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nº 1591 – 30 jan. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.
Sumário
Palavra da Casa
Condições Meteorológicas
Grãos
Hortigranjeiros
Olerícolas
Frutícolas
Outras Culturas
Criações
Preços Semanais
Notas Agrícolas
Regionalização da Emater/RS-Ascar
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar
I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2020. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.
Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.
CDU 63(816.5)
© 2020 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a
fonte.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 2, 30 jan. 2020
Palavra da Casa
Comunicação gera reconhecimento e premiação à Emater/RS-Ascar
Pela destacada atuação, a Emater/RS-Ascar recebeu premiações no ano de 2019. Em dezembro, o Prêmio
Folha Verde, da Assembleia Legislativa, foi entregue à Emater/RS-Ascar nas categorias Mídia Agrícola: programas de
Rádio e também na Categoria Agrícola pelo trabalho de toda a Instituição.
No mesmo mês, a jornalista Ellen Bonow obteve o terceiro lugar no 5º Prêmio Sindilat de Jornalismo, na
categoria Jornalismo Eletrônico, com a reportagem “Agroindústria Estrelat produz leite tipo A”, com imagens do
estagiário de Comunicação Wesley Andriel. Em outubro, a jornalista Taline Schneider e o cinegrafista Paulo Carneiro
também ficaram em terceiro lugar no Prêmio José Lutzenberger de Jornalismo Ambiental, na categoria
Webjornalismo, com uma reportagem produzida em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(Ufrgs), intitulada “Conhecer para cuidar: 20 anos do Atlas Ambiental de Porto Alegre”.
Esses são simbólicos e valiosos reconhecimentos pelas mais de seis décadas em que a Emater/RS-Ascar é
responsável pelo trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) no Rio Grande do Sul com
qualidade e de forma gratuita. Atualmente, são mais de 220 mil famílias de agricultores e pecuaristas familiares,
pescadores artesanais, indígenas e quilombolas, além de assentados da reforma agrária, assistidos em 100% dos 497
municípios gaúchos, por uma equipe qualificada de 2,1 mil empregados.
A credibilidade da Emater/RS-Ascar se dá ao longo dos anos pelos resultados da atuação, em parceria com a
Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), na geração de renda e melhoria da
qualidade de vida dos produtores rurais gaúchos.
Além de atuar diretamente na geração de renda e melhoria da qualidade de vida dos produtores rurais
gaúchos, é de extrema e fundamental importância comunicar a todos os envolvidos na agricultura e também à
sociedade em geral, consumidora da produção do primeiro setor.
De nada adianta atuar sem comunicar. E a imprensa gaúcha conta com total apoio na divulgação do nosso
trabalho a campo e dos levantamentos de dados relevantes analisados e compilados pelas gerências Técnica e de
Planejamento, que dão origem às publicações semanais do Informativo Conjuntural e Cotações Agropecuárias, bem
como de outros periódicos: Séries Históricas, Acompanhamento de Safras, Estimativa de Safras e também de Perdas
(no caso de estiagem ou alagamentos). A Emater/RS-Ascar reproduz um retrato fiel da realidade agrícola do Estado.
Todas essas informações são repassadas à imprensa por meio da Gerência de Comunicação, que produz,
distribui a mais de 1,5 mil veículos de comunicação de todo o Estado e alguns a nível nacional, e posta no site uma
média de 60 notícias mensalmente. Também é postada por mês cerca de 50 notícias nas redes sociais, como
Facebook, Instagram e Twitter. O Núcleo de Assessoria de Imprensa também é responsável por uma média de dez
atendimentos diários, no Escritório Central, a repórteres de diversos veículos do Rio Grande do Sul e Brasil que
buscam nossos técnicos como fonte oficial de suas reportagens, bem como de nossos assistidos e beneficiários de
nossa Aters como cases.
A equipe de Comunicação também é composta pelos núcleos de Criação e Arte, responsável por todo
material gráfico e impresso da Instituição, e pelo núcleo de Rádio e TV. Só no Rádio, são produzidos sete programas
diários, distribuídos a quase 200 emissoras gaúchas e ao site do Governo do Estado, e outros três programas
semanais distribuídos a 80 emissoras.
Já na TV, é produzido um programa semanal de 50 minutos, o Rio Grande Rural, veiculado estadualmente
na TVE, TV Assembleia, TV Caxias, TV Campus UFSM, TV UCPel e Unisc, além dos canais nacionais TV Brasil, Rede Vida
e Agrobrasil TV.
É por meio da unicidade no trabalho, assertividade nas estimativas e levantamento de dados, e de uma boa
comunicação que a Instituição conquista cada vez mais credibilidade e reconhecimento.
Geraldo Sandri – presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar
DESTAQUES
Soja – maior parte das lavouras está em fase reprodutiva.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 3, 30 jan. 2020
Condições Meteorológicas
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 23 A 29/01/2020
Nos últimos sete dias novamente ocorreram chuvas expressivas em algumas áreas do
RS. Na quinta-feira (23), ainda ocorreram pancadas isoladas de chuva na Metade Norte, com
registro de temporais isolados em áreas próximas à SC. Na sexta-feira (24), o ingresso de
umidade do mar manteve a condição de chuva fraca entre a região Metropolitana, Serra de
Nordeste e o Litoral Norte, com tempo firme e temperaturas amenas no restante do Estado.
No sábado (25), o tempo seco predominou e somente na Zona Sul foram observadas
pancadas de chuva durante a noite, associadas à passagem de uma frente fria no Oceano.
No domingo (26), o ingresso de ar quente e úmido elevou as temperaturas, e ocorreram
pancadas de chuva de verão em áreas isoladas. Entre a segunda (27) e a terça-feira (28), a
massa de ar quente seguiu atuando, com temperaturas próximas a 35°C na maior parte do
Estado. Na quarta-feira (29), a propagação de uma área de baixa pressão provocou chuva
em todas as regiões.
Os valores de precipitação acumulados no período foram inferiores a 10 mm na
maioria das regiões. Nas Missões, no Alto Vale do Uruguai, Planalto, na região Metropolitana
e na Campanha os volumes variaram entre 10 e 20 mm e superaram 30 mm em algumas
localidades. Nos Campos de Cima da Serra e no Litoral Norte os valores alcançaram 50 mm
em alguns municípios. Os totais de chuva mais elevados registrados na rede INMET/SEAPDR
ocorreram em Teutônia (80 mm), Cambará do Sul (69 mm), Torres (55 mm), Bagé (31 mm),
Camaquã (25 mm), Passo Fundo e Santa Rosa (22 mm) e em Dom Pedrito (21 mm).
A temperatura mínima foi observada em São José dos Ausentes (7,9°C) em 25/01 e a
máxima ocorreu em 26/01 em Quaraí (35,5°C).
Observação: totais de chuva registrados até as 10 horas do dia 29/01/2020.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 4, 30 jan. 2020
PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 30/01 A 05/02/2020
A próxima semana permanecerá com calor e chuvas de verão no RS. Na quinta (30), o
deslocamento de uma área de baixa pressão vai provocar pancadas de chuva e trovoadas,
com chance de temporais isolados nas faixas Norte e Nordeste. Na sexta-feira (31/01), a
nebulosidade seguirá predominando, com condição de chuva na maioria das regiões. No
sábado (01/02), o tempo permanecerá seco e quente em praticamente todo Estado, e
apenas entre a Serra de Nordeste e o Litoral Norte o ingresso de umidade do mar manterá a
condição de chuva fraca e isolada. No domingo (02/02), a presença do ar quente e úmido
manterá o forte calor em todo RS, com temperaturas superiores a 35°C em diversas
localidades. Na segunda (03) e terça-feira (04), o calor seguirá predominando, com
temperaturas entre 35°C e 38°C no interior gaúcho e possibilidade de pancadas de chuva,
típicas de verão, em áreas isoladas. Na quarta-feira (05), o deslocamento de uma frente fria
provocará chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados.
A previsão indica que os valores acumulados deverão oscilar entre 20 e 35 mm na
maior parte das áreas do RS, e no Alto Vale do Uruguai os totais poderão superar 45 mm em
algumas localidades. Na Zona Sul, na região Central e no Planalto, os volumes previstos
deverão ser inferiores a 20 mm.
Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 5, 30 jan. 2020
Grãos
Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.
CULTURAS DE VERÃO
Soja
As chuvas registradas nas últimas semanas em todas as regiões do Estado
amenizaram os efeitos do déficit hídrico provocado pela estiagem, e as plantas já
apresentam sinais de retomada no desenvolvimento.
A cultura está nas seguintes fases: 37% das lavouras na fase de desenvolvimento
vegetativo, 36% em floração e 27% na fase de enchimento de grãos.
Fases da cultura da soja no Rio Grande do Sul
Soja 2020
Fases
Safra atual Safra anterior Média*
Em 30/01 Em 23/01 Em 30/01 Em 30/01
Plantio 100% 100% 100% 100%
Germinação/Des. vegetativo 37% 48% 23% 26%
Floração 36% 39% 41% 42%
Enchimento de grãos 27% 13% 36% 32%
Maduro e por colher 0% 0% 0% 0%
Colhido 0% 0% 0% 0%
Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.
*Média safras 2015-2019.
Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, a área de soja
corresponde a 11,8% dos cultivos no Estado, e as fases da cultura são as seguintes: 32% da
área se encontra na fase de desenvolvimento vegetativo, 54% em florescimento e 14% em
enchimento de grãos. As chuvas registradas nas últimas semanas em todas as localidades
amenizaram os efeitos do estresse hídrico nas plantas. A cultura apresenta bom
desenvolvimento vegetativo, sendo observado grande acúmulo de matéria seca na parte
aérea das plantas e formação de um bom dossel, que proporciona o fechamento de linhas
na maior parte das lavouras semeadas em meados de novembro. As lavouras em floração
evidenciam formação de novas floradas e das primeiras vagens. Nas áreas implantadas em
outubro com cultivares de ciclo precoce, o rendimento foi prejudicado irreversivelmente
pelo déficit hídrico e pelas altas temperaturas ocorridas nas fases críticas de floração e de
enchimento de grãos, sobretudo em locais com afloramento de rochas e solos rasos. A maior
parte dos cultivos (68%) encontra-se em floração e enchimento de grãos, fase em que a
presença de umidade no solo é determinante para garantir uma boa produção e durante a
qual as precipitações determinarão o aumento ou não de perdas na região. Já nas áreas
implantadas na resteva de milho silagem, atualmente em fase de germinação e início de
desenvolvimento vegetativo, a umidade no solo favoreceu o bom estande atual de plantas,
fator estratégico para o rendimento de grãos. Na semana foram realizadas análises
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 6, 30 jan. 2020
fitossanitárias que identificaram a presença de esporos de fungos e também de tripes e
ácaros; os produtores realizaram aplicações de inseticida na calda de pulverização contendo
fungicida para controle da ferrugem.
Na regional de Ijuí, onde a cultura representa 16,3% da área do Estado, 35% das
lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo, 45% em floração, 19% em
enchimento de grãos e iniciando a fase de maturação (1%). A soja foi beneficiada pela
umidade que permitiu a retomada do desenvolvimento vegetativo; as folhas que se
encontravam amareladas caíram, e as lavouras passaram a apresentar coloração verde
escura. O crescimento acelerou com emissão de novas folhas e aumento da altura das
plantas, já próxima da ideal para as áreas implantadas em novembro com cultivares de ciclo
mais longo. As de ciclo mais rápido, implantadas em final de outubro, não estão conseguindo
se recuperar da estiagem, apresentando baixo número de vagens por planta. Em pequenas
áreas, produtores de Quinze de Novembro e Panambi vêm optando por deixar de cultivar
soja para implantar nova lavoura de milho. Os tratos culturais de aplicação de fungicidas e
inseticidas estão sendo intensificados, beneficiados pelas condições climáticas favoráveis de
umidade, temperatura do ar e ausência de ventos.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, que representa 7,3% da área do RS, a
cultura foi favorecida com as condições do tempo na semana; a ocorrência de chuvas na
terça (21) e quarta-feira (22) elevou o nível de umidade do solo que, associado a
temperaturas mais amenas e boa taxa de radiação solar, acelerou o crescimento e o
desenvolvimento das plantas, que recuperaram a altura e a área foliar. Tal situação se
verifica na maior parte da região. Das lavouras de soja implantadas na regional de Soledade,
35% estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 55% em floração e 10% em enchimento
de grãos. No Baixo Vale do Rio Pardo, houve mortalidade de plântulas decorrente das
condições do solo seco à época da emergência; com a normalização da umidade do solo,
parte dessas falhas vem sendo compensada pelo fato de as plantas estarem emitindo maior
número de ramificações. As condições de tempo mais ameno e a maior disponibilidade de
umidade relativa do ar propiciam ambiente favorável à incidência de doenças,
principalmente ferrugem asiática. Os produtores realizam tratamentos fúngicos preventivos.
Em relação às pragas, há baixa incidência de lagartas; em algumas lavouras, a presença de
percevejos e ácaros vem sendo controlada.
Na de Erechim, que apresenta 4% da área com a cultura no Estado, 20% das lavouras
estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 75% em floração e 5% em enchimento de
grãos. Com as chuvas ocorridas na semana anterior, a umidade do solo ainda é suficiente
para manter o bom desenvolvimento da cultura. Em geral, as lavouras apresentam bom
aspecto e baixa incidência de insetos e de doenças. Apesar disso, o estresse hídrico reduziu o
potencial produtivo na região.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, que detém 7% da área
do Estado, as lavouras se encontram nas seguintes fases: 20% em desenvolvimento
vegetativo, 30% em floração, 44% em enchimento de grãos e 6% já entraram na fase de
maturação. As chuvas ocorridas na semana anterior contribuíram para que a umidade do
solo se mantivesse adequada ao bom desenvolvimento da cultura. Em geral, as lavouras
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 7, 30 jan. 2020
apresentam bom aspecto e baixa incidência de insetos e de doenças. Os produtores
sinalizam redução do potencial produtivo.
Na de Passo Fundo, que compreende 11% da área de soja do Estado, 25% das
lavouras implantadas estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 55% em florescimento e
20% em enchimento de grãos. A redução das precipitações dos últimos meses, associada às
altas temperaturas, prejudicou o desenvolvimento da cultura resultando em perdas,
principalmente em Camargo, Casca, Ernestina, Nova Alvorada e São Domingos do Sul. Com o
fechamento da entrelinha nas lavouras, a maioria dos produtores já aplicaram fungicida para
fins de proteção do estágio reprodutivo, que tem maior propensão à ocorrência de doenças.
Junto com o controle da ferrugem, é realizado também o controle de lagartas. Outros
insetos que recomendam atenção no período reprodutivo são os percevejos,
predominantemente o percevejo-marrom (Euschistus heros).
Na região de Bagé, que conta com 13,1% da área de soja do Estado, a chuva trouxe
um pouco de tranquilidade aos produtores, apesar da manutenção das altas temperaturas
(36°C a 39°C). Em Rosário do Sul, as lavouras semeadas no cedo estão entrando em floração
e enchimento de grãos e já recebem aplicação de fungicida. Em Dom Pedrito, as chuvas
abrangentes e com volumes significativos ocorridas em janeiro favoreceram as plantas. Em
geral, as lavouras que se apresentam nas fases de desenvolvimento vegetativo e em floração
estão em bom estado fitossanitário; os produtores vêm controlando as ervas invasoras nas
lavouras mais novas e, nas mais adiantadas, as pragas. Em Hulha Negra, no geral, o estande
da maior parte das lavouras apresenta falhas motivadas pela ocorrência de chuvas
excessivas pós-plantio nas lavouras do cedo, e nas do tarde, pela falta de precipitações. Tal
irregularidade ocasionou porte desuniforme das plantas. A fitossanidade é boa, com poucos
casos de doenças de manchas foliares e oídio; nas pragas, constata-se incidência de lagartas
desfolhadoras, ácaros e tripes. Os produtores realizam os controles, juntamente com o das
reinfestações de ervas daninhas. Em Manoel Viana e São Borja, apesar das chuvas, o volume
tem sido insuficiente às plantas em período crítico de florescimento e enchimento de grãos.
Já são observadas reduções no potencial produtivo das lavouras.
Na região de Pelotas, que apresenta 6,8% da área da cultura no Estado, a cultura está
nas fases de emergência/desenvolvimento vegetativo, florescimento e em enchimento de
grãos. As chuvas no período ocorreram de forma localizada e com volumes bastante
variados, contribuindo para a recuperação parcial das plantas. Em geral, não são suficientes
para a necessidade de aporte hídrico, principalmente para as cultivares em fase de floração.
Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, onde há 2% da área
implantada no Estado, as chuvas ocorridas nas últimas semanas vêm atenuando os efeitos
das perdas provocadas pela estiagem. Ao mesmo tempo, têm proporcionado aos produtores
a continuidade dos tratamentos fitossanitários e do controle de invasoras, que haviam sido
interrompidos.
Na de Caxias do Sul, que representa 3,7% das áreas, o desenvolvimento da soja vem
evidenciando boa recuperação, principalmente com as precipitações e a consequente
reposição da umidade do solo. Também contribuem para esse quadro as mudanças das
condições do tempo, com arrefecimento das temperaturas diurnas e das altas taxas de
insolação. As lavouras não têm apresentado sinais de ataque de pragas e nem incidência de
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 8, 30 jan. 2020
doenças. No entanto, os produtores vêm realizando tratamentos foliares preventivos para a
manutenção da sanidade.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Maria a área de soja
representa 16,7% da safra do Estado, 58% das lavouras estão na fase de desenvolvimento
vegetativo, 32% em floração e 10% em enchimento de grãos. A estiagem afetou a
uniformidade de algumas lavouras e reduziu o estande de plantas, acarretando perdas de
rendimento.
Mercado (saca de 60 quilos)
Segundo o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar para a soja
comercializada no Estado, a cotação média foi de R$ 77,48/sc., com redução de 0,91% em
relação à semana anterior.
Nas regiões de Passo Fundo e Santa Maria, a oleaginosa continua sendo
comercializada a R$ 77,00; na de Erechim, a R$ 80,00; na de Santa Rosa, a R$ 73,50; em
Caxias do Sul, a R$ 79,00/sc. Na região de Bagé, oscilou entre R$ 71,00 e R$ 86,00. Na de Ijuí,
o preço médio foi de R$ 75,55/sc. O produto disponível em Cruz Alta é comercializado a R$
84,50. Em Soledade, os preços variaram entre R$ 77,00 e R$ 79,50; em Porto Alegre, as
oscilações de preço se mantiveram entre R$ 78,00 e R$ 87,00; na região de Frederico
Westphalen, o preço médio foi de R$ 76,50; e na de Pelotas, entre R$ 79,00 e R$ 87,00/sc.
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2112, de 30 de janeiro de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de
Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.
Milho
As chuvas ocorridas no período contribuíram para melhorar a situação das lavouras
no RS. As fases da lavoura são as seguintes: 14% em germinação e desenvolvimento
vegetativo, 11% em floração, 24% em enchimento de grãos, 25% maduro e 26% do total já
foram colhidos.
68,00
70,00
72,00
74,00
76,00
78,00
80,00
82,00
84,00
Semanaatual
Semanaanterior
Mêsanterior
Anoanterior
Média geral Média mês
77,4878,19
78,72
73,12
82,2082,66
R$
Soja - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg
Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.
-0,91-1,58
5,96
-5,74-6,27
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês
Comparativo percentual do preço médio semanal da Soja (R$ 77,48/saca de 60 kg)
%
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 9, 30 jan. 2020
Fases da cultura do milho no Rio Grande do Sul
Milho 2020
Fases
Safra atual Safra anterior Média*
Em 30/01 Em 23/01 Em 30/01 Em 30/01
Plantio 100% 100% 100% 100%
Germinação/Des. vegetativo 14% 15% 14% 18%
Floração 11% 12% 13% 13%
Enchimento de grãos 24% 25% 30% 30%
Maduro e por colher 25% 26% 19% 17%
Colhido 26% 22% 24% 22%
Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.
*Média safras 2015-2019.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, que corresponde a 10% da área cultivada no
Estado, a cultura encontra-se nos seguintes estágios: em fase final de floração (1%), 4% em
fase de enchimento de grãos, 38% em maturação e 57% avançando na fase da colheita. As
lavouras cultivadas em locais com irrigação também apresentam produtividade inferior à
estimada inicialmente. O longo período de temperaturas acima de 30°C, que perduram
elevadas durante a noite, provocou redução de rendimento e senescência de folhas. Já nas
áreas de sequeiro, ocorreu maior redução de produtividade e grãos pouco desenvolvidos. O
rendimento médio das lavouras alcançou 122 sacos por hectare.
Na de Santa Rosa, da área plantada até o momento, 14% encontram-se em
desenvolvimento vegetativo, 2% em enchimento de grãos, 13% em maturação e 71% das
lavouras já foram colhidas. As chuvas renovaram as plantas em fase final de formação de
espigas. A colheita avançou e evidenciou produtividades de 7.666 quilos por hectare nas
lavouras implantadas em agosto, nas quais não houve falta de chuvas durante o ciclo. Os
produtores intensificam a semeadura do milho de segundo plantio em áreas de lavouras já
colhidas, com o aproveitamento da umidade do solo. No decorrer da semana, deverá ser
ampliada a área plantada, à medida que avança a colheita das lavouras de milho safra,
liberando as áreas. A produtividade inicial esperada entre os municípios da região era de
7.666 quilos de milho grão por hectare; porém, a baixa umidade do solo devido à estiagem
ocorrida em dezembro/2019 e no início de janeiro/2020 e que atingiu lavouras em plena
floração e formação inicial do grão, resultou em produtividade de 7.529 quilos por hectare.
Na de Frederico Westphalen, com 11,9% da área destinada à cultura no Rio Grande
do Sul, as lavouras estão nos seguintes estágios: 1% em germinação e desenvolvimento
vegetativo, 4% em floração, 10% em enchimento de grãos, 30% em maturação e 55% das
lavouras já foram colhidas. Os produtores evidenciam perdas de rendimento das lavouras
em decorrência do efeito da estiagem, sobretudo naquelas semeadas a partir da segunda
quinzena de setembro, quando comparadas com as que foram plantadas até a primeira
quinzena. Em geral, o percentual de perdas deverá variar conforme o comportamento do
regime de precipitações ao longo do restante do ciclo. Em alguns municípios da região, os
produtores continuam solicitando cobertura de Proagro.
Na região de Caxias do Sul, mesmo com o retorno de precipitações e com a redução
da temperatura e da radiação solar, as lavouras implantadas mais cedo não demonstram
capacidade de recuperação do potencial produtivo da cultura, haja vista a fase reprodutiva
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 10, 30 jan. 2020
já ter encerrado. Já nas tardias, evidencia-se excelente recuperação, tanto no crescimento
das plantas quanto na qualidade das folhas e na intensidade da coloração verde.
A regional de Soledade representa 9% da área de milho do Estado. Das lavouras da
região, 37% estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 4% em floração, 14% em
enchimento de grãos, 40% em maturação e 5% já foram colhidas. A ocorrência de chuvas
regulares nas últimas semanas, embora de volumes variados, encorajou os produtores a
intensificarem a semeadura do milho em restevas de lavouras de tabaco, de milho e feijão
primeira safra, tanto para grãos como para silagem. As lavouras implantadas nas últimas
semanas têm boa germinação, emergência e estande de plantas; por outro lado, lavouras
implantadas em dezembro apresentam falhas de plantas devido à irregularidade das chuvas
na fase inicial de desenvolvimento.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, a cultura ocupa 8,2% da área do
Estado; das lavouras na região, 15% estão na fase de floração, 80% em enchimento de grãos
e 5% já foram colhidas. Tanto a redução no volume das precipitações quanto a distribuição
irregular na região geraram perdas na produtividade, especialmente nas lavouras que
estavam em floração e em enchimento de grãos, como nas localizadas em Cacique Doble,
Santa Cecília do Sul e Ernestina. Ao todo, 456 produtores que tiveram o rendimento das
lavouras comprometido solicitaram vistorias a fim de comprovação de perdas para o acesso
ao seguro agrícola.
Na região de Erechim, com 5,7% da área do Estado, o principal estágio é o de
enchimento de grãos (80%); as áreas já colhidas chegaram a 15%, cujo rendimento evidencia
perdas na produtividade. Produtores solicitam vistorias para comprovação das perdas e
acesso ao Proagro.
Na de Bagé, as chuvas ocorridas na região promoveram mudanças no
comportamento da cultura. Os produtores aproveitaram esse momento e passaram a
realizar os tratos culturais que haviam sido suspensos por falta de condições, fosse de
umidade no solo, fosse de umidade relativa do ar. Nos municípios próximos a Bagé, as
últimas chuvas registradas ao longo da semana permitiram recuperar parcialmente o
estande das lavouras. Mesmo com volumes pouco expressivos de chuvas desde 15 de
dezembro, as lavouras de milho implantadas durante novembro apresentam bom aspecto
visual, o porte é médio e as plantas responderam eficientemente às aplicações de herbicidas
e fertilizantes nitrogenados. Em São Gabriel, as áreas semeadas estão nas fases de
desenvolvimento vegetativo e em floração; as lavouras em fase de enchimento de grãos na
época da estiagem foram perdidas. Em Rosário do Sul, a semeadura foi concluída com o
retorno da chuva. Os produtores que semearam no cedo realizam a aplicação de herbicida
pós-emergente e a segunda aplicação de ureia. Em São Borja, a colheita está em andamento
nas áreas mais do cedo, com produtividades acima dos 100 sacos por hectare.
Na regional de Pelotas, 42% da área com a cultura está em desenvolvimento
vegetativo, 38% em floração e 20% em enchimento de grãos. A partir de dezembro, quando
diminuíram as chuvas, o plantio também foi reduzido; os produtores aguardam as
precipitações para retomar os plantios, o que implica em avanços em pequena escala.
Dependo das condições do tempo, os produtores poderão decidir não plantar.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 11, 30 jan. 2020
Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, 32% das lavouras estão em
germinação e desenvolvimento vegetativo, 17% em floração, 20% em enchimento de grão,
19% em maturação e 12% delas já foram colhidas. Das lavouras da primeira safra, 10% estão
na fase de desenvolvimento vegetativo, 15% em floração, 55% em enchimento de grão, 10%
em maturação e 10% das áreas já foram colhidas. As chuvas que continuam a ocorrer na
região têm mantido as condições de umidade do solo favorável para semeadura do segundo
plantio de milho.
Na regional de Porto Alegre, as chuvas da última semana foram determinantes para
atenuar os efeitos da estiagem nas lavouras de milho em desenvolvimento vegetativo,
floração e enchimento de grãos. A estiagem e as altas temperaturas do final do ano, nas
fases críticas de desenvolvimento, geraram perdas irreversíveis nas lavouras atingidas. Há
casos de perda total.
Mercado (saca de 60 quilos)
Segundo o levantamento semanal realizado pela Emater/RS-Ascar, o preço médio
ficou em R$ 41,92/sc., com aumento de 2,39% em relação à semana anterior.
Na regional de Santa Rosa, o preço médio teve aumento, e foi cotado a R$ 41,88/sc.;
em Frederico Westphalen e Bagé, o cereal ficou cotado a R$ 42,00/sc.; na de Pelotas, os
preços variaram entre R$ 38,00 a R$ 45,00/sc.; em Ijuí, o preço chegou a R$ 41,50/sc.; em
Caxias do Sul, a R$ 42,00/sc.; em Erechim, a R$ 43,00/sc.; em Passo Fundo, a R$ 46,00; em
Soledade, o preço chegou a R$ 41,75; em Santa Maria, aumentou para R$ 41,22; e em Porto
Alegre, teve ligeira alta, sendo comercializado ao preço médio de R$ 43,00/sc.
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2112, de 30 de janeiro de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de
Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.
Milho silagem
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Soledade, as semeaduras de milho
silagem continuam sendo realizadas em áreas de restevas pós-colheita de milho e do tabaco;
as lavouras implantadas nas últimas semanas têm boa germinação, emergência e estande de
plantas; por outro lado, lavouras implantadas em dezembro apresentam falhas, devido à
irregularidade das chuvas na fase inicial de desenvolvimento.
Na de Pelotas e na de Porto Alegre, em parte das lavouras destinadas à silagem,
segue a situação do período anterior: a semeadura ainda não foi concluída nos locais em que
não há umidade do solo adequada. Por outro lado, a colheita deverá ser antecipada para
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
Semanaatual
Semanaanterior
Mêsanterior
Ano anterior Média geral Média mês
41,92 40,94 38,1834,55
36,83 36,31
R$
Milho - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg
Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.
2,39
9,80
21,33
13,8215,45
0
5
10
15
20
25
Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês
%
Comparativo percentual do preço médio semanal do Milho (R$ 41,92/saca de 60 kg)
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 12, 30 jan. 2020
evitar ampliação das perdas em áreas inicialmente introduzidas para finalidade de grãos e
que não vêm atingindo o propósito por causa das condições desfavoráveis do tempo.
Na de Ijuí, o milho silagem de segundo cultivo está em final de implantação,
apresentando boa emergência e satisfatório desenvolvimento inicial. Até o momento, é
baixa a incidência da lagarta do cartucho.
Arroz
As precipitações ocorridas nas regiões produtoras ao longo da semana contribuíram
para a reposição dos mananciais hídricos, trazendo um alento aos produtores de arroz
atingidos pelos efeitos da estiagem em dezembro e durante boa parte de janeiro.
A cultura no RS mantém bom estado de desenvolvimento e se encontra nas
seguintes fases: 55% das lavouras em fase de germinação/desenvolvimento vegetativo, 28%
em floração, 14% em enchimento de grãos e 3% em maturação.
Fases da cultura do arroz no Rio Grande do Sul
Arroz 2020
Fases
Safra atual Safra anterior Média*
Em 30/01 Em 23/01 Em 30/01 Em 30/01
Plantio 100% 100% 100% 100%
Germinação/Des. vegetativo 55% 62% 41% 43%
Floração 28% 26% 35% 33%
Enchimento de grãos 14% 11% 20% 20%
Maduro e por colher 3% 1% 4% 4%
Colhido 0% 0% 0% 0%
Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.
*Média safras 2015-2019.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, as lavouras encontram-se nas fases de
germinação/desenvolvimento vegetativo, floração e em enchimento de grãos, mantendo
adequado estado de desenvolvimento. Em Hulha Negra, mais uma semana com alta
disponibilidade de radiação solar influenciou positivamente no bom desempenho das
lavouras cujo potencial produtivo fora afetado pelas semeaduras tardias. Em Uruguaiana,
98% das lavouras encontram-se em estágio de florescimento e apresentam ótimo estado de
desenvolvimento. Igualmente, em Dom Pedrito, as lavouras estão com bom
desenvolvimento e bom estado fitossanitário.
Na regional de Pelotas, 48% da cultura encontra-se na fase de desenvolvimento
vegetativo e 52% em floração. Os produtores realizam manejo de água, adubação de
cobertura e monitoramento fitossanitário. A semana transcorreu com tempo quente e com
dias de plena radiação solar, condições que favorecem o ciclo produtivo.
Na de Santa Maria, a cultura se encontra 80% em desenvolvimento vegetativo, 17%
em floração e 3% na fase enchimento de grãos. A recorrência de chuvas em janeiro tem
contribuído para manter os mananciais para irrigação. Os produtores seguem realizando
tratos culturais nas lavouras e monitorando a incidência de pragas e doenças.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 13, 30 jan. 2020
Na de Porto Alegre, as lavouras apresentam bom desenvolvimento. A maioria se
encontra no estágio vegetativo e apresenta adequado estado fitossanitário. Até o momento,
a cultura conta com suficiente disponibilidade de água para as necessidades de irrigação das
plantas; os mananciais vêm sendo recuperados parcialmente com as chuvas ocorridas nas
duas últimas semanas.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, durante a semana foram observadas
boas condições para o desenvolvimento das lavouras de Garruchos e Santo Antônio das
Missões, maiores produtores da região. Os orizicultores vêm realizando tratamento
preventivo contra doenças fúngicas. Em geral, há baixa incidência de pragas, embora na
bordadura das lavouras seja recorrente a presença de percevejos do grão e do colmo. Tal
situação não impacta no rendimento das lavouras, a ponto de sequer recomendar-se
controle químico, já que é observada a presença de inimigos naturais. As lavouras precoces
devem estar aptas para colheita até o final da primeira quinzena de fevereiro.
Mercado (saca de 50 quilos)
No levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar, a cotação no RS
alcançou preço médio de R$ 48,19/sc., aumento de 3,10% em relação à semana anterior. Na
regional de Bagé, o preço tem variado entre R$ 45,00 e R$ 49,00; na de Soledade, entre R$
46,00 e R$ 47,00; e na de Pelotas, entre R$ 44,00 e R$ 52,50. Na região de Porto Alegre, o
arroz foi comercializado entre R$ 45,00 e R$ 55,00; e em Santa Maria, entre R$ 45,00 e R$
49,00/sc. Na de Santa Rosa, a saca de 50 quilos é comercializada a R$ 46,00.
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2112, de 30 de janeiro de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de
Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.
Feijão 1ª safra
Na região de Ijuí, 98% dos cultivos de primeira safra se aproximam do final da
colheita. Diante do atual cenário e apesar das perdas, os produtores estão satisfeitos com o
rendimento médio obtido de 25 sacos por hectare.
Na de Santa Rosa, praticamente toda a área das lavouras de feijão primeira safra está
colhida. A produtividade média obtida é de 1.200 quilos por hectare. Em Salvador das
Missões, a produtividade é de 1.650 quilos por hectare.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, 5% das lavouras estão na
fase de enchimento de grãos e 95% já foram colhidas. A cultura teve um bom
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
Semanaatual
Semanaanterior
Mêsanterior
Anoanterior
Média geral Média mês
48,19 46,74 45,8041,85
49,4751,65
R$
Arroz - preço médio pago ao produtor - R$/saca 50 kg
Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.
3,10
5,22
15,15
-2,59
-6,70-10
-5
0
5
10
15
20
Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês
%
Comparativo percentual do preço médio semanal do Arroz (R$ 48,19/saca de 50 kg)
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 14, 30 jan. 2020
desenvolvimento na região, com produtividade média de 1.800 quilos por hectare, e os
grãos colhidos têm apresentado boa qualidade.
As lavouras da regional de Pelotas encontram-se nas fases de enchimento de grãos,
maturação e colheita. Atualmente, 65% das áreas já foram colhidas. A cultura foi bastante
prejudicada pelo excesso de umidade nas fases iniciais do cultivo e, posteriormente, pela
estiagem nas fases de floração e de enchimento de grãos. Tais fatores determinaram perdas
nos rendimentos do feijão.
Na região de Soledade, 15% da cultura está na fase de enchimento de grãos, 10% em
maturação e 75% já foi colhida. As chuvas ocorridas nas últimas semanas têm favorecido as
lavouras que se encontram nas fases de florescimento e enchimento de grãos, assegurando
a manutenção do potencial produtivo. Por outro lado, a combinação de volumes
satisfatórios de precipitação e de temperaturas amenas propiciou a incidência de doenças,
principalmente a antracnose; por conta disso, muitos produtores têm realizado tratamentos
fúngicos nas lavouras.
Nas regiões de Santa Maria e Erechim, a cultura está finalizando o ciclo da primeira
safra. Em Santa Maria, 28% das lavouras estão na fase de maturação e 72% já foram
colhidas. Apesar das precipitações, os reflexos da estiagem acarretaram perdas irreversíveis
na região. Já em Erechim, 10% das lavouras encontram-se em fase de maturação e 90% já
foram colhidas. A produtividade alcançada é de 1.842 quilos de feijão por hectare.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, as lavouras se encontram nas fases
de enchimento de grãos, maturação e já colhidas. As que estão sendo colhidas seguem com
rendimento dentro da normalidade na microrregião do Litoral, com média de 1.200 quilos
por hectare. Já na microrregião Centro-Sul, as perdas foram maiores, em função de a cultura
ter sido atingida pela estiagem nas fases críticas da floração e enchimento de grãos,
chegando à produtividade de 500 quilos por hectare.
Feijão 2ª safra
Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a semeadura vem avançando
a partir da liberação de áreas pós-colheita do milho. A área prevista na intenção de plantio é
de 3.868 hectares.
Na de Santa Rosa, os cultivos de segunda safra estão em andamento; as primeiras
lavouras apresentam boa germinação e desenvolvimento vegetativo. Entretanto, já há
ataque de pragas que exigem a realização precoce de pulverizações com inseticidas.
Na de Soledade, mais de 20% da área cultivada foi semeada; as chuvas regulares nas
últimas semanas, embora esparsas e com volumes variados, contribuíram para a
germinação, emergência e início do desenvolvimento vegetativo da cultura, que apresenta
ótimo estande de plantas.
Na de Santa Maria, os produtores seguem semeando após o retorno das chuvas. A
intenção de plantio é de 1.053 hectares.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, na microrregião Centro-Sul é
esperado aumento do cultivo do feijão safrinha, buscando amenizar as perdas com a
estiagem no feijão da primeira safra.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 15, 30 jan. 2020
Mercado (saca de 60 quilos)
O preço médio do feijão no Estado foi cotado em R$ 133,46/sc., com redução de
5,10% em relação à semana anterior, conforme o levantamento semanal de preços da
Emater/RS-Ascar. Na região de Frederico Westphalen, o preço chegou em R$ 120,00; na de
Soledade, se manteve em R$ 163,33; na de Ijuí, em R$ 133,75; na de Pelotas, o preço
permaneceu entre R$ 180,00 e R$ 210,00; na de Santa Maria, o valor oscilou entre R$
130,00 e R$ 150,00. Na região de Porto Alegre, a variação de preço se manteve entre R$
180,00 e R$ 450,00/sc.
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2112, de 30 de janeiro de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de
Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.
Hortigranjeiros
Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.
OLERÍCOLAS
Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, as condições climáticas das últimas
semanas foram desfavoráveis para as espécies olerícolas cultivadas a campo, tendo em vista
principalmente as altas temperaturas registradas. Ocorreram também prejuízos nos cultivos
protegidos, tanto em função da queima das folhas pelo excesso de calor como por causa da
ocorrência de pragas e da dificuldade de controle em função das altas temperaturas, com
forte ataque de pulgões, ácaros, tripes e coleópteros crisomelídeos. Foi necessário aplicar
inseticidas. A maior parte dos cultivos de tomate está na fase de colheita, mas sofre ataque
de pragas e doenças, que exigem permanente controle. Está encerrada a colheita de pepino.
Folhosas como alface e rúcula estão em produção somente em hortas com irrigação e sob
telas de sombreamento. Produtores realizam plantio principalmente de alface. Segue a
colheita de alface, rúcula, couve folha, agrião, tomate e tempero verde. As vendas são muito
boas, principalmente pela dificuldade de produção doméstica. O preço recebido pela alface,
rúcula, couve folha e temperos fica na faixa se R$ 2,00/unid. Nos últimos dias, houve
30,00
50,00
70,00
90,00
110,00
130,00
150,00
170,00
190,00
210,00
Semana atual Semanaanterior
Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês
133,46140,63 139,67
170,15
202,28 203,15
R$
Feijão - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg
Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.
-5,10 -4,45
-21,56
-34,02 -34,30
-40
-35
-30
-25
-20
-15
-10
-5
0
Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês
%
Comparativo percentual do preço médio semanal do Feijão (R$ 133,46/saca de 60 kg)
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 16, 30 jan. 2020
aumento na demanda por encaminhamento de rastreabilidade em função das cobranças dos
mercados locais.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, as olerícolas apresentaram bom
desenvolvimento durante a semana. Temperaturas mais amenas contribuíram para a
fecundação das culturas de tomate e pepino. Em Ijuí, produtores encontram dificuldades
para controle eficiente em lavouras de alface que apresentam ataque de mosca-branca e
tripes. Esta alta incidência das pragas está impactando na produção e reduzindo a oferta de
folhosas no mercado local. A cultura da batata-doce está com atraso na formação das raízes
tuberosas, mas com sistema vegetativo bem desenvolvido. Já a mandioca está com bom
desenvolvimento das raízes e boa perspectiva de produtividade. Há aumento da incidência
de cercosporiose na beterraba. Os preços permaneceram estáveis.
Na regional de Santa Maria, com o retorno das chuvas e temperaturas mais amenas,
as condições climáticas foram favoráveis às olerícolas, normalizando a produção. No
município sede da regional, a produção de rúcula e repolho está atendendo o mercado local;
já a de brócolis está em declínio. Não ocorreu alteração nos preços praticados.
Na de Soledade, o aspecto geral das olerícolas melhorou com as condições climáticas
favoráveis, boa radiação solar, chuvas regulares e temperaturas mais amenas. Os cultivos
tardios a campo sem irrigação, principalmente de abóbora, moranga, batata-doce, mandioca
e milho verde, apresentam quadro de recuperação. Os plantios precoces e intermediários
apresentam perdas significativas. Seguem atividades de preparo do solo para plantios e,
embora tenha ocorrido o período de estiagem, não há restrição no abastecimento. O preço
pago ao produtor de milho verde é de R$ 0,40/espiga.
Na de Porto Alegre, olerícolas seguem em desenvolvimento, favorecido pelas
condições climáticas. Contudo, a produtividade das culturas será menor em virtude da
estiagem ocorrida. Os preços praticados para algumas hortaliças sofreram ajuste.
Preços praticados na região metropolitana Espécie Preço (R$/dz.)
Alface 8,00
Brócolis 25,00
Couve 8,00
Couve-flor 30,00
Espinafre 15,00
Radite 10,00
Repolho roxo 30,00
Rúcula 10,00
Tempero verde 7,00 Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Porto Alegre.
Na regional de Passo Fundo, as chuvas ocorridas favoreceram o bom
desenvolvimento das culturas e permitiram reduzir a utilização de equipamentos de
irrigação para os cultivos a céu aberto, reduzindo assim os custos de produção.
Na regional de Erechim, as folhosas estão com desenvolvimento prejudicado em
virtude do calor, com diminuição de tamanho, perda da qualidade e incidência de pragas
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 17, 30 jan. 2020
(tripes). Estão em plena colheita couve-flor, feijão vagem, repolho e tomate Gaúcho, além
de cenoura, pepino, rabanete, folhosas e brócolis. Encerrou a colheita de couve chinesa.
Batata
Na regional de Passo Fundo, produtores finalizaram a colheita. O produto desta safra
é de boa qualidade. O preço pago ao produtor pela batata rosa permanece a R$ 60,00/sc. de
50 quilos; já o da branca aumentou para R$ 45,00/sc.
Cebola
Na regional de Passo Fundo, o produto colhido é de excelente qualidade. O preço
pago ao produtor para cebola de primeira é de R$ 0,70; o das demais categorias é de R$
0,60/kg.
Na regional de Pelotas, foi finalizada a colheita dos 2.785 hectares desta safra. O
produto colhido é de boa qualidade, ótima casca e cor. A comercialização segue lenta,
principalmente pelo preço ofertado, que não cobre os custos. O preço não ultrapassa
valores de R$ 0,50 a R$ 0,60/kg pela cebola de classificação tipo 3.
Na regional de Porto Alegre, a produção se concentra no Litoral. As variedades
precoces apresentaram formação de bulbos, mas com baixa qualidade de casca e sem
condições de armazenamento devido a doenças. A falta de chuvas em dezembro afetou a
formação dos bulbos das variedades de ciclo médio e tardio, deixando-as com tamanho não
adequado e de menor valor comercial. Com o aumento da oferta na região e devido aos
problemas na qualidade dos bulbos, os valores praticados estão abaixo da previsão; o preço
pago ao produtor varia de R$ 0,40 a R$ 0,50/kg, conforme classificação.
Batata-doce
Com a chuva ocorrida no Vale do Caí, foi realizado o replante de ramas em áreas
onde houve comprometimento dos plantios. As demais áreas estão em fase de
desenvolvimento e colheita. O preço médio de comercialização ficou em R$ 1,20/kg.
Na regional de Porto Alegre, a cultura encontra-se na fase de plantio, retomado com
a melhoria da umidade; nas lavouras já implantadas, são realizados tratos culturais. O
plantio desta safra está atrasado em função da falta de umidade no solo, e as lavouras
implantadas sentiram o efeito da estiagem, reduzindo o crescimento vegetativo. Embora
seja uma cultura rústica e de grande potencial de recuperação, há perdas em cultivos jovens,
que deverão ser replantados. A colheita da safra 2018-2019 está praticamente encerrada.
Na lavoura, a comercialização está a R$ 15,00; na Ceasa, de R$ 28,00 a R$ 35,00/cx. de 20
quilos. Na região, os principais municípios produtores de batata-doce são Mariana Pimentel,
Barra do Ribeiro e Guaíba.
Abobrinha
Na regional de Lajeado, a cultura apresentou recuperação e se encontra em fase de
desenvolvimento e colheita. As condições do clima permitiram a renovação de áreas de
cultivo desta cultura de ciclo curto. O preço médio de comercialização foi de R$ 16,00/cx. de
20 quilos.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 18, 30 jan. 2020
Mandioca/aipim
Na regional de Santa Rosa, a cultura encontra-se em desenvolvimento vegetativo,
apresentando bom desenvolvimento e boa sanidade até o momento. Seguem atividades de
controle de invasoras. A comercialização da produção desta safra iniciou em Nova
Candelária, e os produtores estão recebendo R$ 40,00/cx. de 20 quilos de aipim novo. A
produtividade é de aproximadamente um quilo por planta.
Tomate
Na de Lajeado, no Vale do Caí, ocorreram chuvas com intensidade significativa de 25
mm, mantendo-se elevado calor, que requer uso complementar de água nas áreas de cultivo
a campo. A cultura está em fase de desenvolvimento e colheita, sem maiores dificuldades
fitossanitárias. Produtores encomendam mudas para a próxima sequência de cultivo. O
tomate-cereja foi comercializado a R$ 10,00/cx. com seis cumbucas de 250 gramas.
Pepino
A cultura em ambiente protegido na regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, no
Vale do Caí, está em plena produção e colheita, sem problemas fitossanitários. Há
expectativa de ampliação da área de cultivo. Na semana que passou, aumentou o preço de
comercialização do pepino salada Japonês, e chegou a R$ 40,00/cx. de 20 quilos. O preço do
pepino conserva variou entre R$ 60,00 e R$ 70,00/cx. de 20 quilos, refletindo as perdas
ocorridas nos cultivos a campo.
Abóbora Japonesa
Na regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, há uma área expressiva de plantio de
abóbora Japonesa, com 1.400 hectares em Herval e 150 hectares em Arroio Grande, na qual
a semeadura foi concluída no início de janeiro e onde foram iniciadas as colheitas das
lavouras semeadas mais cedo. A cultura começa a sentir os efeitos da estiagem, mas sem
ainda quantificar prejuízos. Em Pelotas, os preços pagos ao produtor estão entre R$ 0,90 e
R$ 1,00/kg. Em Herval, as abóboras são comercializadas a R$ 0,55/kg na lavoura.
Vagem
Na regional de Lajeado, houve redução de produção e qualidade e de ciclo nas
lavouras que sofreram com a estiagem. Seguem os preparos para implantação de novas
áreas a campo, que tradicionalmente ocorrem em fevereiro; as deste atual ciclo são
implantadas em túneis baixos. O saco de 10 quilos é comercializado entre R$ 75,00 e R$
80,00.
Beterraba
Na regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, a cultura está em fase final de
desenvolvimento, com poucas áreas em produção. Há registro de perdas significativas pelo
calor e pela falta de água durante o ciclo, pois em poucas áreas da cultura se usam sistemas
de irrigação complementar. O preço pago ao produtor pela dúzia de molhos é de R$ 25,00 a
R$ 30,00 para comercialização na Ceasa.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 19, 30 jan. 2020
FRUTÍCOLAS
Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, a área ocupada com
fruticultura é de 537 hectares. Citros estão em plena frutificação, fase crítica para controle
de pulgões; inicia o controle de pinta preta. Há relatos de baixa quantidade de frutos nas
plantas cítricas. Ainda há colheita de uva; as parreiras apresentaram brotação desuniforme,
com cachos pequenos e em menor quantidade, porém com boa sanidade. Nessa fase final
de colheita, é intenso o ataque de insetos que deixam cachos com aspecto feio e bagas
avariadas. A falta de chuvas não ocasionou prejuízos. Segue a colheita de morango; alguns
produtores têm dificuldade de controlar pragas nos cultivos hidropônicos e de manejar a
condutividade de água em dias mais quentes. Culturas de verão como o melão encontram-se
em plena colheita; a comercialização ocorre com bons preços, compensando a
produtividade menor das lavouras neste ano. A alta insolação e o elevado calor das últimas
semanas provocaram queima de folhas e frutos de melancia e melão, prejudicando um
pouco a produtividade. Colheita da melancia em andamento. O preço da uva de mesa é de
R$ 3,00/kg; o do morango varia de R$ 12,00 a R$ 16,00/kg e o da melancia entre R$ 10,00 e
R$ 20,00/unid., dependendo do tamanho dos frutos. O preço recebido pelos produtores de
melão está em torno de R$ 5,00/kg.
Na regional de Ijuí, a colheita de uvas se encaminha para o final, restando colher as
variedades mais nobres cultivadas em ambiente protegido. O alto brix da cultura confere
bom sabor e grande procura para a confecção de suco, vinho e para o consumo in natura.
Grandes volumes da fruta são adquiridos fora da região, principalmente da Serra e de
Sarandi, pois a região de Ijuí não produz a quantidade demandada. A cultura do melão e
melancia segue em plena colheita; a produção de melancia não atende à demanda local,
sendo adquirida em outros mercados produtores. Áreas cultivadas apresentam boa condição
fitossanitária. Os produtores realizam limpeza e desbaste das plantas do morangueiro das
variedades de dia neutro, com baixa produtividade no momento. Em Panambi, uma
cooperativa de citros contabiliza grandes perdas de laranja devido à estiagem. Os preços
pagos aos produtores de frutas permaneceram estáveis em relação à semana anterior.
Na regional de Santa Maria, a condição favorável de luz e a melhora na umidade do
solo favorecem o crescimento dos frutos. Na cultura da banana, seguem atividades de raleio
nas touceiras e adubação.
Na regional de Bagé, segue a colheita de pêssego; na maioria das variedades, as
frutas são colhidas por camadas, pois na mesma planta se encontram frutos em três fases
diferentes de frutificação. Figueiras estão em maturação e colheita; produtores realizam
tratos culturais. As culturas dos citros, olivas e noz estão em desenvolvimento dos frutos.
Iniciou a colheita de uva. Seguem os tratamentos fitossanitários para controle de pragas nas
videiras, que apresentam excelente carga e boa perspectiva de produção. Prossegue a
colheita de melancia e melão, e está em fase final a de morango.
Na regional de Erechim, a uva está em plena colheita, com frutos de boa qualidade.
Os preços para o produtor estão entre R$ 2,50 e R$ 4,00/kg. A cultura do morango está em
plena colheita. Seguem as atividades de poda e limpeza das plantas, os tratos culturais e a
construção de novas estufas. Na cultura do pêssego, 95% da área está colhida, com frutas
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 20, 30 jan. 2020
com boa qualidade; os preços para produtor estão entre R$ 3,00 e R$ 4,00/kg. Os citros
encontram-se em fase de formação de frutos, com boa expectativa de produção. Nas
laranjas, há ataque intenso de larva minadora e pulgões. A área de laranjas na região é de
3.100 hectares e a de bergamota, 389 hectares.
Pêssego
Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, segue a colheita de
pêssego destinado ao mercado in natura.
Na de Soledade, segue a colheita, entrando em fase final. O fruto tem boa qualidade,
porém menor tamanho. É alta a incidência de mosca-das-frutas.
Na de Passo Fundo, segue a colheita; os frutos apresentam redução do tamanho em
virtude do menor nível de umidade dos solos no período do desenvolvimento. A produção é
comercializada nos mercados locais a valores entre R$ 3,00 e R$ 5,00/kg.
Uva
Na regional de Passo Fundo, a produção apresenta um decréscimo em relação à
esperada inicialmente em virtude das condições de estiagem no período de maturação;
somadas às altas temperaturas, ocorreu murchamento das bagas. Poucos produtores
relatam problemas com ataque de vespas e abelhas; basicamente ocorre em uvas da
variedade Niágara, em colheita. Os parreirais em implantação encontram-se com boa
sanidade e desenvolvimento. As demais variedades de uva encontram-se na fase de
maturação dos frutos. Os produtores realizam o monitoramento de pragas e doenças, os
tratamentos de controle de invasoras e os preventivos das doenças fúngicas, típicas de pré-
colheita. O preço recebido permanece de R$ 2,00 a R$ 2,50/kg nos mercados locais.
Na regional de Soledade, as videiras em geral estão em fase de maturação, mas em
fase de colheita as variedades viníferas como Cabernet, Merlot e Chardonay. A qualidade da
uva é excelente; houve redução da produção, baga menor, mas o grau Babo (concentração
de açúcar) é elevado, e consequentemente, os vinhos serão de ótima qualidade. Uvas
americanas de mesa e indústria como Bordô, Concord e niágaras se encontram em
maturação no Vale do Rio Pardo e em início de maturação no Alto da Serra do Botucaraí.
Também se destacam pela qualidade de cor e sabor.
Citros
Na regional de Lajeado, as frutas cítricas no Vale do Caí, principal produtor de
bergamotas e limões do Estado, encontra-se em entressafra. As chuvas ocorridas em janeiro
aliviaram a situação de estiagem. O déficit hídrico de dezembro poderá afetar o tamanho
final das frutas, que só será confirmado quando estiverem na época da maturação, e que
ocorrerá diferente conforme a cultivar, se de maturação precoce, média ou tardia.
Entretanto, a cultivar precoce de bergamota, a Caí, e a de ciclo médio Pareci, estão com
diâmetro menor do que seria esperado para este período. Com as chuvas ocorridas, foram
retomados os manejos fitossanitários, a adubação e o controle de plantas espontâneas com
roçadas e controle químico, operações que haviam sido suspensas em função da estiagem. A
principal atividade a partir de fevereiro é o raleio das bergamoteiras. O raleio é a operação
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 21, 30 jan. 2020
de retirada de parte das frutas nas plantas para que as remanescentes cheguem a um
tamanho maior. As variedades cítricas, de maneira geral, produzem muitas flores e,
dependendo da cultivar, somente uma pequena porcentagem tem pegamento, podendo ser
inferior a 0,2%. Entretanto, esse baixo vingamento raramente é limitante à produção, tendo
em vista o elevado número de flores produzido pela maioria das cultivares, que pode ser de
100 mil a 200 mil por planta adulta. Mesmo com toda essa queda natural, a produção de
frutos ainda é muito intensa, como é o caso das variedades de tangerinas cultivadas
comercialmente no País. Este excesso de frutas, se não retirado, tem duas consequências: a
formação de frutas de tamanho reduzido, com menor valor comercial e a alternância de
produção – uma grande produção em um ano e pequena produção na safra seguinte. Para
evitar estes problemas, os citricultores realizam o raleio, que é a retirada das frutas
pequenas, com média de três centímetros. Esta retirada pode ser de até 80%. Na safra atual,
o raleio deverá ser menor que na safra de 2019 em razão de que o pegamento das frutas foi
menor. O raleio é realizado principalmente nas cultivares do grupo das mediterrâneas,
também conhecido como bergamotas do grupo das comuns, que são a Caí, a Pareci e a
Montenegrina, nesta mesma ordem de maturação e também de raleio. Estima-se que tenha
sido realizado raleio em 25% das plantas da cultivar Caí, sendo que as cultivares Pareci e
Montenegrina serão raleadas na sequência, durante fevereiro e março. A única fruta em
colheita no Vale do Caí é o Tahiti, o limãozinho verde. A planta do Tahiti tem floração
durante todo o ano e, portanto, produção durante todo o ano, com diferente intensidade,
conforme o fluxo de floração. O volume de produção atual, entretanto, é pequeno.
Ameixa
Na de Caxias do Sul, a cultura foi a espécie frutífera mais afetada pelas intempéries,
principalmente pelo excesso de chuvas e pela pouca insolação no período de florescimento e
pegamento das frutas. A cultura é altamente dependente de polinização cruzada – flor de
uma cultivar e pólen de outra, e efetivada por abelhas; mas em dias de chuva ou neblina,
esses insetos permanecem em suas colmeias. Inicia atrasada a colheita da principal
variedade de ameixa cultivada na região, a Letícia, sendo também a mais afetada na quebra
da produção; muitos pomares estão sem produção. O preço médio para fruta de primeira é
de R$ 4,00/kg.
Maçã
Na mesma regional, a cultura se encontra na fase de desenvolvimento e maturação
de frutos. A colheita iniciará na próxima semana para a principal cultivar produzida na Serra
gaúcha, a Gala, visto que as maçãs estão atingindo a plena maturação. Esta cultivar
apresenta uma alta carga de frutos; isso ocorre porque, no momento do raleio, havia um
temor de que houvesse poucas flores e, assim, se realizou um raleio mais moderado,
resultando numa carga um pouco acima do esperado. Esse fato aliado à deficiência hídrica
causada pela estiagem teve como consequência o tamanho médio dos frutos em geral.
A cultivar Fuji, mais tardia, está na fase de desenvolvimento de frutos e tem uma
carga inferior, com frutos de tamanho médio. Houve recuperação da cultura com o retorno
das chuvas e, como esta cultivar ainda tem em torno de 50 dias para se desenvolver, é
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 22, 30 jan. 2020
provável que terá frutos de calibre dentro da média na ocasião da colheita. Diariamente, os
produtores de maçã monitoram os pomares quanto à ocorrência de pragas, principalmente
a mosca-das-frutas e lagartas, e quanto à incidência da fitopatia mancha da Gala. A sanidade
dos frutos é boa, com tratamentos foliares preventivos, e os níveis populacionais dos
insetos-praga estão baixos, não havendo necessidade de controle químico. Também está em
execução a poda verde.
Oliva
Na regional de Pelotas, está implantada uma área de 1.275,25 hectares com olivais,
todos pomares novos e recém-implantados, sendo a maior região produtora do Estado. São
17 propriedades rurais com esta atividade. Destaque para Canguçu, com cinco propriedades,
totalizando 619 hectares. A maior área individual de cultivo está em Pinheiro Machado.
Pomares em plena fase de frutificação. O estado sanitário é de bom a ótimo, decorrente do
clima seco. Nos pomares não irrigados, deverá ocorrer redução da produtividade devido aos
efeitos da estiagem.
Morango
Na regional de Pelotas, segue a colheita das variedades de dia neutro, com produção
reduzida. Os frutos seguem menores devido ao calor e à radiação solar intensa, mas com
intenso sabor e doçura. Produtores intensificam trabalho de limpeza das plantas com
eliminação de folhagens velhas, estolões e raleio das coroas. Além disso, preparam as áreas
para plantio. Também entram mudas da Argentina, Chile e principalmente da Espanha. O
preço permaneceu estável em R$ 8,00/kg para venda direta ao consumidor.
Melancia
Na regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a cultura está implantada em 860
hectares, principalmente em Arroio Grande, Capão do Leão, Herval, Jaguarão, Pedro Osório,
Pelotas e Rio Grande. Segue a colheita; lavouras apresentam bom desenvolvimento.
Na regional de Porto Alegre, segue a colheita, se encaminhando para o final,
antecipada pela estiagem. Em São Jerônimo, há plantios tardios em áreas mais elevadas. O
preço recebido pelos produtores varia de R$ 0,35/kg a R$ 0,60/kg.
Abacaxi
Na regional de Porto Alegre, Terra de Areia e municípios vizinhos concentram a
quase totalidade da produção de abacaxi comercial no Rio Grande do Sul. A cultura em Terra
de Areia, maior área cultivada, vem se mantendo estável nos últimos anos em cerca de 340
hectares, e envolve diretamente 130 famílias. O clima tem se mantido de forma razoável
para a cultura, que é bastante resistente à deficiência hídrica. Os frutos são comercializados
de R$ 40,00 a R$ 45,00/cx. com 12 a 40 frutos, variando conforme o tamanho. Estima-se que
estejam colhidos 68% da safra.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 23, 30 jan. 2020
COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS – CEASA/RS
Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da
Ceasa/RS, 14 produtos ficaram estáveis em preços, 14 tiveram alta e em sete ocorreu baixa.
Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos
que tiveram variação de preços em 25% para cima ou para baixo. Dois produtos destacaram-
se em alta e um em baixa.
Produtos em alta
Milho verde – de R$ 2,00 para R$ 2,50/band. (+25,00%)
Como já foi bastante informado, o milho verde está atualmente com problemas na
oferta em função da seca que ocorreu em nosso Estado. Nesta terça-feira, o abastecimento
se deu com uma oferta de 10.625 bandejas com três espigas. Naturalmente este volume é
bem reduzido se comparado com a média dos últimos três anos para janeiro, que foi de
28.420 bandejas. Em consequência, o preço de atacado novamente elevou-se. Observa-se
que o preço atual, R$ 2,50/band., é extremamente elevado se comparado com a média
ocorrida no último triênio para janeiro, que foi de R$ 1,24/band.
Tomate-caqui longa vida – de R$ 1,50 para R$ 2,22/kg (+48,00%)
Ocorre acomodação das cotações de atacado na Ceasa/RS em virtude de uma oferta
menor em relação à terça-feira anterior. Entraram para a formação dos preços de atacado
290.370 quilos de tomate-caqui longa vida, enquanto a média por dia forte relativa aos
últimos três anos para janeiro foi de 402.230 quilos. Nesta terça-feira, o preço praticado
para o tomate de boa qualidade foi R$ 2,22/kg, valor levemente superior à média por dia
forte do triênio, que foi de R$ 2,09/kg. Segundo o Cepea, as cotações praticadas na semana
anterior na região Sudeste do Brasil foram menores devido à qualidade reduzida dos frutos,
que apresentaram muitas doenças. O excesso de chuvas naquela região motivou a queda na
qualidade. Os preços aumentaram com a elevação da oferta de Caçador (SC) e Itapeva (SP),
com tomates de boa qualidade, embora em volume menor que o da semana anterior.
Produto em baixa
Laranja suco – de R$ 1,66 para R$ 1,11/kg (-33,13%)
A retração na procura da laranja suco se dá em função de estarmos no período do
mês durante o qual há queda em cotações de atacado. Além deste fator, a presença
abundante de melancia ganha espaço momentâneo sobre esta fruta cítrica. A melancia foi
vendida neste dia a R$ 0,80/kg.
Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS Produtos em alta Unidade 20/01/2020
(R$) 28/01/2020
(R$) Aumento
(%)
Abacaxi Caiena unid. 4,00 4,50 +12,50
Alface pé 0,67 0,83 +23,88
Cebola nacional kg 1,00 1,10 +10,00
Cenoura kg 1,75 1,95 +11,43
Couve-flor cab. 2,50 2,92 +16,80
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 24, 30 jan. 2020
Limão Taiti kg 1,94 1,95 +0,52
Maçã Red Delicious kg 4,72 5,00 +5,93
Mamão Formosa kg 2,50 3,00 +20,00
Manga kg 2,66 2,78 +4,51
Melancia kg 0,70 0,80 +14,29
Milho verde bdj. 2,00 2,50 +25,00
Ovo branco dz. 3,17 3,33 +5,05
Repolho verde kg 1,11 1,20 +8,11
Tomate-caqui longa vida kg 1,50 2,22 +48,00
Produtos em baixa Unidade 20/01/2020
(R$) 28/01/2020
(R$) Redução
(%)
Banana Caturra kg 1,75 1,50 -14,29
Batata kg 1,80 1,60 -11,11
Chuchu kg 2,25 2,11 -6,22
Couve molho 0,83 0,67 -19,28
Laranja suco kg 1,66 1,11 -33,13
Pepino salada kg 1,75 1,67 -4,57
Pimentão verde kg 2,50 2,00 -20,00 Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.
Outras Culturas
Cana-de-açúcar
Na região administrativa de Santa Rosa, as lavouras estão com boa evolução até o
momento, sendo que a maioria está em desenvolvimento vegetativo. Com as chuvas das
últimas semanas, as lavouras voltaram a desenvolver bem. Produtores fazem o corte da cana
para agroindústrias de melado, açúcar mascavo, cachaça e etanol em Porto Xavier e Roque
Gonzales, e para alimentação animal no inverno. O preço médio da tonelada aumentou e
está em R$ 83,00.
Na regional de Porto Alegre, a cana-de-açúcar é utilizada para alimentação animal e
principalmente para o processamento em cachaça, melado e açúcar mascavo, realizado em
pequenas agroindústrias do próprio produtor ou de produtores próximos à lavoura. A
produção desta matéria-prima concentra-se na microrregião do Litoral e no vale do Rio dos
Sinos e do Paranhana. As lavouras apresentam bom desenvolvimento vegetativo, retomando
seu crescimento após as últimas chuvas. Em Santo Antônio da Patrulha, a cultura é
tradicional. O melado está sendo comercializado a R$ 2,90/kg, e o açúcar mascavo a R$
5,00/kg na propriedade; os principais consumidores são as indústrias de doces da região.
Nas feiras, o açúcar mascavo é comercializado a R$ 6,00/kg. O preço pago aos produtores é
de cerca de R$ 150,00 a R$ 200,00/t de cana, na lavoura.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 25, 30 jan. 2020
Criações
Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.
PASTAGENS
Favorecidos pelo clima, tanto os campos nativos quanto as pastagens cultivadas
continuam apresentando boa recuperação e oferecendo melhores condições alimentares e
nutricionais aos animais.
Muitos produtores aproveitaram a maior umidade do solo para realizar adubação de
cobertura em áreas de pastagem cultivada. Algumas áreas onde houve menor incidência de
chuvas ainda apresentam crescimento reduzido, especialmente das pastagens nativas.
BOVINOCULTURA DE CORTE
Os rebanhos bovinos de corte apresentam bom escore corporal, de uma forma geral
em todo o Estado.
Em algumas áreas onde a recuperação das pastagens é mais lenta, o gado apresenta
ganho de peso reduzido, com escore corporal mais baixo.
As condições sanitárias são satisfatórias. Mas, com o aumento da umidade no solo
combinado com altas temperaturas, é necessário intensificar o controle de verminoses,
carrapatos e demais ectoparasitoses, como as miíases e infestações por mosca-do-chifre.
Segue a temporada de monta e inseminação artificial das matrizes.
Comercialização
Os preços do boi e da vaca para abate no RS continuam sua trajetória de queda.
Nesta semana, o preço do boi baixou mais 1,16%, passando de R$ 6,92 para R$ 6,84/kg vivo,
e o da vaca caiu 1%, indo de R$ 6,00 para R$ 5,94/kg vivo.
Ainda assim, esses valores são significativamente maiores que os registrados há um
ano. O valor atual do quilo vivo do boi para abate teve um acréscimo de 27,14% e o da vaca
está 28,29% maior que em 31 de janeiro de 2019.
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2112, de 30 de janeiro de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de
Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
Semana atual Semanaanterior
Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês
6,84 6,92 7,13
5,38
6,13 6,39
Boi - preço médio pago ao produtor - R$/kg vivo
Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.
R$
-1,16
-4,07
27,14
11,58
7,04
-10,00
-5,00
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês
Comparativo percentual do preço médio semanal do Boi (R$ 6,84/kg vivo)
%
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 26, 30 jan. 2020
Preços médios das categorias de bovinos de corte em regiões e municípios do RS Categoria
(R$ por kg/cab.)
Região de
Bagé
Região de
Porto Alegre
Região de
Caxias do Sul
Bossoroca
Boi gordo (kg) 7,00 6,70 7,00 6,90
Vaca gorda (kg) 5,50 6,00 6,00 6,15
Vaca de invernar (kg) 5,10 - 5,80 5,50
Vaca solteira (cab.) - 1.525,00 - -
Vaca c/cria ao pé (cab.) - 2.000,00 - 2.900,00
Novilha (cab.| kg) - 1.250,00 5,80 6,50
Terneiro (kg) 7,00 7,25 7,50 6,90
Novilho (kg | cab. | kg) 6,50 1.475,00 6,45 6,15
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.
BOVINOCULTURA DE LEITE
Os rebanhos leiteiros gaúchos apresentam boa condição corporal e boa sanidade.
Com a continuidade de um clima mais favorável para o desenvolvimento das
pastagens, a produção de leite, que havia apresentado queda brusca com a estiagem, está
sendo retomada aos poucos. Para tanto, além de dispor de um maior volume de massa
verde nas pastagens, os criadores têm utilizado suplementação alimentar com silagem, feno
e concentrados proteicos.
O menor rendimento na produção de silagem ocorrido até o momento, na maior
parte das regiões, causa preocupação em relação ao vazio forrageiro de outono. Isso porque,
se naquele período não houver silagem suficiente, poderá ocorrer maior queda na produção
ou uma elevação excessiva dos custos, em função da necessidade de usar maior quantidade
de suplementos alimentares mais dispendiosos.
OVINOCULTURA
Nas diversas regiões do Estado, os rebanhos ovinos apresentam bom estado e
mantêm o ganho de peso.
A manutenção de boas condições sanitárias requer cuidados, como o controle
estratégico de verminoses e o combate a parasitos externos.
As parasitoses externas mais comuns nesta época são as miíases, causadas por larvas
de moscas, e as infestações por sarna e piolho.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, foi observada uma grande
incidência de piolhos nos ovinos de alguns municípios.
Em muitas propriedades, o encarneiramento começou no início de janeiro e deverá
ter continuidade até o final de fevereiro.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 27, 30 jan. 2020
Comercialização
Após várias quedas consecutivas, o preço médio do cordeiro para abate no RS reagiu
nesta semana, subindo de R$ 7,48 para R$ 7,53/kg vivo, numa elevação de 0,67%. Cabe
destacar que esse valor é 11,72% maior que o registrado há um ano.
Na região de Pelotas, os preços do quilo dos principais tipos de lã durante a semana
foram os seguintes: Merina – de R$ 16,00 a R$ 21,00; Ideal (Prima A) – de R$ 12,00 a R$
16,00; Corriedale (Cruza 1) – de R$ 7,00 a R$ 9,00 e Corriedale (Cruza 2) – de R$ 3,50 a R$
7,50. Os preços de comercialização de ovinos foram os seguintes: ovelha – de R$ 5,50 a R$
8,00/kg vivo, capão – de R$ 5,50 a R$ 8,00/kg vivo, cordeiro – de R$ 7,00 a R$ 9,00/kg vivo.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, em São Gabriel, os preços do quilo dos
principais tipos de lã foram os seguintes: Merina – de R$ 19,00 a R$ 20,00; Ideal – de R$
17,00 a R$ 19,00; Corriedale – de R$ 8,50 a R$ 9,50; Romney Marsh – R$ 4,50; raças de carne
– R$ 3,50. Os preços de comercialização de ovinos na região tiveram as seguintes médias:
ovelha de cria – R$ 300,00/cab., ovelha de consumo – R$ 250,00/cab., capão – R$ 6,50/kg,
cordeiro – R$ 7,50/kg.
APICULTURA
Em todo o Estado, os enxames laboram intensamente, especialmente nas áreas com
melhores floradas.
A aplicação de agrotóxicos nas lavouras de soja é motivo de preocupação por parte
dos apicultores, pois têm ocorrido casos de mortalidade de abelhas em algumas áreas
próximas a lavouras da leguminosa.
A safra de primavera continua com expectativa de melhor produtividade, tendo em
vista que a primeira colheita não foi boa em vários apiários; os piores resultados ocorreram
nas regiões de Bagé, Pelotas, Soledade e Porto Alegre.
Comercialização
Preços praticados na comercialização do mel Região A granel (R$/kg) Embalado (R$/kg)
Bagé 5,00 23,00
Caxias do Sul 6,00 25,00
Erechim 8,00 20,00
Ijuí - 21,50
Passo Fundo - 20,00 a 30,00
Pelotas 4,00 a 15,00 15,00 a 20,00
Porto Alegre - 15,00 a 25,00
Santa Maria 5,00 15,00 a 25,00
Santa Rosa 4,00 a 8,00 14,00 a 20,00
Soledade 6,00 15,00 a 20,00
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 28, 30 jan. 2020
PISCICULTURA
Os açudes mantêm um bom volume de água.
O manejo é realizado objetivando principalmente a renovação da água e a
suplementação alimentar para garantir o desenvolvimento dos peixes.
Comercialização
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, durante a semana, os
preços do quilo vivo de peixe inteiro criado em cativeiro foram os seguintes: Carpa – de R$
6,00 a R$ 8,00; Tilápia – de R$ 5,50 a R$ 6,50. O filé de Tilápia vendido pelas agroindústrias
familiares ficou entre R$ 25,00 e R$ 34,00/kg.
Na região de Erechim, o quilo vivo de peixe inteiro foi vendido pelos piscicultores
com os seguintes valores: Carpa – de R$ 10,00 a R$ 13,00; Jundiá – R$ 18,00; Pacu – R$
15,00; Traíra – R$ 13,00. O filé de Tilápia ficou entre R$ 22,00 e R$ 28,00/kg.
Na de Ijuí, os preços do quilo vivo de peixe vendido na propriedade foram os
seguintes: Carpa – de R$ 10,50 a R$ 13,50; Tilápia – de R$ 5,00 a R$ 5,50. O filé de Tilápia
ficou em R$ 30,00/kg.
PESCA ARTESANAL
O período de defeso das bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul, iniciado em 1º de
novembro de 2019, vai encerrar em 31 de janeiro.
Em 1º de fevereiro, começa a safra do Camarão. Na Lagoa do Peixe, a captura de
Camarão está impedida em alguns pontos, mas continua ocorrendo para pescadores
cadastrados no restante de sua extensão, com boa produtividade.
Comercialização
O preço do Camarão capturado na Lagoa do Peixe está entre R$ 8,00 e R$ 15,00/kg
com casca e entre R$ 45,00 e R$ 60,00/kg descascado.
Na região de Pelotas, no Balneário Hermenegildo, em Santa Vitória do Palmar, as
espécies comercializadas pelos pescadores em forma de filé foram Peixe-rei, Papa-terra,
Tainha e Pescadinha. O preço variou entre R$ 25,00 e R$ 30,00/kg.
Na de Porto Alegre, as espécies de pescado artesanal marinho mais capturadas e
vendidas na semana foram o Papa-terra e a Pescada, a preços em torno de R$ 10,00/kg.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 29, 30 jan. 2020
A regionalização administrativa da Emater/RS-Ascar se organiza em 12 escritórios
regionais, sendo que cada região contempla áreas geográficas dos Conselhos Regionais de
Desenvolvimento – Coredes, conforme mapa abaixo.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 30, 30 jan. 2020
Preços Semanais
COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES
(Cotações Agropecuárias nº 2112, 30 jan. 2020)
Produtos Unidade
Semana
Atual
Semana
Anterior
Mês
Anterior
Ano
Anterior
Médias dos Valores
da Série Histórica –
2014/2018
30/01/2020 23/01/2020 02/01/2020 31/01/2019 GERAL JANEIRO
Arroz 50 kg 48,19 46,74 45,80 41,85 49,47 51,65
Boi kg vivo 6,84 6,92 7,13 5,38 6,13 6,39
Cordeiro kg vivo 7,53 7,48 7,68 6,74 6,91 6,89
Feijão 60 kg 133,46 140,63 139,67 170,15 202,28 203,15
Milho 60 kg 41,92 40,94 38,18 34,55 36,83 36,31
Soja 60 kg 77,48 78,19 78,72 73,12 82,20 82,66
Sorgo 60 kg 33,55 30,17 29,03 27,75 30,28 30,56
Suíno kg vivo 4,10 4,05 4,08 3,25 4,30 4,49
Trigo 60 kg 41,88 40,84 40,09 43,41 41,20 39,15
Vaca kg vivo 5,94 6,00 6,20 4,63 5,38 5,64
27-
31/01/2020
20-
24/01/2020
31/12/2019-
03/01/2020
28/01-
01/02/19
Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2112 (30 jan. 2020).
Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano
Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do
quinquênio 2014-2018 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da
série histórica 2014-2018.
Notas Agrícolas
Mapa faz esclarecimentos sobre coronavírus
Nota Oficial
Diante da emergência do vírus 2019 novel – Coronavírus (2019n-Cov), identificado na
China em dezembro de 2019 e já detectado em vários países, o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) informa que está acompanhando a situação em contato
com o Ministério da Saúde, que emitiu orientação técnica para vigilância e atenção à saúde
no Brasil em conformidade com diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS).
De maneira geral, o coronavírus também pode causar infecções em animais.
Entretanto as investigações ainda estão em andamento para identificar e estabelecer as
espécies com potencial de ser um reservatório dessa doença. Até o momento, com base nas
informações disponíveis, não temos relatos do vírus em qualquer espécie animal.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 31, 30 jan. 2020
Ressaltamos ainda que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) não fez nenhuma
restrição de comercialização de produtos e de animais.
O Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária esclarece
que a recomendação geral é que animais doentes nunca devem ser abatidos para consumo.
Já animais mortos devem ser enterrados ou eliminados com segurança. O contato com
carcaças e fluidos deve ser realizado apenas com uso adequado de roupas protetoras.
Ao visitar mercados ou feiras de venda de animais vivos, carnes, peixes ou produtos
de origem animal frescos, recomendam-se medidas gerais de higiene e prevenção, como
lavagem das mãos. Após tocar animais e produtos de origem animal, deve-se também evitar
contato das mãos com olhos, nariz ou boca. Recomenda-se ainda evitar contato com animais
doentes ou produtos animais deteriorados.
O Mapa orienta também que o consumo de produtos animais não inspecionados,
crus ou malcozidos, deve ser evitado.
Qualquer suspeita de doença exótica ou emergente, bem como mudança no perfil
epidemiológico de doenças animais, devem ser relatadas imediatamente ao Serviço
Veterinário Oficial, estruturado no Mapa e nos estados, que são também responsáveis pela
defesa sanitária animal.
Fonte: Mapa (publicado em 27/01/2020).