produzir

energia de um watt por um segundo. Esse efeito pode ser expresso das seguintes

formas: Q = I² * R * t.

Onde: Q calor gerado por uma corrente constante percorrendo uma determinada

resistência elétrica por determinado tempo;

I corrente elétrica que percorre o condutor com determinada resistência R;

R resistência elétrica do condutor;

t duração ou espaço de tempo em que a corrente elétrica percorreu ao condutor.

E, , se a corrente não for constante em relação ao tempo.

K

Letra utilizada para abreviar a expressão “QUILO”, para cada 1000 unidades de

uma grandeza qualquer.

L

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a

localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades

utilizadoras de recursos naturais, consideradas efetiva ou potencialmente

Page 89: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

89

poluidoras.

LEILÃO

Processo licitatório para compra de energia elétrica, regido pelo edital e seus

documentos correlatos.

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO

Linha elétrica que é parte de um sistema de distribuição.

LUCROS CESSANTES

São os lucros esperados pelo consumidor e que o mesmo deixou de obter em face

de ocorrência oriunda do fornecimento de energia elétrica.

M

MEDIÇÃO

Processo de coleta e validação de dados de geração e consumo de energia elétrica

e potência ativa ou reativa.

MEDIDOR

Instrumento registrador de energia elétrica e potência ativa ou reativa.

MERCADO CATIVO (DISTRIBUIÇÃO)

Montante de energia faturada para atendimento a consumidores cativos e para o

suprimento de outras concessionárias ou permissionárias de distribuição de energia

elétrica, não incluído o montante relativo às perdas elétricas dos sistemas de

Page 90: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

distribuição.

MERCADO DE CURTO PRAZO

Segmento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE onde são

comercializadas as diferenças entre os montantes de energia elétrica contratados e

registrados pelos Agentes da CCEE e os montantes de geração ou consumo

efetivamente verificados e atribuídos aos respectivos Agentes da CCEE.

METAS DE CONTINUIDADE

Valores máximos estabelecidos para os indicadores de continuidade, a serem

observados mensal, trimestral e anualmente, nos períodos correspondentes ao ciclo

de revisão das tarifas, conforme resolução específica.

MONTANTE

Ponto ou seção de rio que se situa antes desta referência, rio acima, em direção à

nascente.

N

NÍVEL D'ÁGUA MÁXIMO NORMAL DE MONTANTE Nível de água máximo no reservatório para fins de operação normal da usina,

definido através dos estudos energéticos, correspondendo ao nível que limita a

parte superior do volume útil.

NÍVEL D'ÁGUA MÍNIMO NORMAL DE MONTANTE

Nível de água mínimo do reservatório para fins de operação normal da usina,

definido através dos estudos energéticos, correspondendo ao nível que limita a

Page 91: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

91

parte inferior do volume útil.

NÍVEL D'ÁGUA NORMAL DE JUSANTE

Nível d'água a jusante da casa de força para a vazão correspondente ao somatório

dos engolimentos máximos de todas as turbinas, sem considerar a influência da

vazão vertida.

O

OFERTA DE REFERÊNCIA (LEILÃO)

Quantidade de lotes calculada pelo sistema para cada produto a partir do fator de

referência a ser aplicado à quantidade demandada de cada um dos produtos.

OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO - ONS

Agente, instituído pela Lei nº 9.648, de 1998, com redação dada pela Lei nº 10.848,

de 2004, responsável pela coordenação e controle da operação de geração e da

transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional SIN.

P

PADRÃO DE CONTINUIDADE (SIGFI)

Valor máximo estabelecido para um indicador de continuidade no período de

observação e utilizado para a análise comparativa com os respectivos valores

apurados.

PARTES

Agentes de geração e de distribuição aderentes ao acordo de compra de sobras

líquidas contratuais e ao acordo de reembolso de energia livre.

Page 92: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

PARTICIPAÇÃO NA CAPACIDADE INSTALADA DE UM SISTEMA

É o percentual da capacidade instalada do agente econômico em um sistema em

relação à capacidade instalada deste sistema.

PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS (PCH)

Empreendimentos hidrelétricos com potência superior a 1.000 kW e igual ou inferior

a 30.000 kW, com área total de reservatório igual ou inferior a 3,0 km².

PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO

A delegação, a titulo precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos,

feita pelo Poder Concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade

para o seu desempenho por sua conta e risco.

PERMISSIONÁRIA

Agente titular de permissão federal para prestar o serviço público de distribuição de

energia elétrica.

PERTURBAÇÃO NO SISTEMA ELÉTRICO

Modificação das condições que caracterizam a operação de um sistema elétrico

fora da faixa de variação permitida para seus valores nominais, definidos nos

regulamentos sobre qualidade dos serviços de energia elétrica vigentes.

PODER CONCEDENTE

A União, proprietária dos potenciais de energia hidráulica, a quem compete

explorar, diretamente ou mediante concessão ou permissão, os serviços e

instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos d’água.

PONTO DE ALIMENTAÇÃO

De um sistema elétrico: Ponto no qual o sistema recebe energia.

Page 93: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

93

PONTO DE CONEXÃO

Equipamento ou conjunto de equipamentos que se destina a estabelecer a conexão

elétrica com o agente de geração, mais especificamente a conexão entre a primeira

estrutura do ramal da concessionária e o pórtico de entrada da S/E do agente de

geração.

PONTO DE ENTREGA

Ponto de conexão do sistema elétrico da concessionária com as instalações

elétricas da unidade consumidora, caracterizando se como o limite de

responsabilidade do fornecimento.

POTÊNCIA DISPONIBILIZADA

Potência de que o sistema elétrico da concessionária deve dispor para atender os

equipamentos elétricos, ou eletrodomésticos, da unidade consumidora.

POTÊNCIA ELÉTRICA

É a quantidade de energia elétrica que cada equipamento elétrico ou

eletrodoméstico pode consumir, por unidade de tempo, medida em quilowatt (kW).

POTÊNCIA ELÉTRICA ATIVA NOMINAL

A potência elétrica ativa nominal de uma unidade geradora (em kW) é definida pelo

produto da potência elétrica aparente nominal (em kVA) pelo fator de potência

nominal do gerador elétrico, considerado o regime de operação contínuo e as

condições nominais de operação.

POTÊNCIA INSTALADA

Soma das potências nominais de equipamentos elétricos de mesma espécie

instalados na unidade consumidora e em condições de entrar em funcionamento.

Page 94: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

POTÊNCIA INSTALADA DE UMA CENTRAL GERADORA

A potência instalada de uma central geradora (em kW) é definida, em números

inteiros, pelo somatório das potências elétricas ativas nominais das unidades

geradoras da central.

POTÊNCIA MÍNIMA DISPONIBILIZADA (SIGFI)

Potência mínima que o Sistema Individual de Geração de Energia Elétrica com

Fonte Intermitente SIGFI deve disponibilizar, no ponto de entrega, para atender às

instalações elétricas da unidade consumidora, segundo os critérios estabelecidos

na Resolução Normativa ANEEL n. 083, de 20 de setembro de 2004.

PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTAS - PAC

Demonstrações financeiras dos concessionários e permissionários do serviço

público de energia elétrica.

PRODUTOR INDEPENDENTE DE ENERGIA ELÉTRICA

Pessoa jurídica ou consórcio de empresas titular de concessão, permissão ou

autorização para produzir energia elétrica destinada ao comércio de toda ou parte

da energia produzida, por sua conta e risco.

Q

QUANTIDADE DECLARADA (LEILÃO)

Montante de energia elétrica, expresso em número de lotes, individualizado por

comprador, nos termos das declarações.

Page 95: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

95

QUANTIDADE DEMANDADA HIDRO (LEILÃO)

Montante de energia elétrica que se pretende adquirir para o produto de fonte

hidroelétrica, expresso em número de lotes, calculado com base na quantidade total

ofertada na primeira fase e nos parâmetros de demanda.

R

RACIONAMENTO

Período no qual vigora redução de consumo de energia elétrica, definido pelo

Governo Federal, como medida de natureza emergencial, decorrente normalmente,

no caso do Brasil, de situação hidrológica crítica, ou de falta de investimentos

adequados, necessários para ajustar a demanda e oferta de energia elétrica

evitando interrupções imprevistas de suprimento.

REGRAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Conjunto de regras operacionais e comerciais e suas formulações algébricas

definidas pela ANEEL, aplicáveis à comercialização de energia elétrica na Câmara

de Comercialização de Energia Elétrica CCEE.

REDE (ELÉTRICA)

Conjunto de elementos de circuitos interligados, considerado como um todo, que

pode ser representado por ramos e nós.

REDE DE DISTRIBUIÇÃO

Parte de um sistema de distribuição associada a um alimentador, compreendendo,

além deste, os transformadores de distribuição por ele alimentados, com os

respectivos circuitos secundários e, quando houver, os ramais de entrada dos

consumidores que recebem energia sob a tensão do alimentador.

Page 96: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

REDE DE TRANSMISSÃO

Conjunto de equipamentos necessários para a transmissão de energia da geração

ou do ponto de conexão até a carga.

RESERVA DE POTÊNCIA PARA CONTROLE PRIMÁRIO

É a provisão de reserva de potência ativa efetuada pelas unidades geradoras para

realizar o controle primário de freqüência.

S

SALA DE CONTROLE

Sala na qual são instalados as mesas e os painéis de controle de uma subestação

ou usina.

SISTEMA CONDICIONADOR (SIGFI)

Componente do Sistema Individual de Geração de Energia Elétrica com Fonte

Intermitente SIGFI cuja função é a conversão de tensão contínua em tensão

alternada, incluindo circuitos de proteção associados, de modo a condicionar a

energia elétrica às exigências de qualidade pré-estabelecidas.

SISTEMA ELÉTRICO (DE POTÊNCIA)

Em sentido amplo é o conjunto de todas as instalações e equipamentos destinados

à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Em sentido restrito, é um

conjunto definido de linhas e subestações que assegura a transmissão e/ou a

distribuição de energia elétrica, cujos limites são definidos por meio de critérios

apropriados, tais como localização geográfica, concessionário, tensão, etc.

SISTEMA DE ACUMULAÇÃO DE ENERGIA (SIGFI)

Parte do Sistema Individual de Geração de Energia Elétrica com Fonte Intermitente

Page 97: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

97

SIGFI que acumula energia para uso em momentos de indisponibilidade ou

insuficiência da Fonte de Energia Intermitente.

SOBRECARGA

A parte de carga existente que excede a plena carga. De um acumulador:

prolongamento de carga de um acumulador ou bateria de acumuladores além do

instante final de carga.

SUBESTAÇÃO (SE)

Parte de um sistema de potência, concentrada em um dado local, compreendendo

primordialmente as extremidades de linhas de transmissão e/ou de distribuição,

com os respectivos dispositivos de manobra, controle e proteção, incluindo as obras

civis e estruturas de montagem, podendo incluir também transformadores,

equipamentos, conversões e/ou outros equipamentos.

T

TARIFA

Preço da unidade de energia elétrica e/ou da demanda de potência ativa.

U

UHE (USINA HIDRELÉTRICA)

Usina que produz energia elétrica a partir da utilização de rios e da potência hídrica

de cada região.

Page 98: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

UNIDADE CONSUMIDORA

Conjunto de instalações e equipamentos elétricos caracterizado pelo recebimento

de energia elétrica em um só ponto de entrega, com medição individualizada e

correspondente a um único consumidor.

UNIDADE GERADORA

Associação de máquinas girantes, destinada a converter energia mecânica ou

térmica em energia elétrica.

UNIDADE HIDRELÉTRICA

Unidade geradora constituída por uma turbina hidráulica, acoplada mecanicamente

a um gerador elétrico. Nota: É também denominado grupo hidrelétrico.

USINA (ELÉTRICA)

Instalação elétrica destinada a gerar energia elétrica, em escala industrial, por

conversão de outra forma de energia. Uma usina compreende o conjunto das

unidades geradoras e equipamentos associados, as instalações hidráulicas ou para

combustível (conforme o caso), as obras civis correlatas, as instalações auxiliares

(oficinas, etc.) e as instalações de apoio (administrativas e para pessoal). Nota: a

subestação elevadora é considerada como parte da usina.

USINA NUCLEAR

Central termelétrica que utiliza reação nuclear como fonte para geração de energia

elétrica.

USINAS MERCHANTS

Usinas que não possuem contratos de venda de energia elétrica. A produção é

vendida no Mercado de Curto Prazo (spot).

Page 99: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

99

USINA TÉRMICA (UTE)

Central na qual a energia química, contida em combustíveis fósseis, é convertida

em energia elétrica.

V

VALOR NORMATIVO (VN)

É valor máximo de repasse do custo da energia aos consumidores cativos . Por ser

um valor fixo, serve de indicação do preço da energia em longo prazo. Em maio de

2002 o governo definiu um VN único para todas as fontes de energia.

VALOR NORMATIVO DE REFERÊNCIA

É o valor da energia produzida por usinas termelétricas a gás natural e por fontes

alternativas (biomassa, eólica e PCH), que têm custos maiores que o estabelecido

no VN único. Como o limite de repasse do custo para o consumidor continua sendo

o VN, a diferença entre os dois deverá ser coberta com recursos da CDE, no caso

da geração por fontes alternativas, e pela Cide, no caso da energia produzida pelas

termelétricas a gás natural. Proposta do Comitê de Revitalização do Modelo do

Setor Elétrico.

VOLT (V)

Tensão elétrica entre os terminais de um elemento passivo de circuito, que dissipa a

potência de 1W quando percorrido por uma corrente invariável de 1A.

VOLT-AMPÈRE (VA)

Potência aparente de um circuito percorrido por uma corrente alternada senoidal

com valor eficaz de 1A, sob uma tensão elétrica com valor eficaz de 1V.

Page 100: (TCC SOBRE A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - IFPE)

W

Watt (W)

Potência desenvolvida quando se realiza, de maneira contínua e uniforme, o

trabalho de 1J em 1s.

Z

Esta é a letra que representa a grandeza elétrica chamada de impedância complexa

(Z). A impedância é composta de resistência pura e reatância, parte real e

imaginária, podendo assim ser expressa por uma quantidade complexa da forma

R+ jX, ou R- jX.

A relação entre impedância, resistência e reatância é dada por: Z = R ± jX. Onde:

Z é a impedância em ohms;

R é a resistência em ohms;

X é a reatância em ohms.