slids de kpc (vigilancia sanitÁria)
TRANSCRIPT
www.anvisa.gov.br
Agência Nacionalde Vigilância Sanitária
Klebsiella pneumoniaecarbapenemase (KPC)
O DESAFIO DOS MICRORGANISMOS MULTIRESISTENTES...
Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde
27/01/2011Brasília/DF
E nterococcus faeciumS taphylococcus aureusK lebsiella pneumoniaeA cinetobacter baumaniiP seudomonas aeruginosaE nterobacter species.
.
Rice LB. Federal funding for the study of antimicrobial resistance in nosocomial pathogens: no ESKAPE. J Infect Dis 2008; 197:1079–81.
Patógenos Associados com a Maioria das Infecções Relacionadas aos Serviços de Saúde
Carbapenêmicos
AntibióticoImipenem
Meropenem
Ertapenem
Doripenem
Cepas resistentesraras
xx
Cepas resistentes Dominantes
Exposição aoantibiótico
xxxx
xx
xx
xx
SELEÇÃO DE CEPAS RESISTENTES
www.anvisa.gov.br
Agência Nacionalde Vigilância Sanitária
Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) é uma enzima produzida por bactérias Gram-negativas, que confere resistência aos antimicrobianos carbapenêmicos (meropenen, ertapenen, imipenen), além de inativar algumas classes de antimicrobianos, como por exemplo, penicilinas, cefalosporinas e monobactâmicos.
Clin.Microbiol. Rev. 2:440-458,2007JAC 60:470-482,2007
O que é Klebsiella pneumoniaecarbapenemase (KPC)?
Quais são as bactérias produtoras de KPC?
Além da Klebsiella pneumoniae (que foi primeiramente descrita), o KPC pode ser identificada em outras bactérias, como por exemplo, K. pneumoniae, Enterobacter cloacae, Citrobacter freundii, Salmonella spp., E. coli; Pseudomonas spp.
Clin.Microbiol. Rev. 2:440-458,2007JAC 60:470-482,2007
www.anvisa.gov.br
Agência Nacionalde Vigilância Sanitária
Relatos de KPC no mundo
JAC 60:470-482,2007
www.anvisa.gov.br
Agência Nacionalde Vigilância Sanitária
Processo natural de seleção natural dos microorganismos!• O uso indiscriminado de antibióticos que favorecem o surgimento da resistência por pressão seletiva natural sofrida pelos patógenos da microbiota normal expostos a múltiplos antibióticos; • A melhoria do suporte avançado de vida em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), incluindo procedimentos invasivos, que elevam a sobrevida;
• Ausência de protocolos e rotinas bem definidas de trabalho com medicamentos e medidas de prevenção e controle de infecção hospitalar;
• Deficiência de suporte laboratorial na identificação de processos infecciosos (uso de terapia empírica);
• Prolongamento do tempo de internação, que eleva o risco de contrair infecções;
• A deficiência na formação dos profissionais de saúde no tema controle de infecção hospitalar e uso racional de antimicrobianos.
Como surgiu?
Como são transmitidas as bactérias multiresistentes nos serviços de saúde?
• TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL ATRAVÉS DAS MÃOS (paciente colonizado/infectado ou superfície contaminada)
• TRANSFERÊNCIA DE UMA INSTITUIÇÃO DE SAÚDE PARA OUTRA• SELEÇÃO DE BACTÉRIAS RESISTENTES POR PRESSÃO SELETIVA AO
USO DE ANTIBIÓTICOS• TRANSFERÊNCIA DE GENES DE RESISTÊNCIA (de uma bactéria
para outra)
• SÃO TRANSMITIDOS TAMBÉM ATRAVÉS DE INSTRUMENTAL MÉDICO/HOSPITALAR ‐ Ex: Estetoscópio
www.anvisa.gov.br
Agência Nacionalde Vigilância Sanitária
- Pessoas hospitalizadas (principalmente em Unidades de Terapia Intensiva)
- Pacientes com baixa imunidade
- Pacientes em uso de dispositivos invasivos (catéter venoso, ventilação mecânica, catéter urinário etc.)
Quem está mais exposto?
Tratamento
A maioria das amostras de KPC encontradas até agora são sensíveis aos antibióticos como aminoglicosídeos, polimixinas e tigeciclinas.
Obs.: existe o risco de a bactéria desenvolver resistência a estes medicamentos ou de o gene ser adquirido por uma espécie bacteriana que énaturalmente resistente à tigeciclina ou às polimixinas.
KPC NO MUNDO
www.anvisa.gov.br
Agência Nacionalde Vigilância Sanitária
• Cepa isolada em hospital, na Carolina do Norte, EUA (1996)
• Houve uma rápida expansão para a costa oeste americana, e em 2005, descreveu-se o 1° isolado na França, em um paciente que vinha de Nova Iorque.
1° Relato KPC
Clin.Microbiol. Rev. 2:440-458,2007JAC 60:470-482,2007
Distribuição de KPC no mundo
Lancet Infect Dis 2009; 9: 228–36
FIG. 1. Increase in numbers of group 1, 2, and 3 ‐lactamases from 1970 to 2009. Shown are group 1/class C cephalosporinases (black), group
2/class A and class D ‐lactamases (blue), and group 3/class B metallo‐‐lactamases (red).
Chu Y-W, Tung VWN, Cheung TKM, Chu M-Y, Cheng N, Lai C, et al. Carbapenemases in enterobacteria, Hong Kong, China, 2009 [letter]. Emerg Infect Dis. 2011 Jan; [Epub ahead of print]
Por que as enterobacterias produzindo carbapenemases estão sendo consideradas um grande
problema de saúde pública?
• Dados publicados relatam que infecções causadas por Enterobacterias produtoras de carbapenemases estao associada a uma taxa de mortalidade de 58% em pacientes em Unidade de Terapia Intensiva e de 70‐80 % entre pacientes com bacteriemia, com aumento do tempo de hositalização e dos custos.
• Em algumas parte dos Estados Unidos klebsiella pneumoniae que produz KPC já é endêmica!
• Nesses casos restam opções de tratamento limitadas para infecções graves.
• Nenhuma nova droga disponível para tratamento de bacilos Gram‐negativos nos próximos anos.
www.anvisa.gov.br
Agência Nacionalde Vigilância Sanitária
DADOS DE KPC NO BRASIL
2009-2010FONTES:
Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar, IOC – FIOCRUZ
Rede Nacional de Monitoramento da Resistência Microbiana em Serviços de Saúde –REDE RM/Anvisa
Rede Nacional de Investigação de Surtos em Serviços de Saúde – RENISS/Anvisa
Notificações de surtos infecciososX
Enterobactérias no Brasil 2009-2010
Fonte: RENISS/ANVISA-2010
Casos sugestivos notificados...
• Resultados laboratoriais sugestivos de KPC, por Estado, entre agosto de 2009 e outubro de 2010.
PS.: Não inclui casos clínicos notificados por Santa Catarina (n=39), identificados entre outubro de 2010 a janeiro de 2011 E Mato Grosso (n=01) identificado em 2011
www.anvisa.gov.br
Agência Nacionalde Vigilância Sanitária
10 clones circulante em 05 Estados
Prevenção e Controle
- Higienização das mãos (Manual da Anvisa: Segurança do paciente em serviços de saúde: Higienização das Mãos);
- Uso racional de antimicrobianos;
- Medidas gerais de higiene do ambiente (Manual da Anvisa: Segurança do paciente em serviços de saúde: Limpeza e Desinfecção de Superfícies);
- Reforçar a aplicação de precauções de contato em adição às precauções-padrão para profissionais de saúde, visitantes e acompanhantes;
- Enfatizar as medidas gerais de prevenção de IRAS no manuseio de dispositivos invasivos (Manuais da Anvisa: Orientações para Prevenção de Infecção Primária de Corrente Sanguínea e Trato Respiratório);
- Prover meios técnicos, financeiros, administrativos, laboratoriais e recursos humanos para a identificação, prevenção e interrupção da transmissão de microrganismos multirresistentes.
www.anvisa.gov.br
Agência Nacionalde Vigilância Sanitária
•Publicação da RDC nº 42/2010 – Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do País, e dá outras providências – medida mundialmente reconhecida para a prevenção e o controle das IRAS.• Publicação da RDC nº 44/2010 - Dispõe sobre o controle de medicamentos àbase de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição médica, isoladas ou em associação e dá outras providências•Estabelecimento de metodologia de detecção laboratorial (CLSI +EUCAST)•Fortalecimento da comunicação das infecções relacionadas à assistência àsaúde.•Definição de critérios nacionais de infecções relacionadas à assistência àsaúde.•Definição de Monitoramento de um indicador nacional de qualidade da assistência
Ações da Anvisa:
Higienização das Mãos em Serviços de Saúde
• Kit HM em Serviços de Saúde
• Manual Segurança do Paciente - Higienização das Mãos
www.anvisa.gov.brwww.anvisa.gov.brserviserviçços de saos de saúúde/controle de infecde/controle de infecçção em servião em serviçços de os de
sasaúúde/ publicade/ publicaçções/manuaisões/manuais
• Elaboração e produção de vídeo sobre higienização das mãos (meio DVD)
Higienização das Mãos em Serviços de Saúde
www.anvisa.gov.brwww.anvisa.gov.brserviserviçços de saos de saúúde/controle de infecde/controle de infecçção em servião em serviçços de os de
sasaúúde/ publicade/ publicaçções/vões/víídeosdeos
IMPLEMENTATION TOOLKIT
Indicador 2010 ‐ 2013
Meta : Redução em 30% dos índices nacionais no decorrer de 3 anos !
www.anvisa.gov.br
Agência Nacionalde Vigilância Sanitária
• Reforço e divulgação das recomendações sobre investigação e controle de bactérias multirresistentes, publicado em março de 2007.
• Publicação na Nota nº 01/2010 em 25/10/2010 – reforçando as medidas de prevenção e controle das infecções.
Ações da Anvisa
www.anvisa.gov.br
Agência Nacionalde Vigilância Sanitária
Oportunidades: ações conjuntas
• Fortalecimento (formalização e cadastramento) das Coordenações estaduais, distrital e municipais de Controle de Infecção Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS).
• Adesão e implantação dos critérios nacionais de diagnóstico das IRAS para a vigilância epidemiológica e das ações voltadas à redução das infecções de corrente sanguínea, conforme a meta nacional.
• Ampliação junto aos estados e municípios ao cronograma de implantação dos demais indicadores de infecção (ISC, ITU, ITR, Neo, outros).
www.anvisa.gov.br
Agência Nacionalde Vigilância Sanitária
Oportunidades: ações conjuntas
• Cadastramento das comissões de controle de infecção (CCIH) dos hospitais prioritários do país
5789
184 204
610
3882 90
144
397
9 27 2 19 25
0
350
700
N CO S NE SE
META PRIORITÁRIO OUTRO
Alguns resultados em 2010 ....
Fonte: UIPEA/GGTES/ANVISA,2010
www.anvisa.gov.br
Agência Nacionalde Vigilância Sanitária
• Notificação mensal pactuada com os serviços das IPCS pelos hospitais prioritários.
Oportunidades: ações conjuntas
5,6
87,4 7,5 7,48
5,8
7,8 8 8,2
9,68,8
7,78,6 8,4 8,1 8,2 7,9
6,96,1
6
012
jan/09
fev/09
mar/09
abr/0
9mai/
09jun/0
9ju l/09
ago/0
9se
t/09
out/0
9no
v/09
dez/0
9jan/1
0fev
/10mar/
10ab
r/10
mai/10
jun/10
ju l/10ag
o/10
set/1
0
DENSIDADE DE INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA ASSOCIADA A CVC NA UTI ADULTO
Alguns resultados em 2010 ....
Fonte: UIPEA/GGTES/ANVISA,2010
www.anvisa.gov.br
Agência Nacionalde Vigilância Sanitária
Oportunidades: ações conjuntas• Fortalecimento da parceria com a SVS/CGLAB para melhoria contínua
da qualidade dos laboratórios de microbiologia, públicos e privados.
• Parceria com a SVS/CIEVS na melhoria da qualificação da informação e mecanismos de comunicação frente a resposta de emergência sanitária, surtos e alertas de infecções em serviços de saúde;
• Planejamento junto a SVS/CGLAB para o (in)esperado no monitoramento da vigilância da resistência microbiana em serviços de saúde como: Nova Delhi metalo beta-lactamases (NDM enzima-1).
Trata-se de outra cepa de enterobactéria produtora de carbapenemases circulando em diversos países como Índia, Grã-Bretanha e no Paquistão.
www.anvisa.gov.br
Agência Nacionalde Vigilância Sanitária
Obrigado!
61‐ 3462 4014/6892