t aekwondo como forma de reabilitaÇÃo desportiva
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TAEKWONDO COMO FORMA DE R EABILITAÇÃO DESPORTIVA
Associação Distrital de Taekwondo de Coimbra
Treinador: Nuno Semedo
Dissertação de Ana Rita Vaz Ambrósio,
apresentada à Associação Distrital de Taekwondo
de Coimbra para cumprimento dos requisitos
necessários à obtenção do grau de 1.º DAN em
Taekwondo, realizada sob a orientação dos
Mestres Nuno Semedo - 3º DAN e Pedro
Machado- 5º DAN.
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Índice
I NTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 1
MÉTODOS ...................................................................................................................................... 3
OBJETIVOS: .................................................................................................................................... 3
DISCUSSÃO DE R ESULTADOS ........................................................................................................ 4
1. LESÕES NO TAEKWONDO .................................................................................................. 4
1.1. LESÕES RECORRENTES NO TAEKWONDO .................................................................. 5
1.2. HÁBITOS DE TREINO .................................................................................................. 9
1.3. ALTERAÇÕES DE PESO/COMPETIÇÕES ..................................................................... 12
2. BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE TAEKWONDO ..................................................................... 15
3. PREVENÇÃO DE LESÕES ................................................................................................... 20
CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 21
A NEXOS ....................................................................................................................................... 27
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................. 22
Endereços de Internet .................................................................................................................. 25
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INTRODUÇÃO
Taekwondo é um desporto marcial de origem coreana e tem duas vertentes, a de
poomsae (formas) e a de kyorugui (combates) (WTF) (Kukkiwon)(Kazemi et al. 2005).A vertente poomsae consiste na execução de uma série de movimentos de ataques e
defesas que são treinadas e praticadas, de acordo com um padrão de movimentos
previamente definidos. A prática de poomsae permite o desenvolvimento/aprendizagem
de técnicas especiais (WTF) (Kukkiwon).
A vertente de kyorugui é na atualidade a vertente do taekwondo mais explorada e mais
desenvolvida uma vez que esta e também a vertente olímpica do Taekwondo. Esta
vertente tem como objetivo, pontuar e não ser pontuado, através de técnicas de pernas
executadas acima do tronco (WTF) (Kukkiwon). Na presente dissertação irei focar a
vertente de Kyorugui.
Em 2009, foi introduzido os sistemas de pontuação eletrónica na vertente de Kyorugui,
pela Federação Mundial de Taekwondo (WTF)(Kazemi 2012). A competição consiste
em 3 rounds de dois minutos cada e requerem tanto endurance como exercícios de alta
intensidade, podendo provocar diversas lesões nos atletas. De forma geral, no desporto a
realização de movimentos repetitivos com a sobrecarga de treino (Ribeiro et al. 2003),
além disso, devido à força/exigência física imposta neste tipo de desporto e à
possibilidade de erros na execução da técnica dos movimentos, existe uma grande
predisposição para o aparecimento de lesões (Ribeiro et al. 2003)(Neto Jr. et al. 2004)
(Bastos et al. 2009)(Kazemi et al. 2009).
A maioria dos atletas pratica esta modalidade duas vezes por semana, havendo atletas de
alto rendimento a treinar 4 a 6 vezes por semana, o que exige grande esforço e desgaste
físico (Kazemi et al. 2005), ou seja, o treino intenso e a participação em competições de
taekwondo podem levar à fadiga e causar desconforto nos membros inferiores (Bridge
et al. 2007), pois o uso predominantemente de técnicas de pernas, com grande
amplitude, direcionados ao tronco e à cabeça do oponente, exige intensa utilização dos
músculos flexores da coxa e extensores do joelho, o que gera uma elevada incidência de
lesões nos praticantes ao nível dos membros inferiores, nomeadamente lesões nos
ligamentos, joelho, distensões e contraturas, decorrentes dos esforços destas técnicas
(Goulart, 2005)(Behm & Haddad 2016; Gleim & McHugh 1997) (Beis et al., 2007;
Kazemi, 2012; Kazemi et al., 2005; Lystad et al., 2009).
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Neste desporto marcial é assim exigido aos atletas praticantes, grande flexibilidade para
a execução das técnicas e para além deste factor, sabe-se que, a flexibilidade tem um
importante papel na função neuromuscular (Behm & Haddad 2016), sendo responsável
pela manutenção de uma amplitude de movimento adequada das articulações, onde os
hábitos posturais podem ser determinados por essa limitação da amplitude e da
extensibilidade dos músculos (Fong et al. 2013). Além disso, a flexibilidade facilita o
aperfeiçoamento das técnicas desportivas, gerando maior capacidade mecânica dos
músculos, permitindo menor gasto energético (Behm & Haddad 2016; Fong et al. 2013;
Gleim & McHugh 1997; Lystad et al. 2009; van Dijk et al. 2013; Wiemann & Hahn
1997).
Assim sendo, existe a necessidade de assumir uma boa postura, flexibilidade e bons
hábitos de treino para que não haja comprometimento de todas as estruturas corporais,
durante a prática desta modalidade, evitando assim lesões. (Goulart, 2005)(Behm and
Haddad, 2016; Gleim and McHugh, 1997)(Beis et al., 2007; Kazemi, 2012; Kazemi et
al., 2005; Lystad et al., 2009).
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MÉTODOS
Para a realização deste trabalho, foi desenvolvida uma pesquisa compreensiva e
detalhada de toda a literatura encontrada nas principais bases de dados, tais como,
PreMedline, PubMed, Sciencedirects, Scopus, Web of Science e Researchgate.A pesquisa incluiu principalmente os seguintes termos:
Taekwondo, artes marciais, Desportos de combate lesões e benefícios do desporto.
OBJETIVOS:
A referida pesquisa teve como os seguintes objetivos:
Utilizar todos os benefícios da prática de taekwondo para prevenção de lesões,
provenientes principalmente: do treino intensivo, maus hábitos pré/pós-treino e perdas de peso pré-competição Figura 1.
Desenvolver metodologias de treino com base em técnicas de Taekwondo, para
prevenir e tratar lesões recorrentes da prática desta modalidade, podendo assim
esta modalidade ser usada como intervenção terapêutica/reabilitação.
Figura 1- Utilizar todos os benefícios da prática de taekwondo, como prevenção de lesões, provenientes
principalmente: do treino intensivo, maus hábitos pré/pós-treino e perdas de peso pré-competição.
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DISCUSSÃO DE R ESULTADOS
1. LESÕES NO TAEKWONDO
Lesão é definida como, qualquer circunstância para a qual o atleta necessita de
assistência medica. Através das últimas estimas de lesões obtidas em competições de
Taekwondo, a taxa total de lesões foi de 2.6 – 13.95 % de atletas do género masculino e
2.53 – 10.55% de atletas do género feminino (Altarriba-Bartes et al. 2014).
De forma geral, no desporto a realização de movimentos repetitivos com a sobrecarga
de treino, leva a um processo de adaptação orgânica que pode resultar em efeitos
deletérios para a postura, havendo assim um grande potencial para desequilíbriosmusculares (Ribeiro et al. 2003).
Além disso, devido à força/exigência física imposta neste tipo de desporto e à
possibilidade de erros na execução da técnica dos movimentos, existe uma grande
predisposição para o aparecimento de lesões (Ribeiro et al. 2003)(Neto Jr. et al. 2004)
(Bastos et al. 2009)(Kazemi et al. 2009).
Devido às características das técnicas usadas no taekwondo, os atletas estão expostos
frequentemente a lesões, lesões estas que, também podem ser devidas ao contacto físico,
maioritariamente durante a realização simultânea de técnicas de pernas - pontapés
(Lystad et al. 2009)(Kazemi & Pieter 2004)(Kazemi et al. 2009)(Kazemi et al. 2005).
Porém, não existe consenso nos fatores que intervêm na ocorrência de lesões. Segundo
Kazemi e colegas, a ocorrência de lesões está ligada com o nível de experiência do
atleta (Kazemi et al. 2009), enquanto segundo Lystad e colegas, a idade, o sexo e o nível
de prática desportiva do atleta não interferem com predisposição para lesões (Lystad et
al. 2009)(Kazemi 2012).
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1.1. LESÕES RECORRENTES NO TAEKWONDO
As lesões podem ocorrer devido a traumas contínuos ou acumulados numa estrutura ou
área corporal. As lesões traumáticas são resultado de traumas físicos ou devido a forças
externas numa certa região levando a uma debilidade funcional (Kazemi et al. 2005).
As lesões mais recorrentes na prática de taekwondo são localizadas nos membros
inferiores (pés e pernas) e também na cabeça, pois nesta modalidade são permitidos
técnicas de pernas à cabeça (Tamborindeguy et al. 2011). Sendo estas, entorses e
estiramentos musculares, disfunção na articulação dos joelhos, fraturas ao nível das
mãos, pés e nariz e contusões cerebrais, uma das mais preocupantes, pois ao longo dos
anos, houve introdução de novas regras nos combates de Taekwondo onde os pontos à
cabeça foram valorizados, promovendo assim, lesões ao nível da cabeça. Segundo
estudos feitos, mais de 30% de atletas que sofreram contusões cerebrais, tinha sofrido
técnicas de pernas à cabeça durante competições, Tabela 1, levando a concluir que os
atletas têm fracas habilidades de defesa (Beis et al. 2007)(Kazemi et al. 2009). Num
estudo feito em 2015, a 130 atletas de Taekwondo, a lesão mais comum foi, nas pernas
72.3%, depois braços 21.5%) e cabeça 3.1% - Figura 2(Bhatia et al. 2015).
Tabela 1- Tipos de lesões no taekwondo num grupo de atletas durante 12 meses, em 115 atletas de Taekwondo.Retirado de Bhatia et al. 2015.
Lesão Número de lesões Percentagem de lesões (%)
Contusão muscular 48 41.74Entorse 26 2.61Distensão muscular 16 13.91Fratura 13 11.30Concussão 3 2.61Luxação 2 1.74Outras 7 6.09 Nota: Outras: cãibras musculares; dores nas canelas; bursite; fascite plantar; lesão no menisco,
tendinite e lesão do nervo.
Figura 2 - Localização geral de lesões. Estudo realizado durante um ano, a 130 atletas de taekwondo. Retirado deBhatia et al. 2015.
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Tem sido evidenciado que, o mecanismo mais comum para ocorrer lesões na prática
desta modalidade é, durante o contacto direto entre dois atletas durante competições-
Figura 4, especialmente devido a uma má defesa durante a troca de técnica de pernas,
como é evidenciado na Figura 3. Desta forma, é previsível que devido à sobrecarga
mecânica, à exigência muscular e devido ao impacto de contacto, que decorre durante
uma competição, haja tendência a surgir lesões (Feehan & Waller 1995) (Lystad et al.
2009) (Kazemi et al. 2009)(Pieter et al. 2012).
Figura 3 - Mecanismos que levam à incidência de lesões. Retirado de Kazemi et al., 2009.
Figura 4- Tipos de lesão em atletas de taekwondo, de acordo com os períodos olímpicos 1997-2000 e 2001-2004(OSICS) e género masculino (M) e feminino (F). 1- Artrites, lesões nas cartilagens, sinovite 1, bursite2 e instabilidadecrónica; 2- Luxações de articulações, e entorses; 3 - Fraturas, lesões traumáticas; 4 - Lesões cervicais e lesões não-específicas. Retirado de (Altarriba-Bartes et al. 2014).
1 Inflamação da membrana sinovial.
2 Inflamação da bolsa sinovial.
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corpo humano de traumatismos, seja na posição em pé, sentada ou deitada (Neto Jr. et
al. 2004)(Bastos et al. 2009).
O desequilíbrio muscular, por sua vez, é definido como uma desordem do sistema
músculo-esquelético; os movimentos corporais resultam de cadeias musculares e,
quando há alterações posturais, o organismo se reorganiza em cadeias de compensação
procurando uma resposta adaptativa a esta desarmonia (Bastos et al. 2009; Ribeiro et al.
2003; Neto Jr. et al. 2004; Tamborindeguy et al. 2011).
Deste modo, a repetição de determinados tipos de atividade, com posições e
movimentos habituais e o período e sobrecarga de treino, provocam um processo de
adaptação orgânica que resulta em efeitos deletérios para a postura, com alto potencial
de desequilíbrio muscular e a longo prazo, podem evoluir para processos crónicos que
limitam o indivíduo para prática de atividades físicas (Neto Jr. et al. 2004).
Alguns autores relatam, tendências a escolioses lombares em atletas praticantes desta
modalidade, que provocam o encurtamento da cadeia posterior – isquiotibiais,
observaram também que a diminuição do ângulo da curvatura da coluna vertebra,
traduzia-se numa melhora da flexibilidade dos isquiotibiais e consequentemente, num
melhor alinhamento postural (Fong et al. 2013; Micheo et al. 2012; Wiemann & Hahn
1997)(Aguilar et al. 2012; Kay & BLAZEVICH 2012).
1.2. HÁBITOS DE TREINO
A maior parte dos atletas de artes marciais treinam entre duas a quatro horas por
semana. Contudo, a frequência e as horas de treino, varia conforme o nível em que o
atleta se encontra. O treino pode ser definido como, rotina ou processo adotado pelos
atletas para aperfeiçoarem as suas competências (Kazemi et al. 2005).
Normalmente, os treinos começam com um breve aquecimento e/ou com flexibilidade.
Num grupo de atletas de taekwondo em estudo por Schlüter-Brust e colegas, foi
questionado a frequência com que faziam aquecimento antes do treino e relacionaram
isso, com a ocorrência de lesões entre os atletas que faziam ou não aquecimento. Neste
estudo, houve diferenças significativas nas respostas, tais como, nunca faziam
aquecimento ou faziam sempre, através flexibilidade, corrida moderada, entre outras
formas de aquecimento.
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Como se pode observar na Figura 5, a frequência máxima de lesões aparece em atletas
que faziam um aquecimento inferior a 15 minutos (Schlüter-Brust et al. 2011).
Depois do aquecimento, seguem-se diversos exercícios praticados nesta modalidade,
tais como, treino de sucessivas técnicas de pernas, defesa pessoal, treinos padronizados,
combates combinados, entre muitos outros exercícios e termina-se, com alongamentos
finais.
Figura 5 – Frequência média de lesões totais de acordo com o tempo de aquecimento, em minutos. Retirado de,
Schlüter-Brust et al. 2011.
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A flexibilidade, o aquecimento pré-treino e arrefecimento pós-treino, estão associados
com a redução de ocorrência de lesões Tabela 4 (Aguilar et al. 2012)(Bhatia et al.,
2015).
Tabela 4- Associação entre hábitos de treino e tendência para lesões. Retirado de Bhatia et al.,2015.
Hábitos de treino Taxa de probabilidadeIntervalo deconfiança de
95%p-value
Frequência de treino e combateTempo de treino 4vezes/semana 4,499 1,585-12,773 0,0047
Combates 2h 8,708 2,073-36,576 0,0031
Pratica > 1h/sessão 0,586 0,213-1,617 0,3023
Exercícios pré e pós-treino
Sempre Aquecimento 1,32 0,453-3,848 0,6106Sempre Arrefecimento 3,325 0,615-17,989 0,163
Sempre Alongamentos 0,684 0,237-1,977 0,4834
Experiência
Experiência < 5 anos 0,522 0,194-1,402 0,197
Competição 0,198 0,051-0,775 0,02
Experiência < 3 anos
Com cinto preto 1,46 0,538-3,962 0,4577
Os atletas de Taekwondo possuem diversos equipamentos de proteção (capacete, luvas,
caneleiras, boquilha, coquilha, proteção de peito, pés e braços), que devem ser usados
durante os treinos e competições, todavia durante os treinos, não existe rotina por parte
de todos os atletas, em usar tais proteções e além disto existe um dilema à volta do uso
de proteções, uma vez que, maioritariamente servem para proteger mais o atacante que
propriamente, o defensor (Feehan & Waller 1995)(Kazemi et al. 2005).
Mais ainda, foi avaliado a tendência dos atletas usarem as proteções adequadas durante
a prática da modalidade, os resultados obtidos estão evidenciados na Tabela 5.
Tabela 5- Hábitos de treino em percentagem (%). Retirado de Bhatia et al., 2015.
Hábitos Nunca Ocasionalmente Às vezesMuitasvezes
Sempre
Alongamentos 0 (0%) 0 (0%) 5 (7%) 19 (26%) 48 (67%)
Aquecimento 0 (0%) 5 (7%) 5 (7%) 11 (15%) 51 (71%)
Arrefecimento 3 (4%) 15 (21%) 18 (25%) 26 (36%) 10 (14%)
Uso de equipamento 1 (1%) 4 (6%) 22 (31%) 32 (44%) 13 (18%)Uso do máximo deequipamento de proteção
6 (8%) 12 (17%) 20 (28%) 17 (24%) 16 (23%)
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1.3. ALTERAÇÕES DE PESO/COMPETIÇÕES
A maioria dos desportos de competição está dividida por categorias de peso, tal como o
Taekwondo. Esta modalidade está dividida em 8 categorias de peso como mostra a
Tabela 6. Este sistema de categorias de peso, tem a intenção de criar combates justos
entre pesos similares, minimizar o risco de lesões e criar igualdade entre oponentes
(Kazemi et al. 2005).
Tabela 6- Categorias Olímpicas da Federação Mundial de Taekwondo, por classes masculino e feminino. Retirado de
Kazemi et al., 2005.
Peso Masculino (kg) Peso Feminino (kg)
58 4958-68 49-57
68-80 57-6780 67
A maior parte dos atletas de taekwondo tem tendência a combater nas categorias de
peso abaixo da sua massa corporal natural, para assim terem vantagens contra o
oponente, podendo assim combater com atletas mais baixos, entre outros motivos.
Para isso, recorrem a perdas de peso repentinas durante pequenos períodos de tempo
para chegar ao peso ideal, em vez de adotarem longos períodos de tempo para perda de
peso, maioritariamente através da redução de alimentos ingeridos, aumento da
intensidade de atividade física e através do uso de roupas impermeáveis durante a
prática de exercício físico, entre outros Tabela 7 e Figura 6 (Kazemi et al.
2005)(Kazemi, 2012)(Brenner et al. 2014).
Tabela 7- Estratégias adotadas por atletas de Taekwondo para perderem peso mais rápido. Retirado de (Brenner etal., 2014.
Restrição alimentar e/ou abstençãoalimentar
Administração de bebidas com sal
DietasAdministração excessiva de água e saldurante 3-4 dias, seguido de abstinência desal e líquidos durante 1-2 dias.
Restrição de líquidos Salivar excessivamenteTreino excessivo Indução de vómitoTreino com excesso de roupa, sacos de plástico, fatos térmicos, entre outros.
Uso de suplementos, diuréticos, laxativos,entre outro tipo de medicamentos.
Treino em situação de calor extremo. DesidrataçãoSauna
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Figura 6- Métodos adotados por atletas de Taekwondo para perda rápida de peso. Retirado de (Janiszewska 2015) .
Apesar das evidências dos efeitos negativos da rápida perda de peso na performance,
muitos atletas continuam com esta errada prática antes das competições.
No entanto, a rápida perda de peso pré-competição leva a ‘weight-cycling’ , termo usado
para descrever a rápida perda de peso que provoca posterior limitação na ingestão de
alimentos e/ou desidratação, entre outros efeitos negativos como é evidenciado na
Tabela 8, onde relacionam atletas que recorrem à perda repentina de peso e atletas que
não recorrem a esta técnica (Janiszewska, 2015).
Tabela 8- Distribuição de probabilidades de sintomas relacionados com a rápida perda de peso pré-competição, em
atletas que recorrem à rápida perda de peso (RWL) e em atletas que não recorrem à rápida perda de peso (non-RWL).
Retirado de Janiszewska, 2015.
SintomasSem-RPP
(n=30)RPP
(n=94)Taxa de
probabilidade95% IC p-value
Redução da capacidade física 3 (10%) 13 (14%) 1,44 0,38-5,53 0,588Fadiga 2 (7%) 44 (47%) 12,32 2,73-55,53 0,001Redução de força/intensidade 1 (3%) 33 (35%) 15,69 2,00-122,90 0,008Tonturas 1 (3%) 14 (15%) 5,08 0,63-41,18 0,125Aumento da irritabilidade 0 19 (20%) 15,76 0,92-269,25 0,057Esforço físico/mental 0 12 (13%) 9,24 0,53-160,92 0,127Redução da imunidade 0 6 (6%) 4,48 0,25-81,90 0,312IC- intervalo de confiança; RPP - Uso ou não de métodos para rápida perda de peso.
Com a rápida perda de peso, tem-se verificado efeitos deletérios para a saúde, taiscomo, redução da água corporal (ou até mesmo desidratação severa), hipertermia,
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depleção das reservas de glicogénio e redução da massa muscular e distúrbios
eletrolíticos (os quais estão relacionados com funções fisiológicas, como
termorregulação, função cardiovascular e metabolismo), entre muitos outros efeitos
negativos - Tabela 9 (Fletcher et al. 2014).
Segundo estudos feitos, a redução de apenas 2% de água corporal pode levar ao
aumento da fadiga mental, sonolência, náuseas, vómitos e apatia. Além disso,
desidratação extrema leva à hipohidratação, que provoca limitações na força e na
resistência a exercícios intensos, tendo também efeitos severos nas funções
neuromusculares, aumento do risco de lesões musculares, doenças mentais e até mesmo
a morte (Haddad 2014).
Tabela 9- Potenciais efeitos negativos da rápida perda de peso. Retirado de Fletcher et al., 2014.
Efeitos negativos relacionados com a Rápida perda de peso Fisiológicos Psicológicos
Moderada a severa desidratação Fadiga mentalSistema imunitário debilitado Aumento de tensãoRedução da massa óssea SonolênciaDesequilíbrio hormonal Enxaquecas
Retardamento do crescimentoMudanças de humor (aumento deirritabilidade e raiva)
HipertermiaRedução cognitiva e da velocidade de
processamentoRedução da força muscular Redução do vigor
Redução do volume de plasma e sangueAumento do risco do desenvolvimento dedesordens alimentares
Diminuição fluido renal sanguíneo e doliquido filtrado pelos rins
Redução do tempo até à exaustão ematividades aeróbicas
Desequilíbrio eletrolítico Redução da performance anaeróbica Náuseas Redução da eficiência miocardicaCólicas Redução no consumo máximo e oxigénioFalhas renais (uso impróprio de diuréticos)
VómitosDesmaiosMorte (casos extremos)
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Tabela 10 - Comparação da flexibilidade em diferentes atletas de Taekwondo com não-praticantes da modalidade.
Retirado de (Fong & Ng 2011).
Estudo Participantes Teste de sentar-alcançar(cm)
Norma para o teste de
sentar-alcançar (cm)(Referencia à idade esexo)1
Markovicet al.(2005)
Elite F de TKD (médiade idades=21.5 anos)
F: 55.8 F:48.26
Heller etal. (1998)
Elite de atletas de TKD(média de idades M =20.9 anos, F=18.5)
M: 36.9 (158% norm)F: 37.9 (142% norm)
ThompsonandVinueza
(1991)
TKD M de cinto preto(média de idades=27.4
anos)
M:53.2 M: 38.1
Toskovicet al.(2004)
Praticantes de TKDrecreativoMSE =21 anos;ME=24.9 anosFSE=20.9 anosFE=31 ano
MSE:31.7 (↓) ME:39.1 (↓) FSE:37 (↓) FE: 35.9 (↓)
MSE:43.18; ME: 43.18;FSE: 48.26;FE:43.18
Noorul etal. (2008)
Praticantes adolescentesde TKD recreativo(média de idades M=18.63 anos; F= 18.1anos)
Teste modificadoM: dir - 34,43, esq - 1.99F: dir - 36.79, esq - 35.75
Cromwellet al.(2007)
Adultos(média de idades=72,7anos; média de idadesdo controlo= 73.8 anos)
Pré-teste: 8.9, pós-teste: 21
pré-teste: 0.9, pós-teste:19.8)
TKD - Taekwondo; MSE - Masculino sem experiência; ME - Masculino com experiência; FSE - Feminino semexperiencia; FE - Feminino com experiência; dir - direita e esq - esquerda.1- Colégio Americano de Medicina desportiva (2006). Orientações para os exercícios de teste e prescrição (7ª ed).Filadélfia: Lippincott Williams and Wilkins.
Estudos relativamente, aos benefícios da prática de Taekwondo demonstraram que esta
modalidade favorece o aumento de massa óssea, em jovens atletas do sexo feminino -
Figura 8, podendo-se assim extrapolar para o facto que a prática desta modalidade pode
prevenir o aparecimento de osteoporose em mulheres (Shin et al. 2011).
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Figura 8- Densidade mineral óssea (BMD) na zona lombar em indivíduos do sexo feminino. Atletas de Taekwondo
(TKD) e Controlo não-praticantes (CT). L- Leves; M- Médio peso e H- Peso elevado. Retirado de Shin et al., 2011.
Estudos feitos por diversos autores, a atletas de Taekwondo e a adultos sujeitos a um
ano de treino de Taekwondo 1h/semana, evidenciam também, a tendência dos
praticantes em melhorarem o equilíbrio motor, através do desenvolvimento de
controlo postural e do sistema nervoso sensorial somático responsável pelo equilíbrio.
Praticantes desta modalidade, sujeitos a treino intensivo de longo prazo, têm melhorescondições neuromotoras relativamente a não-praticantes, pois exibem reações mais
rápidas a estímulos e exibem também melhor condição física a nível muscular. No
entanto, depois de longos períodos de treino, os atletas demonstraram reações a
estímulos, mais lentas - Tabela 11 (Fong et al. 2012)(Chung & Ng 2012) (van Dijk et al.
2013).
Vários profissionais de saúde afirmam que a prática de Taekwondo, pode ser usada
como intervenção terapêutica em crianças com disfunções do sistema nervoso sensorial
(Fong et al. 2012)(Chung & Ng 2012). Para além disso, tem efeitos benéficos na
mobilidade e na redução do risco de queda, uma vez que melhora o equilíbrio em
camadas mais adultas (van Dijk et al. 2013).
CT
TKD
-
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Tabela 11- Atletas de taekwondo e não-praticantes sujeitos a diferentes estímulos. Tempo de reação pré-motora;
delay eletromecânico; Tempo-reação total e excitabilidade membranar do músculo recto da coxa (rheobase) a
diferentes estímulo. Retirado de Chung and Ng, 2012.
EstímuloProfissiona
lAmador
Não-atletas
Tempo de reação pré-motora(ms)
Áudio 217 (25.0) 145(22.9)a
155 (23.3)a
Visual 193 (21.4)164
(16.8) b 181 (31.2)
Específico dodesporto
250 (42.8) 255 (44.2) 268 (51.5)
Delay eletromecânico (ms) Áudio 46 (31.7) 53 (23.5) 54 (24.7)Visual 48 (22.8) 51 (23.4) 56 (29.0)
Específico dodesporto
56 (31.6) 60 (22.5) 65 (31.2)
Tempo-reação total (ms) Áudio 263 (38.4)198
(28.4) b
208 (39.6) b
Visual 238 (30.9) 214 (32.3) 237 (41.8)Específico do
desporto306 (51.2) 315 (42.0) 332 (44.4) b
Rheobase (mA) 3.2 (0.68) 5.2 (1.47) b 5.7 (1.59)a a - Significativamente diferente dos profissionais praticantes de TKD, p
-
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Tabela 12- Alterações na inclinação do pescoço, ombros e pélvis depois de 24 indivíduos serem sujeitos a exercícios
básicos de Taekwondo. Retirado de Byun et al., 2014.
Pré-exercício
Pós-exercício
Variá
veisGrupo
Média ±
SD
Média ±
SD
Classificação
média
Soma das
classificações
Pescoço
Inclinaçãoanterior-posterior
Experimental*
10,2± 4,4 5,8±2,8 8,90 133,50
2,50 2,50Controlo 9,9±4,6 10,6±4,5 2,50 10,00
5,50 11,00
Inclinação direita-esquerda
Experimental*
2,9±3,4 0,8±1,1 5,50 44,00
Controlo 3,4±3,2 1,7±2,4 1,00 1,003,00 9,001,00 1,00
Inclinação dos ombros
Experimental*
1,4±1,0 0,6±0,7 6,00 48,00
3,50 7,00Controlo 1,4±0,8 1,3±1,0 3,00 6,00
2,00 4,00
Inclinação pélvica
Experimental*
1,6±0,1 0,5±0,8 6,50 78,00
0,00 0,00Controlo 1,4±1,1 0,6±0,5 3,25 13,00
2,00 2,00
*:p
0,05
Por fim, estudos mostram indivíduos que praticam Taekwondo por mais de 2 anos,
melhoram a condição física e por conseguinte, a força muscular, principalmente do
joelho. Os resultados mostram que, a força torque (r) dos quadríceps e das isquiotibiais
aumenta com velocidade angular (de 60°/seg para 240°/seg) - Tabela 13. Este estudo
evidencia assim que, os praticantes desta modalidade tendem a ter uma maior força
isoquinética dos músculos dos quadricepes e das isquiotibiais. Sendo assim estamodalidade, melhora a força muscular do joelho a longo prazo (Fong & Tsang 2012) .
Tabela 13- Correlação entre os praticantes de Taekwondo e a força isoquinética do músculo da perna
dominante (n=20). Retirado de Fong and Tsang, 2012.
Pico do torque ajustado ao peso corporal (N/kg) Duração do treino de TKD (h/semana)r
Extensor do joelho (60°/s) 0,426Extensor do joelho (240°/s) 0,639*Flexor do joelho (60°/s) 0,337Flexor do joelho (240°/s) 0,472*Flexor plantar do tornozelo (60°/s) -0,129
-
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Flexor plantar do tornozelo (240°/s) -0,026*p
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CONCLUSÃO
Através dos benefícios da prática de Taekwondo e através de todos os exercícios
característicos desta modalidade, é possível criar metodologias de treino direcionadas
para reabilitação de lesões recorrentes da prática desta modalidade.
PROPOSTAS FUTURAS
É apresentado, em anexo - Tabela 15, uma proposta de diversos exercícios tipo,
adotados pela modalidade, para recuperar de uma lesão muscular ao nível dos membros
inferiores (Byun et al. 2014).
No entanto, o tratamento de lesões, não deve dispensar ser acompanhado por um
profissional de saúde (Kazemi et al. 2005).
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ANEXOS
Tabela 14- Aquecimento dinâmico. Retirado de (Aguilar et al. 2012).
Aqueci
mento
ativo
Exercícios dinâmicos
Exercício DescriçãoRepeti
ções
Bicicletaestática5min
Andar em bicos de pés
Andar em pontas dos pés, com posterior apoio da ponta dos pés, com os joelhos totalmente em extensão, para contrair omusculo tibial anterior.
5 por perna(9m)
Andar emcalcanhares
Andar em calcanhares, apoiando todo o pé no chão, depois de
dar o passo, fletindo os joelhos. Contrai os músculosanteriores dos quadricepes e tibiais
5 por perna
(9m)
Corrida paraa frente
Correr para a frente em marcha moderada. 9m
Corrida paratrás
Correr a um passo moderado, em marcha atrás. 9m
LungesDar passadas grandes em frente, esticando a perna de trás edobrando a da frente. Estica os músculos isquiotibiais. 5 por
perna
Walkingquad stretch
Agarrar o pé atrás, libertar e dar um passo em frente, e fazer omesmo com a perna contraria, alongando assim os quadicipes
5 por perna
Bater com ocalcanhar no
rabo
Bater com o calcanhar ao rabo diversas vezes, alternando a perna. Realizar a andar para frente e para trás.
5 por perna
Agarrar o joelho a
frente
Agarrar o joelho a frente, alternadamente, enquanto se anda para a frente.
5 por perna
CariocaCorrer lateralmente, cruzando as pernas, levantando o joelhoaté ao peito.
9m
Lungetransversal
dar passadas grandes para o lado, esticando a perna de trás edobrando a da frente, rodando a cintura e os braços. Estica osmúsculos esquiotibiais.
5 por perna
Shuffle Shuffles laterais sem cruzar as pernas 9mAceleração Acelerar até ao máximo. 9m
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Tabela 15 - Plano de exercícios – Fortalecimento dos membros inferiores (Exercícios tipo). Baseado em (Byun et
al., 2014).
EXERCÍCIOS TEMPO/R EPETIÇÕE
S EXEMPLO
Aquecimento
Rodar a cintura,costas, ombros, pése braços;
Andar, andarrápido, andar ecruzar as pernas;
Andar de braços para cima e para baixo;
Exercício da
tesoura; Correr de joelhos
ao peito e correr decalcanhar ao rabo.
20 min
Fortalecimento
Chunchunsogui; apsogui ; apkubi sogui(com steps);
Agachamentos laterais;
2x15
Ap chagui; yopchagui;bandalchagui;
2x15
- Montain clibing;Agachamento com
salto; 2x15
Flexibilidadee
alongamentos
Alongamento dos braços; ombros; doquadrícep; da parteInterna/ externa dacoxa; costas;glúteos
20min