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Helena Schmidt Burg DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO DE SAÚDE: LEVANTAMENTO BIBLIOMÉTRICO E INFOMÉTRICO Orientador: Dr. Adilson Luiz Pinto

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Helena Schmidt Burg

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO

DE SAÚDE: LEVANTAMENTO BIBLIOMÉTRICO E INFOMÉTRICO

Orientador: Dr. Adilson Luiz Pinto

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Sumário

1 INTRODUÇÃO

2 QUESTÃO DE PESQUISA

3 OBJETIVO GERAL

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

4 REVISÃO DE LITERATURA

5 METODOLOGIA

6 ETAPAS DA PESQUISA

7 RESULTADOS

8 CONCLUSÃO REFERÊNCIAS

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1 INTRODUÇÃO

• A comunicação científica;

• A comunicação de massa;

• A informação de saúde.

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2 QUESTÃO DE PESQUISA

A transição da informação do meio

científico para o meio informal

acontece de forma que garanta

que a informação sendo

consumida pela massa condiga

com as tendências da ciência?

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3 OBJETIVO GERAL

Identificar, por meio de levantamento

bibliométrico e infométrico, se as temáticas

que estão sendo investigadas e divulgadas

por pesquisadores brasileiros da área da

saúde são as mesmas que são divulgadas

pelas magazines.

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3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Determinar quais são os temas mais

pesquisados por cientistas da área da

saúde nas revistas de comunicação

científica de acesso aberto, indexadas na

base de dados multidisciplinar Web of

Science (WoS);

• Levantar quais são os estudos da área da

saúde que são publicados em magazines,

cujo foco é a divulgação da ciência;

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3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Comparar as temáticas divulgadas pelos

dois veículos de comunicação e verificar

se são similares.

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4 REVISÃO DE LITERATURA

A comunicação de massa:

Na sociedade capitalista, desaparecem os antigos meios

de proteção social; o individuo é, cada vez mais,

submetido à lógica do mercado, ficando inteiramente a

sua mercê. No século XX, como decorrência do

paradigma fordista/taylorista, surge e se desenvolve a

sociedade de massa, na qual o conceito predominante

passa a ser a padronização. Esta forma de organização,

no que se refere à informação, tenta atingir o grande

público a partir de pacotes informacionais, de conteúdo

simples, que possam ser entendidos pela base da

pirâmide social. (BERNARDI, 2007, p. 41)

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4 REVISÃO DE LITERATURA

A comunicação científica:

A comunicação científica é indispensável

à atividade científica, pois permite somar

os esforços individuais dos membros das

comunidades científicas. Eles trocam

continuamente informações com seus

pares, emitindo-as para seus sucessores

e/ou adquirindo-as de seus

predecessores. (TARGINO, 2000, p.10)

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4 REVISÃO DE LITERATURA

Os periódicos científicos:

[...] são todas ou quaisquer tipos de publicações

editadas em números ou fascículos

independentes, não importando a sua forma de

edição, ou seja, seu suporte físico […] mas que

tenham um encadeamento sequencial e

cronológico, sendo editadas, preferencialmente,

em intervalos regulares, por tempo

indeterminado atendendo às normalizações

básicas de controle bibliográfico. (FACHIN;

HILLESHEIM, 2006 p. 28)

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4 REVISÃO DE LITERATURA

O princípio do Acesso Aberto:

“Um compromisso com o valor e a

qualidade da pesquisa leva consigo uma

responsabilidade de estender a circulação

desse trabalho tão longe quanto possível e

idealmente a todos que se interessarem

nele e todos que podem se beneficiar dele.”

(WILLISNKY, 2006, p.5, tradução nossa).

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4 REVISÃO DE LITERATURA

A comunicação de massa e sua relação

com a comunicação científica:

Bizzo (2002, p.310) destaca que um “dos

grandes desafios da ciência é ser

amplamente difundida, sem perder a

precisão; porém, o rigor científico não

precisa ser sinônimo de hermetismo na

difusão de ciência, pois o jargão científico

torna praticamente impossível ao leigo

decodificar um texto científico”.

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4 REVISÃO DE LITERATURA

Os elementos do texto científico

apropriados pela formulação discursiva

do jornalismo servem para finalidades

diferentes daquelas consideradas

próprias ao discurso científico. Além de

produzir efeitos de credibilidade, eles

também servem para produzir efeitos de

dramatização e captar o leitor,

característica intrínseca do discurso

jornalístico. (FLORES; SILVEIRA, 2010,

p. 148)

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4 REVISÃO DE LITERATURA

Como destacado por Lima et al.:

O trabalho de pesquisa precisa ir além da etapa de

publicação dos seus resultados em periódicos científicos.

Necessita-se que toda a sociedade seja impactada com

as consequências de seus resultados. Para isso, exige-se

do pesquisador, das agências de fomento e da

comunidade científica um trabalho paralelo de

socialização destes resultados, por meio de canais de

comunicação não científicos, além do trabalho de

conscientização da população no sentido de despertar o

interesse pela realização daquela produção.(LIMA; et. al,

2012, p. 39)

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4 REVISÃO DE LITERATURA

Embora não se subestime as assimetrias

de toda ordem que caracterizam a

desigual sociedade brasileira – na saúde,

na comunicação e de forma notória na

mídia –, isto não leva a desconsiderar

que cada indivíduo, grupo ou instituição

transita entre as posições de emissão e

recepção, além de agir na circulação

social dos discursos. (ARAÚJO, 2009)

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5 METODOLOGIA

• Levantamento bibliométrico para

identificação das temáticas mais

populares entre os pesquisadores

brasileiros e um levantamento infométrico

das temáticas publicadas nos veículos de

comunicação de massa.

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6 ETAPAS DA PESQUISA

• Os dados foram coletados na base de

dados multidisciplinar Web of Science,

especificamente nos periódicos brasileiros

de acesso aberto indexados pela base no

período de janeiro 2010 à dezembro de

2012.

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6 ETAPAS DA PESQUISA

• Os dados infométricos referentes aos

veículos de comunicação de massa foram

coletados nas revistas Galileu,

Superinteressante e Ciência Hoje, nas

publicações referentes ao mesmo

intervalo de tempo.

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6 ETAPAS DA PESQUISA

• O tratamento dos dados se deu da

seguinte maneira: as palavras-chave dos

artigos dos periódicos científicos foram

divididos em temáticas que foram

determinadas tomando como referência a

hierarquização dos Descritores em

Ciências da Saúde (DeCS) do vocabulário

controlado da Biblioteca Virtual em Saúde

(BVS).

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6 ETAPAS DA PESQUISA

• As palavras-chave atribuídas aos artigos

das magazines foram padronizadas de

acordo com os DeCS e depois divididas

em temáticas da mesma maneira que as

palavras-chave dos artigos científicos.

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7 RESULTADOS

• Pelo levantamento na Web of Science, foram

recuperados 10.959 artigos e foram

identificadas 17.172 palavras-chave atribuídas a

eles. Dessas 17.172, foram identificadas as

palavras-chave que aparecem com maior

frequência: todas as palavras-chave que foram

utilizadas pelo menos 20 vezes, resultando em

um total de 266 palavras-chave.

• Quanto aos dados das magazines, foram

levantados 265 artigos, aos quais foram

atribuídas 293 palavras-chave

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7 RESULTADOS

Figura 1 – Palavras-chave dos artigos indexados na Web of Science

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7 RESULTADOS

Figura 2 – Temáticas dos artigos indexados na Web of

Science

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7 RESULTADOS

Figura 3 – Palavras-chave agrupadas sob a temática

Técnicas e equipamentos analíticos, diagnósticos e

terapêuticos

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7 RESULTADOS

Figura 4 – Palavras-chave agrupadas sob a temática “Saúde Pública”

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7 RESULTADOS

Figura 5 – Palavras-chave agrupadas sob a temática Grupos de

Pessoas

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7 RESULTADOS

Figura 6 – Palavras-chave mais frequentes nas magazines

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7 RESULTADOS

Figura 7 – Temáticas mais frequentes nas magazines

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7 RESULTADOS

Figura 8 – Palavras-chave agrupadas sob a temática Processos

Mentais

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7 RESULTADOS

Figura 9 – Palavras-chave agrupadas sob a temática Comportamento

e Processos Comportamentais

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7 RESULTADOS

Gráfico 1 – Frequência das temáticas comuns aos periódicos

científicos e às magazines

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7 RESULTADOS

Figura 10 – Origem dos estudos divulgados pelas revistas

Galileu e Superinteressante

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8 CONCLUSÃO

• Este estudo permitiu identificar que 42%

das temáticas mais populares na

comunidade científica são divulgadas

pelos veículos de comunicação de massa

e que 56% das temáticas tratadas pelos

veículos de massa não se encontram

entre as temáticas mais relevantes à

comunidade científica.

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8 CONCLUSÃO

• A temática mais divulgada pela comunidade

científica se refere às técnicas e

equipamentos analíticos, diagnósticos e

terapêuticos.

• Já no caso das magazines as temáticas que

tiveram maior destaque se referem à

neoplasias (câncer), processos mentais (que

envolvem artigos sobre memória e cognição,

por exemplo) e comportamento, ou seja, temas

que tem maior apelo ao emocional do leitor.

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8 CONCLUSÃO

• Observou-se que as magazines não

mencionam claramente as fontes de

informação consultadas quando divulgam

resultados de pesquisas e outros estudos

científicos. Fazem menção aos lugares de

origem dos pesquisadores ou ao título das

revistas onde buscaram o estudo, mas

são raras as situações nas quais é

mencionado, por exemplo, o título do

artigo.

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8 CONCLUSÃO

• Observou-se também que a maior parte

dos estudos reportados pelas magazines

são de origem estrangeira, ainda que a

produção brasileira na área da saúde seja

grande e de acesso aberto aos repórteres

e editores dessas magazines.

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8 CONCLUSÃO

• Tendo isso tudo em vista, pode-se dizer

que os veículos de comunicação de

massa estão reportando estudos de

temáticas relevantes à área da saúde,

mas de maneira que não condiz com as

tendências do campo.

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REFERÊNCIAS

ARAÚJO, I. S.; CARDOSO, J. M. Comunicação e Saúde. Rio de

Janeiro: FIOCRUZ, 2009. Não paginado. Disponível

em:<http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/comsau.html >

BERNARDI, Amarildo José. Informação, Comunicação, Conhecimento:

Evolução e Perspectivas. TransInformação, Campinas, v. 19, n. 1, p.

39-44, jan./abr., 2007. Disponível em:

<http://200.18.252.94/seer/index.php/transinfo/article/view/619/599>.

Acesso em 16 de abril de 2013.

BIZZO, Maria Letícia Galluzzi. Difusão científica, comunicação e

saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 18, n. 1, fev. 2002.

Disponível em:

<http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

311X2002000100031&lng=en&nrm=iso>. Accesso em 25 de março de

2013. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2002000100031.

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REFERÊNCIAS

FACHIN, G. R. B.; HILLESHEIM, A. I. de A. Evolução histórica do

periódico científico. In: ______. Periódico científico: padronização e

organização. Florianópolis: UFSC, 2006.

FLORES, Natália Martins; SILVEIRA, Ada Cristina Machado da. A

formulação discursiva no jornalismo científico: construção da visada da

captação em um diário popular. Em Questão, Porto Alegre, v. 16, n. 1,

p. 147-164, jan./jun. 2010. Disponível em:

<http://seer.ufrgs.br/EmQuestao/article/view/12967>. Acesso em 10 de

maio de 2013.

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REFERÊNCIAS

LIMA, A. P. L. de; et al. Conceitos, práticas e desafios da

responsabilidade social na produção científica. Perspectivas em

Gestão & Conhecimento, João Pessoa, v. 2, n. 2, p. 30-42, jul./dez.

2012. Disponível em:

<http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/pgc/article/view/12218/0>.

Acesso em 04 de junho de 2013.

TARGINO, Maria das Graças. Comunicação científica: uma revisão de

seus elementos básicos. Inf.& Soc.: estudos, João Pessoa, v.10, n.2,

p. 37-85, jul. 2000. Disponível em; <

http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/view/326/248>. Acesso

em abr. de 2013.

WILLISNKY, John. The Acess Principle: The case for open access to

research and scholarship. Cambridge (MA): MIT Press, 2006.