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Remetente: Rua José Clemente, 500 – Centro – CEP: 69.010-070 – Manaus-AM www.arquidiocesedemanaus.org.br Informativo da Arquidiocese de Manaus Ano 16 • Nº 135 – Janeiro 2017 04 18 Pastoral da Terra 40 anos de luta junto aos ribeirinhos Padroeira do Amazonas é homenageada com grande procissão Remetente: Rua José Clemente, 500 – Centro – CEP: 69.010-070 – Manaus-AM

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Page 1: Somos uma Igreja acolhedora - Arquidiocese de Manaus · Nossa Igreja é uma Igreja viva e atuante. Leigos e leigas, aos milhares, vivem e dão testemunho de sua fé sendo sal e

Remetente: Rua José Clemente, 500 – Centro – CEP: 69.010-070 – Manaus-AM

Somos uma Igreja acolhedorauma Igreja acolhedorauma Igreja

www.arquidiocesedemanaus.org.br

Informativo da Arquidiocese de Manaus Ano 16 • Nº 135 – Janeiro 2017

04 18Pastoral da Terra40 anos de luta junto aos ribeirinhos

Padroeira do Amazonas é homenageada com grande procissão

www.arquidiocesedemanaus.org.brInformativo da Arquidiocese de Manaus Ano 16 • Nº 135 – Janeiro 2017

Remetente: Rua José Clemente, 500 – Centro – CEP: 69.010-070 – Manaus-AM

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E X P E D I E N T E• • • • • • • • •

ARQUIDIOCESE EM NOTÍCIAS É O INFORMATIVO DA ARQUIDIOCESE DE MANAUS

CONSELHO EDITORIALPe. Charles Cunha

Dir. Superint. da Fundação Rio Mar

Dom Sérgio CastrianiDom José AlbuquerqueDom Tadeu Canavarros

Pe. Geraldo Ferreira BendahamPe. Charles Cunha

Adriana RibeiroAna Paula Lourenço

Projeto Gráfi co e EditorialDiagramação

RevisãoCapa

TiragemPeriodicidade

ImpressãoAbrangência

Disponível na internet

Fale conosco

Anuncie conosco

Arcebispo Metropolitano de ManausBispo AuxiliarBispo AuxiliarCoordenador de PastoralDiretor Administrativo da Fundação Rio MarRelações PúblicasJornalista – MTB 060 AM

Wega ComunicaçãoEpifânio LeãoAna Paula Lourenço e Ivaneide LimaPauliana Caetano, com foto de Juan Gabriel

6.000 exemplaresMensalGráfi ca AmazonasEm toda a área de atuação da Arquidiocese de Manaus (Careiro, Careiro da Várzea, Iranduba, Manaus, Manaquiri, Novo Airão, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva), Dioceses do Amazonas (Alto Solimões, Bor-ba, Coari, Itacoatiara, Parintins, São Gabriel da Cachoeira e Tefé) e Regionais da CNBB

www.arquidiocesedemanaus.org.brwww.rederiomar.com.br

Fundação Rio MarRua José Clemente, 500 – CentroCEP: 69010-070 • Manaus-AM(92) 3198-0903 • 3198-0905

(92) [email protected]@rederiomar.com.br

Esta publicação não pode ser comercializada

Graça e Paz para você e tua comunidade.

Caro leitor do “Arquidiocese em Notícias”, feliz ano novo! O ano de 2017 já surge no horizonte e que seu alvorecer resplandeça o sorriso da esperança convidan-do cada um de nós a cultivar em meio às tormentas dos fatos, um otimismo impulsionado pela fé e revigorado pela ação do Santo Espírito de Deus. E sobre isso, o Papa Francisco disse em um de seus discursos: “o cristão não pode ser pessimista!”.

E a nossa Igreja de Manaus começa o ano de 2017 acolhendo Dom Ed-milson Tadeu em cada co-munidade que visita para celebrar a Eucaristia. Seja bem-vindo Dom Edmilson Tadeu, neste pedaço de chão amazônico de tanta beleza e de tantos con-trastes. Uma Igreja cabo-cla, indígena e urbana. De povo guerreiro que guarda a sua fé. De natureza exuberante, uma obra de arte do Criador e tão maltratada por mãos humanas.

Depois de 33 anos Deus fez

justiça. A nossa Rádio Rio Mar

vai virar FM. Agora é a hora

de fazer a nossa parte: ser Amigo

da Rádio Rio Mar 103,5 FM.

Também 2017 será um ano de um intenso trabalho na Fundação Rio Mar. Depois de 33 anos Deus fez justiça. A nossa Rádio Rio Mar vai virar FM. Agora é a hora de fa-zer a nossa parte: ser Amigo da Rádio Rio Mar 103,5 FM. Quero convidar você em nome do Arcebispo de Manaus, Dom Sérgio Eduardo Castriani, e que ainda não é contri-buinte da Fundação Rio Mar, a tornar-se o mais rápido possível, amigo da Rádio Rio Mar FM. E como ser amigo da rádio? Basta ligar pra 3198-0903 e fazer o seu cadas-tro e receber na sua casa um carnê com 6 boletos no valor de R$ 25,00 cada, para ajudar na campanha em prol da compra de equipamentos para a nossa rádio. Lembro que essa campanha só vai durar 6 meses. Não podemos per-der tempo. Precisamos evangelizar também pelas ondas da Rádio Rio Mar FM. Chegou a hora! E agora é a nossa hora de ajudar. Desde já, nossa gratidão a você que irá ajudar a realizar este sonho tão sonhado por todos nós. Deus seja bendito por tudo, porque Ele é bom e eterna é a sua misericórdia.

Uma ótima leitura para você.

2 • Janeiro • Arquidiocese em Notícias

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Caros leitores e leitoras,

O início de um novo ano é uma oportunidade para rever nossas prio-ridades e avaliar a nossa caminhada pastoral. Temos muitas razões para agradecer a Deus e aos irmãos. Nossa Igreja é uma Igreja viva e atuante. Leigos e leigas, aos milhares, vivem e dão testemunho de sua fé sendo sal e luz na sociedade e na Igreja. As comunidades de vida consagrada são uma riqueza inestimável na nossa Arquidiocese. Contamos com um clero em que padres e diáconos se empenham no serviço às comunidades.

Crescemos muito na implantação do nosso Plano de Pastoral. Neste ano, juntos, queremos continuar no mesmo rumo. No entanto, neste início de ano queremos propor que estejamos atentos à acolhida. Não se trata só de orga-nizar a pastoral da acolhida, embora isto seja importante, mas zelar para que a acolhida seja uma marca de nossas comunidades, pastorais e movimentos. Que ninguém se sinta excluído de nossas comunidades e que os que vêm ao nosso encontro encontrem sempre um porto seguro para atracar as barcas de suas vidas. Somos um povo acolhedor e as pessoas que vêm de fora ressaltam sempre esta característica nossa. Mas, às vezes, a burocracia, o corre corre, as preocupações nos tornam desatentos a quem chega, e pior, às vezes nos levam a tratar mal quem nos procura. Por isso é importante organizar a aco-lhida, para que ela não dependa só do nosso bom humor.

Neste início de ano várias paróquias e áreas missionárias receberão novos párocos, e isto signifi ca que outras perderão. Fico feliz quando uma comuni-dade sente a saída do seu padre. Isto é bom sinal. Mas quando ela difi culta a mudança e não recebe bem o novo pároco, demonstra falta de maturidade eclesial. As decisões de transferência dos padres são tomadas depois de muita oração e discernimento. É claro que somos humanos e sempre podemos errar, mas temos que confi ar na boa vontade fundamental das pessoas. Se a sua paróquia ou área missionária está recebendo um novo pároco, eu lhe peço que

o acolha bem. Se o seu pároco está indo para um outro serviço, considere isto um envio missionário, reze por ele, e o apoie na nova missão.

Janeiro é mês de São Sebastião. A devoção a ele é impressionante, e são inúmeras as igrejas a ele dedicadas, tanto nas cidades como no interior. Ele sempre foi visto como grande protetor. É bom saber que não estamos sozinhos, mas que temos uma multidão de irmãos e irmãs que do céu nos acompanham. Mas eles também são exemplo para nós e Sebastião o é de uma maneira muito especial, pois é um mártir. Seu sangue foi derramado por causa de sua fé. O martírio faz parte da história da Igreja e mesmo quando a situação não é dramática como no tempo de grandes perseguições organi-zadas e sistemáticas, o testemunho diário da nossa fé pode exigir sacrifícios e causar sofrimentos. Permanecer fi rme na fé é sempre um grande desafi o.

Janeiro para muitos é mês de férias. Nas comunidades as atividades pasto-rais entram em recesso. Isto é bom porque todos precisamos refazer as forças. A lei do descanso foi a grande revolução na vida de Israel. Descansar é também um ato de fé e confi ança em Deus, pois reconhecemos os nossos limites, e entrega-mos tudo nas suas mãos. Infelizmente a grande maioria do nosso povo não pode tirar férias. Que tal organizar, sobretudo para as crianças, atividades de lazer nas nossas comunidades? Com criatividade podemos realizar muito.

O mês de janeiro começa com uma grande preocupação, a paz. Paz que não é só ausência de guerra, mas condições de vida plena para todos. A vio-lência no trânsito, as agressões contra mulheres e crianças, os assassinatos de jovens envolvidos com o tráfi co, os assaltos e roubos, são sinais de uma sociedade desestruturada em que o ódio parece ser o sentimento dominante. O resultado é que vivemos com medo. No dia primeiro de janeiro o setor Pe. Pedro Vignola começa o ano com uma caminhada pela paz, que termina no Cruzeiro onde todos os meses é celebrada uma missa em que se faz memória das vítimas da violência da grande cidade. É um sinal de que queremos a Paz e estamos dispostos a fazer a nossa parte. Um Feliz Ano Novo a todos.

PROVISÃO

DATA NOME MUNUS PARÓQUIA/ÁREA MISSIONÁRIA

22/11/2016 Fr. Alex Assunção da Silva, OFM Pároco Área Missionária Santa Catarina de Sena – Data da posse: 08/01/2017, às 18h

22/11/2016 Pe. Auricélio Ferreira Correira, SDN Pároco Área Missionária Tarumã – Data da posse: 22/01/2017, às 7h30

05/12/2016 Pe. Claudi Gonçalves da Silva, Diocese de Pesqueira Pároco Paróquia Santíssima Trindade – Data da posse: 05/02/2017, às 7h30

06/12/2016 Pe. Paulo Cesar Ferreira da Silva, Diocese de Campo Maior/PI Pároco Paróquia Nossa Senhora das Graças – Data da posse: 04/02/2017, às 18h

06/12/2016 Pe. Joaquim Hudson de Souza Ribeiro, Diocesano Pároco Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição – Data da posse: 05/02/2017, às 7h30

06/12/2016 Pe. Antonio Ramos de Souza, Diocesano Pároco Paróquia São Pedro Apóstolo – Data da posse: 05/02/2017, às 19h30

06/12/2016 Pe. Geraldo Ferreira Bendaham, Diocesano Pároco Paróquia São Francisco das Chagas – Data da posse: 05/02/2017, às 7h

06/12/2016 Pe. Mauro Cleto Ferreira Costa, Diocesano Pároco Paróquia Nossa Senhora dos Remédios – Data da posse: 05/02/2017, às 19h

06/12/2016 Pe. Wolney Augusto Mourão de Souza Pároco Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora – Data da posse: 19/02/2017, às 19h30

06/12/2016 Pe. Antonio Carlos Libanio Fernandes/Tefé Pároco Paróquia Cristo Libertador – Data da posse: 19/02/2017, às 7h30

06/12/2016 Pe. João Mattos de Abrantes, Diocesano Vigário Paroquial Paróquia São Pedro Apóstolo – Rio Preto da Eva

06/12/2016 Pe. Bento Pavão, OMV Vigário Paroquial Paróquia Nossa Senhora de Fátima – Careiro Castanho

06/12/2016 Pe. Kambala Chinnappan Bala Suresh, MMI Vigário Paroquial Área Missionária São Lourenço

06/12/2016 Pe. Francisco Carlos Batista de Souza, Diocesano Vigário Paroquial Paróquia Sagrado Coração de Jesus

06/12/2016 Fr. John of God Machado Araujo, OFM Vigário Paroquial Área Missionária Santa Catarina de Sena

09/12/2016 Fr. Rogério de Souza Correia, TOR Vigário Paroquial Paróquia São Jorge

09/12/2016 Pe. José Luiz Torres Guzman, AMG Vigário Paroquial Área Missionária Imaculado Coração de Maria

DECRETO DE CRIAÇÃO

DATA ÁREA MISSIONÁRIA LOCAL

30/12/2016 Área Missionária Sagrada Família Avenida do Turismo, 4011 – Tarumã, às 19h30

Que ninguém se sinta excluído de nossas comunidades, e que os que vêm ao nosso encontro encontrem sempre um porto seguro para atracar as barcas de suas vidas.

Dom Sérgio Eduardo CastrianiArcebispo de Manaus

Cúria ArquidiocesanaQuadro Informativo Mensal

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do que nossa Igreja é mariana e por isso seus fi éis possuem uma bonita devoção por aquela que nos cobre com seu manto e nos oferece sua proteção materna. “Somos seus fi lhos e experimen-tamos sua proteção materna. Tantos pedidos, tantas ave Marias, na calada da noite, ou à luz do dia, num quarto de hospital, ou num barco em meio à tempestade, antes de uma prova na escola, ou com medo de uma doença desconhecida, em momento felizes e nas ocasiões tristes, nossos lábios murmuraram, rogai por nós pecadores. Não estamos sozinhos neste vale de lágrimas, temos uma companheira, um porto seguro onde atracar até que passe a tormenta”, afi rmou Dom Sérgio que encerrou a homilia convidan-do todos a invocarem Maria através da oração da Salve Rainha.

Ao fi nal, Dom Sérgio Castriani também anunciou a abertura do Ano Jubilar Mariano na Arquidiocese de Manaus, que consiste em um ano de graça, de modo especial para o Brasil: um momento de louvor e agrade-cimento especial a Deus por tudo aquilo que Ele tem feito, por inter-cessão de Nossa Senhora Aparecida.

Vanilda Conceição Ribeiro, 68 anos, da Paróquia Sagrado Co-ração de Jesus, é devota de Nossa Senhora da Conceição, desde sua primeira comunhão e a considera sua madrinha. Ela foi à pro-cissão como em todos os anos para agradecer por todas as graças recebidas, principalmente por interceder pela saúde dela e sua família. “Vou sempre à Catedral para rezar aos pés da minha ma-drinha e pedir principalmente saúde para que eu possa continuar servindo à Igreja”, afi rmou.

Emile Ferreira, 19 anos, foi à procissão pela primeira vez e levou seu fi lho Lucca, de 9 meses, vestido de anjinho para pagar uma promessa feita por sua sogra, que é muito devota à Nossa Senhora. “Vim pela primeira vez e foi muito lindo. Eu vim trazer meu fi lho, pois minha sogra prometeu que traríamos ele vestido de anjinho, se o nascimento dele fosse ótimo. Foi tudo bem e estamos aqui”, declarou.

Texto e foto: Ana Paula Lourenço Milhares de fi éis prestaram homenagens à padroeira do

Amazonas, Nossa Senhora da Imaculada Conceição, na tarde do dia 8 de dezembro. A programação foi intensa, iniciando às 7h30 da manhã, mas o ponto alto começou às 16h30, quando iniciou a procissão acompanhada por cerca de 80 mil fi éis. Ao fi nal, aconteceu uma missa solene, presidida pelo arcebispo de Manaus e concelebrada por dezenas de padres diocesanos e de congregações em missão na Arquidiocese de Manaus.

A procissão animada pelos padres Erivelton Figueiredo (diocesano) e Amarildo Luciano (redentorista) levou os fi éis a rezarem o terço e refl etir sobre o dogma da imaculada concei-ção, que declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, desde a sua Concepção, ou seja, que ela foi preservada desde sempre da mácula do pecado original. Das milhares de pessoas, estiveram crianças, jovens, adultos e idosos manifestando sua devoção à Nossa Senhora, pedindo e agradecendo pelas graças recebidas pela intercessão da Mãe de Jesus.

Durante a missa solene, Dom Sérgio fez uma bonita homilia explicando sobre o dogma da Imaculada Conceição e destacan-

Festa da padroeira do Amazonas

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Entre os ministérios que o Missal Romano enumera, exis-tem também “os que, em várias regiões, acolhem os fi éis às portas da Igreja e os levam aos seus lugares e organizam as suas procissões” (IGMR 68b). Um serviço que homens, mulhe-res e jovens podem prestar. Acolher, orientar os que chegam às nossas Comunidades Eclesiais, é semelhante aos “hospe-deiros” ou “recepcionistas” da nossa vida social, familiar. To-dos gostamos de ser bem recebidos quando vamos a algum lugar que precisamos de uma orientação, de saber como pro-ceder: se podemos entrar, sentar, fi car de pé, como aguardar. Atender de modo particular os idosos e as crianças, turistas ou transeuntes.

Nas Constituições Apostólicas II 58, indicava-se a esses ministros que atendessem de modo particular os pobres e ido-sos que vinham à celebração. É um ministério que demonstra nosso acolhimento como Jesus que sempre acolheu. São Paulo dizia aos Romanos “Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo nos acolheu para a glória do Pai” (Rm 15,7).

A Pastoral da Acolhida é uma ação bonita em liturgia. Mas o que é acolher? Parece fácil de responder, mas não é simples. Aco-lher alguém na Igreja tem sentido especial. O acolhi-mento cristão é carregado de uma grande profundi-dade, é diferente de rece-ber alguém. O acolhimento é um serviço de evangelização que prestamos à comunidade e por isso deve ser disciplina-do com base na palavra de Deus, que motiva e anima os acolhedores a desempenha-

rem um bom trabalho pastoral. Devemos ter uma atitude de sensibilidade e, acima de tudo disponibilidade em atender de forma criativa as pessoas. Há grande diferença entre receber e acolher! O ato de Acolher exige Doação, Respeito e Amor.

Não há necessidade de estender as mãos ou abraçar a to-dos. Um sorriso ou um cumprimento; tratar todos com respeito e cortesia, conduzir até aos bancos as pessoas idosas, pessoas cadeirantes ou com outras necessidades; identifi car pessoas que estão visitando a comunidade; sempre orientar em voz baixa; evitar risadas no interior da igreja; ser pontual; não usar óculos escuros para acolher; usar roupas discretas e evitar gí-rias etc. Segundo Raimundo Freitas, da Diocese de Bragança--PA, “Acolher com atitudes que brotam do coração, de escuta, é um testemunho cristão num mundo que vive o isolamento e o individualismo. Somos chamados a sermos pessoas de Acolhi-da nas condições normais da nossa vida, a partir daquilo que somos e daquilo que fazemos”.

Em alguns ambientes e ocasiões, o próprio presi-dente realiza esse

PROGRAMA PREPARANDO O DIA DO SENHORDia: Sexta-feira, das 20h às 21h.Apresentação: Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre.Ouça pela Rádio Rio Mar AM – 1.290 Khz / Castanho FM103,3 MHz / Site: www.rederiomar.com.br.

Ir. Letícia PontiniDiscípula do Divino Mestre

ACOLHIDA NA LITURGIA

ministério, manifestando já, ao princípio ou no fi nal da cele-bração, a sua condição de representante e sinal de Cristo. Mas o acolhimento, sobretudo, pode ser feito pelos cristãos leigos que podem contribuir para que todos sintam-se bem na casa de Deus; que não são forasteiros na celebração, tanto da Euca-ristia, da Celebração da Palavra como de outros sacramentos mais ocasionais.

Deixamos alguns exemplos possíveis de fazer: Acolher as pessoas com um recipiente com água perfumada ou pétalas de fl ores: deixar as pessoas tocarem a água; quem acolhe pode dizer: Seja bem-vindo/a à casa do Senhor; outras vezes o grupo de canto pode entoar “Seja bendito quem chega, seja bendito quem chega trazendo paz, trazendo paz, trazendo a paz do Se-nhor” ou “Onde reina o amor, fraterno amor, onde reina amor, Deus aí está”. Na Páscoa, Natal ou em outras ocasiões signifi ca-

tivas, preparar e entregar uma mensagem ou mesmo uma lembrancinha de acordo com o mistério celebrado.

O Doc. 45 n.179 da CNBB nos diz “A atitude de ami-zade e de acolhida acentua a valorização da pessoa,

num mundo onde a técnica e o progresso nem sempre deixam espaço para a comunicação pes-soal”. E continua o Doc. n.180 “Por isso, a pessoa

precisa ser acolhida na comunidade, com aber-tura e sensibilidade para os diversos aspectos e

dimensões de sua identidade e existência”.

LEITURA LITÚRGICA DA PALAVRA – JANEIRO/2017Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

S. Maria Mãe de DeusNm 6,22-27Sl 66(67),2-3.5-6.8 (R/. 2a)Gl 4,4-7 / Lc 2,16-21

Ss. Basílio Magno e Gregório Nazianzeno1Jo 2,22-28Sl 97(98),1-4 (R/. 3a) / Jo 1,19-28

SS. Nome de Jesus1Jo 2,29-3,6Sl 97(98),1.3cd-6 (R/. 3a)Jo 1,29-34

1Jo 3,7-10Sl 97(98),1.7-9 (R/. 3a)Jo 1,35-42

1Jo 3,11-21Sl 99(100),2-5 (R/. 2a)Jo 1,43-51

1Jo 5,5-13Sl 147(147B),12-15.19-20 (R/. 12a)Mc 1,7-11

S. Raimundo de Penyafort1Jo 5,14-21Sl 149,1-6a.9b (R/. 4a)Jo 2,1-11

EPIFANIA DO SENHORIs 60,1-6Sl 71(72),1-2.7-8.10-13 (R/. cf. 11)Ef. 3,2-3a.5-6 / Mt 2,1-12

BATISMO DO SENHORIs 42,1-4.6-7 ou At 10,34-38Sl 28(29),1a.2.3ac-4.3b.9b-10 (R/. 11b) / Mt 3,13-17

Hb 2,5-12Sl 8,2a.5-9 (R/. cf. 7)Mc 1,21b-281ª Tempo comum

Hb 2,14-18Sl 104(105),1-4.6-9 (R/. 8a)Mc 1,29-39

Hb 3,7-14Sl 94(95),6-11 (R/. 8)Mc 1,40-45

S. HilárioHb 4,1-5.11Sl 77(78),3.4bc.6c-8 (R/. cf. 7c)Mc 2,1-12

S. Maria no SábadoHb 4,12-16Sl 18B(19B),8-10.15 (R/. cf. Jo 6,63c)Mc 2,13-17

2º COMUMIs 49,3.5-6Sl 39(40),2.4ab.7-10 (R/. 8a.9a)1Cor 1,1-3 / Jo 1,29-34

Hb 5,1-10Sl 109(110),1-4 (R/. 4bc)Mc 2,18-22

S. AntãoHb 6,10-20Sl 110(111),1-2. 4-5.9.10c (R/. 5b)Mc 2,23-28

Hb 7,1-3.15-17Sl 109(110),1-4 (R/. 4bc)Mc 3,1-6

Hb 7,25-8,6Sl 39(40),7-10.17 (R/. cf. 8a.9a)Mc 3,7-12

S. Fabiano e S. SebastiãoHb 8,6-13Sl 84(85),8.10-14 (R/. 11a)Mc 3,13-19

Hb 9,2-3.11-14Sl 46(47),2-3.6-9 (R/. 6)Mc 3,20-21

3º COMUMIs 8,23b-9,3Sl 26(27),1.4.13-14 (R/. 1a. 1c)1Cor 1,10-13.17 / Mt 4,12-23

Hb 9,15.24-28Sl 97(98),1-6 (R/. 1a)Mc 3,22-30

São Francisco de SalesHb 10,1-10Sl 39(40),2.4ab.7-8a.10-11 (R/. cf. 8a.9a) / Mc 3,31-35

Conversão de S. Paulo, ApóstoloAt 22,3-16 ou At 9,1-22Sl 116(117),1.2 (R/. Mc 16,15)Mc 16,15-18

Ss Timóteo e Tito2Tm 1,1-8 ou Tt 1,1-5Sl 95(96),1-3.7-8a.10 (R/. 3)Lc 10,1-9

S. Ângela MériciHb 10,32-39Sl 36(37),3-6.23-24.39-40 (R/. 39a)Mc 4,26-34

S. Tomás de AquinoHb 11,1-2.8-19(Sl)Lc 1,69-75 (R/. cf. 68)Mc 4,35-41

4º COMUMSf 2,3;3,12-13Sl 145(146),7-10 (R/. Mt 5,3)1Cor 1,26-31 / Mt 5,1-12a

Hb 11,32-40Sl 30(31),20-24 (R/. 25)Mc 5,1-20

S. João BoscoHb 12,1-4Sl 21(22),26b-28.30-32 (R/. cf 27b)Mc 5,21-43

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MissãoMissionárias de Jesus Crucifi cado junto aos mais necessitadosAna Paula Lourenço

Ir em busca dos mais necessitados, dos que sofrem injusti-ças e toda sorte de abandono nos lugares mais difíceis e “além mares”, impulsionadas pelo amor a Jesus Crucifi cado. Este é o carisma da Congregação Missionárias de Jesus Crucifi cado, fun-dada em Campinas/São Paulo, no ano de 1928. Estão em todo o Brasil, menos em Roraima, Macapá e Tocantins. Veio para a Ar-quidiocese de Manaus há quase 16 anos, com cinco religiosas, por volta do ano de 2001, após um período de 8 anos de missão em Itacoatiara-AM, e, com o apoio do arcebispo da época, Dom Luiz Soares Vieira, se instalaram em uma casa no bairro Grande Vitória, onde iniciava também a Área Missionária Ternura de Deus. A escolha do lugar deu-se em concordância com o caris-ma da congregação. Ali havia uma ocupação iniciada a pouco mais de um ano e as ruas ainda eram de barro e a população muito carente.

A missão teve início com o conhecimento do local e en-trosamento com os moradores. Na época, a Área Missionária Ternura de Deus estavam iniciando, tinha por padre responsá-vel o padre Danival Lopes e apenas cinco comunidades, sendo três delas acompanhadas pelas missionárias que fi caram res-ponsáveis por acompanhar apenas três comunidades: Todos os Santos, Cristo Ressuscitado e Santa Luzia. Elas faziam visitas e se engajaram na formação de lideranças e na catequese. Por um tempo a área fi cou sem padre acompanhando, depois con-taram com o apoio de alguns padres jesuítas e frades capuchi-nhos, e hoje contam com os padres Oblatos de Maria Imaculada que tomaram a área por missão deles.

A Irmã Rosalina foi uma das primeiras missionárias a che-gar em Manaus, tendo fi cado dois anos em Itacoarara e cinco anos em Manaus. Ela afi rmou que era um bairro de gente trabalhadora e também de muitos desempregados, logo a necessidade real da população local não era só religiosa, mas também social. Diante disso, as irmãs incentivaram um grupo de mulheres a trabalhar na venda de doces e salgados, e seus maridos desempregados aprenderem a fazer pão e assim foi

criada uma padaria comunitária que funcionou bem por um tempo. Além do sustento da família de muitos, o projeto ca-pacitou muitos que, qualifi cados, conseguiram se encaixar no mercado de trabalho.

O que mais entusiasma as religiosas é o fato de ser uma área de missão, um lugar que permite viver o carisma da congregação e, principalmente, estar e viver com os mais carentes, no meio deles. Rosalina já está em outra missão e ao visitar Manaus, rela-tou o quanto houve crescimento no local, as comunidades se de-senvolveram, aumentou o número de comunidades de cinco para treze, e com a chegada dos padres oblatos melhorou mais ainda. É possível observar o crescimento das lideranças, com leigos as-sumindo as coordenações e os trabalhos, além de ter aumentado o compromisso das pessoas com o serviço.

A comunidade da congregação instalada na Arquidiocese é de formação e por isso sempre tem alguém iniciando a vida religiosa através da experiência missionária. Diante disso há sempre renovação do grupo pois elas fi cam de três a quatro anos. As três religiosas que estão atualmente, vieram à Manaus ainda noviças e após terminar o período do juniorato, fi zeram os votos e permaneceram, mas não devem fi car muito tempo,

porém há a necessidade de alguma permanecer para ajudar as que estão chegando, como é o caso da Irmã Vanuzia.

Irmã Vanuzia, que veio em 2003 para Manaus e ainda está na missão, afi rma que trabalho é mais pastoral, dando apoio às ativi-dades das comunidades e também motivam as pessoas ajudando a despertar nelas uma consciência política, por exemplo. E as especifi -cidades locais tornam-se desafi os para a missão no Amazonas, mas a grande satisfação é que cada uma delas torna-se parte da constru-ção do local e vibra com cada conquista e melhoria. “Aqui é uma área desafi adora para quem vem de outra região, como é o caso de todas as missionárias desta congregação. Por questões culturais acaba sen-do difícil motivar as pessoas para se envolverem no seguimento de nosso senhor Jesus Cristo e tudo o que isso implica. Mas aos poucos vamos conseguindo mostrar a importância disso”, afi rmou

Hoje assumem a missão as irmãs Socorrinha, Vanuzia e Ma-ricélia, que atuam mais intensamente na formação bíblica e de lideranças das comunidades, prestam assessoria à Pastoral da Juventude e organizam catequese. Além disso, todas têm um trabalho para poder manter a casa, uma está atuando no pro-jeto Fé e Alegria, outra é professora de Matemática no Estado e outra trabalha em um hospital, na área da saúde.

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Participam dos eventos como caminhadas em unidade com a Igreja de Manaus

Participação na Rede Um Grito Pela Vida

6 • Janeiro • Arquidiocese em Notícias

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O BOM PASTOR ACOLHE COM AMOR OS CASAIS EM SEGUNDA UNIÃOTexto e foto: Fabrício e Adriana Oliveira – Pastoral Familiar

No ano de 2016 houve ótimas notícias para a Igreja Católica no Mundo, como por exemplo o Ano Jubilar da Misericórdia e a publicação da Exortação Apostólica Amoris Laetitia: A Alegria no Amor na Família, tendo esta como base os dois Sínodos so-bre a Família, 2014 e 2015, estando dividido em nove capítu-los, sendo um verdadeiro presente para qualifi cação de nossos agentes de pastorais. E nesse bojo de misericórdia e acolhimen-to, a Pastoral Familiar da Arquidiocese de Manaus promoveu o 1º Encontro Bom Pastor para Casais em Segunda União, com o Tema “Chamados à Salvação” e o Lema “Que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (1Tm 2-4).

Este encontro foi realizado pelo Setor Casos Especiais, da Pastoral Familiar, que já é uma realidade em grande parte do Brasil, tendo como o foco acolher os casais em segunda união e mostrar para estes o plano carinhoso que Deus tem para cada um de nós, sem exceção, pois pesquisas apontam que setenta por cento dos casais recasados, se afastam da Igreja e metade destes mudam de religião, isto por se sentirem excluídos da vida eclesial, uma preocupante realidade que devemos lutar para modifi car, pois nosso Deus é misericordioso, ele primeiro acolhe

para depois ensinar, e assim deve ser nossa Igreja, mãe e mestra.O 1º Encontro Bom Pastor da Arquidiocese de Manaus ocor-

reu nos dias 19 e 20 de novembro, na Paróquia São Jorge, e mani-festamos nossos eternos agradecimentos aos Freis Franciscanos da Terceira Ordem Regular, responsáveis pela igreja acolhedora. Participaram deste 15 casais cheios de coragem e da graça de Deus, que buscaram conhecer o que a Igreja tem a contribuir em suas vidas. O evento foi composto de ofi cinas, palestras e re-fl exões, com temas específi cos como: A visão da Igreja sobre os Casais em 2ª união; Tribunal Eclesiástico; Perdão, Reconciliação e

Comunhão Espiritual, pois os casais em segunda união são orien-tados a não comungarem em espécie, mas podem comungar es-piritualmente, estando assim próximos e vinculados ao Pai.

Este evento teve a participação de nosso bispo auxiliar, Dom José Albuquerque, bem como de Dom Mário Pasqualotto, o grande idealizador deste evento, demonstrando que a Igreja de Manaus deu mais um passo no processo de acolhimento aos casais em segunda união, expondo a estes o quão importantes somos todos para o projeto de Deus, que é aqui e agora. Um fraterno abraço a todos e fi quem na Paz de Cristo.

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Fonte: Site da Rádio Vaticano

Belém (RV) – Prosseguimos o nosso percurso na história da Igreja da Amazônia com o Padre Van-thuy Neto, diretor executivo do Itepes, Instituto de Teologia Pastoral e Ensino Superior da Amazônia, em Manaus.

Começamos a partir do século 21, com os gran-des movimentos da Igreja na Amazônia. O encontro de Bispos em Brasília, em 2005, o chamado ‘Muti-rão pela Amazônia’, e na sequência, o I Encontro de Bispos da Amazônia Legal, em Manaus, em 2013, levam à redescoberta da Igreja na Amazônia, que vai além e cria, em 2014, a REPAM (Rede Eclesial Pan-amazônica).

A preocupação com a evangelização, a promo-ção humana e a defesa do meio ambiente e de seus povos faz da Igreja na Amazônia uma testemunha: a voz dos mais pequeninos, dos desapercebidos, dos isolados.

Para o Padre Vanthuy Neto, “é o despertar de uma consciência: cada vez os problemas aumentam mais, com o surgimento de hidrelétricas, estradas, cultivações extensivas... e atualmente, a necessida-de de instaurar um diálogo com o novo governo”.

Mas, ressalta o estudioso, encorajada pelo Papa Francisco, a Igreja amazônica tem hoje mais ‘pasto-res amazônicos’; e é uma ‘Igreja laical’. Ali, leigos e leigas formam e conduzem as comunidades.

Padre Vanthuy termina a entrevista defenden-do uma maior autonomia aos leigos, apesar da resistência de parte do clero, e de formar o povo de Deus.

Igreja na Amazônia, a consciência de ser Igreja laical

Érico Pena

Com o objetivo de levar à sociedade um outro olhar sobre o adolescente que cometeu ato infracional, a Pastoral do Menor (Pamen), organismo da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB), lançou na tarde do dia 2 de dezembro, a campanha “Dê Oportu-nidade. Faça diferente, ninguém nasce infrator”. O evento acon-teceu no auditório da Secretaria de Estado de Assistência Social do Amazonas (SEAS), localizada na Avenida Darcy Vargas, ao lado da UEA, e contou com a presença do Arcebispo Metropolita-no de Manaus, Dom Sérgio Castriani, e de representantes de ins-tituições que garantem os direitos dos menores, como: juizados, defensoria pública, ministério público e outros.

A iniciativa visa informar, esclarecer e sensibilizar a socie-dade sobre o signifi cado humano, social e político das Medidas Socioeducativas (MSE) para a vida da sociedade e dos adolescen-tes autores de atos infracionais; pautar os governos e executores das políticas públicas e todos os atores dos Sistema de Garantia dos Direitos sobre as necessidade de fortalecimento a aprimora-mento do Sistema Socioeducativo (Sinase); divulgar as práticas exitosas na efetivação das MSE, seja nos projetos da Pastoral do Menor como dos parceiros.

Segundo Ana Soares, coordenadora da Pastoral do Menor da Arquidiocese e Regional Norte 1, uma das ações é justamente lutar pelo fortalecimento das MSE, dando oportunidades para a resiliência e dignidade de adolescentes que sofreram violações transformando o ciclo da violência. “O intuito dessa campanha é trazer um olhar para sociedade, para nos analisarmos como cida-dãos, o que nós temos realmente oferecido como oportunidade de desenvolvimento cultural, social, econômico e familiar aos jovens que cometem ato infracional. E, um dos nossos objetivos nessa campanha, é fazer repensar sobre isso, ter um novo olhar para que a gente conscientize e sensibilize”, disse emocionada.

Ainda de acordo com a coordenadora, a campanha é voltada para gestores de políticas públicas, sistema judiciário, conselhos de controle social e tutelares, educadores sociais, adolescentes, escolas, representantes de comunidades e movimentos sociais em geral. “A campanha vai atuar nas escolas, nas igrejas e nos es-paços que são detentores de direitos e vamos ver o que podemos fazer em busca dos princípios de solidariedade, de amor, de res-peito. Dados nós temos, agora nós temos que atuar junto menor, fi car junto dele e da família, esse é o trabalho que a Pamen reali-zou de 2006 a 2015, mas que infelizmente não conseguimos dar continuidade por falta de parceiros. Agora, esperamos conseguir algum convênio para continuar com esse trabalho diferenciado que era realizado no Lar de Santana”, explicou Ana.

PALAVRA DO ARCEBISPOUm dos convidados para compor a mesa durante o lança-

mento ofi cial da campanha, foi o Arcebispo de Manaus, Dom Sérgio Castriani que, juntamente com Ana Soares, se juntaram aos outros convidados para debater um pouco sobre a importân-cia de se discutir o tema sobre o ponto de vista da igreja e da sociedade. Durante seu breve discurso, o arcebispo salientou a fé na recuperação que todos infratores podem ter.

“A pessoa humana pode se recuperar pois, segundo a fé, a pessoa é maior do que qualquer infração, por isso não podemos nos esque-cer dos pequenos, é um compromisso nosso manter acesa a chama dos compromissos com a criança e com o adolescente. A Pamen é um exemplo de onde se faz isso. Desejo sucesso a essa campanha que é uma realização boa e muito importante, visando o que está redigido no estatuto da criança e do adolescente”, comentou Dom Sérgio.

De acordo com o diácono Francisco Andrade, secretário executi-vo do Regional Norte 1, não é a legislação que precisa mudar e sim o modo de pensar sobre a situação do menor. “Esperamos que essa semente que está sendo plantada no lançamento dessa campanha possa germinar e que podemos trazer essa refl exão para toda a so-ciedade, pois como diz o fundador da Pamen, é preciso a sociedade se regenerar para poder prender o menor e julgá-lo”, comentou.

Pastoral do Menor lança em Manaus

a campanha

UM POUCO MAIS SOBRE A PAMEN

Surgiu na década de 70, impulsionada pelo ardor profé-tico de Dom Luciano Mendes de Almeida no estado de São Paulo. Em 1987, a CNBB escolheu realizar a Campanha da Fraternidade tendo como tema o menor a partir do Evange-lho de Marcos: “Quem acolhe um menor, a mim acolhe”. Por meio dessa Campanha da Fraternidade, a Pastoral do Menor passa ofi cialmente a fazer parte da ação da Igreja em favor da vida e dos direitos humanos de meninos e meninas.

Hoje a Pamen atua em quatro áreas de ação: aten-dimento de crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social; adolescente autor (a) de ato infracional; Famílias de crianças e adolescentes; Políticas Públicas de Promoção e Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes. Desenvolve estratégias para a erradicação do trabalho in-fantil, violência doméstica, analfabetismo, evasão es-colar, abuso e exploração sexual e outras vio-lações de direitos. O trabalho se realiza em 16 regionais da CNBB alcançando todas as regiões do Brasil.

8 • Janeiro • Arquidiocese em Notícias

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Texto e foto: Érico Pena

Localizada na rua Emília Ruas, n° 311 – bairro São Jorge, a Paróquia São Jorge, fundada no dia 15 de abril de 1957, por Dom Alberto Gaudêncio Ramos, é uma das mais conhecidas igrejas da cidade de Manaus e, atualmente, passa por um processo de refor-ma e restauração para deixá-la ainda mais bonita e confortável para seus visitantes e paroquianos pertencentes às cinco comuni-dades e quatro comunidades eclesiais de base (CEB).

Após determinação do Arcebispo Metropolitano de Ma-naus, o primeiro padre designado para a assumir a paróquia São Jorge foi Pe. Luís Augusto de Lima Ruas, que, com muita responsabilidade, dedicou-se à conquista dos fiéis, uma vez, que visitava pessoalmente todos os moradores. As primeiras missas foram celebradas em 1955, na Rua 1º de Maio, debai-xo de castanheiras (onde hoje é a feira de São Jorge), onde foram realizados batizados e trabalhos de catequese e logo depois em uma casa localizada à rua 18 de Setembro. Em 1958, foi construída a igreja matriz São Jorge na Rua Barão do Rio Branco, onde hoje é o Ginásio Nininberg Guerra.

Somente em 1962, com o crescimento da comunidade, houve necessidade de um maior número de padres e por or-dem do então Arcebispo de Manaus Dom João de Souza Lima, a Paróquia São Jorge ficou sob a responsabilidade dos frades franciscanos da Terceira Ordem regular – TOR, tendo como pri-meiro vigário Frei Marcelo Smith que, juntamente com outros frades, efetuou trabalhos de evangelização, podemos citar com muita gratidão os freis Kevin Keelon, Roberto Sisk, Rogério Chunta, Carlos Nápoli, Vitor Gall, José Glancy, Angelo Migliore, Júlio Helink, Alexandre Bombera.

Em 29 de setembro de 1966 chegou frei Paulo Roberto Pavlik, em 26 de julho de 1973, Frei Geraldo King; no ano de 1991, Frei Adson Valente de Paula; em 18 de fevereiro de 1995 chegou Frei Paulo Eduardo Melo; frei José Faustino Fernandes chegou em 19 de setembro de 2000; frei Agostinho Odorizzi chegou em 8 de fevereiro de 2007 e frei Rogerio de Souza Cor-reia (mais recente) no dia 29 de junho de 2016, para trabalhar junto aos vocacionados.

Para 2017, a paróquia já prepara uma programação toda especial para comemorar os 60 anos da sua existência. O ani-versário será comemorado durante todo o ano, mas a ênfase será dada principalmente no mês de abril, mês do padroeiro. Para animar ainda mais as comemorações, a paróquia vai pre-sentear, com 10 passagens para a festa de 300 anos em Apare-cida do Norte, os grupos de jovens que apresentarem a melhor pesquisa sobre a história da paróquia.

Páróquia São Jorge SOBRE O PÁROCO Nascido em Ribeirão Rego, município de Dr. Pedri-

nho (SC) no dia 7 de outubro de 1965, o frei Agostinho Odorizzi recebeu sua ordenação sacerdotal no dia 21 de janeiro de 1995, na paróquia de origem, Nossa Senhora de Lourdes, em Santa Maria–SC.

Segundo o frei, o despertar de sua vocação sacerdo-tal foi devido a dois fatores: a vida familiar, tanto ma-terna como paterna sempre ligada à vida pastoral de nossa Igreja; e ao modo e a maneira de como os frades da Terceira Ordem trabalhavam na pastoral, isto des-pertou a vontade de ser e fazer o mesmo.

Além de pároco, exerce a função de Vice-Provincial dentro da Vice-Província Nossa Senhora Aparecida do Brasil e, mesmo tendo que dedicar muito tempo às coi-sas da província, nunca esquece do seu trabalho como pároco que já tem trazido resultados.

“Na nossa paróquia, percebe-se, que mesmo em pas-sos lentos, já se está colhendo frutos. Isto anima a nossa fraternidade, frei Faustino, Rogerio e eu a nos doar com alegria e dedicação cada vez mais”, disse frei Agostinho.

SERVIÇO Missa: Terça, quinta e sábado: 19h; Domingo: 6h, 7h30, 18h e 19h30Terço das famílias: Toda terceira quarta-feira do mês, às 19hNovenas semanais: Toda terça-feira, às 19hNovena do padroeiro: Todo dia 23, às 19h

FESTEJOSAbertura: 20/04Procissão e Missa: 23/04

EXPEDIENTE

Segunda a sexta: 7h30 às 11h30 / 15h às 19h30 – Sábado: 8h às 11hFone: (92) 3625-1270 – Email: [email protected]

10 • Janeiro • Arquidiocese em Notícias

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Texto e foto: Ana Paula Lourenço

Na manhã do dia 21 de novembro, aconteceu na Assem-bleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) uma sessão especial pelo Dia da Consciência Negra, de autoria dos depu-tados José Ricardo, Luiz Castro e Alessandra Campêlo. O evento reuniu lideranças religiosas e de organismos que lutam contra a intolerância religiosa e preconceito racial.

Texto e foto: Ana Paula Lourenço

Na manhã do dia 23 de novembro, o bispo Dom Mário An-tonio da Silva recebeu o diploma de cidadão de Manaus du-rante sessão solene ocorrida na Câmara Municipal de Manaus, presidida pelo vereador Jairo da Vical. A homenagem foi pro-posta pelo vereador Waldemir José em agradecimento pelos relevantes serviços prestado à capital do Amazonas por seis anos, quando foi bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus.

Dom Mário agradeceu pela homenagem e, há dois meses morando em Boa Vista, afirmou que vale a pena gastar a vida nas causas da dignidade humana, hoje tão ameaçada, também ressaltou que sempre quis ser missionário na Amazônia, sendo uma alegria ter sido enviado para Manaus e agora Roraima. “Re-cebo esta homenagem com carinho e peço a Deus que eu possa seguir sempre com humildade e amor. Continuarei rezando por todos. Manaus sempre estará em meu coração, minha cidade do Amazonas”, declarou e encerrou agradecendo a Dom Sérgio Castriani por tudo e por ter sido uma importante figura paterna.

Dom Sérgio é homenageado em Sessão Especial na Aleam

Dom Mário Antonio recebe título de cidadão de Manaus na CMM

Pe. Sousa recebe Medalha do Mérito Legislativo na AleamTexto e foto: Érico Pena

Personalidades das mais diferentes áreas de atuação foram homenageadas no último dia 15 de dezembro, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), com a entrega da Medalha do Mérito Le-gislativo. A cerimônia ocorreu no auditório Belar-mino Lins e, entre os 24 homenageados, estava o padre Luiz Gonzaga Sousa (Pe. Sousa, como é mais conhecido), pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, que foi indicado pelo deputado José Ricardo, que explicou ser uma escolha tomada junto com a Arquidiocese.

O homenageado não escondia que a emoção de receber a Medalha do Mérito era motivo de muita ale-gria e em poucas palavras lembrou até o falecimento de Dom Evaristo Arns, um exemplo de vida para todo sacerdote. “Eu sou católico de igreja e de igreja que manifesta o sentido verdadeiro do amor e, quando a gente vive o amor por meio das atitudes, a gente sen-te a alegria de ser homenageado, que não é para mim e sim para igreja, que estendo também a um homem que deixou sua marca por onde passou, com o povo e para o povo, Dom Paulo Evaristo Arns, o evangelho vivo de testemunha do amor a Deus”, comentou o padre.

Texto e foto: Érico Pena

Na noite do dia 25 de novembro, aconteceu o 7° Encontrão do Movimento Terço dos Homens. A celebração foi realizada no Santuário São José Operário e contou com a presença de cerca de 500 homens da capital e do interior (Manacapuru,

Iranduba, Careiro Castanho, Nova Olinda) que compareceram, sozinhos ou com suas famílias, para assistir a solenidade que foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Manaus Dom Sérgio Castriani.

Movimento do Terço dos Homens realiza seu 7° Encontrão no Santuário de São José Operário

Na ocasião, dentre as diversas homenagens concedidas às personalidades que participaram das lutas em favor da igualda-de racial e diálogo inter-religioso, o arcebispo de Manaus, Dom Sérgio Castriani, foi lembrado e presenteado com uma placa em reconhecimento por promover, enquanto líder religioso e auto-ridade máxima da Igreja católica de Manaus, a fraternidade e o amor entre todos independente de raça ou religião, estar a ser-viço do outro e pregar contra a intolerância religiosa.

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resultará num bom A vida espiritual

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omodelo de acolhimento das pessoas praticado por Jesus é a fonte que alimenta o jeito de ser Igreja. Como discípula do evangelho, é convidada a reno-

var em todo os tempos, sua prática acolhedora a partir de Jesus. Então, para que a Igreja, que somos nós, Povo de Deus, ador-

nada pela beleza da diversidade de seus membros e enriquecida com os dons e carismas do Espírito Santo, possa torna-se verda-deiramente acolhedora de todas as pessoas, é necessário culti-var uma vida espiritual. Somente uma vida espiritual em cada sujeito da Igreja, possibilitará e resultará num bom acolhimento das pessoas. Vida espiritual, pressupõe-se um desejo de ter um coração parecido com o de Jesus que acolhe todas as pessoas com verdadeiro amor.

Uma ótima acolhida de coração alegre, atenciosa, prestati-va e serviçal aos membros internos e externos da vida comuni-tária e social é o caminho para renovar a comunidade e forta-lecer o diálogo. Internamente os agentes de pastorais: padres, bispos, religiosos (as), leigos (as) precisam se acolher melhor. Este exercício de acolhida fortalece a fraternidade e o vínculo de unidade entre os irmãos(as). Não podemos cobrar dos ou-tros o que ainda está faltando entre nós, pois ainda nota-se autoritarismo, indiferentismo dentro das comunidades, além de não saber acolher os novos membros que chegam em nos-sas comunidades. Externamente, também temos dificuldade de acolher, sobretudo os que pensam ou exercem prática re-ligiosa diferente da nossa. Ainda há dificuldades para vivência do ecumenismo.

Existem alguns espaços importantes na vida da Igreja que precisam de atenção redobrada dos padres e leigos que favorece o exercício de uma Igreja toda acolhedora. Vejamos:

Acolhida nas celebrações litúrgicas – Este espaço preci-sa de uma equipe com vida espiritual profunda para ter as con-dições de acolher com o coração os irmãos e irmãs que chegam para celebrar o Mistério Pascal, especialmente nos domingos. Vale organizar uma equipe que fique atenta para servir as pesso-as. Não vale somente sorrir e entregar folheto! Isto as empresas fazem muito bem. Nós não somos empresa! Somos Igreja aco-lhedora, que acolhe a partir de Cristo. Um dos sujeitos que preci-sa melhorar o humor é o presidente da celebração que pode ser o padre ou ministro da Palavra. Saudar, acolher com humildade e verdade as pessoas, principalmente quem está vindo pela pri-meira vez, favorecendo um clima familiar.

Acolhida nas secretarias – é o espaço onde a pessoa que atende tem a oportunidade de exercer toda simpatia possível. Neste encontro pessoal ou telefônico, além de ser profissional, a pessoa pode expressar no atendimento o amor que tem a Deus. Isto ocorre se a pessoa tem vida espiritual, pois quando maior é consciência do amor que Deus tem por nós, tanto maior será nosso amor pelas pessoas.

Do mesmo modo as pastorais acolham seus membros e sejam atentos aos novos membros que chegam para trabalhar na comunidade. Assim como as missas de 7º Dia; Celebração de Sacramentos: Batismo, Casamento, 1ª Eucaristia, merecem uma acolhida especial que cative e atraia para Cristo.

Por fim, tendo uma vida espiritual, é possível evangelizar atra-vés da acolhida, a exemplo de Jesus que acolheu a todos, afim que nenhum que veio a Ele se perdesse. Deste mesmo modo, a Igreja acolhedora, deseja que ninguém que procure a Igreja se perca no caminho, mas que se sinta acolhido e amado pela comunidade, tendo a certeza que Cristo está presente em cada pessoa.

Jesus acolheu todas as pessoas com amor ablativo. No seu coração sempre há espaço para todos. Não há discriminação, nem preconceitos. Seu acolhimento era sempre de coração aberto, sempre visando a libertação das pessoas: prostitutas, pecadores, pagãos, samaritanos, leprosos, possessos, mulheres, crianças, doentes, publicanos, soldados e pobres. Acolhia e cuidava dos doentes e excluídos pela religião e sociedade. Seu acolhimento é leve, manso, humilde e atrativo (conforme Mt 11, 28-30).

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Texto e foto: Érico Pena

Se acordar cedo para pedalar já é bom, imagina quando se faz isso com objetivo de orar também. Foi exatamen-te isso que cerca de 60 ciclistas, profi ssio-nais e amadores, participaram na manhã de 8 de dezembro, da primeira Ciclo Pro-cissão em homenagem à Nossa Senhora da Conceição, padroeira do Amazonas. O trajeto percorrido pelos ciclistas e suas “magrelas” foi do Parque dos Bilhares, localizado na Av. Constantino Nery, até a Catedral Metropolitana de Manaus (Igreja da Matriz), onde foram recebidos pelo padre Raimundo Vanthuy Neto, que abençoou os ciclistas e suas bikes.

Segundo os organizadores, o even-to foi realizado pelo grupo de ciclistas Trilha Para Novatos (TPN) em parceria com a Arquidiocese de Manaus. “A ideia

veio de um convite da Arquidiocese, na pessoa do padre Charles Cunha, para que fi zéssemos uma ciclo procissão em honra à padroeira do nosso Estado. Ver a imagem de Nossa Senhora em des-taque, num andor colocado em uma bicicleta dupla foi um evento único, re-alizado pela primeira vez e que chamou a atenção das pessoas que passavam por nós pelos carros na rua e, com todo respeito, cantavam e rezavam conosco. Foi realmente algo muito emocionante e bonito de se ver”, disse Adriano Au-gusto, coordenador da ciclo procissão.

“A gente fi ca muito feliz ao saber que uma atividade física aliada à espirituali-dade, proporcionou momentos de muita emoção junto com as músicas e orações em honra a Nossa Senhora. Foi fantástico, esperamos que isso vire tradição todos os anos”, disse o ciclista Onofre Martins.

Texto e foto: Érico Pena

Com uma celebração presidida pelo Arcebispo Me-tropolitano de Manaus, Dom Sérgio Castriani, a Comuni-dade Católica Hallel, fi nalizou na tarde do dia 27 de no-vembro, a 15a edição do Congresso PHN (Por Hoje Não), com o tema “Vinde a Mim”. O evento foi realizado na Are-na Amadeu Teixeira e contou com a participação especial do pregador Dunga, vindo diretamente da Canção Nova, retornando a Manaus após 15 anos.

Segundo Algeckson dos Santos, coordenador geral de eventos da Comunidade Hallel, no decorrer dos dois dias mais de 5 mil pessoas prestigiaram o congresso para parti-cipar de momentos de animação, louvor, pregação, oração e muito mais. “O PHN é um serviço de muito amor e fraterni-dade e nós nos subdividimos para tomar conta de todas as equipes que fazem o evento acontecer e, esse ano de modo particular, o congresso coincidiu com o PSC [Processo Sele-tivo Contínuo da Universidade Federal do Amazonas] e por isso teve uma grande rotatividade de público, mas mesmo assim estamos muito gratos por todos que estiverem e que partilharam essa experiência maravilhosa de viver e com-preender o PHN em suas vidas”, disse Algeckson.

Texto e foto: Érico Pena

Na noite do dia 24 de novembro, cerca de 80 pessoas, entre familiares, alunos, ex-alunos, professores, parti-ciparam da formatura de 11 alunos da Escola de Teologia Pastoral. A cerimônia foi presidida pelo bispo auxiliar Dom José Albuquerque e foi realizada no auditório Mãe Paula, no Centro de Formação da Arquidiocese de Manaus (Cefam).

“Aos 11 que estão concluindo essa etapa de formação que não desistam e que as muitas coisas boas que aconte-ceram em suas vidas sirvam de forta-lecimento da caminhada, o que o povo mais precisa são de testemunhas santi-fi cadas, testemunhas que possam fazer sua parte na evangelização. Que Deus possa fazer com que estes 11 alcancem 11.000 corações e façam frutifi car a se-mentes que Deus colocou no mundo”, disse Dom José durante a homilia.

Pastoral da saúde realiza assembleia para defi nir as ações em 2017Texto e foto: Érico Pena

Na manhã do dia 3 de dezembro a Pastoral da Saúde reuniu-se em assembleia geral, com o intuito de analisar as atividades realizadas em 2016 e plane-jar as ações a serem desenvolvidas no próximo ano. O encontro foi realizado na Paróquia Santo Afonso, e contou com a participação do Arcebispo Metropolita-no de Manaus, Dom Sérgio Castriani. Após a bênção inicial, houve uma pequena retrospectiva das ativi-dades desenvolvidas em 2016, analisando o que deu certo e o que não deu, na sequência começou o deba-te sobre planos e metas para 2017.

Segundo Paulo Sarraff , coordenador da Pasto-ral da Saúde, os projetos para o ano que vem são

ousados, em busca de capacitar melhor os agentes e como cobrar providência dos órgãos relacionados à saúde, como por exemplo as Unidades Básicas de Saúde (UBS). “Sabemos que durante esse ano que passou tivemos alguns percalços durante o caminho e a retrospectiva que fi zemos foi justamente para corrigir esses erros e voltar nosso foco para os proje-tos para o próximo ano, que envolve a coordenação, a paróquia, a área missionária e os agentes, que através das formações e eventos que faremos ire-mos capacitá-los para atuarem nos hospitais e fazer visitas nas residências para serem multiplicadores e ter conhecimento de saber como fazer as cobranças dentro das UBS sobre melhorias de atendimento”, explicou.

Ciclistas realizam a primeira Ciclo Procissão em honra à padroeira do Amazonas

Dom José celebra missa de formatura da turma de 2016 da Escola de Teologia Pastoral

Comunidade Católica Hallel reúne mais de 5 mil pessoas na 15a edição do PHN

14 • Janeiro • Arquidiocese em Notícias

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Texto e foto: Érico Pena

Na tarde de 5 de dezembro a Cáritas Arquidiocesana re-alizou no Centro de Formação da Arquidiocese de Manaus (Cefam), a assembleia anual que contou com a presença do arcebispo metropolitano de Manaus, Dom Sérgio Castriani, presidente de Cáritas, e com a participação dos agentes e membros da coordenação. Entre as pautas do encontro esta-va, análise das atividades e ações desenvolvidas ao longo de 2016; apresentação dos “agentes cáritas”, encaminhamentos e planejamentos para 2017; revisão do estatuto, entre outras.

Segundo o Padre Orlando Barbosa, vice-presidente da Caritas, a assembleia foi um momento importante para orga-nizar os futuros trabalhos e deixar tudo amarrado para 2017. “Sem dúvida teremos muito trabalho pela frente, por isso é importante ter esses encontros, planejamento e discussão, pois para estar diante da sociedade, levando uma proposta que defende a vida, a igreja precisa estar bem amadurecida, preparada e organizada. Então esse é o momento de agir com nossos agentes cáritas, as pastorais sociais, grupos da pastoral indígena, para juntos trabalhar com esse objetivo”, disse.

Cáritas Arquidiocesana realiza assembleia para definir plano de ação de 2017

Filhas de Santana comemoram 150 anos de fundação com missa na Paróquia Santa Rita

Texto e foto: Érico Pena

A Pastoral DST/AIDS da Arquidiocese de Manaus re-alizou na tarde do dia 10 de dezembro, o lançamento da campanha “Nós podemos construir um futuro sem aids”, cujo objetivo é disseminar informações sobre a doença, as formas de prevenção e tratamento, além de incentivar o diagnóstico precoce do HIV/Aids. O evento aconteceu no Centro de Convivência Dom Jackson Damasceno Rodri-gues, localizado Rua da Glória, 59, no bairro Glória e teve início às 14h com a Celebração da Palavra, realizada pelo padre Orlando Barbosa, sendo que o lançamento nacional da campanha aconteceu dia 29 de novembro em Brasília, e convocou as 150 arquidioceses/dioceses/prelazias a de-senvolverem esta campanha nas mais de 11 mil paróquias espalhadas por todo o país.

Segundo Irmã Irene, coordenadora Regional Norte 1 da Pastoral DST/AIDS e do Centro de Convivência Dom Jackson, durante a campanha vão ser criadas estratégias para traba-lhar principalmente na prevenção da doença, sobretudo no meio dos jovens, onde o número de infectados está cres-cendo. “Nós somos a estrutura que vai discernir a linha de ação entre as paróquias e outras pastorais, para fazer um trabalho conjunto de prevenção voltada principalmente para os jovens onde o vírus da AIDS estão se multiplicando não só em Manaus como também em algumas cidades do interior. Ao todo somos 25 agentes que atuam na Casa Dom Jackson e também em uma sala que temos no Cefam. Na Casa Dom Jackson o atendimento é realizado às terças e quintas a partir das 14h, onde damos orientação, informa-ção, serviços de psicólogo, assistência social além da parte lúdica como artesanato e tricô”, comentou.

Pastoral DST/AIDS lança campanha de prevenção e tratamento à doença

ANIVERSARIANTES DO MÊSNATALÍCIO

PE. SEVERINO ISAÍAS 02

PE. EUGENIUS FRANCISZEK 04

DIÁC. OZIER FERREIRA 05

PE. ROBERTO BOVOLENTA 08

PE. ANGELO FERREIRA 10

DIÁC. REGINALDO DIAS 10

PE. ERIVELTON ROCHA 16

DIÁC. JOSÉ ALRIBERTO 17

PE. PEDRO CAVALCANTE 17

DIÁC. SEBASTIÃO MAIA 20

DIÁC. RAIMUNDO EDINALDO 22

DIÁC. RONALDO SOUZA 22

PE. JOSÉ ALCIMAR 25

ORDENAÇÃODIÁC. MANOEL MESSIAS 04

PE. JOSÉ AMARILDO 09

PE. PAULO PINTO 25

PE. RONALDO MENDONÇA 25

DIÁC. LUÍS PAULA 30

Texto e foto: Ana Paula Lourenço

As irmãs de Maria Imaculada, da Congregação Filhas de Santa-na, celebraram junto com a Paróquia Santa Rita de Cássia, situada à rua Carvalho Leal, Cachoeirinha, no dia 4 de dezembro, o aniversário de 150 anos da fundação do Instituto Filhas de Santana, pela Madre Rosa Gattorno em 1866. Presidiu a celebração o arcebispo de Ma-naus, Dom Sérgio Castriani, e concelebraram padre Thiago Alves e frei Rene Regorigo, auxiliados pelo diácono Ricardo Pereira.

Além da comunidade paroquial, estiveram presentes mem-bros do Movimento da Esperança, formado por grupo de leigos que vive o carisma do Instituto que consiste em ser sinal de espera e de dom; ser discípulo (a) de Jesus Servo; colaborar na obra de salvação; estar firmemente apoiados sobre três pilastras: pobreza de coração, doação materna e espírito de família.

Arquidiocese em Notícias • Janeiro • 15

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Texto e foto: Érico Pena

A Arquidiocese de Manaus cele-brou, na noite de 23 de novembro, na Paróquia Cristo Rei, localizada no bairro de São José Operário II, a Admissão à Escola Diaconal de nove candidatos ao diaconato permanen-te. A celebração foi presidida pelo Arcebispo de Manaus, Dom Sérgio Castriani, e concelebrada por padres convidados. De acordo com o padre Hudson Ribeiro, membro da comis-são do diaconato permanente que ajuda na formação e nos estudos dos candidatos, essa é mais uma fase de um processo que ainda vai durar mais alguns anos.

“Eles passaram um ano do propedêutico, um tempo referente ao ensino e discernimento, para o estudo de algumas questões refe-rentes ao diaconato, alguns temas de base teológica, ética e familiar. Só após esse processo que os can-didatos fazem uma escolha, se vão mesmo optar ou não, a partir do próximo ano, pela escola teológi-ca, que é a escola propriamente dita de formação ao diaconato. Es-peramos que todos possam seguir na caminhada rumo ao futuro dia-conato permanente para melhor servir o povo de Deus”, disse Pe. Hudson.

Texto e foto: Érico Pena

Paróquia Nossa Senhora Mãe da Misericórdia, localizada no bairro da Compensa 2, teve motivos de sobra para fes-tejar na noite de 20 de novembro. Além de comemorar o aniversário de 33 anos da fundação da paróquia em pleno dia de Cristo Rei, ainda celebrou o dia dos leigos e leigas, o encerramento do ano litúrgico de 2016 e o envio de minis-tros, da Palavra e da Eucaristia. O Arcebispo Metropolitano de Manaus, Dom Sérgio Castriani presidiu a celebração que foi concelebrada com o padre Leudo Santos, na área externa da paróquia.

Antes da celebração, porém, aconteceu uma procissão por algumas das ruas das 13 comunidades eclesiais que compõem a paróquia. Durante a homilia, Dom Sérgio fez um resumo das lei-turas do dia, o comentou sobre as comemorações que a paróquia estava festejando. “Hoje é dia de Cristo Rei, rei crucificado, que oferece a vida em salvação do mundo, uma festa que se iniciou com o Papa Pio XI, ele fez com a intenção de se restaurar todos as coisas em Cristo. E no dia da vocação laical, vamos ter o envio de 47 ministros, da Palavra e da Eucaristia, leigas e leigos, que compoem a igreja, que tem a missão de ser o sal da terra, luz na igreja e na sociedade, ser um outro Cristo no mundo. É uma tarefa imensa que nós nunca poderemos fazer sozinhos”, disse Dom Sérgio.

Texto e foto: Érico Pena

O Arcebispo Metropolitano de Manaus, Dom Sérgio Cas-triani, realizou na noite do dia 16 de dezembro a consagração do altar da Comunidade Nossa Senhora da Paz, pertencen-te à Paróquia Santo Afonso. A comunidade esteve presente em peso e para prestigiar todo o rito de Dedicação do Altar que constitue em ungir o altar com o óleo do Crisma para purificá-lo; em incensar o altar e fazer o rito de iluminação, quando se acende as velas do altar. Juntamente com Dom Sérgio estavam presentes o diácono Ronnie William, o Frei Ulisses Calvo e o pároco Pe. Gilson Pinto.

Durante a sua homilia, Dom Sérgio fez um pequeno comentário sobre as leituras do dia e depois falou a res-peito da importância do altar na igreja, segundo o Novo e Antigo Testamento. “O altar é sinal de aliança com Deus, local de sacrifício e holocausto a Deus, por isso tem que ser de pedra, fixo, irremovível. No Antigo Testamen-to, o altar é sinal de permanência de Deus com o povo. No Novo Testamento o altar é Cristo, significa Jesus e por isso o altar é consagrado, porque no altar se consagra o pão e o vinho, é um lugar sagrado, feito de pedra e irre-movível, tendo um local de destaque no templo”, disse o arcebispo.

Celebração marca admissão à Escola Diaconal de nove candidatos ao diaconato permanente

Paróquia Nossa Senhora Mãe da Misericórdia celebra missa de Cristo Rei e envio de ministros

Dom Sérgio consagra altar da Comunidade Nossa Senhora da Paz

16 • Janeiro • Arquidiocese em Notícias

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Ana Paula Lourenço

No dia 30 de novembro, às 11h, no Auditório do Centro de Espiritualidade Redentorista Crostarosa, localizado no Km 21 da AM-010, por ocasião da abertura da Assembleia Anual dos Redentoristas do Amazonas e Acre, deu-se a assinatura dos Estatuto do Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora Apareci-da. Com exigência do estatuto, foi necessário estabelecer um convênio/contrato entre a Arquidiocese de Manaus e a Missão Redentorista de Manaus, assegurando a confi ança que sempre existiu no trabalho dos redentorista junto à Paróquia Nossa Se-nhora Aparecida.

O convênio entre a Arquidiocese de Manaus e a Missão Redentorista de Manaus tem duração de 50 anos. Segundo o documento, a Paróquia/Santuário Nossa Senhora Aparecida fi ca confi ada aos cuidados dos redentoristas que continuam a assumir a responsabilidades das atividades religiosas, pastorais e administrativas, mas sempre sob a autoridade do arcebispo de Manaus. Os redentoristas deverão também continuar a cuidar dos fi éis, levando-os a uma maior comunhão e partici-pação na vida e missão da Igreja, integrando-os em sua ação evangelizadora e devem integrar-se ao trabalho vocacional da Arquidiocese, promovendo vocações redentoristas na região metropolitana.

Texto e foto: Érico Pena

Aconteceu, de 25 a 27/11, o encontro da Rede Um Grito Pela Vida, realizado no Sítio dos Jesuítas, localizado no Km 43, da AM-010, com o objetivo de avaliar a caminhada e planejar os próximos passos da rede para o ano de 2017. O encontro contou com a presença de 25 articuladoras entre religiosas e lei-gas, que durante dois dias discutiram sobre o tema “Trabalhando as violências a partir das realidades vivenciadas no trabalho de prevenção ao abuso, ex-ploração sexual e tráfi co de pessoas”.

Segundo a Irmã Valmi Bohn, coordenadora do Núcleo Manaus, a Rede Um Grito Pela Vida tem como compro-misso o enfrentamento, a conscientização, a sensibiliza-ção e a prevenção ao tráfi co de pessoas, algo que busca-ram realizar durante todo o ano com extensas e intensas atividades, nos mais diferentes locais e grupos. “Nós fi ze-mos esse trabalho durante o ano inteiro, mas tem eventos que nós fi zemos atividades mais intensas, como nos dias 8 de janeiro, dia internacional da oração pela exploração e tráfi co de pessoas; 18 de maio e 23 de setembro, respec-tivamente, o dia nacional e internacional da prevenção da exploração e tráfi co de pessoas”, disse.

Texto e foto: Érico Pena

Dom José Albuquerque, bispo auxiliar de Manaus, celebrou na manhã do dia 20 de novembro, a Missa do Cristo Rei, realizada às 7h30 na Catedral Metropolita Nossa Senhora da Conceição. Na ocasião foi comemo-rado também o dia dos leigos e leigas, contanto com a presença de representantes do Conselho Arquidio-cesano dos Leigos e também foi lembrado o dia da Consciência Negra, data na qual Dom José convidou a todos nós, a sermos em Cristo, irmãos, pois para Ele não importa a cor da pele, pois todos nós somos fi lhos e herdeiros.

“Hoje festejamos a festa de Cristo Rei do Universo, e neste domingo que encerramos o ano litúrgico de 2016 nós também fazemos memória da história de nosso país marcada por algumas páginas tristes da escravidão e, no dia da Consciência Negra, todos somos chamados a refl etir e questionar diante da intolerância, do pre-conceito e do racismo que ainda existe, infelizmente, em nosso país, pessoalmente e por meio das redes so-ciais”, comentou Dom José.

O bispo auxiliar também salientou a importân-cia do papel dos leigos dentro da igreja e no mundo. “Nós também nos alegramos hoje com os fiéis leigos e leigas, que anunciam o evangelho, colocando em prática os ensinamentos de Jesus em qualquer lugar, são chamados a ser fermento, sal e luz no mundo e na igreja”.

Rede Um Grito Pela Vida realiza encontro para planejar os próximos passos para 2017

Dom José celebra missa de Cristo Rei na Catedral Metropolitana de Manaus

Santuário Arquidiocesano de N. Sra. Aparecida tem estatuto e convênio com Redentoristas

LOPPIANO MAJOR GABRIEL - Av. Major Gabriel, 1080 - Centro

LOPPIANO DOM PEDRO - Rua Jacira Reis, 18 - Dom Pedro

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Arquidiocese em Notícias • Janeiro • 17

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CNBB

Congresso Mundial teve participação de colaboradores do Setor Universidades da CNBBFonte: CNBB

Evento abordou a exortação apostólica Evan-gelii Gaudium e os desafi os morais no mundo in-telectual dos estudantes internacionais

Colaboradores do Setor Universidades da Comis-são Episcopal Pastoral para a Cultura e a Educação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) participaram do IV Congresso Mundial Sobre a Pas-toral dos Estudantes Internacionais, promovido pelo Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes. O evento foi realizado entre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro, em Roma, e abordou o tema “Evangelii Gaudium do Papa Francisco e os de-safi os morais no mundo intelectual dos estudantes internacionais para uma sociedade mais humana”.

Aproximadamente 150 pessoas de 36 países e 5 continentes, entre bispos, padres, religiosos, professores, coordenadores e assessores de Pasto-ral Universitária, além de estudantes internacio-nais participaram do Congresso. Representando o Brasil, estavam dois colaboradores do Setor Uni-versidades, o padre Silas Silva, da arquidiocese de Manaus (AM), e Taciane Barros, da arquidiocese de Salvador (BA), que também acompanha no país o Núcleo de Estudantes Internacionais, serviço re-sultante de uma parceria entre o Setor Universida-des e o Setor Mobilidade Humana da CNBB.

Para o bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão Episcopal para a Cultura e a Educação da CNBB, dom João Justino de Medeiros Silva, a participação dos colaboradores no evento da cúria romana representa um momento especial da Igreja e das Instituições de Ensino Superior no Brasil. “O ensino superior no Brasil tem vivido um processo de internacionalização, por meio de intercâmbios, políticas públicas e do caráter universal das linhas de pesquisa. No cenário da Igreja, o papa Francisco tem dispensado atenção especial aos refugiados e migrantes. Neste sentido, os Serviços de Acolhida aos Estudantes Estrangeiros que tem surgido, atra-vés das Pastorais Universitárias no Brasil, são uma resposta a essa tendência do ensino superior e apelo do papa Francisco”, contextualizou dom Justino.

Pastoral da Terra, há quase 40 anos lutando junto às comunidades ribeirinhas Érico Pena – Fonte: CPT Amazonas

O A Comissão Pastoral da Terra (CPT), existe desde 1977 e sua atuação tem marcado presença junto às comunidades ribeirinhas, extrativistas, trabalhadores rurais, ganhando signifi cativos espa-ços ao longo de sua história trabalhando junto aos povos da terra e das águas, para ajudá-los na luta pela conquista de seus territó-rios e a sua permanência nas águas com a preservação de lagos, rios, igarapés e na agroecologia, contribuindo no empoderamen-to dos mesmos para se tornarem protagonistas de sua história.

A CPT – Regional Amazonas, está presente nos municípios de Manaus, Manacapuru, Iranduba, Careiro da Várzea, Itacoa-tiara, Barreirinha, Presidente Figueiredo, Autazes, totalizando 51 comunidades. Nos municípios de Parintins, Novo Airão, Apuí, Tefé, Manicoré, Tonantins e Tabatinga, não foi possível atuar por falta de recursos. Atualmente, quatro pessoas tra-balham à frente da coordenação dos trabalhos da CPT em Manaus: Maria Clara Ferreira Motta, como coordenadora; José Eduvicio Caldeira, agente; Ana Virgínia Monteiro dos Santos, voluntária documentarista; e pároco da Paroquia de Guadalu-pe, padre Antônio Carlos atuando como assessor.

Segundo Maria Clara, o trabalho realizado tem como proposta o acompanhamento e assessoria jurídica às comuni-dades rurais ribeirinhas envolvidas em confl itos agrários e de Preservação de Lagos. “Uma das propostas do nosso trabalho, é a promoção de ofi cinas dos Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais, Ambientais e Sexuais (Dhescas), para for-mação de agentes jurídicos, nas áreas de atuação da pastoral da terra, afi m de que as lideranças Ribeirinhas e Camponesas possam atuar localmente, frente aos confl itos pelo uso da terra e água, utilizando os instrumentos jurídicos necessários à ga-rantia de seus direitos”, disse a coordenadora.

Vale ressaltar, que as ofi cinas dos Dhescas em 2016 não foram realizadas por falta de corpo técnico e de recurso fi nanceiro. Ainda de acordo com a coordenadora, o trabalho realizado pela CPT – Re-gional Amazonas, visa também “Promover Ofi cinas sobre as Rela-ções Sociais de Gênero, Etnia e Poder para as Mulheres Ribeirinhas, Seringueiras, Extrativistas, Assentadas, Agricultoras e Quilombolas

para que as mesmas possam se organizar através de grupos de mulheres e associações em busca de seu empoderamento.

OBJETIVO PRINCIPAL DA CPTA Comissão Pastoral da Terra (CPT) – Amazonas vem ao

longo de 39 anos desenvolvendo seu trabalho junto aos povos tradicionais do Estado do Amazonas na luta pela terra, água e direitos, considerando as diferenças de cada local e de cada povo. As principais atividades estão voltadas para a organização co-munitária de Ribeirinhos e Ribeirinhas, Trabalhadores/as rurais, assentados/as, extrativistas, seringueiros, agentes ambientais, o manejo comunitário de pesca de subsistência e preservação de lagos, acompanhamento dos muitos confl itos pela posse da terra e da água; e o apoio e acompanhamento do Movimento dos Ribeirinhos/as, aos grupos de mulheres e ao Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais Ribeirinhas.

COMUNIDADES ACOMPANHADAS PELA CPT/AM 1. UBERÊ – Comunidade Rural do Ramal do Uberê – km 8 brasileirinho – Distrito Industrial II – Manaus

2. IRANDUBA – Comunidade Igarapé do Bode – Iranduba – 120 famí-lias ribeirinhas formadas por 10 comunidades ribeirinhas

3. ITACOATIARA – Quatro comunidades: Nossa Senhora Aparecida do Jamanã, Rondon I, Rondon II, Jesus é Meu Rei, e Lago do Serpa, nelas vivem 600 famílias

4. COMUNIDADE PORTELINHA – Município de Iranduba, localizado a 25 quilômetros de Manaus – 300 famílias

5. COMUNIDADE DO TARUMÃ – Ramal do Mariano – 200 famílias, localizado a 10 quilômetros de Manaus

6. PAU ROSA – Manaus – 130 famílias

7. COMUNIDADE DA NOBRE BARREIRINHA – 10 comunidades do Andirá – área de 40 mil hectares – 400 famílias

A CPT presta um serviço educativo aos povos da terra e das águas para que estes sejam os protagonistas na prática de pre-servação de lagos, na reforma agrária na luta pela demarcação de seus territórios através das Reservas Extrativistas, Projeto Agroextrativista para garantir o acesso e a permanecia na terra e agrícola de transição agroecológica.

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18 • Janeiro • Arquidiocese em Notícias

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Colaboração: Pe. Pedro Facci

No ano de 2015 e 2016 o Comidi se empenhou em realizar em cinco setores da arquidiocese e em Rio Preto da Eva os cursos de formação missionária, em oito etapas, com o objetivo de formar em todas as paróquias e áreas o Comipa, mas ainda restam seis setores e Presidente Figueiredo. Publicamos algumas sugestões de como criar numa paróquia ou área missionária o Comipa. Acreditamos que isso será de grande valor para realizar as prioridades do Plano de Evangelização da Arquidiocese 2014-2018, nos seus desa-fi os missionários a sa-ber: Evangelização dos moradores de condomínios e conjuntos habitacionais, e a missão ad gentes.

O COMIPA parece-se com o grupo dos 12 após-tolos: “Jesus chamou os que ele quis para que fi cas-sem com Ele e para enviá-los a pregar” (Mc 3,13).

O Comipa é um grupo paroquial que pretende ESTAR com Jesus e IR colaborando com Jesus na evangelização.

Para iniciar procure algumas pessoas que te-nham um perfi l missionário isto é:• Paixão por Jesus Cristo e sua missão e um

grande desejo que Ele seja conhecido e ama-do no mundo inteiro.

• Amor pela Igreja missionária.• Coração aberto e capacidade de se doar.• Vontade de colaborar e caminhar juntos.

Apresente este grupo ao padre de sua paró-quia ou área missionária para receber sua bênção e apresentar as fi nalidades.

Escolher, no grupo, um coordenador, um vice, um secretário, um tesoureiro. Marcar um encon-tro semanal ou quinzenal num horário, dia, lugar bom para todos. O coordenador prepara a pauta e o secretário lavrará a ata. O grupo poderá também ter a sua camiseta missionária que o identifi cará.

Se na paróquia ou área missionária tiver algu-ma congregação missionária, o grupo poderá con-vidar alguém para ajudar na caminhada e manter vivo o espírito missionário.

COLABORE COM AS MISSÕES

COMIDI de Manaus/CEFAMAv. Joaquim Nabuco, 1023 – Centro Fone: (92) 3212-9046 /99205-5291/99380-3783Expediente: Quarta, de 14h às 17h

Animação

O Diretório Pastoral da Arquidiocese de Manaus quando fala do Anúncio do Evangelho, a� rma: “A animação missionária é algo de essencial da Igreja...” (n. 211) e por isso o Conselho Missionário Diocesano (Comidi) se empenha a “motivar, despertar, implantar e fortalecer os Conselhos Missionários (Comipas) nas áreas missionárias e paróquias para manter viva toda a força missionária presente na Arquidiocese” (n. 218).

COMIPA: ACOLHER E DIFUNDIR A DIMENSÃO MISSIONÁRIA

ORAÇÃO: Iniciar sempre com uma oração e, possivelmente, uma vez por mês uma missa ou adoração eucarística missionária aberta à comunidade.

FORMAÇÃO: Leitura da Ata do encontro precedente e, depois, uma leitura com conteúdo missionário: pode ser a carta do Papa sobre a missão que foi estudada nos setores, ou a “Alegria do Evangelho” de papa Francisco, ou uma leitura do livro Espiritualidade Missionária, ou de uma revista missionária (Mundo e Missão, Missões, Missão Jovem...), ou de um testemunho...

VER: Procurar ver a realidade missionária ad gentes aqui e além-fronteira. - Aqui: quais os lugares da minha paróquia ou área missionária nos quais Jesus Cristo não é conhecido ou sufi cientemente anunciado? - Na Amazônia: conhecer a realidade dos indígenas, ribeirinhos, interiores, populações ur-banas, no cuidado com a ecologia integral e da “Casa comum”.- Além-fronteiras: Quais os lugares no mundo onde Cristo não é ainda conhecido?

JULGAR: O que a Palavra de Deus diz sobre isso?

AGIR: Ações concretas para realizar a dimensão missionária.• Planejar e realizar ações missionárias e de evangelização em lugares que não são evangelizados. • Incentivar e ajudar nas Santas Missões Populares, nos condomínios e conjuntos habitacio-

nais, nas escolas e colégios. • Cuidar do mural da Igreja com algumas frases, fotos ou chamados missionários.• Inserir nas Missas do domingo uma prece missionária.• Divulgar e rezar o terço missionário. Num encontro de oração colocar na mesa o mapa

do mundo e em cima dele a imagem de Nossa Senhora e dos padroeiros da missão São Francisco Xavier e Santa Terezinha do Menino Jesus e rezar.

• Animar o mês missionário com iniciativas específi cas aproveitando o material das POM; ir às pas-torais e grupos de catequese para falar do mês missionário, incentivar a participação na Caminha-da Missionária Diocesana, propor momentos de oração específi cos e testemunhos missionários.

• Inserir algo especifi camente ‘missionário’ no mês vocacional de agosto, e da palavra em setembro.• Celebrar envios missionários.• Fazer uma animação missionária na liturgia dos tempos fortes: advento e quaresma...• Manter um contato com um missionário/missionária além fronteiras; ler seu testemunho no gru-

po, colocar no mural da igreja e, nos momentos fortes, ler o testemunho nas Missas dominicais.• Conhecer e divulgar o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Rede Eclesial Pan-Ama-

zônica (REPAM).• Convidar os missionários que passam de férias para dar testemunhos nos grupos.• Assinar as revistas missionárias. Os componentes do grupo deveriam por primeiro assinar e divulgar. • Usar os MCS para divulgar a ideia missionária e entrar nos sites missionários das POM e outros.• Estar em contato com o Conselho Missionário da Diocese (COMIDI).• Estar presente no Conselho pastoral através de um representante do COMIPA.• Apoiar o surgimento e ter contato e ajuda da Infância, Adolescência e Juventude Missionária

diocesana; proporcionar ao longo do ano encontros para crianças, adolescentes e jovens.• Promover e acompanhar as vocações missionárias.• Valorizar momentos de confraternização em vista de aniversários ou datas especiais para

fortalecer a união do grupo.• Etc... Aqui a fantasia do Espírito Santo se encarregará de sugerir a cada grupo quais as me-

lhores iniciativas para realizar o mandato missionário de Jesus: “Ide pelo mundo inteiro e pregai o Evangelho a todos os povos”. Por isso deixar-se conduzir pelo Espírito.

O QUE FAZER NOS ENCONTROS

“Eu não quero uma Igreja tranquila.

Quero uma Igreja missionária.”

Papa Francisco

Conheça os nossos missionários amazonen-se em missão além fronteira e mande uma saudação a eles.Acesse o endereço de e-mail deles disponível neste link www.arquidiocesedemanaus.org.br/e-mail-dos-religiosos-e-leigos-em-missao

Arquidiocese em Notícias • Janeiro • 19

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A caminhada não é fácil, se fosse fácil todo mundo seguia Jesus. Pregar Jesus é fácil, o difícil é viver Jesus.

Texto e foto: Ana Paula Lourenço

Filha de Maria e Raimundo Mota Batista, nasceu em Santarém–Belém, mas em 1975 veio morar em Manaus com seu esposo e seus fi lhos e foi residir em uma ocupação localizada no Bairro da

Paz, próximo à avenida Torquato Tapajós. Segundo ela, quando chegou na área que escolheu residir só tinha mato e não havia igreja próximo. Muito católica, deslocava-se até à Catedral para participar das missas aos domingos.

Pra ela foi uma alegria quando iniciaram as celebrações onde hoje é a Igreja Santo Afonso, mas ainda era difícil pela distância, muitas vezes tendo que pagar um carro para conseguir chegar lá. Em suas orações pedia a Deus que houvesse uma igreja mais perto de sua casa. Quando surgiu uma comu-nidade no Conjunto Santos Dumont, nas proximidades de sua casa, fruto de ocupação de sua casa e percebeu que podia ser uma oportunidade de ter uma comunidade católica mais próximo e foi comunicar ao padre Marcos, que atuava no local, e ele prontamente foi ver o espaço e já sinalizou a possibilidade realizar uma celebração no local para dar início à comunidade Nossa Senhora da Paz e assim aconteceu.

“Foi uma caminhada muito dura, pois foram oito anos de luta para adquirir a área. Se fosse na minha cidade eu não teria feito o trabalho que

fi z aqui, porque lá já tinha tudo arrumado, e como quando cheguei aqui não tinha

nada, fomos começar a plantar a se-mente”, afi rmou Dona Zizi.

A certeza de que Deus tinha um plano pra sua

vida veio quando ela sobreviveu a uma grave enfermidade aos 27 anos. Desde então esteve atenta ao que Deus queria dela e, além da missão de criar seus oito fi lhos, mais tarde teve a certeza de que deveria dedicar-se à recém criada comunidade Rainha da Paz, pertencente à Paróquia Santo Afonso.

Dona Zizi sempre foi dona de casa, mas fazia costuras e crochê para ajudar na renda familiar, e ainda tinha tempo para assumir a missão de ajudar na criação da comunidade e construção da capela. “Eu era tudo, de abrir a igreja, varrer, fazia de tudo pois só tinha eu à frente. Era a ani-madora, a comentarista, a catequista, mas o que me identifi quei mesmo foi a visita aos enfermos. É uma coisa que sempre me tocou pois o enfer-mo precisava de uma palavra, carinho, aconchego e de uma confi ssão. A gente aprende muito com eles”, afi rmou Dona Zizi que há 15 anos é ministra extraordinária da Eucaristia e da palavra.

Iniciou a catequese de adultos, pois achava importante que as pes-soas que fossem à missa comungassem e muitos não tinham feito ainda a primeira comunhão. A primeira turma tinha 12 jovens de 16 a 20 anos e depois permaneceu esse trabalho catequisando muitos outros, além de preparar casais para o sacramento do matrimônio. Após 5 anos de início da comunidade, ela fundou a Irmandade Nossa Senhora da Paz, tendo hoje 26 anos, pois via a necessidade de unir pessoas que quises-

sem ajudar a comunidade, seja na leitura durante a missa, seja na organização dos arraiais.“A caminhada não é fácil, se fosse fácil todo mundo seguia Jesus.

Pregar Jesus é fácil, o difícil é viver Jesus. Eu acho lindo quando o padre deixa que o Espírito Santo fale por ele, pois é através do Espírito que ele consegue tocar e transformar. A caminhada com Jesus é muito linda. Eu tenho um amor tão grande por esse trabalho da Igreja, que sentada na minha cadeira eu consigo fazer o trabalho. Muitos dizem que não tem tem-po, mas o tempo é de Deus e eu me sinto feliz por conseguir me doar. Se Deus me chamar eu tenho algo pra levar, nem que seja um botão de rosa. É pequeno, mas foi o que eu pude fazer” declarou Dona Zizi que sempre res-pondeu as críticas por sua dedicação dizendo que tudo o que se conquista para a comunidade é para o crescimento dela e é feito para Deus.

Dona Zizi fi ca muito triste quando algo se desmancha e perde as raí-zes na comunidade, pois acredita que as devoções devem continuar, pois

são meios que incentivam o povo a rezar, principalmente as pessoas idosas que possuem grande devoção à Maria e aos santos, nossos

intercessores. Para ela isso também é caminhar e viver o Evan-gelho no dia a dia, com atos caritativos, como o acolhimento do irmão, e compaixão daquele que está sofrendo, ajudando sempre que o irmão precisa.

Dos seus oito fi lhos, apenas um caminhou na igreja quando jovem e hoje outro fi lho toca na liturgia, porém to-dos valorizam momentos de oração como o agradecimento pelo alimento todas as vezes que sentam à mesa para uma refeição. “A comunidade também é minha família, hoje eu vejo que fi z discípulos e Jesus me ajudou a fazer discípulos pois vejo muita gente empenhada no serviço. É bom fazer discípulos pois não somos eternos”, declarou.

Muito agradecida a Deus por tudo que lhe concedeu, aos 80 anos, só pede saúde para continuar servindo. “A gente não leva nada quando vamos embora. Jesus que vai julgar o que fi ze-mos de bom. É Deus que incentiva a gente e nos capacita. No início eu sabia nada, mas pela necessidade fui aprendendo ao observar como era feito em outras igrejas”, disse.

Dedicação ao serviço e à evangelização na Comunidade Rainha da Paz

Ermezinda Batista e Silva

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Arquidiocese acolhe seu novo bispo auxiliar com missa solene na CatedralAna Paula Lourenço e Érico Pena

Diáconos, padres, religiosos e religiosas e represen-tantes paróquias, áreas missionárias, grupos, comu-nidades, movimentos e pastorais da Arquidiocese de

Manaus estiveram presentes na manhã do dia 18 de dezem-bro, na Catedral Metropolitana de Manaus, para participar da missa de acolhida de Dom Edmilson Tadeu Canavarros, novo bispo auxiliar. Após ser acolhido pelo Arcebispo Dom Sérgio Castriani, Dom Tadeu assumiu a presidência da celebração, sendo esta a sua primeira missa na Arquidiocese.

“Muito me alegra estar nesse novo lar, nessa nova casa. Muito obrigado pela presença de cada um e cada uma, sobre-tudo dos nossos sacerdotes que formam essa Arquidiocese. Me coloco sempre a disposição para ajudá-los e cada vez mais juntos crescermos”, disse emocionado Dom Tadeu (como esta sendo chamado), em seu primeiro discurso ofi cial como bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus.

E sem dúvida foi uma celebração que emocionou a todos que estavam ansiosos para conhecer o novo pastor que, com seu jeito simples de falar, sempre com um sorriso no rosto, foi muito prestativo com os fi éis que no fi m da celebração fi zeram questão de prestar homenagem com muito carinho e ca-lor humano, fazendo jus às palavras de Dom José em seu discurso de boas vindas. “Estamos muito felizes com a sua vinda e com a sua chegada, so-mos gratos ao seu sim generoso e corajoso de vir ajudar a cuidar do nosso rebanho, seja bem vindo à nossa arquidiocese. Tenho certeza que você será muito bem acolhido e querido por todos que estão lhe aguardando desde outubro (quando foi anunciada a nomeação dele para ser bispo auxiliar de Manaus”, comentou Dom José.

Visivelmente feliz e emocionado, porém sem perder a se-renidade e o jeito calmo ao falar, Dom Tadeu fez seus agradeci-mentos fi nais, salientando os três pilares no qual pretende dar um foco maior. “Quero caminhar junto com vocês, somar com vocês e dar essa minha contribuição, sobretudo junto com os sa-cerdotes, pois é essa união que constrói a igreja. Outra realidade que pretendemos trabalhar é junto às famílias, pois é das famí-lias que nasce as vocações para o sacerdócio, para a vida consa-grada. Outra questão é a juventude, pois como pastores cabe a nós acompanhar os jovens no caminho da fé, para mostrar Jesus

Cristo e de fato essa fé possa realmente dar frutos. No mais, agradeço de coração por esta acolhida feita

por esse povo querido”, disse Dom Tadeu.

ORDENAÇÃO EPISCOPALDom Tadeu foi ordenado bispo no dia de Nossa Senhora de Guadalupe, 12 de de-

zembro, sendo o primeiro bispo natural de Mato Grosso do Sul. A celebração

foi realizada no Ginásio Poliesportivo Dom Bosco, em Campo Grande,e foi presidida pelo arcebispo de Manaus, Dom Sérgio Eduardo Castriani, con-celebrada pelo arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, e pelo bispo de Corumbá, Dom Segis-mundo Martinez Alvarez, com a pre-sença de outros bispos e presbíteros, religiosos e religiosas, salesianos de Dom Bosco e familiares de Dom Tadeu Canavarros que foi nomeado

bispo auxiliar da Arquidiocese de Ma-naus no dia 12 de outubro deste ano.

Dom Tadeu foi calorosamente recepcionado desde que pisou em solo manauense, na manhã do dia 17 de dezembro, quando desem-barcou no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. O bispo veio do Mato Grosso do Sul acompanhado de sua mãe, a senhora Elirene, e a irmã mais nova, Rosenil, e mais dois salesianos. Foi recebido, ainda na sala de embarque, por Dom Sérgio Castriani, depois por Dom José e padres da Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia, e pelo coor-denador de Pastoral da Arquidiocese, pe. Geraldo Bendaham.

Em seguida, adentrou a sala de autoridades onde estavam dezenas de pessoas transbordando de alegria por recebê-lo. Padres, religiosos e religiosas, membros de movimentos, pastorais e comunidades, agen-tes de diversas paróquias e áreas missionárias cantavam músicas de acolhida e erguiam faixas de boas vindas. Muitos fi zeram questão de abraçá-lo e dar presentes para demonstrar a felicidade em receber este pastor que já se mostra feliz e emocionado com a calorosa acolhida e es-pera corresponder aos anseios da comunidade católica local, prestando auxílio ao trabalho de pastoreio realizado por Dom Sérgio e Dom José.

A sua mãe, senhora Elirene, afi rmou estar muito emocionada com a acolhida feita ao fi lho e tem a certeza de que aqui ele fará também um bom trabalho e será muito feliz cumprindo a missão que Deus confi o a ele. A irmã, Rosenil, também surpresa, não es-perava essa recepção tão calorosa e acredita que Dom Tadeu corres-ponderá ao que esperam dele aqui na Arquidiocese de Manaus.

RECEPÇÃO CALOROSA DESDE O AEROPORTO

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JANEIRO 2017DATA ATIVIDADE HORÁRIO LOCAL INFORMAÇÕES

1 Caminhada pela Paz – Seguida de Missa 17h30Paróquia Rainha dos Apóstolos

Praça Padre Cláudio Walmir Rossini, ao lado do La SalleSecretaria da Paróquia Rainha dos Apóstolos

(92) 3656-5445

1Caminhada pela Paz

Setor Padre Pedro Vignola16h Caminhada

18h MissaParóquia São Bento

Rua Prof. Félix Valois, Cidade Nova (próximo ao T3)Coordenação do Setor Padre Pedro Vignola

(92) 99468-2633

6 a 13 Oitavário da Epifania 18hParóquia Rainha dos Apóstolos

Praça Padre Cláudio Walmir Rossini, ao lado do La SalleSecretaria da Paróquia Rainha dos Apóstolos

(92) 3656-5445

7 Inauguração da Igreja – Área Missionaria São João XXIII 19h A defi nir Secretaria da Área Missionária (92) 3023-0776

8Ordenação Presbiteral

Frei Felipe Gentil e Frei Smaley Sarmento9h

Área Missionária Cidade de Deus – Comunidade Sto. Antônio de PáduaRua São João, 820 – Areal do Mindú

Secretaria da A.M. Cidade de Deus (92) 3248-3055

8Posse pároco da Área Missionária

Santa Catarina de Sena18h

Igreja Santa Catarina de SenaRua Álvaro Bandeira de Melo, 155, Conjunto Jardim Petrópolis

Secretaria da A.M. Santa Catarina de Sena(92) 3663-8163

10 a 19 Novenário em hora a São Sebastião 18hParóquia São Sebastião, Mártir, São Francisco de Assis

Rua Tapajós, nº 54 – CentroSecretaria Paroquial

(92) 3232-4572

16 a 24 Novenário de São Paulo Apóstolo 19h30 Área Missionária São Paulo Apóstolo, Setor Pe. Pedro Vignola Secretaria da Área (92) 99345 4327

20 Procissão e Missa Campal em honra a São Sebastião 16hParóquia São Sebastião, Mártir, São Francisco de Assis,

Rua Tapajós, nº 54 – CentroSecretaria da Paróquia São Sebastião

(92) 3232-4572

25 Missa em honra a São Paulo Apóstolo 19h30Comunidade São Pio de Pietrelcina – Área Missionária São Paulo

Apóstolo – Av. Curaçao, s/nº – Nova CidadeSecretaria da A.M. São Paulo Apostólo

(92) 99345 4327

23 a 28 7ª Semana do Jovem Líder – Pastoral da Juventude A confi rmar A confi rmarCAPJ – Secretárias Raissa ou Maryane(92) 99455-1571 / (92) 99296-1305

31 Festa de Dom Bosco 19hParóquia Dom Bosco

Av. Epaminondas, 57 – CentroSecretaria da Paróquia Dom Bosco

(92) 2125-4612