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REVISTA PROCOACHING - Edição Especial Coaching de Carreira - Jan a Mar 2019 - página 2

A Associação Brasileira dos Profissionais de Coaching lança a primeira edição especial da Revista ProCoaching com o tema Coaching de Carreira, pois vivemos na era do Protagonismo, da mudança do mindset do profissional na busca de satisfação no ambiente de trabalho, qualidade de vida e real execução do plano B tão sonhado.

O significado da palavra CARREIRA no dicionário quer dizer “CAMINHO” e atualmente não terceirizamos essa responsabilidade, vivemos em busca de conhecimento e respostas para conquistarmos uma direção assertiva sobre nossa trajetória profissional.

Nesta edição o convidamos a mergulhar em histórias inspiradoras de empreendedores, empresários e coaches que revolucionaram seus caminhos na busca da felicidade e concretização de sonhos num mercado de trabalho em constante evolução.

Inspire-se em 2019. Tudo é possível, basta dar o 1º passo.

SUMÁRIO ________________________

EDITORIAL

Coaching de Carreira

Marcela Buttazzi

Que opções terei como carreira

profissional?

Monica Graton

Ser mulher ontem, hoje e

amanhã

Silmara Crusca

Carreiras no Século XXI

Samuel Rodrigues

Sua casa e sua empresa no

mesmo lugar!

Erika Olaf Silva

ESPECIAL

COACHING DE CARREIRA

ARTIGOS DE MAURÍCIO SAMPAIO

01. Os desafios do coaching de carreira

02. Plano de carreira: qual a sua necessidade?

03. Quando seu Coachee está desanimado com

o trabalho e pretende mudar. O que fazer?

04. Conflito de Gerações: o papel do coaching.

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Coaching de Carreira Por Marcela Buttazzi Administradora de Empresas com especialização em Negócios e Psicologia Geral nas Organizações. Analista Quântica e Comportamental. Executive Coach formada pelo Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), responsável por mais de 500 atendimentos em 8 anos de atuação como coach de carreira. Possui 15 anos de experiência na área de Gestão de Pessoas, como headhunter e especialista em transição de carreira.

EDITORIAL

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REVISTA PROCOACHING - Edição Especial Coaching de Carreira - Jan a Mar 2019 - página 3

Meu nome é Caroline e tenho quinze anos. Não sei se precoce ou não, mas já estou pensando em escolher uma profissão. Porém, li uma matéria em um site de notícias que dizia que muitas profissões irão acabar e outras tantas irão surgir até 2030.

Isso está me deixando bastante confusa. Como posso fazer uma escolha se não sei se será impactada

por todas essas mudanças?

Não é de hoje que os jovens vivem um grande conflito na hora de escolher suas profissões. Pois realmente é difícil, tão jovem escolher uma carreira para a vida toda. Ainda mais sem saber qual ou como escolher dentre tantas opções. Tendo ainda o agravante de nem mesmo saberem se continuarão gostando, no futuro, do que

gostam hoje.

Todo esse cenário já era bastante difícil para os jovens. E para piorar ainda um pouco mais, os avanços tecnológicos tem realizado uma verdadeira revolução profissional no mundo.

A tecnologia vem provocando grandes mudanças na forma como vivemos, como andamos, como nos relacionamos, como compramos ou

ARTIGO

Que opções terei como carreira profissional?

Por Monica Graton Mãe de dois filhos lindos, Gabriel e Davi Graton, Esposa, Coach Vocacional e Carreira, Consultora, Sócia Proprietária da Virtus RH e Presidente da ABRAPCOACHING - Associação Brasileira dos Profissionais de Coaching. Carreira em RH há mais de 29 anos com perfil generalista em RH, Licenciada em Administração, Pós-graduada em Comunicação com o Mercado, pela ESPM, formação em Coach pela CENACOACHING, e Coaching Vocacional pelo IMS - Instituto Mauricio Sampaio.

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REVISTA PROCOACHING - Edição Especial Coaching de Carreira - Jan a Mar 2019 - página 4

vendemos, como fazemos negócios, como nos divertimos, estudamos, viajamos, enfim, tudo tem mudado a uma velocidade incrível.

Mas é fato, muitas profissões já estão com os dias contados. Serão substituídas por robôs. Mas não aqueles robôs que vemos nos filmes de ficção científica, e nem mesmo os

robôs que já existem nas grandes indústrias.

São robôs digitais. Eles não possuem pernas ou braços, nem mesmo cabeça. Os novos robôs são minúsculos chips capazes de armazenar, processar e aprender uma infinidade de informações enquanto

alguém lhe faz uma pergunta.

Os novos robôs são chamados de Inteligência Artificial e já estão substituindo muitas atividades que até ontem eram realizadas por pessoas.

Já se prevê, até mesmo, um possível desaparecimento de boa parte das funções realizadas por várias das profissões mais antigas e mais badaladas do mundo. Entre elas: direito, engenharia, medicina, arquitetura, professor.

E ainda outras menos badaladas mas que já estão com seus dias contados, como: motorista, operador de telemarketing,

programadores e analístas de sistemas, entre muitas outras.

Entendo mais essa dificuldade da Carol. E se posso ajudar, digo a ela que mantenha-se atenta a todas essas mudanças. Não importa o que vai ou não desaparecer ou surgir. Concentre-se no que você gosta e que lhe dá prazer em fazer.

Apesar de todas essas mudanças, tem uma coisa que a Inteligência Artificial será incapaz de tirar de nós.

A nossa criatividade e disposição para se reinventar todos os dias.

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REVISTA PROCOACHING - Edição Especial Coaching de Carreira - Jan a Mar 2019 - página 5

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REVISTA PROCOACHING - Edição Especial Coaching de Carreira - Jan a Mar 2019 - página 6

Já se passaram 107 anos da tragédia que marcou a data do dia 08 de março como o Dia da mulher, mas será que ainda serão necessários mais 107 anos para vermos o “fim da desigualdade”?

Este mês, somos bombardeados de pesquisas, índices e reportagens que nos fazem lembrar a diferença que temos quando comparadas ao sexo oposto, e isso não é só quando falamos de carreira, mas em todo contexto da vida, seja no esporte, na arte, nas preferências, na postura e conduta social, enfim muito se cobra e pouco se valoriza.

Com base na pesquisa do IBGE, embora nós mulheres já termos alcançado um nível de formação superior ao dos homens, ainda sim somos a minoria no comando das empresas.

Tudo isso pelo simples fato de “Ser Mulher”? Ao comparar a trajetória de homens e mulheres realmente as pesquisas chocam com a distância.

Quando vejo que além do preconceito, assédio e a discriminação com a gravidez, os fazeres domésticos e filhos são itens que também limitam a ascensão feminina na carreira, fico envergonhada como ainda temos processos seletivos que julgam ou descartam a candidata pelo simples fato de serem mães.

Já conduzi inúmeros processos seletivos e hoje estou do outro lado participando e as perguntas sempre são: Você tem filhos? Tem disponibilidade de horário e viagem? Com quem eles ficam? Já somos diferenciadas desde o processo seletivo e tenho certeza

que essas perguntas não fazem parte do roteiro quando é um candidato.

A empresa de consultoria britânica Deloitte, divulgou que apenas 15% dos lugares nos conselhos de administração em todo o mundo são ocupados por Elas. Nos cargos públicos de comando a situação também é excludente.

Hoje em nosso país, dos ministros do novo governo eleito, temos apenas 02 mulheres. No Supremo Tribunal Federal (STF), há apenas 02 mulheres entre os 11 ministros. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), são 06 mulheres e 27 homens.

Mesmo não tendo os melhores dos cenários, precisamos valorizar aquelas que fizeram história. Algumas delas são: Dalva Maria Carvalho, tornou-se a primeira mulher da história a ocupar um cargo de oficial general das Forças Armadas; Dandara, ela foi esposa de Zumbi e lutou ao lado dele pela libertação dos negros no período colonial; Tarsila do Amaral, é um dos nomes centrais da primeira fase do modernismo artístico no Brasil; Marta, Eleita a melhor jogadora do mundo por cinco anos consecutivos; Maria da Penha, depois de escapar de duas tentativas de assassinato por parte do marido e lutar durante 20 anos para ver o agressor e o Estado punidos, alertou o governo para a urgência de uma legislação que protegesse mulheres vítimas de violência doméstica.

Sabemos que esta distância existe e que não é de hoje e nem será equalizada amanhã, mas podemos sim, criar reflexões para que os caminhos sejam iguais.

ARTIGO

Ser mulher ontem, hoje e amanhã

Por Silmara Crusca Carreira em RH há mais de 17 anos com perfil generalista, Licenciada em Educação Física pela UNIBAN, Tecnóloga em Gestão de Recursos Humanos pela Faculdade Carlos Drummond de Andrade, MBA em Gestão de Pessoas Anhanguera Bauru, formação em PPC e Career Coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching, Analista Comportamental pela Humanos Coaching, Analista 360º pelo IBC – Instituto Brasileiro de Coaching, Desenvolvimento de liderança pelo INEXH – Instituto Nacional de Excelência Humana. Membro do Conselho Deliberativo da ABRH-SP – 2019-2021 e Coaching de Carreira na Vetor Brasil.

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REVISTA PROCOACHING - Edição Especial Coaching de Carreira - Jan a Mar 2019 - página 7

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REVISTA PROCOACHING - Edição Especial Coaching de Carreira - Jan a Mar 2019 - página 8

Carreiras no Século XXI

Ao pensarmos em carreira, qual o primeiro pensamento vem em nossas mentes?

Talvez um emprego em uma multinacional, talvez um profissional que ficou anos e anos em uma mesma empresa que entrou quando tinha seus 16, 17 anos como Office-boy e hoje é um coordenador ou um gerente. Ou então, simplesmente, no local onde trabalhamos. E tudo bem, afinal nosso mapa mental, nossas experiências são diferentes e isso influencia nossos pensamentos, nossas imagens mentais.

O que é interessante é que como bem sabemos, o mundo está cada vez mais volátil, mas dinâmico e o conceito de carreira não muda, porém a forma como se constrói uma carreira está cada vez mais heterogênea e isso se deve ao fato, sim, do aumento da tecnologia, mas não apenas deste fenômeno, podemos citar a facilidade de acesso às escolas, universidades, cursos, treinamentos e conteúdos muito acessíveis e muitas vezes até gratuitamente que outrora apenas a classe mais elevada tinha.

Por isso é muito comum encontrarmos nas empresas um profissional da geração Baby Boomers ou até mesmo X com menos conhecimento intelectual do que um jovem da geração Y e isso muitas vezes incomoda ambos os profissionais. O veterano se sente ameaçado e até desafiado pelos mais jovens que propõem mudanças e querem resultados mais rápidos e os mais imaturos por terem características de dinamismo, imediatismo, acreditam que estão sendo perseguidos pelos mais antigos, por não aceitarem suas ideias com a rapidez esperada, o que pode afetar negativamente no clima organizacional.

Este é um ponto muito importante e por isso os RHs das empresas precisam atuar como agentes de integração e transformação e proporcionar campanhas de clima organizacional e até endomarketing.

Como construir uma Carreira Saudável em uma Organização respeitando cada posição?

Bom, tenho visto em minhas palestras e treinamentos, muitos casos de profissionais pouco reconhecidos pelos seus superiores justamente por fatos já citados no parágrafo anterior, eles estão impacientes aguardando por reconhecimento que não ocorre.

O que sempre digo nesses casos é: Se você está cumprindo com seu papel à risca e não está se sentindo confortável e reconhecido, precisa avaliar se seus valores estão compatíveis com os valores organizacionais e caso não estejam, é preciso repensar sobre a permanência neste local. Agora, o que pode ocorrer muitas vezes também é, mesmo você estando em conformidade com o que a empresa prega e não estar sendo correspondido, pode existir alguma questão de ego entre os dirigentes o que prejudica a carreira de seus subordinados. Às vezes por medo de perder o posto eles reprimem seus colaboradores até o ponto de os mesmos desistirem de implementar qualquer mudança que possa trazer benefícios à organização.

ARTIGO

Carreiras no Século XXI

Por Samuel Rodrigues Formado em Administração de Empresas pela Fappes, Com cursos de extensão em negócios na McGill University uma das melhores universidades do Canadá, Cursos de Coaching e PNL pela Sociedade Brasileira de Coaching, Line Coaching, Inteligente Coaching entre outras, Analista comportamental e Analista comportamental educacional pela Solides, Com mais de 10 anos de experiência em multinacional nas áreas Financeira e RH, Experiência na área comercial na Experiência de Sucesso, Diretor de Bussiness na Associação Brasileira dos Profissionais de Coaching, Atua como life coach, coach de pequenos empresários e Hipnoterapeuta pelo Instituto PI Hipnose.

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REVISTA PROCOACHING - Edição Especial Coaching de Carreira - Jan a Mar 2019 - página 9

Mais uma vez é importante revisar seus conceitos, se não tiver um outro departamento na empresa para que possa fazer uma transição horizontal, o que em muitos casos dá certo e o profissional decola, comece a olhar para o mercado com mais atenção, pois pode ser que permanecendo nela por mais tempo, o profissional perde

sua motivação e desejo de crescer e, então, quando decidir procurar outra oportunidade no mercado, sentirá muita dificuldade de recolocação.

Falando de como construir uma carreira bem-sucedida que foi nosso tópico anterior bom, isso é um trabalho a 4 mãos, pois o profissional precisa se conhecer muito bem para poder galgar melhores posições e mostrar seu valor aos

interessados. Como fazer isso?

Felizmente hoje temos várias formas, desde testes de personalidades gratuitos, testes pagos até profissionais capacitados para fazer esse trabalho, no caso um coach ou consultor de carreiras. É um trabalho sensacional e completamente necessário, afinal quando nos conhecemos sabemos exatamente nossas forças, pontos a desenvolver, o que nos tornará mais competitivos e desta forma poderemos pleitear posições compatíveis com nosso perfil.

Mas este ponto é algo que eu acredito que as empresas deveriam proporcionar para seus colaboradores, afinal vemos vários trabalhos de desenvolvimento de líderes e outros programas, porém não abordam parte de autoconhecimento, muitas vezes colocam profissionais em cargos de gestão que nunca passaram por um processo como este o que torna seu trabalho mais técnico e menos humano, mais engessado e menos fluido.

Motivação no Trabalho

Quando falamos sobre carreiras, especificamente carreiras em organizações com vínculo seja CLT ou contrato, não entrando em carreiras autônomas e outros formatos que estamos vivenciando grande crescimento, gosto de entrar no ponto de como motivamos um colaborador. Afinal, como estamos vendo desde o início deste artigo, temos vários colaboradores de diferentes gerações, pessoas com perfis diferentes e com anseios e expectativas diferentes, gosto sempre de trazer esta reflexão... como motivamos esses colaboradores?

Bom, o primeiro passo para isso é justamente conhecermos cada colaborador em sua essência e isso só podemos mediante os possíveis testes e trabalhos de autoconhecimento como já citado. Não tem como eu motivar uma pessoa sem conhecê-la, não podemos tratar toda uma equipe de forma igual se em sua composição temos personalidades opostas e momentos díspares.

Uma empresa que preza pelo seu colaborador e pensa genuinamente em como reconhecê-lo e motivá-lo precisa se dar ao trabalho de investir nesses métodos.

Outra forma muito eficaz e que temos visto um crescimento é a gamificação, os jogos motivacionais que as empresas têm implementado e que desta forma conseguem trazer os colaboradores para perto de si. Às vezes simples ações como funcionário do mês, colaborador campeão de vendas, melhor em pesquisa de satisfação, enfim, quando colocado em uma estrutura de jogos, fica bem lúdico e interessante uma vez que o ser humano é tão dependente de estar participando de algo maior, de um jogo ou um campeonato.

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Gosto de citar um exemplo: Por que o ser humano é tão fanático por campeonato de futebol? Muitas vezes ele está com problemas pessoais, problemas na empresa, no casamento e quando encontra um amigo após um jogo no qual seu time foi vencedor, ele fala com toda alegria que está tudo bem, que serão campeões. O que ocorre nesse momento? Ou melhor, o que ocorre nos jogos que deixam o ser humano tão vidrado assistindo a esses eventos? Um dos fenômenos que causa essa dependência é a chamada DOPAMINA, um neurotransmissor monoaminérgico, da família das catecolaminas e das feniletilaminas que desempenha vários papéis importantes no cérebro e no corpo. O cérebro contém várias vias dopaminérgicas, uma delas desempenha um papel importante no sistema de comportamento motivando a recompensa.

A maioria das recompensas aumentam o nível de dopamina no cérebro, e muitas drogas viciantes aumentam a atividade neuronal da dopamina. A dopamina é produzida especialmente pela substância negra e na área tegmental ventral (ATV). A dopamina também está envolvida no controle de movimentos, aprendizado, humor, emoções, cognição e memória.

Não vamos entrar em termos técnicos sobre o funcionamento de nosso cérebro e do corpo, mas é importante sabermos isso para fazermos um paralelo sobre como podemos levar esse modelo para dentro da organização e produzirmos este fenômeno e, consequentemente, conseguirmos este engajamento dos colaboradores.

Um ponto que sempre coloco em meus treinamentos é que muitas vezes as pessoas dentro de seus lares não conseguem encontrar um sentido maior para suas próprias vidas, ainda estão um pouco perdidas e, portanto quando encontram esse tipo de gamificação, dentro da empresa, eles se sentem inseridos num todo maior e que não são apenas mais um número.

Olhando na vertente da pessoa

Como então se manter motivado quando uma empresa não proporciona esse tipo de estrutura?

Já falamos acima sobre isso, o primeiro passo é o autoconhecimento. Quando nos conhecemos, conhecemos nossos valores, nossas motivações e é muito mais fácil manter-nos motivados. E aqui inserimos um ponto essencial, nossas visões de futuro, pois quando entendemos o que queremos alcançar, aonde queremos chegar, quando a pessoa está presente para isso, facilmente ela conseguirá se automotivar não dependendo apenas de agentes terceiros.

Relações e Novos Formatos de Trabalho

Falar em carreiras e não mencionar as novas opções existentes atualmente seria um equívoco, a começar pelos novos formatos de vínculos existentes como trabalhos intermitentes, PJ, enfim, até as novas profissões como youtubers, digital influencers, terapias holísticas, afiliados, gestor de mídias sócias e várias outras.

Temos visto uma vasta quantidade de opções o que permite uma maior flexibilidade e que o profissional encontre algo que realmente o satisfaça não simplesmente como profissional, mas como ser humano.

Não vamos destrinchar as opções existentes, afinal isto está disponível cada vez mais em vários meios e formatos. O que eu gostaria de observar e deixar para reflexão é que hoje não precisamos nos prender a lugares que não são compatíveis com nossos valores e expectativas. Basta olharmos para o mercado com um olhar mais analítico e encontraremos nosso espaço nesse universo de opções e com certeza uma delas fará sentido com o que procuramos.

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REVISTA PROCOACHING - Edição Especial Coaching de Carreira - Jan a Mar 2019 - página 12

A Era Digital chegou! Nela prevalece a Economia Compartilhada, Criativa e Colaborativa, onde todos têm tecnologia ao alcance das mãos e podem enviar e receber informações, ideias e insights.

Trabalhar em casa não é mais um sonho, e sim o futuro em muitas culturas. Mas como trabalhar do lugar que sempre encaramos como nosso refúgio? Aquele cantinho pra esquecer do dia ruim ou contar as conquistas? Alguns pensam que é impossível, mas tudo vai depender de você.

Como começar essa mudança de comportamento? Vamos aos 5 passos:

1. Mudar a mentalidade

A primeira pessoa que precisa mudar é você mesma e o modo de encarar o trabalho em casa como diferente do trabalho de casa.

2. Autoconhecimento

Sabe quais os seus pontos fortes? Suas habilidades? Ótimo! Sem esse conhecimento vai ficar frustado(a) e desistir logo.

3. Escolher o cantinho da casa

Decidido com o que vai trabalhar é hora de achar aquele canto pra chamar de seu.

Como você se concentra para trabalhar? Em silêncio, vendo pessoas, de frente pra janela... Isso é muito importante para escolher um canto e montar seu home office.

Quanto vai gastar com tudo isso? Depende de quanto conforto e beleza deseja no seu home office. Geralmente uma mesa, cadeira e notebook já são suficientes!

4. Acordo com a família e comprometimento

Feita a agenda de trabalho é hora de negociar com a família e se comprometer com você mesmo(a). Programe as pausas, saídas para o cafezinho, lanches...

Se a sua família entende seu propósito de vida e você realmente vive ele, vão entender e respeitar. Agora se você não está certo do que quer ou se sabota, ninguém vai te respeitar.

5. Empreender

Depois que analisou os custos e chegou no seu preço de venda, é hora de divulgar. Kit para começar: Um bom nome, site, e-mail personalizado, páginas nas mídias sociais e cartão de visita!

Saia de casa para eventos, networking e cursos sempre que possível, isso vai dar credibilidade para o seu negócio.

“Você consegue tudo o que deseja!” Planeje, organize, coloque em prática, valide, mude e nunca desista!

ARTIGO

Sua casa e sua empresa no mesmo lugar! Por Erika Olaf Silva Autodidata e curiosa, ganhadora do Prêmio Decolando com Guarulhos em 2014. Atuei por 11 anos em diversos setores como indústria, comércio, eventos, artesanato, ensino e serviços. Desde 2017 meu trabalho hoje consiste em ajudar os profissionais a entenderem o valor do seu próprio trabalho para que consigam delegar as tarefas operacionais.

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REVISTA PROCOACHING - Edição Especial Coaching de Carreira - Jan a Mar 2019 - página 13

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REVISTA PROCOACHING - Edição Especial Coaching de Carreira - Jan a Mar 2019 - página 14

Maurício Sampaio é educador e um dos principais coaches de carreira do Brasil. Formado em pedagogia, tem pós-graduação em Educação pela PUC-SP e especialização em Pensamento Estratégico e Gestão de Pessoas pela FGV.

Filho de educadora, cresceu no ambiente escolar. Foi diretor pedagógico do colégio Jardim França, em São Paulo, até 2005, quando decidiu compartilhar os seus conhecimentos como orientador vocacional e profissional para além dos muros da escola.

Desde então, Maurício Sampaio conta com mais de 5.000 horas de atendimentos individuais e em grupos que ajudaram pessoas em suas escolhas profissionais, sejam elas para a definição do curso superior, para a mudança de carreira ou para o crescimento em suas áreas de atuação.

Para ampliar o impacto de sua metodologia, fundou em 2006 o Instituto Maurício Sampaio que já formou centenas de coaches de carreira com a mesma missão de cuidar para que as pessoas sejam mais realizadas na vida pessoal, nos negócios, na empresa e na carreira.

Autor best seller, Maurício escreveu os livros “Escolha Certa”, “Influência Positiva”, “Coaching Vocacional” e “Impacto”, referências para jovens, pais, educadores, profissionais e coaches sobre o mundo do trabalho.

Nesta edição, Maurício Sampaio traz quatro artigos com o tema Coaching de Carreira.

01. Os desafios do coaching de carreira

02. Plano de carreira: qual a sua necessidade?

03. Quando seu Coachee está desanimado com o trabalho e pretende mudar. O que fazer?

04. Conflito de Gerações: o papel do coaching.

ESPECIAL

COACHING DE CARREIRA Com Maurício Sampaio

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REVISTA PROCOACHING - Edição Especial Coaching de Carreira - Jan a Mar 2019 - página 15

Os desafios do coaching de carreira

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Acho que não poderia ser diferente iniciar este artigo e inaugurar esta coluna falando dos variados desafios que encontramos no coaching de carreira.

Não tenho dúvida de que as questões relativas à carreira têm um peso considerável. Aliás, essa é uma das maiores dores e que provocam estragos psicológicos nos seres humanos.

Por exemplo, hoje já se fala em “estresse ocupacional” que é um estado em que ocorre desgaste do organismo humano e a diminuição da capacidade de trabalho. Por outro lado, existe o estresse pela falta de ter uma ocupação e, em várias outras ocasiões, como vamos ver neste artigo. Quase sempre temos grandes desafios quando o assunto é carreira.

Eu mesmo vivi alguns desafios em minha carreira. Lembro-me bem da época em que tive que prestar vestibular e escolher uma profissão. Foi muito difícil! Eu iniciei no curso de educação física e depois de um ano decidi pará-lo e, logo em seguida, ingressar na pedagogia. Ali, segui em frente.

São vários momentos em nossa carreira que temos de tomar uma decisão e enfrentar novos desafios, e o processo de coaching pode ajudar muito.

Vamos conhecer alguns desses momentos:

Escolha Profissional - Esse é um momento mais ligado aos desafios de adolescentes e jovens que precisam realizar uma escolha profissional - é aquele garoto(a) que está prestes a deixar o Ensino Médio; também diz respeito aos jovens que estão fazendo um cursinho preparatório e aqueles que desistem dos seus cursos superiores logo nos primeiros anos. O grande desafio aqui é encontrar uma profissão e planejar uma trajetória profissional.

Primeiro Emprego - Essa é uma importante etapa de construção de um futuro profissional, mas cada vez mais esse processo fica doloroso para os iniciantes. Existe muita cobrança e isso gera um estresse emocional. Aqui o grande desafio é desenvolver o potencial e planejar uma carreira de sucesso.

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REVISTA PROCOACHING - Edição Especial Coaching de Carreira - Jan a Mar 2019 - página 16

Conflito de Gerações - Hoje vivemos uma realidade nunca antes vista. Temos até quatro gerações atuando no mesmo espaço, na mesma empresa, e, às vezes, até no mesmo setor. Pessoas com diferentes características e atitudes. O maior desafio aqui é o equilíbrio do relacionamento. Essa é uma frente de trabalho muito promissora para um Coach de Carreira.

Universitários - Todos os anos são formados milhares de universitários em nosso país e no mundo inteiro, porém boa parte não consegue realizar seu sonho de trabalhar em uma grande empresa. A disputa aqui é acirrada, inclusive digo que é mais fácil passar em um bom vestibular do que passar em um processo seletivo. Esse é o desafio maior para um processo de coaching.

Job Searching (Procura de emprego) - Esse desafio esbarra no desafio do Universitário. A grande diferença é que existem muitas pessoas que já se formaram há anos e outras que nem curso superior possuem, mas que buscam um lugar ao sol. Querem ingressar em uma grande empresa.

Transição de Carreira - Segundo algumas pesquisas, hoje só no Brasil, cerca de 80% da população ativa no trabalho está insatisfeita com a sua profissão, com a atual ocupação. Ou seja, são milhares de pessoas pensando em mudar de emprego, mudar de carreira, iniciar um novo estilo de vida, quem sabe empreendendo ou trabalhando por conta própria. Esse é um público bem populoso para um Coach atuar.

Desenvolvimento de Carreira - Assim como existem as pessoas que querem mudar de carreira e promoverem uma transição, existem também aquelas que desejam chegar ao topo dos cargos de sua empresa. São pessoas que querem ter sucesso profissional e na carreira. O grande desafio aqui é contribuir para que elas superem os obstáculos de uma ascensão e também no desenvolvimento de novas habilidades e competências.

Pré e Pós Aposentadoria - Talvez esse seja um dos mais promissores mercados para um Coach de carreira. Segundo pesquisas, nosso país, em poucos anos, vai se tornar um país de pessoas mais velhas. Além disso, essas pessoas vão viver mais e com mais saúde. O grande desafio aqui será criar novos planos de vida e de carreira.

Esportistas - Eu tive a oportunidade de trabalhar ao lado de um atleta olímpico (medalhista) e, em uma conversa, ele foi bem enfático comigo e disse: “grande parte dos atletas se aposentam cedo, mas não possuem um planejamento de carreira. O resultado disso é que eles acabam caindo no mundo das drogas e das bebidas”. E esse é o maior desafio nesse nicho, desenhar um planejamento de uma nova trajetória.

Mulher e Trabalho - Segundo um estudo da Robert Half (renomada empresa especializada em Recrutamento e Seleção), 5% das posições de liderança no Brasil são ocupadas por mulheres. Isso pode parecer pouco, concordo, mas esse cenário vem melhorando. Porém, não é isso que vem ao caso e sim a forma de como as mulheres podem equilibrar a carreira e a vida pessoal. Esse é o grande desafio.

Descarilamento - Costumo brincar que quando um Coach é chamado por conta de um descarrilamento profissional é porque estão vendo o coaching como um remédio para pessoas que não produzem mais como antes. O descarrilamento no mundo profissional significa aquele(a) profissional que era promissor e de repente não “performa” mais como antes. Aí o grande desafio é retomar o mindset do profissional vencedor, rever habilidades e competências necessárias para voltar a evoluir.

Deu para sentir que o nosso desafio de Coach especialista em carreira é grande, mas na mesma proporção é a satisfação de acompanhar o desenvolvimento e o sucesso profissional das pessoas. Sem falar em toda a mudança que ocorre na vida ao redor de um coachee. Isso não tem preço!

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Plano de carreira: qual a sua necessidade?

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Cada vez mais as pessoas encontram-se perdidas frente aos vários desafios de carreira que estão surgindo a cada dia. São robôs que vão ocupar espaço de profissionais experientes, são jovens criando empresas milionárias e bilionárias do dia para noite, são novos modelos de compartilhamento de negócios, fora as competências exigidas pelo mundo do trabalho contemporâneo.

Dentro desse cenário, que mais parece o “caos profissional”, surge uma pergunta: vale a pena fazer um plano de carreira em um mundo onde as coisas estão mudando muito rápido?

A resposta é sim, vale a pena. Um plano de carreira pode trazer vários benefícios, como:

Facilitar a escolha e o direcionamento de uma atividade profissional e de uma carreira;

Facilitar os processos de decisões nas várias etapas de uma carreira;

Clarificar as metas e os objetivos;

Promover o empoderamento e o controle da própria carreira;

Contribuir para a geração de novas estratégias.

Os benefícios são muitos, mas o fato é que já está difícil tendo um bom planejamento, sem ele as chances de se dar bem profissionalmente diminuem bastante.

Um outro ponto bastante discutido é: quem deve fazer um plano de carreira, a empresa ou seus colaboradores? Já se foi o tempo em que as empresas faziam planos de carreira para seus funcionários, hoje essa tarefa é compartilhada. Parte é oferecida pela empresa através de treinamentos, palestras, processo de coaching e outros e, uma boa parte, o profissional deve correr atrás.

Mas como iniciar um plano de carreira? Essa é a maior dificuldade das pessoas e provavelmente, você, Coach, vai sentir isso do seu Coachee. Um plano é um documento formal, com informações relevantes. Para existir um plano, precisa existir papel e caneta. Um plano bem feito é escrito, registrado, avaliado e reavaliado constantemente.

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REVISTA PROCOACHING - Edição Especial Coaching de Carreira - Jan a Mar 2019 - página 19

Costumo falar sobre a “síndrome da beira da cama”. Funciona assim: ao acordar muitas pessoas sentam na beira de suas camas e começam sonhando com tudo o que gostariam de realizar em suas vidas em um determinado espaço de tempo. Porém, essas mesmas pessoas levantam, tomam um banho e um café da manhã corrido e já iniciam na rotina do trabalho, que quase sempre é uma rotina de apagar incêndio, nada planejada.

No dia seguinte, essas mesmas pessoas retomam esse ritual da beira da cama, mas aí vem o pior, os sonhos continuam e mais alguns são incrementados. E assim, essas pessoas passam anos de suas vidas, apenas sonhando na beira da cama e não conseguem realizar nada do que desejam.

Isso acontece porque não estão acostumadas e nem foram educadas para realizar planos por escrito. Na formação básica aprenderam matemática, português, história, geografia e outras matérias apenas para passar de ano. Por esse motivo que não as julgo, até porque já fiz parte dessa estatística de pessoas que sofrem da “síndrome da beira da cama”.

Juntando o conceito de plano e o conceito de carreira, que é um conjunto de estágios estruturados e planejados ao longo de um tempo, é que temos o conceito de um plano de carreira.

O plano de carreira então deve ser algo formalizado e não somente estar na cabeça de uma pessoa. O plano de carreira deve ser desenvolvido em etapas e por último e o mais importante, um plano de carreira deve ser elaborado por quem vai aplicá-lo. No máximo pode existir uma pessoa que contribua para a sua construção e operacionalização, e essa pessoa pode ser o Coach de Carreira.

Um bom plano de carreira deve ter algumas finalidades:

Dar foco e direcionamento: nesse item muitas pessoas pecam, são peritas em desviar do que é prioridade.

Facilitar a direção ou correção do rumo profissional: isso significa que tanto para quem está iniciando, como para quem está em desenvolvimento profissional, um bom plano deve contribuir para o desenho mais claro do caminho a seguir.

Dar uma maior segurança e autonomia: o plano deve ajudar para que as pessoas se sintam mais seguras, principalmente quando as interferências internas e externas surgirem. Além disso, deve promover a autonomia, ou seja, a capacidade de iniciar um novo processo de planejamento ou replanejamento por conta própria.

Aos Coaches cabe a mediação entre o que de fato se deseja - explorando estratégias, definindo metas e conquistas de objetivos, como também, cabe a condução de um processo desafiante e prazeroso.

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Quando seu Coachee está desanimado com o trabalho e pretende mudar. O que fazer?

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Hoje não são poucas as pessoas que estão desanimadas com o seu trabalho. Para uma maioria expressiva ele não tem mais sentido, é frustrante e desgastante.

E isso não é apenas uma questão que diz respeito somente ao povo brasileiro, essa epidemia é mundial. Uma pesquisa recente, realizada pela Gallup, uma empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos, fundada em 1930 pelo estatístico George Gallup, com cerca de 230 mil trabalhadores em 142 países, mostrou que apenas 13% dos entrevistados estão de fato comprometido com o trabalho.

Já no Brasil, o ISMA (International Stress Management Association), a mais antiga e respeitada associação, sem fins lucrativos e a única com caráter internacional voltada à pesquisa e ao desenvolvimento da prevenção e do tratamento de stress no mundo, detectou que cerca de 72% da

população brasileira, ativa no trabalho, está insatisfeita.

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Por um lado são números alarmantes, por outro, para você Coach, isso pode representar uma grande oportunidade.

Agora eu sei que a pergunta que pode estar neste momento, passando pela sua cabeça, é: “Maurício, mas como realizar um processo de coaching com essas pessoas?”.

Bom, o primeiro passo é identificar quem são essas pessoas. Por exemplo, hoje nós temos executivos, de alto escalão, que não aguentam mais os seus trabalhos e procuram por algo a mais; estão atrás de alguma coisa que dê um novo sentido as suas vidas.

Ao mesmo tempo temos profissionais, em outras camadas, que também querem encontrar algo que lhes dê prazer. Estar descontente não tem nada a ver com a condição social ou hierárquica corporativa. Temos que sempre lembrar, em um processo de coaching, que estamos lidando com pessoas.

Outro ponto muito importante é entender a verdadeira razão do descontentamento. Muitas pessoas acabam promovendo uma mudança profissional sem identificar de fato o motivo para tal. Não sabem dizer se é por conta de seus chefes, por conta da empresa e seus valores ou por conta de uma escolha profissional errada feita no passado.

Muitas vezes essas pessoas tomam decisões precipitadas e erradas e acabam pagando caro por isso.

Identificar o real motivo de realizar uma mudança faz total diferença para realizar um programa de coaching com mais assertividade. São situações diferentes e que exigem estratégias diferentes de trabalho.

O dinheiro também é um item preocupante nesse processo e, aqui, algumas situações podem acontecer. A primeira é você se deparar com um Coachee que está bem profissionalmente, tem muitos benefícios, um ótimo salário e está infeliz. O maior problema

nesse caso é que, geralmente, esse tipo de pessoa cria um passivo familiar muito grande.

Na maioria das vezes essas pessoas possuem um carro do ano, uma casa na praia ou no campo, investe alto na educação dos seus filhos e na segurança familiar. Porém, elas se encontram em um ciclo vicioso do dinheiro. Não conseguem ou apresentam dificuldade de promover uma mudança em função das circunstâncias que as cercam. O maior medo delas em mudar é ter que dar alguns passos para trás financeiramente.

Existem as pessoas que estão do lado oposto, estão com foco totalmente no dinheiro. Ainda não construíram uma fortuna e suas escolhas se baseiam somente nisso. Geralmente essas pessoas fazem suas escolhas profissionais com base no mercado e não com base naquilo que são capazes nem com foco no propósito de suas vidas. No geral, se encontram nesse grupo os mais jovens.

Em ambos os casos os desafios para nós, Coaches, são enormes. Dentre eles:

Promover uma clarificação do futuro;

Desenvolver um plano de ações;

Trabalhar um novo “Mindset”, uma nova forma de pensar sobre trabalho;

Incentivar pesquisas de campo;

Desenvolver o autoconhecimento, tarefa essa tão negligenciada pela humanidade, principalmente na base do nosso desenvolvimento, nas escolas;

Desenvolver um propósito para o trabalho.

Por falar em propósito no trabalho, cabe aqui finalizar este artigo com uma fala do professor Peter Warr, psicólogo do trabalho, que diz: “Para ficarmos satisfeitos com o trabalho, em geral precisamos acreditar no propósito do que fazemos”.

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Conflito de Gerações: o papel do coaching.

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Não é de hoje que o conflito entre gerações é um assunto que preocupa as empresas e seus líderes. Na verdade, essa história teve início no ano 2000 nos Estados Unidos e na Europa, segundo o professor e pesquisador Joel Dutra e, no Brasil, logo em seguida.

O que o pesquisador descobriu entre outras coisas é que esse movimento no Brasil ocorreu mais tarde por conta das grandes transformações no contexto da sociedade e essa é a forma de se determinar o nascimento de uma geração, quando existem movimentos em massa e marcantes.

Nos Estados Unidos e na Europa, a década de 80 foi bem conturbada, com transformações culturais profundas, consolidação da globalização, entrada de novos players (Japão e Tigres asiáticos), extinção da União Soviética e com a queda do muro de Berlim.

No Brasil, entramos os anos 80 com um governo militar e um país fechado economicamente. Assim, um brasileiro que nasceu nos anos 80 tem a mesma cabeça que de um europeu ou americano que veio ao mundo na década de 70.

No início dos anos 90, após um período de mudanças é que começaram a emergir as novas gerações com ideias mais democráticas e de mudanças. A primeira geração foi a geração Y que entrou com carga total e cheia de novas ideias no mercado e, na sequência, a geração Z, mais acostumada e familiarizada com as novas tecnologias.

Para as empresas e seus líderes foi um choque ter de lidar com as diferentes gerações em um mesmo ambiente de trabalho. No princípio, os jovens foram mal vistos e intitulados de prepotentes, filhinhos de papai, contestadores e aí vai...

Mas, o fato é que hoje essa turma já está ocupando uma grande parcela do mercado de trabalho e junto a eles profissionais de gerações mais antigas e com visões e ideologias de vida diferentes.

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A pergunta que fica é: como fazer com que um ambiente com diferentes pessoas e de diferentes gerações fique harmônico e produtivo?

Muitas empresas e líderes têm recorrido a ajuda de profissionais especializados no tema: consultores, mentores e coaches. Nesses profissionais depositam a esperança de uma harmonização e no resultado de um trabalho que traga bons frutos.

Para nós, Coaches, cabem as perguntas: Qual o nosso papel frente a esse desafio? Como podemos auxiliar nessa harmonização? Como podemos integrar pessoas e ideologias de vidas distintas? Como fazer com que esse choque de gerações resulte em frutos para a empresa que nos contrata?

Ao meu ver, existem três pontos que são importantes a serem trabalhados nesse processo:

O primeiro é o reconhecimento entre as partes. Quem se reconhece, se aceita e aceita o próximo da forma que ele é. O processo de autoconhecimento, autoimagem, autoconceito, fazem parte dessa etapa. Cabe, aqui, a habilidade do Coach de promover esse processo com ferramentas corretas e muito diálogo.

O segundo ponto a ser trabalhado é a conexão. Quais são os pontos que podem conectar as diferentes gerações e como isso pode acontecer? Talvez sejam pontos de troca – o mais jovem entra com a tecnologia e o mais velho entra com a sabedoria. Promover esses pontos de contato e troca é muito importante para o processo ser efetivo. Há alguns anos atrás fui chamado para assistir uma palestra em um congresso de CEOs e pasmem, muitos desses profissionais que palestraram diziam não ter tempo e nem paciência para conversar com os mais novos.

O terceiro e último ponto diz respeito ao compartilhamento de propósitos, objetivos e metas. Está cada vez mais claro nas pesquisas realizadas com os jovens que eles cada vez mais querem se sentirem parte do processo e isso diz respeito a compartilhar visões e conquistas.

Trabalhar nesse alinhamento pode ser o grande trunfo para que um processo de coaching com as diferentes gerações possa ter resultados positivos.

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