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Sodium 0xibate Relieves Pain And Improves Function In Fibromyalgia Syndrome
Russell J,Perkins AT,et.al
Arthirits e Rheumatism - jan 2009
Tatiane Galdino Leal
Introdução:
• A Fibromiagia (FM) é caracterizada por dor generalizada crônica , alodínea e o mínimo de 11 dos 18 tender points anatomicamente definidos positivos.
• Embora sendo mais comum em mulheres adultas, tem a prevalência de 2% na população geral, afetando 3-6 milhões de pessoas nos EUA.
Os critérios de classificação da FM foram realizados pelo ACR em 1990, tem sido ultilizados para diagnóstico,e embora seja classificada pela presença de dor , muitas outros sintomas tem sido identificados nesses pacientes, como insônia, fadiga, rigidez, cefaléia, disfunção cognitiva, sintomas afetivos e síndrome do cólon irritável.
• Sua patogênese envolve predisposição genética, a partir do estímulo inicial, há desrregulação da função de neuro-transmissores.
• A presença de depressão e ansiedade nesses pacientes é grande em relação a população, mas a comorbidade psiquiátrica não é necessária para a patogênese.
• O tratamento da FM atual é baseado na sintomatologia: com foco no alívio da dor, restauração do sono, melhora da função física.
• A terapia não farmacológica inclui educação, modificação de hábitos de sono e exercícios, já a terapia farmacológica é a base de neuromodulatórios, analgésicos e/ ou sedativos /hipinóticos para ajudar nas dores e insônia.
• Nenhuma droga isolada demonstrou eficácia para todas as manifestações, atualmente somente a Pregabalina foi aprovada com a indicação específica para o tratamento da FM.
• O oxibato de sódio é um sal de hidroxibutirato, um metabólito do ácido aminobutírico aprovado pelo FDA para o tratamento de Cataplexia e distúrbios de excesso de sono naqueles com Narcolepsia.
• Em estudos , o oxibato de sódio em pacientes com narcolepsia os quais também apresentavam sintomas de FM, houve melhora dos sintomas das duas doenças, então Schorf e colaboradores pensaram que também poderia ser benéfica nos casos de FM com insônia.
• Em pequenos estudos randomizados placebo controlados com oxibato de sódio em FM houve melhora do sono e fadiga reduzindo a intensidade da dor e tender points.
• OBJETIVO:
• O objetivo desse trabalho randomizado duplo cego placebo controlado de 08 semanas foi determinar se essa medicação seria mais efetiva que o placebo na intensidade da dor, distúrbio de sono, verificar efeitos colaterais e segurança em FM.
MÉTODOS:
Foram selecionados homens e mulheres em idades >18a que tiveram critérios para FM de acordo com ACR, era requirido que tivessem EVA > 40 nas 2 semanas anteriores a randomização,além da suspensão de opiáceos, antidepressivos, ciclobenzaprina, acupuntura, fisioterapia, massagem, analgésicos, restringindo a apenas um dos medicamentos( acetaminofen <4000 mg/d, ibuprofeno <1200 mg/d, naproxeno <660 mg/d, cetoprofeno <75 mg /d), álcool,e método anticoncepcional para aquelas que não tivessem com período mínimo de dois anos de menopausa.
• Eram excluídos pacientes com doenças reumáticas inflamatórias, dor devido outra desordem, história de convulsões, distúrbios psiquiátricos, grávidas...
• O estudo foi conduzido em 21 lugares diferentes nos EUA.
• Os pacientes foram submetidos a um screnning para apnéia do sono, era recordado o EVA naquelas 2 semanas, era feita uma avaliação da intensidade no final da 4 visita, pacientes que apresentavam critérios eram randomizados para receber oxibato de sódio nas doses 4,5 mg , 6mg e 1ou 2 doses de placebo.
• O oxibato tem meia vida 30-60 min, para controle de distúrbios de sono a dose era dividida, uma dose noturna e outra após 2,5 - 4 horas .O número de analgésicos que já não eram usados era avaliado após 14 dias.
• A eficácia era avaliada através de parâmetros que eram recordados em diários eletrônicos ( dor e fadiga), e eram avaliados em visitas após 2,4,8 semanas de tratamento, através de questionários a respeito do sono, qualidade de vida e impressão da global mudança feita pelo paciente.
• A avaliação era feita pelo clínico após cada visita através da contagem de tender points, mudança no final do estudo, e a polissonografia realizada 2,4,7 semanas.
• Exames laboratoriais (hemograma, bioquímica , eas) eram realizados 1,4,7 visita e observados os efeitos colaterais.
Resultados:
• Dos 320 pacientes, 195 foram randomizados para receber tratamento, a a maioria era de mulheres brancas, o período de doença era de nove anos.
• O total 147(78%) completaram o protocolo, efeitos colaterais levaram a interrupçao 3 -64 (4,7%) do grupo placebo, 5 dos 58 (8,6%) no grupo de menor dosagem,e 11 dos 66 (16,7) no grupo de maior dosagem.
• Eficácia: Houve resposta (POV) em ambas dosagens: 4,5mg/d (20-58 = 34%, p=0,005), e 6mg (18-66 = 27,3%, p<0.005) superior ao grupo placebo.
• Tender points: Não houve diferença significante em relaçao a menor dosagem e o placebo (p= 0.06), mas houve na maior dosagem em relaçao ao placebo (p= 0,05).
• Insônia:A maioria relatou distúrbio de sono (92% placebo, 95% 4,5mg, e 87% 6mg).
• Houve melhora do sono (p=0,004 4,5 x placebo, e p=003 6mg x placebo).
• Fadiga: Diminuiu em ambos os grupos em relação ao placebo (p=0,05).
• Qualidade de vida: Escore SF36 mostrou melhora da dor e vitalidade em ambas as doses :4,5mg: p=0,02(dor),e p=0,01 (vitalidade).
• Na dose 6mg (p= 0,008 (dor) e p= 0,02 (vitalidade).
• Grande proporção de pacientes que estavam em tratamento se mostraram melhores que no grupo placebo.
• Não houveram mudanças importantes em exames laboratoriais.
• Efeitos colaterais:1 caso infecção com excerbação de asma,1 caso taquicardia e hipertensão, 22% descontinuaram devido sintomas menos importantes.
• Placebo: dor torácica, ansiedade depressão.
• Menor dosagem: rash, palpitações, insônia, ansiedade, náuseas, edema, depressão.
• Maior dosagem: náuseas, vômitos, síncope, dor torácica, vertigem.
Discussão:
• A composição da mensuração da eficácia primária ( dor, limitação física, e impressão da mudança global ) apresentou-se semelhante ao guidelines do FDA para avaliação de efeitos farmacológicos na FM.
• Esse estudo foi baseado na análise de melhora de três variáveis.
• Significante benefício surgiu após a 5 visita (2 semanas).
• Alta correlação foi encontrada sobre a impressão da mudança feita pelo paciente em diário eletrônico, com melhora de 30% nos escores.
• E razoável a hipótese que distúrbios de sono pode contribuir para dores difusas,a alta correlaçao dá suporte a essa, mas não prova relação causa-efeito.
• Cada dose demostrou melhora física e fadiga relacionadas a FM em questionários (FIQ), assim como melhora da dor e vitalidade no SF36, ( qualidade de vida).
• Apesar de ter excluído pacientes com distúrbios psiquiátricos maiores, a depressão e ansiedade foram reportados em alguns casos e foram excluídos.
• Foi bem tolerado em FM, os efeitos colaterias foram os mesmos esperados no tratamento de narcolepsia ( náuseas, vômitos, vertigem), tendendo a desaparecer com a continuaçao da medicaçao.
• Um grupo não respondeu a medicaçao.
• CONCLUSÃO:
• O tratamento com oxibato de sódio levou a diminuiçao da intensidade da dor e fadiga e melhora da qualidade de vida, com efetividade e segurança na FM.