t aekwondo como forma de reabilitaÇÃo desportiva

Upload: pedro-machado

Post on 07-Jul-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    1/30

     

    i

    2015/2016

    TAEKWONDO COMO FORMA DE R EABILITAÇÃO DESPORTIVA 

    Associação Distrital de Taekwondo de Coimbra

    Treinador: Nuno Semedo

    Dissertação de Ana Rita Vaz Ambrósio,

    apresentada à Associação Distrital de Taekwondo

    de Coimbra para cumprimento dos requisitos

    necessários à obtenção do grau de 1.º DAN em

    Taekwondo, realizada sob a orientação dos

    Mestres Nuno Semedo - 3º DAN e Pedro

    Machado- 5º DAN.

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    2/30

     

    i

    Índice

    I NTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 1

    MÉTODOS ...................................................................................................................................... 3

    OBJETIVOS: .................................................................................................................................... 3

    DISCUSSÃO DE R ESULTADOS ........................................................................................................ 4

    1.  LESÕES NO TAEKWONDO .................................................................................................. 4

    1.1.  LESÕES RECORRENTES NO TAEKWONDO .................................................................. 5

    1.2.  HÁBITOS DE TREINO .................................................................................................. 9

    1.3.  ALTERAÇÕES DE PESO/COMPETIÇÕES ..................................................................... 12

    2.  BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE TAEKWONDO ..................................................................... 15

    3.  PREVENÇÃO DE LESÕES ................................................................................................... 20

    CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 21

    A NEXOS ....................................................................................................................................... 27

    BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................. 22

    Endereços de Internet .................................................................................................................. 25

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    3/30

     

    1

    INTRODUÇÃO 

    Taekwondo é um desporto marcial de origem coreana e tem duas vertentes, a de

     poomsae (formas) e a de kyorugui (combates) (WTF) (Kukkiwon)(Kazemi et al. 2005).A vertente  poomsae  consiste na execução de uma série de movimentos de ataques e

    defesas que são treinadas e praticadas, de acordo com um padrão de movimentos

     previamente definidos. A prática de poomsae permite o desenvolvimento/aprendizagem

    de técnicas especiais (WTF) (Kukkiwon).

    A vertente de kyorugui é na atualidade a vertente do taekwondo mais explorada e mais

    desenvolvida uma vez que esta e também a vertente olímpica do Taekwondo. Esta

    vertente tem como objetivo, pontuar e não ser pontuado, através de técnicas de pernas

    executadas acima do tronco (WTF) (Kukkiwon). Na presente dissertação irei focar a

    vertente de Kyorugui. 

    Em 2009, foi introduzido os sistemas de pontuação eletrónica na vertente de  Kyorugui,

     pela Federação Mundial de Taekwondo (WTF)(Kazemi 2012). A competição consiste

    em 3 rounds de dois minutos cada e requerem tanto endurance como exercícios de alta

    intensidade, podendo provocar diversas lesões nos atletas. De forma geral, no desporto a

    realização de movimentos repetitivos com a sobrecarga de treino (Ribeiro et al. 2003),

    além disso, devido à força/exigência física imposta neste tipo de desporto e à

     possibilidade de erros na execução da técnica dos movimentos, existe uma grande

     predisposição para o aparecimento de lesões (Ribeiro et al. 2003)(Neto Jr. et al. 2004)

    (Bastos et al. 2009)(Kazemi et al. 2009).

    A maioria dos atletas pratica esta modalidade duas vezes por semana, havendo atletas de

    alto rendimento a treinar 4 a 6 vezes por semana, o que exige grande esforço e desgaste

    físico (Kazemi et al. 2005), ou seja, o treino intenso e a participação em competições de

    taekwondo podem levar à fadiga e causar desconforto nos membros inferiores (Bridge

    et al. 2007), pois o uso predominantemente de técnicas de pernas, com grande

    amplitude, direcionados ao tronco e à cabeça do oponente, exige intensa utilização dos

    músculos flexores da coxa e extensores do joelho, o que gera uma elevada incidência de

    lesões nos praticantes ao nível dos membros inferiores, nomeadamente lesões nos

    ligamentos, joelho, distensões e contraturas,  decorrentes dos esforços destas técnicas

    (Goulart, 2005)(Behm & Haddad 2016; Gleim & McHugh 1997)  (Beis et al., 2007;

    Kazemi, 2012; Kazemi et al., 2005; Lystad et al., 2009). 

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    4/30

     

    2

     Neste desporto marcial é assim exigido aos atletas praticantes, grande flexibilidade para

    a execução das técnicas e para além deste factor, sabe-se que, a flexibilidade tem um

    importante papel na função neuromuscular (Behm & Haddad 2016), sendo responsável

     pela manutenção de uma amplitude de movimento adequada das articulações, onde os

    hábitos posturais podem ser determinados por essa limitação da amplitude e da

    extensibilidade dos músculos (Fong et al. 2013). Além disso, a flexibilidade facilita o

    aperfeiçoamento das técnicas desportivas, gerando maior capacidade mecânica dos

    músculos, permitindo menor gasto energético (Behm & Haddad 2016; Fong et al. 2013;

    Gleim & McHugh 1997; Lystad et al. 2009; van Dijk et al. 2013; Wiemann & Hahn

    1997).

    Assim sendo, existe a necessidade de assumir uma boa postura, flexibilidade e bons

    hábitos de treino para que não haja comprometimento de todas as estruturas corporais,

    durante a prática desta modalidade, evitando assim lesões. (Goulart, 2005)(Behm and

    Haddad, 2016; Gleim and McHugh, 1997)(Beis et al., 2007; Kazemi, 2012; Kazemi et

    al., 2005; Lystad et al., 2009). 

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    5/30

     

    3

    MÉTODOS 

    Para a realização deste trabalho, foi desenvolvida uma pesquisa compreensiva e

    detalhada de toda a literatura encontrada nas principais bases de dados, tais como,

    PreMedline, PubMed, Sciencedirects, Scopus, Web of Science e Researchgate.A pesquisa incluiu principalmente os seguintes termos:

    Taekwondo, artes marciais, Desportos de combate lesões e benefícios do desporto.

    OBJETIVOS: 

    A referida pesquisa teve como os seguintes objetivos:

      Utilizar todos os benefícios da prática de taekwondo para prevenção de lesões,

     provenientes principalmente: do treino intensivo, maus hábitos pré/pós-treino e perdas de peso pré-competição Figura 1. 

      Desenvolver metodologias de treino com base em técnicas de Taekwondo, para

     prevenir e tratar lesões recorrentes da prática desta modalidade, podendo assim

    esta modalidade ser usada como intervenção terapêutica/reabilitação.

    Figura 1- Utilizar todos os benefícios da prática de taekwondo, como prevenção de lesões, provenientes

     principalmente: do treino intensivo, maus hábitos pré/pós-treino e perdas de peso pré-competição. 

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    6/30

     

    4

    DISCUSSÃO DE R ESULTADOS 

    1.  LESÕES NO TAEKWONDO 

    Lesão é definida como, qualquer circunstância para a qual o atleta necessita de

    assistência medica. Através das últimas estimas de lesões obtidas em competições de

    Taekwondo, a taxa total de lesões foi de 2.6 –  13.95 % de atletas do género masculino e

    2.53 –  10.55% de atletas do género feminino (Altarriba-Bartes et al. 2014).

    De forma geral, no desporto a realização de movimentos repetitivos com a sobrecarga

    de treino, leva a um processo de adaptação orgânica que pode resultar em efeitos

    deletérios para a postura, havendo assim um grande potencial para desequilíbriosmusculares (Ribeiro et al. 2003).

    Além disso, devido à força/exigência física imposta neste tipo de desporto e à

     possibilidade de erros na execução da técnica dos movimentos, existe uma grande

     predisposição para o aparecimento de lesões (Ribeiro et al. 2003)(Neto Jr. et al. 2004)

    (Bastos et al. 2009)(Kazemi et al. 2009).

    Devido às características das técnicas usadas no taekwondo, os atletas estão expostos

    frequentemente a lesões, lesões estas que, também podem ser devidas ao contacto físico,

    maioritariamente durante a realização simultânea de técnicas de pernas - pontapés

    (Lystad et al. 2009)(Kazemi & Pieter 2004)(Kazemi et al. 2009)(Kazemi et al. 2005).

    Porém, não existe consenso nos fatores que intervêm na ocorrência de lesões. Segundo

    Kazemi e colegas, a ocorrência de lesões está ligada com o nível de experiência do

    atleta (Kazemi et al. 2009), enquanto segundo Lystad e colegas, a idade, o sexo e o nível

    de prática desportiva do atleta não interferem com predisposição para lesões (Lystad et

    al. 2009)(Kazemi 2012).

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    7/30

     

    5

    1.1. LESÕES RECORRENTES NO TAEKWONDO 

    As lesões podem ocorrer devido a traumas contínuos ou acumulados numa estrutura ou

    área corporal. As lesões traumáticas são resultado de traumas físicos ou devido a forças

    externas numa certa região levando a uma debilidade funcional (Kazemi et al. 2005).

    As lesões mais recorrentes na prática de taekwondo são localizadas nos membros

    inferiores (pés e pernas) e também na cabeça, pois nesta modalidade são permitidos

    técnicas de pernas à cabeça (Tamborindeguy et al. 2011). Sendo estas, entorses e

    estiramentos musculares, disfunção na articulação dos joelhos, fraturas ao nível das

    mãos, pés e nariz e contusões cerebrais, uma das mais preocupantes, pois ao longo dos

    anos, houve introdução de novas regras nos combates de Taekwondo onde os pontos à

    cabeça foram valorizados, promovendo assim, lesões ao nível da cabeça. Segundo

    estudos feitos, mais de 30% de atletas que sofreram contusões cerebrais, tinha sofrido

    técnicas de pernas à cabeça durante competições, Tabela 1, levando a concluir que os

    atletas têm fracas habilidades de defesa (Beis et al. 2007)(Kazemi et al. 2009). Num

    estudo feito em 2015, a 130 atletas de Taekwondo, a lesão mais comum foi, nas pernas

    72.3%, depois braços 21.5%) e cabeça 3.1% - Figura 2(Bhatia et al. 2015).

    Tabela 1- Tipos de lesões no taekwondo num grupo de atletas durante 12 meses, em 115 atletas de Taekwondo.Retirado de Bhatia et al. 2015. 

    Lesão Número de lesões Percentagem de lesões (%)

    Contusão muscular 48 41.74Entorse 26 2.61Distensão muscular 16 13.91Fratura 13 11.30Concussão 3 2.61Luxação 2 1.74Outras 7 6.09 Nota: Outras: cãibras musculares; dores nas canelas; bursite; fascite plantar; lesão no menisco,

    tendinite e lesão do nervo.

    Figura 2 - Localização geral de lesões. Estudo realizado durante um ano, a 130 atletas de taekwondo. Retirado deBhatia et al. 2015.

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    8/30

     

    6

    Tem sido evidenciado que, o mecanismo mais comum para ocorrer lesões na prática

    desta modalidade é, durante o contacto direto entre dois atletas durante competições-

    Figura 4, especialmente devido a uma má defesa durante a troca de técnica de pernas,

    como é evidenciado na Figura 3.  Desta forma, é previsível que devido à sobrecarga

    mecânica, à exigência muscular e devido ao impacto de contacto, que decorre durante

    uma competição, haja tendência a surgir lesões (Feehan & Waller 1995) (Lystad et al.

    2009) (Kazemi et al. 2009)(Pieter et al. 2012).

    Figura 3 - Mecanismos que levam à incidência de lesões. Retirado de Kazemi et al., 2009.

    Figura 4- Tipos de lesão em atletas de taekwondo, de acordo com os períodos olímpicos 1997-2000 e 2001-2004(OSICS) e género masculino (M) e feminino (F). 1- Artrites, lesões nas cartilagens, sinovite 1, bursite2 e instabilidadecrónica; 2- Luxações de articulações, e entorses; 3 - Fraturas, lesões traumáticas; 4 - Lesões cervicais e lesões não-específicas. Retirado de (Altarriba-Bartes et al. 2014).

    1 Inflamação da membrana sinovial.

    2 Inflamação da bolsa sinovial. 

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    9/30

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    10/30

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    11/30

     

    9

    corpo humano de traumatismos, seja na posição em pé, sentada ou deitada (Neto Jr. et

    al. 2004)(Bastos et al. 2009).

    O desequilíbrio muscular, por sua vez, é definido como uma desordem do sistema

    músculo-esquelético; os movimentos corporais resultam de cadeias musculares e,

    quando há alterações posturais, o organismo se reorganiza em cadeias de compensação

     procurando uma resposta adaptativa a esta desarmonia (Bastos et al. 2009; Ribeiro et al.

    2003; Neto Jr. et al. 2004; Tamborindeguy et al. 2011).

    Deste modo, a repetição de determinados tipos de atividade, com posições e

    movimentos habituais e o período e sobrecarga de treino, provocam um processo de

    adaptação orgânica que resulta em efeitos deletérios para a postura, com alto potencial

    de desequilíbrio muscular e a longo prazo, podem evoluir para processos crónicos que

    limitam o indivíduo para prática de atividades físicas (Neto Jr. et al. 2004).

    Alguns autores relatam, tendências a escolioses lombares em atletas praticantes desta

    modalidade, que provocam o encurtamento da cadeia posterior  –   isquiotibiais,

    observaram também que a diminuição do ângulo da curvatura da coluna vertebra,

    traduzia-se numa melhora da flexibilidade dos isquiotibiais e consequentemente, num

    melhor alinhamento postural (Fong et al. 2013; Micheo et al. 2012; Wiemann & Hahn

    1997)(Aguilar et al. 2012; Kay & BLAZEVICH 2012).

    1.2.  HÁBITOS DE TREINO

    A maior parte dos atletas de artes marciais treinam entre duas a quatro horas por

    semana. Contudo, a frequência e as horas de treino, varia conforme o nível em que o

    atleta se encontra. O treino pode ser definido como, rotina ou processo adotado pelos

    atletas para aperfeiçoarem as suas competências (Kazemi et al. 2005).

     Normalmente, os treinos começam com um breve aquecimento e/ou com flexibilidade.

     Num grupo de atletas de taekwondo em estudo por Schlüter-Brust e colegas, foi

    questionado a frequência com que faziam aquecimento antes do treino e relacionaram

    isso, com a ocorrência de lesões entre os atletas que faziam ou não aquecimento. Neste

    estudo, houve diferenças significativas nas respostas, tais como, nunca faziam

    aquecimento ou faziam sempre, através flexibilidade, corrida moderada, entre outras

    formas de aquecimento.

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    12/30

     

    10

    Como se pode observar na Figura 5, a frequência máxima de lesões aparece em atletas

    que faziam um aquecimento inferior a 15 minutos (Schlüter-Brust et al. 2011).

    Depois do aquecimento, seguem-se diversos exercícios praticados nesta modalidade,

    tais como, treino de sucessivas técnicas de pernas, defesa pessoal, treinos padronizados,

    combates combinados, entre muitos outros exercícios e termina-se, com alongamentos

    finais.

    Figura 5  –   Frequência média de lesões totais de acordo com o tempo de aquecimento, em minutos. Retirado de,

    Schlüter-Brust et al. 2011.

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    13/30

     

    11

    A flexibilidade, o aquecimento pré-treino e arrefecimento pós-treino, estão associados

    com a redução de ocorrência de lesões Tabela 4 (Aguilar et al. 2012)(Bhatia et al.,

    2015).

    Tabela 4- Associação entre hábitos de treino e tendência para lesões. Retirado de Bhatia et al.,2015.

    Hábitos de treino Taxa de probabilidadeIntervalo deconfiança de

    95%p-value

    Frequência de treino e combateTempo de treino 4vezes/semana 4,499 1,585-12,773 0,0047

    Combates 2h 8,708 2,073-36,576 0,0031

    Pratica > 1h/sessão 0,586 0,213-1,617 0,3023

    Exercícios pré e pós-treino

    Sempre Aquecimento 1,32 0,453-3,848 0,6106Sempre Arrefecimento 3,325 0,615-17,989 0,163

    Sempre Alongamentos 0,684 0,237-1,977 0,4834

    Experiência

    Experiência < 5 anos 0,522 0,194-1,402 0,197

    Competição 0,198 0,051-0,775 0,02

    Experiência < 3 anos

    Com cinto preto 1,46 0,538-3,962 0,4577

    Os atletas de Taekwondo possuem diversos equipamentos de proteção (capacete, luvas,

    caneleiras, boquilha, coquilha, proteção de peito, pés e braços), que devem ser usados

    durante os treinos e competições, todavia durante os treinos, não existe rotina por parte

    de todos os atletas, em usar tais proteções e além disto existe um dilema à volta do uso

    de proteções, uma vez que, maioritariamente servem para proteger mais o atacante que

     propriamente, o defensor (Feehan & Waller 1995)(Kazemi et al. 2005).

    Mais ainda, foi avaliado a tendência dos atletas usarem as proteções adequadas durante

    a prática da modalidade, os resultados obtidos estão evidenciados na Tabela 5. 

    Tabela 5- Hábitos de treino em percentagem (%). Retirado de Bhatia et al., 2015. 

    Hábitos Nunca Ocasionalmente Às vezesMuitasvezes

    Sempre

    Alongamentos 0 (0%) 0 (0%) 5 (7%) 19 (26%) 48 (67%)

    Aquecimento 0 (0%) 5 (7%) 5 (7%) 11 (15%) 51 (71%)

    Arrefecimento 3 (4%) 15 (21%) 18 (25%) 26 (36%) 10 (14%)

    Uso de equipamento 1 (1%) 4 (6%) 22 (31%) 32 (44%) 13 (18%)Uso do máximo deequipamento de proteção

    6 (8%) 12 (17%) 20 (28%) 17 (24%) 16 (23%)

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    14/30

     

    12

    1.3. ALTERAÇÕES DE PESO/COMPETIÇÕES 

    A maioria dos desportos de competição está dividida por categorias de peso, tal como o

    Taekwondo. Esta modalidade está dividida em 8 categorias de peso como mostra a

    Tabela 6. Este sistema de categorias de peso, tem a intenção de criar combates justos

    entre pesos similares, minimizar o risco de lesões e criar igualdade entre oponentes

    (Kazemi et al. 2005).

    Tabela 6- Categorias Olímpicas da Federação Mundial de Taekwondo, por classes masculino e feminino. Retirado de  

    Kazemi et al., 2005. 

    Peso Masculino (kg) Peso Feminino (kg)

    58 4958-68 49-57

    68-80 57-6780 67

    A maior parte dos atletas de taekwondo tem tendência a combater nas categorias de

     peso abaixo da sua massa corporal natural, para assim terem vantagens contra o

    oponente, podendo assim combater com atletas mais baixos, entre outros motivos.

    Para isso, recorrem a perdas de peso repentinas durante pequenos períodos de tempo

     para chegar ao peso ideal, em vez de adotarem longos períodos de tempo para perda de

     peso, maioritariamente através da redução de alimentos ingeridos, aumento da

    intensidade de atividade física e através do uso de roupas impermeáveis durante a

     prática de exercício físico, entre outros Tabela 7 e Figura 6 (Kazemi et al.

    2005)(Kazemi, 2012)(Brenner et al. 2014).

    Tabela 7- Estratégias adotadas por atletas de Taekwondo para perderem peso mais rápido. Retirado de (Brenner etal., 2014.

    Restrição alimentar e/ou abstençãoalimentar

    Administração de bebidas com sal

    DietasAdministração excessiva de água e saldurante 3-4 dias, seguido de abstinência desal e líquidos durante 1-2 dias.

    Restrição de líquidos Salivar excessivamenteTreino excessivo Indução de vómitoTreino com excesso de roupa, sacos de plástico, fatos térmicos, entre outros.

    Uso de suplementos, diuréticos, laxativos,entre outro tipo de medicamentos.

    Treino em situação de calor extremo. DesidrataçãoSauna

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    15/30

     

    13

    Figura 6- Métodos adotados por atletas de Taekwondo para perda rápida de peso. Retirado de (Janiszewska 2015) .

    Apesar das evidências dos efeitos negativos da rápida perda de peso na performance,

    muitos atletas continuam com esta errada prática antes das competições.

     No entanto, a rápida perda de peso pré-competição leva a ‘weight-cycling’ , termo usado

     para descrever a rápida perda de peso que provoca posterior limitação na ingestão de

    alimentos e/ou desidratação, entre outros efeitos negativos como é evidenciado na

    Tabela 8, onde relacionam atletas que recorrem à perda repentina de peso e atletas que

    não recorrem a esta técnica (Janiszewska, 2015).

    Tabela 8- Distribuição de probabilidades de sintomas relacionados com a rápida perda de peso pré-competição, em

    atletas que recorrem à rápida perda de peso (RWL) e em atletas que não recorrem à rápida perda de peso (non-RWL).

    Retirado de Janiszewska, 2015. 

    SintomasSem-RPP

    (n=30)RPP

    (n=94)Taxa de

     probabilidade95% IC p-value

    Redução da capacidade física 3 (10%) 13 (14%) 1,44 0,38-5,53 0,588Fadiga 2 (7%) 44 (47%) 12,32 2,73-55,53 0,001Redução de força/intensidade 1 (3%) 33 (35%) 15,69 2,00-122,90 0,008Tonturas 1 (3%) 14 (15%) 5,08 0,63-41,18 0,125Aumento da irritabilidade 0 19 (20%) 15,76 0,92-269,25 0,057Esforço físico/mental 0 12 (13%) 9,24 0,53-160,92 0,127Redução da imunidade 0 6 (6%) 4,48 0,25-81,90 0,312IC- intervalo de confiança; RPP - Uso ou não de métodos para rápida perda de peso.

    Com a rápida perda de peso, tem-se verificado efeitos deletérios para a saúde, taiscomo, redução da água corporal (ou até mesmo desidratação severa), hipertermia,

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    16/30

     

    14

    depleção das reservas de glicogénio e redução da massa muscular e distúrbios

    eletrolíticos (os quais estão relacionados com funções fisiológicas, como

    termorregulação, função cardiovascular e metabolismo), entre muitos outros efeitos

    negativos - Tabela 9 (Fletcher et al. 2014).

    Segundo estudos feitos, a redução de apenas 2% de água corporal pode levar ao

    aumento da fadiga mental, sonolência, náuseas, vómitos e apatia. Além disso,

    desidratação extrema leva à hipohidratação, que provoca limitações na força e na

    resistência a exercícios intensos, tendo também efeitos severos nas funções

    neuromusculares, aumento do risco de lesões musculares, doenças mentais e até mesmo

    a morte (Haddad 2014).

    Tabela 9- Potenciais efeitos negativos da rápida perda de peso. Retirado de Fletcher et al., 2014.

    Efeitos negativos relacionados com a Rápida perda de peso Fisiológicos Psicológicos

    Moderada a severa desidratação Fadiga mentalSistema imunitário debilitado Aumento de tensãoRedução da massa óssea SonolênciaDesequilíbrio hormonal Enxaquecas

    Retardamento do crescimentoMudanças de humor (aumento deirritabilidade e raiva)

    HipertermiaRedução cognitiva e da velocidade de

     processamentoRedução da força muscular Redução do vigor

    Redução do volume de plasma e sangueAumento do risco do desenvolvimento dedesordens alimentares

    Diminuição fluido renal sanguíneo e doliquido filtrado pelos rins

    Redução do tempo até à exaustão ematividades aeróbicas

    Desequilíbrio eletrolítico Redução da performance anaeróbica Náuseas Redução da eficiência miocardicaCólicas Redução no consumo máximo e oxigénioFalhas renais (uso impróprio de diuréticos)

    VómitosDesmaiosMorte (casos extremos)

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    17/30

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    18/30

     

    16

    Tabela 10 - Comparação da flexibilidade em diferentes atletas de Taekwondo com não-praticantes da modalidade.

    Retirado de (Fong & Ng 2011).

    Estudo Participantes Teste de sentar-alcançar(cm)

    Norma para o teste de

    sentar-alcançar (cm)(Referencia à idade esexo)1 

    Markovicet al.(2005)

    Elite F de TKD (médiade idades=21.5 anos)

    F: 55.8 F:48.26

    Heller etal. (1998)

    Elite de atletas de TKD(média de idades M =20.9 anos, F=18.5)

    M: 36.9 (158% norm)F: 37.9 (142% norm)

    ThompsonandVinueza

    (1991)

    TKD M de cinto preto(média de idades=27.4

    anos)

    M:53.2 M: 38.1

    Toskovicet al.(2004)

    Praticantes de TKDrecreativoMSE =21 anos;ME=24.9 anosFSE=20.9 anosFE=31 ano

    MSE:31.7 (↓) ME:39.1 (↓) FSE:37 (↓) FE: 35.9 (↓) 

    MSE:43.18; ME: 43.18;FSE: 48.26;FE:43.18

     Noorul etal. (2008)

    Praticantes adolescentesde TKD recreativo(média de idades M=18.63 anos; F= 18.1anos)

    Teste modificadoM: dir - 34,43, esq - 1.99F: dir - 36.79, esq - 35.75

    Cromwellet al.(2007)

    Adultos(média de idades=72,7anos; média de idadesdo controlo= 73.8 anos)

    Pré-teste: 8.9, pós-teste: 21

     pré-teste: 0.9, pós-teste:19.8)

    TKD - Taekwondo; MSE - Masculino sem experiência; ME - Masculino com experiência; FSE - Feminino semexperiencia; FE - Feminino com experiência; dir - direita e esq - esquerda.1- Colégio Americano de Medicina desportiva (2006). Orientações para os exercícios de teste e prescrição (7ª ed).Filadélfia: Lippincott Williams and Wilkins. 

    Estudos relativamente, aos benefícios da prática de Taekwondo demonstraram que esta

    modalidade favorece o aumento de massa óssea, em jovens atletas do sexo feminino -

    Figura 8, podendo-se assim extrapolar para o facto que a prática desta modalidade pode

     prevenir o aparecimento de osteoporose em mulheres (Shin et al. 2011).

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    19/30

     

    17

    Figura 8- Densidade mineral óssea (BMD) na zona lombar em indivíduos do sexo feminino. Atletas de Taekwondo

    (TKD) e Controlo não-praticantes (CT). L- Leves; M- Médio peso e H- Peso elevado. Retirado de Shin et al., 2011. 

    Estudos feitos por diversos autores, a atletas de Taekwondo e a adultos sujeitos a um

    ano de treino de Taekwondo 1h/semana, evidenciam também, a tendência dos

     praticantes em melhorarem o equilíbrio motor, através do desenvolvimento de

    controlo postural e do sistema nervoso sensorial somático responsável pelo equilíbrio.

    Praticantes desta modalidade, sujeitos a treino intensivo de longo prazo, têm melhorescondições neuromotoras relativamente a não-praticantes, pois exibem reações mais

    rápidas a estímulos e exibem também melhor condição física a nível muscular. No

    entanto, depois de longos períodos de treino, os atletas demonstraram reações a

    estímulos, mais lentas - Tabela 11 (Fong et al. 2012)(Chung & Ng 2012) (van Dijk et al.

    2013).

    Vários profissionais de saúde afirmam que a prática de Taekwondo, pode ser usada

    como intervenção terapêutica em crianças com disfunções do sistema nervoso sensorial

    (Fong et al. 2012)(Chung & Ng 2012). Para além disso, tem efeitos benéficos na

    mobilidade e na redução do risco de queda, uma vez que melhora o equilíbrio em

    camadas mais adultas (van Dijk et al. 2013).

      CT

     TKD

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    20/30

     

    18

    Tabela 11- Atletas de taekwondo e não-praticantes sujeitos a diferentes estímulos. Tempo de reação pré-motora;

    delay  eletromecânico; Tempo-reação total e excitabilidade membranar do músculo recto da coxa (rheobase) a

    diferentes estímulo. Retirado de Chung and Ng, 2012.

    EstímuloProfissiona

    lAmador

    Não-atletas

    Tempo de reação pré-motora(ms)

    Áudio 217 (25.0) 145(22.9)a 

    155 (23.3)a 

    Visual 193 (21.4)164

    (16.8) b 181 (31.2)

    Específico dodesporto

    250 (42.8) 255 (44.2) 268 (51.5)

     Delay eletromecânico (ms) Áudio 46 (31.7) 53 (23.5) 54 (24.7)Visual 48 (22.8) 51 (23.4) 56 (29.0)

    Específico dodesporto

    56 (31.6) 60 (22.5) 65 (31.2)

    Tempo-reação total (ms) Áudio 263 (38.4)198

    (28.4) b

     208 (39.6) b 

    Visual 238 (30.9) 214 (32.3) 237 (41.8)Específico do

    desporto306 (51.2) 315 (42.0) 332 (44.4) b 

    Rheobase (mA) 3.2 (0.68) 5.2 (1.47) b  5.7 (1.59)a a - Significativamente diferente dos profissionais praticantes de TKD, p

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    21/30

     

    19

    Tabela 12- Alterações na inclinação do pescoço, ombros e pélvis depois de 24 indivíduos serem sujeitos a exercícios

     básicos de Taekwondo. Retirado de Byun et al., 2014.

    Pré-exercício

    Pós-exercício

    Variá

    veisGrupo

    Média ±

    SD

    Média ±

    SD

    Classificação

    média

    Soma das

    classificações

    Pescoço

    Inclinaçãoanterior-posterior

    Experimental*

    10,2± 4,4 5,8±2,8 8,90 133,50

    2,50 2,50Controlo 9,9±4,6 10,6±4,5 2,50 10,00

    5,50 11,00

    Inclinação direita-esquerda

    Experimental*

    2,9±3,4 0,8±1,1 5,50 44,00

    Controlo 3,4±3,2 1,7±2,4 1,00 1,003,00 9,001,00 1,00

    Inclinação dos ombros

    Experimental*

    1,4±1,0 0,6±0,7 6,00 48,00

    3,50 7,00Controlo 1,4±0,8 1,3±1,0 3,00 6,00

    2,00 4,00

    Inclinação pélvica

    Experimental*

    1,6±0,1 0,5±0,8 6,50 78,00

    0,00 0,00Controlo 1,4±1,1 0,6±0,5 3,25 13,00

    2,00 2,00

    *:p

    0,05

    Por fim, estudos mostram indivíduos que praticam Taekwondo por mais de 2 anos,

    melhoram a condição física e por conseguinte, a força muscular, principalmente do

     joelho. Os resultados mostram que, a força torque (r) dos quadríceps e das isquiotibiais

    aumenta com velocidade angular (de 60°/seg para 240°/seg) - Tabela 13. Este estudo

    evidencia assim que, os praticantes desta modalidade tendem a ter uma maior força

    isoquinética dos músculos dos quadricepes e das isquiotibiais. Sendo assim estamodalidade, melhora a força muscular do joelho a longo prazo (Fong & Tsang 2012) .

    Tabela 13- Correlação entre os praticantes de Taekwondo e a força isoquinética do músculo da perna

    dominante (n=20). Retirado de Fong and Tsang, 2012.

    Pico do torque ajustado ao peso corporal (N/kg) Duração do treino de TKD (h/semana)r

    Extensor do joelho (60°/s) 0,426Extensor do joelho (240°/s) 0,639*Flexor do joelho (60°/s) 0,337Flexor do joelho (240°/s) 0,472*Flexor plantar do tornozelo (60°/s) -0,129

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    22/30

     

    20

    Flexor plantar do tornozelo (240°/s) -0,026*p

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    23/30

     

    21

    CONCLUSÃO 

    Através dos benefícios da prática de Taekwondo e através de todos os exercícios

    característicos desta modalidade, é possível criar metodologias de treino direcionadas

     para reabilitação de lesões recorrentes da prática desta modalidade.

    PROPOSTAS FUTURAS 

    É apresentado, em anexo - Tabela 15,  uma proposta de diversos exercícios tipo,

    adotados pela modalidade, para recuperar de uma lesão muscular ao nível dos membros

    inferiores (Byun et al. 2014).

     No entanto, o tratamento de lesões, não deve dispensar ser acompanhado por um

     profissional de saúde (Kazemi et al. 2005).

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    24/30

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    25/30

     

    23

    Chung, P. & Ng, G., 2012. Taekwondo training improves the neuromotor excitability

    and reaction of large and small muscles. Physical Therapy in Sport , 13(3), pp.163 – 

    169. Available at: http://dx.doi.org/10.1016/j.ptsp.2011.07.003.

    van Dijk, G.P. et al., 2013. Taekwondo Training Improves Balance in Volunteers Over

    40. Frontiers in Aging Neuroscience, 5(March), pp.1 – 6. Available at:

    http://journal.frontiersin.org/article/10.3389/fnagi.2013.00010/abstract.

    Feehan, M. & Waller, a E., 1995. Precompetition injury and subsequent tournament

     performance in full-contact taekwondo. British journal of sports medicine, 29(4),

     pp.258 – 262.

    Fletcher, G.O., Dawes, J. & Spano, M., 2014. The Potential Dangers of Using Rapid

    Weight Loss Techniques. Strength & Conditioning Journal , 36(2), pp.45 – 48.

    Available at: http://journals.lww.com/nsca-

    scj/Fulltext/2014/04000/The_Potential_Dangers_of_Using_Rapid_Weight_Loss.6.

    aspx.

    Fong, S.S.M. et al., 2013. Differential effect of Taekwondo training on knee muscle

    strength and reactive and static balance control in children with developmental

    coordination disorder: A randomized controlled trial. Research in Developmental

     Disabilities, 34(5), pp.1446 – 1455. Available at:

    http://dx.doi.org/10.1016/j.ridd.2013.01.025.

    Fong, S.S.M., Fu, S. & Ng, G.Y.F., 2012. Taekwondo training speeds up the

    development of balance and sensory functions in young adolescents. Journal of

     science and medicine in sport / Sports Medicine Australia, 15(1), pp.64 – 8.

    Available at:

    http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1440244011001162.

    Fong, S.S.M. & Ng, G.Y.F., 2011. Does Taekwondo training improve physical fitness?

     Physical Therapy in Sport , 12(2), pp.100 – 106. Available at:http://dx.doi.org/10.1016/j.ptsp.2010.07.001.

    Fong, S.S.M. & Tsang, W.W.N., 2012. Relationship between the duration of taekwondo

    training and lower limb muscle strength in adolescents. Hong Kong Physiotherapy

     Journal , 30(1), pp.25 – 28. Available at:

    http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1013702511000728.

    Gleim, G.W. & McHugh, M.P., 1997. Flexibility and its effects on sports injury and

     performance. Sports medicine (Auckland, N.Z.), 24(5), pp.289 – 299.Haddad, M., 2014. Performance Optimization in Taekwondo: From Laboratory to

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    26/30

     

    24

     Field ,

    Janiszewska, K., 2015. Pre-competition weight loss among Polish taekwondo

    competitors –  occurrence , methods and health consequences. , 11(January), pp.41 – 

    45.

    Kay, A.D. & BLAZEVICH, A.J., 2012. Effect of Acute Static Stretch on Maximal

    Muscle Performance. Medicine & Science in Sports & Exercise, 44(1), pp.154 – 

    164. Available at:

    http://content.wkhealth.com/linkback/openurl?sid=WKPTLP:landingpage&an=000

    05768-201201000-00020.

    Kazemi, M. et al., 2009. Nine year longitudinal retrospective study of Taekwondo

    injuries. The Journal of the Canadian Chiropractic Association, 53(4), pp.272 – 81.

    Available at:

    http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=2796946&tool=pmcent

    rez&rendertype=abstract.

    Kazemi, M., 2012. Relationships between injury and success in elite Taekwondo

    athletes. Journal of sports sciences, 30(3), pp.277 – 83. Available at:

    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22165861.

    Kazemi, M. & Pieter, W., 2004. Injuries at the Canadian National Tae Kwon Do

    Championships: a prospective study. BMC musculoskeletal disorders, 5, p.22.

    Available at:

    http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=506779&tool=pmcentr 

    ez&rendertype=abstract.

    Kazemi, M., Shearer, H. & Choung, Y.S., 2005. Pre-competition habits and injuries in

    Taekwondo athletes. BMC musculoskeletal disorders, 6, p.26.

    Kim, Y., 2015. The effect of regular Taekwondo exercise on Brain-derived neurotrophic

    factor and Stroop test in undergraduate student. , 19(2), pp.73 – 79.Lee, W.-D. et al., 2012. Differences in body components and the significance of

    rehabilitation for taekwondo athletes compared to nonathletes. Toxicology and

     Environmental Health Sciences, 4(3), pp.203 – 208. Available at:

    http://link.springer.com/10.1007/s13530-012-0137-2.

    Lin, W.L. et al., 2006. Anaerobic capacity of elite Taiwanese Taekwondo athletes.

    Science and Sports, 21(5), pp.291 – 293.

    Lystad, R.P., Pollard, H. & Graham, P.L., 2009. Epidemiology of injuries incompetition taekwondo: A meta-analysis of observational studies. Journal of

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    27/30

     

    25

    Science and Medicine in Sport , 12(6), pp.614 – 621. Available at:

    http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1440244008002004.

    Micheo, W., Baerga, L. & Miranda, G., 2012. Basic Principles Regarding Strength,

    Flexibility, and Stability Exercises. Pm&R, 4(11), pp.805 – 811. Available at:

    http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1934148212010507.

     Neto Jr., J., Pastre, C.M. & Monteiro, H.L., 2004. Postural alterations in male Brazilian

    athletes who have participated in international muscular power competitions.

     Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 10(6), pp.195 – 201. Available at:

    http://www.embase.com/search/results?subaction=viewrecord&from=export&id=L

    39172497\nhttp://sfx.library.uu.nl/utrecht?sid=EMBASE&issn=15178692&id=doi

    :&atitle=Postural+alterations+in+male+Brazilian+athletes+who+have+participated

    +in+international+muscular+po.

    Pieter, W., Fife, G.P. & O’Sullivan, D.M., 2012. Competition injuries in taekwondo: a

    literature review and suggestions for prevention and surveillance. Br J Sports Med ,

    46(7), pp.485 – 491. Available at: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22661697.

    Ribeiro, C.Z.P. et al., 2003. Relação entre alterações posturais e lesões do aparelho

    locomotor em atletas de futebol de salão. Rev Bras med Esporte - Vol.9, N° 2-

     Mar/Abr., pp.91 – 97.

    Schlüter-Brust, K. et al., 2011. Acute injuries in Taekwondo. International journal of

     sports medicine, 32(8), pp.629 – 34. Available at:

    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21563037.

    Shin, Y.H., Jung, H.L. & Kang, H.Y., 2011. Effects of Taekwondo Training on Bone

    Mineral Density of High School Girls in Korea. Biology of Sport , 28, pp.195 – 198.

    Available at: ://WOS:000295564900008.

    Tamborindeguy, A.C. et al., 2011. Incidência de lesões e desvios posturais em atletas de

    taekwondo. Rev. Bras. Ciênc. Esporte, 33(4), pp.975 – 990.Wiemann, K. & Hahn, K., 1997. Influences of strength, stretching acid circulatory

    exercises on flexibility parameters of the human hamstrings. International Journal

    of Sports Medicine, 18(5), pp.340 – 346.

    Endereços de Internet

    Kukkiwon World Taekwondo Headquarters [Online] // World Taekwondo Headquarters . -Setembro de 2015. - http://www.kukkiwon.co.kr.

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    28/30

     

    26

    WTF world taekwondo federation [Online]. - Setembro de 2015. -

    http://www.worldtaekwondofederation.net/.

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    29/30

     

    27

    ANEXOS 

    Tabela 14- Aquecimento dinâmico. Retirado de (Aguilar et al. 2012). 

    Aqueci

    mento

    ativo

    Exercícios dinâmicos

    Exercício DescriçãoRepeti

    ções

    Bicicletaestática5min

    Andar em bicos de pés

    Andar em pontas dos pés, com posterior apoio da ponta dos pés, com os joelhos totalmente em extensão, para contrair omusculo tibial anterior.

    5 por perna(9m)

    Andar emcalcanhares

    Andar em calcanhares, apoiando todo o pé no chão, depois de

    dar o passo, fletindo os joelhos. Contrai os músculosanteriores dos quadricepes e tibiais

    5 por perna

    (9m)

    Corrida paraa frente

    Correr para a frente em marcha moderada. 9m

    Corrida paratrás

    Correr a um passo moderado, em marcha atrás. 9m

     LungesDar passadas grandes em frente, esticando a perna de trás edobrando a da frente. Estica os músculos isquiotibiais. 5 por

     perna

    Walkingquad stretch

    Agarrar o pé atrás, libertar e dar um passo em frente, e fazer omesmo com a perna contraria, alongando assim os quadicipes

    5 por perna

    Bater com ocalcanhar no

    rabo

    Bater com o calcanhar ao rabo diversas vezes, alternando a perna. Realizar a andar para frente e para trás.

    5 por perna

    Agarrar o joelho a

    frente

    Agarrar o joelho a frente, alternadamente, enquanto se anda para a frente.

    5 por perna

    CariocaCorrer lateralmente, cruzando as pernas, levantando o joelhoaté ao peito.

    9m

     Lungetransversal

    dar passadas grandes para o lado, esticando a perna de trás edobrando a da frente, rodando a cintura e os braços. Estica osmúsculos esquiotibiais.

    5 por perna

    Shuffle Shuffles laterais sem cruzar as pernas 9mAceleração Acelerar até ao máximo. 9m

  • 8/18/2019 T AEKWONDO COMO FORMA DE REABILITAÇÃO DESPORTIVA

    30/30

     

    Tabela 15 - Plano de exercícios – Fortalecimento dos membros inferiores (Exercícios tipo). Baseado em (Byun et

    al., 2014).

    EXERCÍCIOS TEMPO/R EPETIÇÕE

    S EXEMPLO 

    Aquecimento

     

    Rodar a cintura,costas, ombros, pése braços;

      Andar, andarrápido, andar ecruzar as pernas;

     

    Andar de braços para cima e para baixo;

      Exercício da

    tesoura;  Correr de joelhos

    ao peito e correr decalcanhar ao rabo.

    20 min

    Fortalecimento

      Chunchunsogui; apsogui ; apkubi sogui(com steps);

    Agachamentos laterais;

    2x15

     

    Ap chagui; yopchagui;bandalchagui; 

    2x15 

    - Montain clibing;Agachamento com

    salto; 2x15 

    Flexibilidadee

    alongamentos

     

    Alongamento dos braços; ombros; doquadrícep; da parteInterna/ externa dacoxa; costas;glúteos

    20min