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REUNIÕES DE TÉCNICAS
DE COMUNICAÇÃO
T E M Á R I O
RODSE - RTC
Fase 2 Módulo 2.2
NEDE – NÚCLEO DE ESTUDOS E DIVULGAÇÃO
ESPÍRITA
“Obra Revisada pela Equipe Central RTC-Dez/2011”
“Formatação da Apostila Atualizada em Julho/2012”
Direitos autorais reservados.
É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma
ou por qualquer meio, salvo com autorização da equipe RTC.
(Lei nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998)
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RODSE / RTC - Reunião de Técnicas de Comunicação - TEMÁRIO - 2º SEMESTRE (F2-M2)
S U M Á R I O
Reuniões Títulos Página
Sugestões para o Desenvolvimento dos Temas ......................................... 03
1ª Reunião 1ª - T
2ª - P
A lição e seu conteúdo – O que Ensinar.
Prática (A Lição)
04
2ª Reunião 1ª - T
2ª - P
As Lições e suas Interligações
Exercícios de Exposição
09
3ª Reunião 1ª - T
2ª - P
Temário sobre Avaliação (Reflexão)
Exercícios de Exposição
13
4ª Reunião 1ª - T
2ª - P
A comunicação verbal na Casa Espírita
Exercícios de Exposição
18
5ª Reunião 1ª - T
2ª - P
Como dinamizar a abordagem dos temas
Exercícios de Exposição
20
6ª Reunião 1ª - T
2ª - P
A Mediunidade na Exposição
Exercícios de Exposição
28
7ª Reunião 1ª - T
2ª - P
Como contar Histórias
Exercícios de Exposição
31
8ª Reunião 1ª - T
2ª - P
Preparação de Ambiente para Assistidos e Colaboradores
- Preces e Vibrações
46
9ª Reunião 1ª - T
2ª - P
O Planejamento na Atividade Expositiva
Ponderações sobre o Planejamento
51
10ª Reunião 1ª - T
2ª - P
O trabalhador e o Assistido
Exercícios de Exposição
55
11ª Reunião 1ª - T
2ª - P
Como Falar para um Público de Assistidos
Adultos e Idosos - Exercícios de Exposição
60
12ª Reunião 1ª - T
2ª - P
Como Falar em Sala de Aula
Exercícios de Exposição
66
13ª Reunião 1ª - T
2ª - P
Como Falar para Colaboradores
Exercícios de Exposição
72
14ª Reunião 1ª - T
1ª - T
Como Falar para Crianças e Jovens 1º Enfoque
Como Falar para Crianças e Jovens 2º Enfoque
77
85
15ª Reunião 1ª - T
1ª - T
A Recepção na Casa Espírita - 1º Tema
Fases de uma Reunião – 2º Tema
88
93
Calendário - Calendário de Efemérides Espíritas 98
16ª Reunião 1ª - T
2ª - P
Interligação de Assuntos nas Obras Básicas e sua
importância na Formação do Expositor
105
17ª Reunião 1ª - T
2ª - P
A Atividade Expositiva do Grupo junto às Casas Espíritas 107
18ª Reunião 1ª - T
2ª - P
Planejamento das Atividades do Módulo 3
N / C
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P R O G R A M A – TEMÁRIOS – RTC F2 M2
AULAS TÍTULOS: AULAS TEÓRICAS - T
AULAS PRÁTICAS - P
BIBLIOGRAFIA
CÓD.
PÁG.
1ª Reunião 1ª - T 2ª - P
A lição e seu conteúdo Prática (A Lição)
2ª Reunião 1ª - T 2ª - P
As Lições e suas Interligações Exercícios de Exposição
3ª Reunião 1ª - T 2ª - P
Temário sobre Avaliação (Reflexão) Exercícios de Exposição
CD 104
4ª Reunião 1ª - T 2ª - P
A comunicação verbal na Casa Espírita Exercícios de Exposição
5ª Reunião 1ª - T 2ª - P
Como dinamizar a abordagem dos temas Exercícios de Exposição
6ª Reunião 1ª - T 2ª - P
A Mediunidade na Exposição Exercícios de Exposição
CV 96 / 97
7ª Reunião 1ª - T 2ª - P
Como contar Histórias Exercícios de Exposição
CV 74 / 79
8ª Reunião 1ª - T 2ª - P
Preparação de Ambiente para Assistidos e Colaboradores - Preces e Vibrações
9ª Reunião 1ª - T 2ª - P
O Planejamento na Atividade Expositiva Ponderações sobre o Planejamento
10ª Reunião 1ª - T 2ª - P
O trabalhador e o Assistido Exercícios de Exposição
11ª Reunião 1ª - T 2ª - P
Como Falar para um Público de Assistidos Adultos e Idosos - Exercícios de Exposição
12ª Reunião 1ª - T 2ª - P
Como Falar em Sala de Aula Exercícios de Exposição
13ª Reunião 1ª - T 2ª - P
Como Falar para Colaboradores Exercícios de Exposição
14ª Reunião 1ª - T 1ª - T
Como Falar para Crianças e Jovens 1º Enfoque Como Falar para Crianças e Jovens 2º Enfoque
15ª Reunião 1ª - T 1ª - T
A Recepção na Casa Espírita - 1º Tema Fases de uma Reunião – 2º Tema
Calendário - Calendário de Efemérides Espíritas
16ª Reunião 1ª - T 2ª - P
Interligação de Assuntos nas Obras Básicas e sua importância na Formação do Expositor
17ª Reunião 1ª - T 2ª - P
A Atividade Expositiva do Grupo junto às Casas Espíritas
18ª Reunião 1ª - T 2ª - P
Planejamento das Atividades do Módulo 3
Observação: A bibliografia segue a mesma codificação do módulo 1.
Como exercício e aprendizado, alguns destes temas são desenvolvidos
pelos próprios participantes, o que tem sido motivador e acelerador do
desenvolvimento do grupo no todo, em função das colocações feitas, das avaliações
por parte do grupo e das discussões decorrentes.
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1ª REUNIÃO
A LIÇÃO E SEU CONTEÚDO - O QUE ENSINAR
O professor / expositor normalmente faz uma análise criteriosa e
cataloga o que deve ser ensinado.
Nessa análise a teoria da Doutrina associada à prática diária é anotada
separadamente, para integrá-las depois, quando do momento de ensiná-las.
Os aspectos doutrinários constam das Obras Básicas e
Complementares, devendo-se separar o que se aplica a cada aula.
Os aspectos práticos se referem à aplicação nas atividades diárias da
Casa Espírita tais como: assistência espiritual e social, trabalho mediúnico, escolas,
entre outras.
A aplicação desses dois aspectos será executada na ordem em que
devem ser ensinados, ou seja, do mais fácil para o mais complexo, obedecendo a
uma escala crescente.
Com esta catalogação de conhecimentos e sua aplicação é montado o
programa de um curso e sua duração.
O programa das RTCs está dividido em módulos para limitar as
evasões que costumam ocorrer, na dependência dos participantes estarem mais ou
menos dispostos a prosseguir, em função dos limites hipotéticos a que se
submetem.
A parte prática das RTCs se diferencia dos cursos com programas rígidos porque ela é aplicada em função do limite momentâneo de cada um.
Exemplo:
No início todos participam dos exercícios de descontração, permanecendo nestes exercícios os mais tímidos, enquanto os outros, cada um de acordo com sua capacidade, vão desenvolvendo as atividades seguintes.
Observação:
Isto tem funcionado não como fator de limitação dos que se demoram
mais nessa primeira etapa, mas sim, como força de aglutinação, porque os mais
adiantados são orientados a apoiar os outros, sendo sempre salientado que o mais
importante do trabalho é a formação de uma equipe onde se faz necessária a
existência de colaboradores coesos, sendo a atividade expositiva apenas um meio e
não um fim, uma vez que existe curso que pode lhes dar o aprofundamento
requerido.
Cada programa de atividades deve ser dividido em etapas,
apresentando sempre um horizonte novo aos participantes, pelo encadeamento de
assuntos e tarefas.
A participação de mais de um expositor em um programa, no seu
estabelecimento e aplicação é importante porque, é difícil para um só expositor
abranger todos os assuntos adequadamente.
Cada expositor deve desenvolver os temas em que melhor possa se
desempenhar, solicitando, inclusive, a colaboração de outros, em caso de
especializações.
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A LIÇÃO
O primeiro passo de uma lição é estabelecer a quantidade de
ensinamentos a transmitir; o segundo é a sequência desses ensinamentos; o
terceiro é encaixar as atividades práticas que cabem em cada lição e sua sequência.
Quando do desenvolvimento das lições, o expositor deve estar atento
às características e nível de cada grupo ajustando-se ao mesmo, para obter os
melhores resultados.
Observação:
Em função dessas condições o programa pode ser mais ou menos
aprofundado, cabendo ao expositor passar o que o grupo pode absorver, deixando
que, com o tempo, cada participante amadureça e absorva o que não foi possível
assimilar de imediato.
Grande parte do sucesso no desenvolvimento de um programa está
condicionado à capacidade de fixar os itens a serem ensinados e à forma como o
trabalho se desenvolve.
SELEÇÃO DO CONTEÚDO
Há algumas regras nas quais se pode confiar e que orientam o
expositor a decidir sobre o que incluir em cada lição:
1. A primeira providência na preparação da lição é relacionar os objetivos a atingir,
por meio de pequenas frases. Deve-se ter cuidado para não fugir do objetivo,
evitando a dispersão.
2. Deve-se ter cuidado para não incluir muitos objetivos numa só aula e não
estendê-la demasiadamente.
Nesse caso há duas soluções:
a- passar parte dos objetivos para a próxima aula;
b- incluir os objetivos excedentes para uma próxima etapa.
EXEMPLO DO QUE OCORRE NAS RTCs (FASE 02 DO RODSE):
MÓDULO 01
13ª REUNIÃO: “A Seleção de Livros e Sua Organização”;
14ª REUNIÃO: “As Obras Básicas e Sua Importância no Trabalho
Expositivo”;
MÓDULO 02
11ª REUNIÃO: “Análise da Interligação de Assuntos nas Obras Básicas e
sua Importância na Formação do Expositor”
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Esta seqüência dá ao aluno a sensação de ter conquistado etapas e
ter feito progresso, o que não acontece quando ultrapassa seu limite de absorção.
A duração da aula dependerá da dinâmica do expositor, tempo
disponível e condição de absorção dos alunos.
3. O tempo necessário para efetuar uma demonstração também influenciará no
volume de matéria a ser transmitida antes.
O prolongamento constante das aulas também pode gerar desestimulo para os
alunos, devido a outros compromissos e problemas de condução que possam
ter.
4. A lição também não pode ser muito curta, o que pode, igualmente, desestimular o aluno.
Observação:
Os participantes de uma atividade devem ter sempre o anseio de retornar para a
próxima aula / reunião, pela expectativa de aprender algo novo.
5. Uma boa lição começa sempre com a apresentação de alguns pontos chaves
estudados na lição anterior, partindo para a introdução de novos ensinamentos.
Toda e qualquer lição / reunião deve conter novos assuntos, sejam teóricos ou
práticos.
6. No planejamento de uma lição devem constar testes para que o aluno /
expositor perceba o quanto foi absorvido e perceba a necessidade e
conveniência do esforço contínuo na obtenção de novos conhecimentos e
sedimentação dos já estudados.
ATIVIDADE PRÁTICA (A LIÇÃO)
Abaixo vocês terão um teste de conhecimentos gerais dentro da
Doutrina Espírita. São 10 questões. Leia com atenção antes de começar a
responder.
O tempo para execução do teste é de 4 minutos que serão
cronometrados. Assim que o tempo acabar todas as folhas deverão ser entregues ao
avaliador.
1. Quem foi Allan Kardec?
2. Qual o ano de seu nascimento e de sua morte?
3. Quais as principais obras de Kardec?
4. Quantas perguntas existem no Livro dos Espíritos?
5. Há quanto tempo freqüenta a Casa?
6. Qual o seu principal objetivo dentro da Casa?
7. Como você costuma realizar suas pesquisas?
8. Quanto tempo costuma demorar na leitura de um livro?
9. Qual gênero mais o atrai?
10. Caso você chegou até aqui obedecendo ao enunciado, não
responda nenhuma das questões.
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Pérolas do Jornalismo (e esses –jornalistas- são graduados hein!)
Os manuais de redação dos jornais gastam páginas e páginas com
recomendações aos seus profissionais, no final, a súplica: “Tenham pena do leitor.
Releiam os textos”. No entanto, muitos profissionais não ligam para isso. Na pressa,
soltam a matéria sem revisão. Resultado: os jornais estão cheínhos de “pérolas”. Os
leitores atentos anotam-nas. Vejam só algumas delas:
Divirtam-se ou chorem:
“Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no cemitério para
satisfação dos habitantes”.
(Eles deviam estar com muita sede, coitados...)
“A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada
ano”.
(Viva a ressurreição!)
“Apesar da metereologia estar em greve, o tempo esfriou ontem
intensamente”.
(Não pagaram os direitos do El Nino. Olha no que deu...)
“Os sete artistas compõem um trio de talento”.
(Alguém aí tem uma calculadora?)
“A vítima foi estrangulada a golpes de facão.”
(Que horror...)
“No corredor do hospital psiquiátrico, os doentes comiam como loucos”.
(É mesmo? Que coisa impressionante!!!)
“Ela contraiu a doença na época que ainda estava viva”.
(Que azar, coitada!)
“O aumento do desemprego foi de 0% em novembro”.
(Onde vamos parar desse jeito?)
“O presidente de honra é uma jovem septuagenário de 81 anos”.
(Quanta confusão!)
“Parece que ela foi morta pelo seu assassino”.
(Como conseguiram desvendar o mistério?)
“A polícia e a justiça são duas mãos de um mesmo braço”.
(É, todo mundo já sabia que eram defeituosas...)
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“O acidente foi tristemente célebre no Retângulo das Bermudas”.
(Retângulo das Bermudas???)
“Quatro hectares de trigo foram queimados. A princípio, trata-se de um
incêndio”.
(Achei que fosse uma churrascada!)
“O velho reformado antes de apertar o pescoço da mulher até a morte, se
suicidou”.
(A volta dos mortos-vivos)
“Na chegada da polícia, o cadáver se encontrava rigorosamente imóvel”.
(Viu como ele é disciplinado?)
“O cadáver foi encontrado morto dentro do carro”.
(Sem comentários)
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2ª REUNIÃO
AS LIÇÕES E SUAS INTERLIGAÇÕES
Nenhuma reunião, aula ou palestra deve ser tida como uma atividade
isolada, mesmo que seja apenas como exposição.
Para se exercer uma dessas atividades de forma isolada, o expositor
deve procurar sugestionar seus ouvintes a fim de que tenham a sensação dela estar
sendo proferida especialmente para eles e que não é apenas mais uma palestra.
Esse intento se consegue pelo resultado da análise de levantamento
prévio das características e necessidades deles, junto aos responsáveis pela Casa
Espírita e também, durante o desenvolvimento da palestra, pela assistência que nos
traz a sintonia com o Plano Espiritual na forma de intuição (essa questão será
abordada na 4ª reunião deste módulo e já foi abordada na 15ª reunião do 1º
módulo).
Um modo simples de perceber esta inter-relação é imaginar que cada
lição é um degrau de uma escada a subir. Cada degrau deve apoiar-se no degrau
anterior e deve servir de apoio para o degrau seguinte, de forma a não criar
sensação de vazio. Como em uma escada, se não houver certa regularidade de
distância (não confundir com monotonia) entre os seus degraus, sentiremos uma
sensação de insegurança. Essa situação exige atenção por parte do expositor, para
que os alunos e ouvintes não tenham esse tipo de sensação diante das lições e
possam vir a fracassar e desistir, como conseqüência.
Nessa interligação de ações está a formação de hábitos cuja adoção é
mais demorada do que a absorção de conhecimentos técnicos. Percebe-se que, no
“vazio dos degraus” abordaremos as carências do nosso público alvo, considerando
suas características.
No plano de aulas devemos evitar que a parte teórica e a parte prática
de um assunto sejam ministradas na mesma reunião, pela dificuldade natural em
absorver duas coisas ao mesmo tempo.
Exemplo:
Tema: Assistência Espiritual
Uma aula ou mais ministrando a parte teórica intercalada com aulas
onde se faça um ligeiro resumo do que já foi abordado e se passe para a parte
prática, resulta numa seqüência proveitosa.
Deve-se evitar expor toda a parte teórica numa seqüência de aulas e
abordar toda a parte prática só numa seqüência final, devido à dificuldade de
associar as duas partes em separado, considerando momentos distantes e porque
não teremos aulas práticas na seqüência das reuniões, para as devidas correções.
Nas atividades das RTCs isso não acontece porque, normalmente, os
temas teóricos não são os mesmos da parte prática e quando temos (fase 2, módulo
1, “técnicas de exposição”, 2ª e 4ª aulas, “exercícios de descontração”, “postura
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diante do público, olhar e gestos”), o fazemos de forma introdutória, que vai se
repetindo durante as reuniões seguintes, de maneira descontraída.
No final de um curso de passes, sim, podemos fazer uma revisão geral
para avaliarmos o rendimento do grupo.
OBSERVAÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOS HÁBITOS
1. É uma das formas de aprender, necessitando familiarização com alguns
princípios;
2. A primeira impressão que um aprendiz recebe é a que mais perdura, sendo
essa a razão porque, uma demonstração deve ser clara e precisa, desde a 1ª
vez: é mais difícil corrigir, do que formar um hábito;
3. Quanto antes um aluno puser em prática o que aprendeu, mais fácil se torna
sua execução correta e de transformar-se em hábito;
4. A habilidade deve ser praticada corretamente desde a primeira tentativa: isto
facilita a repetição e formação de hábito nos exercícios posteriores;
5. Quanto mais for repetido o exercício, tanto mais rápida será a formação e a
fixação do hábito;
6. O hábito se fixará mais rápido se não houver desatenção na forma de praticá-
lo;
7. Não se pode adquirir várias habilidades simultaneamente, devendo ser uma de
cada vez.
COMO INTERLIGAR
1. Analisar as atividades em desenvolvimento ou a se desenvolver na
Casa Espírita;
2. Verificar os erros e acertos nas tarefas;
3. Ver o porquê de cada atividade e seus resultados;
4. Analisar a forma de como são preparados os colaboradores;
5. Analisar a capacidade dos colaboradores e expositores;
6. Analisar o programa existente e a forma como é aplicado.
Observação:
Às vezes, ao invés de preparar novos colaboradores devemos fazer
uma reciclagem dos trabalhadores e expositores existentes, na busca da mudança
de hábitos e nos rumos dos trabalhos.
Essa atividade exige muita atenção às reações dos participantes, bem
como às colocações que são feitas para, a partir daí, buscar as soluções (ver tema
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fase 02, módulo 02, 8ª reunião, “Como falar para colaboradores”). Após essas
verificações é que devemos buscar o que mudar.
Essas mudanças podem ser gradativas, na medida que haja
disposição dos grupos para tal.
Tendo verificado o que mudar monta-se o programa de atividades,
sendo interessante trabalhar em conjunto com quem já adquiriu experiência. Esta
colocação mostra a importância de trabalharmos com outras Casas e Conselhos
formados pelas Casas Espíritas pois, as situações se repetem e muitas delas já se
obrigaram a buscar soluções, não sendo necessário sua repetição: inventar o que já
foi inventado.
Essa forma de trabalho de seleção e de organização das soluções
pode ser usada em todas as situações, no seu todo, ou em parte.
Feito o levantamento das necessidades e encontrado suas respectivas
soluções, montamos as lições, fazemos a arrumação dos temas a abordar, numa
seqüência adequada, de modo a constituírem uma série de temas completos,
encaixando aulas teóricas e práticas. As lições serão montadas a partir dessa
organização.
SEQÜÊNCIAS DAS LIÇÕES
As lições teóricas e práticas podem ter a seqüência mencionada acima,
bem como, podem ser mostradas primeiro na prática para que transpareça o que
será ensinado, vindo, então, a aula teórica seguida de uma aula prática, para
sedimentar o aprendizado.
VANTAGENS DE UM CURSO COM LIÇÕES PROGRESSIVAS:
A estruturação de um curso com lições gradativas de dificuldade é
particularmente útil por permitir que seja visualizado o futuro em termos de preparo
de alunos, trabalhadores e atividades.
É necessário ter em mente que nem todos estão dispostos a estudar
sempre, preferindo, alguns, permanecer em uma atividade que corresponda à
condição em que se sente bem. Só com o tempo esse companheiro mudará, quando
sentir necessidade de mais conhecimento.
Normalmente, quando os alunos conseguem vislumbrar um horizonte
melhor em virtude de um programa bem elaborado e com expositor dinâmico, eles
correspondem e reagem.
VISÃO DE CONJUNTO
Sempre que iniciarmos uma atividade ou um curso, devemos dar uma
visão de conjunto do mesmo para que os alunos possam compreender os objetivos
das atividades e para que possam ter uma visão do que irão aprender e do que
serão capazes de fazer ao término do curso.
Verificar os anseios e o porquê os alunos estão participando do curso e
suas perspectivas para o futuro e fazer todo o grupo se apresentar na segunda parte
da aula, para que, desde o início, comecem a se integrar.
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Na apresentação do programa do curso ou em outra atividade,
devemos distribuir uma cópia da programação para cada participante, mostrando a
relação existente entre cada tema a ser desenvolvido e a importância da
participação de todos em todas as aulas ou reuniões, a fim que não se perca o elo
de ligação das matérias ensinadas.
APLICAÇÃO
Na Casa Espírita é possível aproximar os alunos das atividades
existentes, na medida em que for percebida sua condição para tal, como:
a) Na Assistência Espiritual, no trabalho de sustentação, para que se
familiarize.
b) Quem participa das RTCs pode iniciar fazendo a prece de abertura, a
preparação de ambiente mediante a leitura de livro, a prece de
encerramento e dar avisos nas reuniões de estudo e de assistência
espiritual.
c) Participar da recepção e encaminhamento também é uma atividade que
ajuda a desinibir.
d) Secretariar cursos e auxiliar como monitor nas aulas práticas, em grupos
que estão em nível precedente.
Observação:
A importância desta aplicação deve-se ao fato de não ser possível dar
todos os detalhes em sala de aula, cabendo a complementação do aprendizado
ocorrer no dia-a-dia.
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3ª REUNIÃO
TEMÁRIO SOBRE AVALIAÇÃO (REFLEXÃO):
A avaliação das atividades dos colaboradores deve ser encarada como
fator positivo em uma Sociedade Espírita, uma vez que, bem conduzida, gera
progresso no que tange ao relacionamento humano, nível de atividades, eliminação
de viciações e erros que cada um tem dificuldade de perceber em si mesmo, além
de criar um ambiente em que a ajuda mútua prevalece.
Quem não está acostumado a ser avaliado direta e objetivamente, via
de regra, reage negativamente a mesma, por não gostar de ver seus erros
apontados em público devendo, no entanto, ser observado que outras pessoas
também têm as mesmas dificuldades e que, se orientadas, poderão desenvolver
uma atividade mais produtiva (às vezes, a dúvida que um aluno levanta em sala de
aula, é a dúvida dos demais).
Diariamente todos nós somos avaliados em nossas atividades, só que,
apenas uns poucos realçam nossos defeitos, enquanto os outros se inibem e
dificilmente o fazem, tratando-os como normais ou sem importância.
Em virtude das colocações acima, as reações podem ser:
De ódio ou rancor, se o que é avaliado e tem seu defeito apontado não for
devidamente evangelizado ou se estiver invigilante;
Aquele que não é suficientemente esclarecido pode demorar a se aperceber
de suas dificuldades e limitações e não saber como superá-las futuramente.
Normalmente, nos acostumamos e nos acomodamos com ambientes,
situações e problemas que nos cercam, o que dificulta a superação dessas
falhas.
Quando as observações são feitas com o objetivo de auxiliar, uma vez
que estando de fora temos uma visão mais ampla e melhores condições para
sugerir, as reações podem ser:
Quem tem suas falhas apontadas aprende a superá-las e busca envolver o
avaliador com amor -no caso do desafeto-, pois se mantém mais vigilante;
Procura superar suas dificuldades, e passa a aceitar as observações de quem
lhe avalia, segundo suas necessidades e não com evasivas.
Normalmente, alunos e freqüentadores das Sociedades Espíritas não
fazem ponderações aos dirigentes e expositores mas, partem em busca de outro
local onde se sintam menos pressionados e que pareça preencher melhor as suas
necessidades.
É preciso que o dirigente esteja atento, pois, quando o dirigente não
percebe a deficiência do expositor, tudo passa a ser normal, desapercebendo-se das
dificuldades dos iniciantes, rejeitando as observações feitas, sem analisá-las
devidamente.
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Observações:
Esta reação do freqüentador é semelhante a do consumidor que muda
da marca de um produto que não lhe agrada, sem qualquer informação ao produtor,
razão pela qual os fabricantes estão sempre pesquisando as tendências dos
consumidores e promovendo seus produtos;
A Sociedade Espírita tem a função de auxiliar e esclarecer e, devido ao
menosprezo que às vezes dão a essa atividade vemos que bem poucos nela
permanecem, indo para aquelas que já contam com grande freqüência, por
atenderem mais a contento. Essa observação não leva em conta os problemas dos
freqüentadores, que também tem suas razões particulares para tomar decisões.
A alegação de não termos condições para fazer avaliação não
procede, pois, se as nossas colocações forem erradas, teremos então, a
oportunidade de sermos corrigidos e orientados. É fundamental que aquele que
estiver procedendo à avaliação, tenha condição de equilíbrio e conhecimento para
tal.
Toda a avaliação deve ser pautada segundo as observações abaixo:
A avaliação não pode ser um meio de agredir ou ferir.
Toda avaliação deverá ser feita para diagnosticar e auxiliar a superação de
dificuldades e não, a pretexto de fraqueza, derrubar quem estiver sendo
avaliado. É preferível um colaborador preparado tardiamente do que uma
pessoa frustrada por falta de tato do avaliador.
Para adquirirmos condições de avaliar o que está errado em uma atividade,
basta prestar atenção ao que as pessoas reclamam da mesma e buscar as
soluções.
Se a avaliação der motivo para afastamento de companheiros, o
procedimento deverá ser revisto, pois estará ocorrendo deturpação de seus
métodos e objetivos.
Não podemos obrigar as pessoas a se submeterem à avaliação ou
participação, caso não o queiram.
Na avaliação devemos também mostrar o progresso havido de uma
participação anterior para a atual, o que funciona como estimulante.
A avaliação não deve ser feita logo nas primeiras reuniões da RODSE ou das
RTCs. Nessa ocasião ela deve ser explicada e esclarecidas suas metas.
A avaliação deve ser progressiva e descontraída, para dar condições às
pessoas de se soltarem e participarem.
Deve ser escalada pessoa capacitada para conduzir a atividade.
No tema “Ensaios de Direção”, do programa da RODSE, deve ser
esclarecido as diferentes situações nas varias atividades, mostrando a melhor
maneira de conduzi-las para que as avaliações sejam mais produtivas (olhar,
gestos).
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O tempo para as avaliações não deve exceder à 10 minutos, com exceção
para os casos em que o grupo pede, mesmo esporadicamente.
Devemos avaliar a ação e não a pessoa -criticas pessoais devido à alguma
antipatia.
Em cada atividade existem aspectos particulares a serem analisados, além
dos comuns a todos. Ex.: postura (exterior).
Se o expositor ou outro colaborador se postar diante da mesa, ele estará mais
em contato com o público (maior intimidade). Se ficar atrás da mesa, ocorre
um distanciamento entre ele e o público, que pode ser agravado por ficar
sentado ou apoiado à mesa, inibindo a gesticulação, além de dificultar a
visualização do público.
O linguajar não deve ser agressivo. Quem avalia deve se auto-avaliar para
não se tornar autoritário e intransigente.
Quando não estiver em condições de fazer uma avaliação imparcial, devido
às dificuldades íntimas, é melhor não fazê-la.
Sempre que avaliar, é necessário verificar as condições do avaliado, pois, é
mais produtiva uma palavra de incentivo e orientação para que ele se sinta
mais seguro, do que apenas a citação das falhas.
Para fazermos avaliações produtivas é necessário que nós mesmos
estejamos em constante aprimoramento e interessados no progresso dos
outros.
O avaliado não deve se opor às observações feitas, mas sim, acatar as que
procedem e procurar fazer as correções, para não ocorrer polêmicas estéreis.
Se ficar confuso o avaliado deve buscar, após a reunião, melhores
esclarecimentos junto a livros ou quem melhor abalizado, para superar
qualquer mal entendido e dúvidas.
Uma avaliação normalmente se faz em torno de objetivos e metas conhecidos
ou ainda, à luz de uma intenção definida, sem o que, seria difícil apontar
performances suficientes ou insuficientes.
O conhecimento de objetivos, metas e missão de forma continuada, pode
aquilatar as iniciativas de avaliação, de modo a conceder aos colaboradores,
opções de autoaprimoramento ou mudança de tarefas, sem atritos
desnecessários.
Uma avaliação pode preceder o diagnóstico, de acordo com o histórico de
atividades da instituição, de forma que respeite um determinado contexto de
manutenção das atividades desenvolvidas.
Para melhor avaliar precisa-se, além do conhecimento evangélico-doutrinário, estudar:
O manual do RODSE;
Relações Humanas na Família e no Trabalho, de Pierre Weil – Ed Vozes;
O orador Espírita, de Eliseu Rigonatti;
Você quer falar melhor? de Pedro Bloch;
Como falar Corretamente e sem inibições, de Reinaldo Polito – Ed
Saraiva;
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Gestos e Posturas Para Falar Melhor, de Reinaldo Polito – Ed Saraiva;
Liderança e Dinâmica de Grupo, de George M. Beal, Joe M. Bohlen e J.
Neil Raudabauch – Ed. Zahar;
Quanto à postura diante do grupo (nos trabalhos em grupo), o colaborador deve ser analisado:
Se consegue trabalhar em grupo;
Se tem iniciativa para criar coisas novas;
Se tem censo de responsabilidade diante do grupo;
A avaliação deve estender-se às seguintes situações:
A autoavaliação;
A avaliação do público;
A avaliação nas tarefas;
A próxima auto-avaliação é como somos vistos pelo grupo.
Após cada tarefa o colaborador deve proceder a autoavaliação e
verificar como ela foi vista pelo grupo. Esta comparação nos ajuda na superação de
outros problemas como vaidade, prepotência, complexo de inferioridade.
Como fazer a auto-avaliação após cada tarefa, ou seja, como nos imaginamos:
QUESTÕES COMO NOS
IMAGINAMOS
COMO NOS
IMAGINAM
Quanto à postura
- nível de tensão
- gestos
- olhar
- tiques nervosos
- movimentação
Quanto à mensagem
- clara
- confusa
- adequada aos ouvidos
- despertou interesse
- objetiva
Quanto à satisfação íntima
- aceita elogios com naturalidade
- aceita elogios com prazer
- aceita elogios e se envaidece
- prefere não ser elogiado, como defesa
- não dá valor ao elogio
- distingue o quanto pode e auxilia
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QUESTÕES COMO NOS
IMAGINAMOS
COMO NOS
IMAGINAM
Quanto ao público:
- sente-se cansado
- sente-se envolto pelo tema
- sente-se envolto pelo expositor
- manifestou interesse participando
- cansou depois de certo tempo
- buscou contato após reunião
Quanto ao tema
- foi apropriado para o grupo
- o expositor adaptou-o bem
- o expositor tornou-o atraente
Qual o parecer do expositor (relatar no verso)
Quanto ao material utilizado:
Do que se utilizou o expositor:
( ) quadro negro ( ) quadro branco ( ) cartazes ( ) transparências
O que melhorar no uso:
Quanto à situação íntima
- sentiu-se tranqüilo
- sentiu-se intranqüilo
- sentiu-se com a garganta seca
- teve facilidade de concatenar as idéias
A avaliação nas tarefas, após as reuniões:
É um hábito salutar o grupo de tarefeiros reunir-se ao término de cada atividade para avaliar:
- se os objetivos foram atingidos
- se os tarefeiros estão todos em boas condições para retornarem a seus
lares;
- como foi o desempenho de cada um e se teve alguma dificuldade;
Observação:
Cabe ao grupo amparar todo colaborador que tiver alguma dificuldade,
pois, a avaliação tem como um dos objetivos, auxiliar os que precisam.
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4ª REUNIÃO
A COMUNICAÇÃO VERBAL NA CASA ESPÍRITA
Este tema tem por objetivo analisar a questão da comunicação verbal
na Casa Espírita e auxiliar os dirigentes, colaboradores, freqüentadores e o público
em geral, a obter aprimoramento constante na sua comunicação e no seu inter-
relacionamento dentro e fora dela.
Para facilitar a abordagem e o entendimento da questão focamos o
tema nas partes abaixo relacionadas:
A diferença entre a Casa Espírita, a Empresa, o Ambiente Doméstico e a Vida
Pública, objetivos e formas de relacionamentos em cada um.
A comunicação e o relacionamento na Casa Espírita envolvendo:
- a forma de falar com o público em geral;
- a forma de falar com o público da assistência espiritual;
- a forma de falar com o público da assistência social;
- a forma de falar com o público das escolas;
- a forma de falar com e entre os colaboradores e tarefeiros de uma
Casa Espírita;
- a forma de falar com os adultos e idosos;
- a forma de falar com os jovens e crianças;
- o relacionamento entre Casas Espíritas.
Considerações Preliminares:
O aprimoramento constante dos expositores propicia condições de
manter a Doutrina sempre atualizada e atuante junto ao público que a procura,
embora ela, a Doutrina, em si, independa da nossa ação.
Para qualquer que seja o público, sempre há um objetivo central a
considerar, específico para cada um, que devemos atingir sob pena de desestimulá-
lo em caso contrário.
O responsável pela transmissão da mensagem ao público deve se
ocupar constantemente com essa questão, não se envaidecendo com os resultados
obtidos, sob pena de perder a sintonia com o Plano Espiritual.
A sintonia com o público é também de suma importância para se obter
resultado positivo.
Os expositores não devem se acomodar só na certeza da atuação dos
Espíritos, sob pena de terem queda de rendimento, e se tornarem repetitivos.
O estudo, tanto da doutrina como das obras didáticas e outras que
complementem o seu conhecimento, auxiliam na formação do expositor.
O esforço no sentido de superar suas limitações, completa a formação
do expositor que, ao falar, deve ter a autoridade de quem conhece e vive o que fala.
Este tema objetiva encontrar soluções e caminhos, propositando a
interação e o bom entendimento entre os freqüentadores das Casas Espíritas pois, o
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relacionamento humano, sem sombra de dúvidas, é um dos maiores problemas em
quaisquer ambiente, devido às diferenças existentes entre pessoas.
Por que a Casa Espírita é diferente de uma empresa?
Há diferenças fundamentais que passamos a analisar:
1. Os objetivos são diversos pois, enquanto na empresa o objetivo maior é o lucro,
vindo em segundo plano às questões humanas, na Casa Espírita o objetivo maior
e o ser humano, não havendo busca de lucro;
2. Na empresa, o candidato é selecionado para preencher determinada função,
enquanto na Casa Espírita, aceita-se quem se apresenta como candidato e, a
partir daí, se busca adaptá-lo às tarefas;
3. Na empresa é dispensado quem não se adapta ao seu perfil desejado, enquanto
que, na Casa Espírita, se busca auxiliar o colaborador a superar suas
deficiências;
4. A empresa que não apresentar os resultados projetados para a sua
sobrevivência desaparece, enquanto muitas Casas Espíritas sobrevivem, mesmo
sendo dirigidas por pessoas sem conhecimentos básicos de administração e
organização (são conduzidas com o apoio das atividades mediúnicas, sob o
manto evangélico/doutrinário);
5. Na empresa existe hierarquia subordinante que inexistente na Casa Espírita onde
ela é solidária, o mesmo ocorrendo com a remuneração por serviços prestados;
6. Na empresa há concorrência entre funcionários, faltando, por vezes, até respeito
e consideração entre eles, enquanto na Casa Espírita, busca-se colaboração,
paz e harmonia entre todos.
Por quê de nossas diferenças?
Resultado da bagagem adquirida no decorrer das encarnações, da
forma como fomos educados e uso do nosso livre arbítrio, criamos e absorvemos
tiques nervosos, marcas, condicionamentos e reações que facilitam ou dificultam
nossas vidas, havendo as que:
-sempre foram humilhadas, oprimidas ou reprimidas, que reagem aos
impulsos, acovardando-se, retraindo-se ou, de forma agressiva e
revoltada;
-nunca reagiram quando foram estimuladas e que, por serem indolentes,
assim permanecem;
-por não terem absorvido noções de limites, não conseguem se harmonizar
com a sociedade;
-buscando afirmar-se a todo custo e não conseguindo na vida profissional,
procuram compensação no campo religioso, chegando com facilidade ao
fanatismo e à intransigência;
-mesmo tendo recebido todo o amparo e orientações, transviam-se;
-por trazerem boa bagagem do passado, superam todas as dificuldades e
viciações do meio em que vivem, servindo de exemplo para os outros.
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5ª REUNIÃO
COMO DINAMIZAR A ABORDAGEM DE TEMAS
O expositor deve sempre analisar, questionar e buscar melhores
formas para obter resultado no trabalho expositivo, não para se projetar, mas, no
sentido de atender às necessidades dos ouvintes, auxiliando-os na busca das
respostas e dos seus anseios.
A dinamização do trabalho expositivo tem por objetivo transformar os
assistidos em estudantes e colaboradores, pois, todos têm potencialidade a ser
desenvolvida.
È comum observarmos baixo rendimento na atividade expositiva,
quando não são conhecidas melhores formas para apresentar os assuntos.
Para auxiliar os expositores a superar essas dificuldades, apresentamos as seguintes sugestões:
1. A boa postura do expositor;
2. A motivação permanente durante uma exposição/reunião (ver tema
“A recepção”);
3. O conhecimento da seqüência das atividades de uma reunião;
4. Conhecimento da próxima reunião;
5. O convite para a próxima reunião;
6. O aviso cabível das ocorrências (ver temário sobre avisos);
7. Trechos da Bíblia (ver temário sobre a importância das obras
básicas e a dinamização das exposições);
A Postura do Expositor
O expositor deve estar atento ao que se passa ao seu redor extraindo
aprendizado de tudo (PENSAR COMO EXPOSITOR), observando os fatos e
questionando como e o que falaria se tivesse que orientar e o que gostaria de ouvir
se fosse o assistido.
Diante dessas questões o expositor deve meditar e avaliar as
necessidades e, se apoiando no estudo, buscar a orientação da Doutrina,
comparando os diversos autores e refugando os que divergem dela ou não
apresentam respostas equilibradas.
O expositor deve encontrar e apresentar soluções com exemplos que
falem de perto aos que ouvem, além de motivá-los na busca da superação dos seus
limites.
O expositor que vivencia ou observa as situações e as associa com
soluções que atendam aos ouvintes, não o que os ouvintes querem, mas o que eles
precisam ouvir, ganha autoridade e é capaz de induzi-los a mudarem de postura
diante da vida.
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A Importância do Dia-a-Dia nas Atividades Expositivas
Há quem não desenvolva atividades expositivas, alegando, entre outros motivos:
Falta de conhecimento;
Receio de não acertar;
Outros medos e temores;
Falta de condição moral;
Que não é chegada a hora;
Que tem outros em melhores condições;
Dificuldades com a garganta e a voz.
Todo colaborador deve se esforçar para se adaptar ao trabalho
expositivo, por ser uma atividade que o auxilia na superação de suas limitações.
A vivência e exemplos pessoais de vida são de suma importância na
formação de um expositor, por serem fatores de enriquecimento do trabalho
expositivo. Todos temos exemplos pessoais de vida, bastando estarmos atentos
para percebê-los.
É preciso aplicar bem o que temos, para sermos merecedores de
oportunidades maiores.
O Início de uma Exposição
Ao iniciar uma exposição devemos entusiasmar o ouvinte e não
desestimulá-lo.
Por que o ouvinte vem a uma palestra ou a uma aula? Não é para
aprender a superar suas dificuldades? Não é para ser consolado?
Por que, então, pedir para que “deixem suas dificuldades lá fora”, com
o chavão “vamos nos desligar de nossos problemas...”.
Olhemos esta situação de outra forma:
“Peçamos para que cada um medite sobre o que o trouxe até a reunião
e sobre as dificuldades não superadas, além do progresso conseguido desde a
última reunião, para então, solicitar a cada um que peça ao plano espiritual para que
nos envolva a todos: frequentadores, colaboradores e expositor, a fim de que
possamos ter a mente aberta e perceber o que nos é necessário e que o expositor
possa ser o fiel intérprete de tudo”.
O que acontece neste momento, se o expositor estiver ombreado com
o público e sintonizado com o Plano Maior? Será despertado nos ouvintes o desejo
de obter resultados, passando a ficarem atentos ao que é falado pelo expositor.
Temos observado resultados baste animador onde é utilizada esta
forma de agir.
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Exemplo:
Um incrédulo e desesperado, ao ouvir esta introdução responderá
mentalmente “eu quero ver”, emitindo, então, pensamentos próprios do seu
desequilíbrio. Nesse mesmo momento o assistido que está ansioso por libertar-se do
seu problema, pedirá ao Plano Espiritual que o liberte. Esses pensamentos serão
captados pelo Plano Espiritual, que, em resposta, inspirará o expositor e os
colaboradores como agir.
Não é pelo fato de sermos colaboradores que estamos livres de
dificuldades.
Quantas vezes chegamos ao trabalho numa Casa Espírita e deixamos
de expor nossas dificuldades, que também não são percebidas pelos com quem
convivemos?
É importante que o colaborador sinta ser bem quisto, que tem alguém que busca amá-lo e que se importa com seu bem estar.
Podemos estimular os colaboradores e alunos já integrados com as atividades da Casa Espírita, pedindo a cada um que medite sobre a oportunidade bendita que estamos tendo de nos equilibrar, amparando nossos irmãos menos esclarecidos, e de, no decorrer das atividades, sermos agraciados com o refazimento necessário para continuarmos nossa caminhada evolutiva.
Quando o expositor consegue sintonia com o público e este emite pensamentos próprios das suas necessidades, ansiedades, desespero e dúvidas, esses apelos são capitados pelo Plano Espiritual, que a partir daí inspira o expositor.
Essa interação só é possível se o expositor estiver comprometido com a mensagem, sintonizado com o Plano Espiritual e, sensível às necessidades dos participantes, saber como atingir esse objetivo.
Para atingir estes objetivos e não se envaidecer o expositor deve se educar e se conscientizar de que é apenas um participante e não o ponto central, embora seja tido assim por muitos que o ouvem.
Para facilitar a manutenção desse estado de equilíbrio, demos rejeitar todas as honrarias, aplausos, enunciação de títulos, elogios e entender que, um expositor só tem a platéia na Casa Espírita, porque foi feito todo um trabalho anônimo pela equipe que mantém e dinamiza a instituição e que, não recebe, via de regra, nenhuma manifestação deste tipo.
O expositor que age desta forma estará em constante evolução, pois
se manterá aberto para novas informações vindas do Mais Alto, enquanto o vaidoso
tende a estacionar e se perder.
Como Dinamizar o Encerramento
Por vezes vemos expositores encerrar uma palestra ou uma aula, de
forma fria e desmotivante, com palavras do tipo: “era o que tínhamos a dizer” ou,
“assim encerramos nossa palestra/aula, esperando que todos tenham entendido...”
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Os alunos, ouvintes ou participantes, que devem sair comprometidos
com a mensagem e dispostos a pô-la em prática, com essas formas de expressão,
na verdade, saem aturdidos e desmotivados.
Como Encerrar?
Observe algumas formas.
Em reunião pública ou de assistência espiritual:
“Desejamos que todos possam retornar a seus lares em paz e harmonia,
envolvendo em equilíbrio os que lá permaneceram”;
“Que a mensagem desta reunião possa nos ajudar a enfrentar as lutas do dia-
a-dia”.
“Que possamos estar juntos na próxima reunião, unindo o resultado das
nossas experiências e anseios, para juntos progredirmos”.
Em reunião de estudos ou aula:
“Ao terminarmos esta aula / reunião de estudos, agradeçamos a oportunidade
do convívio e os esclarecimentos que obtivemos”;
“Que possamos vivenciar os ensinamentos de hoje no nosso dia-a-dia, para
estarmos mais integrados quando de nosso próximo encontro”.
Este encerramento deve ser feito com vibração, para motivar os que
participaram da reunião.
As Fases de uma Reunião
Principalmente nas reuniões de assistência espiritual é importante
relembrar o seu mecanismo, tomando cuidado para não se tornar repetitivo.
Quando percebermos a presença de novos frequentadores, devemos
esclarecer:
Qual o objetivo de cada fase da reunião;
A importância da palestra que, ao responder aos anseios dos frequentadores,
coloca-os em posição favorável para receber a Assistência Espiritual;
O quê são as vibrações e o porquê delas: É o momento vibrar pelos que não
puderam ou não quiseram vir e que desejamos ajudar;
Como se dirigir à Câmara de Passes para receber a assistência espiritual. É
um momento só nosso. Nesse instante, não devemos pensar nos outros, mas
pedir ao plano espiritual ajuda e energia para enfrentarmos as dificuldades e
desafios que fazem parte de nossa vida.
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A Próxima Reunião
Deve ser vista como oportunidade bendita de nos encontrarmos, nos
ajudarmos e nos confraternizarmos mutuamente.
O Convite Para a Próxima Reunião ou Atividade
Deve ser feito com conhecimento de causa, mostrando como será bom
ter a companhia dos que hoje estiverem reunidos. É preciso saber “vender” essa
idéia para que seja bem aceita.
Sobre o Lar
Ouvimos constantemente afirmações como sendo a família ou o lar, a
união de Espíritos que precisam resgatar dívidas do passado e, por vezes, que são
até inimigos.
Isto pode ser falado a um grupo que já tenha entendimento da
reencarnação, que a aceita e que está disposto a superar os seus conflitos, mas não
para um grupo que está recebendo a assistência espiritual pela primeira vez, que
não consegue se situar ainda nesta vida e muito menos, entender e aceitar a “lei de
causa e efeito”.
É muito mais positivo e proveitoso colocar o lar como sendo a
oportunidade bendita que os Espíritos têm para se aproximarem dos que são
diferentes com quem temos dificuldades para conviver, buscando chamar a atenção
para a importância do aprendizado que advém desse convívio, quando a pessoa
pode buscar crescer com a superação dos problemas.
Será que todos os que discordam de nós precisam ser inimigos do
passado? Por quê destas colocações?
Imaginemos que uma pessoa vem a um Centro Espírita em busca de
consolo e orientação, porque não consegue conviver com um familiar e, até alimenta
ódio ou intenção de se afastar desse convívio por não saber como enfrentar as
dificuldades.
Essa pessoa sairá mais confusa do que veio e propensa a buscar a
razão do ódio, que só aumentará e não as formas de perdão, esquecimento e
superação das diferenças, se falarmos em inimigos do pretérito.
Ao contrário, quando a pessoa é estimulada a buscar as formas de
superar as diferenças, dificuldades e ódios, com o objetivo de conseguir a paz;
naturalmente as reações futuras serão bem mais equilibradas falando da bendita
oportunidade de convívio pacífico e construtivo.
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Exemplos:
1. Se você dá atenção e se sente atingido por uma indireta, há sintonia
com quem o agride, o qual pode estar passando por fase difícil que o
leva a momentâneo desequilíbrio.
Se, ao contrário, você tenta não valorizar a ofensa, exercita ignorar não a pessoa, mas, as colocações que ela faz, torna-se mais fácil o convívio.
2. Jesus falou para que perdoássemos não sete vezes mas setenta vezes
sete vezes.
Sobretudo, quem não se ofende não precisa perdoar.
Observemos que, se não dermos importância e não valorizarmos as
ofensas, não passaremos pela situação de ofendidos e, automaticamente, não
precisaremos perdoar.
Se nos ofendemos, ficamos a remoer idéias negativas para só depois
tomarmos alguma atitude, aí é que vai exigir de nós um esforço considerável para
conseguirmos perdoar.
É necessário prestar atenção no que acontece nesse intervalo, quando
estamos ofendidos: falamos certas coisas que complicam e dificultam o retorno ao
relacionamento equilibrado, permanecendo ainda a desconfiança, mesmo que seja
leve.
Quando somos orientados no sentido de nos olharmos como Espíritos
imortais e que, quanto antes nos livrarmos dos ódios e diferenças, mais rapidamente
poderemos chegar à Perfeição Relativa, surgirá a pergunta: como? e este é o
momento de esclarecer a forma de agir:
- se você chega em casa e o ambiente é hostil, experimente parar um
pouco antes de entrar, fazer uma prece e envolver seus familiares em
vibrações de amor e de luz;
- se seu cônjuge costuma chegar em casa trazendo desequilíbrio, pare
suas tarefas um pouco antes dele chegar, faça uma leitura do Evangelho
e o envolva em vibrações de paz e amor;
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- se começar uma atmosfera de atrito:
a) porque alguém que chega e normalmente induz ao
desequilíbrio pelas colocações que faz, porque estimula
discussões desequilibradas ou porque se sente bem vendo os
outros em desequilíbrio, procure superar as vibrações
negativas, envolvendo-as em uma atmosfera mais equilibrada
e harmoniosa;
b) se na chegada ao lar não foi feito como sugerido logo acima;
c) se surgem discussões estéreis sobre assuntos que não podem
ser resolvidos no momento, sendo alimentadas as
inconformações, aumentadas as dificuldades de
relacionamento;
d) se por qualquer outra razão notarmos que se torna difícil
manter a paz, o equilíbrio e a harmonia, podemos sugerir:
Façamos o que Jesus nos recomendou: “Retira-te para o teu aposento
e ora”, o que significa procurar sair da situação de desconforto e buscar equilíbrio.
Se atentarmos veremos que há uma forma simples, que não desperta a atenção, ou
seja, irmos ao banheiro e fazermos lá uma leitura, ainda que de simples mensagem
evangélica (ressaltar a importância de manter na bolsa, a mensagem recebida no
Centro Espírita), fazer uma prece e envolver os outros em atmosfera de paz e
equilíbrio.
Por que no banheiro? Porque, normalmente, ninguém quer saber o que
vamos fazer lá e, ao contrário, se formos ao quarto ou outro aposento da casa, as
pessoas vão questionar a razão de nossa atitude, pois não percebem que sofrem
um momento de atuação e comportamento negativo.
Existem ocasiões em que se dá envolvimento e retorno ao normal, sem
que os envolvidos se apercebam da situação e da postura de quem buscou esse
procedimento.
Quando o expositor, diante dos quadros acima fala:
a)..Nós precisamos fazer a reforma íntima;
b) Nós precisamos perdoar;
c) Nós precisamos amar o próximo;
d) Nós precisamos ser bons;
e) Nós precisamos ajudar os que têm dificuldades;
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Porque ninguém se considera errado, surgem questionamentos e respostas como tais:
para a) O que é isso? Como fazê-la? Eu já sou bom.
para b, c, d) Falar é fácil, quero ver fazer;
Queria ver se você estivesse em meu lugar.
Se você estivesse no meu lugar não falaria com tanta facilidade.
Se você tivesse um cônjuge como o meu, queria ver você falar em amor e perdão.
para e) Você fala assim porque não tem problemas (quem sofre não consegue imaginar como se pode enfrentar problemas até mais sérios, sem se desequilibrar).
para f) Eu já ajudei muito e só recebi ingratidão como recompensa (problema de quem ajuda pensando em recompensa).
Como falar evitando a rejeição e ajudando
as pessoas a reagem favoravelmente
1. Observamos que, quando o ouvinte se encastela em uma das posturas acima,
ele já fechou questão (não sentiu autoridade em quem fala) e tende a rejeitá-la;
2. Estar atento às situações da vida, às dificuldades da sociedade e daqueles com
quem temos contato, buscando respostas para essas questões é a forma mais
fácil de traçar o roteiro de uma palestra;
3. Basear o roteiro de palestras nas obras da Codificação para ter o embasamento
necessário a fim de passar uma mensagem com maior elevação;
4. Revisar com regularidade os conceitos e ensinamentos aqui traçados para poder
praticá-los, gradativamente;
1. Avaliar as atividades desenvolvidas apoiando-se nas diretrizes do tema
“avaliação”.
2. Aprimorar a mensagem a partir de cada avaliação.
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6ª REUNIÃO
A MEDIUNIDADE NA EXPOSIÇÃO
Todo aquele que aceita a Doutrina Espírita não pode deixar de admitir
a existência da influência do plano espiritual nas mais diversas situações da vida dos
encarnados, como consta no Livro dos Espíritos, cap. IX, “Intervenção dos Espíritos
no Mundo Corporal”.
A atividade mediúnica, por ser parte integrante da Doutrina não pode
ser desconsiderada, não havendo uma atividade (fenomenologia) mais importante
que a outra. O que ocorre é em função das necessidades que se apresentam com
esta ou aquela característica, como vemos na citação de Allan Kardec no livro
Viagem Espírita em 1862, onde afirma ter constatado que, após cinco anos de
lançamento de O Livro dos Espíritos, um número maior de pessoas se convertia à
Doutrina pelos ensinamentos do que por presenciarem os fenômenos em sessões
específicas.
Da mesma forma cita que surgiram muito mais médiuns de efeitos
inteligentes, enquanto diminuía acentuadamente o número de médiuns de efeitos
físicos. Assim também surgem médiuns que chocam a sociedade de tempos em
tempos com fenômenos de cura, pintura mediúnica, entre outras formas ostensivas,
sem que os médiuns soubessem que seriam os instrumentos e que, por invigilância,
muitos caem e são motivos de escândalos.
Nos tempos atuais temos visto muitos livros sendo psicografados por
autores idôneos e outros nem tanto, o que exige todo cuidado antes de fazer sua
indicação. Por outro lado, em outras regiões ainda se faz presente fenômenos físicos
porque necessários ante a incredulidade ali reinante.
Um meio de grande importância de divulgação da Doutrina é a forma
expositiva com palestras para o público em geral, para assistência, tanto material
como espiritual; em cursos diversos; em palestras científicas e outras tantas formas
de divulgação e ensino.
No trabalho expositivo vemos aqueles que falam de forma
mediunizada, sem grande participação pessoal, se justificando como sendo assim a
sua tarefa. Muitos não se preparam adequadamente, confiando a atividade toda ao
plano espiritual. Essa postura não deve ser considerada a mais correta, porque,
como vemos no Livro dos Espíritos no capítulo IX, podemos ser influenciados por
espíritos bons ou maus, dependendo de nossa condição de maior ou menor
equilíbrio e sintonia.
Esta questão deve ser vista também pela mensagem da parábola do
“Bom Samaritano”, onde temos a invigilância e a falta de condições dos que tinham
se preparado para guiar seus semelhantes e que são citados como os que deveriam
amparar e levantar aquele que havia caído nas mãos dos salteadores e que, no
entanto, sem dar-lhe atenção, seguiram pelo caminho da insensibilidade.
Todo expositor que alimenta vaidade quanto a sua tarefa está sujeito a
quedas pela sua invigilância, ocorrendo não atender as necessidades dos ouvintes
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devido à falta de sintonia com o Plano Espiritual, fato próprio do seu estado de
desequilíbrio e que ele não percebe.
Os que alimentam o personalismo e querem se projetar, tirando partido
das atividades, podem ser situados nesta mesma condição, pois, Jesus cita que
dava Graças ao Pai por não ter lhes revelado sua mensagem, mas sim, aos
humildes.
Também não podemos nos considerar os donos da verdade, mas
devemos admitir como válidas as mensagens dos pregadores em seus diversos
níveis, desde que, sintonizados com o Plano Maior. Exemplo de incompreensão
vemos na postura dos discípulos que pediram a Jesus, que proibisse aos que não
conviveram com Ele, efetuarem curas e outras atividades em seu nome (isso não
significa adaptarmos a Doutrina à mensagem deles).
No Livro dos Médiuns, Allan Kardec nos chama à atenção em vários
capítulos, como:
XVII – Formação dos Médiuns
XVIII – Inconvenientes e Perigos da Mediunidade
XIX – Papel dos Médiuns nas Comunicações
XX – Influência Moral do Médium
No capítulo XV, “Médiuns Inspirados” é falado bem de perto aos
expositores, mostrando a necessidade de preparação adequada para ser um fiel
instrumento do Alto e que, quanto melhor for a sintonia, melhor será o resultado.
Conforme é salientado, devemos pedir o amparo desses Espíritos nos
momentos mais difíceis e nos em que vamos desenvolver tarefas em benefício de
nossos semelhantes. O expositor deve se manter vigilante e estar consciente que é
apenas um colaborador no conjunto formado pela Casa Espírita, onde outros
preparam o terreno para que ele, expositor, possa lançar a semente que não é a
sua, mas, do “Semeador”, que saiu a semear a sua semente, Jesus.
O expositor também não pode esperar a colheita, pois sua obrigação é
a de semear e deixar que o Senhor ajunte onde não espalhou e colha onde não
semeou, como vemos na parábola dos talentos.
O expositor que espera colher se assemelha ao que faz o bem com
ostentação e recebe sua recompensa na Terra, na forma de lisonjas ou bens
materiais, como citado também por Allan Kardec no Evangelho Segundo o
Espiritismo, capítulo XIII, “Que a vossa mão esquerda não saiba o que dá a vossa
mão direita”.
Por estas citações vemos a responsabilidade do expositor, por mais
simples que seja sua tarefa, e o esforço que deve fazer para desenvolvê-la com
humildade e se fazer fiel instrumento do plano espiritual mais elevado.
O expositor também deve observar o que nos é apresentado no
Evangelho Segundo o Espiritismo no item “Falsos Cristos e Falsos Profetas”,
capítulo XXI.
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Como proceder?
Preparar-se pelo estudo constante, pela disposição de auxiliar e querer
o bem do próximo, analisando as situações da vida, buscando respostas segundo as
orientações da Doutrina, procurando viver a mensagem de Jesus sem fanatismo,
mas com a vontade firme de acertar.
Para ter perfeita sintonia o expositor deve proceder como citado no
tema (A sintonia entre o Expositor e o Público), 15ª aula do módulo 1.
O expositor para ter perfeita sintonia com o plano espiritual e o com
público, deve, além do preparo próprio, procurar entender as necessidades e limites
do público, pedindo aos participantes que busquem o auxilio do Plano Espiritual
após mentalizar ligeiramente as razões que os trouxeram até ali.
O Plano Espiritual, na sua condição de Espíritos amigos, que
inspiraram os assistidos a buscarem auxilio, captará os seus pensamentos e, junto
com os mentores que assistem ao expositor e à Casa Espírita, formará um elo de
ligação entre as três partes: público –(assistidos, público em geral, colaboradores ou
alunos)-, expositor e plano espiritual, propiciando fluir, a partir daí, as palavras
certas, com exemplificação e orientações aos mais diversos níveis culturais e da
necessidade de atendê-los de conformidade com suas aspirações e merecimentos.
Quando o expositor desempenha bem sua tarefa, com preparo
adequado, senso de responsabilidade, perfeita sintonia com as outras duas partes e
sentimento de amor ao próximo, consegue induzir seus ouvintes a por em pratica os
ensinamentos recebidos e assim, a assumirem a responsabilidade pela sua
recuperação. Quando isto acontece, o que era responsabilidade do expositor
(transmitir a mensagem) passa para o público que obriga-se a vivenciar a
mensagem recebida.
Observamos finalizando que, mesmo buscando trabalhar dessa forma,
o expositor percebe que está recebendo aqui, a retribuição pelo seu trabalho ao ver
seus irmãos superarem seus limites e passarem a levar avante a mensagem
recebida, de paz, entendimento, harmonia e equilíbrio aos semelhantes que
seguem na sua retaguarda.
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7ª REUNIÃO
COMO CONTAR HISTÓRIAS E ESTÓRIAS
As analogias e as histórias no trabalho espírita
ESTÓRIA, narrativa de lendas, contos tradicionais de ficção,
independente do seu contexto e de suas intenções.
HISTÓRIA, narração ordenada, escrita, de acontecimentos passados,
exposição de fatos biográficos, científicos, religiosos, etc. Isto posto temos que:
No desenvolvimento de uma aula ou palestra sempre surgem
oportunidades de melhor esclarecer uma situação, o que pode ser feito por meio de
uma dinâmica de grupo, uma atividade extra, de analogias ou de histórias e relatos.
Existem livros específicos que podem nos auxiliar nessas atividades,
além daquelas dinâmicas que podem ser aprendidas em cursos de treinamento
profissional, onde normalmente se obtém bons resultados, mas que não serão
abordados no momento.
O expositor que busca obter conhecimento dessas técnicas,
naturalmente passa a ter maior visão e domínio da situação e ser melhor entendido
pelos participantes do curso ou atividade pertinente.
Contar história não é fazer mero relato, frio e sem emoções, sendo
necessária à interação do ouvinte, uma vez que o assunto relatado deve,
necessariamente, ser do seu interesse.
A analogia também precisa estar perfeitamente inserida no contexto,
porque, assim, aproximará o ouvinte do expositor, pela sintonia mais lógica.
A participação do ouvinte está intimamente ligada à emoção que este
sente ao ouvir a história e ao que a analogia puder auxiliá-lo na compreensão dos
fatos da vida.
Cada faixa etária é mais sensível a uma determinada forma de
apresentação do que outra, devendo o expositor estar atento a esse fato,
observando-se que:
O IDOSO
O idoso é mais sensível às histórias em casos que lhe tragam
lembranças de um passado às vezes distante, havendo necessidade de trazê-las
para o dia de hoje, para que aproveite o encontro atual e se sinta encorajado e
esclarecido com relação ao futuro.
O expositor deve se esclarecer quanto às atividades dos grupos de
terceira idade, seus benefícios, importância dos horizontes que apresentam, para
poder sensibilizar-se e fazer com que o idoso se sinta motivado a participar.
O depoimento de outro idoso, esclarecendo sobre as atividades que
são desenvolvidas pode falar mais alto do que o expositor por si só, porque funciona
também como um convite.
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Exemplos de atividades que o expositor precisa conhecer:
Clubes de terceira idade.
Grupos voltados ao preparo de enxovais para recém nascidos.
Atividades junto ao trabalho de assistência social.
Atividades de outros grupos fora de seu limite de ação normal.
Grupos de visita a asilos e hospitais.
Atividades profissionais desenvolvidas comumente por idosos.
A convivência como essas atividades lhes dará bagagem para abordar
as situações que se lhes apresentarão.
Para entender os participantes dessa faixa etária e conseguir bom
relacionamento com eles, de modo a poder trabalhar com histórias e analogias, levá-
los a perceber outros horizontes e predispô-los a aceitarem uma realidade nova, é
preciso ter paciência, ouvir e entender o que eles têm a dizer, suas reclamações e
angustias, fruto, muitas vezes, do isolamento.
Foi ressaltada a importância das atividades em grupo, porque elas
funcionam melhor do que apenas ponderações e conselhos, que podem ser
simplesmente ignorados se o idoso estiver cristalizado em sua posição costumeira.
Nesses casos as analogias e histórias servem como condutoras para novo
entendimento e uma nova posição diante da vida.
O expositor deve ter sempre postura de carinho e palavras de alento,
evitando contar histórias e fazer analogias que relembrem situações de dor e
sofrimento mas, ressaltando as benfeitorias que elas trouxeram para a sociedade e
até mesmo para a humanidade.
O isolamento é natural, porque já não conseguem competir como
antes, havendo diminuição das oportunidades somada à incompreensão e
intolerância das partes envolvidas (idosos e mais jovens).
A repetição de histórias que lhe tragam boas lembranças é sempre
bem vinda, com o devido cuidado para não torná-las enfadonhas. Encenações e
dramatizações também surtem bom efeito.
Ao descrever sobre as passagens evangélicas e contar as parábolas
de Jesus, Ele deve ser apresentado como o amigo que está sempre disposto a dar
novas oportunidades. Os idosos devem ser estimulados para que vivam com
entusiasmo os ensinamentos mais preciosos, que são os ensinamentos que atuam
sobre a vida atual, o momento presente, para que adquiram segurança e confiança
no futuro.
O adulto
O adulto se sensibiliza mais diante de outras situações, como:
As lutas diárias pela sobrevivência.
Os cuidados com os filhos.
As ocupações com os mais idosos.
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A manutenção do emprego.
Seu futuro profissional e de seus dependentes.
Relacionamento, tanto com os mais idosos quanto com os mais jovens.
Recuperação de seus horizontes, diante das frustrações profissionais,
familiares e de natureza intima.
Como lidar com o sucesso sem sentimento de culpa, usando com equilíbrio
o que conquistou, para não resultar em motivo de sofrimento.
Importância da atividade espiritual no relacionamento social e familiar.
As histórias e analogias para adultos, precisam ser colocadas de forma
lógica, com exemplos atuais.
O expositor precisa se manter atualizado quanto às modificações
correntes na sociedade para que tenha argumentação lógica e consiga sensibilizar
com as respostas esclarecedoras e elucidativas que tem a Codificação.
Observação:
Os expositores perceberão o que falar, mediante estudo constante e
pela boa sintonia com o Plano Espiritual, que os auxiliará a perceber as respostas,
na vivência e no esforço para superar suas lutas do dia-a-dia.
O expositor não deve repetir simplesmente histórias, casos e analogias
que outros já expuseram, como costuma ocorrer, pois se torna contrário à meta
desejada de alegria e esperança, ou seja, se torna monótona, enfadonha e irritante.
A leitura de livros com crônicas e histórias auxiliam o expositor. A
Revista Espírita é rica em exemplos, pois relata situações que ocorreram na época e
mantém-se atuais.
Exemplo:
Fenômenos de efeitos físicos que ocorrem atualmente e são
explorados pela televisão, sem o objetivo de apresentar soluções, convidando
pessoas das mais diferentes crenças, menos os espíritas, por saberem que estes
podem dar soluções e acabar com a brincadeira.
O expositor precisa apresentar exemplos do cotidiano atual e não
apenas os que ocorrem no plano espiritual, que muitos ouvintes ignoram e outros
duvidam.
O ouvinte precisa se esclarecer, enfrentar e superar suas dificuldades
atuais, para que não fique fascinado pela vida futura sem resolver os problemas do
presente.
Jesus deve ser apresentado como exemplo de coragem diante da vida
e daqueles que o cercavam, vencendo obstáculos intransponíveis para o homem
comum, que não confia em si próprio. Esse fato de confiança deve ser transmitido
quando estiver discorrendo sobre o seu trabalho e suas lutas. Um exemplo é o relato
de João, capítulos 13 a 17, que apresentam Jesus forte, e não derrotado como é
apresentado pelo “mundo”.
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O jovem
O jovem está sempre descobrindo a vida e tentando reformar o mundo,
resultado do idealismo próprio dessa fase da vida.
As histórias e analogias para esse grupo precisam conter muita
objetividade, bastante descontração e a conveniente participação deles, com uso de
meios modernos de comunicação como sonorização, projetor de filmes, data show
etc, que possam enriquecer as histórias e analogias contadas a fim de mantê-los
sintonizados e atentos.
A teatralização, a expressão corporal e a participação deles, os
próprios jovens, no desenvolvimento das histórias ajudam nessa integração e na sua
vivência.
O aprendizado dessa arte pode ser obtido pela observação e exercício
da forma com que as outras pessoas contam suas histórias, das reações ao que
ouvem e da interação com cada caso explanado.
O contato mais direto com o contador de histórias, principalmente de
suas atividades, da sua forma de observação, do seu modo de encarar e de ver as
situações da vida e de onde tira suas histórias é útil e acelera o aprendizado.
A participação em cursos e grupos teatrais ajuda no que se refere à
postura corporal, gesticulação, na parte emocional e na técnica de apresentação dos
assuntos, casos e histórias.
A sintonia com o público jovem pode ser obtida, também:
- Pela confiança dos expositores.
- Por quem fale de acordo com as necessidades desse grupo.
- Pela apresentação de assunto do seu interesse.
- Pela forma de como tornar o assunto interessante.
- Pela exposição de modo que atenda à expectativa deles.
- Pelo carisma e simpatia do expositor (ser simpático ao público).
- Pela notoriedade de conhecimento e eloqüência do expositor que
convence, valer a pena participar.
- Pela forma correta de comunicar avisos (que desperte o interesse desse
público).
Estrutura da História
Enquanto a analogia se resume à citação de situações comparativas
para facilitar o entendimento da explanação e são introduzidas em qualquer parte de
uma exposição, as histórias têm introdução, desenvolvimento, conceitos e conclusão
completos em si mesmas.
Pode ser iniciada com a descrição de um cenário, a apresentação
descritiva de um personagem do imaginário ou da vida real ou mesmo da narrativa
de uma parábola.
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O desenvolvimento é o desenrolar da história em si, com rememoração
dos fatos e diálogos, que deve se encaminhar para a conclusão com uma
mensagem de valor apelativo.
O conceito é a explicação que o expositor deve dar, para que o
ensinamento contido na história fique gravado e compreendido.
A gesticulação e a entonação da voz devem corresponder às fases da
história contada, vivificando a intensidade de cada momento ou ação.
O jovem
Para o jovem, Jesus deve ser apresentado como aquele mestre e
idealista digno de ser seguido, porque é o maior exemplo humano para toda a
humanidade.
A criança
A criança vive num mundo onde a fantasia é primordial, onde a
expressão corporal, a gesticulação, o olhar, a teatralização e as expressões físicas
devem fazer parte do relato, além da modulação da voz, e deve ser o retrato da
situação, com a emoção que o momento exige.
Nas histórias contadas a respeito de Jesus para as crianças devemos mostrar o valor do grande amor que Ele tem por todos nós e por todas elas em especial.
Como contar estórias para as crianças
São duas as grandes características da estória:
Continuidade de acontecimentos que levam a um fim imediato.
Visa mais ao sentimento do que ao intelecto.
Essas características é que diferem a estória da exposição e da
descrição.
Como a ação dos personagens fala mais à imaginação e ao sentimento
do que ao intelecto, é fácil de se perceber a importância da estória na formação do
caráter.
Quem ouve ou lê uma estória, participa imaginariamente de uma experiência em primeira visão; não se imagina um imitador do personagem, mas se coloca no lugar de herói; sofre seus sofrimentos, goza suas alegrias, como se fosse o próprio personagem.
Daí a importância de apresentarmos às crianças modelos (heróis)
atingíveis, bem como estórias que despertem o seu desejo de praticar o bem.
“A estória grava-se em nossa mente e seus ensinamentos passam ao
patrimônio moral de nossa vida”, pois ao nos depararmos com situações
semelhantes, somos levados a agir de acordo com a experiência que
inconscientemente já vivemos na estória.
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Por isso, em nossos dias, pais e professores responsáveis empregam
cada vez mais a estória como meio eficaz de corrigir faltas, ensinar bons costumes e
inspirar atitudes nobres, como o processo mais fácil, mais racional e eficaz de formar
caracteres.
Para as crianças pequenas utilizamos as estórias “imaginárias” que dão liberdade à imaginação (parábolas, fábulas, lendas, contos, etc).
O interesse será o fator que permitirá à criança participar da estória, tornando obrigatória a avaliação do seu nível no grupo com o qual vamos trabalhar.
Esse interesse varia segundo a idade, sexo, nível moral, intelectual e sócio-econômico.
Para crianças até 05 anos as estórias devem ser compostas com elementos que elas conhecem e que façam parte do seu mundo (animais, temas da natureza).
As crianças de 06 a 08 anos já descobriram que não são o “centro do mundo”. É a época da “fantasia”, do “faz-de-conta”.
Aos 09 anos a criança está mais adaptada à realidade. O pensamento que estava no “mundo do faz de conta” volta-se para a lógica, mais cheio de energia e atividade, desenvolvendo o gosto pela aventura. As estórias reais satisfazem mais e melhor nesta fase.
Dos 11 e 12 anos a criança percebe-se parte de uma sociedade,
procura ganhar a estima das pessoas que admira e pelas quais se influenciam
facilmente. É a fase dos interesses éticos, morais e sociais.
Atualmente, o computador e a Internet assumem um papel muito
importante na vida das crianças e dos jovens, e quanto mais alto o nível sócio-
econômico da família, mais a estória vai perdendo terreno na formação das crianças.
Quando contamos uma estória, após seu desfecho, não devemos nunca apontar a moral nela contida, pois é melhor para a criança compreender por esforço próprio, só parte da lição que queremos lhe passar, do que receber maior informação pelas palavras, conceitos e compreensão formados pelos adultos.
Jesus, o maior narrador de estórias que o mundo conheceu, nunca esclareceu suas parábolas, não evidenciava a moral das suas estórias e quando seus ouvintes e discípulos perguntavam algo sobre elas, Ele só explicava o significado depois de haverem pensado e discutido o tema entre eles e às vezes, até apresentado suas próprias interpretações.
Dizer não é ensinar; fazer a criança conhecedora de fatos não é educá-la. Se a estória é apropriada, não é preciso apontar a moral, pois ela a perceberá da melhor maneira.
Portanto, se a criança não for capaz de achar por si mesma o
ensinamento moral implícito na estória, é que essa estória não está adequada ao
seu desenvolvimento mental ou então não foi bem apresentada pelo narrador.
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LITERATURA INFANTIL
Como contar estórias
Muitos julgam facílimo contar uma estória. Puro engano. São poucos
os bons contadores de estórias. Vejamos estas sugestões:
1. Nunca conte uma estória que não atenda ao interesse e o nível da classe.
2. É importante que as crianças estejam bem próximas do evangelizador, se
possível, dispostas em semicírculo, para que se sintam mentalmente próximas
dele.
3. Nunca interromper a narração para fazer comentários, mesmo que ligados à
estória e até mesmo para chamar a atenção de uma criança.
4. Conhecer bem a estória a ser narrada. O evangelizador que tomar conhecimento
da estória pouco antes da aula não estará apto a narrá-la.
5. Planejar a apresentação da estória antes de contá-la, treinando a seqüência dos
fatos, ligando-os à apresentação das gravuras ou dos cartazes a serem utilizados
durante a narrativa.
6. Verificar se a estória contém passagens que necessitem de explicação prévia.
Caso exista, simplificar ao máximo a explicação necessária.
7. Verificar se a estória não é do conhecimento da criança. Conhecimento anterior
diminuirá muito o seu interesse.
8. Não por ênfase em pormenores sem importância. Além de cansar, tira o valor
das partes principais.
9. Contar com naturalidade, usando linguagem simples e correta. A linguagem deve
estar à altura do entendimento das crianças.
10. Modular a voz, encarando os ouvintes, sem fixar-se em nenhum deles.
11. Nunca interromper a narrativa e contar a estória com velocidade modulada.
12. As crianças devem estar bem acomodadas. O amontoamento delas tende a
quebrar o seu interesse.
13. Fale sempre em tom agradável, sem desafinos, nem depressa, nem devagar.
14. Evite comentários desinteressantes, impertinentes ou inúteis, pois cansam a
criança.
15. Evite balbuciência (hesitação e timidez).
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16. Evite tartareio: trocar “tá” por está; “né” por não é; “ocê” por você.
17. Evite cacoetes como dizer sempre ao fim da frase: “Não é?”, “Certo?”,
“Entende?”, “Compreende?”, “Aliás”, etc.
Etapas de como contar estórias
1. Incentivo inicial: nunca entrar diretamente no início da estória. Através de
conversações, gravuras, vários tipos de material didático, perguntas e
outros recursos, aguçar a curiosidade e o interesse da criança com relação
a ouvir e conhecer a estória.
2. Expressões e passagens desconhecidas das crianças devem ser
apresentadas e explicadas previamente, para que não ocorra estranheza
durante a narração.
3. Apresentação da estória: ao ouvir, se possível, as crianças devem se
colocar em semicírculo junto ao narrador.
4. Comentários da estória: marcar bem a passagem principal, fixando depois o
objetivo da estória relativo ao tema.
5. Atividade de desenvolvimento: reprodução da estória, perguntas gerais e
individuais e avaliação do que foi aprendido. Neste ponto da narrativa ainda
se pode apresentar a respeito do tema: dramatização, desenho, coro falado
(jogral), canções e composições de outras histórias pertinentes ao tema.
Características do bom contador de estórias
Conhecer o enredo com segurança, evitando desvio de atenção e
desconcentração por parte das crianças.
Confiar em si mesmo, preparando-se convenientemente.
Não ser afetado, narrar com toda a naturalidade.
Não ter gestos bruscos, movimentando-se tranqüilamente.
Evitar tiques, estribilhos e cacoetes, a fim de não desviar tenção das
crianças.
Atender a todos com igualdade.
Manter tom de voz agradável e não cansativa.
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Sentir a própria narração, permanecendo atento aos fatos.
(Fonte: Evangelização Infantil Volume 1 - Mariluz).
Valadão Vieira – Ed. Aliança. 1988)
Elementos essenciais da estória
1. Introdução
Tem por finalidade despertar o interesse do ouvinte, razão pela qual
não deve ser longa. Deve localizar a estória no tempo e no espaço,
apresentando os principais personagens com suas características
essenciais. Não há fórmulas fixas para a introdução, cabendo ao
narrador, através da prática e experiência, determinar qual a maneira
mais adequada de iniciá-la.
2. Enredo, ação ou sucessão de acontecimentos.
É o desenrolar dos fatos que compõem a estória, é a ação do
personagem. Os acontecimentos devem seguir uma seqüência
regular e cada um deve ter uma significação intensa num crescente,
até atingir o clímax da estória. Conservar o interesse do auditório é
de grande importância e isso se consegue deixando velado o
desfecho até o final da estória.
3. Clímax ou ponto culminante
É onde o enredo chega ao seu máximo de intensidade. É importante,
pois, convergir para ele o interesse da criança. Por isso, quanto mais
imprevisto for o clímax maior será o valor da estória. Deve conter
sempre o elemento surpresa.
4. Conclusão ou desfecho
Após o clímax a estória deve chegar rapidamente à conclusão.
Características de uma boa estória
Entre as características gerais de uma boa estória, apontamos:
1. Assunto interessante – artisticamente tratado e de acordo com os interesses
das crianças às quais se destina.
2. Linguagem simples – correta e elegante mas, adequada ao leitor ou ouvinte
a que é endereçada.
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3. Ter moral implícita – isto é, conter moral sem a preocupação de ensinar
moral.
4. Introdução curta – de modo a despertar o interesse da criança.
5. Ser movimentada – sem possuir, contudo excessivo número de
acontecimentos.
6. Apresentar surpresas – imprevistas.
7. Ter unidade – isto é, enredo tão lógico e de tal maneira encadeado que só
possa conduzir a um determinado clímax.
8. Possuir clímax – ou ponto culminante bem acentuado.
9. Apresentar conclusão – satisfatória.
10. Não ser longa – nem curta de mais.
11. Ter formas concretas, concisas – idéias vagas, explicações filosóficas,
abstratas, não tem cabimento na estória para crianças.
Adaptação de estórias
Nem sempre a estória que escolhemos possui as características de
uma boa estória, ou, se a possui, raramente se ajusta aos nossos fins. Daí a
necessidade de procedermos previamente a uma análise cuidadosa da estória, a fim
de verificarmos quais as adaptações a serem feitas. Esse trabalho de análise deverá
realizar-se:
1. Quanto ao assunto:
eliminar o que não concorra para aumentar o seu valor e acrescentar os
detalhes que sirvam para reforçar o aspecto moral sem, contudo, perder de
vista a função recreativa da estória.
Neste sentido convêm termos sempre em vista:
a) Os objetivos visados por nós.
b) O desenvolvimento mental das crianças a que a estória se destina.
2. Quanto à parte técnica:
para as necessárias alterações, devemos aqui considerar os elementos
essenciais e o tamanho da estória.
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Com relação aos elementos essenciais, teremos o cuidado de:
a) Determinar o clímax.
b) Verificar se a introdução visa despertar o interesse e se apresenta os
personagens com as características indispensáveis.
c) Verificar se os acontecimentos se sucedem com seqüência lógica, de
modo a fortalecer a ação do clímax e torná-la mais impressionante.
d) Analisar se o desfecho é satisfatório ou não e se sintetiza bem o
pensamento.
Com relação ao tamanho, temos de observar:
a) Se a estória é longa de mais, apresentando grande número de fatos,
tornando-se por isso enfadonha;
b) Se a estória é curta demais, não ganhando significado e atenção.
O primeiro caso, estória longa demais, soluciona-se com a
eliminação de alguns fatos e a análise prévia terá então por finalidade:
a) Resumir as explicações preliminares à simples frases de introdução;
b) Suprimir digressões;
c) Diminuir o número de personagens, condensando as ações em torno
do personagem principal.
Na estória curta demais o trabalho será feito no sentido de ampliá-la,
aumentando o número de fatos, obedecendo sempre a uma seqüência lógica, até
chegar ao seu clímax.
Após o trabalho de análise deverá ser feito o resumo da estória,
guardando-se, tanto quanto possível, a forma original.
Apresentação da estória
Lidas ou contadas são formas pelas quais podemos apresentar a
estória.
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1- Estórias lidas:
São de grande valor educativo sob o ponto de vista de enriquecimento
da linguagem do educando, pois a estória vai permitir que ele se coloque em contato
com as formas literárias originais.
Há certas descrições de ambientes e de colorido local, expressões
cheias de encanto e originalidade, que na estória contada não podem ser
reproduzidas com tanto encanto, mesmo que o narrador seja uma “artista”.
Portanto, sempre que o valor da estória estiver mais na beleza da
forma do que no enredo, ela poderá ser apresentada através da leitura,
principalmente para alunos maiores (em nosso caso, do intermediário em diante),
levando-se em conta o grau de adiantamento dos mesmos, isto é, que todos estão
em condições de entender a narrativa lida.
Aquele que se dispõe a utilizar essa forma de apresentação, além de
dominar perfeitamente o mecanismo da leitura, deve ainda ter, entre outros, os
seguintes cuidados:
a) Evitar a monotonia:
Isto é, efetuar leitura agradável, cadenciada, com observância das
pausas e inflexões adequadas; ler com interesse e entusiasmo; com
eloqüência, dar vida à leitura.
b) Olhar de quando em quando para os ouvintes
Ora para uns, ora para outros, exibir seu olhar para assim ligar-se a
cada um.
2- Estórias contadas:
A estória contada é a forma de apresentação preferida. É a mais
acessível a qualquer auditório e a que proporciona maior aproximação entre
narrador e ouvinte, estabelecendo entre ambos uma atmosfera de simpatia e
confiança.
As estórias contadas são as mais interessantes e prendem mais a
atenção do que as estórias lidas, por boa e expressiva que seja a leitura.
Aquele que conta uma estória, é livre e pode apelar para uma série de
recursos vocais, mímicos e teatrais.
Nas estórias contadas os personagens tornam-se mais reais, os
episódios mais dinâmicos, transmitindo mais vida às narrativas. Por isso mesmo são
as preferidas, prendendo a atenção do público com maior facilidade.
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Por isso recomendamos para o nosso trabalho de evangelização, o
emprego da estória contada que, além das vantagens que oferece, proporciona ao
narrador observação mais segura das reações dos ouvintes, fator importante para o
bom desempenho da tarefa.
O narrador de estória
1. Preparo do narrador para a apresentação da estória:
O bom êxito das apresentações depende do preparo prévio do
narrador que deverá, então, ter os seguintes cuidados:
a) Escolher a estória de acordo com o objetivo que tiver na mente.
b) Verificar se a estória ainda não foi contada para o mesmo auditório.
.
c) Verificar se a estória que pretende contar é adequada aos ouvintes.
d) Proceder à análise cuidadosa da estória, fazendo as adaptações
necessárias.
e) Aprender bem a estória, isto é, ter noção exata do seu conjunto,
assenhorear-se dos acontecimentos em ordem cronológica sem, contudo,
haver necessidade de decorá-los em todos os seus detalhes.
f) Verificar se a estória vai exigir algum material ilustrativo (estampas,
quadros, etc).
g) Verificar se a estória exige explicação prévia para ser contada, (pode
acontecer que no enredo haja elemento importante desconhecido pela
classe – animais, plantas, lugares, etc. Nesse caso a explicação deverá ser
efetuada antes e não durante a narrativa.
h) Experimentar a estória contando-a para alguém, de preferência, sendo
possível, a uma criança, pois assim poderá verificar as falhas existentes e
corrigi-las a tempo.
2. Antes de começar a estória deverá o contador:
a) Verificar se o auditório é homogêneo. A estória capaz de interessar um
menino de 9 ou 10 anos, por exemplo, não oferece elementos para
agradar a uma criança de 5 anos. Esse cuidado é, pois, de grande
importância para o êxito da estória.
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b) Verificar se todos os ouvintes estão bem acomodados nos seus lugares.
Todos devem estar posicionados de modos a ver e ouvir bem o narrador
da estória.
c) Verificar se o auditório está interessado em ouvir a estória. Em caso
negativo, procurar despertar o seu interesse através de gravuras,
cartazes, frases prévias ou outro qualquer recurso, apresentados sempre
do modo a atrair a atenção da classe para a estória a ser contada.
d) Proceder à verificação da estória. A medida, entre outros, terá os
seguintes objetivos:
1- Verificar se a estória foi bem compreendida;
2- Se o enredo agradou;
3- Se a mensagem da estória foi bem aprendida.
2. Características de um bom contador de estória
1. Sentir a estória vivendo-a no desenrolar de seus acontecimentos,
dando assim, à narrativa, um cunho de realidade.
2. Conhecer o enredo com absoluta segurança. O narrador que hesita,
interpondo reticências inúteis entre os períodos, pode sacrificar por
completo o êxito da narrativa. As hesitações decorrem de certas dúvidas,
de pequenas falhas e as dúvidas não ocorrem para aquele que conhece o
enredo com boa segurança.
3. Ter confiança em si mesmo, isto é, contar a estória sem receios. Falar
com convicção. Narrar com naturalidade, sem afetação: Na narrativa de
uma estória, principalmente diante de um auditório infantil, não se pode
empregar linguagem rebuscada, afetada. A emoção não pode ser
simulada com voz altissonante e gestos “tribunicos”, nem na imaginação
com frases feitas e floreios literários. Se a exposição não se adaptar à
linguagem e ao mundo espiritual dos alunos, os esforços do
“mestre”.serão inúteis e vãos
4. Falar com voz agradável, clara e expressiva.
5. Ser comedidos nos gestos: Os gestos devem ser sóbrios, simples e
expressivos. Do exagero poderá resultar o ridículo. Os gestos devem ser
variados, mas sóbrios Devem ser como que um prolongamento da
palavra.
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6. Evitar os tiques, cacoetes, estribilhos: (Fechar os olhos, fazer trejeitos,
fungar, etc.). Há também certos cacoetes ou estribilhos (na dicção) que
enfeiam a narrativa: “não é?” “ouviu?”... etc.
7. Tirar partido de qualquer anormalidade que ocorrer durante a
narrativa: Não se perturbar. “O narrador que for dotado de presença de
espírito, poderá aproveitar e até mesmo intercalar no enredo da estória,
qualquer anormalidade perturbadora, mesmo desagradável, que ocorra
durante a narrativa”.
8. Dispensar a todos os ouvintes o mesmo índice de atenção: O narrador
deve dispensar a todos os ouvintes igual atenção e o mesmo interesse.
Sempre que for possível cruzar seu olhar com o olhar de cada participante
do público.
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8ª REUNIÃO
CURSO DE PASSES
Preparação de ambiente para assistidos e colaboradores
Preces e vibrações
Para os assistidos a Casa Espírita representa o local próprio para
receber a ajuda de que necessitam. Podemos considerá-la um Pronto Socorro e
como todo ambiente hospitalar, traz a atmosfera carregada de microorganismos
nocivos, necessitando de higienização, purificação e renovação.
Em qualquer pronto socorro, tanto a enfermaria como o enfermo
precisam ser preparados, a primeira para recepcionar o paciente e o segundo para
receber o tratamento requerido. O mesmo ocorre na Casa Espírita, onde o ambiente
também precisa estar em condições de recepcionar o assistido, para operar o
socorro espiritual e o assistido deve ser preparado para absorver essa assistência,
de socorro às suas múltiplas necessidades, quer sejam de ordem física, de ordem
psíquica ou espiritual.
Por que a preparação de ambiente?
a) Para nos compelir à leitura, explanação e conseqüente meditação;
b) Para elevar e equilibrar o teor das vibrações, tornando-as uma força
homogênea, numa só intenção. Tudo para proporcionar uma melhor Prece
Inicial que é executada após a Preparação do Ambiente.
Esta preparação de ambiente poderá ser feita de duas maneiras:
1) Associada ao tema a ser desenvolvido pelo expositor,
2) Aplicada às necessidades de aprimoramento moral e evangélico do grupo.
A fim de atingir estes objetivos, o dirigente fará a escala dos
participantes para a Preparação de Ambiente, Prece Inicial, Vibrações, etc, de
acordo com a relação dos companheiros inscritos para aquela reunião. Devem ser
usados livros de comprovado conteúdo evangélico-doutrinário, como O Evangelho
Segundo o Espiritismo, Vinha de Luz, Sinal Verde, Pão Nosso, Ideal Espírita, etc.
Preparação para colaboradores
O tarefeiro nada mais é que alguém um pouco melhorado e esclarecido
sobre a Doutrina, não sendo senão uma pessoa que tem problemas como todo
mundo, que enfrenta lutas e dificuldades na vida.
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- Início da preparação pessoal.
- A preparação de todo trabalhador deve ser diária, pois não se sabe
quando deverá ser útil ao próximo.
- Deve trabalhar sempre para sua melhoria, pela paz e harmonia de onde
estiver.
- Por servir de exemplo, deve espelhar-se no Evangelho estudando-o
constantemente.
- Cultivar a humildade sempre, colaborando com a disciplina no trabalho, em todas
as tarefas,
- Ter total responsabilidade perante a tarefa que abraçou, cumprindo horários,
selecionando sua alimentação, eliminando vícios, renovando seu pensar e seu
falar.
- Obedecer as regras e orientações da Casa em que atua, respeitando seus
companheiros.
A exemplo do que ocorre com os assistidos, deve-se igualmente,
cuidar com muito esmero e carinho do preparo dos colaboradores em geral,
principalmente dos passistas e do ambiente de trabalho na sala de passes.
Assim, são úteis as leituras e comentários sobre Evangelho,
mentalizações com a participação de todos, para que se integrem completamente no
trabalho a se realizar e que todos sejam convidados a participar de uma grande
confraternização entre si e com a Espiritualidade que ali se encontra para a
execução da tarefa proposta.
É necessária também, a assistência espiritual aos colaboradores, com
troca de passes, o passe específico para o trabalhador.
Preparação do assistido
Aquele que chega à Casa Espírita em busca de auxílio, traz consigo
todo tipo de problemas materiais e espirituais. Se atingido por problemas obsessivos
graves, vem quase alienado, sem condições de discernir. Quase sempre é trazido
por familiar ou amigo. Muitas vezes vem em total desequilíbrio, sendo numerosos os
problemas apresentados: falta de relacionamento familiar; doenças físicas
superficiais e outras tidas como incuráveis, etc.
A Casa Espírita é para ele, nesse momento, o último recurso, depois
de ter batido em muitas portas e encontrado decepção na medicina oficial, busca a
Casa Espírita como tábua de salvação.
O bom atendimento da Casa Espírita é de vital importância e não pode
ser descurado sobre pretexto algum porque, uma vez sendo o assistido efetivamente
socorrido, será com certeza um futuro colaborador, senão, poderá se afastar para
sempre da Doutrina Espírita.
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Sem uma preparação adequada (explanação do Evangelho), bem feita,
na qual se deve empregar todo o carinho, não será possível uma boa Assistência
Espiritual, por mais que os médiuns e mentores se esforcem.
O trabalho de atendimento ao assistido começa na recepção da Casa.
Essa é a primeira fase da execução da assistência e deve receber a maior atenção
por parte do Dirigente, pois, o primeiro sorriso e a atenção individual são fatores
agregantes, de valor fraternal. Fica subentendido na recepção o como externar boas
vindas e dar as orientações preliminares ao assistido, para que ele perceba que
encontrou um local de confiança, onde poderá receber todo o auxílio de que
necessita, espiritualmente falando.
O setor de Entrevistas do “DEPOE”, (Departamento de Orientações e
Encaminhamento) deve contar com pessoas devidamente preparadas para
recepcionar aqueles que chegam lá pela primeira vez e precisam ter conhecimento e
vivência dos problemas humanos, conhecimento doutrinário e profundo amor
aprendido no Evangelho de Jesus.
O entrevistador deve buscar de forma rápida, sucinta e objetiva, a
causa dos problemas atuais que afligem o assistido, dado-lhe orientações
evangélicas e encaminhando-o para o Tratamento Espiritual adequado.
Ambiente para Assistência Espiritual
O ambiente deve ser propício para a realização de tarefas dessa
natureza, devendo ser mantido bem higienizado física e espiritualmente. Os que
adentram esse ambiente carregam fluidos pesados, deletérios.
A mudança do ambiente se opera na ação conjunta, tanto do Plano
Espiritual quanto do plano material, que o purificam fluidicamente através de leitura
edificante, preces, correntes de proteção, etc.
Sabemos que a Assistência Espiritual não ocorre somente na Casa
Espírita, mas em todos os lugares do mundo. Entretanto, nesse ambiente preparado
é possível haver um trabalho mais equilibrado pelas vibrações conscientes daqueles
que ali operam.
Em toda reunião de Assistência Espiritual deve haver uma palestra de
tema evangélico, de maneira a levar o assistido a pensar nas palavras do Mestre, a
fixar sua mente em algo bom e salutar, livrando-o, mesmo que por momentos, dos
pensamentos enfermiços ou negativos.
Os expositores devem ter os temas bem preparados, com
antecedência, devendo ser evitado o improviso. Deve ser um preparo muito bem
feito para melhor englobar as necessidades dos assistidos e bem captar a inspiração
dos Mentores, levando a esperança e renovação, através mudança e elevação do
padrão de pensamento do companheiro em sofrimento.
O passe, somente, não soluciona todos os problemas das criaturas,
mas, constitui lenitivo para suas dores humanas. É através do Evangelho que
mostraremos aos nossos irmãos necessitados, um caminho mais seguro para
alcançarmos a cura dos nossos males.
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O Evangelho bem compreendido propicia alivio aos corações aflitos e
consegue, dessa forma, desligar as entidades obsessoras das mentes envolvidas
neste processo.
O trabalho do Evangelho é mostrar às criaturas, que todos fomos
criados para sermos felizes e não para a dor e o sofrimento.
O objetivo da palestra na Assistência Espiritual é levar o consolo e a
esperança, sem cunho de escola. Quem busca a Casa Espírita pela primeira vez,
deseja apenas solucionar os seus problemas, pouco se ligando ao aprendizado
necessário.
A Escola
Somente quando o assistido já tiver passado pela Assistência Espiritual
é que poderemos encaminhá-lo para os cursos regulares da Casa, pois, estudando
e conhecendo a Doutrina e o Evangelho, ganhará a compreensão dos seus
problemas e, com certeza, encontrará o que busca.
ORIGEM DAS DOENÇAS
“A cura dos males reside em nós mesmos” – André Luiz
Residem praticamente em nosso orgulho, no egoísmo e na ignorância,
todos os nossos males de hoje.
A vaidade, a tirania, a preguiça, enfim, todos os vícios e defeitos em
geral, nos desviaram profundamente do caminho do bem e são hoje os responsáveis
pelas nossas doenças físicas, morais e mentais. O assistido desconhece esses
fatos, mas, com conhecimento e esclarecimentos vai encontrar lenitivo e solução
para todos eles.
Salientar sempre a importância do Evangelho na Assistência Espiritual,
para que o assistido não se torne um viciado em passes, deixando bem claro que é
preciso renovar a mente para alçar vôos mais altos.
Papel do Dirigente
É de suma importância sua reta posição, para o equilíbrio dos trabalhos.
É o companheiro, que apóia e orienta.
Deve chegar sempre mais cedo, com tempo para a distribuição de tarefas e
atribuições.
Dar início aos trabalhos e coordenar a troca de passes.
Escalar com uma semana de antecedência as palestras e leituras, quando
não houver escalas programadas.
Atender aos casos prioritários sem interromper o andamento dos trabalhos
regulares.
Encerrar as atividades de forma correta e completa no seu devido tempo.
Proporcionar aos demais colaboradores, oportunidades de rodízio na direção,
visando a formação de novos dirigentes.
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Bibliografia
- Apostila do DEPAEX – Depto. De Expansão Doutrinária – Área Federativa.
- Assistência Espiritual de Moacyr Petrone
- Manual de Encaminhamento e Orientação Espiritual – Moacyr Petrone
- Passes e Radiações – Edgar Armond
- O Passe Espírita – Luiz Carlos de M.Gurgel
- Manual do RODSE – Unidade de Estudo
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9ª REUNIÃO
PLANEJAMENTO NA ATIVIDADE EXPOSITIVA
Planejamento/Preparação
A preparação da palestra é em todos os sentidos, fundamental. Através
dela o expositor conseguirá selecionar as idéias, desenvolver a melhor maneira de
expô-las e alinhavar coerência e ordem no pensamento.
Embora muitos oradores consigam falar de improviso, esse deve ser
um recurso a se utilizar somente em casos de exceção, por aqueles que já tenham
algum conhecimento sobre o tema.
Como preparar uma palestra
Sinteticamente, resumiremos em cinco os passos da preparação de
uma palestra espírita:
Passo 1 – Escolher o tema
Passo 2 – Pesquisar na bibliografia disponível
Passo 3 – Estudar as páginas escolhidas
Passo 4 – Formular a idéia mãe
Passo 5 – Esboçar e escrever a palestra
Escolher o tema:
Caso já não tenha sido determinado.
Para que um assunto desperte o interesse do público alvo, são quatro
as considerações básicas a se considerar:
1. Recursos Próprios
O expositor deve levar em conta suas limitações intelectuais e morais,
evitando abordar temas sobre os quais não tenha pleno conhecimento, e
dispuser de tempo suficiente para pesquisá-lo, mesmo quando o assunto lhe
for designado.
2. Circunstâncias
Fatos do dia a dia que estejam geograficamente próximos ao público.
3. Público
Características e necessidades
Cultura
Especializado ou heterogêneo
Grande ou pequeno
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4. Inspiração
Embora o expositor conte com a assistência espiritual para determinar e
expor o tema, ele não deve se esquecer do culto à oração e ao estudo, não
transferindo aos Espíritos uma responsabilidade que é só dele.
Pesquisar na bibliografia disponível
Espírita ou não, desde que as obras sejam idôneas, selecionando
textos e páginas pertinentes ao tema determinado.
Como pesquisar:
Utilizando-se da sua memória o expositor deverá procurar na própria
biblioteca ou na Espírita que lhe for mais acessível, nos livros que já tenha
lido, a página onde se encontra o assunto a ser tratado. Não encontrando,
procurar no índice o texto desejado e ao encontrar a referência, buscar e
ler no texto:
- o primeiro parágrafo completo
- as primeiras palavras de cada parágrafo subseqüente
- o último parágrafo completo
Desse modo saberá identificar o assunto com precisão.
Fontes:
a) Obras da Codificação
Mais divulgadas:
O Evangelho Segundo o Espiritismo
O Livro dos Espíritos
O Livro dos Médiuns
Menos divulgados:
O Céu e o Inferno
A Gênese
Obras Póstumas
O que é o Espiritismo?
b) A Bíblia
No estudo da Bíblia não devemos nos limitar unicamente a identificar e citar
capítulos e versículos, mas saber focalizar as passagens que forneçam
subsídios para o desenvolvimento do tema.
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Antigo Testamento
Gênesis 18 – útil para abordar a Reforma Íntima.
I Samuel 28 – “Saul consulta a médium de Endor” – serve para mostrar,
comprovando, a tese espírita da comunicação com os mortos.
Isaías 5:8 O tema “ambição, desapego aos bens terrenos”
Novo Testamento
Poderá ser utilizado, praticamente todo, com exceção do Apocalipse, por
ser de difícil interpretação e seu contexto não ser fundamentado
doutrinariamente.
c) Literatura Espírita
É vasta, podendo ser dividida em clássica e atual.
Clássica:
Gabriel Delane, William Crookes, Camile Flamarion, Ernesto Bozano,
César
Lombroso, Alexandre Akazakof
Atuais:
Toda produção mediúnica de Chico Xavier, Divaldo Franco, Yvoni Pereira e
outros
d) Literatura em Geral
Em muitos textos podem ser encontrados inúmeros temas para palestras
doutrinárias, como os de Platão, Sócrates e Vitor Hugo.
Estudar as páginas escolhidas
Este estudo deve ser feito de forma metódica, selecionando as idéias
que podem servir para a palestra.
Definidos os textos que se relacionam com o tema, é útil tecermos
algumas considerações:
a) Estudar é pensar
Não apenas ler ou memorizar, mas procurar pensar e entender o texto
que lemos.
b) Tempo disponível
Para que a alegada falta de tempo não prejudique os estudos devemos
estabelecer dia e horário fixos, cumprindo-os rigorosamente.
c) Fidelidade às Obras Básicas
Levar em conta, sempre, a pureza doutrinária, mantendo o
embasamento na Codificação e se permanecendo atento à sua
fidelidade.
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Técnicas de Leitura
a) Técnica da leitura repetida
Leia diversas vezes o texto até certificar-se de que aprendeu seu
conteúdo e que “entendeu” o pensamento do autor.
b) Técnica de leitura sublinhada
Sublinhar as palavras chaves do texto, resumindo à parte, o
pensamento do autor expressado no parágrafo.
c) Técnica da leitura com resumo
Entendido o texto, faz-se um resumo dos pontos aproveitáveis para a
palestra.
Formular a idéia mãe
É um pensamento único, expresso numa frase simples, clara e se
possível, direta.
Observação: A idéia mãe não deve ser confundida com o tema, que é o assunto da
palestra.
Exemplo:
Tema “Obsessão”
Idéia mãe:
“A cura da obsessão está ligada à evangelização do obsediado”. “O
obsessor é um irmão desencarnado, em desequilíbrio, a quem devemos
auxiliar”.
Esboçar e escrever a palestra
Neste o expositor deve ter diante de si uma folha de papel contendo
todas as informações desejadas, devendo esquematizar com clareza, simplicidade e
coerência a palestra que proferirá.
Esboçar
- Concatenar de maneira lógica e coerente as idéias selecionadas, não
esquecendo a introdução, o desenvolvimento e a conclusão,
escrevendo em fichas apropriadas, como recurso a consultar no
momento da palestra.
Escrever
- Esta tarefa facilita a memorização da seqüência organizada do tema,
além de aperfeiçoar o orador no manejo da língua, do vocabulário e da
gramática.
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10ª REUNIÃO
O TRABALHADOR E O ASSISTIDO
No desenvolvimento da atividade de assistência individual ou para um
grupo devemos levantar algumas questões a fim de nos posicionarmos e nos
prepararmos melhor, visando que a atividade se torne mais objetiva.
Eis algumas das questões que devem ser levantadas diante da tarefa a
ser desenvolvida:
Por que uma pessoa com problemas não procura uma Casa Espírita?
Por que ela vai uma vez e não volta mais?
O que leva uma pessoa a buscar uma Casa Espírita?
O que ela imagina encontrar numa Casa Espírita?
O que ela espera como resultado final?
O que é necessário lhe dar?
O que é possível lhe dar?
Como ela é vista pelos colaboradores?
Como ela deve ser vista pelos colaboradores?
Como ela se posiciona em função da sua situação?
Como ela se posicionará no futuro em função da forma como é assistida?
Que dificuldades existem para sua libertação espiritual?
Quais os espaços existentes para ela na medida em que se liberta?
Quais espaços existirão no seu futuro no lar, na sociedade e na Casa
Espírita?
Como transformar dificuldades, traumas e remorsos em novas
oportunidades de vida?
Qual a postura normal do colaborador diante dessas questões?
Qual a postura ideal do colaborador diante desse assistido?
Qual a importância da autoavaliação de cada um?
Qual a importância da avaliação em grupo após as tarefas?
Na objetividade do preparo e desenvolvimento de qualquer atividade
na Casa Espírita a resposta a estas questões é fator da maior importância para
quem ouvirá.
Esse procedimento evita que o trabalhador se perca em aspirações vãs
como destaque, honrarias e aplausos, pois, para manter o diálogo com os
necessitados deve falar mais alto o amor, o desprendimento, a humildade e a
dedicação, fatores que trarão a felicidade de vê-los crescer e se libertarem.
A verdadeira fraternidade, em resumo, é essa forma de interagir, onde
todos se fazem úteis e sentem-se respeitados, havendo progresso do grupo como
um todo e espaço de ocupação e crescimento para quem chega.
A rotina em nossa vida particular tanto como em sociedade, associada
ao egoísmo e outras mazelas morais comuns no ser humano, são entraves para que
o relacionamento possa ser fraterno.
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A fraternidade deve ser estimulada a partir do momento em que o
assistido adentra a Casa Espírita, desde a recepção, passando pela orientação,
encaminhamento e assistência adequada.
Procedendo assim diminuiremos o medo que muitos têm de vir à Casa
Espírita, pois a primeira impressão é, normalmente, a que marca com mais
profundidade os que chegam, transformando-os em divulgadores da Doutrina, caso
a impressão tenha sido boa.
Há pessoas que esperam resolver seus problemas sem sua
participação, imaginando ser possível superá-los, entregando-os aos outros (ver no
Evangelho Segundo o Espiritismo, o que é falado sobre preces pagas).
Essas pessoas ficarão desencantadas se não conseguirem seus
intentos, mas retornarão ao perceberem que nessa busca vã não obtiveram êxito, se
tiverem uma boa impressão da primeira vez.
Roque Jacinto observou, certa ocasião, que esse retorno pode ser até
em uma encarnação futura, manifestando-se como comumente observamos nas
pessoas que adentram a Casa Espírita, representando o término da busca de algo
que as mesmas não sabem exatamente o que é, e que encontram, observando a
mensagem que está sendo transmitida e permanecem no grupo, não o deixando
mais.
A referência foi feita ao trabalhador que havia enterrado o talento – MT
25:24-30 – e que, ao devolvê-lo ao Senhor, afirmou: “Senhor, sabendo que és
homem severo, que ceifas onde não semeaste, e ajuntas onde não espalhaste”..., o
que significa que devemos semear e espalhar sem a preocupação de colher, mas de
ajudar, pois colher cabe a Jesus.
Nessa observação foi chamada a atenção para importância relativa de
nossas atividades, em relação às atividades da Doutrina Espírita, uma vez que, sem
os seus ensinamentos, não teríamos condições de amparar os nossos semelhantes
com a devida presteza.
O dirigente e colaboradores devem ter em mente que o Plano Espiritual
conduziu aquele assistido à Casa Espírita, cabendo-lhes desenvolver as tarefas
assistenciais sem a preocupação de serem os principais artífices da recuperação,
mas sim, parte do conjunto que facilita o sucesso.
Caso o assistido tenha vivido situações que o levem à busca das
soluções de seus problemas com a força do filho pródigo, da parábola, ele saberá se
utilizar das oportunidades que se lhe apresentarem.
Quando o assistido supera suas dificuldades, não cabe mérito ao
trabalhador, que deve se colocar apenas como instrumento da mensagem maior
trazida pela doutrina de Jesus.
Devido à falta de maior objetividade na divulgação da Doutrina Espírita,
que pode ser utilizada apenas na busca de valores menores, como o destaque
pessoal, a aceitação de títulos e honrarias, disputas por cargos com troca de farpas,
críticas e desconfianças, bem como pela falta de entendimento da necessidade
comum de todos, não transmitindo, por isso, a mensagem que deveria ser ponto de
referência aos assistidos, participantes de reuniões de estudo, alunos de cursos e
colaboradores, gera, esse procedimento, a redução da produtividade no aprendizado
e na execução das tarefas, por isso é comum, ao término de cursos, o aluno não
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saber o que fazer, o que o leva a não se entrosar nas atividades e afasta-o do
trabalho voluntário de benefício aos seus semelhantes.
Caso sejamos convidados ou indicados para algum cargo, devemos
assumir as responsabilidades da função, mas, acima de tudo, é necessário
buscarmos sintonia com o Plano Maior, trabalhando no sentido de preparar novos
colaboradores, para que, com maior disponibilidade de elementos capacitados,
menor valor venha ser dado a posições, que são cobiçadas como status pessoal,
pela falta de quem as cumpra com melhor propriedade.
A maior objetividade nas tarefas, implica no conhecimento das
necessidades e das soluções a serem apresentadas aos que buscam a Casa
Espírita.
Há algumas situações comuns que, freqüentemente, levam as pessoas
à busca da Casa Espírita, tais como:
a) problemas nem sempre percebidos por elas:
desequilíbrios espirituais com atuação de terceiros, encarnados ou
desencarnados;
desequilíbrios oriundos de problemas de encarnações anteriores;
desequilíbrios oriundos desta encarnação, geradores de traumas, remorsos e
medos;
medos oriundos de educação deficiente, devido ao despreparo de quem as
educou.
b) problemas percebidos mais claramente pelos necessitados:
doenças;
desemprego;
dificuldades no lar.
Da mesma forma que quem procura um médico, advogado, pedreiro,
ou outro profissional qualquer, deseja aquele que melhor lhe entenda, que seja de
confiança e maior capacidade, o mesmo ocorre com o assistido de uma Casa
Espírita, esperando resolver suas dificuldades, sem, no entanto, saber como.
Essa é a razão pela qual devemos oferecer boa recepção e
encaminhamento fraternal para reuniões de esclarecimento, de forma a evitar a
busca do suposto melhor passista, melhor orientador ou de outros colaboradores
tidos como especiais, na ilusão de que dessa forma obterá melhores resultados.
Quando o assistido recebe a orientação adequada e é conscientizado,
torna-se mais fácil a assistência, uma vez que passa saber de suas perspectivas,
que está sujeito à Lei de Causa e Efeito, consolo em relação ao futuro, além de
entender sua realidade e os limites, tanto da assistência quanto dos seus próprios,
devido à sua postura em relação à vida.
O assistido, em qualquer situação, seja espiritual ou material, não deve
ser visto como um coitado, mas sim, como um colaborador em potencial, devendo
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ser gradativamente esclarecido quanto às suas responsabilidades diante si mesmo,
do próximo e da Doutrina.
É comum a perda de colaboradores em potencial, porque os dirigentes,
desatentos, não se dão conta da sua ausência. Eles vão sendo aproveitados em
Casas Espíritas que freqüentam, onde os trabalhos são dinâmicos, justamente
porque os colaboradores e dirigentes se põem mais atentos às necessidades e
perspectivas deles enquanto freqüentadores. Não que esse fato seja errado ou
inconveniente, pois, é esse mesmo o alvo deste nosso trabalho, porém, o
aproveitamento dos freqüentadores que vão se tornando aptos, deve ser feito de
forma consciente, ordenada e conseqüente, para serem direcionados para onde
realmente há falta e sua colaboração possa ser de fato produtiva.
Os dirigentes de cursos e reuniões devem estar em contato mais
íntimo com os participantes, ouvindo-os, encorajando-os, dando oportunidades de
participação, convidando aqueles que se destacam para novas atividades, sem
descuidar dos mais lentos, que pela sua própria característica, darão suporte aos
primeiros e estabilidade às tarefas existentes ou às que serão iniciadas.
Os dirigentes e colaboradores que tenham dificuldades neste sentido
devem participar das reuniões RODSE/RTC, com o objetivo de adquirir os
conhecimentos e as técnicas necessárias a fim de superá-las.
Os dirigentes e colaboradores precisam aprender a trabalhar com as
dificuldades e incertezas dos iniciantes, para que a ajuda possa ser mais objetiva e
proveitosa.
Algumas situações que levam as pessoas em busca da Casa Espírita,
relatadas mais acima, devem ser trabalhadas, observando-se que, quando a equipe
sabe lidar com as dificuldades dos assistidos os resultados são mais promissores.
Os assistidos que compreendem a função das dificuldades, a sua
origem e a necessária mudança de postura (questão de conscientização),
normalmente passam para o quadro de colaboradores, vindo a desenvolver bons
trabalhos.
Cabe à equipe abrir ou facilitar esse entrosamento para que não haja
frustrações e abandonos de tarefas.
As tarefas de grande importância e nem sempre valorizadas e
compreendidas, que normalmente são desenvolvidas pelos que estão iniciando são:
recepção (vide temário específico);
campanhas de assistência social;
colaboração em eventos;
biblioteca;
lanchonete;
assistência espiritual;
evangelização infantil;
atividades junto aos jovens.
Observação:
A ocupação com o preparo e o saber como desenvolvê-lo leva a resultado positivo.
Muitos colaboradores ficam reticentes diante do surgimento dessas oportunidades,
mas precisa ser ressaltado que todos devem estar em constante processo de
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aprendizado, porém, aos mais antigos compete a dianteira, para que possam vir a
atuar em atividades que exigem maior experiência, como a abertura de novas
frentes de trabalho.
Estas atividades devem ser criadas na medida em que a Casa Espírita
atinja equilíbrio nos trabalhos já existentes e surja necessidade de criar novas
frentes de trabalho, como:
a) entrosamento com outras Casas da região, envolvendo:
reuniões fraternas;
reuniões evangélico-doutrinárias, objetivando dinamizar a troca de
conhecimentos;
intercâmbio entre expositores, com criação e dinamização de trabalhos
existentes em outras Casas Espíritas;
Formação de Conselhos Distritais;
Desenvolvimento de reunião mensal com os expositores de uma ou mais
Casas, com o objetivo de corrigir dificuldades e abrir os horizontes
desses colaboradores, tendo como conseqüência a dinamização de suas
atividades.
Em todas essas atividades, há necessidade de constante avaliação
das propostas e resultados (ver temário específico), tanto ao nível individual, quanto
coletivo, para que os trabalhos não venham a sofrer interrupções ou desvios dos
objetivos maiores da Codificação Espírita e, em conseqüência, desistirmos por falta
de perspectivas.
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11ª REUNIÃO
COMO FALAR PARA UM PÚBLICO DE ASSISTIDOS
1. Os problemas dos assistidos
2. Como apresentar a reencarnação
3. As realidades e perspectivas dos assistidos
4. A superação das dificuldades
5. A exemplificação
6. Exemplos a evitar
7. Reações do público
8. Dos termos espíritas
9. Outros exemplos a evitar
10. Colocações impessoais
1. Os problemas dos assistidos
Os assistidos têm necessidades específicas e, portanto, a abordagem
dos seus problemas tem a finalidade de levá-los a participar das soluções, a partir de
sua compreensão.
Sem estes entendimentos o assistido pode continuar na postura que é
comum na sociedade, qual seja a de aguardar a solução das questões de cima para
baixo, eximindo-se da sua participação e comprometimento. Exemplo clássico é
visto nas épocas de eleições, quando muitos candidatos são eleitos pelo “voto da
esperança” dos que anseiam ter suas dificuldades resolvidas por eles.
Da mesma forma, grande parte dos homens imaginam que neste final
de ciclo evolutivo, todos os problemas serão resolvidos num passe de mágica,
variando segundo a concepção de cada instituição religiosa.
Todo aquele que permanece com a imagem distorcida da vida, tende a
amedrontar-se com uma realidade diferente da que deseja, que venha a se
apresentar.
Muitas pessoas rejeitam a reencarnação, por ser mais fácil aceitar a
idéia de um céu de alegrias eternas que se ganha, ao invés de se conquistar com
merecimentos.
Por não fazerem uma análise mais séria e concisa da situação de
muitos entes queridos que podem ir para o inferno (dentro do princípio exposto
acima), não imaginam que serão infelizes, mesmo estando no céu, tendo-os em
sofrimento eterno, sem apelo, sem condições de reabilitação, vivendo eternamente
no inferno.
Além dessa postura egoísta e infantilizada, tem a daqueles que,
estando em apuros, não sabem por onde começar nem para onde ir, por não
admitirem a existência do Espírito e do seu mundo de interações com os
encarnados, na terra.
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2. Como apresentar a reencarnação
Se o expositor não tiver tato e conhecimento doutrinário para
apresentar a idéia da reencarnação, criará uma barreira entre ele e quem ouve,
anulando qualquer esforço já feito até então para esclarecê-lo.
Para o assistido, ao invés de apresentá-la como uma lei, é necessário,
inicialmente, pedir que se desarme e acompanhe o raciocínio que se vai expor.
Exemplo:
“Se você admitir a possibilidade de existir a reencarnação terá respostas sensatas e
equilibradas para tais situações...”
Observações:
As situações serão apresentadas, não de forma a que seja obrigada a aceitá-las,
mas para que volte para o seu lar com uma perspectiva melhor para seu futuro,
tendo em vista que, tudo que é imposto tende a ser rejeitado.
Inicialmente, poderá ficar confuso diante do que lhe foi apresentado e
que começa a admitir como certo, podendo vir a aceitar a nova concepção, desde
que as colocações atendam as suas necessidades e lhe dê novas perspectivas.
O expositor que estiver no firme propósito de auxiliar seu semelhante será sempre
bem inspirado pelo Plano Espiritual, criando no assistido a vontade de mudar as
coisas.
3. As realidades e perspectivas dos assistidos
Todo trabalhador, tanto na recepção como na orientação,
encaminhamento e exposição deve ter sempre em mente, que a apresentação e
entendimento das realidades não devem levar o assistido à prostração, mas sim, ao
caminho do entendimento, para sua libertação pessoal.
Na recepção, palavras de boas vindas, um sorriso franco, mensagens
adequadas e de solidariedade darão a segurança necessária.
Na orientação e encaminhamento, a distribuição gratuita do Evangelho
Segundo o Espiritismo, aos que não podem adquiri-lo, no final da entrevista,
mostrando como utilizá-lo no momento de deitar ou levantar e quando se fizer
necessário durante o dia, bem como as orientações sobre o Evangelho no lar,
servem de esclarecimento, estímulo e apoio.
O expositor deve demonstrar que todo e qualquer ato que hoje possa
ser entendido pelo assistido como negativo, na ocasião em que ocorreu foi admitido
como conveniente, como o mais certo e por isso adotado.
Deve ser esclarecido que são coisas normais no nosso estágio
evolutivo e que, uma vez adotada a vontade de lutar pela superação do que for
constatado como impróprio, passa a ser menor a possibilidade de reincidência.
Observação:
O assistido deve ter em mente que, se voltar a ter dificuldades para superar suas
mazelas, a Casa Espírita estará sempre de portas abertas para ampará-lo.
Com essa postura, ao invés de criar uma situação de constrangimento,
teremos mais facilidades de obter cooperação em busca das soluções.
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Quando o assistido toma contato com sua realidade presente, existe a
tendência de se retrair em função de remorsos e questionamentos, devido às
tendências do passado, que se apresentam também sob formas compulsivas de
difícil superação.
Ao apresentar as perspectivas que a Doutrina lhe dá em relação ao
futuro, o expositor pode reforçar no assistido a disposição para superar as situações
que lhe caracterizam o presente e o passado trevoso (no passado fizemos o que
achávamos certo, dentro de nossa visão de vida).
4. A superação das dificuldades
O expositor não deve apresentar a vida como um vale de lágrimas,
mas sim, como um mundo de oportunidades novas, bastando para isso o assistido
entender e aceitar sua realidade como um fato que pode ser modificado, desde que
queira.
A superação das vibrações negativas exige esforço e tempo, devendo
o assistido ser estimulado neste sentido, esclarecendo-o de que o tempo de
permanência no estado de sofrimento depende também da sua disposição em
superá-lo.
O assistido não deve ser visto como vítima e com pena, como se fora
um coitado, devendo, ao contrário, ser estimulado a mudar seu comportamento
negativo, muitas vezes alimentado por ele próprio, e assistido por seus familiares
que se irmanam na mesma sintonia.
Quando o imaginamos como colaborador em potencial, as palavras
proferidas levam-no a aceitar as dificuldades que enfrenta atualmente, não como
sofrimento, mas sim, como oportunidade de aprendizado.
Todo aquele que vê nas dificuldades uma oportunidade de
crescimento, deixa de sofrer –como disse Jesus: “meu fardo é leve, meu jugo
suave”-, vindo a aprender, acelerando sua libertação e evolução.
5. A exemplificação
Os exemplos citados em uma palestra devem ser adequados ao
público que assiste, como resultado de uma avaliação prévia da sua qualificação.
Segundo um dos princípios da aprendizagem, citado também em uma
das Obras Básicas, “deve se partir do simples para o complexo ou composto, ou
seja, do conhecido para o desconhecido”, do mais fácil para o mais difícil, devendo
considerar:
- o que é conhecido para o assistido.
- dificuldades de relacionamento no lar, no trabalho, na sociedade.
- problemas de envolvimento espiritual: íntimo, social, em função da
formação social, de desemprego, questões salariais.
- frustrações entre outras, diversas.
- o que é desconhecido.
- a solução das situações acima.
- ação do Plano Espiritual.
- vida além da matéria.
- forma de superação geral.
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O expositor deve ter se capacitar a:
- entender as necessidades dos ouvintes.
- usar linguajar correto, porém, simples e conciso, uma vez que, todos
que estão envolvidos em problemas têm maior facilidade de se
confundir. (Jesus usou exemplos e palavras simples, que permanecem
até hoje).
- usar as Obras Básicas como referência melhor apropriada em suas
exposições.
- usar exemplos que sejam compreensíveis por todos, uma vez que, a
platéia, geralmente, é composta de pessoas com escolaridade,
profissões e hábitos de vida os mais diferentes (as Obras Básicas e
complementares, de Allan Kardec, estão repletas de exemplos de
situações e soluções, incluindo entre elas a Revista Espírita).
1º Exemplo:
Para citarmos como adquirimos novos hábitos, evoluímos e superamos nossos
limites, podemos oferecer a construção de uma parede, que é o acréscimo e
sobreposição de tijolos e argamassa, fiada por fiada, como forma ordenada,
equilibrada e continuada.
Como isso é visto:
- pela dona de casa: parte do lar em construção.
- pelo operário: as atividades de construir.
- pela arquiteta: os tipos de materiais, resistência e acabamento.
- pela médium: como parte do seu ambiente de trabalho, associando com o
espiritual.
- mostrar como a superação das situações se assemelha com o exemplo e a
necessidade.
2º Exemplo:
Citar um grupo que faz chacotas com alguém alcoolizado ou perturbado, salientando
que essas pessoas continuarão no plano espiritual com suas atividades
desequilibrantes, mostrando o exemplo de um encarnado que conversa sozinho,
esbraveja e atira coisas contra o “nada” (solicitar ao público que procure ver nesta
analogia um exemplo de como continuamos do outro lado, em função da nossa vida
atual).
Reforçar a argumentação mostrando que, da mesma forma, existem aqueles que,
após o desencarne nos ajudam, como no caso em que, bem orientamos alguém e
depois nos questionamos de onde extraímos todas as colocações e exemplos
colocados.
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6. Exemplos a evitar
Citação de trechos de livros em situações que não são assimiláveis
pelo público.
Exemplo:
Situações apenas conhecidas por uma classe espiritual, sem aclará-lo devidamente
para as demais.
- termos profissionais, desconhecidos da maioria, usados por exemplos
em eletrônica.
Se o expositor tem uma profissão onde ocorrem situações específicas,
só deve utilizá-las como exemplo, se for capaz de torná-las inteligíveis ao público
ouvinte.
Outro exemplo:
Temos visto expositores que em suas palestras são incapazes de citar exemplos do
dia a dia, citando sempre casos descritos em livros que relatam a vida no plano
espiritual, com a citação de nomes e detalhes que são desconhecidos da maioria.
7. Reações do público
1º Para os que não aceitam a existência do Espírito o expositor é visto como
alguém que está fora da realidade, sendo, por isso, mais difícil convencê-
los.
2º Para quem está em desequilíbrio e em desespero poderá ser um passo a
mais para a fuga pelo suicídio, tentando chegar logo a esses lugares onde
não passará mais fome e necessidades. Notar que o desesperado não
consegue distinguir realidade de fantasia, muito menos, ver o outro lado da
questão, ou seja, as conseqüências do seu ato.
3º Se um incrédulo pedir provas concretas da existência e não estiver disposto
a admitir a possibilidade da existência do mundo invisível, o expositor cairá
no ridículo e numa discussão estéril, não adiantando citar este ou aquele
autor e obras, pois isso será para ele obra de ficção.
Para evitar tais contratempos, esses livros devem ser estudados por
eles mais tarde, quando já estiverem na condição de alunos das escolas ou
participando de reuniões de estudos.
8. Dos termos espíritas
Da mesma forma, termos utilizados no meio espírita devem ser
explicados ao público, quando utilizados, por não serem inteligíveis para o iniciante.
De preferência, explicar as situações utilizando termos de fácil compreensão e os
mais difíceis, quando puderem ser compreendidos com mais naturalidade.
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9. Outros exemplos a evitar
- Citação de obras, conceitos e autores que divergem da Doutrina,
pertencentes a outras correntes filosóficas, pois o iniciante ficará confuso
diante de definições e concepções conflitantes.
Observação:
Este que hoje é iniciante poderá vir a ser alguém que no futuro deturpará a Doutrina
involuntariamente. Devemos ter em mente que somos co-responsáveis pelos
resultados das palavras, conceitos e ensinamentos que transmitimos aos nossos
semelhantes.
10. Colocações impessoais
- Todas as colocações devem ser impessoais devendo, o que citarmos
como exemplo acontecido conosco, ser colocado como um caso em que
fomos meros observadores, para evitar as reações do público, como:
Como ele pode estar falando de amor, se ele já praticou este ou aquele
ato (sabido) contraditório, de incorreção ou de imoralidade.
Se ele está apenas iniciando não tem bagagem que autorize nos
transmitir essa mensagem de esclarecimento e reconforto.
O expositor nunca deve se desculpar antes, no início ou após uma
palestra, pois, esse procedimento a desacreditará diante do público. O expositor
deve se colocar a serviço do Plano Espiritual, confiar nele e desenvolver a tarefa da
melhor maneira que possa e o resultado será positivo, uma vez que o público
necessita da mensagem passada.
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12ª REUNIÃO
COMO FALAR EM SALA DE AULA
Há certa diferença entre falar em uma sala de aula e falar
esporadicamente, no desenvolvimento de uma palestra para a assistência espiritual,
para um público geral, numa ocasião festiva ou em uma data comemorativa.
O comprometimento de quem fala em público é muito “maior” quando
fala com alunos, vindo a seguir a grupos de assistência espiritual e com o público
geral. Esse comprometimento ocorre em função da seqüência de assuntos, do
tempo de convívio durante o curso e, posteriormente, como colegas de atividades no
meio espírita. Em todos os casos, palestras ou aulas, o compromisso com a Doutrina
é o mesmo.
Devido à seqüência de aulas a público mais esclarecido e com
objetivos definidos a atingir, cria-se relacionamento mais íntimo entre as partes.
Quem ministra aulas no meio espírita não pode se posicionar como
quem trabalha por remuneração, considerando-se descompromissado devido à
exercer um trabalho voluntário e não o de satisfazer alguma aspiração materialista.
O expositor espírita não pode assistir passivamente ao esvaziamento
de uma sala de aula, conformando-se com desculpas, como:
- é normal devido ao despreparo dos alunos;
- há sempre a busca do maravilhoso e quando não satisfeitos, saem para
buscar em outro lugar;
- isso sempre aconteceu.
Devemos observar que quando um aluno está motivado, ele espera
ansiosamente pela próxima aula, ao contrário de quando desmotivados porque as
aulas são rotineiras e monótonas.
Da mesma forma que precisamos ter o conteúdo certo para falar aos
jovens, os alunos precisam ter conteúdo e participação nas soluções, não bastando
apenas a citação de uma passagem evangélica, como normalmente acontece em
uma palestra isolada, como a comemorativa ou para o público em geral e assistência
espiritual.
Exemplo:
A abordagem de um tema evangélico.
- Usa-se o Evangelho Segundo Espiritismo, devendo se observar que
Allan Kardec não transcreveu toda a mensagem evangélica de Jesus,
mas apenas os tópicos que mais tinham ligação com o tema em foco.
- devemos observar que, mesmo tirando alguns versículos, na transcrição
há perfeita interligação de assuntos, dando a impressão que é o texto
completo de cada passagem.
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Exemplo:
Procedimento
1. Pede-se a um aluno que leia a passagem evangélica no O Evangelho
Segundo o Espiritismo.
2. Pede-se para fazer pequena observação sobre o que foi lido.
3. Pede-se para observarem que não são versículos seguidos (escolher um
que tenha essa condição)
4. Pede-se que um aluno leia no Novo Testamento, o que consta no E.S.E. e
o que não foi citado.
5. Observa-se quanta coisa mais existe, pedindo aos alunos que falem sobre
os versículos lidos (suas interpretações).
6. Os alunos devem observar se no texto citado existe referencia a outro
evangelista, podendo ser feita a análise comparando a profundidade e
abrangência com os demais textos.
7. Pede-se a um aluno que busque no índice do livro Fonte Viva, alguma
referência ao texto lido -orientar como usar os quatro livros de Emmanuel:
Fonte Viva, Pão Nosso, Vinha de Luz e, Caminho, Verdade e Vida.
8. Pedir a um aluno que leia a citação evangélica encontrada -observar que
nem sempre é o versículo todo, e as explicações de Emmanuel.
9. Ressaltar a importância dos comentários desse autor e de como isso
enriquece o nosso entendimento.
Objetivos deste procedimento:
- Situar o aluno, tanto nos ensinamentos de Allan Kardec, como nos de
Jesus, mostrando sua perfeita sintonia;
- Dinamizar a aula de forma visível e fácil;
- Mostrar uma visão mais consistente dos ensinamentos;
- Levar o aluno a se motivar pelo estudo;
- Tornar a aula mais atraente.
Observações:
Podem ser utilizados outros livros para executar a atividade dessa forma, como:
- O Céu e o Inferno: proibição de Moisés quanto à invocação dos Espíritos
(interligação com o Velho Testamento)
- Obras Póstumas: análise da condição natural do corpo de Jesus
(interligação com o Novo Testamento)
- Gênese: os milagres (interligação com o Velho e o Novo Testamento)
- Cabe ao expositor detectar o que pode vir a ser utilizado, catalogando as
situações e passando-as a outros colaboradores, em reuniões de
estudos. Essas reuniões passam assim a ter maior dinamismo.
- Exemplo de reuniões são o 3º Módulo das RTCs.
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Observação:
O expositor deve estar atento para a forma simples como Jesus, Allan Kardec e
Emmanuel expuseram seus pensamentos, buscando seguir-lhe os passos. Razões
para isso:
- Quanto mais próximo estivermos do linguajar, dos hábitos, das condições
de vida e cultura do aluno ao transmitirmos os ensinamentos, maior será
o interesse deste e conseqüentemente mais fácil será a absorção.
- Observar que não se transmite conhecimentos por muito falar, mas, por
associá-los com os interesses e necessidades de quem participa. A
citação de exemplos simples abrange com mais facilidade a todas as
classes, como:
- É tão claro e transparente com a água limpa
- A aquisição de novas informações é como o subir de uma escada
com degraus que não dificultem ao usuário.
- As experiências somam-se como assentamento de tijolos em uma
parede.
O tema “Como se Aprende”, constante do primeiro módulo,
complementa esta colocação.
Cada atividade tem objetivo próprio a atingir, o mesmo acontecendo
com o ensino porque, cada curso tem o seu programa, por isso, seno dirigido a um
grupo determinado, com características específicas e que espera determinado
resultado.
É importante não frustrar o aluno, porque esse é um dos fatores de
esvaziamento das salas de aula. Neste curso existe tema específico abordando essa
questão.
O expositor deve se inteirar dos objetivos de cada curso, o que ele
deve acrescentar à vida do aluno e sua aplicabilidade, utilizando dessas informações
como meio de se motivar e despertar o interesse do aluno, para que este, por sua
vez, também se sinta motivado a participar.
Quem dirige um curso deve se ocupar com o encaminhamento dos
alunos e criar oportunidades para que executem a atividade a que o curso se
destina, o que está bem claro no tema “Planejamento das Atividades de uma Casa
Espírita”, constante do primeiro módulo da primeira fase das RODSEs – Reuniões
de Orientações a Dirigentes de Sociedade Espírita. Conclui-se que um curso só
deve ser criado em função das necessidades, tanto dos alunos da entidade que o
promove, quanto da sociedade local. É preciso detectar esta necessidade nas
reclamações, nas entrevistas de orientação e encaminhamento, nas perguntas em
cursos e palestras e nas conversas informais com eles.
Para que o expositor atinja com mais facilidade os objetivos a que se
propõe no desenvolvimento de um curso, ele deve estar em constante
aprimoramento, buscando se atualizar em todos os conhecimentos da vida,
procurando conhecer sempre com mais profundidade o que vai ensinar, não
perdendo a simplicidade no momento de transmitir os ensinamentos.
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Exemplos:
- não perder contato com as modificações que estão ocorrendo na
sociedade (desemprego, novas atividades profissionais, expectativas e
perspectivas de vida, entre outras);
- manter-se em contato com outras atividades no Movimento Espírita;
- participar de palestras, seminários e cursos de atualização;
- assistir a programas que abordam as experiências e novidades que
surgem.
A objetividade também deve estar presente durante as aulas, devendo
ser utilizados os recursos áudio visuais disponíveis e outros, como dinâmica de
grupo, sempre que esta se prestar para facilitar o entendimento. A teatralização e
demonstrações práticas também devem ser utilizadas, lembrando sempre que
apenas falar não é suficiente para ensinar.
Estes recursos não serão detalhados no presente tema, uma vez que
existem livros específicos para cada um deles, devendo o expositor adaptá-los às
situações e condições do grupo e do curso.
Exemplo:
- curso de passes não pode deixar de ter aulas práticas.
- curso de recepção precisa ter exercícios que envolvam a execução
prática (como agir na recepção).
A exemplificação também deve ser objetiva, não sendo válido fazer
apenas citações e exemplos genéricos, muitas vezes usados em palestras, como:
- é preciso dar a vara e ensinar a pescar, e não apenas dar o peixe.
Observação:
O que é dar a vara?
- mostrar o caminho a percorrer para atingir o objetivo.
- mostrar quais os meios para atingi-lo.
- o que pode significar o “dar a vara”, exemplificando: o que é pescar
(ensinar).
- chamar a atenção para o fato de que existem formas de encontrar
soluções para os problemas, olhando por ótica diferente da que
usualmente olhamos.
- mostrar que é importante o aluno olhar a situação, colocando-se no lugar
de quem está vindo em busca de auxilio, pois isto facilita o entendimento
da questão e sua conseqüente solução.
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O que é apenas “dar o peixe?”
- quantas vezes são feitos os trabalhos de assistência social, sem o
cuidado de auxiliar os necessitados a encontrar meios próprios de se
sustentarem sem as doações?
- salientar que é necessário estimular o assistido a encontrar a solução de
seus problemas por meios próprios.
- a importância da orientação evangélica como fator de libertação e
esclarecimento.
Há outras citações muito comuns, como:
- “fomos criados simples e ignorantes”.
- “a Doutrina tem três aspectos”.
- “é preciso fazer a Reforma Íntima”, sem, contudo, explicar o que é
Reforma Íntima, que é o mesmo que “substituir hábitos velhos por
hábitos novos”, ou “abandonar posições arraigadas por outras mais
atualizadas” ou ainda “substituir um hábito negativo por um positivo”.
O expositor precisa inteirar-se também dos hábitos e da forma de vida
dos alunos, caso venha a lecionar em um ambiente que lhe seja estranho, para que
a exemplificação fique mais adequada, o linguajar se adapte melhor ao dos alunos
e, o nível e o conteúdo da mensagem estejam ao alcance deles.
Observação:
Não são os alunos que têm que se adaptar ao expositor, mas sim este
aos alunos, trazendo-os a partir daí, para uma nova realidade, chegando dessa
forma atingir os objetivos propostos.
Ao expositor não basta conhecer o assunto e passá-lo aos alunos; é
necessário que transmita o conteúdo associando as informações com sua aplicação,
formando e não apenas informando. O conteúdo a transmitir é adquirido com a
vivência de situações que, quando passadas para os alunos vão carregadas de
vibração o que não se observa naqueles que apenas relatam um fato sem emoção,
sem vibrar com ele.
Observação:
Não devemos nos colocar como personagem da história.
A alegria e vibração com o que se faz contagia o aluno, ao contrário
daquele que apenas cumpre com sua obrigação.
O conhecimento dos métodos de ensino e de como contar história
(temas constantes deste curso), também são fatores de peso para que se dê uma
boa aula.
Postura em sala de aula:
1º No início de um ano letivo
- saudar os alunos com boas vindas;
- apresentar-se e pedir que cada um se apresente;
- apresentar o programa;
- levantar quais os interesses, objetivos e experiências que cada um tem,
a fim de situar-se.
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2º No decorrer do curso:
Quando vai dar uma aula ou uma série de aulas:
- inteirar-se do andamento e do nível do curso, assistindo a uma aula que
antecede a sua;
- perceber as características dos alunos;
- preparar-se para o trabalho apoiado nas observações feitas;
- adaptar as aulas em função das necessidades dos alunos, com a
preparação dos planos e dinâmica necessária para estimulá-los.
De acordo com o grupo, suas necessidades e características, ter em mente:
- a didática para a criança é montada em situações sensoriais perceptíveis
(pedagogia);
- a didática para o adulto tem carga simbólica baseada em suas
experiências.
A didática para o adulto deve partir de uma situação existente, devendo ser
observado:
- que há maior motivação quando o que está sendo apresentado tem
utilidade clara e desejada por todos;
- que deve haver clareza quanto à finalidade e ao conteúdo que está
sendo transmitido
- que é de fundamental importância a seqüência de temas ou assuntos
bem como a graduação de desafios.
Na condução da aula:
O expositor deve observar a seqüência dada no temas “Fases de uma
aula”, tema de exposição.
Ao término deve fazer uma auto-avaliação ou pedir a alguém de sua
confiança para fazê-lo, analisando as observações que forem feitas, sem
comportamento de autodefesa, mas, com humildade e pré-disposição para
permanecer em contínuo aperfeiçoamento.
O expositor deve ainda estudar, analisar e buscar a aplicação das
orientações dadas por Paulo Freire que é uma referência no ensino.
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13ª REUNIÃO
COMO FALAR PARA/COM COLABORADORES
Todo freqüentador deve ser visto como um colaborador em potencial,
capaz de superar seus limites ao se conscientizar da necessidade de sair dessa
condição para a de liberto, motivado por objetivos maiores. Esse freqüentador, ao
passar pela assistência espiritual e pelas escolas ou reuniões de estudo, deve
receber uma mensagem que o motive de forma a se sentir comprometido com o
trabalho em prol do próximo e de si mesmo (vide como falar para assistido).
Em algumas Casas Espíritas, ao se decidir pelo trabalho, o
frequentador se assemelha ao Filho Pródigo da parábola, que resolve abandonar a
forma de vida que tinha e ir à busca de outra que lhe atenda a novos anseios. Nesse
exemplo, existe uma motivação interior capaz de romper todos os limites e barreiras
que venham se apresentar, porque houve esgotamento do modelo de vida adotado
anteriormente. Essa pessoa alimentava o desejo de se libertar, causado pela forma
de vida que adotou, bastando para isso, surgir a oportunidade e a palavra certa a fim
de que ele se decida.
Dotados, os filhos pródigos, de coragem, mas sem o devido
conhecimento de causa para torná-los capazes de compreender e observar os
limites existentes na sociedade que os cercam, criam situações delicadas se não
houver alguém capaz de entendê-los e auxiliá-los na sua caminhada.
Nesses casos se enquadram aqueles que se propõe fazer as coisas e
criam mais problemas do que benefícios (existe uma vontade interior muito grande).
A falta de preparo para lidar com eles nos leva a rejeitá-los e, por vezes, a eliminá-
los do grupo. Devemos observar, no entanto, que todos nós já passamos por isso e
que, no momento atual, mantemos um equilíbrio relativo, quebrado nas ocasiões de
crise, por não sabermos como superar determinadas dificuldades. Essas quedas e
falta de horizonte devem servir de motivação para buscarmos soluções próprias, de
referência, de como agir e falar aos outros.
A Doutrina Espírita nos serve de apoio nesta afirmativa, pelo fato de
ser uma Doutrina evolucionista. Todos os freqüentadores e assistidos de uma Casa
Espírita devem ser estimulados e não, segregados e contidos, ora na condição de
assistidos, ora na condição de freqüentadores, com o conceito de que são
incapazes, de que não há tarefas para eles, de que não é chegada a sua hora ou
porque precisam de mais isto ou mais aquilo para iniciar.
Observemos como Jesus nos falou em várias situações:
- Ao que foi curado pede que se apresente ao sacerdote, pois, era um
colaborador em potencial e deveria se integrar à sociedade;
- Aos primeiros discípulos pediu que abandonassem as atividades
puramente materiais e o seguissem, o que foi aceito pois, estavam
prontos para o trabalho.
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- Quando o povo estava faminto, perguntou aos discípulos o que eles
tinham para saciar-lhes a fome, pedindo assim, a participação deles
próprios, antes da multiplicação dos pães e dos peixes.
- Aceitou a presença de Maria Madalena sem discriminá-la pelo seu
passado, ajudando-a em sua libertação.
- Quando houve questionamento sobre quem seria o maior, informou-nos
que quem quisesse ser o maior, deveria ser o menor entre os seus,
indicando-nos o comportamento da humildade e da renúncia como
caminho certo.
- Na parábola do Semeador mostrou-nos que também devemos semear,
independentes de qualquer coisa ou impedimentos e que, não devemos
esperar que outros façam, mas que devemos dar o exemplo.
- Quando os discípulos queriam impedir que os outros trabalhassem em
seu nome, recriminou-os mostrando que devemos unir forças em torno
do ideal comum da sua doutrina libertadora.
- Pela expulsão dos vendilhões mostra sua autoridade moral.
- Diante da imponência do templo informou-nos do pequeno valor dos
bens materiais e da inutilidade das vaidades humanas.
- Diante das dez virgens, conclamou-nos a vigilância.
- Na última ceia conforta os discípulos encorajando-os, preparando-os
para enfrentarem sem Ele as dificuldades futuras.
- Como mensagem maior pediu que os discípulos se amassem, pois, “por
muito se amarem” seriam conhecidos como discípulos do Mestre.
- Que como no exemplo da lamparina que deve iluminar a todos os que
estão no ambiente, devemos espargir, ainda que bruxuleante, a luz que
já obtivemos.
Por essas palavras de Jesus podemos observar que na condução de
qualquer atividade, devemos buscar sua sabedoria e inspiração, que manteve os
colaboradores sempre alertas, dispostos a apreender e amparar seus semelhantes,
e ocupados em seu aprimoramento.
Quem conduz uma atividade não deve se inibir diante da
responsabilidade que se lhe apresenta, mas sim, deve pedir o amparo ao Plano
Espiritual e caminhar confiantemente amparando aos que o seguem, transmitindo-
lhe essa confiança.
De nada adianta ao dirigente conduzir o seu grupo pelo temor ou
incentivando a disputa entre seus membros, porque pode conseguir um resultado
maior temporariamente, porém, em longo prazo, terá que resolver problemas sérios
como:
Falta de liderança, (quando o dirigente centraliza tudo), afasta as
pessoas que não aceitam a submissão e vão buscar outros grupos onde possam se
integrar melhor, resultando, normalmente, na permanência daqueles que preferem
serem conduzidos.
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Relacionamento humano deficiente, com a presença de atritos
constantes, rivalidade entre seus membros e acomodação de tdos, esperando
sempre que outro determine o que fazer ou o faça por sua vez.
Dificuldades para se relacionarem amistosamente com os outros
grupos e outras situações próprias do relacionamento humano, que afirmamos ser o
mais difícil de resolver porque depende da transformação interior de cada um. Isso
se torna mais fácil de resolver diante de um relacionamento aberto e transparente,
tendo a mensagem de Jesus e Kardec como referência: Viver esta segunda
realidade exige de nossa parte um esforço constante e permanente avaliação dos
nossos atos e suas conseqüências junto aos que nos rodeiam, porque, para eles,
somos um ponto de referencia.
Como classificar os colaboradores:
1- Internos, que são os mais atuantes porque, pelas suas atividades a
Casa Espírita cumpre sua missão, qual seja:
Principais:
- esclarecimento evangélico-doutrinário -são os principais, porque, pelo
esclarecimento advém:
a libertação.
Secundários:
- Assistência social, espiritual, educação mediúnica -são secundárias,
porque, passada a fase de superação tendem a depender menos dessas
atividades para se manterem em equilíbrio.
Observação:
Esta divisão é de Edgard Armond. Emilia M. Vieira também faz uma divisão
semelhante.
2- Externos, são aqueles que prestam serviços esporádicos, como:
- pedreiros e outros profissionais que são contratados ou que prestam
serviços que são permanentes.
- doares e que colaboram em campanhas.
Observação:
São necessários para a Casa, mas não são necessariamente úteis para a Doutrina.
Os que colaboram em campanhas muitas vezes são alunos das escolas ou da
mocidade.
Dos resultados nas tarefas:
O bom resultado no desenvolvimento de uma tarefa ou do conjunto de
tarefas em uma Casa Espírita, depende em grande parte da percepção e da forma
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como os dirigentes se relacionam entre si e com os colaboradores, tanto internos
como externos.
Havendo clareza nas propostas e na forma de agir é mais fácil
conquistar os colaboradores e induzi-los a participar do progresso.
O que gera bom relacionamento, equilíbrio e progresso no trabalho de
uma equipe:
Na fala:
- saber entender os outros e se fazer entender;
- ser agradável e saber se posicionar no grupo;
- ter personalidade e estimular seus semelhantes;
- buscar sempre trabalhar pelo progresso da equipe, apresentando-lhe
novos horizontes;
- saber repreender sem humilhar;
- saber diferenciar incentivo de ser alegre (usar mais o primeiro);
- saber motivar durante as fases de um discurso, de uma reunião ou no
dia-a-dia.
Nos atos:
- exemplificar com atos, a que falam, trabalhando pela união do grupo;
- respeitar o semelhante, não discriminando, mas, valorizando o seu
trabalho
(espírito de equipe);
- Perceber as necessidades do grupo auxiliando-o na superação delas;
- Aceitar as avaliações e agir para superar os defeitos apontados -ter
noção de seus limites, não se envaidecendo diante de elogios;
- Buscar constantemente auto-aprimoramento;
- Respeitar as decisões dos superiores, não relatando suas
inconformações aos subordinados.
O que evitar:
- Habituar-se ao mando -o ser humano acaba imaginando que sempre
deve ter a palavra final e decisiva;
- Absorção ou geração de melindres, em si ou nos outros, que podem
afastar colaboradores ou criar situações incomodas, além de
comprometer as tarefas;
- Inibição diante de expositores de fora ou com a presença de uma
autoridade, porque gera insegurança no restante do grupo;
- Aborrecer-se diante do afastamento de um dos membros da equipe -nem
todos querem viver a mesma experiência da mesma forma. Cada um
precisa ter suas próprias experiências e aprendizados.
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O que conquistar:
- Capacidade de enfrentar situações difíceis pela aceitação de desafios,
usando o processo de conquista para incentivar o semelhante;
- Capacidade de equilibrar o grupo e obter a participação de todos,
respeitando seus limites -palavras certas, nas horas certas, para a
pessoa certa;
- Liberdade para os componentes do grupo dialogarem sem reservas, sem
medo de melindres, aceitando-se mutuamente;
- A valorização do grupo como um todo, respeitando as individualidades
com seus erros, acertos e limitações;
- Perceber, aceitar e trabalhar na superação das limitações próprias e
alheias;
- Levar o grupo a se interessar pelo trabalho, pela Casa Espírita e pela
Doutrina.
Como atingir o objetivo:
Os objetivos apresentados neste tema serão atingidos gradativamente,
na medida em que formos vivendo os três princípios da aprendizagem:
- sentir necessidade de aprender;
- aprender fazendo;
- partir do simples para o complexo.
Para que isso esteja sempre presente em nossas vidas, devemos nos
colocar como eternos aprendizes e colaboradores, para podermos entender e nos
adaptar às mudanças e necessidades daqueles que conosco trabalham. Esta
postura é a busca constante das soluções, facilitando o nosso progresso, evitando a
rotina que é o princípio da queda de qualquer atividade e de qualquer
relacionamento. A leitura de obras e sua comparação facilitam o entendimento e
evita a radicalização em torno de uma só idéia e uma só postura.
O dirigente deve aprender a transmitir as mensagens e ensinamentos
de forma dinâmica, pela participação do grupo como nas Reuniões de Técnicas de
Comunicação, procurando estar sempre a par de evoluções da metodologia do
ensino.
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14ª REUNIÃO - (primeiro enfoque)
COMO FALAR PARA JOVENS
Sempre que falamos para um ou mais jovens temos que levar em
conta e entender seus horizontes, envolvendo:
Suas aspirações.
Educação recebida e possíveis conflitos oriundos de confronto com a
sociedade.
Incertezas.
Limitações espirituais oriundas do processo evolutivo atual e do passado.
Limitações culturais e do meio em que vivem.
Conflitos devido a preconceitos e opressão sofridos na infância.
Revoltas diante da vida (choque com seus semelhantes e a sociedade).
Idealismo próprio dessa fase.
Linguajar.
Hábitos adquiridos e forma de viver.
Como o jovem aprende, como participar do aprendizado, como melhorar
cativá-los.
Como participar de suas atividades, de modo a obter os melhores resultados.
Como auxiliá-los na superação de suas dificuldades íntimas de ordem
familiar, sexual, religiosa, cultural, profissional e de relacionamentos em geral.
Normalmente o adulto tem dificuldade para falar e se relacionar com
jovens devido:
A maneira de como cada qual vê a vida.
Dificuldade em resolver seus próprios conflitos por vezes abafados,
camuflados e não solucionados, sendo necessário superar essa situação para
conseguir falar e analisar com a tranqüilidade necessária, a fim de
implementar uma diretriz de solução para esses problemas.
Os próprios horizontes e capacidade de entender seus semelhantes.
A como se relacionam com os seus semelhantes.
Não darem importância ao seu modo de relacionamento alegre e
descontraído; não aceitarem suas músicas e seus hábitos como próprios do
jeito de ser do seu tempo.
Na Casa Espírita e em alguns outros ambientes existe separação
entre jovens e adultos, porque os adultos raciocinam de forma mais lógica ou mais
acomodada (muitos não sonham mais, por acomodação, por desilusão ou pelas
lutas que enfrentaram) não se interessando por entender os sonhos e aspirações
dos jovens, isolando-os, assim gerando conflito entre partes.
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Observação:
O adulto precisa sonhar sempre para criar horizontes novos para si, tendo por vezes
que reaprender a sonhar, para não envelhecer antes da hora.
Para que haja uma melhoria neste relacionamento é necessário que se
tenha em mente:
Que para sermos entendidos por qualquer pessoa é necessário que
tenhamos o que falar, pois, em caso contrário, não existe diálogo.
É preciso termos humildade, para ouvirmos o que os outros têm a dizer, em
particular o jovem, que anseia viver e se situar.
Que é necessário buscar saber quais as perspectivas de vida daqueles a
quem vamos nos dirigir, daí a importância de ouvir primeiro e ouvir mais do
que falar, aprendendo a conduzir o diálogo e não a centralizar a palavra em
si.
Que quem se enclausura na sua forma de pensar, de agir e de se relacionar,
não levando em conta o descortino do jovem, está fadado ao fracasso ou a
atingir apenas o grupo que pensa da mesma forma ou aqueles que se
subordinam passivamente.
Observação:
Esse grupo é incapaz de participar de uma decisão por covardia ou por não ter
aprendido a participar de decisões, deixando sempre que alguém decida por ele.
Isso ocorre em qualquer faixa etária.
Que falar para adulto é muito mais fácil porque existem semelhanças na
forma de interpretar a vida (os exemplos e situações estão muito mais
presentes do que os da infância e da juventude)
Não é suficiente falar com fluência e com linguagem correta, desconhecendo
trejeitos e particularidades da vida dos ouvintes e a forma como eles se
relacionam.
É necessário saber como os jovens assimilam conhecimentos novos (existem
formas diferentes e mais adequadas de ensinar cada faixa etária).
O adulto precisa aprender e exercitar a paciência, buscando
entrosamento com os jovens, observando como eles se relacionam, sem ter uma
atitude de recriminação, mas, participando de suas atividades, aprendendo:
A participar mais da vida de seus filhos, sobrinhos, netos e filhos de vizinhos
ou outros que estejam próximos.
Assistir ao trabalho feito com os jovens em qualquer situação como nos
esportes, no trabalho profissional ou escolar, nos grupos de jovens das Casas
Espíritas ou em qualquer outro grupo religioso, para entendê-los melhor.
Participar de atividades de orientação a jovens em situação de carência.
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Observações:
É melhor prevenir na infância e juventude do que combater a criminalidade na
fase adulta do ser humano, sendo de vital importância colaborar com grupos
que assistam aos orfanatos, que promovam a alfabetização de jovens e
adultos, como forma de aprender a lidar com essas situações.
Devemos entender que nem todos os que exercem uma atividade
remunerada ou não, nesses ambientes, estão espiritualmente preparados
para lidar com o desequilíbrio dos que vivenciam essas situações.
É importante que se busque entender e aprender a conviver, ao invés de
alimentar o medo, como vemos em grande parte da sociedade, que se
enclausura por trás de grades e de outras formas de defesa, na ilusão de que
assim estão protegidos daqueles a quem segregam.
Essa atitude é reforçada por políticos que exploram tal situação ao invés de
proporem um movimento social voltado para a fraternidade e amparo dos que
podem incorrer em erros.
Outros, simplesmente condenam situações como a Fundação Casa, sem
nada fazerem para reverter a situação, ignorando quão difícil é reeducar
alguém que age como um delinqüente.
Reavaliando a forma como convivemos nas situações já compartidas com os
jovens nos seus erros e acertos, o que aprendemos com a sua reação, com o
seu comportamento e que proposta podemos oferecer daqui para frente.
É importante essa reflexão, não sendo suficiente apenas, concluir e se
acomodar nas conclusões, mas sim, mudar de atitude realmente, agindo em
busca de melhores resultados.
Aquele que consegue perceber que errou, admite o erro e se propõe a
superá-lo; adianta-se no processo evolutivo, tendo, inclusive, mais autoridade
para trabalhar na orientação de seus semelhantes.
Perceber suas limitações, pois a maioria dos adultos pensa saber se
relacionar com os jovens por já ter convivido com eles, porém, raras vezes
analisam os resultados desse relacionamento, o que aprenderam e se coloca
em prática o que aprenderam.
O adulto e o idoso que sabem se relacionar com jovens e crianças, não é
rejeitado por eles.
Outro exemplo comparativo é o de se imaginar sabendo planejar, projetar e
construir uma casa, simplesmente porque moramos numa. Se buscarmos a
opinião de um técnico da área e compararmos nossos conceitos com os dele
veremos que temos muito a aprender, para sermos capazes de executar.
Um dos erros mais comuns do adulto é não aceitar a sua incapacidade
de competir com os jovens fisicamente, além de tentar desvalorizá-lo naquilo em que
eles se destacam, ao invés de se associarem com eles na busca de melhores
resultados nas atividades específicas e no relacionamento humano.
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Exemplo de atitude negativa:
“Você foi ótimo, mas quando eu praticava esse esporte era mais difícil e nós
conseguimos “este ou aquele resultado”, tentando mostrar que éramos melhores”.
Questão:
“Qual a importância e necessidade de afirmar que o que fazia era melhor, se não
pode repetir o resultado?”.
O que isso ajuda ao jovem que está buscado superar-se?
O que isso acrescenta no relacionamento além de aumentar a distância entre as
partes, o conflito de pontos de vista e a concorrência desnecessária?
Alternativa:
- Por que não utilizar a experiência adquirida para entender as aspirações,
horizontes e possibilidades do jovem e incentivá-lo?
- Por que não buscar entender o que vai no seu íntimo e trabalhar para se
construir uma amizade e não uma aversão?
Partindo desse raciocínio, o adulto e o idoso precisam estar
conscientes que não são capazes de competir com o jovem numa atividade que
exija vigor físico, conhecimento de esportes que não existiam em outras épocas, o
mesmo acontecendo com atividades como a informática.
Se o adulto souber se situar, ele será capaz de organizar torneios,
atuar como juiz em uma competição, ponderar quando necessário se conhecer as
regras da atividade em questão.
Isso também se aplica para outras áreas, como o apoio no
desenvolvimento profissional, na busca de um emprego, na escolha de uma
profissão ou de uma atividade autônoma.
Exemplos:
Quantos atletas quando mais maduros passam a atuar como técnicos, preparadores
físicos de equipes ou como treinadores individuais, utilizando a mão de obra mais
jovem para o desenvolvimento de outras atividades?
Certa ocasião observamos a postura de um mecânico de automóveis,
que buscou nos filhos a sua complementação uma vez que ele não tinha
conhecimento de como fazer a regulagem eletrônica dos carros atuais e a mesma
ocorrência com um idoso motorista de táxi, que aconselhou um passageiro a
procurar um jovem para reparar seu veículo, por ter mais facilidade de lidar com a
tecnologia moderna.
Vimos por esses exemplos que o adulto e o idoso, por não conhecerem
uma certa atividade desenvolvida por jovens, não devem ficar isolados, mas se
inteirar dela.
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Predispondo-se a se inteirar, valorizando a atividade do jovem, surge
melhoria no diálogo e a conseqüente diminuição de atritos.
Profissionalmente também é possível estabelecer melhoria no diálogo
com o jovem que está em busca de um lugar ao sol. O adulto que estiver
acomodado e que não procura se aprimorar na sua atividade, também terá
dificuldades para dialogar, porque estará vivendo num passado desvinculado da
realidade presente e não tem nada para acrescentar às expectativas desses jovens.
O que fazer?
- Atualizar-se, entender as necessidades modernas, buscar respostas para
as dúvidas e situações que forem surgindo.
- Não apresentar uma imagem pessimista ao jovem e à sociedade, mesmo
que esteja passando por uma fase difícil.
Devemos atuar dentro da mensagem da Doutrina Espírita que nos
orienta a aprender a cada dia e que toda dificuldade superada serve de apoio para
um novo aprendizado, um novo desafio, exigindo de cada um de nós uma mudança
de postura, o que se resume na tão falada “reforma intíma”.
Se apresentarmos na nossa conduta, uma imagem derrotista ao jovem,
como ele reagirá diante das incertezas da vida e em particular do futuro? pois ele
poderá raciocinar: “se ele (o adulto) com a experiência que tem não sabe como se
conduzir diante da vida, como é que eu que não conheço tanto quanto ele, devo
fazer para me afirmar?”.
Não se deve iludir o jovem, mas sim, buscar entender as suas dúvidas
e anseios e colaborar para que possa obter o resultado desejado.
Outro fator que pesa negativamente sobre as pessoas é a
apresentação de idéia ou ponderação calcada no medo ou em frustrações, porque
em nada ajuda ao aconselhado que ouve, não importando se é idoso, adulto ou
jovem, pois, qualquer ser humano que esteja numa situação de dúvida, dessa
maneira ficará mais inseguro ainda diante de suas lutas.
Um exemplo dessa postura improdutiva é a de que ninguém procura
um derrotado como ponto de referência, mas sim os que são vitoriosos, como Jesus,
Kardec e outros Espíritos que nos trouxeram orientações e progresso. Sejamos, pois
um exemplo positivo, mesmo que pequeno, para os que estão em busca de
crescimento, libertação e afirmação diante da vida.
Diante de revoltas e frustrações dos jovens, o adulto precisa ter o bom
senso de usar de amor, percepção e coragem para, com poucas palavras, tocá-lo e
induzi-lo ao acerto, como podemos ver nos exemplos a seguir:
“Diante da possibilidade de uma pessoa alimentar idéias de revide ou
de desistência, devido a uma avaliação feita por alguém que não mediu suas
palavras, podemos argumentar se vale a pena ela desistir e se prejudicar devido ao
desequilíbrio de quem o avaliou? Se não é mais construtivo ele se esforçar e
aprender a isolar-se de opiniões que o prejudicam e não lhe acrescentam nada?”
NEDE – NÚCLEO DE ESTUDOS E DIVULGAÇÃO ESPÍRITA – ( RTC-TEM.2º SEM- F2 M2) Pág. 82 / 108
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“Diante de uma pessoa que está desorientada devido à perda de um
familiar, por desencarne ou por afastamento, desequilíbrio no lar, é preciso ter
serenidade para entender sua dor e orientá-la no sentido de se manter calma, para
poder perceber e receber o auxílio do Plano Espiritual e o rumo a seguir, buscando
em primeira instância na oração, um ponto de apoio e de equilíbrio. Não se deve
reforçar sua dor, alimentando a revolta ou endossando as acusações, que de nada
valem na busca de soluções. Não se deve bisbilhotar e querer saber detalhes, que
apenas aumentam sua dor, permitindo que ela desabafe, prestando atenção e
pedindo inspiração ao Plano Espiritual para que possa ser um instrumento que a
leve ao reequilíbrio”.
Mesmo palavras simples, mas se proferidas com amor, na hora certa,
com a autoridade de quem luta para se manter em equilíbrio, ou que já superou
situações semelhantes, têm valor incalculável e soam como milagrosas. Não existe
uma fórmula mágica, porque são de inspiração do plano espiritual e por vezes nós
mesmos não nos lembramos de tê-las dito. Jesus disse que seremos bem
aventurados se orarmos pelos que nos perseguem, entre outras coisas pediu para
aquele que estiver se sentido abandonado, que ore pelo que o abandonou, por ser
ele mais infeliz do que possa parecer.
Em muitas situações como esta, a pessoa absorve a mensagem e a
usa para servir de apoio aos seus familiares, evitando acusações e revoltas,
alegando que não devemos acusar, pois nunca alguém erra sozinho.
Diante de um jovem que se sente injustiçado e revoltado, que tende a
desistir dos estudos, devemos exortá-lo a pelo menos terminar o curso que já iniciou,
pois de nada vale abandoná-lo porque continuará na condição de inferiorizado. O
jovem deve ser estimulado para que se alguém o estiver diminuindo, não consiga
atingir seu intento, pois com o saber poderá superar muitas situações, que hoje
parecem insuperáveis. É importante que estas colocações sejam baseadas em
realidades e que o jovem possa acreditar nos argumentos e em quem argumenta.
Uma atitude ou um gesto vale mais que muitas palavras.
Por outro lado existem jovens que encarnam nos ambientes mais
difíceis e que alimentam o propósito de se formarem em uma determinada profissão
que parece impossível. Não devemos desestimulá-los, pois não sabemos a força e
determinação desse espírito, uma vez que na história vemos vários exemplos
vitoriosos.
Há também os que sonham, mas não conseguem atingir seus
objetivos, cabendo a nós, muitas vezes, orientá-los a aceitarem e enfrentarem os
desafios atuais e utilizá-los como aprendizado no seu caminho futuro.
As reuniões de estudo com jovens devem ser dinâmicas, com
participação ativa deles, para que não aconteça como em muitas palestras em que
temos apenas ouvintes. Os temas evangélico-doutrinários devem ser discutidos e
analisados, levando-se em conta as condições da sociedade, suas características,
seus dramas. Essas análises devem despertar o interesse dos jovens.
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Exemplos:
O tema “Fora da caridade não há salvação” deve estar intimamente ligado ao
trabalho de assistência social, assim dividido:
- campanhas de arrecadação de alimentos.
- preparação de cestas básicas.
- participação em visitas a asilos e orfanatos.
- participação em campanhas de doação de órgãos e outras que
sensibilizem a sociedade.
- participação na preparação e condução de reuniões fraternas e bazares.
- reuniões de estudos que sensibilizem os jovens com relação a problemas
de
relacionamento entre as pessoas.
Quando se fala das Leis Naturais, podemos associar com:
- a importância do trabalho conjunto e fraterno.
- como se processa a evolução da humanidade.
Existe no meio espírita, programas que facilitam a tarefa de quem se
pré-disponha a trabalhar com jovens. Outros programas também devem ser
aproveitados naquilo que têm de útil, tomando-se o cuidado para não deturpar a
pureza da Doutrina.
Há trabalhos voltados para a educação de jovens com várias
dinâmicas que podem enriquecer e dinamizar as reuniões, devendo ser consultadas
livrarias ou se fazer intercambio com quem desenvolve atividades semelhantes.
A programação de estudos deve incluir idas a bibliotecas, a escolas de
formação profissional, hospitais, indústrias, feiras (industriais, comerciais, científicas,
de artesanato, etc), além do Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária, Guarda
Municipal e outras instituições e eventos que possam expandir seus horizontes.
O contato com profissionais das mais diversas áreas e visitas a seus
ambientes de trabalho, também é de fundamental importância para que se situem
diante do seu futuro profissional.
O contato com situações diferentes da sua realidade deve ser uma
constante, para que possa ter um crescimento equilibrado e saber se posicionar
diante das várias situações da sociedade, adquirido a capacidade de se adaptar,
além de facilitar o trabalho criativo, por não vivenciar uma fixação.
Como exemplo, podemos citar jovens que nunca andaram de ônibus,
nunca viram uma horta, não sabem como é o comércio (além das prateleiras de uma
loja) ou como se produz determinado artigo.
A avaliação e análise de reportagens e eventos devem ser
aproveitadas para esclarecimento e direcionamento dos jovens.
Exemplo vivenciado:
Um grupo participa há vários anos de visitas mensais no Lar Irmão
José em Itapevi/SP, tendo sido observado em uma dessas visitas, que os jovens ali
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residentes estavam alvoroçados devido ao seqüestro da filha de importante diretor
de uma emissora de televisão.
Motivo: Os seqüestradores eram do local, haviam estudado na mesma escola que
eles estavam freqüentando e passaram a serem vistos como heróis. Por que?
Devido à influência dos programas violentos que são apresentados pela TV, de
modo geral. Por que desta influência? Devido ao horizonte limitado em que essas
crianças vivem, sendo a televisão o maior meio de contato com o mundo exterior e a
transmissão bombástica do desenrolar do episódio, fez com que os seqüestradores
fossem vistos como heróis.
Como foram mudados o cenário e a interpretação?
Mostrando que todos que assim agem acabam presos ou tendo uma
vida complicada e não de sucesso. Depois da prisão dos seqüestradores foi
levantada a possibilidade de serem eliminados do grupo, o que ocorreu.
Aproveitando o desfecho, foram conclamados a se unirem e buscarem outras formas
de solução dos problemas, apresentando-lhes exemplos de benfeitores da
humildade.
Observação:
O trabalho nesse orfanato não tem por objetivo conduzir as crianças e
jovens ao Espiritismo, mas usar a mensagem da Doutrina para dar-lhes uma visão e
uma postura que os leve a serem cidadãos equilibrados, deixando que cada um
decida seu caminho no futuro.
Esta maneira de agir se prende ao fato de o Espírito ter livre arbítrio
para analisar o que percebe e decidir o que fazer, por conta própria, pois,
observamos que mesmo entre nossos filhos, há os que seguem e outros não o bom
caminho indicado, embora tenham recebido as orientações evangélicas na Casa
Espírita.
Na Casa Espírita também devemos dar o melhor possível, tendo em
mente que a semente lançada permanece latente, vindo a germinar no momento em
que cada um despertar para a realidade maior.
Há uma observação de uma mãe, que tendo dado o melhor de si na
educação dos filhos, não temeu diante da ida deles para outras regiões, afirmando: “
Se dermos o melhor de nós aos filhos, mesmo que venham a tropeçar na vida, um
dia despertarão recordando a mensagem recebida quando no lar”.
A confirmação destas palavras está na Parábola do Filho Pródigo.
Aprendamos com a orientação ao jovem!
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14ª REUNIÃO - (Segundo enfoque)
COMO FALAR PARA JOVENS
Escolha do Tema
Deverá ser efetuada de acordo com as necessidades e interesses dos
jovens e essas necessidades poderão ser identificadas como: dificuldade no
relacionamento com os pais, na vivência do ambiente escolar, dificuldade de ser
aceito no grupo de colegas, falta de entrosamento com os amigos, relacionamento
difícil com o sexo oposto, sentir-se incompreendido pelos demais e isolado, etc.
Esses são os requisitos sobre os quais se fundamentará a escolha do assunto a ser
abordado.
Quando vamos falar aos jovens, faz-se necessário saber que é nessa
fase, dos 10 aos 21 anos de idade, aproximadamente, que o indivíduo começa a se
interrogar e a distinguir a individualidade própria. É a tomada de consciência do
exterior, enquanto distinta do próprio eu. Suas vida social se alarga, ultrapassando o
âmbito familiar. Vale lembrar que a adolescência é a fase mais importante do
desenvolvimento humano; é quando o indivíduo se solta da família e vai à procura
de seus ideais, forma o seu caráter e começa a andar com suas próprias pernas.
Assume progressivamente a direção ativa e pessoal da sua própria vida.
É a busca da auto-afirmação que às vezes é intrínseca e outras vezes
se manifesta na forma de rebeldia. É a procura da auto-segurança.
Introdução
Partindo do princípio que reuniões e palestras para jovens devem
despertar interesse pelo estudo, com seriedade e planejamento, a introdução do
tema deverá ser feita através da motivação, seja contando uma história ou narrando
uma parábola, se houver uma específica para o assunto a ser abordado; ler uma
poesia, uma mensagem, sempre relacionada ao tema. Vale lembrar que a Doutrina
Espírita nos presenteia com lindas mensagens que nos convidam à reflexão e que
poderão ser também utilizadas. Uma motivação adequada despertará o interesse e a
atenção do grupo, envolvendo os jovens de forma próxima e agradável.
Desenvolvimento
É fundamental que o expositor esteja muito bem preparado, tenha bom
discernimento e capacidade de doar amor, exercitando tolerância e compreensão e
que possua bons conhecimentos, pois é impossível falar de algo que se
desconhece, de um tema que não se domina.
Faz-se necessária grande capacidade de doação, pois a adolescência
é fase de amoldamento, de adaptações e ao mesmo tempo, de transformações que
merecem e exigem paciência e habilidade psicológica (tudo que gosta, “adora” e
tudo com o que não simpatiza “odeia” -tudo é muito intenso); deve-se ter o cuidado
de que todas as propostas sejam apresentadas de forma edificante, sem acusações
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nem rejeições, mas, com espírito de tolerância e compreensão, até que o
discernimento do adolescente aceite como fenômeno natural a contribuição e
orientação de fora; tendo em mente que a escolha foi própria e que isso é bom para
ele, não porque os outros assim o queriam, mas, porque mais o conforta e agrada.
Devemos levá-los ao diálogo, ao debate, à reflexão, à pesquisa, não a lhe dar tudo
pronto; devemos deixar que ele se descubra e conheça o mundo, não devemos dar
roteiros de comportamento, padrões de conduta; não fazer qualquer forma de
doutrinação do tipo “sermão encomendado”, pois isso o afastará.
São muito criativos e devemos deixá-los se organizar, tratando-os,
acima de tudo, com muito respeito.
O assunto deverá ser sempre transmitido com muita convicção, não
vacilando com frases, expressões e gestos de insegurança caso seja surpreendido
com perguntas para as quais não estava preparado, por exemplo: como agir? por
quê?
Devemos ser autênticos sempre, pois não é possível passar
orientações se não agimos de acordo com elas; devemos propositar reflexões sobre
o seu cotidiano.
É primordial que todas as orientações e opiniões sejam sempre
embasadas na Doutrina Espírita, falando sobre livre arbítrio, causa e efeito, ação e
reação, etc.
Vocabulário
Sempre claro e objetivo, falar com sinceridade, sem floreios,
esclarecendo de forma concisa, sem disfarces ou rodeios; não é aconselhável o
português formal; usar uma linguagem jovial, coloquial, sem que com isso se obrigue
ao uso de gíria ou erros usuais de concordância, mantendo sempre o bom senso.
Postura – Entonação de voz
Não manter a mesma modulação; em alguns momentos, falar com um
tom de voz mais grave; não falar com a voz sumindo ou sumida; não manter sempre
um mesmo tom para não soar como uma cantiga de ninar, criando monotonia.
Corporal
Não permanecer parado, estático, em só lugar o tempo todo e também,
não andar por toda a sala perdidamente; buscar um meio termo; manter movimentos
apenas para que o grupo, observando, siga-o com o olhar, rompendo a inércia, o
que evita sonolência.
Método e Técnica
Reuniões planejadas, agradáveis, de conteúdo, marcarão a vida do
jovem de forma indelével. Para isso, nada impede que se utilize a música
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instrumental, cantada por coral, o teatro, artes em geral, os recursos de tecnologia
bem como, os passeios.
De forma ponderada, equilibrada, envolver os jovens com as demais
atividades da casa; tornando-os participativos e responsáveis por atividades
compatíveis com sua idade, será possível assim, formar jovens conscientes.
As palestras e reuniões deverão se caracterizar pelo dinamismo
próprio da idade. Se forem sonolentas e sem motivação corre-se sério risco de
promover o afastamento dos jovens
Como técnica podemos utilizar a dinâmica de grupo:- formar grupos
de, no máximo quatro participantes e dar-lhes atividades para o seu
desenvolvimento, como, por exemplo: apresentar um resumo do tema estudado,
teatralizar o que foi discutido, montar painéis a partir de recortes ou desenhos.
Apresentar o tema a ser trabalhado, dando uma linha de conduta,
orientando sobre o resultado do que se deverá obter, o que se espera que cada
grupo faça durante essa atividade. Supervisionando os trabalhos poderemos
conhecer melhor cada participante, a partir do seu comportamento ou do
desenvolvimento da tarefa. Desenvolver atividades que envolvam o grupo com a
música e a dança tem sempre um efeito positivo e se consegue uma boa sintonia
com os jovens. Devemos atentar para atividades que incentivem a integração deles.
Conclusão
Reafirmar que o estudo é que prepara as pessoas para se conhecerem
e conhecerem a vida, suas leis espirituais e que, aplicar essas leis garantirá
equilíbrio no viver!
Declarar com clareza e firmeza, em tom convincente de quem conhece
bem o assunto, que a Doutrina Espírita tem conteúdo para a vida toda e para
qualquer idade.
Esclarecer com bons argumentos que a liberdade de ação é a sua
característica intrínseca e que esse proceder é o uso do livre arbítrio.
Que, com o passar do tempo, com o amadurecimento que chega com
a idade, com a evolução que se vai conquistando, perceberemos essas
características todas com naturalidade, de forma mais abrangente.
Explicar didaticamente que: “Na juventude aprendemos. Na maturidade
compreendemos: não é o mundo que deve entrar na Casa Espírita... é o Espiritismo
que deve ir para o mundo”.
Avaliação
Poderá ser efetuada uma avaliação para se observar se neles se
despertou interesse em conhecer os trabalhos realizados na Casa e o desejo de
contribuir e participar de atividades e de dar seu comprometimento através da
freqüência e da prática dos ensinamentos, mediante interação com o grupo.
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15ª REUNIÃO - 1º Tema
A RECEPÇÃO NA CASA ESPÍRITA
A recepção em uma Casa Espírita é uma atividade de extrema
importância, tendo em vista ser o primeiro contato do seu freqüentador.
Adentrar a uma Casa Espírita.
O que apresentamos no desenvolvimento deste tema não visa
burocratizar essa atividade, mas dar-lhe uma visão mais ampla, com o objetivo de
auxiliar na dinamização da Casa Espírita.
De acordo com as atividades a serem desenvolvidas, a recepção será
mais simples ou obedecerá a um plano mais elaborado; em todos os casos, o calor
humano deve estar acima de qualquer procedimento para que os objetivos dos
trabalhos possam ser atingidos com maior facilidade e num clima mais fraterno.
Para melhor exemplificar como deve ser esta fase que antecede às
reuniões, sugerimos que sejam lidos do livro Desobsessão, de André Luiz, os
capítulos:
11 – Chegada dos Companheiros.
12 – Conversação Anterior à Reunião.
14 – Pontualidade.
21 – Visitantes .
23 – Chegada Inesperada de Doente.
Do livro Nos Domínios da Mediunidade, do mesmo autor, temos:
Capítulo IV – Ante o Serviço.
Objetivos da Recepção:
- Envolver fraternalmente todos os que chegarem à Casa Espírita, dando-
lhes as boas vindas e amparando-os.
- Dar as primeiras orientações e esclarecimentos aos iniciantes e
visitantes (não fazer às vezes do orientador).
Encaminhamento:
Para não se sentirem como que desamparados e deslocados,
encaminhar cada um como segue:
Freqüentador iniciante:
- Ao Plantão de Orientação e Encaminhamento.
- Às Reuniões Públicas.
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Visitantes:
- À Secretaria.
- Ao Dirigente ou à sala onde assistirá a palestra ou aos trabalhos.
- Às Reuniões Públicas.
Assistidos:
- Às Reuniões de Assistência Espiritual.
- Às Reuniões de Assistência Social.
- Ao Plantão de Orientação e Encaminhamento (caso perceba no assistido
a necessidade de assistência ou orientação, mesmo não tendo tomado
todos os passes indicados).
Colaboradores:
- Aos novos locais de trabalho, caso tenha havido modificações.
- A uma tarefa de emergência, quando for o caso.
Para onde encaminhar:
Ao recepcionar uma pessoa, o recepcionista deve saber para onde e
para quem encaminhá-la em busca de uma informação qualquer.
Para facilitar essa tarefa, é interessante que seja montada uma tabela
de atividades que permaneça em poder de quem recepciona; vide formulário nº 2
(necessita também no quadro de avisos).
Nessa tabela devem constar todas as atividades da casa, bem como
os seus horários e respectivos responsáveis.
Uma tabela semelhante pode ser afixada em quadro de avisos para
facilitar a dinâmica da Casa, não devendo constar nela o nome das pessoas que
respondem pelas atividades, principalmente quando são escalas móveis e também
para evitar que o assistido fique escolhendo com quem vai buscar atendimento.
Nessa tabela afixada no quadro de avisos pode ser observado que, em
caso de dúvidas, as primeiras informações serão prestadas pelos recepcionistas ou
outros colaboradores, como os da biblioteca ou da livraria, os quais devem ser
esclarecidos para essa função.
Perfil do Colaborador:
Para atuar na recepção o colaborador deve ter as características a
seguir:
Ter facilidade de:
- se relacionar com outras pessoas.
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- memorizar as atividades da Casa associando-as com os responsáveis.
- memorizar fisionomias e nomes.
- lidar com listas de presença.
Gostar de:
- auxiliar as pessoas.
+Não deve executar as funções do Orientador ou Entrevistador
(Orientação e Encaminhamento), mas apenas dar esclarecimentos
breves, se necessários.
- ter contato com o público.
+Não se irritar com a agitação característica dos locais de grande
movimento de pessoas.
- Ter conhecimento e equilíbrio para:
+Não se perturbar diante de situações, como ter que lidar com:
- pessoas revoltadas e impacientes.
- pessoas alcoolizadas.
- pessoas em desequilíbrio.
- outras situações desconcertantes e delicadas.
+Não absorver para si os problemas alheios, na ânsia de resolvê-los:
- É necessário perceber os problemas das pessoas que vêm à Casa
Espírita,
envolvendo-as em amor e equilíbrio (é comum vermos pessoas que até
abandonam as tarefas por não saberem se posicionar e se envolverem
com os problemas alheios).
Entender as condições dos que adentram pela primeira vez, a uma
Casa Espírita, para que os mesmos:
- não se sintam deslocados e amedrontados diante do ambiente que lhes
é estranho.
- Se sintam a vontade e superem seus receios e preconceitos referentes à
Doutrina.
- Não se envergonhem ou se sintam diminuídos em virtude de seus
problemas.
- Não sejam discriminados em função de raça, condição financeira, cultural
ou
deficiências físicas (devemos ter sempre em mente que a condição
social, cultural e racial nada significa em relação à Espiritual).
A recepção na Casa Espírita pode ser complementada como segue:
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Controle de Freqüência:
Normalmente, é de responsabilidade da Secretaria, porém, em Casas
pequenas é exercida pelos próprios colaboradores que recepcionam.
Esse controle objetiva facilitar as atividades na elaboração de relatórios
para fins estatísticos e de Diretoria.
Como controlar:
a) Em cursos: podem ser usados formulários como a sugestão anexa a
este.
b) Em reuniões públicas: não se faz necessário um controle rígido,
bastando a simples contagem com ou sem uso do contador mecânico,
anotando-se posteriormente em local próprio.
c) Em trabalhos assistenciais: pode ser feito através do picotamento do
cartão individual, emitido pelo entrevistador (Orientador), quando o
número de freqüentadores (Assistidos) justificar o uso do mesmo ou
usando o contador mecânico.
Quando a recepção é feita nos locais das reuniões?
No início dos cursos ou de reuniões com programa definido, podendo
ser desenvolvida como se segue:
Ter um grupo destinado à:
- controlar a freqüência.
- identificar os freqüentadores e Casas Participantes.
- Distribuir material complementar necessário, como apostilas, crachás e
outros.
A recepção no início de cada atividade:
Início de um curso:
- dar boas vindas, irmanando a todos num envolvimento cordial;
- estimular os participantes, ressaltando a importância das atividades que
são desenvolvidas, como parte da vida dos mesmos (essa importância
deve ser real e não ilusória, para não frustrar depois);
- Analisar o programa, buscando eliminar dúvidas e posicionar o
participante quanto à sua posição;
- Orientar quanto à organização das reuniões;
- Fazer de forma descontraída a apresentação dos participantes,
buscando amparar quem tiver dificuldades e inibições além do normal,
para que os mesmos não se sintam ridicularizados.
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No término da reunião deve ser dada ênfase para a importância da
vivência do que foi aprendido e desejando um bom retorno na próxima reunião.
A recepção no início de cada aula ou reunião
Foi observado que não é produtivo pedir aos participantes que se
desliguem de seus problemas e suas dificuldades, sendo mais positivo salientar que
procedam como segue:
De preferência o dirigente e se este não o fizer deve ser feito pelo
expositor, de forma tranqüila, buscando a participação e o interesse de todos, pedir
que meditem sobre as razões que os trouxeram à reunião, o que esperam obter
dela, saber das dificuldades vividas, o que foi realizado e o que não foi possível
realizar e, a partir daí, que peçam ao Plano Espiritual o amparo para si e para todos
os colaboradores, para que possam desempenhar suas tarefas e que cada expositor
possa ter a palavra necessária ao seu público.
Salientamos que a forma acima, cada um pode executar com suas
próprias palavras, por ter sido observado que as pessoas vão ao Centro Espírita em
função de suas dificuldades e anseios e que deixam de freqüentá-lo quando não
vêem razão para continuar e deixam de se sentirem motivadas para participarem
das reuniões e terem perspectiva de melhora.
Devemos observar que quando uma pessoa é levada a participar pela
motivação, o resultado é muito superior ao de um desanimado (o primeiro princípio
da aprendizagem é de que, para um aluno aprender é necessário que este esteja
interessado no que está sendo transmitido).
Observou-se que quando os participantes concluem a assistência são
advertidos de que cada um pode receber resposta às suas necessidades em função
do desejo de recebê-las, da assiduidade da sua freqüência e participação nas
atividades, envolvendo o expositor, e que este aborda o tema de forma a bem
atender aos ouvintes, amparado pela inspiração do Plano Espiritual que capta e
atende a esses anseios da assembléia.
Observação:
Para obter esse resultado na recepção, no início de cada reunião, é necessário que
a equipe de trabalho esteja comprometida e disposta a dar o melhor de si.
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15ª REUNIÃO - 2º Tema
FASES DE UMA REUNIÃO
Avisos
Os avisos, em parte, são responsáveis pelos resultados bons das
atividades dos Centros Espíritas, quando transmitidos de forma clara e dinâmica.
Para a obtenção desse resultado é necessário nos prepararmos
adequadamente, com antecedência, adquirindo e vivenciando os conhecimentos
transmitidos em atividades como a da RODSE.
Quem transmite os avisos tem papel semelhante ao do vendedor de
idéias, ao indicar a localização de eventos, temas, horários e informando quanto à
importância das atividades a serem desenvolvidas na Casa Espírita, motivando-os a
participarem deles.
Para melhorar o nosso desempenho nessa atividade devemos também
observar e avaliar a reação das pessoas quando são anunciados os avisos, com o
fito de perceber o quê e o quanto lhes despertam o interesse. Para aumentar o
poder dessa percepção é interessante lermos livros como os que abordam:
- As Relações Humanas;
- Chefia e Liderança;
- Vendas e Planejamentos, entre outros.
Devemos ainda, estudar e observar as propagandas, pois o seu
objetivo é justamente despertar o nosso interesse para o produto apresentado.
Na seqüência relacionamos um roteiro com o objetivo de entender
melhor e de facilitar o desenvolvimento dessa atividade, podendo o mesmo ser
complementado ou enriquecido, quando necessário:
Quando e o que avisar:
Início da reunião.
Responsável: Dirigente ou Secretário(a).
Tempo máximo: 5 minutos.
Na abertura da reunião, pelo dirigente.
Tipos de avisos:
Informações sobre o desenvolvimento da reunião, envolvendo:
- os objetivos que a mesma se propõe atingir.
- temas que serão desenvolvidos.
- nomes dos participantes (escala).
- tempo da reunião ou apresentação de horários (quando houver).
- observações ao grupo.
- anúncio da presença de visitas ou novos participantes.
- datas comemorativas (anunciá-las observando sugestões no final).
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- datas natalícias de colaboradores e participantes (fazer levantamento
nas fichas pessoais ou na reunião, quando privada).
Entre início e encerramento:
- tempo máximo: 10 minutos
Responsável:
O encarregado pelos avisos que pode ser:
- conforme escala
- secretário (a)
- dirigentes
- pessoa convidada, por cujas particularidades do aviso só ela conheça.
Observação:
Essas responsabilidades devem ser estabelecidas previamente para evitar
desencontros.
Tipos de avisos:
Informações sobre o que será desenvolvido:
- Na próxima reunião abrangendo:
. escalação de colaboradores
. temas e expositores, conclamando a todos para que estejam
presentes.
. datas comemorativas
. se há feriado (ver se haverá reunião)*
- Durante a semana outras atividades como:
. Reuniões:
. das Casas participantes
. de interesse da comunidade
. Convites:
. para atividades das Casas Espíritas
. de outras Casas Espíritas
. para outras comemorações ou atividades de interesse do grupo
*Feriado
- se a folga está prevista no programa.
- se o grupo opta pela reunião ou não, em conjunto com a Direção.
- havendo alteração de datas de reuniões, fazer contato com os
expositores, alterando-as.
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No final da Reunião
- Responsável:
. Dirigente
- Tempo máximo:
. 2 a 3 minutos durante o encerramento
- Tipos de avisos:
. Apenas avisos que sejam realmente importantes
Observações quanto:
Ao tempo
Evitar avançar no tempo da reunião (término após o horário estabelecido), pois esse
é um fator de afastamento de participantes e da dificuldade em conseguir que se
disponham a participar de outros eventos.
À forma
- os avisos devem ser do interesse de quem participa,
- devem ser transmitidos de modo a despertar o interesse pelo que está
sendo anunciado.
- quem avisa deve ter conhecimento do que será transmitido, pois em caso
contrário, não terá o menor efeito (penetração, entendimento,
atendimento).
- não pegar recados de última hora.
- se o anúncio for muito específico (de conhecimento só de quem o traz)
ele mesmo deve ser convidado a enunciar o aviso.
- quem tem avisos específicos deve se inscrever junto à secretaria para
participar (estabelecer tempo para o mesmo).
- quem avisa deve ser simpático ao público.
- os avisos devem ser o mais breve possível e com a maior objetividade.
Os avisos podem:
Ser complementados ou feitos de outras formas como a distribuição de:
- material complementar aos avisos.
- convites em geral.
- programas de atividades.
- roteiros.
- convocações para reuniões específicas, etc.
Essa distribuição deve ser feita no momento em que o aviso está
sendo dado, por ser maior o seu impacto e a sua penetração. Não havendo tempo
suficiente para isso, a distribuição deve ser feita no final da reunião e nunca quando
estiver sendo abordado outro assunto ou desenvolvido o tema proposto.
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Observação:
Isso também se aplica à distribuição de apostilas e outros papéis como testes, fichas
de inscrição, de adesão, etc.
Os avisos e convites costumam ser feitos ou complementados com
cartazes e faixas, devendo, para sua preparação, observar o que é abordado no
Manual das RODSEs, no tema “Métodos de Ensino”, além de livros que abordam a
comunicação visual. Devem ser afixados em quadros bem localizados.
Dentre os avisos podemos citar:
- plano de reuniões com escalas de participantes.
- festividades.
- reuniões desenvolvidas nas Casas Espíritas.
- atividades desenvolvidas em conjunto com outras Casas Espíritas.
Material Complementar:
- avisos a serem dados de acordo com o programa e plano anual de
reuniões.
- datas comemorativas do ano que podem ser pesquisadas no jornal O
Semeador, sob o título “Fatos Espíritas”.
Observação:
Informações regionais podem ser coletadas em publicações locais.
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AVISOS A SEREM DADOS DE ACORDO COM O
PROGRAMA E PLANO DE REUNIÕES ANUAIS
Ano:__________ Semestre:___________ Zona:________
REUNIÕES
AVISOS
1ª
Preparatória da
RODSE
2ª
Preparatória da
RODSE
3ª
Preparatória da
RODSE
Do Programa
1ª
Do Programa
2ª
Do Programa
3ª
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CALENDÁRIO DE EFEMÉIDES ESPÍRITAS
MÊS DIA/ANO ACONTECIMENTOS
J A N E I R O
01.1858 01.1875 01.1846 02.1884 02.1984 03.1412 05.1861 06.1868 08.1958 09.1862 09.1977 10.1969 10.1868 11.1971 12.1827 13.1968 13.1910 14.1942 15.1861 15.1862 16.1916 17.1901 18.1969 20.1919 21.1883 21.1883 22.1909 23.1906 27.1995
Lançamento do 1º número da Revista Espírita fundada por A. Kardec. É publicada a 1ª Folha Espírita do Rio de Janeiro Nasce Leon Denis – filósofo do Espiritismo É eleita e empossada a 1ª diretoria da FEB, tendo como presidente o major Francisco Raimundo Ewerton Quadros. É instalada em Brasília, DF, a sede central da FEB. Nasce na França, Joana D’Arc. É publicado o 1º número de O Livro dos Médiuns, com o subtítulo “Guia dos Médiuns e Doutrinadores”. É publicada a 1ª edição de A Gênese, de Allan Kardec. É fundado no Rio de Janeiro, o Lar Fabiano de Cristo, por Jayme Rolemberg e Carlos Pastorino. Nasce em Gênova, Itália, o Dr. Ernesto Bozzano. É criada a Caravana da Fraternidade, de Jesus Gonçalves, em favor dos hansenianos em São Paulo (Asilo Colônia de Pirapitinguí). Desencarna a médium Zilda Gama, com 91 anos de idade. Nasce em Paris, França, Hubert Forestier – foi diretor da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, fundada por Allan Kardec. Desencarna o médium José Pedro de Freitas, o Zé Arigó, em acidente automobilístico. Foi médium do Espírito do Dr. Fritz. Nasce em Zurique, Suíça, João Henrique Pestalozzi, educador de Allan Kardec. Realizada a 1ª reunião de médicos espíritas para fundar a Associação de Médicos Espíritas de São Paulo Desencarna Andrew Jackson Davis, o Allan Kardec americano. Desencarna Antônio José Trindade, um dos fundadores da FEESP. É lançada a 1ª edição de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec.
É lançado o livro O Espiritismo na sua Expressão mais Simples É fundada a FEP - Federação Espírita Paraibana Nasce no Maranhão, Luiz Olímpio Guillon Ribeiro – foi engenheiro civil, senador da República e presidente da FEB. Desencarna no Rio de Janeiro, Ismael Gomes Braga, jornalista ativo no Movimento Espírita e esperantista. Desencarna em São Paulo, Anália Emília Franco. É fundada a revista O Reformador, órgão de divulgação da FEB. Desencarna Amelie Boudet, aos 87 anos de idade, Sra. Kardec. Desencarna Antônio Gonçalves da Silva, o Batuíra, notável médium de cura. Nasce em Baixada Grande, Bahia, Deolindo Amorim. Divaldo Pereira Franco é incluído no quadro de vultos artísticos e históricos da Bahia, pelo plenário da Assembléia Legislativa do
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CALENDÁRIO DE EFEMÉIDES ESPÍRITAS
MÊS DIA/ANO ACONTECIMENTOS
Estado.
J A N E I R O
28.1995 30.1938 31.1907
Desencarna na Espanha, Miguel Vives y Vives, fundador da Federacion Espírita Del Valles e da Revista Union. Desencarna em Matão, São Paulo, Cairbar de Souza Schutel. É fundado o Colégio Allan Kardec, por Eurípedes Barsanulfo, em Sacramento, Minas Gerais.
F E V E R E I R O
01.1905 01.1834 01.1856 06.1832 06.1915 07.1901 12.1809 15.1925 15.1926 16.1947 17.1958 17.1827 18.1891 20.1822 26.1842 26.1802
Nasce em Pacatuba, Ceará, Francisco Peixoto Lins, o Peixotinho, notável médium de efeitos físicos. Nasce em Laranjeiras, na então província de Sergipe, Francisco Leite Bittencourt Sampaio. Nasce em Resende, Rio de Janeiro, Anália Emília Franco, professora humanitarista, criadora de inúmeras obras educativas e assistenciais. Casamento de Allan Kardec com Amélie Gbrielle Boudet.
Desencarna no Rio de Janeiro, Joaquim Carlos Travassos, tradutor do Pentateuco Kardequiano. Desencarna em Natal, Rio Grande do Norte, a poetisa Auta de Souza. Abraham Lincoln, presidente dos Estados Unidos, realiza reuniões mediúnicas. Lançamento da Revista Internacional de Espiritismo – RIE, por Cairbar Schutel, em Matão, São Paulo. Desencarna Gabriel Delanne. Desencarna em Pirapitinguí, São Paulo, no Hospital Colônia, Jésus Gonçalves. Contraiu hanseníase aos 27 anos de idade. Foi poeta e teatrólogo, convertido ao Espiritismo fundou a Sociedade Santo Agostinho, instituição espírita. Desencarna em São Paulo, Cornélio Pires. Desencarna na Suíça, João Henrique Pestalozzi. Bezerra de Menezes funda o Grupo Espírita Regeneração, no Rio de Janeiro. Desencarna em Salvador, Bahia, Madre Joana Angélica de Jesus, Joanna de Angelis. Nasce Camille Flammarion. Nasce em Paris, França, o escritor e humanista Victor Hugo.
M A R Ç O
01.1944 04.1954 06.1932 09.1979 09.1984 19.1839 20.1833
É lançado o jornal O Semeador em São Paulo, órgão da FEESP. É constituída Fraternidade Discípulos de Jesus. É fundada a Associação das Senhoras Cristãs em Araçatuba, pela emérita espírita Benedita Fernandes. Desencarna José Herculano Pires. Desencarna Yvone do Amaral Pereira. Nasce em Portugal, Antônio Gonçalves da Silva, o Batuíra, médium curador. Nasce na Inglaterra, Daniel Dunglas Home, considerado o maior
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CALENDÁRIO DE EFEMÉIDES ESPÍRITAS
MÊS DIA/ANO ACONTECIMENTOS
20.1952
médium de efeitos físicos. Desencarna Lins de Vasconcelos.
M A R Ç O
22.1882 23.1857 24.1856 31.1848 31.1869 31.1870
O livro A Gênese, de Allan Kardec, é editado pela 1ª vez em língua portuguesa. Nasce Gabriel Delane. O Espírito de Verdade revela-se para Allan Kardec. Através de pancadas inteligentes convencionadas com os Espíritos, os fenômenos em Hydesville (EUA), envolvendo a família Fox, atingem o auge, iniciando inúmeras investigações sobre a mediunidade. Desencarna Allan Kardec, vítima da ruptura de um aneurisma.
Em Paris, França, é inaugurado o monumento a Allan Kardec em seu túmulo.
A B R I L
01.1858 02.1869 02.1910 04.1919 11.1900 12.1927 18.1857 18.1973 18.1957 20.1909 21.1889 22.1904 24.1984 29.1864 30.1856
Á fundada a Associação Parisiense de Estudos Espíritas, por Allan Kardec. Allan Kardec é sepultado em Paris, no Cemitério de Montmartre. Nasce em Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Francisco Cândido Xavier. Desencarna William Crookes, estudioso inglês dos fenômenos espíritas, prêmio Nobel em Física. Desencarna no Rio de Janeiro, Bezerra de Menezes. Desencarna Lèon Denis. É lançado O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, em edição definitiva.
É lançado o jornal Folha Espírita. É lançado no Brasil o 1º Selo Postal Espírita do mundo, em comemoração aos 100 anos de O Livro dos Espíritos. Desencarna na Espanha, Amália Domingo Soler. Foi fundado no Rio de Janeiro o Centro Espírita Brasil; seu primeiro presidente foi Adolfo Bezerra de Menezes que, junto de Augusto Elias da Silva, instalou a 1ª Escola de Médiuns. Desencarna Florence Cook, a médium de materialização do Espírito Katie King. Desencarna no Rio de Janeiro o jornalista Deolindo Amorim. É lançado O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec. É transmitida a Allan Kardec, a primeira revelação mediúnica a respeito da sua missão.
M A I O
01.1880 01.1864 02.1980 04.1928
Nasce em Sacramento, Minas Gerais, Eurípedes de Barsanulfo. O Clero, através da Sagrada Congregação colocava todas as obras espíritas no INDEX de livros proibidos, condenando em bloco, todas as obras, revistas, folhetos e jornais espíritas. Desencarna em São Paulo, Silvio Canuto de Abreu. Desencarna William Crookes.
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CALENDÁRIO DE EFEMÉIDES ESPÍRITAS
MÊS DIA/ANO ACONTECIMENTOS
05.1927 06.1950 07.1878
Nasce em Feira de Santana, Bahia. Divaldo Pereira Franco. Inicia-se a 1ª turma da Escola de Aprendizes do Evangelho. Nasce em Piracicaba, São Paulo, Pedro de Camargo, Vinícius.
M A I O
07.1934 08.1858 22.1932 22.1885 27.1832 30.1431
A FEB é considerada de utilidade pública pelo Decreto Lei 4.765. É lançado nos Jovens espíritas reuniram-se em São Paulo, no Centro Espírita Maria de Nazareth e constituíram o Primeiro núcleo de Mocidade Espírita do Brasil. Desencarna Victor Hugo. Nasce em São Petersburgo, Rússia, Alexander N. Aksakof, cientista, espírita e diretor de dois jornais de estudos psíquicos. Joana D’Arc é sacrificada na fogueira pela Santa Inquisição, do Clero.
J U N H O
1869 03.1908 03.1925 05.1947 12.1902 14.1894 14.1932 16.1966 17.1832 20.1900 24.1943 24.1908 26.1890 28.1972 30.2002
É publicado em Paris, o último número da Revista Espírita. É fundada a Federação Espírita do Estado de Alagoas. Desencarna na França, Camille Flammarion. É fundada a USE-União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, Nasce em Borebí, São Paulo, Jésus Gonçalves, O Gigante Deitado. Nasce em Guaratinguetá, São Paulo, Edgard Pereira Armond. Desencarna em Turim, Itália, a médium Linda Gazera. Desencarna Francisco Peixoto Lins, o Peixotinho. Nasce em Londres, Inglaterra, o cientista William Crookes, Nobel de Física, famoso pela pesquisa sobre a materialização de espíritos. Lançamento da obra poética HORTO, única de Auta de Souza. Desencarna Ernesto Bozzano. Fundação da União Espírita Mineira. Nasce em Roma, Itália, a médium Linda Gazera. Francisco Cândido Xavier responde a perguntas de alunos do Colégio Militar do Rio de Janeiro. Desencarna em Uberaba, Minas Gerais, Francisco Cândido Xavier.
J U L H O
04.1948 04.1942 12.1936 12.1902 30.1932
Desencarna Monteiro Lobato. Desencarna em Salvador, Bahia, Manuel Philomeno de Miranda. Fundação da Federação Espírita do Estado de São Paulo Nasce em Borebí, São Paulo, Jésus Gonçalves. É fundada em Juiz de Fora, Minas Gerais, a revista O Médium.
A G O S
01.1865 03.1895 04.1969 15.1952
Lançamento do livro O Céu e o Inferno, de Allan Kardec.
Bezerra de Menezes assume a presidência da FEB. Desencarna em Niterói, Rio de Janeiro, Carlos Imbassahy. Inaugurada em Salvador, Bahia, A Mansão do Caminho.
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MÊS DIA/ANO ACONTECIMENTOS
T O
16.1886 22.1864 22.1940
Em reunião pública no salão da Guarda Velha do Rio de Janeiro Bezerra de Menezes proclama sua adesão ao Espiritismo. É fundada a Cruz Vermelha Internacional. Desencarna na Inglaterra, Sir Oliver Lodge.
A G O S T O
28.1912 29.1831 31.1926 31.1874
Nasce em Esplanada, Bahia, o médium de cura e materialização, Urbano de Assis Xavier. Nasce na Freguesia do Riacho Grande, Ceará, Bezerra de Menezes. É fundada a Federação Espírita Portuguesa. Nasce em Xiririca, atual Eldorado, S. Paulo, Francisca Júlia da Silva.
S E T E M B R O
04.1991 05.1892 06.1925 09.1932 12.1876 16.1937 22.1868 28.1895
Desencarna João Nunes Maia. Desencarna o médium de efeitos físicos, Willian Stainton Moses. Na abertura do III Congresso Espírita Internacional, em Paris, defende o aspecto religioso do Espiritismo, como o fundamental da Doutrina. É fundada a Federação Espírita do Estado de Sergipe. Nasce Auta de Souza. Em 20.06.1900 é publicado seu livro de poesias, sua única obra literária. É publicada a 1ª edição do livro Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, iniciando a série de livros doutrinários desse Espírito. Nasce no Rio de Janeiro, Cairbar de Souza Schutel. Desencarna Louis Pasteur.
O U T U B R O
03.1804 1862 03.1943 09.1861 10.1895 11.1966 15.1861 18.1943 19.1909 22.1922
Nasce em Lion, França, Hippolyte Leon Denizard Rivail, mais tarde conhecido como Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita. Allan Kardec publica O Espiritismo em sua Expressão mais Simples e Viagem espírita. É publicada a 1ª edição do livro Nosso Lar, psicografado por Francisco Cândido Xavier, abrindo a importante obra do Espírito André Luiz. Em Barcelona, Espanha, são queimados 300 volumes de obras espíritas pela Santa Inquisição, órgão repressor da Igreja Católica, num Auto de Fé. Desencarna no Rio de Janeiro, Francisco Leite Bittencourt Sampaio, notável médium receitista. Desencarna Pedro de Camargo, Vinícius. É lançado em edição definitiva, O Livro dos Médiuns; Desencarna no Rio de Janeiro, Luiz Olímpio Guillon Ribeiro. Desencarna em Turim, Itália, César Lombroso. Nasce em Mateus Leme, Minas Gerais, Irma de Castro Rocha, mais conhecida por Meimei.
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MÊS DIA/ANO ACONTECIMENTOS
N O V E M B R O
01.1918 06.1835 10.1923 10.1835 14.1849 14.1876 15.1939 15.1942 20.1919 23.1795 23.1948 29.1982
Desencarna em Sacramento, Minas Gerais, Eurípedes Barsanulfo. Nasce em Verona, Itália, César Lombroso. Nasce em Glaucilândia, MG, o médium João Nunes Maia. Nasce em Sevilha, Espanha, Amália Domingos Soler. As irmãs Fox realizam as primeiras demonstrações públicas de suas faculdades mediúnicas. Nasce na Bahia, Manoel Philomeno de Miranda. Tem início o 1º Congresso Brasileiro de Jornalistas Espíritas. É fundado em Franca, São Paulo, o jornal espírita Nova Era. Desencarna Francisco Raimundo Ewerton Quadros, primeiro presidente da FEB. Nasce Amélie Gabriele Boudet, futura esposa de Allan Kardec.
É descoberto em Hydesville, EUA, nos escombros de uma adega, o esqueleto do mascate assassinado, comprovando a mediunidade das irmãs Fox. Desencarna em São Paulo, Edgard Armond.
D E Z E M B R O
01.1962 02.1866 04.1973 04.1935 05.1934 10.1944 10.1933 10.1874 11.1874 11.1762 15.1859 16.1945 17.1875 24.1872 24.1900
É fundada a Federação Espírita do Distrito Federal. Nasce na Bahia, José Florentino de Sena, o José Petitinga. É fundada em São Paulo, a Aliança Espírita Evangélica, para a divulgação do Espiritismo em seu aspecto religioso. Desencarna Carlos Richet. Desencarna Humberto de Campos, o Irmão X. É fundada a Cruzada dos Militares Espíritas. É inaugurada a sede própria da FEB no Rio de Janeiro, por Leopoldo Cirne. Nasce em Icó, Ceará, Manoel Viana de Carvalho. Em Hydesville, USA, a Família Fox aluga a casa onde se deram as manifestações ativas e inteligentes que precederam ao surgimento da Doutrina Espírita. Nasce em Salvador, Bahia, Joana Angélica de Jesus, Joanna de Angelis. Nasce Lázaro Luiz Zamenhof, criador do Esperanto. É fundada por Jésus Gonçalves, a Sociedade de Santo Agostinho, no Hospital Colônia para Hansenianos de Pirapitinguí. Nasce Luiz Olímpio Guillon Ribeiro. Nasce Francisco Waldomiro Lorenz, escrito e pesquisador sobre Esperanto e Espiritismo. Nasce em Rio das Flores, Rio de Janeiro, Yvone do Amaral Pereira.
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MÊS DIA/ANO ACONTECIMENTOS
25. 31.1828
Natal. Comemora-se o nascimento de Jesus Cristo. O Professor Hippolyte Lèon Denizard Rivail lança sua obra educacional: Plano Proposto para Melhoramento da Instrução Pública.
Fonte de Consultas 1 – Espiritismo Básico. 2 – Manual e Dicionário Básico de Espiritismo. 3 – Grandes Vultos da Humanidade e do Espiritismo. 4 – Grandes Espíritas do Brasil. 5 – Personagens do Espiritismo.
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16ª REUNIÃO
ANÁLISE DA INTERPRETAÇÃO DE ASSUNTOS NAS OBRAS BÁSICAS
E SUA IMPORTÂNCIA NA FORMAÇÃO DO EXPOSITOR
As obras básicas da Doutrina Espírita estão intimamente ligadas entre
si, como nos mostra Pedro Barbosa no seu livro Espiritismo Básico, onde faz uma
avaliação do Espiritismo Filosófico, Científico e Religioso, situando cada livro no
contexto do conjunto (2ª parte, postulados e ensinamentos).
Logo a seguir faz uma análise sintética da obra da codificação de Allan
Kardec, onde é feito um breve histórico do que cada livro contém, ampliando o que
foi apresentado inicialmente no Livro dos Espíritos.
No capítulo seguinte ele aborda os princípios básicos da Doutrina e na
conclusão desse capítulo ele faz um resumo, mostrando que esses princípios não
podem ser separados ou deixados de lado sob pena de haver a quebra da unidade,
da sua essência ou estrutura e natureza.
Como última colocação nesse livro temos os quadros sinóticos, que
facilitam o entendimento do desdobramento do Livro dos Espíritos nas outras obras,
ampliando os sentidos desta, além de outros aspectos da Doutrina.
Observação:
Utilizar esse livro para o desenvolvimento dessa parte do tema.
O expositor ampliará o entendimento dessa interligação ao analisar os
temas com suas fontes de consulta, contidos no Guia ao Expositor Espírita.
Observar que há temas onde existe só uma fonte de consulta, de uma
obra básica e em outros, nenhuma, o que é natural devido ao enfoque de cada
tema, que apenas suplementa a obra de Allan Kardec, enquanto outros citam mais
de uma fonte para consulta (Obras Básicas).
Ao analisarmos essa interligação é importante observar as diferenças
de abordagem em cada livro, em função dos objetivos de que tratam.
Sempre que fizermos essa análise é importante que os participantes
estejam de posse das obras básicas, além dos dois livros citados, para facilitar o
entendimento, pois não deve ser apenas uma aula expositiva, mas participativa.
Em nossas atividades devemos nos habituar a fazer estudo
comparado, como forma de dinamizarmos e ampliar nosso horizonte, o que é
facilitado quando usamos material preparado e específico para este fim. O Guia ao
Expositor Espírita pode ser usado tanto em palestras como em aulas ou reuniões de
estudo, onde podemos fazer estudos comparados, estando de posse das obras
indicadas como fontes de consulta de cada tema.
Esse estudo pode ser ampliado com pesquisas na Revista Espírita,
que serviu de base para boa parte das obras que vieram após o Livro dos Espíritos
(observar que ali encontramos respostas para muitos fenômenos que ainda hoje são
apresentados como miraculosos por alguns desavisados e desinformados e que
aparentemente não tem explicação, como apresentados e explorados pela imprensa
sensacionalista).
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As outras obras de Allan Kardec, suplementares, também devem ser
usadas, como o livro Viagem Espírita em 1862, onde o tradutor ressalta que o livro é
tão atual nos dias de hoje como quando do seu lançamento.
No Espiritismo Básico temos uma relação de obras a serem
trabalhadas, tanto de Allan Kardec, como de autores clássicos e dos continuadores.
Exercício prático:
GUIA DO EXPOSITOR ESPÍRITA
Tema:
1. Objetivo
2. Introdução
3. Desenvolvimento
4. Conclusão
5. Fontes de Consultas
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17ª REUNIÃO
A ATIVIDADE EXPOSITIVA DO GRUPO JUNTO ÀS CASAS ESPÍRITAS
A atividade expositiva nas Casas Espíritas é uma das melhores
ferramentas para dinamizá-las, sendo o trabalho facilitado e mais eficiente quando
executado por mais que um expositor.
O preparo de novos expositores, por isso, é uma necessidade e uma
benção para o movimento e, em particular para a Casa Espírita, pois abre novos
horizontes para os que já desenvolvem essa função, uma vez que poderão trabalhar
em tarefas novas, ensejando assim, oportunidades para os que vêm em busca de
socorro na Casa Espírita.
Observando-se os objetivos propostos a serem atingidos pelas RTC,
nota-se que o maior deles é o de agregar os colaboradores de uma ou mais casas
em torno de um objetivo comum maior, que é o desenvolvimento da Doutrina
Espírita em todos os seus níveis de atividade.
As Reuniões de Técnicas de Comunicação têm obtido ótimos
resultados usando essa filosofia de trabalho, onde os participantes, cada um com
seu potencial se engajam nas diversas tarefas das Casas Espíritas, respeitando-se e
se relacionando harmoniosamente.
As atividades que essas equipes se dispõe a desenvolver vão desde a
recepção, onde, pela descontração e habilidade no trato com os freqüentadores e
visitantes oferece as atenções necessárias, passando pelos avisos com objetividade
e equilíbrio, preparação de ambiente, convidando de forma harmoniosa para que
todos participem dinamicamente das reuniões, chegando aos outros trabalhos
expositivos que se fazem tão necessários à Casa Espírita.
O ciclo de atividades não se limita ao citado, pois os passos seguintes
são: aprofundamento pela participação das reuniões do módulo 3, trabalho junto às
Casas Espíritas e freqüência do curso de expositores.
As atividades expositivas na Casa Espírita são desenvolvidas a partir
de tarefas mais simples até chegarem às mais complexas, respeitando-se os limites
de cada um, com sua concordância, como detalhado abaixo:
Preparação de ambiente:
Essa atividade pode ser iniciada durante o desenvolvimento do
segundo módulo, durante os exercícios de exposição de cada aula, transformado em
treinamento, avaliação e devidas orientações para o desenvolvimento da tarefa nas
reuniões pré-determinadas.
Nessa atividade o aluno é ajudado pelo dirigente do trabalho e por dois
colegas, para que se sinta amparado e para que possa ser realizada a avaliação do
seu desempenha na tarefa. Na avaliação feita na reunião seguinte, são observadas
as seguintes questões: olhar, gesticulação, postura, mensagem e tempo, entre
outras.
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Por que da avaliação? Para que o aluno possa ter melhor referência e se aprimorar -
tempo estimado 5 a 10 minutos.
Quando o aluno não conhece o local ou a Casa onde se desenvolverá
a reunião da sua atividade, ele e os dois colegas que lhe darão apoio devem fazer
uma visita ao local 15 dias antes, para se familiarizarem e se informarem com
relação à rotina da reunião, o tipo e necessidades específicas do púbico e
conhecerem os dirigentes.
Observação:
Para outras atividades expositivas, enquanto não tenha a segurança para
desenvolvê-la sozinho, o procedimento é o mesmo. Estas atividades são exposições
evangélicas em aulas e reuniões de assistência espiritual, além das preparações de
trabalhos em equipe.
Atividades mais complexas:
O expositor deve saber seu limite, devendo falar apenas sobre
assuntos que tenha domínio. Não há demérito em desenvolver atividades simples,
em reuniões de assistência social e espiritual tendo como freqüentadores pessoas
com pouca cultura.
Todo colaborador deve ter em mente o que é necessário falar dentro
do limite e das necessidades dos seus ouvintes.
Os expositores que têm conhecimento dos problemas da classe mais
pobre e sabem falar para ela, têm tanto valor quanto os que falam para platéias mais
cultas.
Observação:
Existem expositores que não sabem consolar devido à distância da realidade em
que vivem dos necessitados, o que pode ser evitado, participando de trabalhos
assistenciais para não perder o contato com a forma de vida possível de uma grande
parcela da nossa população.
Atividades Específicas:
A atividade de expor sobre assuntos específicos, como em cursos de
aprendizes do evangelho, educação mediúnica, preparação de colaboradores exige
maior preparo do expositor.
Os ciclos de palestras devem ser montados a partir das características
do público alvo, com temas apropriados, sendo a partir das escalas feitas para
expositores.
A participação em reuniões de estudo, desenvolvidas mensalmente
nos malotes do terceiro módulo ou de forma semelhante é um ótimo ponto de apoio
para os que participaram das RTCs e de cursos de expositores, por serem
fundamentais para o progresso e união das equipes de trabalho.
Expositores que não tenham participado dessas atividades de
preparação e que queiram se aprimorar devem atuar sempre e cada vez mais.