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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM PRÁTICA DE LEITURA E ESCRITA Gênero crônica Narrativa: O Avestruz, Mário Prata

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM PRÁTICA DE LEITURA E ESCRITA

Gênero crônica Narrativa: O Avestruz, Mário Prata

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM

Nesta situação de aprendizagem pretende-se desenvolver nos alunos capacidades de compreensão do texto, para tanto utilizaremos as seguintes estratégias:Ativação de conhecimentos de mundo; antecipação ou predição; checagem de hipóteses.Localização de inferências locais e produção de inferências globais.Recuperação do contexto de produção; definição de finalidades e metas da atividade de leitura.Percepção das relações de intertextualidade e das relações de interdiscursividade.Percepção de outras linguagens; elaboração de apreciações estéticas e/ou afetivas, relativas a valores éticos e/ou políticos.

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Ano: 6ᵒ do Ensino FundamentalTempo previsto: 15 a 18 aulasConteúdos e temas: identificação dos conhecimentos prévios; conceito de crônica; levantamento e checagem de hipóteses; apresentação de vídeo; pesquisas na internet; retomada dos elementos da narrativa (com ênfase no foco narrativo); leitura do texto “Avestruz”, de Mário Prata; elaboração de quadro organizativo; roteiro de perguntas e produção escrita.Competências e habilidades: levantar hipóteses; inferir e reconhecer na leitura elementos da narrativa; conhecer o gênero crônica; analisar foco narrativo; produzir textos com organização narrativa.Estratégias: leitura de textos narrativos; comparação entre textos; rodas de conversa; produção textual.Recursos: internet; dicionários; textos impressos; ilustrações.Avaliação: produção de ilustração; produção textual; elaboração de quadro organizativo; participação nas atividades.

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MÓDULO 1 – LEVANTAMENTO DOS CONHECIMENTOS PRÉVIOS

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1. Vamos ver o que você já sabe sobre o assunto que vamos trabalhar:      

a. O que há em comum entre as palavras: Cronologia – cronológico – cronômetro – cronometrar

b. E crônica? O que é uma crônica? Qual é a sua relação com essas palavras?

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c) O que é um avestruz?d) Onde ele vive?e) O que ele come?f) Qual é o seu tamanho?h) Como ele se reprodruz?i) Você acha que ele pode ser domesticado?

2. A partir das características levantadas, faça uma ilustração do avestruz.

3. Agora, faremos uma pesquisa na internet para confirmar as diferenças e semelhanças entre a aparência de seu desenho e da ave real.

Sites para pesquisa:http://institutovaleverde.org.br/zoo_turminhahttp://www.recreio.com.br/licao-de-casa/voce-sabiaavestruz

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MÓDULO 2: ESTRUTURAÇÃO

DISCURSIVA DO TEXTO E ESCOLHAS LINGUÍSTICAS

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LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO TEXTO 1: AVESTRUZ, MÁRIO PRATA

 O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos, uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto.

Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam em domicílio.

E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato.

Mas eu estava falando da sua criação por deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais.

Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé.

Sacanagem, Senhor!  Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo.

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Tanto é que logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha.

Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta, entrando depois na menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma avestruz com TPM é perigosíssima!

Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento.

Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.

Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.

Parece que convenci o garoto. Me telefonou  e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu.

Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.

PRATA, M. Avestruz. 5ª série/ 6º ano vol. 2. Caderno aluno p. 9. Caderno do Professor p. 18 

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TEXTO2: AVESTRUZ, RUBEM ALVES

Falam muito mal dos avestruzes, injustamente. Seus detratores, movidos por motivos inconfessáveis, declaram que aquelas aves são de estupidez sem paralelo. Dizem que elas, ao se defrontar com um leão, enterram suas cabeças na areia. Se assim eles se comportam é porque devem ser adeptos de uma antiga filosofia que afirmava que “ser é perceber”. Raciocinam os avestruzes: se não percebo o perigo, o perigo não existe para mim. (Traduzindo popularmente: “Aquilo que os olhos não veem, o coração não sente”.). Continua o pensamento dos avestruzes: “Posso, assim, me comportar como se ele não existisse, desde que continue com a cabeça enterrada na areia”. Tudo estaria bem se o leão não fosse de verdade. E o resultado é que o avestruz acaba na barriga do leão... Mas, como disse antes, eu não acredito que os avestruzes sejam assim tão estúpidos. Estupidez igual somente encontrei em exemplares da espécie Homo sapiens a que pertencemos. O que provocou essa meditação foi uma conversa que tive com o Dr. Augusto Rocha, que me falou sobre o curioso comportamento de pessoas que têm hipertensão arterial e se recusam a tomar remédio. Hipertensão é doença crônica. Sem cura. Para o resto da vida.

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Como o diabetes. Embora não possam ser curadas, as doenças crônicas podem ser controladas. Para isso, o doente há de aceitar uma rotina diária de tomar os remédios devidos. Se isso é doença crônica, podemos dizer que todos nós somos portadores de uma enfermidade crônica que, se não for tratada rotineira e diariamente, pode levar à morte em um mês. É a fome. E o remédio diário para ela é um bom prato de comida... O fato é que ninguém se esquece de comer. Mas alguns doentes crônicos se esquecem de tomar seus medicamentos. Na verdade, não creio que seja esquecimento. Segundo Freud, todos os esquecimentos são intencionais. Os portadores de doenças crônicas se “esquecem” de tomar seus medicamentos porque eles são adeptos da filosofia dos avestruzes. Acham que, não percebendo, a coisa não existe. Acham que ninguém pensa assim? Tive um amigo, um homem inteligente de extraordinárias habilidades mecânicas que não ia ao médico de forma alguma. Alegava: “Não vou ao médico porque pode ser que eu tenha alguma coisa...”. Não ia ao médico para não saber. Não sabendo, ele acreditava que a doença não existia. O leão existe mesmo quando fechamos os olhos...Disponível em: http://martinhasilveira.blogspot.com.br/2013/05/avestruz.html. Acesso

em: 25/05/2013

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TEXTO 3: SÍNDROME DE AVESTRUZ

A estreia de uma peça teatral em São Paulo, na semana passada, trouxe de volta à tona uma questão delicada que já havia produzido algum barulho três anos atrás: a suposta existência de um filho fruto de suposto relacionamento extraconjugal do então presidente Fernando Henrique Cardoso.Naquela ocasião, questionada sobre o fato de não dar nada sobre o assunto, a Folha publicou (em 11 de abril de 2000) duas notas sequenciais na coluna Painel explicando a sua posição.Para o jornal, em resumo, tratava-se de rumores, sem confirmação de nenhuma das partes nem disposição delas para levar o caso a público, além de envolver uma criança de oito anos; inexistindo interferência do caso na administração pública ou reclamação de uma das partes em relação à outra, o tema deveria ficar na "esfera particular". E a coluna concluía: "O jornal pretende manter essa posição, a menos que o material publicado [na ocasião, pela revista "Caros Amigos"] produza consequências políticas de relevo". Embora reconheça que ela é polêmica, estou de acordo com essa posição conceitual. Ocorre que as circunstâncias trataram de reanimar o caso, agora, sob outra forma, na voz fictícia do senador Zé Otávio, personagem principal da peça "A Flor do Meu Bem-querer", de Juca de Oliveira. A frase, reproduzida no "Jornal da Tarde" de terça-feira (22), seria a seguinte: "Lula assumiu a filha e perdeu a eleição. Depois ganhou porque o brasileiro tem memória curta. O Bush tá no poder por causa

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daquela palhaçada do Clinton com a Monica Levinsky. O próprio Fernando Henrique teve um filho fora do casamento mas escondeu e o mandou pra Espanha com a mulher senão ele teria perdido a eleição“. O que fazer, em termos jornalísticos? Na sexta-feira (18), a coluna Mônica Bergamo registrara -num importante furo- o constrangimento de políticos tucanos que tinham ido a uma pré-estreia do espetáculo. Apesar de deixar claro que o assunto era a "vida pessoal" do ex-presidente da República, não explicitava, porém, a menção do "senador" ao suposto filho. Na terça (22), enquanto o "JT" publicava a tal frase, uma reportagem na Ilustrada, de apresentação da peça -que estrearia no dia seguinte-, nem sequer tocava no espinhoso trecho. Não sei se Juca de Oliveira bolou tudo de propósito, de olho na publicidade que angariaria para sua peça. Isso é outra questão. O fato é que a sua repercussão cobra do jornal, outra vez, alguma explicação para não tratar do tema a não ser de modo tangencial, indireto, como tem feito até agora. Assim como concordo com o princípio da argumentação usada em 2000, considero que, com o comportamento atual, a Folha fere outro de seus caros princípios: o da transparência. Dada a segunda onda pública do "affair", mais estrepitosa do que a primeira, o jornal deveria, no mínimo, justificar essa deliberada omissão novamente (após três anos) aos seus leitores -milhares dos quais, como parece óbvio, assistirão "A Flor do Meu Bem-querer".

Disponível em:http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ombudsma/om2707200302.htm . Acesso em: 25/05/2013

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1.Pesquise no dicionário palavras desconhecidas.

2. No Texto 1 o autor utiliza as palavras como “menopausa”, “TPM” e “gigolô”, por que você acha que o autor usou esses termos? E, no Texto 3, porque o autor utilizou a expressão “Síndrome de Avestruz” como título?

3. Faça um quadro organizativo com os elementos da narrativa presentes no Texto 1:

Elementos da Narrrativa

Personagem

Foco Narrativo

Espaço

Tempo

Enredo

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4. Identifique qual (is) dos três textos é (são) crônica(s) narrativa(s). Justifique sua resposta com base nas características do gênero estudadas no Módulo 1.

5. Retome a leitura do Texto 1 e responda, qual objetivo principal o autor tem em vista:

a) Fazer o leitor refletir criticamente.b) Causar humor e divertir o leitor.c) Informar sobre o tema.d) Argumentar.

6. Qual é o público-alvo? E o veículo em que ele foi publicado?

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MÓDULO 3: PRODUÇÃO TEXTUAL E EXPOSIÇÃO TRABALHOS

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Produzam uma crônica narrativa em que apareça um fato do cotidiano. Seu texto poderá causar humor e divertir o leitor ou fazê-lo refletir criticamente sobre a vida e os comportamentos humanos.

Para ajudá-los na produção, organizem o seguintes esquema:

AGORA É A SUA VEZ.

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ESQUEMA DE PRODUÇÃO TEXTUAL

Qual será a situação inicial e qual será o

conflito?Quais serão os

desenvolvimentos do conflito? Indique alguns

fatos decorrentes do conflito inicial.Qual será o foco

narrativo?

Qual será o clímax?

Qual linguagem mais apropriada: um tom de

conversa ou um tom mais formal?

Como será o desfecho?

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FINALIZANDO

Após a correção e reescrita dos textos chegou a hora de organizar a exposição dos trabalhos que será impresso e exposto em painéis ou publicado no blog da escola.

Obs.: Caso a exposição seja apenas no blog, divulgar para os pais, colegas de outras classes e amigos para estarem visitando o site da escola.

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BIBLIOGRAFIA ALVES, Rubem. Avestruz. Disponível em:

http://martinhasilveira.blogspot.com.br/2013/05/avestruz.html. Acesso em: 25/05/2013

PRATA, Mário. Avestruz. 5ª série/ 6ᵒ ano vol 2, Caderno do aluno, p.9.

Ombudsman. Síndome de Avestruz. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ombudsma/om2707200302.htm. Acesso em 25/05/2013

ROJO, Roxane. Letramento e Capacidades de leitura para a cidadania. In Curso EaD: Leitura e escrita em contexto digital, 2012 – Programas e Práticas de leitura e escrita na contemporaneidade . Disponível em: http://efp-ava.cursos.educacao.sp.gov.br/Resource/328167,90D/Assets/conteudo_curso/modulo_01/unidade_04/rojo_2004.pdf

Sequência Didática - Crônica - parte I. Blog Prfeitura Municipal de São Vicente. Disponível em: http://fundamentallpt.blogspot.com.br/2011/02/sequencia-didatica-cronica-parte-i.html. Acesso em 25/05/2013

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GRUPO 5

• Adriana Altina de AlmeidaCamposE.E. Jardim Paiva II• Beatriz Cardoso de Matos BrunelliE.E. Dom Alberto José Gonçalves• Camila Machado da Silva PereiraE.E. Profᵒ Romualdo Monteiro de Barros• Carmen T. Nascimento ThomazellaE.E. Dom Alberto José Gonçalves• Cássio Luiz OliveiraE.E. Profᵒ Dr. Domingos João Baptista Spinelli• Dulceneia Aparecida de MeloE.E. Profᵒ Rafael Leme Franco