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Suplementação Nutricional e Fitoterapia na Saúde 1 Suplementação Nutricional e Fitoterapia na Saúde Professora Dra. Daniela Caetano Gonçalves

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Suplementação Nutricional e Fitoterapia na Saúde

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Suplementação Nutricional e Fitoterapia na Saúde

Professora Dra. Daniela Caetano Gonçalves

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Suplementação Nutricional e Fitoterapia na Saúde

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Prescrição de suplementos e fitoterápicos para gestantes 3Fisiologia da gestação 3

Avaliação nutricional da gestante 7

Necessidades e recomendações nutricionais na gestação 9Necessidades energéticas 9Necessidades de macronutrientes 10Recomendações de vitaminas e minerais 11

Prescrição de suplementos na gestação 13Ácido fólico 13Ferro 14Magnésio 14

Prescrição de fitoterápicos na gestação 14Cuidados na gestação e pediatria 14Fitoterápicos para gestantes 15

Prescrição de suplementos e fitoterápicos para crianças 22Infância 22

Avaliação nutricional na infância 22Avaliação das curvas de crescimento 31Outras avaliações importantes em crianças 31

Necessidades e recomendações nutricionais na infância 33Necessidades energéticas 33Necessidades de macronutrientes 34Recomendações de vitaminas e minerais 34

Prescrição de suplementos na infância 38

Prescrição de fitoterápicos na infância 38Fitofármacos de uso em doenças do trato respiratório 39

Prescrição de suplementos e fitoterápicos para adolescentes 50Adolescência 50

Avaliação nutricional na adolescência 51

Necessidades e recomendações nutricionais na adolescência 55Necessidades energéticas 55Necessidades de macronutrientes 56Recomendações de vitaminas e minerais 57

Prescrição de suplementos na adolescência 58

Prescrição de fitoterápicos na adolescência 58

Prescrição de suplementos e fitoterápicos no adulto saudável 59Recomendações de vitaminas e minerais 59

Prescrição de suplementos e fitoterápicos no envelhecimento 61Envelhecimento 61

Avaliação nutricional na terceira idade 62

Necessidades e recomendações nutricionais na terceira idade 64Necessidades energéticas 64Necessidades de macronutrientes 64Recomendações de vitaminas e minerais 65

Prescrição de suplementos na terceira idade 67

Prescrição de fitoterápicos na terceira idade 67

Referências bibliográficas 69

SUMÁRIO

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PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS E FITOTERÁPICOS PARA GESTANTES

Fisiologia da gestação

O período gestacional compreende normalmente o período de 40 semanas (ou 280 dias), o que equivale a 9 meses e 1 semana ou 3 trimestres. O primeiro trimestre compreende as 12 semanas iniciais, o segundo trimestre compreende o período da 13° semana até a 27° semana e o terceiro trimestre inicia-se a partir da 28° semana. Este período gestacional também pode ser dividido em:

» Período blastogênico: 2 semanas iniciais

» Período embrionário: até 60 dias

» Período fetal: após 60 dias

Muitas alterações fisiológicas ocorrem durante o período gestacional para garantir o metabolismo materno, propiciando o crescimento e desenvolvimento do feto, além de preparar a mãe para o parto e lactação. Entretanto, estas alterações podem causar alguns desconfortos, condições clínicas ou até mesmo doenças nas gestantes. As principais alterações fisiológicas são:

» Alterações endócrinas

» Alterações metabólicas

» Alterações cardiovasculares

» Alterações respiratórias

» Alterações renais

» Alterações gastrointestinais

» Alterações imunológicas

» Alterações do sistema locomotor

» Alterações psicológicas

» Alterações gerais

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Perfil hormonal na gestação

Durante a gestação, há uma intensa modificação do perfil endócrino ocasionado pela liberação diferenciada dos hormônios e produção de novos hormônios próprios deste período fisiológico. Esta mudança hormonal promove mudanças corporais importantes para o desenvolvimento e amadurecimento fetal, assim como prepara o corpo da mulher para o parto e lactação.

Podemos dividir estas alterações endócrinas em duas fases:

» Fase ou período ovariano: ocorre até 8 ou 9 semanas de gestação. Há a produção do hormônio gonadrotofina coriônica (hCG).

» Fase ou período placentário: inicia-se após 8 ou 9 semanas. Ocorre produção hormonal da placenta a partir da liberação de hormônios esteroides de forma crescente.

No quadro abaixo vemos os principais hormônios produzidos e seus respectivos locais de produção:

Quadro 1 - Hormônios produzidos durante a gestação e sua fonte de secreção

Hormônios Fonte de secreçãoGonadotrofina coriônica humana (hCG) Células do trofoblasto e placenta

Progesterona Placenta

Estrogênio Placenta

Lactogênio placentário humano (hPL) ou somatotrofina coriônica humana (hCS)

Placenta

Hormônio do crescimento (hCTg) Hipófise anterior

Tireoxina Tireoide

Insulina Pâncreas

Glucagon Pâncreas

Cortisona Córtex adrenal

Aldosterona Córtex adrenal

Renina-angiotensina Rins

Calcitonina Tireoide

Fonte: Accioly, Saunders e Lacerda (2009).

» Gonadotrofina coriônica humana (hCG): hormônio responsável pelo diagnóstico da gestação, pois só é produzido durante este período. Sua principal função é impedir a rejeição imunológica, estimular liberação de relaxina (inibe contratilidade do útero), estimular produção de progesterona e garantir a manutenção inicial da gestação.

» Progesterona: a progesterona é liberada até 8 a 9 semanas de gestação e sua principal função é reduzir a motilidade do trato digestório, favorecer os depósitos de gordura para garantir energia no período de amamentação, aumentar a excreção de sódio e estimular o apetite materno na primeira fase da gestação.

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» Estrógeno: este hormônio é liberado durante a gestação e é responsável pela redução de proteínas séricas, aumento da hidroscopicidade (capacidade de retenção hipótese), alteração do funcionamento da tireoide, participa do metabolismo do ácido fólico, é responsável pela hiperpigmentação cutânea (manchas típicas da gravidez), alteração do metabolismo glicídico, do tecido conjuntivo e vascular, redução de apetite no segundo trimestre, auxilia no desenvolvimento do tecido mamário e inibe a secreção de prolactina (hormônio responsável pela produção de leite).

» Lactogênio placentário ou somatotrofina coriônica: possui ação mamotrófica responsável pelo aumento da glicemia materna a partir da glicogenólise hepática, promove lipólise e aumento da liberação de ácidos graxos livres na corrente sanguínea e favorece captação de glicose pelo feto.

» Hormônio do crescimento: responsável pelo aumento da glicemia, estimula o crescimento dos ossos longos e promove retenção de nitrogênio.

» Tireoxina: regula a velocidade da oxidação celular e aumenta a taxa metabólica basal.

» Calcitonina: inibe a reabsorção óssea de cálcio.

» Insulina: reduz a glicemia, promove aumento de gordura e aumento da produção energética.

» Glucagon: aumenta a glicemia por meio de glicogenólise hepática.

» Cortisona: eleva a glicemia e aumenta a proteólise muscular.

» Aldosterona: hormônio estimulado pelo sistema renina-angiotensina, tem a função de reter sódio e aumentar a excreção de potássio.

Alterações metabólicas

» Taxa metabólica basal: ocorre um aumento de 15 a 20% a partir do 3° mês, pois há um considerável aumento das funções renais e cardíacas.

» Metabolismo de carboidratos: ocorre um aumento considerável da glicemia, pois há grande utilização pelo feto.

» Metabolismo de lipídios: ocorre aumento de ácidos graxos livres no sangue, assim como lipídios séricos em geral.

» Metabolismo de proteínas: há uma importante diminuição da concentração de aminoácidos e proteínas no sangue, causando edema.

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Alterações cardiovasculares

As alterações cardiovasculares iniciam-se no 1° trimestre, quando ocorre uma queda ligeira da pressão arterial sistólica e queda drástica da pressão arterial diastólica, retornando ao normal apenas no 3° trimestre. Ocorre também um aumento do volume sanguíneo a partir da 6° semana, causando diminuição da concentração de hemoglobina no sangue (a hematopoiese normalmente não acompanha o aumento de água intravascular), podendo levar à anemia. O ganho hídrico neste período equivale a 70% do peso total ganho na gestação.

Alterações renais

O fluxo urinário na gestação geralmente é retardado, ocasionando um aumento da incidência de infecções urinárias. Ocorre também um aumento da taxa de filtração glomerular, pois neste período ocorre a glicosúria fisiológica (eliminação de glicose pela urina, o que em condições fisiológicas “normais” não ocorre).

Alterações digestórias

» No 1° trimestre ocorrem as sensações de náuseas, enjôos e vômitos matinais ocasionados pelo aumento do estrogênio.

» Durante a gestação, ocorre aumento do apetite e dos desejos relacionados à comida.

» As gengivas podem tornar-se edemaciadas.

» Ocorre diminuição de pH salivar e diminuição da acidez gástrica.

» Ocorre hipotonia do sistema digestório, levando a alguns problemas: constipação, hemorroidas, náuseas, pirose e refluxo gastroesofágico.

» Pode ocorrer ptialismo ou sialorreia (secreção abundante de saliva).

Alterações respiratórias

» Aumento da ventilação pulmonar

» Melhora do intercâmbio gasoso nos pulmões

» Maior movimentação do diafragma e tórax

» Aumento do volume corrente

Alterações fisiológicas

» Aumento da liberação dos hormônios T3 e T4

» Aumento da liberação e eficácia da insulina plasmática

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» Aumento da absorção de cálcio e ferro

» Aumento da retenção de nitrogênio

» Aumento de ácidos graxos, triacilglicerol, colesterol e fatores de coagulação

Avaliação nutricional da gestante

O objetivo da avaliação nutricional em gestantes é identificar mulheres em risco de complicação gestacional e de dar luz a crianças com baixo peso. Evidências apontam que o peso do recém-nascido influencia definitivamente o crescimento e desenvolvimento durante a infância. Desta forma, o bom estado nutricional da mãe repercute diretamente no peso da criança ao nascer. Desta forma, podemos destacar os seguintes objetivos específicos da avaliação nutricional de gestantes:

» Avaliar risco inicial de um prognóstico desfavorável de gestação

» Verificar ganho de peso

» Direcionar intervenções nutricionais

A avaliação do estado nutricional da gestante deve iniciar-se com a obtenção do peso pré-gestacional, ou seja, o quanto a gestante pesava antes de iniciar a gestação. Desta forma, a gestante deve informar seu peso antes da gestação. Caso não saiba, entretanto, deve informar o peso do primeiro trimestre de gestação.

Após obtenção do peso pré-gestacional, deve-se calcular o IMC pré-gestacional de acordo a fórmula abaixo:

IMC PRÉ GESTACIONAL= Peso habitual antes da gestação Altura2

A partir da obtenção do IMC pré-gestacional, será realizada a classificação do estado nutricional pré-gestacional, o que será importante para estabelecer o ganho de peso durante a gestação a cada trimestre.

A classificação do estado nutricional pré-gestacional e o ganho de peso trimestral da gestante segundo seu estado nutricional estão representados na tabela abaixo:

Tabela 1 - Ganho de peso trimestral da gestante segundo seu estado nutricional pré-gestacional

IMC pré-gestacional Ganho de peso total no 1º trimestre

Ganho de peso semanal médio no 2º e 3º trimestre

Ganho de peso total (kg)

< 19,8 (baixo peso) 2,3kg 0,5kg 12,5 – 18,0

19,8 – 26 (adequado) 1,6kg 0,4kg 11,5 – 16,0

26,1 – 29 (sobrepeso) 0,9kg 0,3kg 7,0 – 11,5

> 29 (obesidade) - 0,2kg 7,0 – 9,1

Fonte: IOM (1992).

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Para se avaliar o estado nutricional da gestante, considera-se o IMC atual e utiliza-se o gráfico de Atalah, juntamente com a informação da semana gestacional, como no exemplo abaixo:

Curva de IMC ou ATALAH

Procedimento

1. Calcular o IMC da gestante com o peso atual

Ex: E = 160cm e P=70kg IMC = 27,34 kg/m2

2. Transportar o valor de IMC de acordo com a idade gestacional

Ex: IG = 20 semana

3. Diagnóstico nutricional ―› Verificar a faixa onde encontra-se o ponto de encontro das duas linhas ―› Faixa indicará o estado nutricional atual da gestante.

Gráfico 1 - Curva de IMC ou Atalah. Fonte: Atalah et al. (1997).

A cada nova consulta deve-se inserir o novo dado no mesmo gráfico da gestante para que se possa acompanhar a curva de evolução.

» Curva ou reta ascendente (/) ―› ganho de peso adequado

» Reta horizontal (―) ou descendente (\) ―› indicação de ganho de peso inadequado

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Gráfico 2 - Acompanhamento nutricional da gestante. Fonte: Atalah et al. (1997).

Necessidades e recomendações nutricionais na gestação

Necessidades energéticas

As necessidades energéticas na gestação estão aumentadas, pois há aumento de taxa metabólica basal decorrente do desenvolvimento do feto e da placenta, assim como dos tecidos maternos e do trabalho de alguns órgãos vitais. Há necessidade de fornecimento de energia adicional. Entretanto, sabe-se que este aumento das necessidades é diferenciado de acordo com o período gestacional e o estado nutricional do período pré-gestacional. Desta forma, os fatores que determinam o aumento energético durante o período gestacional são:

» Quantidade de energia necessária para o ganho de peso gestacional

» Aumento do gasto energético promovido pelo aumento da TMB e exercício físico adicional

Com base neste aumento das necessidades nutricionais, a FAO/WHO/ONU estabeleceu que o adicional energético da gestante com estado nutricional pré-gestacional eutrófico deve ser de:

» Primeiro trimestre: 85kcal/dia

» Segundo trimestre: 285kcal/dia

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» Terceiro trimestre: 475kcal/dia

Para estabelecer o cálculo das necessidades energéticas da gestante, deve-se seguir os seguintes passos:

1. Avaliar o estado nutricional pré-gestacional e determinar o ganho de peso gestacional, como apresentado no item 1.2.

2. Calcular o valor calórico total (VET) a partir da estimativa de TMB segundo a fórmula abaixo:

Tabela 2 - Cálculo da TMB, segundo a idade

18 a 30 anos TMB: 14,818 X Peso (kg) + 486,6

30 a 60 anos TMB: 8,126 X Peso (kg) + 845,6

O peso utilizado na fórmula também varia de acordo com o estado nutricional pré-gestacional, considerando:

» Eutrófico: utilizar peso pré-gestacional

» Baixo peso: utilizar o peso aceitável, calculado a partir do IMC 21 da gestante. Peso aceitável = 21 X A2 (A = altura)

» Sobrepeso ou obesas: peso pré-gestacional

Após cálculo de TMB, calcula-se o GE (gasto energético), segundo fórmula abaixo:

GE = TMB X NAF

NAF = Nível de atividade física (FAO/WHO/ONU, 2004)

Tabela 3 – Fatores do nível de atividade física de acordo com o estilo de vida

Categoria NAF (média)Estilo de vida sedentário ou leve 1,40 – 1,69 (1,53)

Estilo de vida ativo ou moderadamente ativo 1,70 – 1,99 (1,76)

Estilo de vida vigoroso ou moderadamente vigoroso 2,00 – 2,40 (2,25)

3. Calcular o VET da gestante, somando o GE com o adicional requerido, segundo trimestre gestacional, descrito anteriormente:

VET = GE + adicional energético gestacional

Necessidades de macronutrientes

Para o cálculo das necessidades proteicas da gestante, inicia-se calculando a necessidade proteica recomendada para adultos de 1g/kg peso/dia, adotando-se o peso pré-gestacional ou peso aceitável. Adicionar ao valor encontrado o excedente proteico necessário de acordo com o trimestre gestacional:

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» 1° trimestre: necessidade proteica + 1g

» 2° trimestre: necessidade proteica + 9g

» 3° trimestre: necessidade proteica + 31g

» Gestação gemelar: necessidade proteica + 50g/dia a partir da 20° semana gestacional e adição de 1.000kcal/dia

A seguir, estão representadas as distribuições percentuais dos macronutrientes:

Tabela 4 – Recomendações de nutrientes dados pela distribuição energética de gestantes

Nutrientes Recomendações diárias (em relação ao VET)

Carboidratos 55 a 75%

Açúcares de adição < 10%

Proteínas 10 a 15%

Lipídios 15 a 30%

Água 3 litros/dia

Fibras > 25g/dia

Fonte: FAO (2004).

Recomendações de vitaminas e minerais

As recomendações de vitaminas e minerais devem seguir as quantidades estabelecidas pelas DRIs para gestantes, segundo tabela abaixo:

Tabela 5 - Necessidades diárias de micronutrientes para gestantes de acordo com faixa etária

Vitaminas e minerais Quantidade diárias estabelecida para gestantes

Vitamina A 14 – 18 anos = 750μg19 – 30 anos = 770μg31 – 50 anos = 770μg

Vitamina C 14 – 18 anos = 80mg19 – 30 anos = 85mg31 – 50 anos = 85mg

Vitamina D 14 – 18 anos = 5μg19 – 30 anos = 5μg31 – 50 anos = 5μg

Vitamina E 14 – 18 anos = 15mg19 – 30 anos = 15mg31 – 50 anos = 15mg

Vitamina K 14 – 18 anos = 75μg19 – 30 anos = 90μg31 – 50 anos = 90μg

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Tiamina 14 – 18 anos = 1,4mg19 – 30 anos = 1,4mg31 – 50 anos = 1,4mg

Riboflavina 14 – 18 anos = 1,4mg19 – 30 anos = 1,4mg31 – 50 anos = 1,4mg

Niacina 14 – 18 anos = 18mg19 – 30 anos = 18mg31 – 50 anos = 18mg

Vitamina B6 14 – 18 anos = 1,9mg19 – 30 anos = 1,9mg31 – 50 anos = 1,9mg

Folato 14 – 18 anos = 600μg19 – 30 anos = 600μg31 – 50 anos = 600μg

Vitamina B12 14 – 18 anos = 2,6μg19 – 30 anos = 2,6μg31 – 50 anos = 2,6μg

Ácido pantotênico 14 – 18 anos = 6mg19 – 30 anos = 6mg31 – 50 anos = 6mg

Biotina 14 – 18 anos =30μg19 – 30 anos = 30μg31 – 50 anos = 30μg

Colina 14 – 18 anos = 450mg19 – 30 anos = 450mg31 – 50 anos = 450mg

Cálcio 14 – 18 anos = 1.300mg19 – 30 anos = 1.000mg31 – 50 anos = 1.000mg

Cromo 14 – 18 anos = 29μg19 – 30 anos = 30μg31 – 50 anos = 30μg

Cobre 14 – 18 anos = 1.000μg19 – 30 anos = 1.000μg31 – 50 anos = 1.000μg

Flúor 14 – 18 anos = 3mg19 – 30 anos = 3mg31 – 50 anos = 3mg

Iodo 14 – 18 anos =220μg19 – 30 anos = 220μg31 – 50 anos = 220μg

Ferro 14 – 18 anos = 27mg19 – 30 anos = 27mg31 – 50 anos = 27mg

Magnésio 14 – 18 anos = 400mg19 – 30 anos = 350mg31 – 50 anos = 360mg

Manganês 14 – 18 anos = 2mg19 – 30 anos = 2mg31 – 50 anos = 2mg

Molibdênio 14 – 18 anos = 50μg19 – 30 anos = 50μg31 – 50 anos = 50μg

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Fósforo 14 – 18 anos = 1.250mg19 – 30 anos = 700mg31 – 50 anos = 700mg

Selênio 14 – 18 anos = 60μg19 – 30 anos = 60μg31 – 50 anos = 60μg

Zinco 14 – 18 anos = 12mg19 – 30 anos = 11mg31 – 50 anos = 11mg

Potássio 14 – 18 anos = 4,7g19 – 30 anos = 4,7g31 – 50 anos = 4,7g

Sódio 14 – 18 anos = 1,5g19 – 30 anos = 1,5g31 – 50 anos = 1,5g

Cloro 14 – 18 anos = 2,3g19 – 30 anos = 2,3g31 – 50 anos = 2,3g

Fonte: IOM (2002).

Prescrição de suplementos na gestação

Durante o período gestacional, as necessidades nutricionais da maioria dos nutrientes está aumentada, entretanto alguns destes nutrientes têm uma necessidade muito alta e em muitos casos difícil de se atender apenas com a alimentação. Desta forma, deve-se fazer uma avaliação nutricional completa e sempre acompanhar seus exames para avaliar a necessidade de suplementação. Há no mercado alguns suplementos próprios para gestantes que possuem um grande número de vitaminas e minerais nas quantidades prescritas pelas DRIs.

Atualmente, os maiores problemas de carência nutricional nas gestantes estão associadas ao ácido fólico, ferro, zinco, vitamina B6 e vitamina A. Geralmente, há esta carência pois as necessidades são muito altas ou as fontes alimentares são escassas na alimentação. Entretanto, é importante realizar avaliação nutricional periódica desta gestante para avaliar a necessidade de suplementação de outros nutrientes.

Abaixo vamos discutir a lista de nutrientes normalmente suplementados, sua função e quantidades:

Ácido fólico

O ácido fólico é uma vitamina responsável pelo fechamento do tubo neural do feto, impedindo a formação da espinha bífida. Além disso, a deficiência de ácido fólico pode levar à anemia megaloblástica. A necessidade de ácido fólico na gestação é 50% maior em relação a uma mulher adulta. Desta forma, para evitar sua deficiência, muitos médicos que realizam o pré-natal suplementam ácido fólico na dosagem de 1,5g durante o período gestacional. O maior problema da suplementação de ácido fólico para fechamento de tubo neural é que este processo ocorre em até 3 semanas de fecundação e a maioria das gestantes inicia a suplementação após este período, quando tem conhecimento de sua gravidez. Desta forma, a suplementação de ácido fólico deve iniciar-se no período anterior à gestação (cerca de três meses antes), devendo ser realizada pela futura gestante e o pai da criança. Apesar desta informação, muitas gestantes acabam fazendo suplementação de

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ácido fólico durante todo o período gestacional, para evitar deficiência e uma possível anemia megaloblástica. O nutricionista não pode fazer a suplementação de 1,5g de ácido fólico pois deve manter sua prescrição dentro do estabelecido pela DRI, desta forma a suplementação de ácido fólico deve se manter dentro dos 600μg/dia.

Ferro

O ferro também é um nutriente cujas necessidades são 50% maiores durante o período gestacional. A necessidade de ferro de uma mulher adulta já é muito alta quando comparada a de um homem (18mg/mulheres e 8mg/homens). A necessidade de ferro na gestação é de 27mg/dia, o que em muitos casos se torna impossível de se atingir, principalmente para a gestante que sofre com enjôos, náuseas e inapetência. Como discutido anteriormente, a partir do segundo trimestre ocorre ganho de água intravascular, o que pode diminuir a concentração de eritrócitos no sangue e causar anemia. Desta forma, o ferro é normalmente suplementado para evitar a anemia ferropriva em gestantes.

Suplementação: 27mg sulfato ferroso.

Magnésio

O magnésio é um mineral encontrado em alimentos integrais e hoje, pelo processamento dos alimentos, encontra-se em falta na alimentação. As necessidades de ingestão de magnésio estão aumentadas neste período, podendo acarretar ou potencializar sua carência. Além disso, o magnésio é responsável pelo metabolismo do cálcio, permitindo sua entrada nas células e possui estreita relação no sangue, pois quando o magnésio sérico está baixo, o cálcio é excretado pela urina. A suplementação de magnésio para gestantes é de 400mg/dia e pode ser feita na forma de óxido de magnésio, cloreto de magnésio, entre outras.

Vitamina A

A necessidade de vitamina A na gestação está aumentada, porém deve-se tomar cuidado ao suplementar esta vitamina pois sua toxicidade pode causar teratogenia. Desta forma, devemos sempre induzir a ingestão de fontes naturais, observar se a gestante não faz uso de suplementos com vitamina A ou betacaroteno (muitas vezes presentes em complexos vitamínicos para rejuvenescimento ou proteção solar) e controlar a suplementação caso esta seja necessária. O betacaroteno possui efeito teratogênico muito menor em relação ao ácido retinoico ou retinol. Dessa forma, é um nutriente recomendável.

Para a prescrição destes nutrientes deve-se sempre obedecer à recomendação da DRI listada acima.

Prescrição de fitoterápicos na gestação

Cuidados na gestação e pediatria

Gestantes e lactentes não devem utilizar plantas medicinais sem a orientação de um profissional da área da saúde. Embora a ação de algumas plantas seja tradicionalmente reconhecida e utilizadas, ainda não está cientificamente comprovada, principalmente para uso em gestantes e lactentes.

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Suplementação Nutricional e Fitoterapia na Saúde

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Recomenda-se enfaticamente que antes da utilização de plantas medicinais nesse caso, obter diagnóstico preciso da doença a ser tratada e a prescrição por um profissional da área da saúde habilitado.

Fitoterápicos para gestantes

Para as gestantes, o mesmo critério desenvolvidos para fármacos deve ser utilizado, seguindo a tabela de Yankowitz e Niebyl (2001) para as cinco categorias de risco para medicamentos:

Quadro 2 - Categoria de risco do medicamento de acordo com sua descrição

Categoria de risco DescriçãoA Estudos controlados não mostraram risco

B Não há evidência de risco em humanos

C O risco não pode ser afastado

D Há evidência positiva de risco

X Contraindicados na gravidez

Boldo L.

» Risco: C

» Preparação: extrato

» Drágeas de 125mg, 2x ao dia

» Indicação: colagogo, colerético, distúrbios hepatobiliares

» Efeito adverso: diarreia

Butambeno

» Risco: B

» Preparação: unguento

» Pomada 1% 1x ao dia

» Indicação: queimaduras causadas por diferentes causas (sol, água quente, metal incandescente)

» Efeito adverso: prurido local

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Capsicum annum L

• Risco: X

• Preparação: pomada

• Indicação: antinevrálgico pós-herpético

• Gravidez: potencial efeito urotônico

Carduus marianus

» Risco: C

» Posologia: 70mg, 1-2 drágeas 3x/dia v.o.; 140mg, 1-3 cápsulas/dia v.o.

» Indicação: distúrbios digestivos decorrentes de hepatopatias

Cáscara sagrada

» Risco: C

» Posologia: 142,5 em 5ml, dose única diária

» Indicação: constipação, laxativo

» Efeitos adversos: cólicas abdominais, dependência laxativa, desequilíbrio eletrolítico, diarreia, enterite, má-absorção de nutrientes, náusea, vômito.

» Interação medicamentosa: suplementos de potássio, diuréticos poupadores de potássio, antiácidos, cimetidina, famotidina, nizatidina, ranitidina.

Cassia angustifolia + Tamarindus indeia + Cassia fistula + Coriandrum sativum

» Risco B

» Posologia: 1-2x/dia v.o.

» Indicações: constipação intestinal

» Contraindicações: hipersensibilidade aos componentes da fórmula, retocolite, doença de Crohn.

» Efeitos adverso: cólica, diarreia, vômito.

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Cassia senna L.

» Risco: B

» Preparação: extrato seco

» Posologia: 50mg, 1-3x/dia v.o.

» Indicação: constipação intestina

» Efeitos adversos: cólicas, vômito e diarreia.

» Interação medicamentosa: antiarrítmicos, glicosídeos cardiotônicos

Castanha-da-índia

» Risco: C

» Posologia: gel 2%, fina camada 2-3x/dia uso tópico; 40mg, 2-3x/dia, v.o.; 5-20mg dose única diária e.v.

» Indicação: edema traumático, flebite, hemorroida, tromboflebite

» Contraindicação: sensibilidade aos componentes, nefropatias e hepatopatias

Chamomila recutita Rauschert

» Risco: C

» Posologia: fina camada 2x/dia, com leve fricção, uso tópico

» Indicação: gengivite, estomatite

» Interação: com plantas da família Compositae

Cimicifuga racemosa

» Risco: X

» Indicação: similar ao estrogênio

» Preparação: extrato seco

» Efeitos adversos: desconforto gástrico, taquicardia, sonolência, cefaleia.

» Interação: com estrogênios

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» Gravidez: parturição prematura

Cynarascolymus

» Risco: C

» Posologia: 200mg, 6-8 drágeas/dia v.o.

» Indicação: distúrbios digestivos, anti-hiperlipediante

» Contraindicações: hipersensibilidade, obstrução das vias biliares, insuficiência hepática.

Equinacea purpurea

» Preparação: extrato seco

» Posologia: 200mg, 2-3x/dia v.o.

» Indicação: imunoestimulação

» Contraindicação: tuberculose, leucoses, colagenoses, esclerose múltipla, protadores de HIV

» Efeito adverso: sialorreia, urticária

Ginkgo biloba

» Risco: C

» Posologia: 40mg, 3-4x/dia v.o.; 80mg, 2-3x/dia, v.o.

» Indicação: isquemia cerebral e periférica, protetor das membranas celulares e da rede de capilares, redutor das hiperagregabilidades plaquetárias e eritrocitária.

» Contraindicação: hipersensibilidade, obstrução das vias biliares, insuficiência hepática grave.

» Efeitos adversos: distúrbios no trato gastrointestinal, cefaleia, reações cutâneas.

» Interação: com antiagregante plaquetários.

Glycinemax

» Risco: X

» Posologia: 60mg, 1-2x/dia v.o.

» Indicação: estrogênio símile, sintomas de climatério, coadjuvante no controle de colesterolemia.

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» Contraindicação: hipersensibilidade, casos prévios de câncer de mama e útero.

» Efeitos adversos: vômito, diarreia, prurido, alteração de ciclo menstrual

» Interação: estrogênios, levotiroxina, ferro, antibióticos.

Herderahelix

» Risco: C

» Posologia: 7,5ml (52,5mg de extrato seco), 3x/dia

» Indicação: afecções broncopulmonares, broncoespasmos

» Efeitos adversos: laxativo

Hipericum perforatum

» Risco: C

» Posologia: 300mg 1-3x/dia v.o.

» Indicação: auxilia nos estados depressivos leves

» Efeitos adversos: sonolência, náusea, vômito

Isoflavonas

» Risco: D

» Posologia: 40-60mg/dia v.o.

» Indicação: sintomas de menopausa

» Efeitos adversos: urticárias

» Interações medicamentosas: antagonista H2, inibidores de bomba de prótons, anticoagulantes cumarínicos.

Kava-kava

» Risco C

» Posologia: extrato 67-125mg 1-3x/dia; extrato seco 234mg 1x/dia

» Indicação: ansiedade e inquietação dos distúrbios vegetativos, psicossomáticos, estresse psicológico

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» Contraindicação: depressão endógena

» Interação: álcool, barbitúricos, agentes psicoativos

» Gravidez: embriotoxicidade em animais

Plantago ovata + psylliumhusk

» Risco: X

» Posologia: 56m18mg dissolvidos em 240ml de água 1-3x/dia

» Indicação: obstipação intestinal crônica habitual ou pós-cirúrgica, diarreias de origem funcional, hemorroida, fissura anal, abscesso anal com redução da dor na evacuação

» Contraindicação: obstrução intestinal, sangramento retal, dor abdominal, suspeita de megacólon de etiologia chagásica, fenilcetonúrios.

» Efeitos adversos: flatulência, náusea, sensação de plenitude gástrica, diarreia.

» Interação: digitálicos, loperamida, difenoxilato e opiáceos.

Rosmarinus officinalis

» Risco: X

» Indicação: dispesia

» Contraindicação: portadores de crise convulsiva, gastrite, úlcera duodenal

» Efeitos adversos: irritação cutânea

» Gravidez: relatos de aborto

Salix alba

» Risco: X

» Posologia 400mg 1-4x/dia v.o.

» Indicação: processos inflamatórios, alívio das dores em geral

» Interações: salicilatos, anti-inflamatórios, anticoagulantes, trombolíticos.

» Efeitos adversos: náusea, vômito, diarreia e entero-hemorragia

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Schinus terebintifolius raddi

» Risco: C

» Posologia: 300mg 1x/dia a noite antes de deitar, intravaginal

» Indicação: cervicites, vaginites, cervicovaginites

» Efeitos adversos: ardor, queimação de baixa intensidade

Tanacetum parthenium

» Risco: X

» Posologia: 120mg 1x/dia

» Indicação: profilaxia para enxaqueca

» Interação: antiagregante, anticoagulante

Vaccinium myrtillus

» Risco: C

» Posologia: 160mg 1-3x/dia

» Indicação: aterosclerose, diabete, retinopatia, acompanhada de fragilidade capilar com alterações de da permeabilidade secundária a hipertensão

» Interação: com substâncias taninos, anti-hipertensivos, digitálicos.

Valeriana officinalis

» Risco: C

» Posologia: 140mg 1-3x/dia v.o.

» Indicação: estados de inquietação, dificuldade de adormecer, irritabilidade

» Efeitos adversos: erupção cutânea

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PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS E FITOTERÁPICOS PARA CRIANÇAS

Infância

Durante a infância, ocorre importante crescimento infantil caracterizado não apenas pelo crescimento ósseo, aumento de estatura e peso, mas também pelo acentuado desenvolvimento de órgãos, células e tecidos. Até os dois anos de idade, o seu crescimento está relacionado com suas condições de nascimento, assim como fatores ambientais, portanto nesta primeira fase o perfil genético influencia muito pouco sua característica corporal. A partir desta idade, as características genéticas despontam, como crianças “altas”, mas ainda depende de condições ambientais como uma nutrição adequada. A partir dos 3 ou 4 anos, a criança apresenta uma velocidade de crescimento constante. Desta forma, não podemos avaliar as crianças apenas pelo seu peso e altura. A idade deve ser avaliada, assim como os fatores genéticos e ambientais.

Avaliação nutricional na infância

Para a realização da avaliação do estado nutricional na infância, necessita-se avaliar o peso, estatura e idade, correlacionando estes três fatores ao mesmo tempo. Além disso, é importante avaliar a criança periodicamente e analisar a progressão de peso e estatura para confirmar seu desenvolvimento. Desta forma, o Ministério da Saúde recomenda a utilização das curvas de crescimento inicialmente elaboradas pelo NCSH e posteriormente adaptadas pela OMS, para avaliação de:

» Peso por idade

» Peso por comprimento (até dois anos de idade)

» Peso por estatura (a partir dos dois anos de idade)

» Comprimento/estatura por idade

» IMC por idade

Estas curvas apresentam-se dividas por idade e por gênero. A curva de todos os gráficos deve apresentar-se sempre ascendente até a fase adulta, com declínio esperado de desenvolvimento no final da adolescência. A curva descendente pode indicar o início de um processo de desnutrição, portanto a avaliação das curvas deve ser periódico. Considera-se eutrófica a criança que apresentar-se dentro dos percentis P3 ao P97. É importante que esta encontre-se dentro de um mesmo percentil em todos os gráficos, mas isto nem sempre ocorre devido suas características físicas e genéticos. Abaixo do P3, a criança encontra-se em baixo peso, assim como acima do P97 a criança pode ser considerada acima do peso.

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Gráfico 3 - Peso por idade para meninos, do nascimento aos cinco anos. Fonte: WHO Child Growth Standards, 2006.

Gráfico 4 - Peso por comprimento para meninos, do nascimento aos dois anos. Fonte: WHO Child Growth Standards, 2006.

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Gráfico 5 - Peso por estatura para meninos, dos dois aos cinco anos. Fonte: WHO Child Growth Standards, 2006.

Gráfico 6 - Comprimento/estatura por idade para meninos, do nascimento aos cinco anos. Fonte: WHO Child Growth Standards, 2006.

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Gráfico 7 - IMC por idade para meninos, do nascimento aos cinco anos. Fonte: WHO Child Growth Standards, 2006.

Gráfico 8 - Peso por idade para meninas, do nascimento aos cinco anos. Fonte: WHO Child Growth Standards, 2006.

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Gráfico 9 - Peso por estatura para meninas, dos dois aos cinco anos. Fonte: WHO Child Growth Standards, 2006.

Gráfico 10 - Peso por comprimento para meninas, do nascimento aos dois anos. Fonte: WHO Child Growth Standards, 2006.

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Gráfico 11 - Comprimento/estatura por idade para meninas, do nascimento aos cinco anos. Fonte: WHO Child Growth Standards, 2006.

Gráfico 12 - IMC por idade para meninas, do nascimento aos cinco anos. Fonte: WHO Child Growth Standards, 2006.

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Gráfico 13 - Estatura por idade para meninos, dos cinco aos dezenove anos. Fonte: WHO Growht reference data for 5-19 years,2007.

Gráfico 14 - Peso por idade para meninos, dos cinco aos dez anos. Fonte: WHO Growht reference data for 5-19 years,2007.

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Gráfico 15 - IMC por idade para meninos, dos cinco aos dezenove anos. Fonte: WHO Growht reference data for 5-19 years,2007.

Gráfico 16 - Peso por idade para meninas, dos cinco aos dez anos. Fonte: WHO Growht reference data for 5-19 years,2007.

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Gráfico 17 - Estatura por idade para meninas, dos cinco aos dezenove anos. Fonte: WHO Growht reference data for 5-19 years,2007.

Gráfico 18 - IMC por idade para meninas, dos cinco aos dezenove anos. Fonte: WHO Growht reference data for 5-19 years,2007.

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Avaliação das curvas de crescimento

» Considera-se desnutrição atual quando a criança apresenta baixo peso pronunciado, entretanto a sua estatura é considerada normal. Trata-se de uma desnutrição recente.

» Considera-se desnutrição crônica evolutiva quando a criança apresenta baixo peso pronunciado, e baixa estatura. Trata-se de uma desnutrição já instalada há algum tempo e a criança apresenta comprometimento de desenvolvimento.

» Considera-se desnutrição pregressa quando a criança apresenta peso normal, porém baixa estatura. A criança não está desnutrida atualmente, entretanto passou por episódio de desnutrição durante gestação ou primeiro ano de vida, acarretando em diminuição do crescimento. Pode ser considerada eutrófica.

Outras avaliações importantes em crianças

O perímetro cefálico e o perímetro torácico são parâmetros de desnutrição a partir do indicador PT/PC.

» Do nascimento até 6 meses ―› PT/PC = 1 ―› normal

» 6 meses aos 5 anos: ―› PT/PC > 1 ―› normal

―› PT/PC < 1 ―› desnutrição energético proteíca

• NCHS - curva de perímetro cefálico até 36 meses de idade.

Procedimento PC:

» Medir a circunferência máxima colocando a fita sobre a região frontal e na proeminência do occipital.

A fita deve contornar a cabeça, ao mesmo nível, à esquerda e à direita.

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Fonte: adaptado de NCHS/CDC (2000).

Fonte: adaptado de NCHS/CDC (2000).

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Necessidades e recomendações nutricionais na infância

As necessidades nutricionais na infância são determinadas pelas quantidades específicas de cada nutriente que devem ser ingeridas para se manter de forma satisfatória a taxa de crescimento e desenvolvimento, além de prevenir o desenvolvimento de sinais específicos de deficiência.

Necessidades energéticas

As necessidades energéticas das crianças são relativamente maiores em relação as do adulto. Um recém-nascido tem uma necessidade energética relativa ao seu peso 4 vezes maior em relação ao adulto. Isso ocorre pois sua taxa metabólica é extremamente alta pela necessidade de energia para promoção do seu crescimento e desenvolvimento. Abaixo estão descritos as principais formas de obtenção do valor do gasto energético total de crianças de acordo com sua idade e gênero.

Tabela 6 - Valor do requerimento energético estimado (EER) para crianças de 0 a 36 meses

Idade Fórmula0 a 3 meses (89 X peso – 100) + 175kcal

4 a 6 meses (89 X peso – 100) + 56kcal

7 a 12 meses (89 X peso -100) + 22kcal

13 a 36 meses (89 X peso – 100) + 20kcal

Obtenção do gasto energético total de crianças: fórmula simplificada

» Até o 1° ano: necessidade de 1000kcal, após 1 ano, adicionar 100kcal por ano, até os 11 anos.

Obtenção do gasto energético total de crianças: equações para obtenção de GEB, segundo DRIs (IOM, 2002).

Tabela 7 - equações para obtenção de GEB

Meninos de 3 a 18 anos GEB = 68 – (43,3 X idade) + 712 X estatura + 19,2 X peso

Meninas de 3 a 18 anos GEB = 189 – (17,6 X idade) + 625 X estatura + 7,9 X peso

Observação: peso em kg, estatura em metros e idade em anos.

Para obtenção do gasto energético total (GET), realiza-se GEB X fator atividade com base na tabela abaixo:

Tabela 8 - Fator atividade de crianças de 3 a 18 anos

Crianças sedentárias 1,2 – 1,3

Crianças ativas 1,4 – 1,5

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Necessidades de macronutrientes

As necessidades de macronutrientes e a distribuição calórica deve ser realizada a partir das recomendações das DRIs (IOM, 2002), como descrito na tabela abaixo:

Tabela 9 - Distribuição percentual dos macronutrientes segundo DRIs (IOM, 2002)

Crianças de 1 a 3 anos Crianças de 4 a 18 anosCarboidrato 45 – 65% 45 – 65%

Proteína 5 – 20% 10 – 30%

Gorduras totais 30 – 40% 25 – 35%

Ácidos graxos ômega 6 5 – 10% 5 – 10%

Ácidos graxos ômega 3 0,6 – 1,2% 0,6 – 1,2%

Fonte: IOM (2002).

Como as recomendações proteicas podem variar de acordo com o peso, recomenda-se o cálculo das necessidades proteicas a partir do peso da criança, utilizando-se os valores descritos na tabela abaixo:

Tabela 10 - Recomendação da ingestão diária de proteínas para crianças, de acordo com a idade

Idade Quantidade de proteína< 6 meses 2,2g/kg peso

6 a 12 meses 1,6g/kg peso

1 a 3 anos 1,2g/kg peso

4 a 6 anos 1,1g/kg peso

7 a 10 anos 1,0g/kg peso

Recomendações de vitaminas e minerais

As recomendações de vitaminas e minerais devem seguir as quantidades estabelecidas pelas DRIs para crianças segundo a tabela abaixo:

Tabela 11 – Necessidades diárias de micronutrientes para crianças, de acordo com a idade

Vitaminas e minerais Quantidade diárias estabelecidas para criançasVitamina A 0 – 6 meses = 400μg

7 – 12 meses = 500μg1 – 3 anos = 300μg4 – 8 anos = 400μg9 – 13 anos (mulheres) = 600μg9 – 13 anos (homens) = 600μg

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Vitamina C 0 – 6 meses = 40mg7 – 12 meses = 50mg1 – 3 anos = 15mg4 – 8 anos = 20mg9 – 13 anos (mulheres) = 45mg9 – 13 anos (homens) =45mg

Vitamina D 0 – 6 meses = 5μg7 – 12 meses = 5μg1 – 3 anos = 6μg4 – 8 anos = 7μg9 – 13 anos (mulheres) = 5μg9 – 13 anos (homens) = 5μg

Vitamina E 0 – 6 meses = 4mg7 – 12 meses = 5mg1 – 3 anos = 6mg4 – 8 anos = 7mg9 – 13 anos (mulheres) = 11mg9 – 13 anos (homens) =11mg

Vitamina K 0 – 6 meses = 2μg7 – 12 meses = 2,5μg1 – 3 anos = 30μg4 – 8 anos = 55μg9 – 13 anos (mulheres) = 60μg9 – 13 anos (homens) = 60μg

Tiamina 0 – 6 meses = 0,2mg7 – 12 meses = 0,3mg1 – 3 anos = 0,5mg4 – 8 anos = 0,6mg9 – 13 anos (mulheres) = 0,9mg9 – 13 anos (homens) = 0,9mg

Riboflavina 0 – 6 meses = 0,3mg7 – 12 meses = 0,4mg1 – 3 anos = 0,5mg4 – 8 anos = 0,6mg9 – 13 anos (mulheres) = 0,9mg9 – 13 anos (homens) = 0,9mg

Niacina 0 – 6 meses = 2mg7 – 12 meses = 4mg1 – 3 anos = 6mg4 – 8 anos = 8mg9 – 13 anos (mulheres) = 12mg9 – 13 anos (homens) = 12mg

Vitamina B6 0 – 6 meses = 0,1mg7 – 12 meses = 0,3mg1 – 3 anos = 0,5mg4 – 8 anos = 0,6mg9 – 13 anos (mulheres) = 1,0mg9 – 13 anos (homens) = 1,0mg

Folato 0 – 6 meses = 65μg7 – 12 meses = 80μg1 – 3 anos = 150μg4 – 8 anos = 200μg9 – 13 anos (mulheres) = 300μg9 – 13 anos (homens) = 300μg

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Vitamina B12 0 – 6 meses = 0,4μg7 – 12 meses = 0,5μg1 – 3 anos = 0,9μg4 – 8 anos = 1,2μg9 – 13 anos (mulheres) = 1,8μg9 – 13 anos (homens) = 1,8μg

Ácido pantotênico 0 – 6 meses = 1,7mg7 – 12 meses = 1,8mg1 – 3 anos = 2mg4 – 8 anos = 3mg9 – 13 anos (mulheres) = 4mg9 – 13 anos (homens) =4mg

Biotina 0 – 6 meses = 5μg7 – 12 meses = 6μg1 – 3 anos = 8μg4 – 8 anos = 12μg9 – 13 anos (mulheres) = 20μg9 – 13 anos (homens) = 20μg

Colina 0 – 6 meses = 125mg7 – 12 meses = 150mg1 – 3 anos = 200mg4 – 8 anos = 250mg9 – 13 anos (mulheres) = 375mg9 – 13 anos (homens) = 375mg

Cálcio 0 – 6 meses = 210mg7 – 12 meses = 270mg1 – 3 anos = 500mg4 – 8 anos = 800mg9 – 13 anos (mulheres) = 1300mg9 – 13 anos (homens) = 1300mg

Cromo 0 – 6 meses = 0,2μg7 – 12 meses = 5,5μg1 – 3 anos = 11μg4 – 8 anos = 15μg9 – 13 anos (mulheres) = 21μg 9 – 13 anos (homens) = 25μg

Cobre 0 – 6 meses = 200μg7 – 12 meses = 220μg1 – 3 anos = 340μg4 – 8 anos = 440μg9 – 13 anos (mulheres) = 700μg9 – 13 anos (homens) = 700μg

Flúor 0 – 6 meses = 0,01mg7 – 12 meses = 0,5mg1 – 3 anos = 0,7mg4 – 8 anos = 1,0mg9 – 13 anos (mulheres) = 2,0mg9 – 13 anos (homens) = 2,0mg

Iodo 0 – 6 meses = 110μg7 – 12 meses = 130μg1 – 3 anos = 90μg4 – 8 anos = 90μg9 – 13 anos (mulheres) = 120μg9 – 13 anos (homens) = 120μg

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Ferro 0 – 6 meses = 0,27mg7 – 12 meses = 11mg1 – 3 anos = 7mg4 – 8 anos = 10mg9 – 13 anos (mulheres) = 8mg9 – 13 anos (homens) = 8mg

Magnésio 0 – 6 meses = 30mg7 – 12 meses = 75mg1 – 3 anos = 80mg4 – 8 anos = 130mg9 – 13 anos (mulheres) = 240mg9 – 13 anos (homens) = 240mg

Manganês 0 – 6 meses = 0,003mg7 – 12 meses = 0,6mg1 – 3 anos = 1,2mg4 – 8 anos = 1,5mg9 – 13 anos (mulheres) = 1,6mg9 – 13 anos (homens) =1,9mg

Molibdênio 0 – 6 meses = 2μg7 – 12 meses = 3μg1 – 3 anos = 17μg4 – 8 anos = 22μg9 – 13 anos (mulheres) = 34μg9 – 13 anos (homens) = 34μg

Fósforo 0 – 6 meses = 100mg7 – 12 meses = 275mg1 – 3 anos = 460mg4 – 8 anos = 500mg9 – 13 anos (mulheres) = 1250mg9 – 13 anos (homens) = 1250mg

Selênio 0 – 6 meses = 15μg7 – 12 meses = 20μg1 – 3 anos = 20μg4 – 8 anos = 30μg9 – 13 anos (mulheres) = 40μg9 – 13 anos (homens) = 40μg

Zinco 0 – 6 meses = 2mg7 – 12 meses = 3mg1 – 3 anos = 3mg4 – 8 anos = 5mg9 – 13 anos (mulheres) = 8mg9 – 13 anos (homens) = 8mg

Potássio 0 – 6 meses = 0,4g7 – 12 meses = 0,7g1 – 3 anos = 3g4 – 8 anos = 3,8g9 – 13 anos (mulheres) = 4,5g9 – 13 anos (homens) =4,5g

Sódio 0 – 6 meses = 0,12g7 – 12 meses = 0,37g1 – 3 anos = 1,0g4 – 8 anos = 1,2g9 – 13 anos (mulheres) = 1,5g9 – 13 anos (homens) =1,5g

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Cloro 0 – 6 meses = 0,18g7 – 12 meses = 0,57g1 – 3 anos = 1,5g4 – 8 anos = 1,9g9 – 13 anos (mulheres) = 2,3g9 – 13 anos (homens) =2,3g

Fonte: IOM (2002).

Prescrição de suplementos na infância

Na infância, as principais carências nutricionais encontradas são o ferro e vitamina A e atualmente a vitamina D. Entretanto, pode-se observar uma baixa ingestão de zinco, vitamina B6, ácido fólico e vitamina C na alimentação. Desta forma, deve-se avaliar a criança e tentar detectar possíveis carências nutricionais que venham a indicar deficiência destes nutrientes e, se for necessário, confirmar tais deficiências a partir de exames bioquímicos.

Como a anemia ferropriva e a hipovitaminose A são problemas de saúde pública nesta faixa etária, as crianças normalmente são avaliadas por seus pediatras à procura de tais deficiências e também costumam ser suplementadas com doses acima das recomendações das DRIs. Nestes casos, deve-se tomar cuidado com o excesso de fontes alimentares ou uma possível suplementação em dobro. Os outros nutrientes costumam ser ignorados, portanto deve-se, nestes casos, indicar uma suplementação adequada quando houver necessidade. Além disso, alguns nutrientes são importantes para o crescimento, como o zinco, e para aumentar o apetite, como as vitaminas do complexo B (especialmente a niacina). Esta, especificamente, deve ser suplementada, respeitando o limite da DRI e a ingestão alimentar, pois sua toxicidade é muito baixa. Para a prescrição destes nutrientes, deve-se sempre obedecer à recomendação da DRI listada acima.

Prescrição de fitoterápicos na infância

Com relação aos conceitos gerais, as doses terapêuticas prescritas para recém-nascidos e crianças devem levar em consideração que a proporção de curas espontâneas de muitas condições agudas é maior do que em adultos. Por exemplo: infecções banais de vírus desaparecem em média de 5 a 7 dias.

A presença de candidíase oral em recém-nascidos é relativamente frequente. Os sinais são saburras brancas, cobrindo grande parte da mucosa oral. Para tratá-la:

Tintura de mirra (Myrrhae)

» Aplicar com cotonete, a tintura não diluída

» Em regiões externas: diluir a tintura de mirra em água fervida na proporção de 1:1, ou para potencializar o efeito diluir na mesma proporção em chá de camomila.

Outras tinturas: tintura de ratânia (Ratanhia); decocto a 10% de fruto de mirtilo (Myrtillifructus).

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Fitofármacos de uso em doenças do trato respiratório

Alterações de trato respiratório em crianças são muito comuns e levam a inapetência alimentar, o que afeta o estado nutricional da criança e interfere na conduta nutricional. Por apresentarem metabolismo mais intenso, crianças em jejum prolongado sofrem maiores efeitos e podem piorar nos quadros respiratórios. Muitas vezes o tratamento dessas alterações leva a um benefício nutricional, portanto, é importante que os nutricionistas tenham um arsenal terapêutico para esse tipo de patologia.

Nas secreções de vias respiratórias, aplica-se inalação com óleos essenciais em preparações onde esses estão presentes ou podem ser nebulizados.

Gargarejos e lavagens

Folha de sálvia

» 2,5g ou 1 colher de chá para 150ml de água fervente

» Deixe em infusão por 10 minutos e filtre

» Use a infusão morna

» Posologia: 2 a 3x ao dia

Óleo essencial de sálvia

» 1 ou 2 gotas para 100ml de água

Extrato alcóolico (tintura)

» 5g ou 1 colher de chá para 1 copo de água

Tanchagem - Plantago lanceolata

» Utilizada em casos de tosse

» Preparações e posologias:

• A infusão 3-6g da droga em dose única

• Extrato da planta fresca

• O uso do xarope de tanchagem é muito comum.

Observação: a coloração escura indica a decomposição dos glicosídeos iridoides com atividade antibacteriana (incluindo 0,3-0,7% de aucubina, dependendo da procedência e condições do cultivo).

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Galeopisides - Galeopsis segetum

» 6g da droga para dose única diária

» Chá:

• Galeopiside erva - 60.0g

• Serpylli erva conc. - 40.0g

Dosagem:

Tomar 1 xícara várias vezes ao dia, usando sempre uma colher de sopa da mistura do chá para 150ml de água fervida. Em recém-nascidos, basta uma colher de chá da planta.

Cuidado:

Polygalae radiz também é indicada para secreções nasais, mas preparações a base de suas raízes não são indicadas para pediatria, porque produzem efeitos colaterais indesejáveis com o uso, como irritação do trato gastrointestinal.

Tratamento de tosse improdutiva

Os fitofármacos normalmente apresentam ação expectorante. Vale as seguintes observações:

• A tosse seca (improdutiva) é distinta da tosse com produção de muco viscoso de difícil expectoração – a chamada tosse produtiva;

• A tosse pode ser combatida por ações como:

a) supressão do reflexo da tosse no centro da tosse no SNC;

b) bloqueio dos receptores sensitivos, receptores da tosse no trato brônquico.

As mucilagens atuam pelo segundo mecanismo, reduzindo a hipersensibilidade dos receptores da tosse nas partes superiores do trato respiratório. A codeína e a noscapina atuam como supressores da tosse, sendo a última sem efeitos colaterais e possível de prescrição da pediatria.

Raiz de alteia - Althaea officinalis

» Ações: demulcente e emoliente, inibe a atividade muco ciliar pelo aumento da fagocitose

» Forma farmacêutica: xarope - gosto agradável

» Posologia: 2-8ml ou 1 colher pequena de chá até 2 colheres de sopa

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• Aplicar várias vezes ao dia.

• A infusão deve ser a frio.É preferível comprar a preparação pronta.

Líquen da Islândia - Cetraria islandica

A infusão desse líquen tem um efeito colateral muito importante para nutrição, pois aumenta o apetite.

Malva - Malva silvestris e Malva neglecta

» Tintura diluída ou chá (infusão).

Verbasco - Verbascum densiflorum

» 3-4g da droga seca ou 1 colher de sopa das flores 200ml de água, deixar infundir 15 minutos, adoçar com mel e tomar entre as refeições.

» Gosto bom, indicado para pediatria.

Tosse com expectoração viscosa (tosse produtiva)

Os fitofármacos que apresentam em sua preparação saponinas são indicados, pois apresentam ação secretolíticos e secretomotores.

Alcaçuz - Glycyrrhiza glabra

» Suco viscoso de alcaçuz - dose/dia: 0,5-1,0g

Misturas padronizadas para formulação de xaropes

» Althae radix 8 partes

» Liquirithae radiz 4 partes

» Farfarae folium 4 partes

» Varbasci flos 2 partes

» Anisi fructus 2 partes

Posologia: tomar uma xícara do chá várias vezes ao dia, preparado com 1 colher de sopa da mistura. Para recém-nascidos, recomenda-se metade da dosagem.

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Chá para tosse

» Liquirithae radiz 50,0g

» Primulae radix 10,0g

» Althae radix 30,0g

» Anisi fructus 10,0g

Posologia: tomar cinco copos diariamente, preparados como infusão, usando 1 colher de chá da mistura. Se possível, tomar ainda quente.

Fitoterápicos imunomoduladores

Esses medicamentos são indicados na tentativa de aumentar a resposta imunológica das crianças, evitando infecções e afecções oportunistas que possam levar a desnutrição. Esses medicamentos podem ser utilizados nos primeiros sintomas ou para terapia profilática de curto período, com aplicações no período da manhã e noite, no máximo de 4 dias.

» Equinácea: Echinacea purpurea - tintura mãe

» Fitolaca: Phytolacca americana - tintura mãe

» Eupatório: Eupatorium perfoliatum - tintura mãe

Posologia

» Dose inicial para crianças acima de 10 anos: 50 a 80 gotas

» Dose inicial de 1 a 10 anos: 10 a 30 gotas

» Diluir em 150ml de água.

Doenças do trato gastrointestinal

As principais alterações observadas em crianças são:

a) Falta de apetite

b) mal-estar gástrico

c) dispesia, associada a flatulência

d) diarreia aguda e de curto prazo

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e) obstipação crônica

Para maior eficácia nesses casos, a terapia deve iniciar rapidamente e ser assertiva, pois a desnutrição pode ser severa e acarretar males piores.O pólen de flores é considerado estimulante de apetite de ótima ação.

A dosagem para recém-nascido e bebês é um terço da dosagem citada em qualquer monografia. Para crianças em idade escolar, usa-se metade da dosagem.

As crianças aceitam mais facilmente extratos ou infusões.

» A terapêutica busca a medicação diante das seguintes queixas:

» Espasmolíticos: para reduzir os espasmos gástrico e cólicas

» Anti-inflamatórios: para reduzir a inflamação da mucosa gástrica e assim o ardor e desconforto

» Estimulante de secreção: para aumentar a secreção salivar e gástrica

» Carminativo: diminui a plenitude gástrica, dá conforto gástrico.

» Sedativo: para acalmar o estado geral e facilitar o tratamento

Casca de laranja amarga - Certos aurantium

» Chá da casca na forma de infusão

» Posologia:

• 2g ou 1 colher de chá para 1 xícara de água ou colocar 20gotas da tintura em uma xícara de chá de hortelã-pimenta antes de cada refeição

Cálamo - Calami rhizoma

» Posologia:

• 2 a 3 gotas da tintura antes da refeição

Centáurea - Centaurii herba

» Posologia: algumas gotas da tintura antes das refeições

Folha de alcachofra e casca do candurango

» São indicadas em preparações para estimular o apetite

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Quadro 3 - Drogas que apresentam ação estimulante de apetite contra dispepsia ou complicações dispépticas

Amargas (amara) Cnici benedicti, Condurango cortex Cynara folium

Aromáticas Anisi fructusCoriandri fructusCurcumae xanthor rhizomaFoeniculi fructus

Amargas aromáticas Aurantii pericarpiumSalviae folium

Flavonoides Cardui mariaePólen de flores

Tônico amargo

Indicado para acloridria, anorexia e fraqueza gástrica após uma infecção

» Aurantii tintura 1 parte

» Gentianae tintura 9 partes

» Calami tintura 10 partes

Posologia: 10 gotas para meio copo de água antes das refeições, tomar lentamente, a concentração de álcool no tônico é considerada insignificante a partir de 2 anos de idade.

Quadro 4 - Plantas com indicações para distúrbios do trato gastrointestinal

Complicações dispépticas, leve insuficiência pancreática exócrina

Harunganae madasgacariensis cortex et folium

Complicações epigástricas funcionais (estômago irritável, síndrome gastrocardíaca, meteorismo)

Lavandulae flos

Preparação mucilaginosa para casos de gastrite e enterite

Lini semen

Úlceras gástricas e duodenais Liquiritiae radixEspasmos gastrointestinais e doenças inflamatórias do trato gastrointestinal

Matricariae flos

Complicações gastrointestinais funcionais

Melissae folium

Complicações funcionais do estômago, fígado e vesícula biliar, meterorismo

Menthae arvensis (óleo de menta)

Dores espasmiformes no trato gastrointestinal superior e nas vias biliares

Menthae piperatae (óleo de hortelã pimenta)

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Adstringente no caso de secreções gastrointestinais, aplicado em baixas dosagens

Rhei radix

Complicações dispépticas, profilaxia dos sintomas de cinetose

Zingiberis rhizoma

Formulações estimulam o apetite

» Aurantii tintura: 30-40 gotas antes das refeições

» Cinchonae tintura: 20-30 gotas antes das refeições

» Tintura calami: 30-40 gotas antes das refeições

» Vinumchinae: 1 colher de sopa antes das refeições

» Vinumconurango: 1 a 2 colheres de sopa antes da refeições

Tinturas e chás para o estômago

» Tintura amarga: 10.0 partes

» Tintura de genciana: 10.0 partes

» Tintura de abismo: 10.0 partes

» Misturar com a água e tomar 2 colheres

Para cólicas e problemas associados a primeira infância

» Chá para o estômago

• Preparação 1

Sabor agradável, aplicada para queixas leves de transtornos gástrico.

Matricariae flos total 50,0g

Menthae piperatae folium conc. 30,0g

Melissae folium conc. 15,0g

Calami rhizoma conc. 5,0g

Posologia: dependendo da necessidade, de 3 a 5 copos diários usando uma colher de chá ou até uma colher de sopa da mistura para infusão.

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• Preparação 2

Foeniculi fructus conc.

Menthae piperatae

Melissae folium

Calami rhizoma

Fazer em partes iguais (ãã) para 20,0g

Posologia: 1 colher de chá para uma xícara de água fervida, deixar em infusão por 10 minutos e administrar 2 a 3x ao dia

• Preparação 3

Indicada para casos de anorexia, plenitude gástrica, flatulência e leves distúrbios espasmiformes gastrointestinais.

Angelixa radix conc. 20,0g

Gentianae radix conc. 40,0g

Carvi fructus tot. 40,0g

Posologia: até 3 xícaras do chá por dia antes das refeições, preparado com 1 colher de chá da mistura. Para crianças menores que 4 anos, somente meia colher de chá da mistura.

Alecrim - Rosmarinusofficinalis L.

» Partes usadas: folha

» Principais componentes: óleos essenciais, diterpenos e flavonoides.

» Propriedades: carminativo, espamolítico, rubefasciente e antimicrobianos

» Infusão (chá): aparelho digestório (gases, má digestão) e antisséptico

» Toxicidade: em altas doses v.o. é abortivo, provoca irritações do trato gastrointestinal, causando gastrite, gastroenterite, nefrite. O uso durante a noite pode alterar o sono.É fotossensibilizante e sua essência pode ser irritante de pele.

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Camomila- Matriarca chamimilla

» Parte usada: flor - capítulos florais secos

» Principais componentes: óleos essenciais, flavonoides, cumarina e sais minerais

» Propriedades: anti-inflamatório tópico, distúrbios digestivos e como antiespasmódico e para insônia leve

» Formas de prescrição: extrato hidroalcoólico, como tinturas, 0,5% de óleos essenciais, infuso

» Toxicidade: pode causar alergias, diminui a absorção de ferro

Melissa officinalis: erva-cidreira, capim-cidreira

» Parte utilizada: folha

» Tintura: 20% -50 a 100 gotas, 1 a 2x/dia

» Extrato fluido: 2 a 4 ml/dia

» Extrato seco: 330 a 500mg 2x/dia

» Extrato de Melissa officinalis a 13,2% de ácidos hidroxicinâmicos

» Toxicidade: doses altas ou uso prolongado pode causar náuseas, vômitos e sedação acentuada

» Interação: efeito sinérgico com etanol, barbitúricos e sedativos.

» Contraindicação: óleo essencial na gravidez e extrato seco no hipotiroidismo

Mentha x piperita - menta/hortelã-pimenta

» Parte utilizada: folha

» Indicação: flatulência e cólica

» Tintura 20%: 35 gotas 2 a 4x/dia

» Extrato seco: 500mg 2 a 4x/dia

» Modo de preparo: 1,5g (3 colheres de café) em 150ml de água, 2 a 4x/dia

» Contraindicação: obstrução biliar, danos hepáticos severos, lactação

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Mikania glomerata - guaco

» Parte utilizada: folhas

» Indicação: mucolítico

» Tintura 20%: 5 a 20ml/dia

» Extrato fluido: 1 a 4ml/dia

» Extrato seco: 0,525 a 4,89mg de cumarina

» Extrato de Mikania glomerata a 0,2% de cumarina 2%: 50 a 200ml/dia

» Toxicidade: petéquias, aumento do fluxo menstrual

Passiflora alata ou incarnata - maracujá

» Parte utilizada: folha

» Indicação: agitação, ansiedade e insônia

» Preparação: tintura 20%, 75 gotas 1 a 2x/dia

» Extrato seco: 20 a 64mg de vitexina

» Extrato de Passiflora alata ou incarnata (maracujá) a 4% isovitexina

» 3g (1 colher de sopa) em 150ml de água 1 a 2x/dia

Allium sativum - alho

» Parte utilizada: bulbo

» Indicação: problemas respiratórios

» Posologia: extrato seco: 2,7mg a 4,1mg de alicina

» Pó: 1 a 1,5g/dia

» Extrato fluido: 25 a 50 gotas 2 a 3x/dia

» Tintura 20%: 25 gotas 2 a 3x/dia

» Óleo: 100mg, 1 a 3x/dia

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» Efeitos adversos: mal-estar gástrico, reação alérgica tipo asmática, suor com odor de alho

» Contraindicação: gastrite aguda, úlcera, em grande quantidade na gravidez e lactação

» Interação: anticoagulante, hipotensor, hipoglicemiante

Pimpinela anisum - anis/erva doce

» Partes utilizadas: frutos

» Indicações: digestivo, carminativo e expectorante

» Posologia: tintura 20%, 35 gotas, 3x/dia

» Extrato seco: 80 a 225mg de transanetol em 3x/dia

» Extrato de Pimpinella anisum a 2,8% de transanetol 1,5g (3 colheres de café) em 150ml de água (amassar imediatamente antes de usar), 3x/dia

Vaccinium macrocarpon - cranberry

» Partes utilizadas: bagas com frutos

» Indicação: cárie dentária

» Posologia: sachê aromatizado para diluir em água ou extrato seco: 200 a 400mg

Camellia sinensis - chá-verde

» Partes utilizadas: folhas

» Indicação: cárie dentária

» Posologia: 1/2 colher de sopa (1,5g) para cada xícara de chá, tomar até 4x ao dia

Eucalypitus globulus - eucalipto

» Partes utilizadas: folhas

» Indicação: antisséptico, antibacteriano das vias aéreas superiores e expectorante

» Posologia: 14 a 42,5mg de cineol em óleo essencial, extratos e tintura

» Infusão: 2g (colher de sobremesa) em 150ml (xícara de chá).

» Fazer inalação de 2 a 3x/dia

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» Efeitos adversos: casos raros de náusea, vômito e diarreia

» Contraindicação: não usar em caso de inflamação gastrointestinal e biliar, doença hepática grave, gravidez, lactação, menores de 12 anos

» Interação: sedativos, anestésico, analgésico e hipoglicemiantes.

Taraxacum officinale - dente de leão

Toda a planta pode ser usada como estimulante de apetite.

» Tintura 20%: 75 a 100 gotas, 3 a 4x/dia

» Extrato seco: 1.000mg 3x/dia

» Extrato de Taraxacum officinale a 3% de flavonoides 3 a 4 gramas (3 a 4 colheres de chá) em 150ml de água 3x/dia

» Reações adversas: obstrução das vias biliares e trato intestinal

PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS E FITOTERÁPICOS PARA ADOLESCENTES

Adolescência

Segundo a Organização Mundial da Saúde(OMS), a adolescência compreende o período entre os 10 a 20 anos incompletos de um indivíduo. Pode ser considerado o segundo período da vida extrauterina, pois o crescimento atinge sua velocidade máxima (15% total da estatura é atingida nesta fase). Os meninos possuem crescimento de 9 a 10cm por ano e as meninas cerca de 8cm por ano. Além disso, nesta fase há um aumento considerável de massa óssea, representando 50% da massa óssea total de um adulto.

No período denominado puberdade, ocorre o aparecimento de características sexuais secundárias em resposta à ativação do mecanismo neuro-hormonal do eixo hipotálamo-hipófise-gônada. Esta ativação é responsável por:

» estirão pubertário: aceleração e posterior desaceleração do crescimento, ocasionando picos de velocidade de crescimento;

» maturação sexual: desenvolvimento das gônadas (testículos e ovários) e das características sexuais secundárias (pêlos e mamas);

» mudanças de composição corporal: aumento da quantidade em meninas pela ação do estrogênio e alteração da distribuição de gordura em ambos (repleção); ocorre o crescimento esquelético e ganho de massa muscular nos meninos pela ação da testosterona.

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Avaliação nutricional na adolescência

A avaliação do estado nutricional deve ser realizada a partir do IMC pela idade segundo as curvas de crescimento da OMS discutidas no item 2.2. Não deve-se avaliar o IMC dos adolescentes a partir da classificação da OMS de adultos, pois podemos encontrar alguns adolescentes na faixa do sobrepeso e que na verdade estão com maior peso pela fase pubertária. Desta forma, a utilização das curvas de crescimento são de muita importância.

Como discutimos anteriormente, a adolescência é caracterizada pela intensa liberação hormonal responsável por alterações físicas diferenciadas entre os gêneros e de acordo com a idade. Desta forma, a maturação sexual ocorre de forma diferente entre meninos e meninas e em etapas e idades diferentes entre indivíduos do mesmo sexo. Para melhor avaliação do estágio de maturação sexual dos adolescentes, foram desenvolvidos critérios enumerados de 1 a 5 que levam em consideração o desenvolvimento das mamas (M), pêlos pubianos (P) e genitália masculina (G), denominados estágios de Tanner.

A avaliação deve ser realizada por exame físico ou autoavaliação (o médico pode avaliar o estágio ou questionar o adolescente sobre qual estágio o mesmo se encontra).

Quadro 5 - Características do adolescente do sexo masculino de acordo com estágio de maturação sexual de Tanner

Estágio de Tanner Pêlos pubianos (P) Genitália (G)Estágio 1 Pré adolescência - nenhum

(pelugem)Características infantis sem alteração

Estágio 2 Presença de pêlos finos e claros na base do pênis

Aumento inicial do volume do testículos e escrotos, com ausência ou pequeno aumento do pênis

Estágio 3 Púbis coberto - pêlos mais escuros e ásperos

Crescimento peniano em cumprimento e maior crescimento dos testículos e escroto

Estágio 4 Tipo adulto - com extensão para a coxa, porém com a área coberta consideravelmente menor do que no adulto

Crescimento peniano e da glande, principalmente do diâmetro, e escurecimento do testículo e escroto

Estágio 5 Tipo adulto - com extensão para a coxa

Desenvolvimento completo da genitália

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Figura 1 - Avaliação do estadiamento puberal (meninos). Fonte: Tanner (1962).

Quadro 6 - Características de adolescentes do sexo feminino de acordo com estágio de maturação sexual de Tanner

Estágio de Tanner Pêlos pubianos (P) Mamas (G)Estágio 1 Pré adolescência - nenhum (pelugem) Características infantis sem alteração

Estágio 2 Presença de pêlos finos e claros na região dos grandes lábios

Brotos mamários: elevação da mama e aréola formando uma pequena saliência

Estágio 3 Púbis coberto - pêlos mais escuros e ásperos

Maior aumento da mama e aréola, mas sem separação dos contornos

Estágio 4 Tipo adulto - cobrindo mais densamente a região púbica, sem atingir as coxas

Maior crescimento da mama e da aréola, com separação de contornos

Estágio 5 Tipo adulto - invasão da parte interna da coxa

Mamas com aspecto adulto, o contorno areolar é incorporado novamente ao contorno da mama

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Figura 2 - Avaliação do estadiamento puberal (meninos). Fonte: Tanner (1962).

Estágio segundo avaliação do estadiamento puberal

Características

Estágio 1: pré-púbere Meninas ―› 9 -10 anos ―› P1 E M1

Meninos ―› 11-12 anos ―› P1 E G1

Características infantis

Período pré-estirão (meninas: 8 a 9 anos/meninos: 10 a 11 anos): repleção pré-puberal ―› acúmulo de tecido adiposo para reserva energética para posterior estirão.

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Estágio 2: pré-púbere Meninas ―› 8-14 anos ―› P2 E M2

Início da fase de estirão ―› precede a velocidade máxima de crescimento (VMC) e após 2 anos apresentarão a menarca.

Meninos ―› 9 anos e 6 meses-15 anos e 6 meses ―› P2 E G2

Estágio 3: púbere Meninas ―› 10-14 anos e 6 meses ―› P3 E M3

Já passou pelo estirão pubertário ―› aspecto longilíneo e “emagrecido” ―› classificada como baixo peso pelos indicadores ―› utilização das reservas energéticas pelo fenômeno do crescimento linear.Menarca ocorrerá no final do estágio, na transição para o estágio 4. População geral apresenta a menarca por volta de 12 anos (VITOLO, 2008). Meninos ―› 10 anos e 6 meses-16 anos ―› P3 E G3

Estágio 4 Meninas ―› 11 -15 anos ―› P4 E M4

Maioria já teve a menarca

↑ eficiência de depósito de gordura ―› estabilização da funções hormonais ovarianas ―› realizar monitorização do consumo alimentar e do gasto energético ―› objetivo de prevenir a deposição do excesso de gordura.

Meninos ―› 11 anos e 6 meses-16 anos e 6 meses ―› P4 E G4

Desaceleração do crescimento ―› precede a velocidade máxima de crescimento (VMC)

Características de emagrecimento igual a das meninas no estágio 3

Maior apetite ―› ↑ dimensão física e massa muscular

Estágio 5: final da maturação sexual Meninas ―› 12-18 anos ―› P5 E M5

Reduzem espontaneamente o consumo alimentar ―› manutenção do peso proporcional à estatura.

Meninos ―› 12 anos e 6 meses-17 anos ―› P5 E G5

Manutenção o maior consumo alimentar

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Necessidades e recomendações nutricionais na adolescência

Necessidades energéticas

As necessidades energéticas dos adolescentes são ainda altas quando comparadas as do adulto, devido ao seu crescimento acelerado. Para se estimar o gasto energético de um adolescente, deve-se avaliar o seu estágio pubertário, pois este gasto energético sofre grande variação de acordo com o estágio em que ele se encontra. Infelizmente, não há fórmulas que estimem o gasto energético de acordo com seu estágio pubertário, o que dificulta ainda mais a precisão do cálculo. Desta forma, o cálculo do gasto energético basal (GEB) pode ser feito por meio de fórmulas das DRIs.

Tabela 12 - Obtenção do gasto energético total de adolescentes: equações para obtenção de GEB

Meninos de 3 a 18 anos GEB = 68 – (43,3 X idade) + 712 X estatura + 19,2 X peso

Meninas de 3 a 18 anos GEB = 189 – (17,6 X idade) + 625 X estatura + 7,9 X peso

Fonte: IOM (2002).

Observação: peso em kg, estatura em metros e idade em anos

Para obtenção do gasto energético total (GET), realiza-se GEB X fator atividade com base na tabela abaixo:

Tabela 13 - Fator atividade de crianças e adolescentes de acordo com seu nível de atividade física diário

Crianças e adolescentes sedentários 1,2-1,3

Crianças e adolescentes ativos 1,4-1,5

Outra forma de calcular as necessidades energéticas é por meio do EER (cálculo do requerimento energético estimado), recomendado também pelas DRIs:

Tabela 14 - Cálculo do requerimento energético estimado de adolescentes, de acordo com gênero

EER - Meninos entre 9 a 18 anos

EER: 88,5 – (61,9 X idade) + PA X (26,7 X peso + 903 X estatura) + 25PA = 1,0 sedentárioPA = 1,13 pouco ativoPA =1,26 ativoPA = 1,42 muito ativo

EER - Meninas entre 9 a 18 anos

EER = 13535 – (30,8 X idade) + PA X (10,0 X peso + 934 X estatura) + 25PA = 1,0 sedentárioPA = 1,16 pouco ativoPA = 1,31 ativoPA = 1,56 muito ativo

Fonte: IOM (2002).

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Observação: peso em kg, estatura em metros e idade em anos

A terceira forma de se calcular o valor energético recomendado de adolescentes é a partir da altura, considerando um valor estimado de energia para cada centímetro de altura real, segundo o Recommended Dietary Allowances (1989):

Tabela 15 - Necessidades calóricas de adolescentes de acordo com estatura, gênero e idade

Idade (anos) Sexo masculino Sexo feminino11 a 14 anos 16,0kcal/cm 14,0kcal/cm

15 a 18 anos 17,0kcal/cm 13,5kcal/cm

Necessidades de macronutrientes

As necessidades de macronutrientes e a distribuição calórica deve ser realizada a partir das recomendações das DRIs (IOM, 2002), como descrito na tabela abaixo:

Tabela 16 - Distribuição percentual dos macronutrientes

Crianças de 4 a 18 anosCarboidrato 45-65%

Proteína 10-30%

Gorduras totais 25-35%

Ácidos graxos ômega 6 5-10%

Ácidos graxos ômega 3 0,6-1,2%

Fonte: IOM (2002).

Como as recomendações proteicas podem variar de acordo com o peso, altura e idade, recomenda-se o cálculo das necessidades proteicas a partir de várias formas, utilizando-se os valores descritos na tabela abaixo:

Tabela 17 - Distribuição percentual dos macronutrientes

Idade g/kg/dia g/dia g/cmSexo masculino 11 a 14 anos 1,0 45 0,29

15 a 18 anos 0,9 66 0,26

Sexo feminino 11 a 14 anos 1,0 46 0,28

15 a 18 anos 0,8 55 0,33

Fonte: Vitolo (2008).

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Recomendações de vitaminas e minerais

As recomendações de vitaminas e minerais devem seguir às quantidades estabelecidas pelas DRIs para adolescentes, segundo tabela abaixo:

Tabela 18 - Necessidades de micronutrientes de adolescentes de acordo com idade e gênero

Vitaminas e minerais Quantidade diárias estabelecida para adolescentes

Vitamina A 14 – 18 anos (homens) = 900μg14 – 18 anos (mulheres) = 700μg

Vitamina C 14 – 18 anos (homens) = 75mg14 – 18 anos (mulheres) = 65mg

Vitamina D 14 – 18 anos (homens) = 5μg14 – 18 anos (mulheres) = 5μg

Vitamina E 14 – 18 anos (homens) = 15mg14 – 18 anos (mulheres) = 15mg

Vitamina K 14 – 18 anos (homens) = 75μg14 – 18 anos (mulheres) = 75μg

Tiamina 14 – 18 anos (homens) = 1,2mg14 – 18 anos (mulheres) = 1,0mg

Riboflavina 14 – 18 anos (homens) = 1,3mg14 – 18 anos (mulheres) = 1,0mg

Niacina 14 – 18 anos (homens) = 16mg14 – 18 anos (mulheres) = 14mg

Vitamina B6 14 – 18 anos (homens) = 1,3mg14 – 18 anos (mulheres) = 1,2mg

Folato 14 – 18 anos (homens) = 400μg14 – 18 anos (mulheres) = 400μg

Vitamina B12 14 – 18 anos (homens) = 2,4μg14 – 18 anos (mulheres) = 2,4μg

Ácido pantotênico 14 – 18 anos (homens) = 5mg14 – 18 anos (mulheres) = 5mg

Biotina 14 – 18 anos (homens) = 25μg14 – 18 anos (mulheres) = 25μg

Colina 14 – 18 anos (homens) = 550mg14 – 18 anos (mulheres) = 550mg

Cálcio 14 – 18 anos (homens) = 1.300mg14 – 18 anos (mulheres) = 1.300mg

Cromo 14 – 18 anos (homens) = 35μg14 – 18 anos (mulheres) = 24μg

Cobre 14 – 18 anos (homens) = 890μg14 – 18 anos (mulheres) = 890μg

Flúor 14 – 18 anos (homens) = 3mg14 – 18 anos (mulheres) = 3mg

Iodo 14 – 18 anos (homens) = 150μg14 – 18 anos (mulheres) = 150μg

Ferro 14 – 18 anos (homens) = 11mg14 – 18 anos (mulheres) = 15mg

Magnésio 14 – 18 anos (homens) = 410mg14 – 18 anos (mulheres) = 360mg

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Manganês 14 – 18 anos (homens) = 2,2mg14 – 18 anos (mulheres) = 1,6mg

Molibdênio 14 – 18 anos (homens) = 43μg14 – 18 anos (mulheres) = 43μg

Fósforo 14 – 18 anos (homens) = 1.250mg14 – 18 anos (mulheres) = 1.250mg

Selênio 14 – 18 anos (homens) = 55μg14 – 18 anos (mulheres) = 55μg

Zinco 14 – 18 anos (homens) = 11mg14 – 18 anos (mulheres) = 9mg

Potássio 14 – 18 anos (homens) = 4,7g14 – 18 anos (mulheres) = 4,7g

Sódio 14 – 18 anos (homens) = 1,5g14 – 18 anos (mulheres) = 1,5g

Cloro 14 – 18 anos (homens) = 2,3g14 – 18 anos (mulheres) = 2,3g

Fonte: IOM (2002).

Prescrição de suplementos na adolescência

Dentre os nutrientes mais requeridos durante a adolescência, podemos destacar o zinco (para formação de hormônios sexuais e crescimento), o cálcio e o ferro. Além disso, a vitamina E possui papel importante nesta fase, assim como a vitamina D,que atualmente está escassa para a maioria da população. Entretanto, a alimentação na adolescência passa por inúmeras mudanças devido às mudanças de comportamento e de vida. Desta forma, deve-se atentar à necessidade de suplementação de outros nutrientes de acordo com os hábitos alimentares de cada adolescente. Para a prescrição destes nutrientes deve-se sempre obedecer à recomendação da DRI listada acima.

Prescrição de fitoterápicos na adolescência

Não há fitoterápicos específicos para a adolescência, entretanto estes podem utilizar dos fitoterápicos utilizados para adultos a partir do estágio 4 ou utilizar os fitoterápicos recomendados para crianças até o estágio 3. Desta forma, a avaliação nutricional deve ser feita para que possamos prescrever fitoterápicos com segurança.

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PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS E FITOTERÁPICOS NO ADULTO SAUDÁVEL

Recomendações de vitaminas e minerais

As recomendações de vitaminas e minerais devem seguir às quantidades estabelecidas pelas DRIs para adultos, segundo tabela abaixo (as recomendações de vitaminas e minerais acima de 50 anos estão descritas no item 5.3.3 deste módulo):

Tabela 17 - Necessidades de micronutrientes de adultos de acordo com a idade e gênero

Vitaminas e minerais Quantidade diárias estabelecida para adultos (a DRI estabelecida para adultos com mais de 50 anos está na tabela de idosos)

Vitamina A 19 – 30 anos (homens) = 900μg31 – 50 anos (homens) = 900μg19 – 30 anos (mulheres) = 700μg31 – 50 anos (mulheres) = 700μg

Vitamina C 19 – 30 anos (homens) = 90mg31 – 50 anos (homens) = 90mg19 – 30 anos (mulheres) = 75mg31 – 50 anos (mulheres) = 75mg

Vitamina D 19 – 30 anos (homens) =5μg31 – 50 anos (homens) = 5μg19 – 30 anos (mulheres) = 5μg31 – 50 anos (mulheres) = 5μg

Vitamina E 19 – 30 anos (homens) = 15mg31 – 50 anos (homens) = 15mg19 – 30 anos (mulheres) = 15mg31 – 50 anos (mulheres) = 15mg

Vitamina K 19 – 30 anos (homens) =120μg31 – 50 anos (homens) = 120μg19 – 30 anos (mulheres) = 90μg31 – 50 anos (mulheres) = 90μg

Tiamina 19 – 30 anos (homens) = 1,2mg31 – 50 anos (homens) = 1,2mg19 – 30 anos (mulheres) = 1,1mg31 – 50 anos (mulheres) = 1,1mg

Riboflavina 19 – 30 anos (homens) =1,3mg31 – 50 anos (homens) = 1,3mg19 – 30 anos (mulheres) = 1,1mg31 – 50 anos (mulheres) = 1,1mg

Niacina 19 – 30 anos (homens) =16mg31 – 50 anos (homens) = 16mg19 – 30 anos (mulheres) = 14mg31 – 50 anos (mulheres) = 14mg

Vitamina B6 19 – 30 anos (homens) =1,3μg31 – 50 anos (homens) = 1,3μg19 – 30 anos (mulheres) = 1,3μg31 – 50 anos (mulheres) = 1,3μg

Folato 19 – 30 anos (homens) = 400μg31 – 50 anos (homens) = 400μg19 – 30 anos (mulheres) = 400μg31 – 50 anos (mulheres) = 400μg

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Vitamina B12 19 – 30 anos (homens) = 2,4μg31 – 50 anos (homens) = 2,4μg19 – 30 anos (mulheres) = 2,4μg31 – 50 anos (mulheres) = 2,4μg

Ácido pantotênico 19 – 30 anos (homens) = 5mg31 – 50 anos (homens) = 5mg19 – 30 anos (mulheres) = 5mg31 – 50 anos (mulheres) = 5mg

Biotina 19 – 30 anos (homens) = 30μg31 – 50 anos (homens) = 30μg19 – 30 anos (mulheres) = 30μg31 – 50 anos (mulheres) = 30μg

Colina 19 – 30 anos (homens) = 550mg31 – 50 anos (homens) = 550mg 19 – 30 anos (mulheres) = 425mg31 – 50 anos (mulheres) = 425mg

Cálcio 19 – 30 anos (homens) = 1.000mg31 – 50 anos (homens) = 1.000mg19 – 30 anos (mulheres) = 1.000mg31 – 50 anos (mulheres) = 1.000mg

Cromo 19 – 30 anos (homens) = 35μg31 – 50 anos (homens) = 35μg19 – 30 anos (mulheres) = 25μg31 – 50 anos (mulheres) = 25μg

Cobre 19 – 30 anos (homens) =900μg31 – 50 anos (homens) = 900μg19 – 30 anos (mulheres) = 900μg31 – 50 anos (mulheres) = 900μg

Flúor 19 – 30 anos (homens) = 4mg31 – 50 anos (homens) = 4mg19 – 30 anos (mulheres) = 3mg31 – 50 anos (mulheres) = 3mg

Iodo 19 – 30 anos (homens) = 150μg31 – 50 anos (homens) = 150μg19 – 30 anos (mulheres) = 150μg31 – 50 anos (mulheres) = 150μg

Ferro 19 – 30 anos (homens) = 8mg31 – 50 anos (homens) = 8mg 19 – 30 anos (mulheres) = 18mg31 – 50 anos (mulheres) = 18mg

Magnésio 19 – 30 anos (homens) = 400mg31 – 50 anos (homens) = 420mg19 – 30 anos (mulheres) = 310mg31 – 50 anos (mulheres) = 320mg

Manganês 19 – 30 anos (homens) = 2,3mg31 – 50 anos (homens) = 2,3mg19 – 30 anos (mulheres) = 1,8mg31 – 50 anos (mulheres) = 1,8mg

Molibdênio 19 – 30 anos (homens) = 45μg31 – 50 anos (homens) = 45μg19 – 30 anos (mulheres) = 45μg31 – 50 anos (mulheres) = 45μg

Fósforo 19 – 30 anos (homens) = 700mg31 – 50 anos (homens) = 700mg19 – 30 anos (mulheres) = 700mg31 – 50 anos (mulheres) = 700mg

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Selênio 19 – 30 anos (homens) = 55μg31 – 50 anos (homens) = 55μg19 – 30 anos (mulheres) = 55μg31 – 50 anos (mulheres) = 55μg

Zinco 19 – 30 anos (homens) = 11mg31 – 50 anos (homens) = 11mg19 – 30 anos (mulheres) = 8mg31 – 50 anos (mulheres) = 8mg

Potássio 19 – 30 anos (homens) = 4,7g31 – 50 anos (homens) = 4,7g19 – 30 anos (mulheres) = 4,7g31 – 50 anos (mulheres) = 4,7g

Sódio 19 – 30 anos (homens) = 1,5g31 – 50 anos (homens) = 1,5g19 – 30 anos (mulheres) = 1,5g 31 – 50 anos (mulheres) = 1,5g

Cloro 19 – 30 anos (homens) = 2,3g31 – 50 anos (homens) = 2,3g 19 – 30 anos (mulheres) = 2,3g31 – 50 anos (mulheres) = 2,3g

Fonte: IOM (2002).

PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS E FITOTERÁPICOS NO ENVELHECIMENTO

Envelhecimento

Segundo a Organização Mundial da Saúde, indivíduos são considerados idosos quando completam 65 anos (países desenvolvidos) e 60 anos (países de economias emergentes). Neste estágio da vida, muitas mudanças metabólicas, fisiológicas e físicas ocorrem, dificultando a avaliação nutricional, assim como a determinação de necessidades nutricionais específicas, pois estas variam de acordo com cada alteração específica. Dentre as principais mudanças que podem levar à alteração do estado nutricional, podemos destacar:

» redução da capacidade funcional;

» alterações do paladar;

» alterações de processos metabólicos do organismo;

» alteração da composição corporal;

» utilização crônica de fármacos que podem alterar absorção e metabolização de nutrientes;

» queda do funcionamento digestório;

» diminuição do apetite ocasionada por fatores fisiológicos ou psicológicos;

» alteração da composição corporal causada pela alteração hormonal;

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» presença de doenças crônicas neurológicas que afetam o apetite ou a memória.

Avaliação nutricional na terceira idade

A avaliação física do idoso deve ser iniciada com o cálculo do IMC. Entretanto, esta simples forma de avaliação do estado nutricional pode ser dificultada se o idoso encontrar-se em situação física que impede a tomada da estatura. As principais situações que estão relacionadas a esta dificuldade são:

» Problemas posturais

» Indivíduos na cadeira de rodas ou acamados, impossibilitados de ficar em pé

» Falta de equilíbrio, rigidez muscular causada por doenças como Parkinson

Nestes casos, deve-se calcular a altura estimada utilizando-se a fórmula descrita abaixo:

ALTURA ESTIMADA (AE)

AE HOMEM= [64,19 - (0.04 x IDADE) + (2,02 x AJ em cm)]AE MULHER= [84,88 - (0,24 x IDADE) + (1,83 x AJ em cm)]

Fonte: Chumlea et al. (1985)

Observação: AJ = Altura do joelho (obtida com o idoso em posição supina, e com o joelho dobrado, formando um ângulo de 90°. Realiza-se a medida considerando o espaço entre a planta do pé e a superfície anterior da perna, na altura do joelho).

Em relação ao peso, também encontramos as mesmas dificuldades de aferição caso o indivíduo não consiga ficar em pé. Em alguns estabelecimentos como casas de repouso e hospitais há equipamentos específicos como a cama balança e maca balança. Na ausência destes equipamentos, pode-se utilizar a fórmula abaixo:

PESO ESTIMADO (PE)

PE HOMEM = [(0.98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x DCSE) - 81,69]PE MULHER = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x DCSE) – 62,35]

ALTURA ESTIMADA (AE)

AE HOMEM = [64,19 - (0.04 x IDADE) + (2,02 x AJ em cm)]AE MULHER = [84,88 - (0,24 x IDADE) + (1,83 x AJ em cm)]

Fonte: Chumlea et al. (1985)

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A classificação do IMC pode ser realizada segundo duas tabelas diferentes. O Sisvan (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde) utiliza a classificação de Lipschitz (1994, adaptado):

Classificação do estado nutricional de idoso segundo o IMCIMC (Kg/m2) Classificação< 22 Desnutrição

22 - 27 Normal

> 27 Obesidade

Classificação do estado nutricional de idoso segundo o IMCIMC (Kg/m2) Classificação< 23 Baixo peso

23 - 27,9 Normal

28 - 29,9 Sobrepeso

≥ 30 Obesidade

Além do IMC, outras formas de avaliar o estado nutricional do idoso são importantes, como verificar redução da massa muscular a partir da CP (circunferência da panturrilha) e CMB (circunferência muscular do braço), pois estas medidas estão relacionadas à perda das reservas proteicas no idoso. Pode-se também verificar a dobra cutânea DCT e classificá-la de acordo com a classificação proposta pelo Nhanes III (1988-1994) ou Burr e Philips (1984) para obtenção do percentil atual e para saber o percentil ideal com base no P50.

Tabela 20 - Classificação do estado nutricional de idoso até 74 anos e 11 meses segundo DCT, CB e CMB

ClassificaçãoPercentis

Frisancho (1984) Nhanes (1988-1994)Desnutrição < p5 < p10

Risco nutricional p5 – p25 p10 – p25

Eutrofia p25 – p75 p25 – p75

Risco de sobrepeso ------- p75 – p85

Sobrepeso p75 – p90 p85 – p90

Obesidade >p90 >p90

A razão CC/CQ também pode ser utilizada seguindo os mesmos critérios de classificação de adultos para risco de obesidade, complicações metabólicas e doenças cardiovasculares.

A avaliação nutricional e bioquímica deverá ser realizada da mesma forma que é feita em adultos, como abordada no módulo de avaliação nutricional.

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Necessidades e recomendações nutricionais na terceira idade

Necessidades energéticas

O gasto energético dos indivíduos declina em média de 1 a 2% por década. Porém, após os 40 anos de idade, este declínio é ainda maior. Estas alterações se devem à mudança de composição corporal (diminuição da massa magra) e redução do nível de atividade física. Desta forma, é importante que ocorra a ingestão adequada de nutrientes nesta fase.

As necessidades energéticas do idoso são atualmente estabelecidas pelo Institute of Medicine (IOM). Entretanto, é importante ressaltar que em condições patológicas o gasto energético pode aumentar até duas vezes. Desta forma, é importante que se leve em consideração possíveis patologias associadas.

Tabela 21 - Equação para estimar as necessidades energéticas

Necessidade energética estimada (kcal/dia):Homens: 662 – (9,53 X idade) + AF X [(15,91 X peso) + (539,6 X estatura)]Mulheres: 354 – (6,91 X idade) + AF X [(9,36 X peso) + (726 X estatura)]

AF = Coeficiente de atividade física

Sedentário Pouco ativo Ativo Muito ativo

Homens: 1,0 Homens: 1,11 Homens: 1,25 Homens: 1,48

Mulheres: 1,0 Mulheres: 1,12 Mulheres: 1,27 Mulheres: 1,45

Observação: peso em kg, estatura em metros e idade em anos

Necessidades de macronutrientes

As necessidades de macronutrientes e a distribuição calórica deve ser realizada a partir das recomendações das DRIs (2002), como descrito anteriormente ou seguindo as recomendações de nutrientes em gramas por dia, descritos na tabela abaixo:

Tabela 22 - Distribuição percentual dos macronutrientes (g/dia)

Homens Mulheres51 – 70 anos > 70 anos 51 – 70 anos > 70 anos

Carboidratos 130 130 130 130

Fibras totais 30 30 21 21

Proteína 56 56 46 46

Gorduras totais ND ND ND ND

Ácidos graxos n-6 14 14 11 11

Ácidos graxos n-3 1,6 1,6 1,1 1,1

Fonte: IOM (2002).

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Como as recomendações proteicas podem variar de acordo com o peso, altura e idade, recomenda-se uma ingestão de proteínas na terceira idade equivalente a 1,2 a 1,5g/kg/dia.

Recomendações de vitaminas e minerais

As recomendações de vitaminas e minerais devem seguir as quantidades estabelecidas pelas DRIs para idosos, segundo tabela abaixo:

Tabela 23 - recomendações de vitaminas e minerais para idosos

Vitaminas e minerais Quantidade diária estabelecida para idososVitamina A 51 – 70 anos (homens) = 900μg

> 70 anos (homens) = 900μg51 – 70 anos (homens) = 700μg> 70 anos (homens) = 700μg

Vitamina C 51 – 70 anos (homens) = 90mg> 70 anos (homens) = 90mg51 – 70 anos (homens) = 75mg> 70 anos (homens) = 75mg

Vitamina D 51 – 70 anos (homens) = 10μg> 70 anos (homens) = 15μg51 – 70 anos (homens) = 10μg> 70 anos (homens) = 15μg

Vitamina E 51 – 70 anos (homens) = 15mg> 70 anos (homens) = 15mg51 – 70 anos (homens) = 15mg> 70 anos (homens) = 15mg

Vitamina K 51 – 70 anos (homens) = 120μg> 70 anos (homens) = 120μg51 – 70 anos (homens) = 90μg> 70 anos (homens) = 90μg

Tiamina 51 – 70 anos (homens) = 1,2mg> 70 anos (homens) = 1,2mg51 – 70 anos (homens) = 1,1mg> 70 anos (homens) = 1,1mg

Riboflavina 51 – 70 anos (homens) = 1,3mg> 70 anos (homens) = 1,3mg51 – 70 anos (homens) = 1,1mg> 70 anos (homens) = 1,1mg

Niacina 51 – 70 anos (homens) = 16mg> 70 anos (homens) = 16mg51 – 70 anos (homens) = 14mg> 70 anos (homens) = 14mg

Vitamina B6 51 – 70 anos (homens) = 1,7mg> 70 anos (homens) = 1,7mg51 – 70 anos (homens) = 1,5mg> 70 anos (homens) = 1,5mg

Folato 51 – 70 anos (homens) = 400μg> 70 anos (homens) = 400μg51 – 70 anos (homens) = 400μg> 70 anos (homens) = 400μg

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Vitamina B12 51 – 70 anos (homens) = 2,4μg> 70 anos (homens) = 2,4μg51 – 70 anos (homens) = 2,4μg> 70 anos (homens) = 2,4μg

Ácido pantotênico 51 – 70 anos (homens) = 5mg> 70 anos (homens) = 5mg51 – 70 anos (homens) = 5mg> 70 anos (homens) = 5mg

Biotina 51 – 70 anos (homens) = 30μg> 70 anos (homens) = 30μg51 – 70 anos (homens) = 30μg> 70 anos (homens) = 30μg

Colina 51 – 70 anos (homens) = 550mg> 70 anos (homens) = 550mg51 – 70 anos (homens) = 425mg> 70 anos (homens) = 425mg

Cálcio 51 – 70 anos (homens) = 1200mg> 70 anos (homens) = 1200mg51 – 70 anos (homens) = 1200mg> 70 anos (homens) = 1200mg

Cromo 51 – 70 anos (homens) = 30μg> 70 anos (homens) = 30μg51 – 70 anos (homens) = 20μg> 70 anos (homens) = 20μg

Cobre 51 – 70 anos (homens) = 900μg> 70 anos (homens) = 900μg51 – 70 anos (homens) = 900μg> 70 anos (homens) = 900μg

Flúor 51 – 70 anos (homens) = 4mg> 70 anos (homens) = 4mg51 – 70 anos (homens) = 3mg> 70 anos (homens) = 3mg

Iodo 51 – 70 anos (homens) = 150μg> 70 anos (homens) = 150μg51 – 70 anos (homens) = 150μg> 70 anos (homens) = 150μg

Ferro 51 – 70 anos (homens) = 8mg> 70 anos (homens) = 8mg51 – 70 anos (homens) = 8mg> 70 anos (homens) = 8mg

Magnésio 51 – 70 anos (homens) = 420mg> 70 anos (homens) = 420mg51 – 70 anos (homens) = 320mg> 70 anos (homens) = 320mg

Manganês 51 – 70 anos (homens) = 2,3mg> 70 anos (homens) = 2,3mg51 – 70 anos (homens) = 1,8mg> 70 anos (homens) = 1,8mg

Molibdênio 51 – 70 anos (homens) = 45μg> 70 anos (homens) = 45μg51 – 70 anos (homens) = 45μg> 70 anos (homens) = 45μg

Fósforo 51 – 70 anos (homens) = 700mg> 70 anos (homens) = 700mg51 – 70 anos (homens) = 700mg> 70 anos (homens) = 700mg

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Selênio 51 – 70 anos (homens) = 55μg> 70 anos (homens) = 55μg51 – 70 anos (homens) = 55μg> 70 anos (homens) = 55μg

Zinco 51 – 70 anos (homens) = 11mg> 70 anos (homens) = 11mg51 – 70 anos (homens) = 8mg> 70 anos (homens) = 8mg

Potássio 51 – 70 anos (homens) = 4,7g> 70 anos (homens) = 4,7g51 – 70 anos (homens) = 4,7g> 70 anos (homens) = 4,7g

Sódio 51 – 70 anos (homens) = 1,3g> 70 anos (homens) = 1,3g51 – 70 anos (homens) = 1,3g> 70 anos (homens) = 1,3g

Cloro 51 – 70 anos (homens) = 2,0g> 70 anos (homens) = 1,8g51 – 70 anos (homens) = 2,0g> 70 anos (homens) = 1,8g

Fonte: IOM (2002).

Prescrição de suplementos na terceira idade

Durante o processo de envelhecimento, a biodisponibilidade dos nutrientes é diminuída, assim como a ingestão de alguns nutrientes, levando a carências específicas. Na terceira idade, alguns nutrientes são importantes e devem receber atenção especial quanto à sua ingestão: cálcio, magnésio, vitamina D (evitar osteoporose e desgaste ósseo), vitaminas lipossolúveis (vitaminas A e E, antioxidantes, previnem envelhecimento), vitaminas do complexo B (sistema energético), colina, biotina, silício (fortalecimento de articulações), entre outros. Desta forma, deve-se avaliar o idoso e verificar suas principais carências e introduzir, por meio de suplementação, os principais nutrientes em déficit na alimentação se estes apresentarem carência ou não apresentarem boa ingestão de seus alimentos fonte. Para a prescrição destes nutrientes, deve-se sempre obedecer à recomendação da DRI listada acima.

Prescrição de fitoterápicos na terceira idade

Preparações para idosos

A probabilidade de efeitos adversos em idosos é maior quando os mesmos possuem outras doenças já existentes como: insuficiência renal, problemas hepáticos, cardíacos e respiratórios, pacientes com hipotireoidismo, epilepsia grave, asma aguda e diabetes descompensado. Idosos estão geralmente submetidos à polifarmácia e apresentam processos farmacocinéticos diferentes em algum grau, pela idade (CORRER et al., 2007). As interações medicamentosas podem ser classificadas em duas categorias: sinérgicas, quando os efeitos combinados dos dois medicamentos são maiores que a soma dos efeitos individuais, e antagônicas, quando o efeito resultante é menor que a combinação dos efeitos dos dois medicamentos isolados ou quando a interação resulta na anulação completa das propriedades farmacológicas de cada medicamento (OSÓRIO DE CASTRO; TEIXEIRA, 2004).

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Os critérios de prescrição para essa etapa de idade é a mesma para qualquer paciente, em qualquer idade. Deve-se aferir as dosagens de enzimas hepáticas e de clearance de creatinina, para 0-50% de perda de clearance eliminar 25% da dose inicial, a fim de evitar transtornos.

Intoxicação

» Boldo: náusea e vômito

» Ginkgo biloba: astenia, cefaleia, tontura, agitação, diarreia e cólicas

» Ioimbina: taquicardia

» Unha-de-gato: vômitos, miose, diarreia e hiperperistaltismo

» Valeriana: letargia, parestesia, sonolência, dor precordial, palpitação e fadiga, mal-estar, vômito e tonturas.

» Sene: mal-estar, indisposição, sonolência, letargia, dor abdominal, tontura e tremor.

Muitos artigos especulam o efeito de fitoterápicos para amenizar efeitos colaterais causados pela menopausa. Entretanto, ainda não há um consenso sobre doses seguras e eficácia dos mesmos. Desta forma, pode-se prescrever os fitoterápicos utilizados para adultos em situações especiais.

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