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Sumário Executivo A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) é uma das pioneiras no uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (ICTs), em Moçambique. Em 1992, adoptou a sua primeira Política de Informática e um plano de acção para a sua implementação. Decorrente deste Plano, a UEM introduziu a Internet em Moçambique em princípios de 1993 e deu início ao estabelecimento das primeiras infra-estruturas e sistemas de informação. Em 1998, a UEM fez uma ligeira actualização da Política de Informática que, embora não tenha sido aprovada pelo Conselho Universitário, serviu de guião para o actual estágio das ICTs na UEM. Em 1999, a UEM adoptou o seu Plano Estratégico. Não obstante o facto do Plano Estratégico ter sido acompanhado por um plano operacional, o papel da Informática na sua execução (do Plano Estratégico) não foi analisado à altura da sua importância, com profundidade e rigor. Assim, em muitos dos objectivos estratégicos, a Informática pode desempenhar um papel importante na sua plenitude, em particular no que se refere à melhoria dos processos de ensino e aprendizagem, investigação e gestão universitária. Porém, não obstante a infra- estrutura de informática da UEM ser uma das mais evoluídas do sector académico e estatal moçambicano, continua insatisfatória, em termos de quantidade e qualidade, para servir de plataforma de suporte às actividades da instituição. Embora docentes, estudantes e funcionários da UEM gastem parte significativa do seu dia-a-dia de trabalho no computador, a área de ensino e aprendizagem constitui aquela que menos se beneficia do orçamento de investimento e de funcionamento. A comunidade académica é solicitada a reflectir sobre o papel que a Informática deverá desempenhar, se se pretender que a UEM continue na vanguarda como centro de produção de conhecimento e de formação de quadros que vão liderar os processos de desenvolvimento económico e social do País. Dentre as questões-chave para reflexão, destacam-se as seguintes: Que papel a informática poderá ter na gestão universitária, investigação, ensino e aprendizagem quando a UEM possuir 30.000 estudantes não só em Maputo mas, em todo o território nacional? Que infra-estrutura informática a UEM precisa numa situação em que o mundo é caracterizado pela integração tecnológica? A UEM precisa de uma infra-estrutura tecnológica apropriada para transporte de dados, voz e imagem num único meio de transmissão, tendo em conta que, no futuro, o computador vai servir de telefone do mesmo modo que o telefone móvel será também um computador. Esta Política e Plano Estratégico para as ICTs representam o primeiro exercício para o desenvolvimento de uma política e plano de acção, alinhados com os objectivos estratégicos do Plano Estratégico da UEM, apresentando os fundamentos para o desenvolvimento de infra-estruturas e sistemas de informação e estabelecendo formas de garantir a correcta gestão e manutenção dos recursos informáticos existentes ou a serem adquiridos na UEM. Esta é apenas uma visão de cinco anos que deve, mesmo dentro deste período, ser considerada flexível e passível de ser ajustada se assim se julgar necessário. Espera-se que, deste modo, se melhore a maneira como a universidade se deve encarregar de realizar a sua missão. Plano Estratégico de ICTs da Universidade Eduardo Mondlane, Maio 2006 i

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Sumário Executivo A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) é uma das pioneiras no uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (ICTs), em Moçambique. Em 1992, adoptou a sua primeira Política de Informática e um plano de acção para a sua implementação. Decorrente deste Plano, a UEM introduziu a Internet em Moçambique em princípios de 1993 e deu início ao estabelecimento das primeiras infra-estruturas e sistemas de informação. Em 1998, a UEM fez uma ligeira actualização da Política de Informática que, embora não tenha sido aprovada pelo Conselho Universitário, serviu de guião para o actual estágio das ICTs na UEM. Em 1999, a UEM adoptou o seu Plano Estratégico. Não obstante o facto do Plano Estratégico ter sido acompanhado por um plano operacional, o papel da Informática na sua execução (do Plano Estratégico) não foi analisado à altura da sua importância, com profundidade e rigor. Assim, em muitos dos objectivos estratégicos, a Informática pode desempenhar um papel importante na sua plenitude, em particular no que se refere à melhoria dos processos de ensino e aprendizagem, investigação e gestão universitária. Porém, não obstante a infra-estrutura de informática da UEM ser uma das mais evoluídas do sector académico e estatal moçambicano, continua insatisfatória, em termos de quantidade e qualidade, para servir de plataforma de suporte às actividades da instituição. Embora docentes, estudantes e funcionários da UEM gastem parte significativa do seu dia-a-dia de trabalho no computador, a área de ensino e aprendizagem constitui aquela que menos se beneficia do orçamento de investimento e de funcionamento. A comunidade académica é solicitada a reflectir sobre o papel que a Informática deverá desempenhar, se se pretender que a UEM continue na vanguarda como centro de produção de conhecimento e de formação de quadros que vão liderar os processos de desenvolvimento económico e social do País. Dentre as questões-chave para reflexão, destacam-se as seguintes:

• Que papel a informática poderá ter na gestão universitária, investigação, ensino e aprendizagem quando a UEM possuir 30.000 estudantes não só em Maputo mas, em todo o território nacional?

• Que infra-estrutura informática a UEM precisa numa situação em que o mundo é caracterizado

pela integração tecnológica? A UEM precisa de uma infra-estrutura tecnológica apropriada para transporte de dados, voz e imagem num único meio de transmissão, tendo em conta que, no futuro, o computador vai servir de telefone do mesmo modo que o telefone móvel será também um computador. Esta Política e Plano Estratégico para as ICTs representam o primeiro exercício para o desenvolvimento de uma política e plano de acção, alinhados com os objectivos estratégicos do Plano Estratégico da UEM, apresentando os fundamentos para o desenvolvimento de infra-estruturas e sistemas de informação e estabelecendo formas de garantir a correcta gestão e manutenção dos recursos informáticos existentes ou a serem adquiridos na UEM. Esta é apenas uma visão de cinco anos que deve, mesmo dentro deste período, ser considerada flexível e passível de ser ajustada se assim se julgar necessário. Espera-se que, deste modo, se melhore a maneira como a universidade se deve encarregar de realizar a sua missão.

Plano Estratégico de ICTs da Universidade Eduardo Mondlane, Maio 2006 i

Abreviaturas e Acrónimos

AHM – Arquivo Histórico de Moçambique

CEA – Centro de Estudos Africanos

CIS – Course Information Systems (Sistema de Informação de Cursos)

CIUEM – Centro de Informática da Universidade Eduardo Mondlane

CTA – Corpo Técnico e Administrativo

DAP – Direcção de Administração de Património e Meios Materiais

DFin – Direcção de Finanças

DSD – Direcção de Serviços de Documentação

DSS – Direcção de Serviços Sociais

DVD – Digital Versatile Disc

GIU – Gabinete de Instalações Universitárias

ICT – Information and Communication Technology (Tecnologias de Informação e Comunicação)

IP – Internet Protocol

LAN – Local Area Network (Rede de Área Local)

MHN – Museu de História Natural

PARPA – Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta

SIP – Sistema Integrado de Planificação

SIRHUS – Sistema de Informação de Recursos Humanos e Salários

SWOT – Strengthens, Weaknesses, Opportunities and Threats (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças)

UEM – Universidade Eduardo Mondlane

VoIP – Voice over Internet Protocol

Plano Estratégico de ICTs da Universidade Eduardo Mondlane, Maio 2006 ii

Plano Estratégico de ICTs da Universidade Eduardo Mondlane, Maio 2006 i

Glossário

Backbone – espinha dorsal, designação que se refere à parte principal que transporta tráfego muitas vezes concentrado através da LAN.

DVD - Digital Versatile Disc (antes denominado Digital Video Disc). Contém informações digitais, com uma maior capacidade de armazenamento que o CD áudio ou CD-ROM, devido a uma tecnologia de compressão de dados.

EMUnet backbone – espinha dorsal da infra-estrutura de dados e voz da UEM construída na base de rede de fibra óptica e wireless.

Ethernet - tecnologia de interconexão para redes locais - Local Area Networks (LAN) - baseada no envio de pacotes. Ela define o cabeamento e sinais eléctricos para a camada física, e formato de pacotes e protocolos para a camada de controlo de acesso ao meio (Media Access Control - MAC) do modelo OSI. A Ethernet foi padronizada pelo IEEE como 802.3.

Gateway - ponto de saída de uma rede para outra. No contexto deste documento, refere-se à ligação da rede da UEM para a rede Internet.

LAN – uma rede de dados que cobre uma área geográfica significativamente pequena.

Site link – designação para indicar o ponto terminal que liga uma rede local ao backbone de wireless.

VoIP – Voice over IP, a forma de transportar uma conversação telefónica usando o protocolo de dados IP.

WAN - uma rede de dados que cobre uma área geográfica grande.

Wireless - redes que utilizam sinais de rádio para a sua comunicação. As redes locais sem fio, também conhecidas como WLAN’s, são especificadas por órgãos internacionais como o IEEE na série 802.11, onde se encontra o Wi-Fi (802.11b).

Plano Estratégico de ICTs da Universidade Eduardo Mondlane, Maio 2006 ii

INDICE SUMÁRIO EXECUTIVO........................................................................................................................................................................................ I ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS ................................................................................................................................................................................II GLOSSÁRIO .......................................................................................................................................................................................................... I

CAPITULO I: AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA UEM ......................................................................4 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................................................................5 2. TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NOS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM, INVESTIGAÇÃO E GESTÃO UNIVERSITÁRIA................9 3. SITUAÇÃO ACTUAL DA INFORMÁTICA NA UEM ...................................................................................................................................................12

3.1 Infra-estrutura....................................................................................................................................................................................12 3.1.1 Gateway para Internet ...............................................................................................................................................................12 3.1.2 Backbone de Fibra Óptica..........................................................................................................................................................12 3.1.3 Redes Locais ...............................................................................................................................................................................13 3.1.4 Rede Wireless ............................................................................................................................................................................15

3.2 Sistemas de Informação e Conteúdos ................................................................................................................................................15 3.2.1 Sistemas de Informação de gestão.............................................................................................................................................16 3.2.2 Produção de Conteúdos em forma electrónica ...........................................................................................................................19

3.3 Capacidade Humana .........................................................................................................................................................................19

CAPITULO II: PLANO ESTRATÉGICO DE ICT’S ................................................................................................................20 1. VISÃO...........................................................................................................................................................................................................21 2. MISSÃO ........................................................................................................................................................................................................21 3. VALORES OU PRINCÍPIOS .................................................................................................................................................................................21 4. OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS.............................................................................................................................................................................21

CAPITULO III: POLÍTICA DE INFORMÁTICA DA UEM.......................................................................................................24 1. RESPONSABILIDADE PELA INFRA-ESTRUTURA ........................................................................................................................................................25 2. RESPONSABILIDADE PELOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DE GESTÃO .......................................................................................................................26 3. RESPONSABILIDADE PELOS CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ....................................................................................................................26 4. PADRONIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS INFORMÁTICOS........................................................................................................................26 5. FORMAS DE PROCUREMENT DE BENS E SERVIÇOS INFORMÁTICOS..........................................................................................................................27 6. ORÇAMENTOS E ALOCAÇÃO DE FUNDOS PARA AS ICTS ......................................................................................................................................27 7. PARTILHA DE RECURSOS NOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DE GESTÃO PARA A UEM................................................................................................27 8. PRESERVAÇÃO DE DADOS ................................................................................................................................................................................28

CAPITULO IV: PLANO DE ACÇÃO ..............................................................................................................................29 1. LABORATÓRIOS MULTIMÉDIA ............................................................................................................................................................................33 2. PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS EM FORMA ELECTRÓNICA .........................................................................................................................................34 3. ENSINO E APRENDIZAGEM BASEADOS EM ICTS ...................................................................................................................................................35 4. UM ESTUDANTE UM COMPUTADOR ...................................................................................................................................................................36 5. APOIO AO DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS ....................................................................................................................................37 6. BACKBONE DE MAIOR DISPONIBILIDADE PARA A UEM ..........................................................................................................................................38 7. OPEN ACCESS (WIRELESS)...............................................................................................................................................................................39 8. REDES RESIDENCIAIS ........................................................................................................................................................................................40 9. ARQUIVO DIGITAL E DATA CENTRE....................................................................................................................................................................41 10. SISTEMA DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS ................................................................................................................................................42 11. SISTEMA DE EXAMES DE ADMISSÃO .................................................................................................................................................................43 12. SISTEMA DE REGISTO ACADÉMICO ..................................................................................................................................................................44 13. SISTEMA DE GESTÃO DE PATRIMÓNIO .............................................................................................................................................................45 14. SISTEMA DE BIBLIOTECAS ...............................................................................................................................................................................46 15. SISTEMA INTEGRADO DE PLANIFICAÇÃO ..........................................................................................................................................................47 16. NORMAS DE ACESSO E UTILIZAÇÃO DE ICTS ....................................................................................................................................................48

CAPITULO V: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................................50

Lista de Tabelas

Tabela 1: Equipamento de rede existente nas Faculdades e Serviços da UEM.

Tabela 2: Sistemas de Informação de Gestão existentes na UEM.

Tabela 3: Projectos previstos no âmbito do Plano de Acção (2007-2011).

Tabela 4: Estimativa do orçamento do projecto Laboratórios Multimédia.

Tabela 5: Estimativa do orçamento do projecto Produção de Conteúdos em Forma Electrónica.

Tabela 6: Estimativa do orçamento do projecto Ensino e Aprendizagem baseado em ICTs.

Tabela 7: Estimativa do orçamento do projecto Um Estudante Um Computador.

Tabela 8: Estimativa do orçamento do projecto Apoio ao Desenvolvimento de Recursos Humanos.

Tabela 9: Estimativa do orçamento do projecto Backbone de maior disponibilidade para a UEM.

Tabela 10: Estimativa do orçamento do projecto Open Access (Wireless).

Tabela 11: Estimativa do orçamento do projecto Redes Residenciais.

Tabela 12: Estimativa do orçamento do projecto Arquivo Digital e Data Center.

Tabela 13: Estimativa do orçamento do projecto Sistema de Recursos Humanos.

Tabela 14: Estimativa do orçamento do projecto Sistema de Exames de Admissão

Tabela 15: Estimativa do orçamento do projecto Sistema de Registo Académico.

Tabela 16: Estimativa do orçamento do projecto Sistema de Gestão de Património.

Tabela 17: Estimativa do orçamento do projecto Sistema de Bibliotecas. Lista de Anexos

Anexo 1: Esquema da rede de fibra óptica no Campus Principal Anexo 2: Esquema da Rede wireless que interliga os diversos edifícios da UEM.

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As Tecnologias de Informação e Comunicação na UEM

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CAPITULO I: AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA UEM

1. Introdução

A Universidade Eduardo Mondlane é uma pessoa colectiva de direito público, dotada de personalidade jurídica e goza de autonomia científica, pedagógica e administrativa. São objectivos gerais da UEM a formação superior, a investigação e a extensão. Na realização desses objectivos, a UEM prossegue, nomeadamente, os seguintes fins:

1. Formar profissionais com alto grau de qualificação técnica e científica, capazes de participar activamente no desenvolvimento do país.

2. Desenvolver a consciência deontológica e brio profissional. 3. Promover nos estudantes um espírito crítico e autocrítico, o gosto pelo estudo, pesquisa e trabalho

e atitude de auto-estima. 4. Realizar acções de actualização dos conhecimentos dos quadros e graduados de nível superior, de

acordo com o progresso da arte, ciência e técnica e com as necessidades nacionais. 5. Promover e incentivar a investigação científica, estudar as aplicações da ciência e da técnica nas

áreas de desenvolvimento do país e divulgar os seus resultados. 6. Realizar actividades de extensão e difundir a cultura, ciência e a técnica no seio da sociedade

moçambicana, sistematizar e valorizar as contribuições de outros sectores nas mesmas áreas. 7. Estabelecer relações de intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições nacionais e

internacionais. A Universidade Eduardo Mondlane tem, actualmente, 10 Faculdades e 3 Escolas Superiores. As Faculdades encontram-se localizadas em diversos pontos da Cidade de Maputo, das quais 5 no Campus Principal. As Escolas Superiores encontram-se situadas em Maputo, Cidade de Inhambane e em Quelimane. A UEM possui ainda um curso de Direito que é leccionado na Faculdade de Direito em Maputo, com extensão na Cidade da Beira. Para além destas unidades orgânicas, a UEM possui outras unidades orgânicas vocacionadas para a investigação e prestação de serviços, como são os casos do Arquivo Histórico de Moçambique (AHM), Museu de História Natural (MHN), Centro de Estudos Africanos (CEA), Centro de Informática da UEM (CIUEM), Centro de Electrónica e Instrumentação (CEI), Centro de Estudos Industriais, Segurança e Ambiente (CEISA), Centro de Biotecnologia (CB-UEM), Académica - Centro de Desenvolvimento de Desporto e de Educação Física, Direcção de Cultura, estes directamente dependentes do Reitor, Centro de Estudos da População (CEP), Centro de Práticas Jurídicas, Centro de Biologia Marinha, Centro de Desenvolvimento de Recursos Humanos, Centro de Estudos de Habitat. Há ainda diferentes Serviços Centrais, a destacar a Direcção de Serviços de Documentação (DSD) que faz a gestão de milhares de títulos bibliográficos, cuja conservação e utilização exigem a aplicação das novas tecnologias de informação, ocorrendo o mesmo com a Direcção de Serviços Sociais (DSS) cuja missão é a gestão de residências universitárias (actualmente em número de oito e com tendências para aumentar), restaurantes, bolseiros e sua saúde, dentre outras funções. A gestão pedagógica e científica a nível central é repartida pelas Direcções Pedagógica e Científica, para a Direcção de Registo Académico se ocupar de assuntos estudantis, nomeadamente, a organização e realização de matrículas, inscrições, registo e arquivo do aproveitamento pedagógico, e gestão de bolsas de estudos. Os membros dos Corpo Técnico e Administrativo devem ser, devidamente, geridos de modo a que os seus direitos sejam salvaguardados e o exercício dos seus deveres convenientemente controlado. Essa missão é assegurada pela Direcção de Recursos Humanos, tarefas que são executadas em coordenação com outros serviços e unidades orgânicas. Actualmente, a UEM possui 2.394 membros do CTA e 1.197 docentes. Os fundos financeiros destinados a assegurar a realização de gastos correntes e investimentos, pela sua dimensão e complexidade, tanto no volume como no que se refere à sua origem, exigem o emprego ou utilização de novas tecnologias aplicadas à gestão. Esta não é só tarefa da Direcção de Finanças, mas também das unidades orgânicas e serviços que utilizam tais fundos. O Bairro Residencial Universitário (BRU), os Prédios da ISATEX e da Av. Vlademir Lénine, destinados a acomodar docentes e membros dos Corpo Técnico e Administrativo (CTA), são parte do património da instituição cuja gestão deverá ser feita em moldes modernos. Pela primeira vez no país, uma instituição do Estado instituiu uma Fundação, a Fundação Universitária (FU), como pessoa jurídica distinta da instituidora.

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No que concerne ao número de estudantes, este é da ordem de 13.000. Se o actual nível de crescimento se mantiver em 5 anos, portanto, o período de vigência deste plano, a UEM terá uma população estudantil de cerca de 20.000 estudantes. O crescimento da população universitária, a dispersão geográfica na Cidade de Maputo e a expansão para outras províncias coloca desafios acrescidos à UEM em termos de gestão das ICTs.

1.1 Finalidade da UEM

A Universidade Eduardo Mondlane tem como unidades orgânicas Faculdades, Escolas Superiores, Centros, Arquivo Histórico de Moçambique, Museu de História Natural e outras atrás já menciondas. Os centros estruturam-se por domínios científicos específicos, tendo como funções a investigação, a prestação de serviços à UEM e à comunidade, apoio à extensão e a colaboração no ensino ministrado pelas Faculdades e Escolas Superiores. É neste âmbito que se situam as atribuições do Centro de Informática da Universidade Eduardo Mondlane (CIUEM), impondo-se-lhe a tarefa de desenvolver a Política de Informática e a respectiva Estratégia de Implementação.

A Universidade Eduardo Mondlane empenha-se em ser uma instituição de excelência no domínio da educação, ciência, cultura e tecnologia, educando para a vida os profissionais que capacita e assumindo responsabilidades no processo de inovação e transferência de conhecimento e no desenvolvimento sustentável.

A Universidade Eduardo Mondlane pugna pela sua integração e afirmação na comunidade científica mundial e por ser agente e objecto activo de mudanças e transformações da sociedade.

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Para cumprir esta missão, a UEM norteia-se pelos seguintes princípios e propósitos:

1. Gestão eficiente num contexto de autonomia universitária.

2. Prática democrática, respeitando a independência intelectual e a liberdade académica.

3. Desenvolvimento, valorização e utilização racional dos seus recursos, tanto humanos como materiais.

4. Adequação constante dos curricula aos avanços da ciência e da técnica e à realidade nacional e

regional.

5. Reflexo das necessidades e perspectivas nacionais e regionais de desenvolvimento nas actividades de

investigação, extensão e ensino.

6. Aumento do número de ingressos e das taxas de sucesso escolar e de graduação, através do

desenvolvimento de novos métodos de ensino e de avaliação.

7. Apoio e cooperação com os diferentes subsistemas do Sistema Nacional de Educação.

8. Garantia de equidade em todas as acções com respeito pela diversidade cultural, étnica, racial,

religiosa e de género.

9. Que a condição económica e social não constitua uma limitante no acesso aos seus cursos.

10. Promoção da educação cívica, ética e social.

11. Promoção de espírito académico, crítico e científico, bem como de brio profissional.

12. Intensificação da ligação e da cooperação com o sector produtivo nacional e com a comunidade.

13. Fortalecimento e alargamento da cooperação regional e internacional.

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1.2 Plano Estratégico da UEM

A Universidade Eduardo Mondlane tem desenvolvido, desde sempre, planos prospectivos e de desenvolvimento com os quais procura marcar rumos e antever o seu futuro e as suas necessidades. Foi com base nesses exercícios de planificação que a UEM foi crescendo quantitativa e qualitativamente, tendo hoje uma posição conceituada, privilegiada e de respeito não só na sociedade moçambicana como também no estrangeiro. Em 1999, a UEM realizou um exercício de planeamento estratégico do qual resultaram os seguintes objectivos estratégicos:

1. Atingir eficiência administrativa e de gestão num contexto de autonomia universitária. 2. Assegurar excelência e qualidade. 3. Desenvolver a sustentabilidade financeira. 4. Desenvolver a planta física. 5. Estabilizar e desenvolver os recursos humanos. 6. Aumentar o número de ingressos. 7. Melhorar as condições sociais. 8. Garantir a equidade de género. 9. Desenvolver a cooperação nacional e internacional. 10. Estimular e promover o ambiente académico. 11. Publicitar e divulgar a imagem da UEM. 12. Garantir a continuidade do processo de planificação estratégica.

A presente Política de Informática e o Plano Estratégico das Tecnologias de Informação e Comunicação têm como objectivo fazer com que as tecnologias de informação e comunicação sirvam de suporte na implementação dos objectivos estratégicos previstos naquele plano.

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2. Tecnologias de Informação e Comunicação nos Processos de Ensino e Aprendizagem, Investigação e Gestão Universitária Muitas questões se levantam na aplicação das tecnologias de informação e comunicação nos processos de ensino e aprendizagem, investigação e gestão universitária. Talvez a primeira questão a ser colocada seja: porquê se utilizam as tecnologias de informação e comunicação? Existem várias razões pelas quais as tecnologias de informação e comunicação são introduzidas. A mais importante é a melhoria que as ICTs podem trazer nos processos de ensino e aprendizagem, investigação e na gestão universitária. No ensino superior, o aumento do número de estudantes tem provocado mudanças importantes na organização do ensino e aprendizagem e na própria avaliação, uma vez que este não tem sido acompanhado do respectivo aumento do pessoal que participa no processo de ensino. Como consequência, novos métodos são adoptados, cabendo às ICTs o papel de aliviar a pressão que recai sobre esse pessoal, agora obrigado a enfrentar turmas numerosas e cada vez com menos tempo para lidar com o estudante individualmente. Uma segunda e importante razão da aplicação das ICTs na aprendizagem é a capacidade de aperfeiçoar a aprendizagem dos estudantes, por forma a proporcionar aos estudantes oportunidades de desenvolver capacidades e competências de uma maneira independente. Existem muitas formas de aplicação das ICTs no processo de ensino e aprendizagem, como por exemplo, para melhorar o rendimento do aluno, usando módulos de software, como a folha de cálculo, bases de dados e processadores de texto, que permitem actualizar dados e informações, a pesquisa individual nas bases de dados ou ainda comunicar com outros estudantes ou interessados que trabalham em áreas similares. A aplicação das tecnologias de informação e comunicação na recolha e transmissão de informação permite também a sua utilização como intermediária na aprendizagem, através do uso do computador, quer no ensino à distância, quer na participação directa em seminários, através de redes. No que concerne à gestão universitária, as ICTs permitem diminuir, significativamente, os custos operacionais, na medida em que o seu uso pode racionalizar a mão-de-obra necessária para a realização de actividades, custos de comunicação, consumíveis e espaço de armazenamento de processos. Na investigação, as ICTs permitem o uso de bibliotecas virtuais que facilitam o acesso a jornais electrónicos. A subscrição seria bastante onerosa se fosse feita para os jornais impressos. As ICTs podem representar uma oportunidade para interligar serviços que se encontrem em locais geograficamente separados como é o caso da UEM.

Análise SWOT

A caracterização da UEM (através da análise interna) e das circunstâncias em que ela opera (através da análise externa) permite o desenho de alternativas para explorar as oportunidades e reduzir o potencial das ameaças, utilizando os pontos fortes (forças) e removendo os pontos fracos (fraquezas). Os parágrafos seguintes apresentam, de forma exaustiva, o resultado do exercício de diagnóstico realizado através da análise SWOT:

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Forças

• o facto da UEM possuir algum parque informático interligado através de redes amplas (WANs) e locais (LANs);

• a existência de pessoal experiente e capacitado na instituição que foi exposto à utilização das ICTs no processo de sua formação e que, muitas vezes, foi feita no exterior;

• a existência de pessoal com grande interesse em aprender e trabalhar; • a existência na UEM de uma unidade que se dedica, exclusivamente, às ICTs com capacidade e

conhecimentos para a planificação, aquisição, implementação e manutenção das ICTs, e com palmarés no mercado nacional;

• o facto da UEM, como instituição de ensino superior, ser pioneira no uso e divulgação das ICTs em Moçambique e na região.

• o facto de o CIUEM como uma unidade profissionalizante da UEM na área de ICTs poder coordenar com o DMI acções concretas na área de formação através de acordos a estabelecer.

Fraquezas

• exiguidade de recursos financeiros para apetrechar os órgãos com meios de transporte, comunicação, e manutenção de equipamentos e serviços de ICTs;

• meios informáticos incapazes de responder à demanda actual da comunidade universitária; • falta de um instrumento orientador (Política de Informática para a UEM); • falta de tempo do pessoal docente para se apropriar das ICTs, o que resulta em fraca

adopção/uso de ICTs para as actividades de ensino, investigação e extensão; • resistência à mudança na adopção de novas tecnologias; • insuficiência de pessoal qualificado para gerir o parque informático da instituição; • o facto da universidade estar dispersa em diferentes locais da Cidade de Maputo e do país.

Oportunidades

• o facto da UEM ser a única instituição do Estado com um forte domínio de ICTs, o que lhe coloca como uma instituição de referência para apoiar o processo de adopção de ICTs na função pública a todos os níveis;

• o facto da utilização das ICTs nas diversas áreas constar de diversos instrumentos nacionais de planificação (PARPA, Programa do Governo, Política de Informática, dentre outros) permite o suporte do plano de desenvolvimento de ICTs da UEM e sua expansão;

• a existência de alguns parceiros internacionais que apoiam programas de ICTs na UEM, o que pode facilitar o desenvolvimento de novos programas de ICTs;

• o prestígio que a instituição possui na sociedade colocando-a como referência para a produção de soluções informáticas;

• o uso das ICTs que pode permitir à UEM aumentar a sua capacidade de divulgação/marketing das suas potencialidades;

• a expansão territorial da UEM que coloca desafios que obrigam a utilização de ICTs, como forma de atenuação e ou de superação da distância, aumentando a capacidade de adopção de soluções adequadas num curto espaço de tempo e com custos reduzidos.

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Ameaças

• o ambiente de competição a nível do mercado de ICTs que reina entre as organizações afins; • o facto da insuficiência de financiamentos; • a ausência de uma política de retenção de pessoal qualificado na área de ICTs; • a existência de outras instituições do ensino superior com políticas claras sobre a utilização de ICTs,

podendo atrair mais investimentos nesta área, por parte de parceiros internacionais, em detrimento da UEM e, consequentemente, reduzir o grau de competitividade desta instituição de ensino no mercado.

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3. Situação actual da Informática na UEM A situação actual das ICTs na UEM pode ser descrita tendo em conta, nomeadamente, a infra-estrutura, os sistemas de informação e a capacidade humana para gerir estas tecnologias.

3.1 Infra-estrutura

A infra-estrutura é constituída pelo Gateway, backbone (espinha dorsal) de fibra óptica, redes locais (LANs) e wireless (sem fio). A seguir, apresenta-se uma descrição sucinta de cada uma destas redes.

3.1.1 Gateway para Internet O acesso à Internet está associado a um dos recursos mais caros na Informática, nomeadamente, a largura de banda. Desde 1994 que a UEM possui o seu próprio Gateway para acesso à Internet, via satélite. Nessa altura, as necessidades da instituição eram ainda muito limitadas, tendo-se começado apenas com uma capacidade total de 64Kbps. Com o crescimento do parque informático e o aumento constante do número de utilizadores, foram sendo feitos também upgrades sucessivos da largura de banda, visando responder à demanda. Neste momento, a UEM beneficia de um financiamento do Banco Mundial para pagar o contrato de fornecimento de largura de banda de 8,5Mbps, à razão de USD23.810,00 por mês, para um período de 2 anos (Jan 2005-Jan 2007). Torna-se por isso necessário prever alternativas de financiamento para o período posterior ao actual contrato, tendo em conta que até lá as necessidades irão certamente aumentar. Na tentativa de reduzir os custos de largura de banda, a UEM está em vias de aderir à iniciativa denominada Bandwidth Consortium, assistida pela Partnership for Higher Education in Africa, visando apoiar algumas universidades africanas em matéria de acesso às fontes de informação de pesquisa usando a Internet. Outra iniciativa importante, neste contexto, é a MoRENet (Mozambique Research and Education Network), que consistirá de uma rede que vai interligar as instituições de ensino e pesquisa, a nível de todo o País. Isto irá permitir que o custo total da largura de banda possa ser negociado pelo conjunto das instituições envolvidas com um único fornecedor. A UEM já tem autorização formal do Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique para explorar a ligação desta futura rede ao cabo submarino de fibra óptica denominado EASSy (Easten Africa Submarine Cable System), a ser instalado brevemente ao longo da costa oriental e austral de África. Portanto, à partida a Universidade Eduardo Mondlane já assegurou uma posição de liderança que deverá ser preservada.

3.1.2 Backbone de Fibra Óptica

A Universidade Eduardo Mondlane possui, em Maputo, dois Campus Principal e o da Faculdade de Engenharia). Nestes locais, a interligação entre os diferentes edifícios que compõem o Campus é feita através do cabo de fibra óptica com largura de banda de 100Mbits, formando o backbone interno nos Campus onde está instalada. Estas infra-estruturas foram instaladas em 1999 para o Campus Principal e em 2001 para o Campus da Faculdade de Engenharia. Do ponto de vista técnico, o backbone do Campus universitário (qual? não está, completamente, operacional pois existem alguns ramais com problemas de equipamento terminal, nomeadamente, em estado de obsolência, devido ao seu tempo de uso. Os edifícios com este tipo de problemas são o Centro de Estudos Africanos (CEA), Direcção de Finanças (DFin), Direcção de Serviços de Documentação (DSD), Imprensa Universitária (IUEM), Gabinete de Instalações Universitárias (GIU) e o novo edifício da Faculdade de Ciências onde funcionam os Departamentos de Química e Física. O backbone da Faculdade de Engenharia tem registado alguns problemas resultantes dos trabalhos de reabilitação da estrutura física dos edifícios, ainda em curso. Os problemas conhecidos hoje referem-se à interrupção da continuidade no cabo de fibra óptica e a avarias de switches. A avaliação final da operacionalidade deste será feita após o fim das obras que têm a sua conclusão prevista para o presente ano. Como forma de evitar danificações que comprometam a operacionalidade do backbone o GIU e a DAP sempre que tiverem que realizar ou adjudicar obras de reabilitação ou construção, deverão solicitar ao CIUEM os mapas actualizados da estrutura da fibra óptica.

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Os anexos 1 e 2 mostram o esquema das redes de fibra óptica no Campus Principal e na Faculdade de Engenharia.

3.1.3 Redes Locais

A UEM possui redes locais de computadores (LANs) com topologia estrela em todos os edifícios onde funcionam os serviços académicos e administrativos. Todas as redes são do tipo Ethernet, a maioria com uma largura de banda de 100Mbits e algumas com 10Mbits, sendo sempre actualizadas para operarem a 100Mbits. Devido ao reduzido orçamento disponibilizado para a instalação de redes locais e ao faseamento não coincidente entre diferentes fontes de financiamento, não foi possível até ao momento estabelecer uma rede estruturada (que inclua dados, voz e energia eléctrica) em qualquer um dos edifícios da UEM, todavia, a infra-estrutura estabelecida é funcional. No geral, todas as LANs funcionam normalmente. Algumas vezes ocorrem interrupções quando o equipamento terminal é danificado devido a flutuações eléctricas. A Tabela 1, mostra a distribuição dos pontos de rede, de voz e de energia eléctrica nas unidades orgânicas e serviços da UEM.

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Tabela 1: Equipamento de rede existente nas faculdades e serviços da UEM

DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO ITEM LOCALIZAÇÂO HUBS SWITCHES SERVIDORES PONTOS

DE REDE FORA DO CAMPUS PRINCIPAL

1. Reitoria 11 1 1 servidor 208 2. Faculdade de Engenharia 22 8 9 servidores 664 3. Museu da História Natural 1 0 1 servidor. 16 4. Faculdade de Veterinária 3 0 1 servidor proxy 64 5. Faculdade de Medicina 6 0 1 servidor proxy 160 6. Faculdade de Arquitectura 2 0 2 servidores proxy 48 7. Faculdade de Direito 4 0 1 servidor proxy 80 8. Escola Superior de Hotelaria e

Turismo de Inhambane 1 0 4 servidores proxy 70

9. Fundação Universitária 1 0 1 servidor proxy 16 10. DSS 3 0 1 servidor proxy 40 11. Direcção de Cultura e Desporto 2 0 0 11 12. Residências 1 1 0 1 servidor proxy 16 13. Residência 2 1 1 1 servidor proxy 16 14. Residência 4 1 1 1 servidor proxy 16 15. Residência 5 0 0 0 16 16. Residência 6/7 2 0 1 48 17. Residência 8 1 0 1 servidor proxy 16 18. Arquivo Histórico de Moçambique 3 0 2 72

CAMPUS PRINCIPAL 19. Faculdade de Letras e C. Sociais 10 1 3 servidores proxy 248 20. Faculdade de Economia 4 0 96 21. Faculdade de Educação 6 1 2 servidores 168 22. Faculdade de Agronomia e

Engenharia Florestal 2 2 1 servidor proxy 96

23. Faculdade de Ciências - Departamento de Biologia

2 0 1 servidor proxy 48

24. Faculdade de Ciências - Departamento de Matemática

6 0 2 servidores proxy 144

25. Comissão de Exames de Admissão 2 1 servidor proxy 48 26. Faculdade de Ciências -

Departamento de Biologia ( Herbário)

0 1 0 24

27. Faculdade de Ciências 8 2 2 servidores proxy 120 28. Centro de Estudos Africanos 2 1 1servidor proxy 48 29. DSD 4 0 0 72 30. Imprensa Universitária 1 1 0 48 31. Faculdade de Educação 2 1 0 48 32. DFIN 2 1 1 servidor 72 33. DAP 2 0 1 servidor 48 34. Central de Comunicações 1 0 0 24 35. GIU 1 1 1 Servidor 48 36. CIUEM 16 376

Total 137 23 45 3369

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3.1.4 Rede Wireless A rede wireless interliga os edifícios da UEM situados fora do Campus Universitário, nomeadamente, as Faculdades de Engenharia, Veterinária, Reitoria, Medicina, Arquitectura e Planeamento Físico, Direito, Fundação Universitária, Arquivo Histórico de Moçambique, Museu de História Natural, DSS, Residências Universitárias (R1, R2, R4, R5, R6/7 e R8). O anexo 2 mostra a rede wireless que interliga os diversos edifícios da UEM. A rede wireless forma o backbone global da UEM, que interliga todas as LANs das Faculdades numa só rede, formando assim a WAN da UEM. Este backbone serve de suporte físico tecnológico para o fornecimento dos serviços de Internet/E-mail à comunidade universitária, com um ponto de saída para a rede Internet localizado no Campus Principal e administrado pelo CIUEM. Esta rede é composta por seis base stations de 11Mbps, também designadas repetidoras e 25 site links de 3Mbps. As base stations formam o backbone para o fornecimento de serviços de Internet/E-mail enquanto o equipamento dos site links constitui o nó de ligação do edifício ou da unidade orgânica ao backbone. O backbone da rede wireless constitui o ponto fraco de fornecimento de serviços de Internet/E-mail às faculdades e unidades fora do Campus devido ao seu funcionamento deficiente. Existem diversos factores que contribuem para o funcionamento deficiente da rede wireless devido ao facto deste ser instalado no exterior dos edifícios. Destacam-se, os seguintes:

- flutuações na rede de energia eléctrica; - elevadas temperaturas e humidade; - descargas atmosféricas; - interferências rádio-eléctricas.

O equipamento foi instalado com todos os requisitos para minimizar os efeitos adversos resultantes dos factores acima mencionados, mas tem sido frequente, sobretudo no período de Verão, ocorrerem diversas avarias no equipamento da rede wireless. Este equipamento é caro e o processo de sua aquisição para substituições, em caso de avaria, tem sido demorada por se tratar de equipamento especializado que os fornecedores nunca possuem em stock. No que diz respeito aos Recursos Humanos, o CIUEM possui pessoal com competências para instalar e manter as redes (LAN, Wireless, fibra óptica), contudo a quantidade de técnicos existente no CIUEM não é suficiente para atender as solicitações da comunidade universitária. Quanto à administração da tecnologia de fibra óptica, importa referir que há necessidade de se formarem mais técnicos de modo a diminuir-se a dependência em relação a outras instituições ou empresas nacionais e estrangeiras ligadas a esta área. A UEM precisa de adoptar uma estratégia que lhe permita instalar capacidade de assistência técnica o mais próximo das unidades orgânicas. Existem, actualmente, apenas 4 Faculdades que possuem assistência e administração local da rede de dados, o que obriga os técnicos de CIUEM a fazerem deslocações constantes para tais locais que ainda não possuem pessoal capacitado para garantir este tipo de suporte. Uma vez que o CIUEM possui poucos técnicos, a qualidade de serviço fornecido à comunidade universitária situa-se muito aquém dos níveis exigidos. A retenção de técnicos competentes é um outro problema que afecta a UEM, pois a maior parte dos técnicos contratados pelos órgãos uma vez capacitados abandonam a instituição.

3.2 Sistemas de Informação e Conteúdos

A UEM em geral e, em especial, as Faculdades, enfrentam grandes dificuldades por não possuírem um sistema integrado de informação que lhes permita gerir, de forma eficiente, os meios físicos e humanos. Os sistemas, actualmente, existentes não abrangem nem satisfazem, de uma maneira geral, as necessidades actuais da UEM. Nem todas as funcionalidades dos sistemas existentes são exploradas na sua totalidade, como são os casos do SIRHUS, DSS, DSD e CIS. Isto deve-se a vários factores, dentre os quais, a falta duma estratégia apropriada para a implementação dos sistemas (análise de requisitos e treinamento) e divulgação não abrangente dos sistemas.

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Não obstante a última Política de Informática da UEM recomendar o uso de plataformas UNIX e ORACLE para os sistemas de informação de gestão, e a centralização desses recursos no CIUEM, nota-se a existência de soluções que não obedecem à recomendação o que resulta na dispersão de meios. Actualmente, cada unidade pode seleccionar, adquirir, manter e administrar os seus próprios sistemas de informação criando redundância de equipamentos e recursos humanos.

3.2.1 Sistemas de Informação de gestão A Universidade Eduardo Mondlane possui os seguintes sistemas de informação de gestão: Tabela 2: Sistemas de Informação de Gestão existentes na UEM.

Órgão Sistema/Aplicação Situação actual Gestão de Alunos da Universidade do Porto Inoperacional Aplicação em MS Access para registo de Matrículas Operacional

DRA

Aplicação em MS Access para registo de Indicadores a enviar para o Banco Mundial

Operacional

Faculdade de Ciências -

Departamento de Geologia

Aplicação para Registo Académico (Mapas em Excel)

Operacional

DRH Sistema de Informação de Recursos Humanos e Salários (SIRHUS)

Operacional

Direcção de Finanças

Sistema de Contabilidade Pública Operacional

DSD Sistema Integrado de Bibliotecas Inoperacional DSS Gestão de Alojamento Operacional

Sistema de Informação de Cursos (CIS) Operacional Website da Universidade Eduardo Mondlane Operacional

CIUEM

KEWL – NextGen (Knowledge Environment for Web-based Learning)

Em implementação

Faculdade de Engenharia

Aplicação do Registo Académico Operacional

Faculdade de Educação

Ambiente de Aprendizagem (Moodle) Operacional

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Na Direcção de Registo Académico.

GAUP – Gestão de Alunos da Universidade do Porto Esta aplicação foi desenvolvida pela Universidade do Porto com a finalidade de gerir centralmente toda a informação relativa ao estudante e encontra-se instalada na DRA. Aplicação em Access para Registo de Matrículas Esta aplicação foi desenvolvida pelo Departamento de Informática da Direcção do Registo Académico, com vista à resolução do problema de fornecimento de dados estatísticos sobre os estudantes inscritos. Aplicação em Access para Registo de Indicadores (a enviar para o Banco Mundial) Esta aplicação foi instalada ao abrigo de um projecto desenvolvido em conjunto com o Banco Mundial, para que fosse reportado um conjunto de indicadores a serem obtidos através de recolha e tratamento manual de informação compilada e introduzida na aplicação.

Na Faculdade de Engenharia

Aplicação do Registo Académico Esta aplicação foi desenvolvida pela Faculdade de Engenharia, com vista a gerir o processo de Registo Académico local. A Faculdade desenhou a aplicação em causa com recurso a ferramentas Open Source (sem custos de licenciamento), utilizando recursos internos. Na Faculdade de Ciências - Departamento de Geologia Aplicação para Registo Académico (Mapas em Excel) Este Departamento, apesar de não possuir um sistema de registo académico, adoptou uma solução alternativa que consistiu na criação de uma estrutura de mapas em Microsoft Excel, por forma a facilitar a consulta de informação, a produção de listas de estudantes, actas de exames, pautas, bem como permitir o processamento de algumas estatísticas.

Na Direcção de Recursos Humanos

SIRHUS - Sistema de Informação de Recursos Humanos e Salários Esta aplicação foi desenvolvida em MS Access para responder às necessidades da Direcção de Recursos Humanos na gestão de recursos humanos e salários.

Na Direcção de Finanças

Sistema de Contabilidade Pública Aplicação de Contabilidade Pública que permite gerir os fundos do Orçamento do Estado, atribuídos à UEM, de acordo com as regras da Contabilidade Pública. Este sistema não responde a todas as necessidades da UEM uma vez que esta não depende unicamente do Orçamento do Estado.

Na Direcção de Serviços de Documentação

Millennium - Sistema Integrado de Bibliotecas Sistema Integrado de Bibliotecas permite a inventariação e gestão de todos os títulos disponíveis na UEM ao cuidado da Direcção de Serviços de Documentação. Trata-se de um sistema baseado numa plataforma comercial robusta, mas que esteve inoperacional devido à problemas relacionados com o servidor.

Na Direcção dos Serviços Sociais

Gestão de Alojamento Este sistema foi desenvolvido pelo Centro de Informática da UEM e destina-se ao registo da vida dos estudantes alojados nas residências universitárias.

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No Centro de Informática

Website da Universidade Eduardo Mondlane (http://www.uem.mz) O website da UEM é um espaço virtual para a divulgação da imagem da instituição, junto da sociedade e para com o exterior, dando a conhecer os programas e projectos nas áreas de ensino e aprendizagem e investigação. Este website constitui um canal importante de interacção com a comunidade universitária, Governo, doadores e com a sociedade civil no geral. Na estrutura do website pode encontrar-se informação diversa sobre os cursos oferecidos na UEM, faculdades, regulamentos, notícias, dentre outros assuntos. Sistema de Informação de Cursos (http://www.cis.uem.mz) O sistema CIS foi desenvolvido pelo CIUEM e permite a colocação de informações on-line sobre os cursos, faculdades e planos temáticos. Os docentes podem inserir materiais no formato digital para consulta pelos estudantes. Algumas das unidades da UEM (Faculdades de Agronomia e Engenharia Florestal, Ciências, Educação, Engenharia, Letras e Ciências Sociais) possuem informação neste sistema. KEWL – NextGen (Knowledge Environment for Web-based Learning) (http://www.kewl.uem.mz) Trata-se de uma plataforma de e-Learning que permite uma interacção on-line entre o docente e o estudante, disponibilização de cursos e conteúdos, testes on-line, formulários para desenvolvimento de websites pessoais, chat, e-mail interno entre outros, com um nível de acesso definido pelo docente. Este sistema baseado em Open Source apresenta-se como sendo uma das plataformas mais avançados de e-Learning da actualidade, devido a sua versatilidade, flexibilidade e simplicidade de gestão e operação. O desenvolvimento do KEWL começou na Universidade de Western and Cape da África do Sul, neste momento envolve 11 universidades africanas que adoptaram aquela plataforma. O CIUEM, em representação da UEM, foi convidado também a participar no processo de desenvolvimento do sistema e possui, neste momento, uma equipa de developers, treinada nesse âmbito, para assegurar a implementação, exploração, manutenção e assistência técnica local e que se encontra agora numa fase avançada de adaptação do sistema às especificidades da UEM, bem como à criação de novos módulos e tradução do sistema para a língua portuguesa.

Faculdade de Educação

Moodle – Ambiente de aprendizagem (http://196.3.96.61/moodle/) O Moodle é um sistema de gestão de cursos baseado em Open Source desenhado com base em princípios académicos, com o objectivo de auxiliar os docentes na criação de conteúdos para aprendizagem on-line. Este software está disponível na Internet e pode ser usado em qualquer computador. Actualmente, este sistema encontra-se em uso na Faculdade de Educação.

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3.2.2 Produção de conteúdos em forma electrónica Conteúdos electrónicos são aqueles que podem ser acedidos e visualizados através do computador e que ainda podem ser adquiridos, armazenados e/ou transferidos de um computador para outro. Na UEM, ainda persiste o método tradicional em que o docente fala e dita, e o estudante escuta e escreve. Este método é suportado pelo uso de meios impressos e nalguns casos do retroprojector. Existem algumas experiências, embora poucas, nas quais se usa o MS PowerPoint. Existem, neste momento, três sistemas que permitem a disponibilização de conteúdos electrónicos para o apoio aos processos de ensino e aprendizagem, nomeadamente, o Sistema de Informação de Cursos (CIS), Moodle e o mais versátil e mais completo KEWL.

3.3 Capacidade Humana

A capacidade humana em relação às ICTs na UEM é ainda reduzida, tendo em conta a dimensão do parque informático nesta instituição. O CIUEM concentra as principais competências requeridas para a gestão e assistência técnica da infra-estrutura e sistemas de informação disponíveis. Contudo, o número de especialistas por cada área é bastante limitado. Daí resulta a necessidade de se apostar num programa de capacitação, a nível das unidades, de modo a permitir que problemas de pequena e média complexidade possam ser resolvidos sem a intervenção directa do CIUEM. Neste momento, o CIUEM conta com um total de 79 funcionários, distribuídos pelas seguintes categorias:

• 25 de nível superior; • 35 de nível médio e • 19 de nível básico.

Para dar melhor resposta às solicitações de serviço da UEM, o CIUEM iniciou um processo de reorganização interna, que passa pela criação de uma unidade específica (Unidade Técnica de Suporte à UEM) para se dedicar exclusivamente ao atendimento dos problemas da Universidade, assumindo o carácter de um piquete operativo. Por outro lado, este processo de reestruturação visa responder a uma necessidade de mudança de filosofia de negócio, onde o CIUEM deverá passar a orientar os seus programas e estratégias de acção em função das necessidades do seu principal cliente (a UEM) e do mercado nacional, ao invés do anterior modelo de organização que era, basicamente, virado ao fortalecimento das diferentes competências técnicas existentes. Existem algumas unidades que, ao longo dos últimos anos, conseguiram contratar e manter um ou mais funcionários (focal points) para dar suporte e assistência técnica de primeira linha e garantir a gestão diária da infra-estrutura e dos sistemas locais. Nalguns casos, esta função é desempenhada por docentes ou mesmo estudantes treinados pelo CIUEM. Constituem exemplos de sucesso deste modelo as Faculdades de Engenharia, Agronomia e Engenharia Florestal, Medicina e Arquitectura e Planeamento Físico. Houve, contudo, outras unidades que, no passado, recrutaram e submeteram seus técnicos a um treino específico no CIUEM mas, a ausência de uma política de retenção para a área das ICTs resultou no abandono da instituição, à busca de melhores condições salariais no mercado. Do ponto de vista de coordenação, o focal point de cada unidade articulará, directamente, com a Unidade Técnica de Suporte à UEM, de modo a garantir maior flexibilidade e celeridade na resolução dos problemas do quotidiano.

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Plano Estratégico de Tecnologias de Informação e Comunicação da UEM

(2007-2011)

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CAPITULO II: PLANO ESTRATÉGICO DE ICT’S

1. Visão Continuar a ser uma Universidade de referência na vanguarda do ensino e aprendizagem, investigação e extensão pela integração das ICTs nos seus processos.

2. Missão Dotar a Universidade Eduardo Mondlane de Tecnologias de Informação e Comunicação como meio para atingir a excelência nas áreas de ensino, aprendizagem e investigação com vista à geração de conhecimento, riqueza e desenvolvimento sustentável.

3. Valores ou Princípios Os valores ou princípios orientadores que devem ser observados em todas as acções tecnológicas da UEM são:

• ética; • inovação; • qualidade.

4. Objectivos Estratégicos

O presente Plano Estratégico priorizará a consecução de 12 objectivos estratégicos como meio de implementação da Política de Informática da UEM para o período 2007 a 2011. A formulação desses objectivos estratégicos deve ser feita com vista a responder aos seguintes desafios:

• melhoramento do processo de ensino e aprendizagem, investigação e gestão universitária; • fortalecimento da ligação UEM e sociedade; • inovação com base na tecnologia; • uso da tecnologia para a inserção na Sociedade Global de Informação.

Área de infra-estrutura

Objectivo Estratégico 1 – Modernizar e expandir o parque informático da UEM. Com este objectivo pretende-se garantir a eficiência do sistema de processamento, armazenamento e transmissão em tempo real de dados, voz e imagem entre os diversos órgãos da UEM. Objectivo Estratégico 2 – Estabelecer mecanismos de gestão de infra-estrutura. Este objectivo visa criar políticas de gestão de infra-estruturas de ICTs. Estas devem responder à necessidade de descentralização e alocação de responsabilidades de todos os interessados.

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Área de sistemas de informação de gestão

Objectivo Estratégico 1 – Estabelecer sistemas de Informação de Gestão de suporte aos processos de ensino e aprendizagem, investigação e administração universitária. Pretende-se com este objectivo dotar a UEM de um sistema de informação que permita a gestão de fundos financeiros, património, recursos humanos, cursos, registo académico e biblioteca.

Área de relações institucionais (Acordos e parcerias)

Objectivo Estratégico 1 – Desenvolver a colaboração com instituições governamentais, autónomas e comunidade empresarial em áreas de interesse comum. Esta acção passa pelo reforço e alargamento da cooperação com entidades extra-universitárias, tais como empresas, associações socio-profissionais, ONG´s a nível nacional, assim como internacional. Objectivo Estratégico 2 – Estabelecer acordos e parcerias com grandes fornecedores de infra-estruturas, sistemas operativos, bases de dados, aplicações e serviços de informática com vista a permitir que a UEM se beneficie de um tratamento privilegiado. Com este objectivo pretende-se que a UEM se beneficie de descontos na aquisição de bens e serviços de informática, licenças de campus e apoio personalizado no concernente a manutenção e suporte.

Área de “Padronização”

Objectivo Estratégico 1 – Normar e padronizar procedimentos para aquisição e, desenvolvimento de ICTs na UEM. Com este objectivo pretende-se uniformizar as políticas e definir padrões comuns no processo de aquisição e gestão de infra-estruturas, sistemas operativos, bases de dados, aplicações e serviços de informática na UEM. Objectivo Estratégico 2 – Incentivar e promover o uso de comunicação electrónica para a circulação de informação. Com este objectivo pretende-se massificar o uso de e-mail e Internet, como ferramentas de comunicação rápida e eficiente. Neste contexto, adopta-se o webmail da UEM como a plataforma padrão.

Área de orçamentos para as ICTs

Objectivo Estratégico 1 – Mobilizar recursos no país e no estrangeiro para apoiar as acções do desenvolvimento das diversas áreas com base em ICTs. Este objectivo visa atrair investimentos para melhorar o uso de ICTs no desenvolvimento de soluções para as áreas de ensino e aprendizagem, investigação e gestão universitária. Objectivo Estratégico 2 – Criar um orçamento para as ICTs e estabelecer mecanismos de alocação às unidades orgânicas. Pretende-se com este objectivo contribuir para o melhoramento do processo de aquisição, assistência técnica e formação em ICTs.

Área de Recursos Humanos

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Objectivo Estratégico 1 – Capacitar a comunidade universitária em ICTs com o apoio de instituições de competência existentes. Com este objectivo pretende-se dotar os estudantes, corpo docente e CTA de competências e capacidades para responder adequadamente às necessidades nas suas áreas de intervenção. Objectivo Estratégico 2 - Formar especialistas em ICTs Este objectivo visa criar habilidades no pessoal técnico para garantir a gestão de infra-estrutura, desenvolvimento de sistemas e conteúdos electrónicos.

Área de Ensino e Aprendizagem

Objectivo Estratégico 1 – Promover o uso de ICTs para melhorar os processos pedagógicos Aqui pretende-se que os docentes usem as ICTs como suporte para o desenvolvimento e disseminação de conhecimentos.

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Política de Informática da UEM (2007-2011)

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CAPITULO III: POLÍTICA DE INFORMÁTICA DA UEM A presente Política de Informática tem como objectivo assegurar que a UEM tenha um instrumento que lhe permita harmonizar e regrar os métodos e mecanismos de actuação no desenvolvimento e exploração das Tecnologias de Informação e Comunicação, bem como definir os níveis de responsabilidade nesse processo. Nesse contexto, a Política de Informática debruça-se sobre as seguintes preocupações:

• responsabilidades pela infra-estruturas; • responsabilidades pelos sistemas de informação de gestão; • responsabilidades pelos acordos de prestação de serviços; • padronização dos equipamentos; • formas de procurement de bens e serviços informáticos; • orçamentos e alocação de fundos para as ICTs; • gestão de infra-estruturas comuns; • preservação de dados; • recursos humanos.

1. Responsabilidade pela infra-estrutura A infra-estrutura de dados tem os seguintes níveis de responsabilidade:

Rede de Interligação

Compete ao CIUEM gerir e manter a rede comum de interligação da UEM. Esta rede comporta neste momento o backbone de fibra óptica no Campus universitário, a rede wireless que interliga os edifícios fora do Campus Principal, o gateway de acesso à Internet e o sistema de VoIP.

Redes Locais (LANs)

É da competência das unidades orgânicas da UEM gerir as respectivas redes locais e todo o parque informático sob sua responsabilidade.

Gestão, Operação e Manutenção da Infra-estrutura Local

A gestão e operação da infra-estrutura e sistemas informáticos, instalados nas unidades orgânicas, são da responsabilidade local, cabendo ao CIUEM a responsabilidade de, juntamente com as unidades orgânicas, criar as condições para o desenvolvimento dessa capacidade local e de fornecer o reforço para a manutenção de segunda linha. Assim sendo, a responsabilidade da manutenção da infra-estrutura realiza-se a dois níveis:

i. Manutenção de primeira linha Cabe à equipa técnica local (Focal Points) no órgão realizar a manutenção preventiva, o diagnóstico e reparação de avarias de pequena e média complexidades. Devem reportar-se ao CIUEM os casos para os quais não exista solução a nível local.

ii. Manutenção de Segunda Linha Mediante solicitação das unidades orgânicas, caberá ao CIUEM garantir a reparação de avarias que não encontrem solução ao nível local.

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Rede Telefónica

É responsabilidade da DAP gerir e manter a rede telefónica e de radio-comunicações, incluindo a central telefónica, linhas de rede e circuitos internos. O CIUEM vai responsabilizar-se pelos serviços de VoIP.

2. Responsabilidade pelos Sistemas de Informação de Gestão A responsabilidade pelos Sistemas de Informação de Gestão distribui-se pelos seguintes níveis:

Hardware

Todo o equipamento (servidores, impressoras, etc.) adquirido no âmbito da implementação de sistemas específicos deverá ser sujeito a um contrato de manutenção e assistência técnica após o período de garantia com o respectivo fornecedor.

Sistemas Operativos

Cabe ao CIUEM a manutenção dos sistemas operativos, destinados a suportar Sistemas de Informação de Gestão, devendo contudo ser contemplado um programa de formação específica, junto ao fornecedor, nos casos em que tal se justifique.

Bases de Dados

A gestão das bases de dados é da responsabilidade da unidade orgânica beneficiária. Contudo, a sua manutenção caberá ao fornecedor, durante a fase da implementação e garantia, passando depois à responsabilidade do CIUEM. Isto pressupõe que o fornecedor deverá, obrigatoriamente, treinar o pessoal do CIUEM durante o período de implementação.

Aplicações

A operação de aplicações específicas é da responsabilidade da unidade orgânica beneficiária. Contudo, a sua manutenção e assistência técnica caberão ao fornecedor, mediante um contrato a ser assinado para o efeito.

3. Responsabilidade pelos Contratos de Prestação de Serviços

Assinaturas de Contratos

As responsabilidades pela assinatura de contratos de prestação de serviços, incluindo manutenção e assistência técnica, obedecerão aos princípios consagrados no Decreto 54/2005 de 13 de Dezembro, sobre o regulamento de contratação, fornecimento de bens e serviços ao Estado. Os contratos referentes aos serviços que beneficiam a UEM no geral, deverão ser assinados pelo Vice Reitor Administrativo, ouvidos o CIUEM, o Gabinete Jurídico e a Comissão de Compras.

Pagamento de Contratos

O pagamento dos contratos de prestação de serviços deve especificar claramente a unidade orgânica responsável pelo seu pagamento, devendo esta concordar com essa responsabilidade.

4. Padronização dos Equipamentos e Sistemas informáticos Compete ao CIUEM estabelecer padrões de equipamentos, sistemas operativos, base de dados e redes dentro da UEM No acto de aquisição do equipamento e sistemas informáticos, bem como no estabelecimento de redes de computadores, torna-se obrigatória a observação dos seguintes parâmetros:

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• Plataforma de hardware

o Servidores Dell, HP, Sun Microsystems

o Desktops, Laptops e impressoras Dell, IBM e HP

• Sistemas Operativos (para servidores) o HP/UX, Solaris, Linux (Redhat e Fedora Core), FreeBSD, Debian

• Base de Dados o Oracle, MySQL

• Software para o Serviços de Web o Apache o PHP

• Equipamento de Rede o HP e CISCO

O CIUEM poderá autorizar por escrito, caso se justifique, a aquisição de outras marcas que não sejam as padronizadas.

5. Formas de Procurement de Bens e Serviços Informáticos O processo de procurement de bens e serviços informáticos na UEM obedecerá as normas estabelecidas no Decreto nº 54/2005 de 13 de Dezembro, e comporta os seguintes níveis de responsabilidades: • compete ao CIUEM definir ou aprovar as especificações técnicas de equipamentos e sistemas informáticos a

serem adquiridos por via de concursos públicos; • cabe à DAP e à Comissão de Compras a preparação e lançamento de concursos para aquisição de bens

informáticos; • compete à DAP, Comissão de Compras e CIUEM avaliar e adjudicar os concursos; • é da responsabilidade da Direcção de Finanças da UEM ou da unidade orgânica beneficiária proceder ao

pagamento dos bens e ou serviços a serem adquiridos.

6. Orçamentos e Alocação de Fundos para as ICTs A informática é cara e, uma vez adquiridos os equipamentos, é preciso garantir a sua manutenção. A UEM deve estabelecer uma linha orçamental para financiar as ICTs nas unidades orgânicas e instituir um fundo de ICTs para cobrir as despesas relativas às infra-estruturas e sistemas partilhados. São exemplos destas infra-estruturas e sistemas os backbones de fibra óptica no Campus universitário, o backbone de wireless, a ligação para a Internet e os serviços de webmail, resolução de domínios, webserver, entre outros. Compete à Direcção de Finanças propor mecanismos para a alocação de fundos às unidades orgânicas e serviços, no contexto do exercício de orçamentação geral. No âmbito do processo de massificação de utilização de computadores na UEM o CIUEM, em coordenação com a Direcção do Registo Académico, deveria estudar junto da Direcção de Finanças, mecanismos de cobrar uma importância simbólica de 1/USD mês aos estudantes pela utilização e manutenção do parque informático, actualmente, existente, bem como a possibilidade dos estudantes terem o seu próprio computador individual para seu uso, com a vantagem dele se responsabilizar pela sua manutenção, evitando, deste modo, a onda de vandalismo que se assiste nos laboratórios de informática existentes. Como forma de capacitar e garantir a sustentabilidade do CIUEM, os trabalhos solicitados pelas unidades orgânicas e serviços serão facturados e cobrados, aplicando-se contudo um desconto de 25% dos preços praticados para o público.

7. Partilha de Recursos nos Sistemas de Informação de Gestão para a UEM

Plano Estratégico de ICTs da Universidade Eduardo Mondlane, Maio 2006 Pág. 27

Para levar a cabo a sua missão, a UEM deverá privilegiar a integração de sistemas informáticos nos seus processos. Sempre que possível, a UEM deve procurar partilhar recursos como redes, servidores, sistemas operativos e bases de dados, de forma a racionalizar o investimento e reduzir a diversidade em hardware, software e recursos humanos, necessários para suportar a operação e manutenção dos sistemas.

8. Preservação de Dados Com a crescente adopção de Tecnologias de Informação e Comunicação na UEM, cresce também a produção e circulação de documentos em forma electrónica na instituição, sem que exista algum mecanismo para garantir a integridade e preservação dos dados que formam a memória institucional. Neste contexto, torna-se necessário estabelecer um data centre que garanta backup e acesso à informação. É importante estabelecer mecanismos de autorização e autenticação. O data centre deverá conter uma infra-estrutura que permita a hospedagem de todos os servidores da UEM, e deverá conter dispositivos de redundância nos servidores, rede, energia de qualidade, refrigeração e segurança.

9. Recursos Humanos A gestão de infra-estruturas e sistemas informáticos só poderá ser efectuada de forma eficaz se forem criadas competências técnicas necessárias, tanto ao nível do CIUEM como das unidades orgânicas e serviços.

Assim sendo, a UEM deverá prestar atenção especial aos seguintes aspectos: • coordenar com a Direcção de Recursos Humanos a abertura de vagas que resultem das necessidades de

implementação dos projectos previstos no presente Plano Estratégico; • formação de quadros competentes para a gestão de recursos informáticos em todas as unidades orgânicas

e serviços; • disponibilização de meios de trabalho, nomeadamente, ferramentas, equipamentos de diagnósticos e

transporte; • criação de uma política efectiva de retenção do pessoal ligado a área de ICTs. 10. Prestação de Serviços às Unidades fora da Província de Maputo As unidades da UEM que se situam fora da Província de Maputo poderão contratar empresas locais para o fornecimento de serviços de ICTs, sempre que esta opção se afigure mais económica em relação à aquisição dos mesmos serviços através do CIUEM. Contudo, os provedores de serviços que forem contratados deverão obrigar-se ao respeito pelos princípios e padrões definidos na presente Política de Informática e demais standards internacionais de qualidade para esta área. Caberá ao CIUEM a responsabilidade de:

• aconselhar sobre as melhores opções estratégicas e tecnológicas a adoptar; • treinar os técnicos responsáveis pela operação e manutenção do parque informático local; e • auditar os serviços prestados por entidades externas à UEM em matéria de ICT.

Nos casos em que o CIUEM tenha que deslocar seus técnicos para fora da Cidade de Maputo, caberá à unidade solicitante/beneficiária custear as despesas daí resultantes, dentro dos princípios orçamentais em vigor na UEM.

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Plano de Acção

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CAPITULO IV: PLANO DE ACÇÃO Para a implementação do Plano Estratégico foram concebidos alguns projectos que permitirão a materialização dos objectivos estratégicos nele contidos. Estes projectos foram desenhados tendo em conta não só a principal missão da UEM, que é o ensino, investigação e extensão, mas também o objectivo de alcançar uma boa gestão universitária, sempre necessária para um desenvolvimento acelerado da instituição. A lista de projectos, aqui apresentada, não pode ser vista sob um ponto de vista estático. Ao longo dos cinco anos de vigência do presente Plano Estratégico estes projectos poderão ser alterados e ou reajustados, assim como outros novos poderão ser concebidos para responder às necessidades específicas, não previstas inicialmente. O projecto “Um estudante um Computador” poderá servir de experiência-piloto para uma iniciativa a ser alargada futuramente ao corpo docente. Para tal, ao longo dos primeiros dois anos dever-se-á proceder a uma avaliação do mesmo, para validar o princípio e melhorar os mecanismos de implementação. Todos os projectos têm em conta o estágio actual de desenvolvimento da UEM e o grau de utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação. Por outro lado, tem-se também em conta o facto desta instituição de ensino se encontrar em plena fase de expansão territorial, o que obriga a uma acção coordenada e integrada aos diversos níveis durante o processo de implementação dos diferentes projectos. Neste contexto, dever-se-á ter como base os princípios estabelecidos na alínea 10 do Capítulo III sobre a Política de Informática da UEM integrada no presente documento. Para evitar que a UEM informatize os seus processos de produção sem fazer a análise do seu alinhamento com o seu negócio principal, prevê-se um projecto de mudança organizacional a ser implementado juntamente com o sistema integrado de planificação. Sustentabilidade O sucesso do presente Plano Estratégico vai depender em grande medida do seu grau de sustentabilidade ao longo do processo da sua implementação. Neste contexto, o conceito de sustentabilidade deverá ser interpretado de forma criativa e inovadora de modo a criar uma capacidade interna a nível das unidades, não só para a angariação de fundos, mas também para geração dos mesmos através, por exemplo, da venda de serviços à comunidade utente. Por outro lado, a capacitação dos recursos humanos na gestão dos meios informáticos disponíveis localmente, bem como a implementação de uma política coerente de retenção de pessoal qualificado serão determinantes. Descrição dos projectos propostos A seguir faz-se uma descrição breve de cada projecto, onde se indicam os objectivos de cada um, as actividades, o orçamento aproximado e os indicadores a serem usados para a avaliação do seu sucesso.

A Tabela 3 que se segue, sumariza todos os projectos previstos no âmbito deste plano de acção. Faz também uma estimativa de custos globais necessários para cobrir o processo de desenho e implementação dos mesmos.

Tabela 3: Projectos previstos no âmbito do Plano de Acção (2007-2011)

# Nome do Projecto Objectivo Área de Referência Custo Estimado USD

1 Laboratórios e Multimédia Disponibilizar facilidades para o suporte aos diversos laboratórios Ensino e Aprendizagem 357.000 2 Produção de conteúdos em

forma electrónica Aumentar o número de publicações digitais disponíveis na UEM Ensino e Aprendizagem 87.000

3 Ensino-Aprendizagem baseado em ICTs

Contribuir para o melhoramento da gestão do processo de ensino e aprendizagem em coordenação com o CEND por este ser o responsável dos conteúdos do

Ensino e Aprendizagem 46.000

4 Um Estudante um computador

Diminuir o rácio estudante/computador Ensino e Aprendizagem 1.005.000

5 Apoio ao desenvolvimento de Recursos Humanos

Dotar a UEM de uma capacidade técnica para liderar e manter as infra-estruturas e sistemas de informação

Ensino e Aprendizagem e Gestão Universitária

145.000

6 Backbone de maior disponibilidade para UEM

Disponibilizar o acesso à comunicação de dados, voz e imagem Infra-estrutura 136.000

7 Open Access Melhorar o acesso à infra-estrutura de rede de dados 40.000 8 Redes residenciais Dotar os docentes e estudantes universitários de uma infra-

estrutura que os permita estar permanentemente ligados à Internet Investigação, Ensino e Aprendizagem 142.000

9 Arquivo Digital e Data Centre

Aumentar a acessibilidade e garantir a preservação de documentos no formato electrónico

Ensino e Aprendizagem, Investigação e Gestão Universitária

125.000

10 Sistema de Recursos Humanos

Criar eficiência na gestão de recursos humanos Recursos Humanos, Investigação 210.000

11 Sistema de Exames de Admissão

Melhorar a gestão do processo de exames de admissão Ensino e Aprendizagem e Gestão universitária

37.000

12 Sistema de Registo Académico

Gerir informação do processo de formação do estudante Ensino e Aprendizagem e Gestão universitária

310.000

13 Gestão de Património Melhorar a gestão do património da UEM Gestão universitária 210.000 14 Sistema de Bibliotecas Disponibilizar o acesso on-line de material bibliográfico. Ensino e Aprendizagem, Gestão

universitária e Investigação 210.000

15 Sistema Integrado de Planificação

Melhorar o processo de planificação e de gestão universitária Gestão Universitária 890.000

16 Normas de Acesso e Utilização de ICTs

Estabelecer normas que regulam o acesso e uso de recursos informáticos da UEM

Gestão Universitária 29.000

Subtotal (USD) 3.979.000,00 Contingências 5% (USD) 198.950,00

Total (USD) 4.177.950,00

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2007 2008 2009 2010 2011 Nº Nome do Projecto 1ºsem 2ºsem 1ºsem 2ºsem 1ºsem 2ºsem 1ºsem 2ºsem 1ºsem 2ºsem

1 Laboratório Multimédia 2 Produção de Conteúdos 3 Ensino e Aprendizagem 4 Um Estudante um Computador 5 Apoio ao Desenvolvimento de RH 6 Backbone da UEM 7 Open Access (Wireless) 8 Redes Residenciais 9 Arquivo Digital

10 Sistemas de Gestão de RH 11 Sistemas de Exames de Admissão 12 Sistema de Registo Académico 13 Sistema de Gestão de Património 14 Sistema de Bibliotecas 15 Sistema Integrado de Planificação 16 Normas de Acesso as ICTs

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Calendário de Implementação

Título:

1. Laboratórios Multimédia Descrição:

O projecto vai fornecer equipamentos audiovisuais que irão facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Estes meios estarão disponíveis de forma fixa nas salas ou partilhada a nível da Faculdade ou Departamento.

Nas salas de aula estará disponível o seguinte equipamento básico:

• uma tela de projecção de imagem; e • um computador multimédia com acesso à Internet.

O equipamento a ser partilhado incluirá entre outros os seguintes dispositivos:

• um sistema de som; • um leitor DVD; • um televisor e um vídeo VHS com saídas para data display; e • Data display

Beneficiários:

Todas as Faculdades e Escolas Superiores da UEM.

Actividades do Projecto: • recolha de necessidades e elaboração de especificações técnicas do equipamento; • definição de normas para acesso e uso do equipamento; • formação na manipulação dos diversos equipamentos; • gestão e assistência técnica do equipamento.

Resultados Esperados:

• facilidades multimédia instaladas; • novas alternativas pedagógicas estabelecidas.

Indicadores:

• número de docentes a usarem os equipamentos; • rácio de estudantes graduados; • qualidade de ensino.

Duração: Janeiro de 2007 – Dezembro de 2008 Tabela 4: Estimativa do orçamento do projecto Laboratórios Multimédia

Descrição Orçamento (USD) Equipamento: Data display, TV, vídeo VHS, leitor DVD, tela de projecção, computador multimédia

15. 000,00x23locais

Formação sobre uso e manipulação do equipamento

2000,00-

Implementação, elaboração de manuais 10.000,00- Total 357.000,00

Responsável: CIUEM, CEND e unidades orgânicas.

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Título:

2. Produção de Conteúdos em Forma Electrónica Descrição:

O projecto visa dotar as unidades orgânicas de uma sala munida de meios informáticos e humanos para a produção de conteúdos electrónicos. Os docentes e investigadores poderão digitalizar os seus apontamentos, fichas, gráficos/imagens, gravar CDs ou DVDs assim como filmar e editar vídeo no formato digital para uso no processo de ensino e aprendizagem.

As salas para produção de conteúdos terão:

• um computador multimédia com acesso à Internet; • um scanner; • uma câmara de vídeo/fotográfica digital; • uma impressora laser a cores; • software específico.

Para o sucesso deste projecto deverá ser contratado um técnico para apoiar os docentes.

Beneficiários:

Estudantes, docentes e investigadores da UEM.

Actividades do Projecto:

• elaboração de especificações técnicas do equipamento; • definição de regras para acesso à sala; • formação de formadores e técnicos de apoio.

Resultados Esperados:

• conteúdos electrónicos disponíveis; • processo de ensino e aprendizagem facilitado; • distribuição rápida de conteúdos electrónicos.

Indicadores:

• quantidade e qualidade de conteúdos digitalizados; • número de docentes envolvidos no processo; • publicações electrónicas locais em circulação.

Duração: Janeiro de 2007 – 2010 Tabela 5: Estimativa do orçamento do projecto Produção de Conteúdos em Forma Electrónica

Descrição Orçamento (USD) Equipamento: um scanner, uma câmara vídeo/fotográfica digital, impressora e computadores

3.000,00x23locais 36.000,0

Formação em uso e manipulação do equipamento

2.000,0

Treinamento nos diversos softwares 3.000,0 Total 87.000,00

Responsável: CIUEM e CEND.

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Título:

3. Ensino e Aprendizagem baseados em ICTs Descrição:

Pretende-se com este projecto, em parceria com o CEND, disponibilizar um ambiente virtual (baseado essencialmente na Internet) de ensino como complemento do ensino presencial, estando o processo de aprendizagem centrado no estudante que vai interagir com os conteúdos disponíveis, segundo as suas necessidades e de uma forma flexível, como, quando e onde quiser, sendo o docente o catalisador do desenvolvimento deste processo. Este projecto vai influenciar no aumento de graduados.

Beneficiários:

Estudantes e docentes da UEM

Actividades do Projecto:

• desenho ou identificação de sistemas que satisfaçam as necessidades da UEM nesta área, preferencialmente Open Source;

• Implementação e coordenação das actividades previstas no acordo entre UEM e a Universidade do Aveiro para o período de 2007 a 2010

• aquisição e instalação de equipamentos; • instalação de software; • formação.

Resultados Esperados:

• condições para o ensino não presencial criadas através da disponibilização de bibliografia, testes, exercícios de auto-avaliação e outros, via Internet;

• maior interacção entre o estudante e docente. Indicadores:

• número de docentes com conteúdos ou materiais adicionados no(s) sistema(s); • número de utentes inscritos nos sistemas.

Duração:

Janeiro de 2007 – Dezembro de 2008

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Tabela 6: Estimativa do orçamento do projecto Ensino e Aprendizagem baseado em ICTs

Descrição Orçamento (USD) para 23 departamentos

Equipamento: servidores 20.000,00 Formação em uso e manipulação dos sistemas 10.000,00 Implementação, elaboração de manuais para docentes

15.000,00

Software: Open Source, adaptações 1.000,00 Total 46.000,00

Responsável:

CIUEM

Título:

4. Um Estudante Um Computador Descrição:

Este projecto visa massificar o acesso dos estudantes às novas tecnologias de informação, permitindo-lhes tirar vantagem de todos os serviços disponíveis, tais como e-learning, webmail da UEM e pesquisas de matérias específicas na Internet.

Para o sucesso deste projecto, pressupõe-se que seja estabelecido um mecanismo que permita o estudante adquirir um computador no modelo de leasing em que ele pague o computador por um período equivalente ao seu tempo de formação na UEM.

O computador em vista deve ser o mais acessível possível. Prevê-se que este computador não custe mais do que $500 USD o que seria equivalente a um custo mensal de $8,33 USD para um curso de 5 anos.

A UEM deverá estabelecer acordos com fornecedores deste tipo de computadores e mecanismos de cobrança daquele valor.

Beneficiários:

Os estudantes da UEM.

Actividades do Projecto: • estabelecimento de modalidades de pagamento dos computadores pelos estudantes; • procurement de computadores de baixo custo; • negociação de contratos de fornecimento.

Resultados Esperados:

• aumentar a rácio computador/estudantes; • maior acesso aos serviços de ICTs pelos estudantes.

Indicadores:

• rácio computador/estudantes melhorado; • modalidades de pagamento estabelecidas; • custo unitário mensal do computador por estudante estabelecido.

Duração

Junho de 2007

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Assumindo uma aquisição inicial de 2000 computadores para os novos ingressos de um determinado ano, o custo inicial seria de $1.000.000. Tabela 7: Estimativa do orçamento do projecto Um Estudante Um Computador

Descrição Orçamento (USD) Equipamento e Software $500 X 2.000 Computadores =1.000.000 Formação Implementação 5.000,0 Total 1.005.000,00

Responsável:

CIUEM

Título:

5. Apoio ao Desenvolvimento de Recursos Humanos Descrição:

Tendo em conta as prioridades da UEM para esta área, o apoio neste âmbito privilegiará uma intervenção centrada no apoio à capacitação institucional, através da formação de recursos humanos e de assistência técnica, com o objectivo de apoiar uma melhoria da qualidade das unidades orgânicas, como condição essencial para uma prestação de serviços eficiente.

Este Projecto visa dotar a comunidade universitária, nomeadamente, os estudantes, o corpo docente e o CTA de conhecimentos tecnológicos, que possam responder às exigências das suas áreas de intervenção. Visa, também, proporcionar conhecimentos técnico-profissionais específicos a quadros da UEM que possam responder pela gestão de ICTs nos diversos sectores.

Beneficiários:

Corpo docente, CTA e indirectamente estudantes

Actividades do Projecto:

• avaliação das necessidades; • selecção dos beneficiários; • desenho dos currículos e programas de formação; • leccionamento dos cursos; • administração e monitoria dos cursos; • avaliação.

Resultados Esperados:

• docentes, membros de CTA e estudantes capacitados em micro-informática; • docentes capacitados em KEWL, First Class, SPSS, etc.; • membros do CTA formados em especialidades como troubleshooting de computadores,

administração de redes, administração de bases de dados, desenho e implementação de redes e gestão de infra-estruturas de ICTs.

Indicadores:

• número de formandos; • tipo de cursos; • número de cursos; • planos curriculares; • conteúdos programáticos; • relatórios de avaliação.

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Duração: • Janeiro 2007 a Dezembro 2009 • os cursos de formação de especialistas obedecerão a um regime trimestral. • os cursos de capacitação geral serão ministrados de acordo com os planos dos órgãos.

Para a realização deste projecto são necessários USD 145,000.00 distribuídos do seguinte modo:

Tabela 8: Estimativa do orçamento do projecto Apoio ao Desenvolvimento de Recursos Humanos

Rubrica Orçamento (USD) Equipamento 70.000 Software 20.000 Formação 40.000 Implementação 15.000 Total 145.000

Responsável:

CIUEM

Título:

6. Backbone de maior disponibilidade para a UEM Descrição:

As unidades orgânicas que se localizam fora do Campus Principal estão interligadas através de uma infraestrutura de wireless. Contudo, devido a factores inerentes a esta tecnologia, esta infra-estrutura exibe um funcionamento deficiente que resulta na interrupção do fornecimento de serviços por períodos longos.

Pretende-se com este projecto melhorar as ligações para as maiores unidades orgânicas da UEM que se encontram fora do Campus Principal, dotando-as, assim, de uma infra-estrutura permanente com recurso a linhas alugadas.

Esta infra-estrutura é essencial para permitir o acesso aos sistemas de informação de finanças, bibliotecas, registo académico, planificação, recursos humanos e o webmail da Universidade, a partir das unidades orgânicas e serviços da UEM.

Beneficiários:

• Docentes, estudantes e CTA.

Actividades do Projecto: • especificação e aquisição do equipamento para o projecto; • instalação do equipamento e sua configuração; • recrutamento e formação em todas as unidades dum interlocutor com o CIUEM de forma a

facilitar a manutenção de primeira linha. Resultados Esperados:

• melhor o acesso aos serviços disponíveis na Internet tais como E-mail. • rapidez e facilidade nas pesquisas através da Internet; • facilidades na manutenção de softwares tais como MS Windows e anti-virus

Indicadores:

• maior disponibilidade de serviços de rede • menor número de incidentes.

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Duração:

Junho a Dezembro de 2007.

O equipamento aqui orçamentado é para o melhoramento da conectividade das Faculdades de Engenharia, Veterinária, Medicina, Arquitectura e Planeamento Físico, e Direito; AHM; DSS; Estação Biológica de Inhaca e Reitoria. Dentro do Campus Principal está incluída a Direcção de Finanças, DSD, DAP, GIU e Faculdade de Ciências. Tabela 9: Estimativa do orçamento do projecto Backbone de maior Disponibilidade para a UEM

Descrição Orçamento (USD) Equipamento 88.000 Software - Formação - Implementação - Custo operacional mensal de 9 circuitos alugados = USD 4000

48.000

Total 136.000 Responsável:

CIUEM

Título:

7. Open Access (Wireless)

Descrição:

O acesso a infra-estrutura de comunicação é feita, actualmente, via cabo. Com este projecto pretende-se massificar o uso de wireless em determinados locais, como é o caso de salas de aulas, o que pressupõe a instalação de uma infra-estrutura wireless adequada.

Beneficiários:

• docentes; • estudantes; • corpo técnico e administrativo.

Actividades do Projecto:

• especificar e adquirir o equipamento para o projecto; • instalar, configurar o equipamento (pontos de acesso); • instalar e configurar o servidor para o controle de acesso dos utilizadores, e para a

monitorização qualificada do serviço fornecido; • formar gestores da infra-estrutura.

Resultados Esperados:

• locais para a instalação da infra-estrutura identificados; • equipamento especificado e adquirido; • equipamento instalado e operacional; • formação realizada.

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Tabela 10: Estimativa do orçamento do projecto Open Access (Wireless)

Descrição Orçamento (USD) Equipamento, material eléctrico, servidores

30.000

Segurança de equipamento 5000 Rede de dados 5000 Total 40.000

Duração:

Janeiro – Junho 2007

Responsável:

CIUEM

Título:

8. Redes Residenciais Descrição:

Com este projecto pretende-se equipar as residências (dos estudantes, docentes, CTA) em tecnologias de interligação a Internet como forma de massificar o uso das soluções de ICTs disponíveis. Cada local de aglomeração da população universitária deve ser ligado ao backbone da UEM através de tecnologia especifica. Os locais alvos deste projecto são o BRU (Bairro Residencial Universitário), ISATEX e residências estudantis.

Beneficiários: • Estudantes; • Docentes; • CTA.

Actividades do Projecto:

• seleccionar o ponto para a instalação do sistema de rede (BRU, ISATEX, Residências); • fazer o levantamento das necessidades e esquematização da solução; • definir as formas de pagamento pelos beneficiários; • adquirir o equipamento e instalar.

Resultados Esperados: • levantamento das necessidades efectuadas; • formas de pagamento definidas; • local escolhido conectado à Internet; • estrutura de gestão da infra-estrutura montada.

Tabela 11: Estimativa do orçamento do projecto Redes Residenciais

Descrição Orçamento (USD) Equipamento, material eléctrico, rádios, cabos UTP, base station

40.000

Computadores para as residências 80.000 Routers, Access points 20.000 Estabelecimento da conexão 2.000 Total 142..000

Duração:

Janeiro 07 a Junho 07

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Responsável:

CIUEM

Título:

9. Arquivo Digital e Data Centre Descrição Este projecto visa criar um mecanismo para garantir a integridade e preservação de documentos e dados produzidos e circulados em forma electrónica e que fazem parte da memória institucional. O Data Centre irá conter infra-estrutura que permita a hospedagem de todos os servidores da UEM, incluindo dispositivos de redundância nos servidores, rede, energia de qualidade, refrigeração e segurança. Beneficiários:

• UEM

Actividades do Projecto:

• identificação do espaço físico para o estabelecimento do Data Centre; • levantamento de necessidades; • aquisição dos equipamentos e outros recursos; • implementação e operação.

Resultados Esperados:

• Dados da instituição conservados com maior segurança. Indicadores:

• Servidores e Sistemas de segurança adquiridos e implementados.

Duração: Junho/07 a Junho/08

Tabela 12: Estimativa do orçamento do projecto Arquivo Digital e Data Centre

Descrição Orçamento (USD) Servidores e Equipamento de Rede 100.000 Sistema de Segurança 20.000 Equipamento de Refrigeração 5.000 Total 125.000

Responsável:

CIUEM

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Título:

10. Sistema de Gestão de Recursos Humanos

Descrição:

Pretende-se, com este projecto, estudar e dotar a UEM de um sistema informatizado para a gestão e monitoria dos dados referentes ao processo de administração de recursos humanos na UEM.

Assim, pretende-se especificar, adquirir e implementar um Sistema de Gestão de Recursos Humanos robusto, baseado em plataformas recomendáveis ao nível da UEM..

Beneficiários:

• UEM Actividades do Projecto:

• análise da funcionalidade do sistema existente; • identificação dos requisitos (requisitos de utilizador, equipamento, conectividade, formação); • identificação de fontes de financiamento; • implementação do projecto.

Resultados Esperados:

• Sistema de Recursos Humanos funcional. Indicadores:

• formação e organização necessárias para o uso do sistema estabelecido; • sistema implementado.

Duração: Junho/07 a Junho/08

Tabela 13: Estimativa do orçamento do projecto Sistema de Recursos Humanos

Descrição Orçamento (USD) 1 Servidores, 20 computadores, 2 Hub, 5 impressoras 50.000 Consultoria 50.000 Licenças, aplicação 50.000 Formação de utilizadores finais, gestores da aplicação 10.000 Implementação, manuais 50.000 Total 210.000

Responsável:

DRH

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Titilo:

11. Sistema de Exames de Admissão Descrição:

A gestão do processo de exames é uma forma particular de um problema mais genérico que é a alocação de recursos a tarefas que se pretende executar num determinado espaço de tempo, tendo em conta as impossibilidades, restrições mais ou menos rígidas e preferências que são impostas à sua distribuição nesse intervalo de tempo.

Pretende-se, com este projecto, estudar e dotar a UEM de um sistema informatizado para gestão e monitoria dos dados referentes ao processo de exames de admissão na UEM.

Beneficiários:

Serão beneficiários do projectos os seguintes grupos:

• Candidatos a Estudantes; • Comissão de Exames de Admissão; • Sociedade em geral; • UEM.

Actividades do Projecto

A seguir são descritas as actividades principais do projecto:

• avaliação das necessidades; • selecção do grupo-alvo; • concepção do sistema; • desenho e ensaio do sistema informatizado; • implementação e integração do sistema na base de dados da UEM; • avaliação e monitoria.

Resultados Esperados:

• sistema informatizado e integrado de exames de admissão; • candidatos ao ensino superior inscritos electronicamente; • candidatos distribuídos pelas salas de exames automaticamente; • resultados dos exames acessíveis electronicamente e de forma remota.

Indicadores:

• relatórios do processo; • acesso on-line; • integração no sistema de base de dados da UEM.

Duração:

1 ano a partir de Janeiro de 2007

Tabela 14: Estimativa do orçamento do projecto Sistema de Exames de Admissão

Descrição Orçamento (USD) Equipamento 7.000 Software, Licenças, aplicação 20.000 Treino de utilizadores finais, gestores da aplicação 5.000 Implementação do sistema 5.000 Total 37.000

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Responsável:

CIUEM, Comissão de Exames de Admissão e Direcção de Finanças

Título:

12. Sistema de Registo Académico

Descrição:

A gestão de matrículas, cursos, disciplinas, inscrições é uma parte das actividades desenvolvidas pela DRA. O objectivo deste projecto é estudar e implementar um sistema centralizado, fiável e robusto para gerir a vida académica do estudante, tendo em conta as experiências de informatização anteriores e outras soluções existentes em algumas Faculdades.

Beneficiários: • Estudantes, Faculdades e Escolas Superiores, DRA, Direcção de Planificação.

Actividades do Projecto:

• análise da funcionalidade dos sistemas de registo académico existentes; • identificação dos novos requisitos (requisitos de utilizador, equipamento, conectividade,

formação); • identificação de fontes de financiamento; • aquisição de hardware e software necessários; • formação dos utilizadores e gestores; • implementação do projecto.

Resultados Esperados:

• gerir informação do processo de formação do estudante; • ter e assegurar um sistema funcional que permita a DRA gerir a informação dos estudante; • ter e assegurar um sistema funcional que permita ao estudante acompanhar todo o processo

relativo a sua formação; • garantir um sistema de registo académico funcional e seguro.

Indicadores:

• sistema implementado; • formação e organização necessária para o uso de sistema estabelecida.

Duração:

Março/07 a Março/08

Tabela 15: Estimativa do orçamento do projecto Sistema de Registo Académico

Descrição Orçamento (USD) 1 Servidores, 20 Computadores, 2 Hub, 5 impressoras 50.000 Consultoria 50.000 Software, Licenças 150.000 Treino de utilizadores finais, gestores da aplicação 10.000 Implementação do sistema 50.000 Total 310.000

Responsável:

DRA

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Título:

13. Sistema de Gestão de Património Descrição:

Uma Universidade que pretende estar na vanguarda do processo de gestão de seus bens precisa de um bom sistema de gestão de património.

A UEM tem um vasto património, contudo, a sua gestão é feita manualmente. Este projecto visa implementar um sistema centralizado, fiável e robusto para gerir os bens patrimoniais da UEM.

Beneficiários: • Direcção de Administração e Património.

Actividades do Projecto:

• identificação dos novos requisitos (requisitos de utilizador, equipamento, conectividade, formação);

• aquisição de hardware e software necessários; • formação dos utilizadores e gestores; • implementação do projecto.

Resultados Esperados:

• hardware instalado; • utilizadores e gestores formados; • aplicações instaladas; • sistema de Gestão de Património operacional e seguro.

Indicadores:

• sistema implementado; • formação e organização necessária para o uso de sistema estabelecida.

Duração:

Março/07 a Março/08

Tabela 16: Estimativa de orçamento do projecto Sistema de Gestão de Património

Descrição Orçamento (USD) 1 Servidores, 20 Computadores, 2 Hub, 5 impressoras

50.000

Consultoria 50.000 Software, Licenças 50.000 Utilizadores finais, gestores da aplicação 10.000 Implementação 50.000 Total 210.000

Responsável:

DRA

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Título:

14. Sistema de Bibliotecas

Descrição:

Este projecto visa implementar um sistema de gestão do acervo bibliográfico da UEM, respeitando as soluções hoje existentes.

O sistema terá uma gestão centralizada e disponibilizará informação a todos conforme as necessidades e permissão de acesso.

O sistema de bibliotecas constitui um repositório de documentos de fácil acesso, permitindo também a redução no uso de papel.

Refira-se ainda que o sistema actualmente em funcionamento esteve inoperacional durante um período considerável, devendo se considerar a aquisição de computadores para as bibliotecas e backup do servidor.

Beneficiários

Este sistema beneficiará a UEM em geral mas em particular as seguintes grupos:

• Estudantes; • Docentes; • DSD.

Actividades do Projecto:

• análise da funcionalidade do sistema existente; • identificação dos requisitos (requisitos de utilizador, equipamento, conectividade, formação); • implementação do projecto.

Resultados Esperados:

• hardware instalado; • sistema centralizado de informação disponível e acessível a todos conforme as necessidades e

níveis de permissão a partir de qualquer ponto da UEM; • repositório de documentos de fácil e rápido acesso.

Indicadores:

• formação e organização necessárias para o uso do sistema estabelecido; • sistema implementado.

Duração:

Janeiro/07 a Janeiro/08

Tabela 17: Estimativa do orçamento do projecto Sistema de Bibliotecas Descrição Orçamento (USD) 1 Servidor, 20 Computadores, 2 Hub, 5 impressoras 50.000 Consultoria 50.000 Software, licenças 50.000 Treino de utilizadores finais, gestores da aplicação 10.000 Implementação 50.000 Total 210.000

Responsável:

DSD

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Título:

15. Sistema Integrado de Planificação

Descrição:

A existência em cada área (administrativa, financeira e de recursos humanos), de controlo e sistemas informatizados próprios, actuando de forma isolada e com dificuldades no desenvolvimento do trabalho, gerou a necessidade de repensar na forma de funcionamento e integração dos processos produtivos e de prestação de serviços na UEM. Com o decorrer do tempo, algumas unidades orgânicas e serviços viram-se na contingência de adquirir e ou desenvolver pequenos sistemas e controlos por via de aplicativos disponíveis.

A planificação é alimentada a partir de sistemas de informação de finanças, recursos humanos, registo académico, investigação e outros. A informação desses sistemas deve ser integrada para permitir a geração de conhecimento sobre o desempenho da instituição para que ela possa avaliar a implementação dos planos em curso e planificar o futuro.

Propõe-se, por isso, que a UEM continue com o desenvolvimento de um sistema integrado de planificação, como uma solução corporativa e integrada de automação da gestão administrativa, financeira e de recursos humanos, para a execução distribuída dos seus processos e geração de informação.

Beneficiários: Serão beneficiários do projecto, os seguintes grupos:

• DRH; • Direcção de Finanças; • Direcção do Património; • DSS; • DSD; • Gabinete do Reitor; • UEM no Geral.

Actividades do Projecto:

• avaliação de necessidades; • análise do sistema; • desenvolvimento do sistema; • treinamento dos usuários do sistema; • apresentação do sistema à UEM; • teste do sistema; • uso do sistema em regime piloto; • uso do sistema em toda a UEM; • monitoria e validação.

Objectivos:

Melhorar o processo de planificação.

Resultados Esperados:

• relatórios por órgão detalhando títulos pendentes e tempo de vencido; • informação sobre projectos introduzida; • consultas rápidas tendo em conta, tipo de projecto, orçamento, período de execução, órgão

responsável.

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Indicadores:

• relatórios; • número de consultas; • tipo de consultas; • número de utentes.

Duração:

2007 – 2009

Estimativa do orçamento:

Um estudo efectuado em 2005 (SIP-Concepção de um Sistema Integrado de Planificação, 2005) identificou 9 sub-projectos.

A sua implementação foi avaliada em cerca de $1.650.000,00. Dois dos subp-rojectos referem-se à construção de um sistema de planificação propriamente dita e outro de suporte à mudança organizacional. O valor médio requerido para a implementação destes dois sistemas é de $890.200,00.

Responsável:

Gabinete de Planificação

Título:

16. Normas de Acesso e Utilização de ICTs

Descrição:

Este projecto visa estabelecer normas que regulem o acesso e o uso de recursos informáticos partilhados na UEM, dos quais fazem parte, dentre outros, os seguintes:

• rede primária da UEM (backbone); • redes locais; • computadores e outros periféricos; • largura de banda; e • sistemas de Informação de Gestão.

O projecto vai permitir uma utilização segura dos recursos disponíveis, garantindo que somente indivíduos, devidamente autorizados, deles possam ter acesso. Não só, também reforçará as medidas de racionalização de uso da largura de banda, através de dispositivos, tais como:

• controle de vírus e spams; • bloqueio de softwares que consomem largura de banda sem enfoques institucionais; • bloqueio de sites não recomendáveis; • uso obrigatório do webmail da UEM; • limitação de largura de banda por sector; • sistemas de autenticação e autorização (AAA) de todos os utilizadores dos nossos sistemas e

infra-estrutura.

Beneficiários:

Docentes, Estudantes e CTA.

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Actividades do Projecto:

O projecto irá desenvolver as seguintes actividades principais:

• elaboração do documento de Normas de Gestão da Largura de Banda e Segurança de Redes e Sistemas;

• debate, divulgação e aprovação do documento; • implementação das medidas previstas no documento.

Resultados Esperados:

• documento de Normas de Gestão da Largura de Banda e Segurança de Redes e Sistemas aprovado;

• medidas de gestão da largura de banda e segurança de redes e sistemas implementadas.

Indicadores:

• realização de debates sobre o documento • número de utilizadores do webmail da UEM • sistemas de autenticação e de racionalização de largura de banda implementados nas

unidades orgânicas da UEM.

Duração:

Janeiro de 2007 – Junho de 2007

Estimativa do orçamento

Descrição Orçamento (USD) Elaboração do documento de Normas de Gestão da Largura de Banda e Segurança de Redes e Sistemas;

15.000

Debate, divulgação e aprovação do documento 2.000 Software 10.000 Implementação das medidas previstas no documento 2.000 Total 29.000

Responsável:

CIUEM

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Referências Bibliográficas

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CAPITULO V: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BMI – Tech (2002), SADC E-Readiness Review and Strategy, Report prepared for the SADC e-readiness Task Force.

2. Direcção de Planificação da UEM (2005), Relatório Final de Análise e Diagnóstico do Projecto CSIP.

3. Comissão para a Política de Informática (2002), Estratégia de Implementação da Política de Informática, Maputo, Moçambique.

4. CIUEM (1991), Estudo da Situação Actual de Computarização e Necessidades de Computarização na Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, Moçambique.

5. CIUEM (2001), Plano Estratégico, Maputo, Moçambique.

6. Fernandes, R. J. L. (2001). A Infra-Estrutura das Telecomunicações como Espinha Dorsal do Desenvolvimento das ICT’s Em Moçambique, Maputo.

7. Massingue, V. (2001). A Long Term Vision For Building ICT Skills and Capacity In Mozambique, Maputo.

8. UEM (1998),. Plano Estratégico da UEM (1999-2003).

9. UEM/ Recomendações do II Seminário de Investigação da UEM, Abril de 1998 (não publicado)

10. UEM; UP & ISRI (1997),. Repensar o Ensino Superior em Moçambique. Maputo, Moçambique. Fevereiro.

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Anexo 1: Rede no Campus Principal

Server

Server

WirelessInternet

Router

Dial-In

2924

Sci

Sci 2

Letras /Educacao /Economia

Letras 100Mbps CEA

1Gbps

GIU/FINA / IU

AGR 2 / BOT

AGR

3550-48

3550G12L3

Internet Exchange (MozIX)

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Anexo 2: Backbone de Wireless da UEM.

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