(tcc sobre a manutenÇÃo da qualidade de energia elÉtrica - ifpe)
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA & TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE PROCESSOS, CONTROLE E SISTEMAS ELETRO-ELETRÔNICOS
COORDENAÇÃO DE ELETROTÉCNICA COORDENAÇÃO DE INTEGRAÇÃO ESCOLA-EMPRESA
TÍTULO DO TRABALHO:
MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA
ELÉTRICA
Eliezer Costa de Souza Junior
RECIFE Dezembro de 2011
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA & TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE PROCESSOS, CONTROLES E SISTEMAS ELETRO-ELETRÔNICOS
COORDENAÇÃO DE ELETROTÉCNICA COORDENAÇÃO DE INTEGRAÇÃO ESCOLA-EMPRESA
TÍTULO DO TRABALHO:
MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA
Relatório de estágio curricular apresentado à Coordenação de eletrotécnica como um dos requisitos para obtenção do título de técnico em ELETROTÉCNICA do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE .
Aluno: Eliezer Costa de Souza Junior
Professor orientador: Jairson M. B. Santos
RECIFE 2011
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AGRADECIMENTOS
Ao Eterno Deus primeiramente, por tudo o que representa para
mim. Aos meus pais, o Sr. Eliezer Costa de Souza e a Sra.
Maria José da Silva Souza, por todo apoio que um filho
necessita para progredir. A minha querida esposa, sempre
presente nos bons e maus momentos. A minha linda filha, que
chegou me dando mais ânimo para continuar. Ao Profº. Jairson
Santos pelas orientações e a todos os que contribuíram de
forma direta ou indireta para esta nova etapa da minha vida,
em especial, aos Professores e Engenheiros Abílio Muniz,
Heldemarcio Ferreira, e José Marcelo.
RESUMO
Atuar num departamento de manutenção e operação do sistema elétrico
de distribuição e conhecer todos os processos deste setor é fundamental do ponto
de vista técnico-operacional para se entender as etapas da atividade-fim de uma
concessionária de energia elétrica, para isso, é preciso estar técnica, física e
psicologicamente preparado para o desenvolvimento das atividades diárias que
envolvem o conjunto de operações na rede elétrica. Desta forma, expõe-se aqui o
que foi constatado na relação entre as teorias apresentadas em sala de aula e as
práticas de campo na Celpe, descrevendo-se todo o aprendizado na realização das
manutenções nas linhas e redes de distribuição energizadas ou desenergizadas.
Atividades desenvolvidas em horário comercial, 08 horas por dia, com 1 hora e 30
minutos de intervalo, a partir do meio-dia, e retornando às 13 horas e 30 minutos de
segunda a sexta-feira. A escolha por este título deve-se ao fato de ser a área de
desempenho contínuo na mesma função nos últimos 05 anos, havendo desta forma
maior embasamento das informações contidas, bem como maior detalhamento dos
processos, ferramentas e procedimentos operacionais e de segurança, conforme o
perfil de competências funcionais do cargo, utilizando os normativos e
procedimentos existentes, para melhoria da qualidade de fornecimento de energia
elétrica, logo, as conquistas mais significativas obtidas no decorrer do tempo, nesta
função, apontam para o aprendizado diário sobre a metodologia das atividades
desenvolvidas nas manutenções do sistema elétrico de distribuição em média e
baixa tensão – partes finais do sistema elétrico de potência e espinha dorsal da
atividade-fim de uma concessionária de energia elétrica. Portanto, os objetivos finais
de aprendizado foram alcançados não só do ponto de vista das funções técnico-
operacionais, como também em relação à funcionalidade de cada uma das partes do
negócio que compõe o produto comercializado e da interação das partes entre si.
Palavras – chave: (UCs) Unidades Consumidoras. (SEP) Sistema Elétrico de
Potência. (QEE) Qualidade de Energia Elétrica.
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FICHA BIBLIOGRÁFICA DO RELATÓRIO FINAL CURRICULAR
Empresa: Celpe – Companhia Energética de Pernambuco.
Endereço: Rua Isaac Markman nº 421, Bongi, Recife/PE, CEP 50751-370.
Status da Empresa: Concessionária de Energia Elétrica do Estado de
Pernambuco.
Departamento de Operação e Manutenção Metropolitano Sul – O.S.M.S.
Coordenador de Operação: Ailton Leite.
Coordenador de Manutenção: Claudio Raimundo.
Gestor da unidade: Bartolomeu de Barros Alheiros Junior.
Gerente do Departamento de Operações: Aldo Moreira Formiga.
Diretor Presidente: Luiz Antônio Ciarlini.
Local de Realização da Atividade: Atividade externa, Região Metropolitana Sul.
Carga Horária Mensal: 160 horas.
Carga horária Semanal: 40 horas.
Atividade profissional exercida sob o cumprimento de Normativos de Saúde e
Segurança Ocupacional, Leis do Ministério do Trabalho e Emprego, Acordo
Coletivo de Trabalho, procedimentos operacionais de distribuição regidos por
Normas Regulamentares, Normas Internas (Código de Ética) e Resoluções da
ANEEL.
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
RESUMO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
FICHA BIBLIOGRÁFICA DO RELATÓRIO FINAL CURRICULAR . . . . . . . . . . 05
SUMÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06
1. – INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
2. – OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
2.1. Objetivo Geral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
2.2. Objetivos Específicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
3. – HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR ELÉTRICO NACIONAL . . .10
4. – HISTÓRIA DA CELPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
5. – ASPECTOS GERAIS DA QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRI CA (QEE). 18
5.1. Qualidade do Produto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
5.1.1 Tensão em Regime Permanente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
5.1.2 Fator de Potência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
5.1.3 Harmônicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
5.1.4 Desequilíbrio de Tensão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
5.1.5 Flutuação de Tensão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
5.1.6 Variação de Tensão de Curta Duração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.1.7 Variação de Frequência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
5.2. Qualidade dos serviços prestados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
5.2.1 Conjunto de Unidades Consumidoras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
5.2.2 Limites dos Indicadores de Continuidade Anuais, Trimestrais
e Mensais por Ponto de Conexão e Tensão Contratada. . . . . . . . . . 34
6. – FUNDAMENTOS DA MANUTENÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
6.1. Definições. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
6.2. Tipos de Manutenção e Procedimentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
6.3. Equipamentos e Processos da Medição Gráfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
6.3.1 RMS Sistemas Eletrônicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
6.3.2 IMS Power Quality. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
6.3.3 SEED’EL Tecnologia Ltda.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
7
7. – MEMORIAL DESCRITIVO REFERENTE À METODOLOGIA DE
TRABALHO DESENVOLVIDO NA FUNÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
8. – RELAÇÃO DE FERRAMENTAS, EPIs E EPCs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
9. – PERFIL DO PROFISSIONAL DE SERVIÇOS DE MANUTENÇ ÃO EM
LINHAS E REDES ELÉTRICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
10. – CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
11. – REFERENÊNCIAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
12. – ANEXOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
10.1. - ANEXO A – Folha de Preenchimento da APR. . . . . . . . . . . . . . . . 65
10.2. - ANEXO B – Folha de Preenchimento do RUV. . . . . . . . . . . . . . . . 66
10.3. - ANEXO C – Folha do check-list. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
10.4. - ANEXO D – Folha da Ordem de Serviço de Manutenção da
Qualidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
10.5. – ANEXO E – Inspeção de Segurança dos Processos de
Qualidade do Produto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
10.6. - ANEXO F – Fotos referentes às Atividades de Manutenção e
Operação do Sistema Elétrico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
10.7. – ANEXO F – Breve Glossário do Setor Elétrico Brasileiro. . . . . . . . 73
1. INTRODUÇÃO
Este relatório descreve as intervenções na rede elétrica de distribuição em
média e baixa tensão, para realização de diversas manutenções, em especial, a
preditiva, para análise e melhoramento da qualidade de energia elétrica a partir da
medição gráfica, sob a supervisão da coordenação de manutenção da Unidade de
Operação e Manutenção Metropolitana Sul – OSMS, programando e instalando
equipamentos de medição de grandezas elétricas ou simplesmente chamados de
equipamentos de medição gráfica, para análise da qualidade do produto. De forma
que, após o estudo dos gráficos registrados por esses aparelhos, pode se verificar
qual o tipo de operação mais adequada a ser realizada na rede elétrica, a fim de
garantir o fornecimento contínuo da energia com níveis satisfatórios de segurança e
qualidade final do produto. Depois de algum tempo no exercício contínuo dessas
atividades, associado aos treinamentos e melhoramentos tecnológicos, existe um
alicerce mais sólido do ponto de vista prático e teórico para um melhor
desenvolvimento e apresentação das atividades diárias.
Atividade externa realizada no perímetro de atuação da OSMS, que
vai da Estrada de Curcurana, no bairro de Pontezinha, no Cabo de Santo
Agostinho, até as proximidades da escola de aprendizes marinheiros, e do
marco zero no Recife até o bairro de Bonança em Moreno, com viatura
especializada, em turnos diários de 08 (oito) horas, de segunda a sexta-feira.
Podendo ainda, dependendo da contingência de serviços, haver apoio ao
Centro de Operações Integradas - (COI), ajudando a prontidão de luz a realizar
outros tipos de manutenção, principalmente a corretiva, além de dar apoio a
outros técnicos em subestações, acompanhando-os como dispõe a NR-10, em
manobras de fechamento ou abertura de chaves das linhas de transmissão ou
outros serviços correlatos, além de dar apoio fortuito a Polícia e ao Corpo de
Bombeiros Militar em casos específicos, tudo, como dispõe o módulo 08 do
PRODIST e a Resolução 414/2010 da ANEEL, em paralelo aos níveis de
segurança do trabalho exigidos pela Celpe e o Ministério do Trabalho e
Emprego, de forma satisfatória para clientes, funcionários e prestadores de
serviços.
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2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Desenvolver atividades no segmento de manutenção e operação do
sistema elétrico de potência, em tensão igual ou inferior a 13800 Volts, executando
atividades corretivas, preventivas e preditivas, dentre outras atividades correlatas ao
perfil do curso e da atividade profissional para melhoria da qualidade de
fornecimento de energia elétrica e qualidade do serviço prestado para solucionar da
melhor forma, as reclamações dos clientes desta concessionária de energia.
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Executar os serviços de manutenção preditiva, preventiva e corretiva na
rede de distribuição de baixa tensão, energizada ou desenergizada,
utilizando os normativos e procedimentos existentes para atender e
resolver as reclamações dos clientes.
• Realizar vistorias de danos elétricos, conforme Resolução ANEEL
414/2010 para verificar o nexo de causalidade do sinistro nas
reclamações dos clientes.
• Executar os serviços de manutenção corretiva ou preventiva na rede de
distribuição de média tensão (MT) desenergizada, utilizando os
normativos e procedimentos existentes para atender e resolver as
reclamações dos clientes.
• Efetuar medições instantâneas de tensão e corrente e/ou, instalar ou
retirar aparelhos registradores de grandezas elétricas, adequados para
verificação do nível de qualidade do fornecimento de energia elétrica.
• Acompanhar ou executar manobras nos equipamentos instalados nas
subestações sob a supervisão do centro de operações integradas – COI,
utilizando os normativos e procedimentos existentes para a normalização
do fornecimento de energia elétrica.
• Supervisionar e liderar equipes próprias ou contratadas, utilizando os
recursos disponíveis para atender os serviços programados ou eventuais.
3. HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR ELÉTRICO
NACIONAL
Nos últimos anos, o setor elétrico brasileiro passou por grandes
transformações que foram intensificadas a partir de 1995 com o processo de
privatização das empresas estatais de energia elétrica.
A Lei 9.074/1995 define regras para a atuação do Produtor Independente
de Energia e da opção de compra de energia por parte dos grandes clientes. A Lei
10.848/2004 visa aumentar a concorrência entre as empresas do setor pela
contratação livre na comercialização de energia. Outro objetivo é garantir a
capacidade de investimento das empresas do setor elétrico, sejam elas geradoras,
transmissoras ou distribuidoras, de modo a garantir o abastecimento de energia
elétrica diante do aumento do consumo que se tem verificado nos últimos anos. O
marco inicial aconteceu em 1879, quando foi inaugurada iluminação elétrica na
estação central da ferrovia Dom Pedro II (Central do Brasil), no Rio de Janeiro, cuja
fonte de energia era um dínamo. Em 1881, instala-se a primeira iluminação pública
ainda alimentada por dínamos, num trecho do jardim do Campo da Aclamação, a
atual Praça da República. No mesmo ano, a energia elétrica foi utilizada para
iluminar dependências do edifício do Ministério da Viação durante um evento.
Já em 1883 o Brasil inaugurava a sua primeira central geradora: uma
unidade termelétrica com 52 kW de capacidade, movida a lenha, que alimentava 39
lâmpadas na cidade de Campos, RJ, inaugurando a prestação do serviço público de
iluminação na América do Sul. A primeira hidrelétrica brasileira foi construída em
1883, em Diamantina, MG. No início do século, diante de várias necessidades nas
cidades brasileiras, investidores canadenses e americanos, em 1904, criam a Rio de
Janeiro Tramway, Light and Power Company para explorar praticamente todos os
serviços urbanos: transportes, iluminação pública, produção e distribuição de
eletricidade, distribuição de gás canalizado e telefonia. Nesse contexto surgem as
primeiras tentativas de regulação, por parte do Estado, do ainda incipiente emprego
da energia elétrica do Brasil. Nos anos 30 o Governo Federal foi intervencionista na
gestão do setor de águas e energia elétrica com a formalização do Código de Águas
(Decreto 24.643, de 10 de julho de 1934). A nova política setorial revê os critérios
11
para estabelecimento de preços a fim de garantir ao prestador do serviço a cobertura
das despesas de operação e das cotas de depreciação e reversão e a justa
remuneração do capital investido. Ao longo dos anos 40, seguindo a tendência de
outros setores estratégicos, o Estado amplia seu papel e atua diretamente na
produção. O primeiro investimento nesse sentido foi a criação da Companhia Hidro
Elétrica do São Francisco (CHESF) em 1945, e consequentemente, importantes
mudanças na legislação tarifária brasileira.
Anos 90. – Início da reforma
O primeiro passo foi dado em 1993 com a extinção da equalização
tarifária e a criação dos contratos de suprimento entre geradores e distribuidores,
começando a se preparar o mercado para a desestatização. Em 1995, o Programa
Nacional de Desestatização alcança definitivamente o setor elétrico. Em 1996, o
Ministério das Minas e Energia implanta o Projeto de Reestruturação do Setor
Elétrico Brasileiro (Projeto RE-SEB). Uma das principais consequências foi a
desverticalização da cadeia produtiva: geração, transmissão, distribuição e
comercialização de energia elétrica, que se tornaram então, áreas de negócio
independentes. Diante desse novo desenho, o Governo Federal cria, ainda em 1996,
a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), cuja função é regular as atividades
do setor. Outras mudanças foram implantadas com o objetivo de organizar o
mercado e a estrutura da matriz energética brasileira, com destaque para a criação
do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos em 1997 e do
Operador Nacional do Sistema (ONS), em 1998.
Década de 2000. - Uma nova postura
Em maio de 2001 o governo adotou medidas emergenciais para evitar um
colapso na oferta de energia do país. A crise alertou para a necessidade de novas
formas de geração de energia, como as termelétricas que operam com combustíveis
como o bagaço de cana (biomassa) e o gás natural. O Governo apoiou o
desenvolvimento de projetos de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), fontes não-
convencionais e conservação de energia. Entre 2003 e 2004 foram criadas a
Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Comitê de Monitoramento do Setor
Elétrico (CMSE), e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
4. HISTÓRIA DA CELPE
Com mais de três milhões de
clientes, a empresa investe
fortemente para prestar um serviço
de qualidade com compromisso,
transparência, qualidade de gestão,
eficiência e preço justo para o
consumidor.
A Celpe vem alcançando níveis de eficiência que a situam entre as
melhores distribuidoras de energia do Brasil, segundo índice da Aneel (Agência
Nacional de Energia Elétrica) de Satisfação do Consumidor. A concessionária
atende a 100% da área urbana do Estado e está prestes a alcançar a totalidade na
área rural, garantindo o alcance à energia elétrica e o direito à cidadania por meio do
acesso a melhores condições de saúde, segurança e trabalho, acesso à informação,
cultura e lazer e muitos outros benefícios paralelos a estes.
Como empresa moderna, a Celpe tem feito mudanças em sua estrutura: reformou
agências, adotando um padrão de atendimento personalizado, implantou Pontos
Celpe - estabelecendo parcerias com o comércio de pequenas cidades - e ainda
oportunizou um eficiente Centro de Teleatendimento e um avançado Centro de
Operações Integradas (COI). Além disso, a Empresa investe na formação e
capacitação de empregados e prestadores de serviços para elevar o padrão no
atendimento e nos serviços.
A Companhia também se mantém atualizada com novas tecnologias na
telecomunicação, distribuição e manutenção, contribuindo para elevar os índices de
qualidade no fornecimento de energia elétrica. Acrescente-se a isso, o
investimento em Programas de Pesquisa e Desenvolvimento e no Combate ao
Desperdício de Energia, numa parceria com universidades e órgãos públicos, que
beneficia escolas, comunidades, comércio e indústrias. Com uma gestão
socialmente responsável, a Celpe implementa suas ações de responsabilidade
social e sustentabilidade por meio de programas estruturados como o “Energia para
13
Crescer”, promovendo os pilares para educação, meio ambiente e cultura. O
programa investe em comunidades de baixo poder aquisitivo através de projetos
sociais próprios e de organizações não-governamentais, com vistas à inclusão social
e à sustentabilidade.
A Companhia também beneficia instituições como o Movimento Pró-
Criança, a Organização Auxílio Fraterno, a Criança Cidadã e a Pastoral da Criança
com a doação financeira de clientes por meio da fatura de energia na Campanha
Clarear. Além disso, a Celpe mantém uma série de programas voltados para as
comunidades como o Luz no Empreendedorismo, com projetos de geração de
trabalho e renda, e a “Ação Integrada”, que procura reduzir perdas através de uma
relação mais transparente com os clientes de baixa renda.
Na área cultural, a Empresa tem contribuído na promoção de feiras,
exposições, congressos, lançamento de livros e na divulgação de espetáculos
teatrais, musicais, entre outros eventos, aprovando projetos através da Lei de
Incentivo à Cultura e com recursos próprios, estimulando o resgate e longevidade da
cultura pernambucana. A empresa nasceu em 10 de fevereiro de 1965 como
“Companhia de Eletricidade de Pernambuco” - CELPE. Foi criada a partir da fusão
do Grupo Pernambuco Tramways e o Governo do Estado, com as funções
desempenhadas pelo Departamento de Águas e Energia (DAE). O maior desafio da
nova Companhia foi o de ampliar a distribuição de energia elétrica, investir na
melhoria dos serviços e dotar Pernambuco de uma rede de abastecimento elétrico
referência no Nordeste.
Em pouco tempo, a CELPE já se firmava como uma das grandes
empresas do estado e até os dias de hoje é um dos maiores patrimônios dos
pernambucanos, tanto pelo celeiro técnico que passou a desenvolver no ramo da
engenharia elétrica como pelo alcance social de suas atividades. Desta feita, os
investimentos aceleraram os programas de eletrificação rural e urbana, o que
rapidamente levou Pernambuco a ser o estado mais eletrificado do Nordeste, ainda
gerando e distribuindo energia termelétrica no Arquipélago de Fernando de Noronha.
E ao final da década de 90, já sob o modelo de privatização das estatais do setor
elétrico, o Governo do Estado, que desde o final dos anos 80 já ensaiava vender
parte das ações da Companhia, colocou 100% do controle governamental à venda.
Em 17 de fevereiro de 2000 a empresa foi adquirida em leilão, realizado na sede da
Bolsa de Valores do Rio de Janeiro e sob a coordenação do Banco Nacional de
Desenvolvimento Social (BNDES), pelo valor de R$ 1,9 bilhão. O grupo que comprou
a empresa foi o consórcio formado pela Caixa de Previdência dos Funcionários do
Banco do Brasil (Previ), pela carteira de investimentos do Banco do Brasil (BB S.A) e
pelo Grupo Iberdrola, um gigante da energia na Espanha. Desde que foi privatizada,
a empresa já repassou ao tesouro estadual mais que o dobro do seu valor de
compra e se transformou no maior arrecadador de ICMS para o Estado. A Celpe
acredita contribuir efetivamente para o desenvolvimento de Pernambuco.
1965 - Foi criada a Companhia de Eletricidade de Pernambuco, doravante
denominada apenas por Celpe.
1970 - Em 72, iniciou a construção do edifício-sede, na Avenida João de Barros,
111, Boa Vista. Três anos depois, em 1975, mudou sua sede para o novo edifício e
Iniciou a construção do Centro de Treinamento Delmiro Gouveia, no Bongi.
1980 - A Fundação Celpe de Seguridade Social - Celpos - foi implantada
oficialmente no ano de 1981. Começam os estudos para exploração de energia
solar. Em convênio com o governo francês, a Companhia instala um coletor solar no
Centro de Operações do Bongi, um projeto pioneiro no Brasil. Em 1986, a Empresa
muda sua razão social para Companhia Energética de Pernambuco.
1990 - Busca da qualidade e agilidade dos serviços, modernização e informatização,
implantação de sistemas alternativos de energias, redução dos custos e melhoria da
confiabilidade no fornecimento. Em1999 foi escolhida a melhor empresa distribuidora
da Região Nordeste pelo Instituto Vox Populi. No mesmo ano, o Centro de Operação
do Sistema é certificado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na
NBR ISO 9002:94.
2000 – A Celpe foi comprada pelo Consórcio Guaraniana, formado pela Iberdrola
Energia, Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e BB
Banco de Investimentos S.A.
2001 - O racionamento de energia marcou o ano em todo o país. Foi inaugurado o
Centro de Operações Integradas (COI) e a nova central de teleatendimento. Duas
importantes subestações entraram em funcionamento: Tabatinga e Pina. Ampliação
do atendimento com a inauguração de agências e pontos Celpe.
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2002 - Eletrificação de mais de 15 mil propriedades rurais. Construção de mais
quatro subestações no interior do Estado. Conquistou o 1º Prêmio Balanço Social
concedido pelo Instituto Ethos, Abamec, Aberje, Fides e Ibase, o que consolida a
sua política de responsabilidade social.
2003 - Investimento de R$ 25 milhões para a consolidação da implantação do
Sistema Comercial (SIC), cadastro que proporciona o avanço da Empresa em todas
as funções de atendimento.
2004 - Nova identidade visual adotada. A Guaraniana passou a se chamar
Neoenergia. A Companhia aprova o Comitê de Ética. Nesse ano, também é lançada
a conta de energia em modelo braile.
2005 - A Companhia faz 40 anos de prestação de serviços à população
pernambucana e passa pelo primeiro ciclo de revisão tarifária periódica. Construção
de linhas de transmissão no interior, litoral e Região Metropolitana.
2006 - Continuou a implementar melhorias na sua rede, com um investimento
recorde de R$ 343,4 milhões. Esse montante confere à empresa o posto de maior
investidor privado no Estado de Pernambuco. Lançou o Programa de
Responsabilidade Social Energia para Crescer, com foco em educação, cultura e
meio ambiente.
2007 - O ano foi marcado pela adesão da Celpe aos Dez Princípios do Pacto Global
da ONU, compromisso também assumido pelas demais empresas geradoras e
distribuidoras do Grupo Neoenergia. A Empresa segue ampliando seus
investimentos em expansão de rede, ordenização, pesquisa e desenvolvimento,
eficiência energética e universalização de energia. Nesse ano, atinge um índice
global de universalização de 99,3%, o que a posiciona como a primeira distribuidora
do Nordeste a atingir esse patamar.
2008 - A Celpe alcança 100% dos clientes urbanos de sua área de concessão. É
criado o Comitê de Responsabilidade Social na Celpe e no Grupo Neoenergia.
Reconstrução da Usina de Tubarão, no distrito de Fernando de Noronha, que está
apta a operar com biodiesel. A Empresa coordenou a 18ª edição do Seminário
Nacional de Distribuição de Energia Elétrica (SENDI), realizada em Pernambuco, o
maior evento do setor de energia elétrica do País, com a participação de mais de 3,3
mil pessoas.
2009 - A empresa se submete ao segundo ciclo de revisão tarifária periódica.
Amplia, após a privatização, o atendimento e o número de consumidores de 1,9
milhões para três milhões. No atual cenário, a Celpe mantém a constante busca por
eficiência e qualidade, com ética e compromisso socioambiental, contribuindo para o
desenvolvimento de Pernambuco e do Brasil.
2010 - O programa de Investimentos neste exercício foi de R$ 229,3 milhões e
trouxe relevantes melhorias e ampliação da rede, com ênfase para a construção de
três Subestações de 69/13.8 kV: Macaparana, na Zona da Mata Norte do Estado;
Afrânio, no Sertão; e Enseada dos Corais, no Cabo de Santo Agostinho. Destaque
também para a construção da primeira etapa da Subestação 138/69 kV em Ouricuri
e a ampliação de potência da Subestação Caxangá, na Região Metropolitana do
Recife, além da Construção da Linha de Distribuição de alta tensão (69 kV)
Derivação Brejão/Brejão. Um dos seus destaques naquele ano foi a melhoria da
avaliação de risco da Companhia pela agência Standard & Poor's, que elevou seu
rating em duas posições, passando para a classificação BB+\Stable na Escala
Global e brAA+\Estável na Escala Nacional Brasil. Outro destaque do ano foi a
atuação da Celpe no atendimento aos consumidores atingidos pelas enchentes
ocorridas em junho na região da Zona da Mata Sul, no estado de Pernambuco, que
destruiu centenas de casas e instalações elétricas. A pronta resposta da Celpe na
ocasião, em colaboração com os governos do Estado e municipais, foi fundamental
para o rápido restabelecimento da energia e também para a capacidade de reação
das comunidades atingidas pela calamidade.
A Celpe detém a concessão para distribuição de energia elétrica em todos os
municípios do Estado de Pernambuco, 186 ao todo, no Distrito Estadual de
Fernando de Noronha e no município de Pedras de Fogo, no Estado da Paraíba,
abrangendo uma área de concessão de 102.745 km².
Tabela dos principais indicadores de 2008 a 2010 conforme o relatório de
sustentabilidade.
17
2011 - Conforme dispõe a Lei 9.991 de 24 de Julho de 2000, a Celpe aplicará o
percentual de 0,5% da sua receita operacional líquida anual em Programas de
Eficiência Energética, segundo regulamento da Agência Nacional de Energia Elétrica
- ANEEL. Para este ano, a Celpe investirá cerca de 28,4 milhões em projetos. Cerca
de 60% dessa verba é destinada aos projetos de atendimento a comunidades de
baixa renda, clientes que possuam tarifa social de energia elétrica, a exemplo da
doação de refrigeradores com o selo PROCEL e lâmpadas eficientes. O objetivo
dessa ação é fazer com que esses consumidores reduzam o valor da conta de
energia e aprendam a economizar.
5. ASPECTOS GERAIS DA QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA
(QEE)
A energia elétrica é um dos produtos mais importantes utilizados não
somente por simples consumidores, como principalmente, pelo comércio e pela
indústria. É um produto que deve estar disponível continuamente e não pode ser
armazenado em quantidades importantes. É um produto que deve ser gerado na
medida em que é solicitado, desta forma, em si, representa um extraordinário
desenvolvimento na qualidade de vida da população. De sorte que, a partir do
momento em que se implanta um sistema de distribuição de energia elétrica, a
população local em pouco tempo passará a receber numerosos benefícios, tanto do
ponto de vista doméstico quanto do ponto de vista comercial, social e cultural.
Nas residências podem-se utilizar os diversos tipos de eletrodomésticos e
eletroeletrônicos, antes impossíveis de se utilizar devido à falta de energia elétrica,
produzindo com isso um maior conforto doméstico. No comércio, assim como na
indústria, percebe-se a benfeitoria da energia elétrica, que ao lado de políticas
adequadas, tornam maiores as possibilidades de produção e consequentemente
emprego, gerando uma maior arrecadação de impostos para o Governo investir de
forma apropriada em diversas áreas. Nas ruas e avenidas ela é essencial para a
movimentação com segurança de pessoas e veículos, como também é de
fundamental importância para o pleno funcionamento de hospitais, escolas, creches,
quarteis, delegacias, teatros, cinemas e etc. Desta forma, à proporção que a energia
elétrica passa a fazer parte do dia a dia das pessoas, é natural que se inicie um
processo de discussão quanto à qualidade desse maravilhoso produto. De forma
que numa análise inicial, preocupa-se apenas com a continuidade do serviço, já que
fica evidente que qualquer interrupção do fornecimento implicará em transtornos de
toda ordem. Entretanto, numa análise mais crítica, surge uma pergunta:
“Para que serve a continuidade no fornecimento de energia elétrica, se a sua
qualidade como um todo não for suficientemente uniforme?”
A questão da qualidade da energia elétrica como um produto comercial,
às vezes só é percebida de uma forma - um pouco demorada, através do mau
funcionamento de alguns equipamentos. E sob esta óptica, a ideia que se tem de
uma boa qualidade de energia elétrica está associada a sua disponibilidade com os
19
menores números de interrupções possíveis, preço justo, amplitude constante da
tensão nominal ou da tensão contratada, forma de onda da tensão senoidal e
estabilidade da frequência em 60 Hertz, devendo tais procedimentos, definidos no 8°
módulo do PRODIST, serem observados por:
a) Consumidores com instalações conectadas em qualquer classe de
tensão de distribuição;
b) Produtores de energia;
c) Distribuidoras;
d) Agentes importadores ou exportadores de energia elétrica;
e) Transmissoras detentoras de Demais Instalações de Transmissão
– DIT;
f) Operador Nacional do Sistema – ONS.
A seguir, são apresentados nas tabelas os valores nominais de tensão
elétrica secundária em transformadores com estrela aterrado – em cada Estado do
Brasil e a responsabilidade da CELPE ante a face do seu número de clientes nos
grupos A e B.
Valores Nominais de Tensão Elétrica Secundária em Transformadores
com Estrela Aterrado –
ESTADO / TERRITÓRIO TENSÃO ELÉTRICA SECUNDÁRIA
(Vns)
ACRE 220 / 127 V
AMAZONAS 220 / 127 V
RONDÔNIA 220 / 127 V
RORAIMA 220 / 127 V
AMAPÁ 220 / 127 V
PARÁ 220 / 127 V
TOCANTINS 380 / 220 V
MARANHÃO 380 / 220 V
PIAUÍ 380 / 220 V
CEARÁ 380 / 220 V
RIO GRANDE DO NORTE 380 / 220 V
PARAÍBA 380 / 220 V
PERNAMBUCO 380 / 220 V
ALAGOAS 380 / 220 V
SERGIPE 380 / 220 V
BAHIA 380 / 220 V
MATO GROSSO 220 / 127 V
MATO GROSSO DO SUL 220 / 127 V
DISTRITO FEDERAL 380 / 220 V
GOIÁS 380 / 220 V
MINAS GERAIS 220 / 127 V
ESPÍRITO SANTO 220 / 127 V
SÃO PAULO 220 / 127 V
RIO DE JANEIRO 220 / 127 V
PARANÁ 220 / 127 V
SANTA CATARINA 380 / 220 V
RIO GRANDE DO SUL 380 / 220 V
Número de Clientes da Celpe nos Grupos A e B –
Os dados da tabela abaixo, referente ao mês de Outubro de 2011,
apresentam o número de clientes que a Celpe tem no grupo A e no grupo B, dentro
dos 186 municípios do Estado mais o município de Pedras de Fogo na Paraíba, o
que representa para o mercado de energia do nordeste, uma fatia de 15,1% e uma
fatia 2,5% do mercado energético brasileiro.
Lembrando que clientes do grupo A, segundo as definições da Resolução
ANEEL 414/2010, inciso 37 no seu 2° artigo: é o gru pamento composto de unidades
consumidoras com fornecimento em tensão igual ou superior a 2,3 kV, ou atendidas
a partir de sistema subterrâneo de distribuição em tensão secundária, caracterizado
pela tarifa binômia e subdividido nos seguintes subgrupos:
a) subgrupo A1 – tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV;
b) subgrupo A2 – tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV;
c) subgrupo A3 – tensão de fornecimento de 69 kV;
d) subgrupo A3a – tensão de fornecimento de 30 kV a 44 kV;
e) subgrupo A4 – tensão de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV;
21
f) subgrupo AS – tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, a partir de
sistema subterrâneo de distribuição.
E quanto aos clientes do grupo B, segundo o inciso 38 deste mesmo artigo: é o
grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão
inferior a 2,3 kV, caracterizado pela tarifa monômia e subdividido nos seguintes
subgrupos:
a) subgrupo B1 – residencial;
b) subgrupo B2 – rural;
c) subgrupo B3 – demais classes; e
d) subgrupo B4 – Iluminação Pública.
Clientes dos Grupos A e B –
Diante dos números apresentados percebe-se que é natural a
possibilidade de sofrer com problemas relacionados, principalmente, a fatores como
a qualidade da tensão fornecida pela concessionária, dos tipos de cargas existentes
na rede de distribuição e da sensibilidade dos equipamentos aos vários tipos de
perturbações. Logo, fazer com que haja uma mesma solução, de forma definitiva,
para todas as áreas de transformadores não é possível. Por isso, para que haja uma
ação bastante eficiente, do ponto de vista técnico-econômico, deve haver um estudo
para cada uma das diferentes localidades, levando-se em conta os três fatores
citados. Os problemas que podem ocorrer no sistema elétrico de potência (SEP),
como por exemplo, a instalação cada vez maior de cargas não-lineares, isto é,
cargas que não obedecem a Lei de Ohm, e que afetam diretamente a qualidade de
energia, podem ser definidas como “um surto revelado em qualquer uma das
grandezas Frequência, Tensão e Corrente elétrica que resulte em pane ou má
operação de equipamentos conectados a rede elétrica em unidades consumidoras
do grupo A ou B”. E está relacionada também às suspensões de caráter permanente
ou temporário que afetem o desempenho dos equipamentos, conectados direta ou
indiretamente à rede de energia elétrica, principalmente nos locais onde a
distribuição de energia é feita em baixa tensão, onde existem maiores problemas
relacionados à qualidade de energia.
As medições do comportamento da tensão, corrente, distorções
harmônicas e desequilíbrios são ótimas referências da condição do sistema elétrico
de distribuição e dos tipos de cargas conectadas nele. E o melhor é que todas essas
leituras podem ser realizadas sem cessar as operações normais e depois podem ser
inseridas de forma simples, utilizando-se softwares específicos, e registradas
graficamente ao longo do tempo, contribuindo para produzir diagnósticos precisos,
como o tempo limite para se acionar uma ação corretiva ou preventiva. Ainda sim,
isto não impede que a equipe de manutenção formule um conjunto de ações
empíricas, baseadas em normas e padrões de especificação técnica própria ou
conforme resolução normativa específica.
Lembrando que tais desequilíbrios podem surgir não somente nas várias
partes do SEP, mas também nas instalações elétricas das unidades consumidoras,
ficando nesse caso, toda a responsabilidade a cargo do cliente, como dispõe os
artigos 166, 167 e o terceiro inciso do parágrafo único do artigo 210 da Resolução
ANEEL n°414/2010, e ainda, a Norma da Celpe SM02. 0 3-00.001.001, que diz: para
os clientes do Grupo A (tarifa binômia), não confere responsabilidade às
concessionárias de distribuição de indenizar os aparelhos eletroeletrônicos
danificados por perturbação da rede elétrica nas UCs atendidas em tensão maior
que 2.3 kV e, portanto, estas devem adotar as proteções elétricas exigidas nas
Normas SM01.00-00.004 e SM01.00-00.003, Classe 15 kV e 69/138 kV,
respectivamente, bem como adotar as proteções de sobretensão, subtensão e
sobrecorrente, incluindo os dispositivos de proteção contra surto – DPS e de
corrente diferencial residual – DR, conforme as prescrições das Normas da ABNT
NBRs 14039 e 5410. Assim, a QEE sempre deverá ser avaliada como um dos
principais requisitos relacionados à regulação do mercado energético, não só no
Brasil, mas em todo o mundo. No setor industrial, por exemplo, tem impacto direto
na produtividade de grandes, médias e pequenas empresas com processos
sensíveis aos distúrbios da qualidade de energia, gerando prejuízos enormes caso
não sejam, os tais problemas, devidamente solucionados pelos seus responsáveis
23
legais. Os resultados obtidos pela péssima qualidade de energia elétrica geram
aquecimentos demasiadamente grandes nos circuitos elétricos, cuja consequência é
acelerar a queima dos diversos equipamentos ligados a esses circuitos,
principalmente os eletrônicos. Com isso, certamente pode-se afirmar que a
qualidade de energia está diretamente relacionada com os custos de manutenção e
perda de produtividade. Em certos casos, uma interrupção elétrica de apenas um
minuto pode ocasionar prejuízos de milhares Reais.
Portanto, diante do exposto, fica notória a importância de uma análise
minuciosa do nível da QEE para uma manutenção adequada da qualidade deste
produto, que a princípio, concentra-se em um pequeno conjunto de medições que
podem prever as falhas de distribuição de energia ou carga crítica, com a finalidade
de descobrir as causas e as consequências dos distúrbios no SEP, para que seja
possível apresentar medidas viáveis do ponto de vista técnico-econômico, e
solucionar o problema de forma eficaz. Devido a isso, a forma mais excelente de
monitorar a qualidade da energia elétrica é através da manutenção preditiva, que
poderá analisar não somente a existência de ondas harmônicas, como também
outras sérias perturbações elétricas que causam desequilíbrios em todo o sistema
ou parte dele, diminuindo a necessidade de gastos inesperados e elevando o nível
de excelência do produto, assim, no tocante aos aspectos da QEE, a Celpe, por
meio da Termovisão e da Medição Gráfica, direciona um conjunto de inspeções
diferenciadas no sistema elétrico que podem prever as falhas de distribuição da
energia comercializada, melhorando o nível da qualidade deste produto.
5.1. Qualidade do Produto –
A seção 8.1 do oitavo módulo do PRODIST caracteriza os fenômenos da QEE,
a partir da definição da terminologia, da constituição dos critérios de amostragem e
dos parâmetros e valores de referência relativos à conformidade de tensão em
regime permanente e as perturbações na forma de onda de tensão.
Os aspectos considerados da qualidade do produto em regime permanente ou
transitório são os seguintes:
5.1.1 Tensão em Regime Permanente –
Nesse aspecto são estabelecidos limites adequados, precários e críticos
para níveis de tensão em regime permanente, os indicadores individuais e coletivos
de conformidade de tensão elétrica, os critérios de medição e registro, os prazos
para regularização e de compensação ao consumidor, caso as medições de tensão
excedam os limites dos indicadores. Essa “conformidade de tensão elétrica” refere-
se à comparação do valor de tensão em regime permanente, analisada através de
um conjunto de leituras obtido por medição apropriada, de acordo com a
metodologia descrita para os indicadores individuais e coletivos, no ponto de
conexão, em relação aos níveis de tensão especificados como adequados, precários
e críticos conforme as tabelas abaixo.
Tabelas 1, 2 e 3 (Grupo A) e Tabela 5 (Grupo B) –
Tabela 1 – Pontos de conexão em Tensão Nominal Igual ou Superior a
230 kV
Tensão de Atendimento (TA) Faixa de Variação da Tensão de
Leitura (TL) em Relação à Tensão de
Referência (TR)
Adequada 0,95TR≤TL≤ 1,05TR
Precária 0,93TR≤ TL<0,95TR ou
1,05TR<TL≤ 1,07TR
Crítica TL<0,93TR ou TL>1,07TR
Tabela 2 – Pontos de conexão em Tensão Nominal Igual ou
Superior a 69 kV e inferior a 230 kV
Tensão de Atendimento (TA) Faixa de Variação da Tensão de
Leitura (TL) em Relação à Tensão de
Referência (TR)
Adequada 0,95TR≤TL≤ 1,05TR
Precária 0,90TR≤ TL<0,95TR ou
1,05TR<TL≤ 1,07TR
Crítica TL<0,90TR ou TL>1,07TR
25
Tabela 3 – Pontos de conexão em Tensão Nominal Superior a 1 kV
e Inferior a 69 kV
Tensão de Atendimento (TA) Faixa de Variação da Tensão de
Leitura (TL) em Relação à Tensão de
Referência (TR)
Adequada 0,93TR≤TL≤ 1,05TR
Precária 0,90TR≤TL<0,93TR
Crítica TL<0,90TR ou TL>1,05TR
Tabela 5 – Pontos de conexão em Tensão Nominal Igual ou
Inferior a 1 kV (380/220)
Tensão de Atendimento (TA) Faixa de Variação da Tensão de
Leitura (TL) em Volts
Adequada (348≤TL≤ 396) / (201 ≤TL≤ 231)
Precária (327 ≤ TL<348 ou 396<TL ≤ 403)/
(189 ≤TL<201 ou 231<TL ≤ 233)
Crítica (TL<327 ou TL>403) / (TL<189 ou
TL>233)
5.1.2 Fator de Potência –
É a relação entre a potência ativa (P) e a potência aparente (S). Os
registros dos valores reativos são feitos por instrumentos de medição adequados, e
o valor do fator de potencia, deverá ser calculado de forma a mostrar se a UC
consome energia de forma adequada ou não, pois relaciona o uso eficiente de
energia ativa e reativa de uma instalação elétrica. A legislação brasileira adota como
valor de referência o fator 0.92, indutivo ou capacitivo, sendo um dos principais
indicadores de eficiência energética. É utilizada a seguinte fórmula para se calcular o
fator de potência:
O excedente reativo é calculado com o auxilio da seguinte equação:
FER = CA x [(FPr / FPm) - 1] x TCA
FER = valor do faturamento total correspondente ao consumo de energia reativa
excedente à quantidade permitida pelo fator de potência de referência, no
período de faturamento.
CA = consumo de energia ativa medida durante o período de faturamento.
TCA = tarifa de energia ativa, aplicável ao fornecimento.
FPm = fator de potência indutivo
médio das instalações elétricas da
Unidade Consumidora, calculado para
o período de faturamento.
FPr = fator de potência de referência
igual a 0,92.
27
Para conhecer o FP antes de receber a fatura, o consumidor de unidade
consumidora trifásica, que possua medição de energia reativa, poderá verificar a
leitura do Ativo e Reativo exposto no visor digital do medidor e aplicá-los na equação
apresentada para obter uma estimativa de como está à relação entre a energia ativa
e a energia total.
5.1.3 Harmônicos –
A distorção harmônica é a parte de uma onda cíclica cuja frequência é um
múltiplo inteiro da frequência fundamental, ou seja, é um fenômeno associado com
modificações nas formas de onda senoidal das tensões e correntes em relação à
onda da frequência principal, como verificado na figura a seguir.
Aqui se tem uma onda senoidal natural,
simulando uma corrente de energia elétrica
limpa, e outra onda menor, simulando uma
harmônica. A onda menor simula a
harmônica de quinta ordem, isso quer dizer
que a sua frequência é de 5 x 60 Hz, ou
seja, 300 Hz, que terá como resultante uma
distorção da curva de tensão.
Para os sistemas elétricos trifásicos, as medições de distorção harmônica
são feitas através das tensões fase-neutro para sistemas estrela aterrada e fase-
fase para as demais configurações.
As expressões para o cálculo das grandezas DITh% e DTT % são:
DITh% – Distorção harmônica
individual de tensão de ordem h
DTT % – Distorção harmônica total de
tensão
Vh – Tensão harmônica de ordem
h
H – Ordem harmônica
Hmáx – Ordem harmônica
máxima
Hmin – Ordem harmônica mínima
V1 – Tensao fundamental medida
Os valores de referência para as distorções harmônicas totais estão
indicados na tabela a seguir e direcionam a manutenção e o planejamento elétrico,
em termos de QEE, e que por força de Lei, serão constituídos em Resolução
especifica, apos o período experimental de coleta de dados – as amostras.
Tabela – Valores de referencia global das distorções harmônicas totais
(em porcentagem da tensão fundamental):
TENSÃO NOMINAL DO
BARRAMENTO
DISTORÇÃO HARMÔNICA TOTAL
DE TENSÃO (DTT) [%]
29
VN ≤ 1 kV 10
1 kV < VN ≤ 13.8 kV 08
13.8 kV < VN ≤ 69 kV 06
69 kV < VN < 230 kV 03
5.1.4 Desequilíbrio de Tensão –
Este fenômeno se associa a alterações dos modelos trifásicos do sistema
de distribuição. A expressão para o cálculo do desequilíbrio de tensão é:
FD% = (V- / V+) .100
IDENTIFICAÇÃO DA GRANDEZA
SÍMBOLO
Fator de desequilíbrio FD
Magnitude da tensão de sequência negativa (RMS) V-
Magnitude da tensão de sequência positiva (RMS) V+
Magnitude das tensões trifásicas de linha (RMS) Vab, Vbc e Vca
O valor de referência nos barramentos do sistema de distribuição, com
exceção da baixa tensão, deve ser igual ou inferior a 2%. Esse valor serve para
alusão do planejamento elétrico em termos de QEE e que, regulatoriamente, será
estabelecido em resolução específica, após período experimental de coleta de
dados.
5.1.5 Flutuação de Tensão –
A flutuação de tensão pode ser definida como uma variação eventual,
recorrente ou esporádica do valor eficaz da tensão nominal. A flutuação de tensão
também é um indicador da qualidade da tensão de um barramento, e tem como
finalidade avaliar o aborrecimento provocado pelo efeito da cintilação luminosa no
consumidor, em pontos de iluminação alimentados em baixa tensão.
5.1.6 Variação de Tensão de Curta Duração –
Variações de tensão de curta duração são desvios significativos no valor
eficaz da tensão em curtos intervalos de tempo, podendo ter sua origem na
energização de grandes cargas que solicitam altas correntes de partida, por
manobras no SEP ou por intermitentes falhas nas conexões dos cabos da rede
elétrica, causando assim interrupções momentâneas ou temporárias, afundamentos
momentâneos ou temporários (SAG) ou elevações momentâneas ou temporárias
(SWELL).
As variações de tensão de curta duração são classificadas de acordo com
a tabela a seguir:
Além dos parâmetros - duração e amplitude - já determinados, a
severidade da VTCD (Variação de Tensão de Curta Duração), medida entre fase e
neutro, de determinado barramento do sistema de distribuição é também
caracterizada pela frequência de ocorrência, correspondendo à quantidade de vezes
que cada combinação dos parâmetros, duração e amplitude ocorrem em
determinado momento do tempo ao longo do qual o barramento tenha sido
monitorado.
31
5.1.7 Variação de Frequência –
O sistema de distribuição e as instalações de geração em condições
normais de operação e em regime permanente operam dentro dos limites de
frequência situados entre 59,9 Hz e 60,1 Hz, e não podem ser maiores que 66 Hz ou
menores que 56,5 Hz em condições extremas.
Pode permanecer acima de 62 Hz por no máximo 30 (trinta) segundos e acima de
63,5 Hz por no máximo 10 (dez) segundos, abaixo de 58,5 Hz por no máximo 10
(dez) segundos e abaixo de 57,5 Hz por no máximo 05 (cinco) segundos.
5.2. Qualidade dos Serviços Prestados –
A qualidade dos serviços prestados pelas distribuidoras aos consumidores é
estabelecida por procedimentos como dispõem da seguinte forma a Resolução
Normativa da ANEEL n° 414/2010, em seu Capítulo XV - Do Atendimento ao
Público, do artigo 177 ao artigo 200 e o PRODIST em seu módulo 08, na seção 8.2:
Toda distribuidora deve dispor de uma estrutura de atendimento adequada às
necessidades de seu mercado, acessível a todos os consumidores da sua área de
concessão e que possibilite a apresentação das solicitações e reclamações,
enquanto que, além de fornecerem mecanismos para acompanhamento e controle
do desempenho das distribuidoras como plano de reforma, melhoramento e
expansão da infraestrutura devem oferecer também aos consumidores, parâmetros
para avaliação dos serviços prestados.
Estes processos têm seus desempenhos medidos conforme o nível de
tensão adequada e à continuidade do serviço de energia elétrica prestado, através
de indicadores de continuidade coletivos (DEC e FEC), e além destes, os
indicadores de continuidade individual, DIC, FIC e DMIC. Os indicadores DIC
(Duração de Interrupção por Unidade Consumidora) e FIC (Frequência de
Interrupção por Unidade Consumidora) indicam por quanto tempo e o número de
vezes respectivamente que uma UC ficou sem energia elétrica durante um período
estimado. O DMIC (Duração Máxima de Interrupção por Unidade Consumidora) é
um indicador que limita o tempo máximo de cada interrupção, impedindo que a
concessionária deixe o consumidor sem energia elétrica durante um período muito
longo. Quando há violação desses limites, a distribuidora deve compensar
financeiramente a unidade consumidora de forma automática em até dois meses
após o mês de apuração do indicador, isto é, o mês em que houve a
descontinuidade.
5.2.1 Conjunto de Unidades Consumidoras –
Cada conjunto de unidades consumidoras (UCs) é definido por
Subestação de Distribuição - SED, e o alcance de todos os conjuntos devem ser as
redes de média tensão – MT, à jusante da SED e de propriedade da distribuidora.
As SEDs que possuam número de UCs igual ou inferior a 1000 (mil) devem ser
anexadas a outras, formando um único conjunto, e se for superior a 1000 e igual ou
inferior a 10.000 devem ser agregadas a outras, formando um único conjunto. De
forma que, a agregação das SEDs deve obedecer ao critério de contiguidade das
áreas, sendo vedada a agregação de duas ou mais SED cujos números de unidades
consumidoras sejam superiores a 10.000. Para as redes de MT das distribuidoras
que não possuam subestação com primário em alta tensão - AT, o conjunto deve ser
composto pelas redes em MT de sua propriedade até o ponto de conexão com o
agente supridor.
Todas as unidades consumidoras atendidas em BT e MT deverão estar
classificadas no mesmo conjunto de unidades consumidoras da subestação que as
atendam, quando da aprovação de conjuntos por meio de resolução específica. As
unidades consumidoras ligadas após a aprovação dos conjuntos de unidades
consumidoras deverão ser classificadas de acordo com a área geográfica de
abrangência dos conjuntos vigentes, como será mostrado à frente.
Os conjuntos serão caracterizados pelos seguintes atributos:
a) área em quilômetros quadrados (km2), correspondente à área que
abrange os transformadores de distribuição próprios e os particulares constantes do
plano de incorporação da distribuidora, assim como a subestação supridora das
redes de MT, devendo a soma de todas as áreas dos conjuntos ser equivalente à
área de concessão ou permissão da distribuidora;
b) extensão da rede em MT, em quilômetros (km), devendo computar as
redes aéreas, subterrâneas, urbanas e não urbanas, considerando as redes próprias
33
da distribuidora e as redes particulares constantes do plano de incorporação da
distribuidora, excetuando-se as redes das cooperativas de eletrificação rural;
c) média mensal da energia consumida nos últimos 12 meses, em
megawatt-hora (MWh), que corresponde à média aritmética simples relativa ao
consumo verificado nos últimos 12 meses pelas unidades consumidoras atendidas
em MT;
d) total de unidades consumidoras atendidas, que corresponde ao número
de unidades consumidoras faturadas no período de apuração e atendidas em MT ou
BT.
e) potência instalada em kilovolt-ampère (kVA), que equivale à soma das
potências unitárias nominais de todos os transformadores, inclusive os de
propriedade particular constantes do plano de incorporação da distribuidora,
excetuando-se os transformadores pertencentes às cooperativas de eletrificação
rural e os transformadores de potência cuja tensão secundária seja maior que 1 kV;
f) localização, sistema isolado ou interligado.
Adiante, apresentam-se as tabelas referentes à qualidade dos serviços
prestados com os limites dos indicadores de continuidade anuais, trimestrais e
mensais por ponto de conexão e tensão contratada, a localização dos pontos de
suprimento de energia elétrica que já existem e os que estão porvir, em cada uma
das quatro regiões do Estado de Pernambuco, e que apontam para a disponibilidade
de uma estrutura de atendimento adequada às necessidades de seu mercado
conforme faixa de consumo de cada tipo de consumidor. Esses dados demonstram
não só o tamanho da responsabilidade da Celpe como a 9° (nona) maior
distribuidora do Brasil em GWh, mas também do Grupo Neoenergia, como o terceiro
maior investidor privado no setor de energia elétrica do país e o maior do Nordeste,
atendendo a cerca de 29 milhões de habitantes e com uma uma receita operacional
bruta anual de 9,5 bilhões de reais, segundo dados do Ministério de Minas e Energia
(MME).
5.2.2 Limites dos Indicadores de Continuidade Anuais, Trimestrais e
Mensais por Ponto de Conexão e Tensão Contratada –
• INDICADORES DE CONTINUIDADE –
• FLUXOGRAMA DOS PROCESSOS DE APURAÇÃO E AVALIAÇÃO
DOS INDICADORES DE CONTINUIDADE –
• LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE SUPRIMENTO DE ENERGIA
ELÉTRICA POR REGIÃO –
INDICADORES DE CONTINUIDADE –
FLUXOGRAMA DOS PROCESSOS –
35
PONTOS DE SUPRIMENTO –
37
FAIXA DE CONSUMO EM GWh.
6. FUNDAMENTOS DA MANUTENÇÃO
6.1 DEFINIÇÕES –
A manutenção pode ser definida ou caracterizada pelo conjunto de atividades
ou ações que tem por objetivo manter os equipamentos, obras e instalações em
plenas condições de cumprir, com eficácia e segurança, as suas funções,
considerando-se os aspectos operacionais e econômicos.
6.2 TIPOS DE MANUTENÇÃO E PROCEDIMENTOS –
É comum definir-se, basicamente, das seguintes formas a classificação das
atividades de manutenção como a seguir:
• Manutenção corretiva: É caracterizada pela reposição ou reparo de
componentes do sistema elétrico que se tornam indisponíveis ou precários
devido a panes, isto é, ocorrências não previstas de acordo com o nexo
causal, ou seja, é uma manutenção com ações de restauração a um item
defeituoso, para uma condição específica com testes, medições e ajustes
feitos para remover ou corrigir uma falha. Esta é a manutenção mais efetuada
no cotidiano operacional da prontidão de luz da Celpe devido à natureza da
maioria dos atendimentos, que são de urgência e emergência.
• Manutenção Preventiva : É caracterizada ou definida pela reposição regular
de itens, com base calculada ou empiricamente estabelecida, no intuito de
manter o equipamento e as instalações em condições operacionais
aceitáveis, segundo as necessidades observadas previamente, realizando
inspeção, detecção e correção sistemática de falhas elementares, antes de
sua ocorrência, ou antes, de se transformarem em defeitos maiores. Na
Celpe, a maior parte das ações de manutenção preventiva é realizada pelo
setor da coordenação de manutenção da unidade de serviços de rede
(OSR), com a incumbência dos reparos mais pesados, substituições, estudos
e implantações de certos componentes do sistema elétrico, como postes,
isoladores de pino, recondutagem e coisas afins. Todavia, a coordenação de
operação também é co-responsável pelas decisões e resultados, pois as
equipes da prontidão de luz, subordinadas a ela, também realizam tarefas
39
menores, chamadas de manutenção leve. É bom lembrar que nesse tipo de
manutenção também há riscos, tais como falha de equipamentos ou erros
humanos, assim como em quaisquer operações de manutenção.
• Manutenção Preditiva: É definida ou caracterizada por inspeções nos
diversos tipos de máquinas e equipamentos em serviço, utilizando tecnologias
como análise do óleo, infravermelho, análise de vibração, medições de nível
sonoro, ultra-som, dentre outras, para avaliar as condições reais das
máquinas e equipamentos em pleno funcionamento. Na Celpe, estes
processos preditivos de monitoramento se dão a partir da medição gráfica ou
termográfica, a fim de antever quando um melhoramento deve ser realizado.
Neste caso, as equipes da qualidade do produto, subordinadas a
coordenação de manutenção da OSR – (Departamento de Serviços de Rede),
ficam responsáveis pelo monitoramento da energia distribuída em um nível de
tensão elétrica de até 13800 Volts, através da instalação dos equipamentos
de medição gráfica específicos para tais análises, lidando com o produto
comercializado em si – a energia elétrica. Já as equipes de NPL (núcleo
polivalente de linhas), subordinadas a E M S - (Departamento de Engenharia
e Manutenção do Sistema Elétrico), lidam com as linhas de alta e média
tensão, estruturas e máquinas elétricas das subestações. De certa forma, os
dois setores trabalham em conjunto dividindo as responsabilidades em
cumprir um dos princípios do Código de Ética do Grupo Neoenergia, que é o
compromisso de atender todos os seus clientes com serviços de qualidade.
Assim, a integração entre estes setores maximizam o monitoramento e
levantamento das causas problemáticas, bem como todas as possíveis
soluções para os mesmos. A prontidão de luz neste caso tem o papel de
apenas acompanhar as equipes que têm essa função particular, conforme
dispõe a NR-10.
6.3. EQUIPAMENTOS E PROCESSOS DA MEDIÇÃO GRÁFICA –
Os equipamentos registradores de grandezas elétricas disponíveis no comércio
permitem a medição de um grande número de dados, visto serem microprocessados
e possuírem extensa memória para alocação de informações. De forma geral, as
medições gráficas solicitadas pelos clientes insatisfeitos com a QEE, devem ser
realizadas em até 20 dias, após a solicitação formal em uma agência da
concessionária de energia do Estado, e respondidas através de cartas, de forma
objetiva, em até 10 dias, sendo 30 dias para todo o processo, apresentando ao
reclamante o que foi constatado durante as 1008 leituras realizadas, coletadas a
cada 10 minutos durante 07 dias consecutivos, conforme o PRODIST em seu
módulo 08. Todavia, prevendo possíveis falhas no sistema elétrico de potência, que
poderiam promover erros nos registros de leitura, a Celpe deixa cada equipamento
coletando os dados da rede elétrica por oito dias, totalizando 1152 leituras, como
garantia na qualidade de suas medições, evitando com isso o retrabalho de toda
equipe em ter que retornar ao local, reinstalar o equipamento e esperar mais 07 dias
consecutivos, o que geraria muito desprazer para a Empresa e principalmente para
os clientes.
Os equipamentos utilizados para a realização da medição gráfica na Celpe
atualmente são os das empresas: RMS Sistemas Eletrônicos, IMS Power Quality e a
SEED’EL Tecnologia Ltda.
6.3.1 RMS SISTEMAS ELETRÔNICOS –
MARH-VI
Os equipamentos digitais, portáteis, programáveis e robustos, MARH-V e
MARH-VI, para uso externo, trifásico, programável, com três canais de entrada para
tensões com neutro comum, são desenvolvidos pela RMS SISTEMAS
ELETRÔNICOS para registro e análise de tensões, correntes, harmônicos,
perturbações, flicker, potências e energia em sistemas elétricos de geração,
consumo e distribuição assim como circuitos de alimentação de máquinas elétricas
em geral. Amplamente utilizados, a qualidade, precisão e confiabilidade dos
41
equipamentos produzidos pela RMS são aprovados por concessionárias de energia,
indústrias, universidades e consultores nas áreas de geração, distribuição, consumo
e qualidade de energia. Mostrador e teclado possibilitam efetuar a programação
diretamente no equipamento. Dotado de memória interna estática tipo “RAM” e porta
serial para leitura dos dados registrados e programação através do PC local ou via
“modem” (opcional). O programa ANAWIN (para Windows), fornecido juntamente
com o registrador e sem custo adicional, possibilita a análise dos dados de forma
prática e direta através de gráficos e relatórios.
• Tela Principal para Grandezas - Programa Anawin –
Os Equipamentos da RMS atendem as especificações da NBR-9737,
quanto aos ensaios de tipo (perturbação, variação lenta da tensão de alimentação,
falta de alimentação de curta duração, desvio do sistema de tempo, influência de
campo magnético, perturbações nas faixas de radiofrequência e microondas,
sobretensão provocada por transientes, variação brusca da tensão de alimentação,
variação brusca da temperatura, variação cíclica da umidade relativa, tensão
aplicada, impulso 1,2/50). Atendem as normas: NBR 6146, que dispõe sobre
Invólucros de equipamentos elétricos - Proteção – Especificação, norma IEC 61000-
4-15, para a medição de FLICKER, norma NBR 14519, para a classe de exatidão, a
Resolução do ENRE (Ente Nacional Regulador de la Eletricidad - Argentina) para a
"Base Metodológica para el Control de la Calidad del Producto Técnico".
Isto se deve ao constante processo de criação de tecnologia própria e sua
aplicação no aperfeiçoamento dos produtos, assim como a vasta experiência
profissional na área de registro em tempo real, tarifação diferenciada, elaboração de
normas e ensaios e qualidade de energia.
O MARH-V, para tensão, tem alimentação em tensão alternada de 90 a
300 V e frequência de 50 ou 60 Hz, com três canais de entrada para registro de
tensões, em tempo real, para sistemas elétricos monofásicos, bifásicos e trifásicos
em baixa tensão. Podendo ser utilizado em média e alta tensão a partir de um
medidor especial, que será mais detalhado adiante, chamado Tempestade , da
Empresa Seed’el Tecnologia.
Os valores de tensão são indicados no mostrador digital alfanumérico. A
programação de parâmetros via teclado do MARH-V, permite que os técnicos
ajustem o equipamento para cada situação específica, nas áreas de qualidade de
energia e diagnósticos de tensão em sistemas de potência, no monitoramento da
qualidade de tensão em sistemas de distribuição e determinação da Função
Distribuição de Tensao - FDT. Os modelos portáteis de uso externo são concebidos
em gabinete duplo, para uso em postes, junto aos transformadores de distribuição
ou qualquer outro local abrigado. Seu consumo, que varia em função da tensão de
alimentação, vai de 2,5 a 8,0 VA.
Aplicação e registro de grandezas:
Tensões de fase (Fase-Neutro), fases A (terminal com garra de cor azul),
B (terminal com garra de cor branca) e C (terminal com garra de cor
vermelha) - máximo de 300 V rms direto entre garras N - A, N - B e N - C
Tensões de Linha (Fase-Fase), fases AB, AC e BC
(através de cálculo fasorial)
Distorção Harmônica Total (DHT) de Tensao nas fases A, B e C
Frequência da Tensao, fase A
Sequência de Fases
Máximo e Mínimo de Tensão (programável de 1/2 ciclo a 15 ciclos)
Com indicação da fase
Grau de desequilíbrio de tensão (IEC)
Grau de desequilíbrio de tensão (NEMA)
DIC e FIC
43
Número de Intervalos válidos registrados (para FDT)
Frequência do sinal da fase A
O MARH-VI, para tensão e corrente, possui três canais de entrada para
tensões e três canais de entrada para correntes (através de alicates). Indica no
mostrador alfanumérico os valores de tensão, corrente, fator de potência, potências,
energia, etc. Os circuitos internos são alimentados diretamente pela entrada de sinal
de medição de tensão podendo esta variar entre 90 e 300 Vca. É de grande utilidade
para trabalhos de avaliação de perfil de carga, detecção de fraude em sistemas de
distribuição de energia elétrica, diagnóstico de um sistema em relação à
necessidade de correção do fator de potencia, análises comparativas de custos nos
diversos pontos de consumo de energia, determinação da Função Distribuição de
Tensão (FDT), análise de tensão e geração de relatório.
Aplicação e registro de grandezas:
Tensões de Fase (Fase-Neutro), fases A, B e C
Tensões de Linha (Fase-Fase), AB, BC e CA
(obtidos por cálculo fasorial)
Correntes fases A, B e C
Fatores de Potência, fases A, B e C
Fator de Potencia Total
Potências Ativas, fases A, B e C
Potência Ativa Total
Potências Reativas, fases A, B e C
Potência Reativa Total
Potências Aparentes, fases A, B e C
Potência Aparente Total
Energia Ativa Total (consumida ou fornecida)
Energia Reativa Capacitiva Total
Energia Reativa Indutiva Total
Distorção Harmônica Total de Tensao, fases A, B e C
Distorção Harmônica Total de Corrente, fases A, B e C
Potência Reativa Total necessária para alteração do Fator de Potência
Frequência da Tensao, fase A
Sequência de Fases
Máximo e Mínimo de Tensao
Máximo de Corrente
Grau de desequilíbrio de tensão (IEC)
Grau de desequilíbrio de tensão (NEMA)
Demandas, fases A, B e C, Ponta e Fora Ponta
Demandas, valores totais, Ponta e Fora Ponta
• GRÁFICOS DE DISTRIBUIÇÃO DE TENSÃO –
Utilizados para o controle da qualidade da energia elétrica fornecida
• Esquemas de Ligação aos Sistemas de Potência –
Os símbolos das letras VN, VA, VB e VC representam as garras de
tensão do cabo de sinal do MARH-VI. E os símbolos das letras IC, IB e IA
representam os alicates de corrente com as respectivas setas indicadoras do fluxo
de energia do sistema.
45
A. Sistemas monofásicos:
Sistema monofásico (fase-
neutro).
B. Sistemas trifásicos com neutro e sem neutro:
Com o condutor neutro. Tensão
entre fases máxima permitida é de
300 V rms, obtidas por cálculo
fasorial.
Sem o condutor neutro. Tensão
entre fases máxima permitida de
300 V rms, obtidas por cálculo
fasorial.
Lembrando que ao conectar as garras aos barramentos, deve-se sempre
dar início pela garra de Neutro (cor preta), para que o equipamento não fique sem a
referência do valor das fases e seja danificado por ser submetido a uma tensão
maior que 300 Volts, somente após a conexão da garra de neutro é que as demais
garras do cabo de sinal de tensão devem ser conectadas, começando pela garra A
(azul), depois a B (branca) e então a C (vermelha).
Forma de registro –
As tensões de cada canal são marcadas ininterruptamente (64 amostras
por ciclo). A cada período de tempo programado no campo 02 do parâmetro 06
(número de ciclos da janela de integração), os valores médios das tensões são
calculados. A cada período de integração (programado no campo 01 do parâmetro
06) são calculados, a partir dos valores obtidos para cada janela, os valores médios
do intervalo e estes são registrados na memória.
Desta forma, para cada período de integração, será obtido um único valor
numérico (tensão media rms) para cada canal. São registradas ainda, para cada
período de integração, as tensões de janela que apresentam o máximo e o mínimo
de valores.
6.3.2 IMS POWER QUALITY –
P-600
O registrador IMS PowerNet, avalia parâmetros tais como, tensão,
corrente, potências, energia, fator de potência e frequência. Também mede flicker,
sag e swell. Sua versatilidade possibilita levantamentos de curvas de carga,
verificação do nível de balanceamento de redes, dimensionamento de bancos de
capacitores, leitura de valores de harmônicos na rede, cálculo de custo de perdas
em transformadores e alimentadores, cálculo do custo de energia por item fabricado,
medição setorial e rateio de custos, emite diagnósticos dos sistemas de potência
entre outras funções. Tem alta proteção IP 659 e acompanha um software para
descarga e análise de dados, facilitando a interpretação dos dados. Pode ser
utilizado em todos os tipos de indústria, concessionárias de energia, consultores,
usinas e etc. É Homologado por todas as distribuidoras de energia do Brasil.
Acompanha o consumo de energia elétrica através do PowerVIEW, que é um
47
software para gerenciamento, controle e análise de consumo de energia elétrica. Por
meio dele, é possível gerenciar custos oriundos do perfil de gasto energético em
diversos pontos do processo produtivo ou de instalações.
• Software PowerMANAGER
O PowerNET P-300, para tensão, é um medidor e registrador de tensão
portátil. Utilizado para analisar a qualidade da tensão fornecida pela concessionária
de energia. Sua conexão à rede elétrica é fácil e intuitiva, seu display alfanumérico
permite visualizar as grandezas elétricas medidas e o teclado permite configurar os
parâmetros.
Suas principais características são: o aumento da capacidade de
transferência dos dados devido à velocidade de comunicação, capacidade de
medições e registros a partir de 250ms e medição de harmônicos até a 41° ordem
(ímpares e pares).
Características Técnicas:
Alimentação: 60 a 300 Vca entre a ponteira N e as demais
Frequência de operação 45 a 70 Hz
Faixa de medição: 60 a 300 Vca
Medição a quatro fios
Capacidade de efetuar medições monofásicas, bifásicas e trifásicas
Proteção interna contra sobrecorrente
Mostrador digital: display de cristal líquido de duas linhas por 20 colunas
com Back-light (40 caracteres)
Relógio: ano, mês, dia, horas, minutos e segundos
Bateria interna recarregável (autonomia de dois meses desligado) para
dados
Taxa de amostragem: 128 amostras
Precisão 0,5% para toda a faixa de medição de tensão
Medição com janela fixa de 12 ciclos
Protocolo de comunicação MODBUS RTU
Velocidade de comunicação: 9600 19200 e 38400 bps
• Painel Frontal e descrição das teclas:
Tecla V ou F1: Visualizar tensão, sequência de fases, configurar
Parâmetros
49
Tecla THD ou F2: Visualizar harmônicos, THD e frequência, configurar
comunicação serial
Tecla Σ ou F3: Visualizar tensão média trifásica e configurar eventos
Tecla ↑ ↑ ↑ ↑ ou INICIAR: Incremento e habilitação ou iniciar registros
Tecla Memo ou F4: Programar os blocos a serem registrados, intervalo de
registros, tipo de memória
Tecla Relógio ou F5: Visualizar e configurar data e hora
Tecla Clear ou F6: Cancela programação, limpa memória, mostra a versão
atual do software e n° de serie do equipamento
Tecla ↓↓↓↓ ou F0: Habilita a segunda função para as outras teclas,
decremento, desabilitação, parar registros
Esquema de ligação de entrada –
A ligação para medição de tensão e alimentação é feita diretamente
através dos cabos, ou indiretamente através de TP's quando esta for superior a
máxima tensão permitida. Conectando os TPs, o primário será conectado à rede
monofásica ou trifásica enquanto o secundário será conectado as entradas de
sensores do equipamento, para sistemas com tensões acima da tolerada pelo
equipamento, e por não possuir um botão POWER ON, o P-300, será ligado no
momento em que for alimentado.
1) Ligação delta trifásica –
Para ligação em delta utilizam-se os jacarés A, B, C e
N nas respectivas fases L1, L2, L3 e Neutro.
2) Ligação estrela trifásica –
Para ligação em estrela utilizam-se os jacarés A, B, C e
N nas respectivas fases L1, L2, L3 e Neutro. O
PowerNET P-300 é programado de fábrica para ser
ligado em uma rede trifásica, podendo também ser
configurado para operar em uma rede monofásica ou
bifásica se for o caso.
3) Ligação estrela bifásica –
4) Ligação estrela monofásica –
O PowerNET P-600, para tensão e corrente, é um medidor e registrador
portátil de grandezas elétricas, que em conjunto com o seu software analisador
permite avaliar graficamente as medições realizadas e gerar relatórios. Desenvolvido
e fabricado com a mais alta tecnologia, adquirida pela IMS na área de equipamentos
eletrônicos, tem características que permitem sua utilização para as seguintes
aplicações:
Medição e Análise do comportamento da rede elétrica
51
Fiscalização
Levantamento de curva de carga
Balanceamento de redes
Perdas em transformadores e alimentadores
Verificação de distúrbios de tensão e corrente
Dimensionamento de bancos de capacitores
Leitura de harmônicos da rede
Cálculo do custo da energia por item fabricado
Medição setorial e rateio de custos
Diagnóstico de Sistemas de Potência
Consumo de cada equipamento em plantas industriais
Ligação de tensão direta em estrela ou delta –
O PowerNET P-600 possui dois circuitos internos para medição, sendo
um para delta e um para estrela. Não requer a trocar dos cabos A, B e C para alterar
o tipo de ligação, pois isto é feito na programação do equipamento. Conectam-se os
cabos com a identificação das anilhas conforme o desenho abaixo para ligação
direta na rede elétrica, conectando primeiro o cabo identificado pela letra N (comum).
Sistema Trifásico até 500 Vca
A tabela a seguir mostra a simbologia utilizada no sistema elétrico e a
anilha correspondente.
Sistema Elétrico
Trifásico
Cabos de Medição do
PowerNET P-600 p/
500 Vca no Máximo
Cabos de Alimentação
do PowerNET P-600 p/
300 Vca no Máximo
L1, A, R A FF*
L2, B, S B -
L3, C, T C -
Neutro N FN
O cabo identificado pela anilha FF* pode ser ligado em qualquer uma das
fases, desde que respeitado o limite máximo de tensão. Acima de 500 Vca é
necessário o uso de TPs para a ligação dos cabos de medição, e um transformador
com capacidade de carga 10 VA com saída entre 70 e 300 Vca para a alimentação
do equipamento.
A. Ligação de tensão em estrela com TPs –
Programe o tipo de ligação para Estrela e
conecte os cabos conforme o desenho a seguir
na rede elétrica.
53
B. Ligação de tensão em delta com TPs –
Programe o tipo de ligação para Delta e
conecte os cabos conforme o desenho a
seguir na rede elétrica.
C. Ligação de tensão em delta com 2 TPs –
Programe o tipo de ligação para Delta e
conecte os cabos conforme o desenho a
seguir.
D. Ligação com 3 elementos de corrente –
Ligar o conjunto de sensores de corrente na
rede elétrica conforme a figura ao lado. O
conjunto de sensores de corrente pode ser
rígido ou flexível. Configurar o PowerNET
P-600 para “Elementos: 3 TCs”.
E. Ligação com 2 elementos de corrente –
Ligar o conjunto de sensores de corrente na
rede elétrica conforme a figura ao lado.
Este tipo de ligação é utilizada em painéis
com sistemas de medição utilizando
apenas dois elementos de corrente. Para
fazer a medição nos TCs é necessário ter o
adaptador de TC, o qual deve ser
conectado nos TCs do sistema que se
deseja medir.
O PowerNET P-600 permite que este tipo de conexão seja feita também
com sensores de corrente, para isto programe na configuração dos Elementos:
2 TCs.
Forma de registro –
A figura abaixo mostra um exemplo em que o equipamento está
registrando a cada 1 minuto (intervalo de registro igual a 1 minuto). Com Limite de
porcentagem para Elevação e Afundamento de tensão igual a 10%, intervalo de
tempo inválido igual a 3 segundos e porcentagem de Interrupção igual a 70%.
No intervalo 02 a tensão fica abaixo do limite de afundamento por menos
de 3 segundos sendo considerada como um afundamento de tensão, portanto será
computado um registro inválido. O mesmo caso acontece no instante 03, mas com
55
uma elevação de tensão. No intervalo 04 o registro será válido, já que a medição
permaneceu por mais de 3 segundos abaixo do limite programado.
No intervalo 06 ele registra uma falta de energia, pois a tensão
permaneceu mais do que 3 segundos abaixo do limite de Interrupção. Caso o tempo
fosse menor que 3 segundos, como acontece no intervalo 07, isso seria considerado
apenas um afundamento de tensão como ocorreu no intervalo 02. Toda vez que a
tensão medida permanecer fora do limite programado, por um espaço de tempo
também maior que o programado, o registro será considerado válido. Sempre que a
tensão medida exceder os limites de tensão programados, por um tempo inferior ao
programado, o registro será avaliado como inválido e o software de análise irá
desconsiderar.
6.3.3 SEED’EL TECNOLOGIA LTDA –
A Seed’el, com mais de uma década de experiência na área de
transformadores de Potencial e de Corrente de média tensão, de uso interior ou
exterior, para serviços de medição operacional ou de faturamento e proteção,
disponibiliza no comércio produtos de alta tecnologia que refletem de forma
relevante, na sua crescente participação no mercado de fornecimento a algumas das
principais concessionárias de energia elétrica do país.
Nos casos em que as unidades consumidoras são faturadas em tensão
elétrica igual ou maior que 2,3kV, a qualidade do produto deve ser medida nos
respectivos PDEs destas UCs, de forma indireta, através de equipamento
apropriado, que garanta primeiramente a segurança do profissional que irá instalar o
registrador, depois a segurança das instalações afins e a precisão das medições
conforme os normativos em vigor. Desta forma, é justo mencionar o imprescindível
apoio de uma equipe da linha viva, pois fica sob a responsabilidade destes
profissionais a instalação deste equipamento que antecede o registrador utilizado
pela equipe da medição gráfica. Assim, apresenta-se o modelo comumente utilizado
pela Celpe para estas ocasiões.
O modelo Tempestade I, para nível de
tensão 15 kV, tem características de um
sistema de medição para faturamento com
classe de exatidão de 0,2% a 0,3%. Seu
meio isolante é composto por resina
cicloalifática para uso externo com nível de
isolamento entre 34 e 110 kV, para
sistemas elétricos com frequência de 60
Hz. Seu conjunto compõe-se por 02 ou 03
elementos, sendo (02 TPs e 02 TCs ou 03
TPs e 03 TCs).
Com isso, os benefícios destacados para as distribuidoras de energia
elétrica podem ser relacionados da seguinte forma: manter um controle automático e
on-line da medição de energia, realizar com melhor exatidão e confiabilidade o
Balanço energético, identificar de forma sistemática qualquer desvio no consumo,
impedir a prática de fraudes/furto de energia e recuperar receita, desenvolver ações
em campo orientadas e devidamente integradas, reduzir radicalmente os custos
operacionais de manutenção, leitura e inspeção, detectar falhas no fornecimento e
providenciar soluções imediatas, monitorar a carga dos Transformadores e melhorar
sua eficiência/conservação, promover cortes e religamentos remotos além de regular
a potência e apresentar maior qualidade e segurança para os consumidores.
Na figura ao lado, apresenta-se através
de uma seta, o local indicado na parte
inferior do medidor TEMPESTADE para
se conectar o cabo de transferência de
dados do já apresentado, equipamento
secundário de medição gráfica MARH-V
da empresa RMS Sistemas Eletrônicos.
57
Características Técnicas Gerais do Modelo Tempestade:
Composição do Sistema de Comunicação
01 Conjunto de Medição com 03 ou 02 elementos
01 Medidor Eletrônico
01 Chave de Aferição
01 Sistema de Telemetria com comunicação via Celular
01 Remota RS2000 e-Power
01 Display Remoto
Porta Serial RS 232 - leitura local
Celular Padrão GSM ou TDMA
Display Remoto Inteligente (DRI)
(DRI) com Fechamento de fatura
(DRI) com Mostrador de Funções Padrão (Protocolo ABNT)
(DRI) com Saída do Usuário
(DRI) com Comunicação Via Rádio
(DRI) com Fibra Óptica
(DRI) com Porta RS-232
(DRI) Pronto para mostrar Página Fiscal
Transformador de Potencial Indutivo
Tensão Primária Nominal Máxima - UP: 8050 V ou 13800 V
Tensão Secundária Nominal - US: 115 V ou 115/R3 V
Relação Nominal: 70:1 ou 120:1
Classe de Exatidão: 0,2 P 25
Fator de Sobretensão - FST: 1,15 Contínuo
Potência Térmica Máxima - Pterm: 300 VA ou 400 VA
Grupo de Ligação: 2 ou 1
Transformador de Corrente
Corrente Primária Nominal: 05 A até 600 A
Corrente Secundária Nominal: 05 A
Classe de Exatidão: 0,2C5 ou 0,3C2,5 a 0,3C12,5
Fator Térmico Nominal - FT: 1,2
Corrente Térmica Nominal - It: 60 In
Corrente Dinâmica Nominal - Id: 2,5 x It
Freqüência: 60 Hz
Pára-raios Polimérico: 10 kA /12 kV para uso Externo
Classe: 15 kV Tensão Máxima: 15 kV
Nível de Isolamento: 34/110 kV
Isolação com Sistema de Resina, Epóxi Cicloalifática
Descargas Parciais: <=50 pC
Normas de Fabricação e Ensaios conforme ABNT NBRs 6855, 6820,
6856, 6821 e 6892
Classe de Temperatura: A (105°C)
Massa: 115 kg
Instalado direto no poste através de alça de fixação
Fornecido com cabo de cobre protegido não isolado, classe 15 kV, para
ligação direta à rede
7. MEMORIAL DESCRITIVO REFERENTE À METODOLOGIA DE
TRABALHO DESENVOLVIDO NA FUNÇÃO
7.1. Diagrama em Blocos do Processo –
O processo de atendimento de uma viatura da qualidade do produto, realizada
em turnos normais e diários de 08 (oito) horas, de segunda a sexta-feira, pode ser
descrito em blocos ou etapas, de forma simplificada pelos seguintes tópicos
descritos abaixo:
• No início do turno, dois profissionais capacitados de acordo com os requisitos
estabelecidos e descritos na norma da empresa, em plenas condições de
saúde física e psicológica, devidamente identificados e fardados, selecionam
uma viatura com condições e equipamentos necessários para a realização da
referida atividade, que pode até mesmo ser uma viatura equipada com os
mesmos materiais das equipes da prontidão de luz;
59
• O condutor verifica as condições do veículo, fazendo uma checagem geral do
veículo e conferindo o RUV (registro de utilização do veículo);
• O outro componente da equipe verifica os equipamentos de proteção coletiva
(EPC), ferramentas, equipamentos de uso comum da equipe e materiais de
utilização na rede elétrica;
• Todos devem verificar seus próprios (EPIs) e ferramentas individuais;
• A equipe se apresenta ao técnico responsável pelo setor e dele recebe as
ordens de serviço provenientes do SRT - Superintendência de Regulação dos
Serviços de Transmissão, através do numero do contrato do cliente, para
executar naquele dia, como também recebe os instrumentos de medição
gráfica referentes a cada uma das ordens de serviço;
• Após a solicitação de medição gráfica, a concessionária tem até 20 dias para
realizar as medições, podendo nesse caso, ser multada pelos órgãos
competentes.
• A equipe, de posse das ordens de serviço, verifica todos os endereços e faz a
logística da rota que deve ser tomada para melhorar o tempo de
deslocamento, o gasto com combustível, o controle da velocidade no trânsito
e o tempo de atendimento ao cliente;
• Chegando ao local, a equipe se apresenta ao cliente reclamante e lhe
apresenta uma carta com a sua solicitação de medição gráfica, a qual deve
ser assinada pelo mesmo, confirmando o processo. Existe também a
possibilidade de optar por não querer mais a medição, cancelando toda a
ação;
• Após a confirmação da solicitação com a assinatura do cliente, a equipe
preenche a APR – Análise Preliminar de Riscos, com o intuito de minimizar o
número e os níveis de acidentes de trabalho, consoante a NR-10, e logo em
seguida, verifica na ficha com a ordem de serviço a numeração dos
equipamentos que serão utilizados naquela atividade;
• Após isso, percorre-se toda a rede elétrica de baixa tensão, alimentada pelo
transformador que atende aquela mesma área onde se situa a unidade
consumidora (UC) do cliente reclamante. Verificam-se as condições gerais da
rede, e fazem-se perguntas a alguns moradores da localidade a respeito da
qualidade da energia que estão pagando;
• Em seguida, instalam-se os equipamentos de medição gráfica no (PDE) ponto
de entrega da UC e nos terminais metálicos da bucha secundária (baixa
tensão) do transformador de distribuição;
• A equipe deve preencher a ficha de campo informando a(s) fase(s) onde se
encontra conectada a UC do cliente, o código de identificação do
transformador no sistema CELPE e as condições de todas as conexões
elétricas do transformador até o PDE do reclamante, desenhando também o
CROQUI (desenho básico) da rede de baixa tensão do transformador ao
ponto de entrega do cliente;
• Retira-se o equipamento de medição conectado aos terminais metálicos da
bucha secundária (baixa tensão) do transformador após 144 leituras, para que
suas medições sejam transferidas para o computador através de software
específico e sejam analisadas e transformadas em gráficos;
• Após 1008 leituras realizadas no PDE, o aparelho também é retirado para que
suas medições sejam transferidas para o computador através de software
específico e sejam analisadas e transformadas em gráficos;
• Em até 10 dias deve-se informar ao cliente, através de uma carta, a
procedência ou não de sua reclamação, e os referidos gráficos ficam
disponíveis apenas nas agências de atendimento;
• Se não for procedente, os clientes monofásicos (consumidores com demanda
de até 15 kW) e os trifásicos (consumidores com demanda de até 75 kW)
pagarão um pequeno valor, respectivamente, de R$m 5,79 e R$t 11,31 em
sua na próxima fatura, e se for procedente, a concessionária de energia
deverá tomar as devidas providências em tempo hábil, conforme o PRODIST,
sob pena de ser multada pelos órgãos competentes.
• Geralmente, após as medições onde as reclamações são procedentes, os
serviços realizados são:
a) Substituição de ramal / ramais;
b) Substituição do transformador de distribuição;
c) Comutação de TAP do transformador de distribuição;
d) Balanceamento da rede elétrica e/ou melhoramento de conexões;
e) Substituição ou extensão de rede;
61
8. RELAÇÃO DE FERRAMENTAS, EPIs E EPCs
Relação de Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva e as Ferramentas
Utilizadas no Dia a Dia da Manutenção Preditiva para Medição Gráfica da Qualidade do Produto.
• UMA BOLSA PORTA-LUVAS (EPI);
• UM PAR DE BOTINAS DE COURO HIDROFUGADO SEM COMPONENTES
METÁLICOS (EPI);
• UMA CAPA DE PROTEÇÃO PARA CHUVA (EPI);
• UM TESTE NEON (EPI);
• UM CAPACETE DE ABA FRONTAL COM CARNEIRA E JUGULAR (EPI);
• UM TRAVA-QUEDAS (EPI);
• UM CINTO PARAQUEDISTA COM TALABARTE (EPI);
• DOIS PARES DE LUVAS DE COBERTURA, SENDO UM PAR PARA
CALÇAR AS LUVAS DE “BT” E UM PAR PARA CALÇAR AS LUVAS DE “AT”
(EPI);
• UM PAR DE LUVAS ISOLANTE PARA 20 KV - CLASSE 02 (EPI) E UM PAR
DE LUVAS ISOLANTE PARA 05 KV - CLASSE 02 (EPI);
• UM PAR DE LUVAS DE ALGODÃO TAMANHO 120 MM (EPI) E UM PAR DE
LUVAS DE VAQUETA EM COURO 120 MM (EPI);
• ÓCULOS ANTIEMBAÇANTES E CONTRA IMPACTO COM LENTES
ESCURAS (EPI) E ÓCULOS ANTIEMBAÇANTES E CONTRA IMPACTO
COM LENTES TRANSPARENTES (EPI);
• DUAS ESCADAS DE PERFIL OBLONGO, RESISTENTES ÀS INTEMPÉRIES
E AOS RAIOS ULTRAVIOLETAS COM DEGRAUS ANTIDERRAPANTES DE
TUBO DE FIBRA DE VIDRO RITZGLAS, SENDO UMA NO MODELO
SIMPLES DE ATÉ 6,4 METROS E A OUTRA EXTENSÍVEL DE ATÉ 13,8
METROS (EPC);
• UMA VARA DE MANOBRA INTEIRIÇA OU TELESCÓPICA OU
SECCIONÁVEL (EPC);
• SEIS CONES DE POLIETILENO PARA SINALIZAÇÃO (EPC);
• DOIS CARRETÉIS DE FITAS DE SINALIZAÇÃO COM 30 METROS CADA
(EPC);
9. PERFIL DO PROFISSIONAL DE SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO EM
LINHAS E REDES ELÉTRICAS
O profissional envolvido com as manutenções preventiva, corretiva e preditiva
na Celpe deve apresentar a seguinte formação:
• Ensino médio completo;
• Eletricidade básica (curso de instalações elétricas prediais por entidade
reconhecida pelo MEC);
• Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária e primária de
distribuição;
• Informática básica (Windows, Word, Excel e Internet);
• Carteira Nacional de Habilitação (CNH) C ou D;
• Instalação equipamentos de medição direta e indireta em MT e BT;
• Resolução ANEEL 414/2010 e PRODIST MÓDULO 08;
• Legislação ambiental e curso de NR-10 por entidade reconhecida pelo MEC;
• Construção, Manutenção e Operação de RD desenergizada;
• Padrão de Montagem de Estruturas, consoante NBRs 5433 e 5434, para
padrão rural e urbano respectivamente.
• Operação e manobras dos equipamentos da RD;
• Operação de equipamento especial tipo guindauto;
• Leitura e interpretação de diagramas elétricos;
• Leitura e interpretação de diagrama unifilar de subestações;
• Operação e manobras dos equipamentos nas Subestações;
• Capacidade de articulação para a busca de resultados;
• Conhecimento de informática, objetivando a operação de diversos softwares;
• Capacidade de trabalhar em grupo;
63
10. CONCLUSÃO
As ações realizadas no estudo da Qualidade de Energia Elétrica – QEE, ao
lado de experientes profissionais que estão sempre em busca de novos
conhecimentos devido à necessidade de rápida solução para os diversos problemas
que surgem no dia a dia, trouxeram sólido conhecimento de causa acerca das
atividades relacionadas aos procedimentos e normativos técnicos para as devidas
manutenções nas linhas e redes de distribuição de energia elétrica, gerando um
contínuo melhoramento da qualidade deste produto e trazendo resultados
satisfatórios para a Celpe e seus clientes, uma vez que, obviamente, o foco está
sempre em melhores resultados.
11. REFERÊNCIAS
ABRADEE, Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica.
Site: www.abradee.org.br, acessado em 03/10/2011.
ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica. Site: www.aneel.gov.br, acessado em
02/04/2011.
CELPE, Companhia Energética de Pernambuco. Site: www.celpe.com.br, acessado
em 30/06/2011.
FERREIRA, Heldemarcio Leite. Apostila de Metodologia da manutenção.
Recife: CEFET-PE, 2003.
IMS, Power Quality. Site: www.ims.ind.br, acessado em 30/08/2011.
NEOENERGIA, Grupo. Site: www.neoenergia.com, acessado em 15/05/2011.
RMS, Sistemas Eletrônicos. Site: www.rms.ind.br, acessado em 04/07/2011.
SEED’EL Tecnologia Ltda. Site: www.seedel.com.br, acessado em 17/09/2011.
65
12. ANEXOS
10.1. - ANEXO A - APR
10.2. - ANEXO B - RUV
67
10.3. – ANEXO C – CHECK- LIST
69
10.4. - ANEXO D - ORDEM DE SERVIÇO
10.5. - ANEXO E – INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
71
10.6. - ANEXO F – ATIVIDADES
SE MÓVEL – 30 MVA 69/13.8 kV
ESTRADA DE BARRO NA BARRAGEM DUAS UNAS NO ENGENHO GOIABEIRA EM JABOATÃO DOS GUARARAPES.
SUBSTITUIÇÃO DO TRANSFORMADOR DE DISTRIBUIÇÃO.
INSTALAÇÃO DE CONECTORES NO RAMAL DE LIGAÇÃO.
73
10.7. – ANEXO F - BREVE GLOSSÁRIO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
APRESENTAÇÃO – O presente documento, com minhas adaptações, tem o objetivo de apresentar
alguns dos principais termos técnicos e siglas normalmente utilizados pelos agentes
do setor elétrico brasileiro, sem obviamente, ter a pretensão de esgotá-los.
A
ABCE
Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica. A entidade reúne
empresas de energia elétrica que atuam na transmissão, geração e distribuição e
que possuem concessão para exploração de serviço público. Foi criada em 1936.
ABEER
Associação Brasileira de Energia Renovável e Eficiência Energética.
ABEN
Associação Brasileira de Energia Nuclear. Instituição que reúne técnicos e
pesquisadores do setor nuclear brasileiro com o objetivo de difundir informações
sobre as aplicações pacíficas da energia nuclear e promover maior integração entre
a comunidade nuclear e a sociedade brasileira.
ABRACE
Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia Elétrica. Entidade que
congrega os grupos industriais de maior consumo de energia do país. Seus
associados respondem por 20% da energia consumida ou por 33% da fatia de
consumo industrial no Brasil. Representam os consumidores chamados
eletrointensivos, como as indústrias de cimento, cobre, alumínio, química e
petroquímica, ferro ligas, aço, mineração, papel e celulose, gases do ar dentre
outras.
ABRACEEL
Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica. Tem
como objetivo promover a união dos agentes comercializadores autorizados pela
ANEEL e representá-los junto aos poderes públicos e organizações nacionais e
internacionais.
ABRADEE
Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica. Iniciada com o antigo
Comitê de Distribuição, a ABRADEE transformou-se em associação em 1995. As
empresas associadas respondem por mais de 95% do mercado brasileiro de
energia elétrica.
ACORDO GERAL DO SETOR
Documento assinado entre geradoras e distribuidoras de energia, estabelecendo as
condições gerais e as formas de contabilização para o rateio da energia livre e a
compra das sobras líquidas contratuais no âmbito do MAE.
AGENTES DE MERCADO
Agentes participantes do Mercado Atacadista de Energia – MAE.
AGÊNCIAS REGULADORAS
São instituições criadas por lei, normalmente sob a forma de Autarquia em regime
especial, que tem por objetivo regular e fiscalizar serviços concedidos pelo Poder
Público, visando sempre à defesa dos interesses do consumidor para que receba
75
serviços adequados, eficazes e com preços justos.
ALTA TENSÃO
Tensão cujo valor entre fases é igual ou superior a uma tensão dada, variável de
país para país.
AMPÈRE (A)
Corrente elétrica invariável que, mantida em dois condutores retilíneos, paralelos,
de comprimento infinito e de área de seção transversal desprezível e situados no
vácuo à distância de 1 metro um do outro, produz entre esses condutores uma
força igual a 2 x 10 7 Newton, por metro de comprimento desses condutores.
AMPERÍMETRO
Instrumento destinado a medir o valor de uma corrente.
AMPLITUDE
Valor de pico de uma grandeza senoidal.
ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica)
Agência governamental reguladora do setor elétrico nacional.
APAGÃO
Ver Blackout - "Blecaute".
APP (ÁREA DE PROTEÇÃO PERMANENTE)
Área marginal ao redor de reservatório artificial e suas ilhas, com função ambiental
de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico da flora e da fauna, proteger o solo e assegurar o
bem estar das populações humanas.
AUTOPRODUTOR DE ENERGIA ELÉTRICA
É o titular da concessão ou autorização federal para produção de energia elétrica
destinada ao seu uso exclusivo. O aproveitamento de potencial hidráulico com
potência superior a 1 MW ou igual ou inferior a 30 MW destinado ao uso exclusivo
do autoprodutor será objeto, apenas de autorização da ANEEL.
B
BACIA HIDROGRÁFICA
Superfície de terreno, medida em projeção horizontal, da qual provém,
efetivamente, a água de um curso d’água até um ponto considerado.
BALANÇO ENERGÉTICO
Informe estatístico relativo aos recursos de energia dentro de uma área econômica
específica, durante um determinado período de tempo, considerando as perdas
devidas à conversão, à transformação e ao transporte, assim como as forma de
energia que não são utilizadas para fins energéticos. Essa expressão também é
utilizada para demonstrar o balanceamento entre as diversas fontes e os usos de
energia de uma distribuidora e/ou comercializadora, em um período determinado.
BLECAUTE
Escurecimento total que pode acontecer em uma ou várias cidades. Geralmente
provocado por falhas em sistemas de transmissão.
BOBINA
Conjunto contínuo de espiras em série, geralmente coaxiais. Nota: na técnica dos
enrolamentos de equipamentos elétricos, é denominada bobina uma peça
constituída por determinado número de espiras em série, isoladas entre si e
geralmente envolvidas por isolação sobre o conjunto.
BROKER
Agente ou intermediário na negociação de compra ou venda de energia.
77
BTU
Quantidade de calor necessário para elevar a temperatura de uma libra de água em
1° F.
C
CÂMARA DE ARBITRAGEM
Entidade externa eleita pelos Agentes da Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica CCEE destinada a estruturar, organizar e administrar processo alternativo
de solução de Conflitos, que, no exercício estrito dos direitos disponíveis, deverá
dirimir Conflitos por meio de arbitragem, nos termos desta Convenção e do Estatuto
da CCEE.
CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - CCE E
Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que atua sob autorização do
Poder Concedente e regulação e fiscalização da ANEEL, segundo esta Convenção,
com a finalidade de viabilizar as operações de compra e venda de energia elétrica
entre os Agentes da CCEE, restritas ao Sistema Interligado Nacional SIN, cuja
criação foi autorizada nos termos do art. 4º da Lei nº 10.848, de 15 de março de
2004, e do Decreto nº 5.177, de 12 de agosto de 2004.
CAMPO ELÉTRICO
Grandeza vetorial que determina o componente da força de Coulomb Lorentz que é
independente da velocidade dos portadores de carga.
CAMPO ELETROMAGNÉTICO
Campo físico determinado pelo conjunto de quatro grandezas vetoriais que
caracterizam os estados elétrico e magnético de um meio material ou do vácuo.
Nota: Essas quatro grandezas são: o campo elétrico, a indução elétrica, o campo
magnético e a indução magnética.
CAMPO MAGNÉTICO
Grandeza vetorial cujo rotacional é igual à densidade de corrente total. Nota: Em
qualquer ponto no vácuo é igual à razão da indução para a constante.
CAPACIDADE INSTALADA
Carga máxima para a qual uma máquina, aparelho, usina ou sistema é projetado ou
construído, não limitada pelas condições existentes de serviço.
CARGA INSTALADA
Soma das potências nominais dos equipamentos elétricos instalados na unidade
consumidora, em condição de entrar em funcionamento, expressa em kW.
CCC (CONTA DE CONSUMO DE COMBUSTÍVEL)
Fundo cobrado de todos os consumidores, embutido na tarifa de energia elétrica,
cujos recursos são destinados à geração termelétrica do sistema isolado (região
norte) cuja fonte de calor é o óleo diesel ou outros derivados do petróleo.
CDE (CONTA DE DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO)
Criada pela Lei 10.438 de 26 de abril de 2002, a CDE visa o desenvolvimento
energético dos estados, à competitividade da energia produzida a partir das fontes
eólicas, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, gás natural e carvão mineral
nacional, nas áreas atendidas pelo Sistema Interligado Nacional e a promover a
universalização do serviço de energia elétrica em todo o território nacional, devendo
seus recursos se destinar às utilizações previstas no artigo 13 da citada Lei 10.438.
CENTRO DE GRAVIDADE DO MERCADO
Ponto virtual onde ocorre a entrega simbólica da energia elétrica contratada,
utilizando para os propósitos de contabilização de posições contratuais de compra e
venda de energia elétrica no âmbito do MAE, nos termos das Regras de Mercado.
79
CHOQUE ELÉTRICO
Efeito patofisiológico que resulta da passagem de uma corrente elétrica através de
um corpo humano ou de um animal.
CIRCUITO (ELÉTRICO)
Conjunto de corpos ou de meios no qual pode haver corrente.
CIRCUITO ABERTO
Circuito no qual o trajeto para a corrente foi interrompido.
CIRCUITO FECHADO
Circuito que apresenta um trajeto ininterrupto para a corrente.
CLASSE DE CONSUMIDORES
Conjunto de consumidores, discriminados na legislação, em cujas instalações a
utilização de energia elétrica é feita com características semelhantes.
COAG (CENTRO DE OPERAÇÃO DO AGENTE DE GERAÇÃO)
Órgão responsável pela coordenação, supervisão, comando e controle da operação
do sistema elétrico do agente de geração.
COD (CENTRO DE OPERAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO)
Órgão responsável pela coordenação, supervisão, comando e controle da operação
do sistema elétrico da concessionária.
COGERAÇÃO
Produção de energia elétrica, térmica e vapor, a partir de uma mesma fonte de
combustível.
COMISSIONAMENTO
Período de testes para entrada em operação de uma usina de energia elétrica ou
subestação e precede à entrada em operação comercial do empreendimento.
COMMODITY
Ativo físico comercializável via contrato de compra e venda spot, futuros ou a termo.
Em geral são insumos estocáveis negociados nas bolsas de mercadoria e futuros.
CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
Delegação da prestação, feita pelo Poder Concedente, mediante licitação, na
modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para o seu desempenho, por sua contra e por prazo
determinado.
CONCESSIONÁRIA OU PERMISSIONÁRIA
Agente titular de concessão/permissão federal para prestar o serviço público de
energia elétrica.
COS (CENTRO DE OPERAÇÃO DO SISTEMA)
Conjunto centralizado de pessoal, informações, equipamentos e processamento de
dados, que exerce o comando, o controle e a supervisão da operação desse
sistema e mantém contatos operativos com outros sistemas.
CONSUMIDOR OU CLIENTE
Pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito, legalmente
representada, que solicitar à concessionária o fornecimento de energia elétrica e
assumir a responsabilidade pelo pagamento das faturas e pelas demais obrigações
fixadas nas normas e regulamentos da ANEEL, assim vinculando se aos contratos
de fornecimento, de uso e de conexão ou de adesão, conforme cada caso, nos
termos do inciso III, art. 2º, da Resolução nº 456, de 29 de novembro de 2000.
81
CORRENTE (ELÉTRICA)
Grandeza escalar igual ao fluxo do vetor densidade de corrente (de condução),
através da superfície considerada.
CORRENTE ALTERNADA
Corrente periódica cujo valor médio é igual a zero. Nota: Não havendo indicação
em contrário, subentende se valor eficaz e variação senoidal da corrente.
CORRENTE CONTÍNUA
Corrente cujo valor é independente do tempo. Nota: Por extensão, uma corrente
cujo componente contínuo é de importância capital.
CORRENTE NOMINAL
É a corrente cujo valor é especificado pelo fabricante do aparelho. De um
dispositivo de manobra ou proteção: valor eficaz da corrente de regime contínuo
que o dispositivo deve ser capaz de conduzir indefinidamente, sem que a elevação
de temperatura das suas diferentes partes exceda os valores especificados nas
condições prescritas na norma pertinente.
D
DEMANDA
Média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela
parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um
intervalo de tempo especificado.
DIC (DURAÇÃO DE INTERRUPÇÃO INDIVIDUAL POR UNIDADE
CONSUMIDORA)
Intervalo de tempo que, no período de observação, em cada unidade consumidora
ocorreu descontinuidade de energia elétrica.
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
Transferência de energia elétrica para os consumidores, a partir dos pontos onde se
considera terminada a transmissão (ou subtransmissão) até a medição da energia,
inclusive.
E
EDITAL (LEILÃO)
Documento, emitido pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL, que
estabelece as regras do Leilão.
ELO FUSÍVEL
Dispositivo de proteção monofásica contra sobrecorrentes.
EMPRESA CORRELACIONADA
Empresa do setor que possui relações contratuais de compra e venda com a
empresa declarante, inclusive com o Mercado Atacadista de Energia Elétrica MAE
e o Operador Nacional do sistema Elétrico ONS.
ENERGIA VELHA
Energia gerada por usinas que se encontram com seus custos amortizados.
ENERGIZADO
Aquilo que está ligado a uma fonte de energia elétrica.
ESTAÇÃO (sistema elétrico)
Termo genérico que pode designar uma usina, uma subestação ou um local onde
são instalados equipamentos de telecomunicações.
83
ESTUDOS AMBIENTAIS
Trabalhos e dados relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização,
instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento,
apresentados para análise do processo de licenciamento ambiental, tais como:
Estudo de Impacto Ambiental (EIA), Relatório Ambiental (RIMA), Plano ou Projeto
de Controle Ambiental, Relatório Ambiental Preliminar, Diagnóstico Ambiental,
Plano de Manejo, Plano de Recuperação de Área Degradada e Análise Preliminar
de Risco.
F
FATOR DE DEMANDA
Razão entre demanda máxima num intervalo de tempo especificado e carga
instalada na unidade consumidora.
FATOR DE POTÊNCIA
De um conversor: razão da potência ativa para a potência aparente, referentes ao
mesmo lado da corrente alternada. De um sistema elétrico: razão da potência ativa
para a potência aparente.
FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA
Nota fiscal que apresenta a quantia total que deve ser paga pela prestação do
serviço público de energia elétrica, referente a um período especificado,
discriminando as parcelas correspondentes.
FONTE DE ALIMENTAÇÃO
Componente ou conjunto de componente destinado a prover a energia necessária
ao funcionamento de um dispositivo elétrico, podendo estar acoplada interna ou
externamente ao mesmo.
G
GARANTIA DA PROPOSTA (LEILÃO)
Garantia preconizada no inciso III do art. 31 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de
1993, a ser depositada junto ao Agente Custodiante pelos proponentes vendedores
pré-qualificados, por empreendimento, no valor correspondente a um por cento do
valor do investimento para implantação de empreendimento que não possua
Garantia de Contrato ou de Autorização depositada junto à ANEEL. O valor do
investimento é informado pela Empresa de Pesquisa Energética EPE. Portaria
MME n. 59, de 10 de abril de 2007 (Diário Oficial, de 11 abr. 2007, seção 1, p. 50).
GARANTIA FINANCEIRA (LEILÃO)
Valor a ser depositado junto ao Agente Custodiante pelos compradores, e pelos
Proponentes vendedores para cada empreendimento que possua Garantia de
Contrato ou de Autorização depositada junto à ANEEL. Portaria MME n. 59, de 10
de abril de 2007 (Diário Oficial, de 11 abr. 2007, seção 1, p. 50).
GARANTIAS (LEILÃO)
Valores a serem depositados junto ao Agente Custodiante pelos compradores e
proponentes vendedores, podendo ser classificadas como Garantia Financeira ou
Garantia da Proposta para efeito de habilitação e participação no Leilão. Portaria
MME n. 59, de 10 de abril de 2007 (Diário Oficial, de 11 abr. 2007, seção 1, p. 50).
GARANTIAS FINANCEIRAS
Meios, executáveis extrajudicialmente, com que se assegura o cumprimento de uma
obrigação de pagamento. Resolução Normativa ANEEL n. 109, de 26 de outubro de
2004 (Diário Oficial, de 29 out. 2004, seção 1, p. 196).
85
GERAÇÃO DEDICADA
É aquela decorrente de empreendimento de geração de energia elétrica destinado
exclusivamente ao Sistema Elétrico Brasileiro. Portaria MME n. 414, de 26 de
agosto de 2005 (Diário Oficial, de 29 ago. 2005, seção 1, p.102).
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
Modalidade de aquisição de energia elétrica passível de ser contratada pela
Unidade Suprida nos termos do art. 14 do Decreto nº 5.163, de 2004. Resolução
Normativa ANEEL n. 206, de 22 de dezembro de 2005 (Diário Oficial, de 26 dez.
2005, seção 1, p. 103)
H
HERTZ (HZ)
Frequência de um fenômeno periódico cujo período é de 1 segundo.
HORÁRIO DE PONTA (P)
Período definido pela concessionária e composto por 3 (três) horas diárias
consecutivas, exceção feita aos sábados, domingos, terça feira de carnaval, sexta
feira da Paixão, "Corpus Christi", dia de finados e os demais feriados definidos por
lei federal, considerando as características do seu sistema elétrico concessionário e
as características do seu sistema elétrico.
HORÁRIO FORA DE PONTA (F)
Período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e complementares
àquelas definidas no horário de ponta.
I
ILUMINAÇÃO PÚBLICA
Serviço que tem por objetivo prover de luz, ou claridade artificial, os logradouros
públicos no período noturno ou nos escurecimentos diurnos ocasionais, inclusive
aqueles que necessitam de iluminação permanente no período diurno.
INDICADOR DE CONTINUIDADE
Quantificação do desempenho de um sistema elétrico, utilizada para a mensuração
da continuidade apurada e análise comparativa com os padrões estabelecidos.
INTERVENÇÃO
Toda e qualquer atuação sobre o sistema eletroenergético, caracterizado por
colocação em serviço de novas instalações e equipamentos, desligamento de
equipamentos ou redes de distribuição para realização de serviços de manutenção
ou reparo, realização de serviços de manutenção em instalações e equipamentos
energizados, realização de ensaios e testes no sistema e em equipamentos.
INTERRUPÇÃO DE LONGA DURAÇÃO
Toda interrupção do sistema elétrico com duração maior ou igual a 3 (três) minutos.
INTERRUPÇÃO DE URGÊNCIA
Interrupção deliberada no sistema elétrico da concessionária, sem possibilidade de
programação e caracterizada pela urgência na execução de serviços.
INTERRUPÇÃO DO FORNECIMENTO
Desligamento temporário da energia elétrica para conservação e manutenção da
rede elétrica e em situações de casos fortuitos ou de força maior.
87
INTERRUPÇÃO EM SISTEMA DE EMERGÊNCIA
Interrupção motivada por caso fortuito ou de força maior, a ser comprovada
documentalmente pela concessionária de distribuição, desde que não se caracterize
como de sua responsabilidade técnica, por falta de manutenção ou de
investimentos em seu sistema.
INTERRUPÇÃO PROGRAMADA
Interrupção antecedida de aviso prévio, por tempo pré estabelecido, para fins de
intervenção no sistema elétrico da concessionária de distribuição ou transmissão.
INVENTÁRIO HIDRELÉTRICO
É a etapa de estudos de engenharia em que se defina o potencial hidrelétrico de
uma bacia hidrográfica, mediante o estudo de divisão de quedas e a definição
prévia do aproveitamento ótimo de que tratam os §§ 2º e 3º do art. 5º da Lei nº
9.074, de 7 de julho de 1995.
ISOLAR (ELETRICAMENTE)
Impedir a condução de corrente entre duas partes condutoras por meio de materiais
isolantes entre elas.
J
JUSANTE
Ponto ou seção de rio compreendida entre o observador e a foz de um curso
d’água, ou seja, rio abaixo em relação a este observador.
JOULE
O efeito Joule expressa a relação entre o calor gerado e a corrente elétrica que
percorre um condutor em determinado tempo. O nome vem do físico britânico
James Prescott Joule (18181889) que estudou o fenômeno em 1840. O Joule (J) é
a unidade de energia e trabalho no SI, e é definida como: 1 kg × m2 × s 2, que é o
mesmo que 1 N × m = 1 W × s. É o trabalho necessário para exercer a força de um
Newton pela distância de um metro, como também o trabalho feito para produzir
energia de um watt por um segundo. Esse efeito pode ser expresso das seguintes
formas: Q = I² * R * t.
Onde: Q calor gerado por uma corrente constante percorrendo uma determinada
resistência elétrica por determinado tempo;
I corrente elétrica que percorre o condutor com determinada resistência R;
R resistência elétrica do condutor;
t duração ou espaço de tempo em que a corrente elétrica percorreu ao condutor.
E, , se a corrente não for constante em relação ao tempo.
K
Letra utilizada para abreviar a expressão “QUILO”, para cada 1000 unidades de
uma grandeza qualquer.
L
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a
localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades
utilizadoras de recursos naturais, consideradas efetiva ou potencialmente
89
poluidoras.
LEILÃO
Processo licitatório para compra de energia elétrica, regido pelo edital e seus
documentos correlatos.
LINHA DE DISTRIBUIÇÃO
Linha elétrica que é parte de um sistema de distribuição.
LUCROS CESSANTES
São os lucros esperados pelo consumidor e que o mesmo deixou de obter em face
de ocorrência oriunda do fornecimento de energia elétrica.
M
MEDIÇÃO
Processo de coleta e validação de dados de geração e consumo de energia elétrica
e potência ativa ou reativa.
MEDIDOR
Instrumento registrador de energia elétrica e potência ativa ou reativa.
MERCADO CATIVO (DISTRIBUIÇÃO)
Montante de energia faturada para atendimento a consumidores cativos e para o
suprimento de outras concessionárias ou permissionárias de distribuição de energia
elétrica, não incluído o montante relativo às perdas elétricas dos sistemas de
distribuição.
MERCADO DE CURTO PRAZO
Segmento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE onde são
comercializadas as diferenças entre os montantes de energia elétrica contratados e
registrados pelos Agentes da CCEE e os montantes de geração ou consumo
efetivamente verificados e atribuídos aos respectivos Agentes da CCEE.
METAS DE CONTINUIDADE
Valores máximos estabelecidos para os indicadores de continuidade, a serem
observados mensal, trimestral e anualmente, nos períodos correspondentes ao ciclo
de revisão das tarifas, conforme resolução específica.
MONTANTE
Ponto ou seção de rio que se situa antes desta referência, rio acima, em direção à
nascente.
N
NÍVEL D'ÁGUA MÁXIMO NORMAL DE MONTANTE Nível de água máximo no reservatório para fins de operação normal da usina,
definido através dos estudos energéticos, correspondendo ao nível que limita a
parte superior do volume útil.
NÍVEL D'ÁGUA MÍNIMO NORMAL DE MONTANTE
Nível de água mínimo do reservatório para fins de operação normal da usina,
definido através dos estudos energéticos, correspondendo ao nível que limita a
91
parte inferior do volume útil.
NÍVEL D'ÁGUA NORMAL DE JUSANTE
Nível d'água a jusante da casa de força para a vazão correspondente ao somatório
dos engolimentos máximos de todas as turbinas, sem considerar a influência da
vazão vertida.
O
OFERTA DE REFERÊNCIA (LEILÃO)
Quantidade de lotes calculada pelo sistema para cada produto a partir do fator de
referência a ser aplicado à quantidade demandada de cada um dos produtos.
OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO - ONS
Agente, instituído pela Lei nº 9.648, de 1998, com redação dada pela Lei nº 10.848,
de 2004, responsável pela coordenação e controle da operação de geração e da
transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional SIN.
P
PADRÃO DE CONTINUIDADE (SIGFI)
Valor máximo estabelecido para um indicador de continuidade no período de
observação e utilizado para a análise comparativa com os respectivos valores
apurados.
PARTES
Agentes de geração e de distribuição aderentes ao acordo de compra de sobras
líquidas contratuais e ao acordo de reembolso de energia livre.
PARTICIPAÇÃO NA CAPACIDADE INSTALADA DE UM SISTEMA
É o percentual da capacidade instalada do agente econômico em um sistema em
relação à capacidade instalada deste sistema.
PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS (PCH)
Empreendimentos hidrelétricos com potência superior a 1.000 kW e igual ou inferior
a 30.000 kW, com área total de reservatório igual ou inferior a 3,0 km².
PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
A delegação, a titulo precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos,
feita pelo Poder Concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade
para o seu desempenho por sua conta e risco.
PERMISSIONÁRIA
Agente titular de permissão federal para prestar o serviço público de distribuição de
energia elétrica.
PERTURBAÇÃO NO SISTEMA ELÉTRICO
Modificação das condições que caracterizam a operação de um sistema elétrico
fora da faixa de variação permitida para seus valores nominais, definidos nos
regulamentos sobre qualidade dos serviços de energia elétrica vigentes.
PODER CONCEDENTE
A União, proprietária dos potenciais de energia hidráulica, a quem compete
explorar, diretamente ou mediante concessão ou permissão, os serviços e
instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos d’água.
PONTO DE ALIMENTAÇÃO
De um sistema elétrico: Ponto no qual o sistema recebe energia.
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PONTO DE CONEXÃO
Equipamento ou conjunto de equipamentos que se destina a estabelecer a conexão
elétrica com o agente de geração, mais especificamente a conexão entre a primeira
estrutura do ramal da concessionária e o pórtico de entrada da S/E do agente de
geração.
PONTO DE ENTREGA
Ponto de conexão do sistema elétrico da concessionária com as instalações
elétricas da unidade consumidora, caracterizando se como o limite de
responsabilidade do fornecimento.
POTÊNCIA DISPONIBILIZADA
Potência de que o sistema elétrico da concessionária deve dispor para atender os
equipamentos elétricos, ou eletrodomésticos, da unidade consumidora.
POTÊNCIA ELÉTRICA
É a quantidade de energia elétrica que cada equipamento elétrico ou
eletrodoméstico pode consumir, por unidade de tempo, medida em quilowatt (kW).
POTÊNCIA ELÉTRICA ATIVA NOMINAL
A potência elétrica ativa nominal de uma unidade geradora (em kW) é definida pelo
produto da potência elétrica aparente nominal (em kVA) pelo fator de potência
nominal do gerador elétrico, considerado o regime de operação contínuo e as
condições nominais de operação.
POTÊNCIA INSTALADA
Soma das potências nominais de equipamentos elétricos de mesma espécie
instalados na unidade consumidora e em condições de entrar em funcionamento.
POTÊNCIA INSTALADA DE UMA CENTRAL GERADORA
A potência instalada de uma central geradora (em kW) é definida, em números
inteiros, pelo somatório das potências elétricas ativas nominais das unidades
geradoras da central.
POTÊNCIA MÍNIMA DISPONIBILIZADA (SIGFI)
Potência mínima que o Sistema Individual de Geração de Energia Elétrica com
Fonte Intermitente SIGFI deve disponibilizar, no ponto de entrega, para atender às
instalações elétricas da unidade consumidora, segundo os critérios estabelecidos
na Resolução Normativa ANEEL n. 083, de 20 de setembro de 2004.
PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTAS - PAC
Demonstrações financeiras dos concessionários e permissionários do serviço
público de energia elétrica.
PRODUTOR INDEPENDENTE DE ENERGIA ELÉTRICA
Pessoa jurídica ou consórcio de empresas titular de concessão, permissão ou
autorização para produzir energia elétrica destinada ao comércio de toda ou parte
da energia produzida, por sua conta e risco.
Q
QUANTIDADE DECLARADA (LEILÃO)
Montante de energia elétrica, expresso em número de lotes, individualizado por
comprador, nos termos das declarações.
95
QUANTIDADE DEMANDADA HIDRO (LEILÃO)
Montante de energia elétrica que se pretende adquirir para o produto de fonte
hidroelétrica, expresso em número de lotes, calculado com base na quantidade total
ofertada na primeira fase e nos parâmetros de demanda.
R
RACIONAMENTO
Período no qual vigora redução de consumo de energia elétrica, definido pelo
Governo Federal, como medida de natureza emergencial, decorrente normalmente,
no caso do Brasil, de situação hidrológica crítica, ou de falta de investimentos
adequados, necessários para ajustar a demanda e oferta de energia elétrica
evitando interrupções imprevistas de suprimento.
REGRAS DE COMERCIALIZAÇÃO
Conjunto de regras operacionais e comerciais e suas formulações algébricas
definidas pela ANEEL, aplicáveis à comercialização de energia elétrica na Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica CCEE.
REDE (ELÉTRICA)
Conjunto de elementos de circuitos interligados, considerado como um todo, que
pode ser representado por ramos e nós.
REDE DE DISTRIBUIÇÃO
Parte de um sistema de distribuição associada a um alimentador, compreendendo,
além deste, os transformadores de distribuição por ele alimentados, com os
respectivos circuitos secundários e, quando houver, os ramais de entrada dos
consumidores que recebem energia sob a tensão do alimentador.
REDE DE TRANSMISSÃO
Conjunto de equipamentos necessários para a transmissão de energia da geração
ou do ponto de conexão até a carga.
RESERVA DE POTÊNCIA PARA CONTROLE PRIMÁRIO
É a provisão de reserva de potência ativa efetuada pelas unidades geradoras para
realizar o controle primário de freqüência.
S
SALA DE CONTROLE
Sala na qual são instalados as mesas e os painéis de controle de uma subestação
ou usina.
SISTEMA CONDICIONADOR (SIGFI)
Componente do Sistema Individual de Geração de Energia Elétrica com Fonte
Intermitente SIGFI cuja função é a conversão de tensão contínua em tensão
alternada, incluindo circuitos de proteção associados, de modo a condicionar a
energia elétrica às exigências de qualidade pré-estabelecidas.
SISTEMA ELÉTRICO (DE POTÊNCIA)
Em sentido amplo é o conjunto de todas as instalações e equipamentos destinados
à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Em sentido restrito, é um
conjunto definido de linhas e subestações que assegura a transmissão e/ou a
distribuição de energia elétrica, cujos limites são definidos por meio de critérios
apropriados, tais como localização geográfica, concessionário, tensão, etc.
SISTEMA DE ACUMULAÇÃO DE ENERGIA (SIGFI)
Parte do Sistema Individual de Geração de Energia Elétrica com Fonte Intermitente
97
SIGFI que acumula energia para uso em momentos de indisponibilidade ou
insuficiência da Fonte de Energia Intermitente.
SOBRECARGA
A parte de carga existente que excede a plena carga. De um acumulador:
prolongamento de carga de um acumulador ou bateria de acumuladores além do
instante final de carga.
SUBESTAÇÃO (SE)
Parte de um sistema de potência, concentrada em um dado local, compreendendo
primordialmente as extremidades de linhas de transmissão e/ou de distribuição,
com os respectivos dispositivos de manobra, controle e proteção, incluindo as obras
civis e estruturas de montagem, podendo incluir também transformadores,
equipamentos, conversões e/ou outros equipamentos.
T
TARIFA
Preço da unidade de energia elétrica e/ou da demanda de potência ativa.
U
UHE (USINA HIDRELÉTRICA)
Usina que produz energia elétrica a partir da utilização de rios e da potência hídrica
de cada região.
UNIDADE CONSUMIDORA
Conjunto de instalações e equipamentos elétricos caracterizado pelo recebimento
de energia elétrica em um só ponto de entrega, com medição individualizada e
correspondente a um único consumidor.
UNIDADE GERADORA
Associação de máquinas girantes, destinada a converter energia mecânica ou
térmica em energia elétrica.
UNIDADE HIDRELÉTRICA
Unidade geradora constituída por uma turbina hidráulica, acoplada mecanicamente
a um gerador elétrico. Nota: É também denominado grupo hidrelétrico.
USINA (ELÉTRICA)
Instalação elétrica destinada a gerar energia elétrica, em escala industrial, por
conversão de outra forma de energia. Uma usina compreende o conjunto das
unidades geradoras e equipamentos associados, as instalações hidráulicas ou para
combustível (conforme o caso), as obras civis correlatas, as instalações auxiliares
(oficinas, etc.) e as instalações de apoio (administrativas e para pessoal). Nota: a
subestação elevadora é considerada como parte da usina.
USINA NUCLEAR
Central termelétrica que utiliza reação nuclear como fonte para geração de energia
elétrica.
USINAS MERCHANTS
Usinas que não possuem contratos de venda de energia elétrica. A produção é
vendida no Mercado de Curto Prazo (spot).
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USINA TÉRMICA (UTE)
Central na qual a energia química, contida em combustíveis fósseis, é convertida
em energia elétrica.
V
VALOR NORMATIVO (VN)
É valor máximo de repasse do custo da energia aos consumidores cativos . Por ser
um valor fixo, serve de indicação do preço da energia em longo prazo. Em maio de
2002 o governo definiu um VN único para todas as fontes de energia.
VALOR NORMATIVO DE REFERÊNCIA
É o valor da energia produzida por usinas termelétricas a gás natural e por fontes
alternativas (biomassa, eólica e PCH), que têm custos maiores que o estabelecido
no VN único. Como o limite de repasse do custo para o consumidor continua sendo
o VN, a diferença entre os dois deverá ser coberta com recursos da CDE, no caso
da geração por fontes alternativas, e pela Cide, no caso da energia produzida pelas
termelétricas a gás natural. Proposta do Comitê de Revitalização do Modelo do
Setor Elétrico.
VOLT (V)
Tensão elétrica entre os terminais de um elemento passivo de circuito, que dissipa a
potência de 1W quando percorrido por uma corrente invariável de 1A.
VOLT-AMPÈRE (VA)
Potência aparente de um circuito percorrido por uma corrente alternada senoidal
com valor eficaz de 1A, sob uma tensão elétrica com valor eficaz de 1V.
W
Watt (W)
Potência desenvolvida quando se realiza, de maneira contínua e uniforme, o
trabalho de 1J em 1s.
Z
Esta é a letra que representa a grandeza elétrica chamada de impedância complexa
(Z). A impedância é composta de resistência pura e reatância, parte real e
imaginária, podendo assim ser expressa por uma quantidade complexa da forma
R+ jX, ou R- jX.
A relação entre impedância, resistência e reatância é dada por: Z = R ± jX. Onde:
Z é a impedância em ohms;
R é a resistência em ohms;
X é a reatância em ohms.