sistemas multicamadas - naturgy.com.br · distintos, ou mesmo entre sistemas de tubulação de...
TRANSCRIPT
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
Sistemas Multicamadas – Aplicação e Instalação em Rede
de Distribuição Interna de Gases Combustíveis
APRESENTAÇÃO
1) Documento foi elaborado pela Grupo de Trabalho Tubos de Multicamadas da ABEGÁS
nas reuniões de:
06/02/2017 04/04/2017
2) Este documento não tem valor normativo.
2/17 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 04/abril/2017
Sumário
1 Introdução................................................................................................................................ 3
2 Glossário ................................................................................................................................. 3
3 Tecnologias de união ............................................................................................................... 4
3.1 Características das conexões e respectivas tecnologias de união ....................................... 6
3.1.1 Conexões por compressão radial por crimpagem ............................................................. 6
3.1.2 Conexões por compressão radial por anel deslizante ....................................................... 8
3.1.3 Conexões por compressão radial por rosca bicônica ........................................................ 9
3.1.4 Conexões para uniões térmicas por socket ...................................................................... 9
4 Principais vantagens e desvantagens do sistema .................................................................. 11
4.1 Vantagens .......................................................................................................................... 11
4.2 Desvantagens: ................................................................................................................... 11
5 Projeto piloto da Companhia de gás de São Paulo ................................................................ 11
6 Fotos de boas práticas de instalação ..................................................................................... 13
6.1 Planejamento e logística .................................................................................................... 13
6.2 Alinhamento da tubulação .................................................................................................. 13
6.3 Construção do ramal interno .............................................................................................. 14
6.4 Suporte de fixação do CRM ............................................................................................... 15
6.5 Padrão de instalação Comgas ........................................................................................... 15
7 Teste de intercambiabilidade ................................................................................................. 17
8 Referências normativas ......................................................................................................... 17
TITULO Sistemas Multicamadas – Aplicação e Instalação em Rede de
Distribuição Interna de Gases Combustíveis
TIPO DO
DOCUMENTO TÉCNICO Data 04/abril/2017
EMISSOR Comitê de Normalização
GT Multicamadas ABEGÁS Revisão 00
3/17 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 04/abril/2017
1 Introdução
O Sistema de tubulação multicamada é um conjunto único formado pela união de um tubo
multicamada com uma conexão de tipo correspondente ao dimensional e às características de
projeto e de construção do tubo multicamada, através de ferramental e acessórios, conforme os
requisitos previstos na norma vigente e no manual de instalações do fabricante, de forma a garantir
a segurança e o controle do processo de união, bem como a integridade e a resistência mecânica
do conjunto.
Um sistema de tubulação multicamada é formado por componentes (tubos, conexões e ferramentas)
específicos os quais não são intercambiáveis com componentes de outros sistemas multicamada,
diferentemente como ocorre com os materiais utilizados atualmente nas redes de distribuição de gás
(ex.: aço carbono e cobre).
Para que os componentes de um sistema multicamada sejam considerados um sistema, é
obrigatória a comprovação do atendimento aos requisitos das normas vigentes, principalmente os
requisitos e ensaios de união.
A utilização de um componente de um sistema multicamada, que esteja de acordo com a norma
vigente, com um componente de outro sistema multicamada, que também esteja de acordo com a
norma vigente, deve ser considerado como um novo sistema multicamada. Este novo sistema
multicamada deve comprovar a conformidade aos requisitos desta norma e suas partes.
É aplicável em redes de distribuição interna de gases combustíveis (GLP e GN), com máxima
pressão de operação de 5bar.
2 Glossário
• ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas;
• EPI – Equipamento de proteção individual
• EPUSP – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
• GLP – Gás Liquefeito de Petróleo;
• GN – Gás Natural;
• LBP – Vazamento antes de prensado;
• PE – Polietileno
• PE-RT – Polietileno para altas temperaturas
• PE-X – Polietino Reticulado
• PVDF – Fluoreto de Polivinilideno.
4/17 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 04/abril/2017
3 Tecnologias de união
Existem diferentes tecnologias de união, conforme listado abaixo:
• Conexões por compressão radial por crimpagem;
• Conexões por compressão radial por anel deslizante;
• Conexões por compressão radial por rosca bicônica;
• Conexões para uniões térmicas por socket.
Independente da tecnologia de união, a transição entre sistemas de tubulação multicamada
distintos, ou mesmo entre sistemas de tubulação de diferentes materiais, devem ser sempre
roscadas, conforme normas NBR ISO 7-1 (BSP) ou NBR 12912 (NPT).
Na tabela 1 estão ilustrados os componentes dos sistemas:
Tabela 1 – Sistemas de tubulação multicamada
Tipos de
tecnologia de
união
Tubo (a) Conexões Exemplos de
ferramentas (b)
Conexões por
compressão
radial por
crimpagem
Conexões por
compressão
radial por anel
deslizante
5/17 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 04/abril/2017
Tabela 1 (continuação) – Sistemas de tubulação multicamada
Tipos de
tecnologia de
união
Tubo (a) Conexões Exemplos de
ferramentas (b)
Conexões por
compressão
radial por rosca
bicônica
Conexões para
uniões térmicas
por socket
(a) Entre as diferentes tecnologias de união, os tubos podem ter divergências quanto ao tipo de materiais das
camadas externa e interna, além variações das espessuras das camadas, incluindo a camada metálica.
(b) Além das ferramentas ilustradas na tabela, para a utilização do sistema de tubulação multicamada são
necessárias ferramentas para corte e preparação das extremidades dos tubos.
6/17 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 04/abril/2017
3.1 Características das conexões e respectivas tecnologias de união
As conexões para o sistema de tubulação multicamada são fabricadas na sua grande maioria, em
cobre ou ligas cobre, podendo ser fabricadas em polímeros de engenharia, tal como o PVDF.
3.1.1 Conexões por compressão radial por crimpagem
Conexão mecânica em que a junta é feita com ferramental específico, por meio da compressão de
uma luva metálica diretamente na camada externa do tubo multicamada sobre o suporte interno da
conexão, o qual contém anéis de vedação responsáveis pela estanqueidade da união, conforme
figura 1:
Figura 1 – Conexão por crimpagem
Esta tecnologia de união permite o instalador ter alta produtividade, com qualidade assegurada pelo
correto uso do ferramental.
Utilizando um sistema de tubulação multicamada, com conexões crimpadas, um cuidado deve ser
observado durante a construção, pois existe a possibilidade do instalador inserir o tubo na conexão,
e não prensar, o que certamente provocará um vazamento futuro.
NOTA: Certas conexões, não apresentam vazamento durante o teste de estanqueidade mesmo se
não forem crimpadas. Algumas conexões de alguns fabricantes desta tecnologia de união tem a
propriedade LBP (leak before pressed), a qual garante que a uma pressão baixa já seja possível
detectar o vazamento.
Cada sistema de tubulação multicamada que utiliza esta tecnologia de união tem um perfil de
crimpagem específico (ex.: perfil TH, perfil B, perfil U, etc..), o que define a configuração do suporte
interno da conexão bem como a posição dos o´rings. Independente do perfil, as conexões por
compressão radial por crimpagem, contém um orifício de inspeção para verificação da correta
posição do tubo na conexão, conforme ilustrado na figura 2.
7/17 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 04/abril/2017
Figura 2 – Detalhe do orifício de inspeção
O ferramental utilizado pode ser manual, elétrico ou a bateria, cada qual com suas vantagens e
desvantagens, conforme tabela 2.
Tabela 2 – Vantagens X Desvantagem das ferramentas
Tipo de
ferramental Vantagens Desvantagens Ilustração
A Bateria
Menor desgaste
físico do instalador;
Melhor qualidade na
crimpagem
Alta produtividade;
Ergonomia;
Maior mobilidade
Alto custo.
Elétrica
Menor desgaste
físico do instalador;
Melhor qualidade na
crimpagem;
Alta produtividade;
Ergonomia;
Alto custo;
Menor mobilidade,
por conta do ponto de
alimentação de
energia elétrica.
Manual Baixo custo
Desgaste físico do
instalador;
Qualidade assegurada
pela habilidade do
instalador;
Baixa produtividade;
Falta ergonomia.
8/17 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 04/abril/2017
3.1.2 Conexões por compressão radial por anel deslizante
Conexão mecânica em que a junta é feita com ferramental específico, o qual atua na conexão
provocando o deslizamento de um anel sobre o tubo multicamada acoplado a conexão e o suporte
interno da conexão, conforme figura 3.
Figura 3 – Conexão por anel deslizante
Esta tecnologia de união permite o instalador finalizar as conexões com a tubulação fixada na
parede, por conta da ferramenta a qual não necessita envolver toda a conexão, conforme ilustrado
na figura 4:
Figura 4 – Ilustração do funcionamento da ferramenta de anel deslizante
Existe uma quantidade menor de fabricantes deste sistema de união.
O Tubo específico para esta tecnologia de união tem a espessura da parede maior que as demais
tecnologias, o que o torna mais resistente ao curvamento.
Exige maior esforço físico do instalador.
9/17 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 04/abril/2017
3.1.3 Conexões por compressão radial por rosca bicônica
Conexão mecânica em que a junta é feita por meio da compressão de uma anilha cônica sobre a
camada externa do tubo multicamada e o suporte interno da conexão, conforme figura 5.
Figura 5 – Conexão por anel bicônico
Esta tecnologia de união não requer um ferramental específico, é necessária apenas uma chave fixa
(“chave de boca”), fácil de instalar, porém demanda um tempo ainda maior que as conexões por
compressão por anel deslizante, por ter mais elementos compondo a conexão, conforme ilustrado
na figura 6:
Figura 6 – Conjunto (tubo e conexão) montado
Esta tecnologia de união é a única atualmente que não requer treinamento específico para o
instalador, quanto ao manuseio das ferramentas. Porém o excesso de torque no momento do
fechamento da conexão pode provocar danos à conexão ou tubo.
3.1.4 Conexões para uniões térmicas por socket
Conexão térmica em que a junta é feita com ferramental específico, por meio da fusão da camada
interna da conexão com a camada externa do tubo, a qual ocorre em duas etapas. Primeiramente
solda-se o anel testemunha no tubo, para posteriormente unir o conjunto à conexão, conforme figura
7.
10/17 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 04/abril/2017
A termofusão é feita mediante a aplicação de calor induzido por uma ferramenta aquecida para este
fim, fornecendo resistência à pressão interna, estanqueidade e resistência a cargas longitudinais.
Figura 7 – Conexão por termofusão
Esta tecnologia de união utiliza uma ferramenta de indução de calor manual, a qual dependente da
habilidade do instalador, para manter os componentes em contato com a placa de aquecimento no
tempo recomendado pelo fabricante, conforme ilustrado na figura 8:
Figura 8 – Ilustração do funcionamento da ferramenta de termofusão
Em testes realizados pela companhia de gás de São Paulo, a instalação com o sistema de
tubulação multicamada com conexões para uniões térmicas por socket foi o método com maior
demanda de hora homem.
Esta é a única tecnologia de união térmica existente atualmente, a qual diferentemente das demais
tecnologias de união mecânica, torna o conjunto um sistema único.
11/17 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 04/abril/2017
4 Principais vantagens e desvantagens do sistema
Abaixo estão listadas as vantagens e desvantagens vinculadas à utilização deste material:
4.1 Vantagens
• Maior produtividade na instalação;
• Pode ser fabricado já na cor amarela (indicação para tubulações de gases combustíveis,
conforme previsto na norma de instalação NBR15256) ou na cor branca para impactar
menos no ambiente;
• Maior segurança patrimonial nos estoques e durante as instalações;
• Maior resistência química para uso em trechos embutidos ou enterrados;
• Mais resistente à corrosão por exposição às intempéries;
• Menos conexões na tubulação, quando comparado a sistemas de tubulações rígidas;
• Mais leve e com o fornecimento em bobina, garante uma melhor logística tanto no transporte
como na instalação;
• Apresenta uma redução de custo por metro de tubo instalado quando comparado com
materiais metálicos;
• Menor índice de falha nos testes de estanqueidade;
• Método construtivo mais seguro por não utilizar-se de chama;
• Método construtivo mais limpo, pois deixa menos resíduo;
• Melhor aproveitamento de material, gerando menos desperdício.
4.2 Desvantagens:
• Maior custo relativo das conexões;
• Não há compatibilidade de aplicação entre os sistemas;
• Por estética, requer processo de retificação do tubo quando utilizado de forma aparente;
• Exige investimento em ferramentas específicas para cada fabricante dos sistemas;
• Exige maior número de suportes para tubulação – menor distância entre suporte;
• Material é importado e não há expectativa de produção nacional.
5 Projeto piloto da Companhia de gás de São Paulo
A Companhia de gás de São Paulo realizou em 2013, um projeto piloto para comprovar a eficiência
técnica financeira deste material.
12/17 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 04/abril/2017
O objetivo deste projeto foi desenvolver soluções tecnológicas, de processo executivo e de logística,
como alternativa de substituição ao sistema de tubos rígido de cobre fornecido em barras de 5
metros com conexões soldadas, por sistemas de tubulação multicamada, aplicados em redes de
distribuição interna no segmento residencial para edificações unifamiliares (casas) e multifamiliares
(prédios).
Com a troca do sistema de tubulações rígidas com conexões soldadas, por um dos sistemas de
tubulação multicamada existentes (de acordo com a tecnologia de união), pretendia-se reduzir os
tempos de execução, gerando ganho de produtividade na execução das instalações. Esperava-se
com isso uma redução do custo final de instalação.
A estratégia de desenvolvimento do projeto foi desenhada em 3 fases, protótipos, projetos piloto e
implantação. Para o segmento de edificação multifamiliar, o protótipo ocorreu na torre hidráulica da
EPUSP, onde foram feitas avaliações logísticas, de infraestrutura, uso de ferramentas e EPIs
necessários.
Já para as edificações unifamiliares, o protótipo foi realizado na edificação da própria empresa
parceira do projeto, onde foi definido um isométrico padrão, para aplicação dos diversos tipos de
tecnologia de união, sendo possível medir produtividade, tempos de execução bem como a
dificuldade de utilização dos ferramentais específicos.
Com base nos protótipos, o resultado obtido foi que a tecnologia de união de compressão radial por
crimpagem se adequou melhor ao modelo de negócio da Comgas. Nos projetos pilotos foram
selecionadas algumas casas na região de Itaquera – SP e alguns prédios distribuídos na região
metropolitana de São Paulo, para receberem suas respectivas infraestruturas construídas com o
sistema de tubulação multicamada, utilizando as conexões por compressão radial por crimpagem,
onde a companhia observou alguns ganhos tanto de desempenho/ produtividade quanto de redução
de custos, conforme segue:
13/17 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 04/abril/2017
NOTA: Volante foi a designação dada a um profissional destinado à execução de obra civil externa
ao cliente, para otimizar os recursos na instalação. Este profissional foi inserido no contexto do
projeto em apenas algumas das instalações construídas.
6 Fotos de boas práticas de instalação
6.1 Planejamento e logística
Pelo fato da tubulação vir em bobina, tornou-se possível planejar a logística do material em forma de
kits, ou seja, cada equipe vai para a obra com o kit referente a sua instalação, conforme figura 9:
Figura 9 – Kit de instalação
6.2 Alinhamento da tubulação
A fim de tornar o tubo multicamada mais retilíneo, melhorando a qualidade estética da instalação, foi
projetada uma ferramenta manual, batizada de alinhador, a qual tem aplicação em dupla, conforme
figuras 10 e 11 abaixo:
Figura 10 – Posicionamento do Figura 11 – Início da retificação
alinhador no tubo do tubo
14/17 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 04/abril/2017
Nos prédios, de modo a garantir uma maior produtividade, o alinhamento dos tubos foi feitos através
do dispositivo, conforme figuras 12 e 13:
Figura 12 – Desbobinadeira Figura 13 – Preparação para o
de tubo desbobinamento
6.3 Construção do ramal interno
Pelo fato do tubo multicamada ser maleável, em uma instalação embutida tornou-se possível
eliminar o uso de conexões, conforme figuras 14 e 15:
Figura 14 – Abertura da parede para instalação do ramal interno
15/17 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 04/abril/2017
Figura 15 – Instalação da tubulação no local indicado
6.4 Suporte de fixação do CRM
Para a fixação do abrigo individual de regulagem e medição, aplicado ao segmento de residências
unifamiliares, como o tubo multicamada é maleável, identificou-se a necessidade de instalar uma
conexão com mais pontos de fixação, conforme figura 16:
Figura 16 – Conexão para suporte do conjunto de regulagem
e medição com 3 pontos de fixação
6.5 Padrão de instalação Comgás
Com a padronização do uso da ferramenta para curvar ao invés das molas, em conjunto com a
padronização dos afastamentos dos suportes de fixação, a estética da instalação foi melhorada,
conforme visto nas figuras a seguir:
16/17 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 04/abril/2017
Figura 17 – Instalação de Figura 18 – Tubulação para Figura 19 – Tubulação da
aquecedor atender o consumo do fogão saída do medidor
Figura 20 – Quadro de medidor com saída de tubulação para a prumada
17/17 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 04/abril/2017
7 Teste de intercambiabilidade
O sistema de tubulação multicamada é normatizado de acordo com a norma ISO17484, a qual é
uma norma de performance, por este motivo, para um fabricante conseguir uma certificação, este
deve montar um sistema de tubos e conexões, utilizando ferramentas e acessórios específicos, e
expor este sistema aos ensaios previstos na norma ISO17484.
Devido a semelhança construtiva entre os componentes de sistemas de tubulação multicamadas
distintos, a Companhia de gás de São Paulo, se prontificou a testar a intercambiabilidade entre eles,
conforme detalhado no anexo, de acordo com os mesmos requisitos os quais os sistemas originais
são expostos.
Os resultados foram muito satisfatórios, demonstrando ser possível a intercambiabilidade entre
componentes de sistemas da mesma tecnologia de união, desde que certos requisitos de técnicos
sejam respeitados, como por exemplo, dimensional.
Importante ressaltar que a intercambiabilidade só é comprovada mediante a conclusão dos ensaios
e emissão do certificado.
8 Referências normativas
• ISO18225: Plastics piping systems — Multilayer pipe systems for outdoor gas installations
• ISO17484: Plastics piping systems – Multilayer pipe systems for indoor gas installations with
a maximum operating pressure up to and including 5 bar (500 kPa) – Specification for
systems;
• ISO17885: Plastics piping systems – Mechanical fittings for pressure piping systems –
Specifications;
• ISO13951: Plastics piping systems - Test method for the resistance of plastic pipe/pipe or
pipe/fitting assemblies to tensile loading
• NBR NM ISO 7-1: Rosca para tubos onde a junta de vedação sob pressão é feita pela rosca
– Dimensões, tolerâncias e designação;
• NBR 12912: Rosca NPT para tubos – Dimensões;
• NBR15256: Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações
residenciais – Projeto e execução.
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
NOTA TÉCNICA ABEGÁS
Sistema Multicamada: Projeto e Instalação
APRESENTAÇÃO
1) Documento foi elaborado pela Grupo de Trabalho Tubos de Multicamadas da ABEGÁS
nas reuniões de:
09/10/2012 11/12/2012 05/02/2013
02/04/2013 15/05/2013
2) Este documento foi revisado nas reuniões de:
29/07/2016 17/08/2016 23/08/2016
08/11/2016 15/12/2016 06/02/2016
02/03/2017
3) Este documento não tem valor normativo.
2/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
Sumário
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4
2 OBJETIVO ............................................................................................................................... 4
3 DESCRIÇÃO ........................................................................................................................... 4
4 APLICAÇÃO ............................................................................................................................ 5
5 DEFINIÇÕES ........................................................................................................................... 5
6 NORMAS ................................................................................................................................. 7
7 PROJETO................................................................................................................................ 8
7.1 Condições gerais ................................................................................................................. 8
7.2 Documentação de projeto, instalação e teste ....................................................................... 8
7.3 Dimensionamento ................................................................................................................ 8
7.4 Dispositivos de segurança ................................................................................................... 9
8 INSTALAÇÃO DO SISTEMA ................................................................................................... 9
8.1 Rede de distribuição embutida ............................................................................................. 9
8.1.1 Afastamentos.................................................................................................................... 9
8.1.2 Instalação em elementos com vazios ............................................................................... 9
8.1.3 Instalação em estruturas ................................................................................................ 10
8.2 Rede de distribuição interna aparente ................................................................................ 12
8.2.1 Considerações gerais ..................................................................................................... 12
8.2.2 Afastamentos.................................................................................................................. 12
8.2.3 Proteção do sistema multicamada contra raios UV ......................................................... 12
8.3 Local e montagem dos medidores...................................................................................... 15
8.3.1 Ligação dos aparelhos fixos e móveis ............................................................................ 16
8.4 Rede de distribuição interna enterrada ............................................................................... 16
8.4.1 Afastamentos.................................................................................................................. 17
TITULO Sistema Multicamada
Projeto e Instalação
TIPO DO
DOCUMENTO Nota Técnica Data 02/março/2017
EMISSOR Comitê de Normalização
GT Multicamadas ABEGÁS Revisão 1
3/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
8.4.2 Profundidade .................................................................................................................. 17
9 CONSTRUÇÃO E MONTAGEM ............................................................................................ 18
9.1 Tubos multicamada ............................................................................................................ 18
9.1.1 Métodos de união ........................................................................................................... 18
9.1.2 Curvamento .................................................................................................................... 18
10 VERIFICAÇÃO PARA LIBERAÇÃO DO TESTE DE ESTANQUEIDADE E
COMISSIONAMENTO .................................................................................................................. 19
11 TESTE E COMISSIONAMENTO ........................................................................................ 19
4/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
1 INTRODUÇÃO
Esta Nota Técnica foi elaborada pelo “Grupo de Trabalho de Tubos Multicamada” da Associação
Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (ABEGÁS), tendo como objetivo
apresentar as melhores práticas adotadas pelas distribuidoras associadas à entidade.
O documento tem caráter meramente indicativo, ficando a critério e sob a responsabilidade
exclusiva de cada distribuidora a adoção das práticas nele contidas, devendo ser utilizado de forma
complementar e em estrita observância à legislação e às normas técnicas vigentes, de acordo com
as recomendações dos fabricantes dos produtos utilizados.
2 OBJETIVO
Este documento tem por objetivo estabelecer os requisitos técnicos para projeto e instalação de
sistema multicamada para redes de distribuição interna de gases combustíveis.
Figura 2.1 – Tubo multicamada
3 DESCRIÇÃO
O sistema de tubos multicamada é constituído por tubos, conexões, ferramentas, dispositivos e
acessórios destinados a promover a união entre o tubo multicamada e as suas respectivas
conexões. O tubo é composto por múltiplas camadas unidas por adesivo, nas possíveis
composições abaixo:
• Camada interna: Polietileno (PE) ou Polietileno Reticulado (PEX) ou Polietileno RT (PE-RT);
• Camada intermediária: Alumínio;
• Camada externa: Polietileno (PE) ou Polietileno Reticulado (PEX) ou Polietileno RT (PE-RT).
NOTA 1:
• Os materiais utilizados na composição das camadas devem ser materiais virgens.
• Para os tubos do sistema de multicamada, a soldagem da camada de alumínio deve ser de
topo, contínua e no sentido longitudinal.
• A utilização de um componente de um sistema multicamada, que esteja de acordo com a
ISO 17484-1, com um componente de outro sistema multicamada, que também esteja de
acordo com a ISO 17484-1, deve ser considerado como um novo sistema multicamada. Este
5/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
novo sistema multicamada deve comprovar a conformidade aos requisitos das normas
vigentes.
o A comprovação de conformidade do sistema multicamada com relação a ISO 17484-1
deve ser realizada e ensaiada por laboratórios de reconhecida competência técnica
conforme disposto no Anexo A da referida norma.
• A transição entre sistemas deve ser realizada através de conexões roscadas e conforme
ABNT NBR ISO 7-1 e/ou ISO 228.
4 APLICAÇÃO
O sistema multicamada aplica-se para redes de distribuição interna para gás combustível, com os
seguintes limites e características:
• Máxima pressão de operação e velocidade do gás de acordo com a NBR 15526 e com a
NBR 15358 (vide NOTA 2);
• Certificado de proteção a raios U.V. Nos casos de tubulações fabricadas sem proteção a
raios U.V., deve ser prevista proteção na Instalação de forma que o sistema não fique
exposto à incidência direta de raios U.V.
• Máxima temperatura de operação de 60ºC.
5 DEFINIÇÕES
5.1
camada
secção circunferencial homogênea da parede do tubo, com características química, mecânica e
física diferentes das camadas em contato.
5.2
camada externa
camada exposta ao ambiente externo.
5.3
camada intermediária
camada de alumínio, conforme norma EN 573-3, entre as camadas interna e externa.
5.4
camada interna
camada em contato com o fluido transportado.
5.5
conexão
componente de um sistema de tubulação multicamada, que une dois ou mais tubos e/ou acessórios,
sem qualquer outra função.
6/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
5.6
conexão mecânica
componente de um sistema de tubulação multicamada, que une dois ou mais tubos e/ou acessórios
mecanicamente, para fornecer resistência à pressão interna, estanqueidade e resistência à cargas
longitudinais:
5.6.1
conexão mecânica de compressão tipo anel deslizante
conexão em que a junção é feita pelo deslizamento de um anel sobre o tubo multicamada acoplado
a conexão (sliding, sleeve, fitting), onde a vedação da união é obtida pela compressão do tubo entre
o anel e o suporte interno metálico da conexão.
5.6.2
conexão mecânica de compressão tipo radial por rosca bicônica
conexão mecânica em que a junta é feita por meio da compressão de uma anilha cônica sobre a
camada externa do tubo multicamada e o suporte interno da conexão.
5.6.3
conexão mecânica de compressão tipo radial por crimpagem
conexão mecânica em que a junta é feita por meio da compressão de uma luva de crimpagem sobre
a camada externa do tubo multicamada e o suporte interno da conexão.
5.7
conexão térmica por fusão
componente de um sistema de tubulação multicamada, que une dois ou mais tubos e/ou acessórios
por fusão, para fornecer resistência à pressão interna, estanqueidade e resistência à cargas
longitudinais.
5.8
diâmetro externo (de)
dimensão externa da seção transversal medida em qualquer ponto de um tubo ou extremidade
macho de uma conexão.
5.9
diâmetro interno (di)
dimensão interna da seção transversal medida em qualquer ponto de um tubo ou extremidade
macho de uma conexão.
5.10
diâmetro nominal (dn)
número inteiro que serve para classificar em dimensões os elementos do sistema (tubos, conexões
e acessórios) e que corresponde, aproximadamente, ao diâmetro externo do tubo.
nota: o diâmetro nominal não deve ser objeto de medição.
5.11
gases combustíveis
hidrocarbonetos combustíveis gasosos em fase vapor, como gás natural, biometano, gás liquefeito
de petróleo (GLP) ou ar propanado (mistura ar e gás liquefeito de petróleo).
7/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
5.12
Incidência de raios UV
para efeito deste documento, entenda-se a incidência de raios UV como a incidência direta de raios
solares sobre o sistema.
5.13
máxima pressão de operação (MOP)
Pressão que um sistema é operado em condições normais e de forma contínua, respeitadas as
condições de máxima pressão admissível dos materiais e componentes do sistema.
5.14
material virgem
é aquele no qual não foi agregado nenhum material reprocessado ou reciclado e que não foi
submetido a nenhum uso ou processamento diferente daquele estabelecido para a sua manufatura.
6 NORMAS
A instalação do sistema multicamada deve observar as normas técnicas aplicáveis e a legislação
vigente, abaixo especificadas, conforme o disposto neste documento.
• ISO 17484-1 – Plastics piping systems – Multilayer pipe systems for indoor gas installations
with a maximum operating pressure up to and including 5 bar (500 kPa);
• ISO 17484-2 – Plastics piping systems – Multilayer pipe systems for indoor gas installations –
Part 2: Code of practice;
• ISO 18225 – Plastics piping systems – Multilayer piping systems for outdoor gas installations
– Specifications for systems;
• UNI/TS 11344* – Sistemi di tubazioni multistrato metallo-plastici e raccordi per il trasporto di
combustibili gassosi per impianti interni;
• DVGW VP 632* – Mehrschichten-Verbundrohre aus Kunststoff /Al / Kunststoff für die
Trinkwasser – und Gasinstallation – Gas-innenleitungen mit einem Betriebsdruck
kleiner/gleich 100 mbar";
• DVGW VP 625* – Rohrverbinder und rohrverbindungen für Gas-innenleitungen aus
Mehrschichten-Verbundrohr nach DVGW-VP 632 – Anforderungen und prüfungen
• GASTEC QA 198 – Approval requirements for multilayer pipe systems for indoor gas
installations;
• AS 4176 – Polyethylene/aluminium and cross-linked polyethylene/aluminium macro-
composite pipe systems for pressure applications;
• NMX-X-021-SCFI-2007 – Tubos multicapa de polietileno-aluminio-polietileno (PE-AL-PE)
para la conducción de gas natural (GN) y gas licuado de petróleo (GLP) – Especificaciones y
métodos de ensayo.
• EN – 573-3 – Aluminum and aluminum alloys - chemical composition and form of wrought
products - Part 3: Chemical composition
*Ver limitações para aplicação da norma - pressão interna de operação.
8/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
NOTA 2:
• Devem ser observados os limites de pressão fixados na norma* na qual o sistema foi
certificado, uma vez que as normas acima possuem valores de pressão máxima distintos. A
máxima pressão de operação permitida será a disposta na NBR 15526 para instalações
residenciais, e disposta na NBR 15358 para instalações não residenciais.
7 PROJETO
7.1 Condições gerais
O traçado da rede de distribuição interna deve considerar os requisitos da NBR 15526 e NBR 15358
e ainda:
• Que seja realizada inspeção visual em todas as conexões;
• Que os testes de estanqueidade sejam realizados com a tubulação ainda aparente,
verificando a ausência de vazamentos, para que se possa garantir a qualidade da instalação;
• O sistema de tubulação multicamada pode ser instalado enterrado ou embutido. Os pontos
de união (conexões) podem ou não ser instalados dentro de caixas de inspeção, utilizando
tampas com aberturas para ventilação, para fácil identificação e acesso no caso de
manutenção corretiva;
o Fica a critério da distribuidora de gás a utilização das caixas de inspeção, levando-se
em conta a experiência da mesma com o tipo de conexão a ser aplicado. Deve-se
ainda observar a exigência, se a conexão for instalada sem caixa de inspeção,
de que a mesma receba proteção anticorrosiva através da aplicação de fitas adesivas
específicas para tal finalidade ou outros meios anticorrosivos adequados, levando-se
em conta o meio onde está instalada e o material da própria conexão;
• Que a mesma, quando não possuir proteção contra raios UV, sendo interna ou externa à
edificação, NÃO deve ser instalada em locais onde haja a possibilidade de incidência direta
de raios UV;
• A rede de distribuição interna, referente aos materiais aplicados neste documento, com
conexões ou emendas, não pode ser instalada em espaços não ventilados.
7.2 Documentação de projeto, instalação e teste
De acordo com o Regulamento de instalações prediais das distribuidoras de gás canalizado locais,
quando existir, ou com a NBR 15526 e NBR 15358.
7.3 Dimensionamento
O dimensionamento deve ser realizado de acordo com o Regulamento de instalações prediais das
distribuidoras de gás canalizado, quando existir, ou com base na NBR 15526 e NBR 15358 –
devendo-se ainda considerar as informações do fabricante do sistema multicamada.
9/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
O fabricante deve disponibilizar:
• Metodologia de cálculo, com base no Regulamento de instalações prediais das distribuidoras
de gás canalizado, quando existir;
• Ferramenta de cálculo (tabelas, planilhas ou software);
• Tabela com a perda de carga por metro de tubulação;
• Tabela com a perda de carga nas conexões para gás e o comprimento equivalente para as
mesmas.
7.4 Dispositivos de segurança
Em acordo com a NBR 15526 e NBR 15358.
8 INSTALAÇÃO DO SISTEMA
A rede de distribuição interna pode ser instalada:
• Embutida;
• Aparente;
• Enterrada.
8.1 Rede de distribuição embutida
8.1.1 Afastamentos
De acordo com o Regulamento de instalações prediais das distribuidoras de gás local, quando
existir, ou com base na NBR 15526 ou NBR 15358.
8.1.2 Instalação em elementos com vazios
De acordo com o Regulamento de instalações prediais das distribuidoras de gás local, quando
existir, ou com base na NBR 15526 ou NBR 15358.
Figura 8.1 – Tubulação embutida
10/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
8.1.3 Instalação em estruturas
A instalação de rede de distribuição interna em elementos estruturais (lajes, vigas, colunas e outros)
pode ser realizada utilizando-se de um tubo luva (quando da concretagem do elemento estrutural)
ou através de ranhuras nos mesmos (quando permitido pelo projeto estrutural) e posteriormente
preenchidas com argamassa, tomando-se o cuidado de não deixar de vazios.
Os tubos não podem ser instalados no interior, ou no vão das juntas de dilatação dos elementos
estruturais. Em caso de cruzamentos de juntas de dilatação, a tubulação deve ser dotada de grau
de liberdade para absorver as movimentações geradas pela dilatação da estrutura.
Não é permitida a instalação de conexões em elementos estruturais.
O tubo luva pode ser: tubo metálico, tubo plástico ou tubo flexível plástico.
Os tubos luva devem possuir diâmetro interno suficiente para que os tubos condutores fiquem
folgados em seu interior.
Não é permitida a instalação de conexões mecânicas no interior dos tubos luva não ventilados ou
espaços e ambientes não ventilados.
São recomendados os seguintes diâmetros mínimos, em milímetros, de tubo luva para os
respectivos tubos condutores de gás:
Tabela 1: Diâmetro interno do tubo luva
DIÂMETRO NOMINAL DO
TUBO MULTICAMADA (mm)
DIÂMETRO INTERNO MÍNIMO
DO TUBO LUVA (mm)
14-16-17 21
18-20-21 26
25-26 35
32 41
NOTA 3:
• Para outros diâmetros, que não estejam na tabela acima, deve ser considerado que o
diâmetro interno do tubo luva possua no mínimo 1,5 vezes o diâmetro externo do tubo.
11/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
Figura 8.2 – Exemplo de tubo luva
8.1.3.1 Instalação ao longo de estruturas
A instalação de tubos multicamada ao longo de estruturas deve ser realizada com tubo luva.
As extremidades devem acompanhar a tubulação, ultrapassando o limite da estrutura.
Figura 8.3 - Tubulação instalada ao longo de estruturas
8.1.3.2 Instalação cruzando estruturas
A instalação de tubos multicamada que cruzam estruturas deve ser realizada com tubo luva.
As extremidades devem acompanhar a tubulação por, no mínimo, 5 cm após o final do cruzamento
da estrutura.
12/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
Figura 8.4 - Tubulação instalada cruzando estruturas
8.2 Rede de distribuição interna aparente
8.2.1 Considerações gerais
A tubulação em instalações aparentes, na condição externa ou interna à edificação, deve ser
protegida contra a incidência direta de raios UV, ou possuir propriedades químicas comprovadas
para resistência aos raios UV.
8.2.2 Afastamentos
De acordo com o Regulamento de instalações prediais das distribuidoras de gás, quando existir, e
com a NBR 15526 ou NBR 15358.
8.2.3 Proteção do sistema multicamada contra raios UV
Quando instalados em locais suscetíveis a incidência direta de raios UV, os tubos dos sistemas que
não possuírem resistência comprovada contra estes deverão ser protegidos por elementos
(canaleta, tubo luva, camisa, anteparas etc.) que não permitam a incidência direta desses raios.
O elemento de proteção dos sistemas deve ser tal que não permita que a tubulação permaneça sob
uma temperatura superior a 60º C.
O elemento de proteção deve permitir que eventuais vazamentos de gás possam ser dissipados
para fora do elemento, em caso de tubulação com conexões.
A abertura para ventilação dos elementos de proteção deve ser realizada de forma a não permitir a
incidência de raios solares na tubulação.
13/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
Figura 8.5 – Elementos de proteção
8.2.3.1 Fixação e Suportes
Redes de distribuição instaladas na condição aparente deverão ser suportadas de acordo com a
Tabela 2, que especifica o espaçamento máximo entre os suportes para tubulação instalada na
vertical e horizontal.
Para a rede de distribuição interna e as instalações internas, o espaçamento entre os suportes deve
ser equidistante nos trechos retilíneos longos, respeitando um distanciamento máximo conforme
apontado na Tabela 2, tanto para trechos verticais ou horizontais. Quando houver mudança de
direção, será necessário pelo menos um ponto de fixação da curva ou da conexão, conforme Figura
8.6.
Figura 8.6 – Espaçamento de suportes
As extremidades da tubulação devem ser suportadas, preferencialmente na parte da tubulação
conectada a conexão, conforme ilustrado na Figura 8.7. Na impossibilidade desta, instalar com uma
tolerância máxima de 15 cm*.
14/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
Figura 8.7 - Espaçamento de suportes
Tabela 2: Espaçamento padrão entre suportes
ESPAÇAMENTOS PADRÃO
Diâmetro
[mm]
Medidas “X”
[m]
16 a 20 1,0
25 a 32 1,5
40 a 63 2,0
NOTA 4:
• Deve-se tomar especial cuidado nos apertos dos suportes contra a tubulação, para evitar
danos na estrutura do tubo.
8.2.3.2 Tipos de Suportes
Podem ser utilizados diversos tipos de suportes, em material metálico ou plástico, desde que
adequado ao propósito.
Os suportes podem ser desenvolvidos para fixar o tubo e o eventual elemento de proteção em
conjunto.
15/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
Tabela 3 – Suportes de fixação
EXEMPLOS DE SUPORTES FIGURA
Braçadeira
Pendural
Braçadeira
Múltiplos tubos, em material plástico ou metálico
NOTA 5:
• Outros tipos de suportes podem ser utilizados, desde que estejam de acordo com a
recomendação do fabricante ou orientação da distribuidora de gás, se cabível.
8.3 Local e montagem dos medidores
O sistema multicamada pode ser conectado diretamente aos medidores, conforme a figura 8.8,
desde que:
• Os tubos estejam protegidos contra a incidência direta de raios UV, se cabível;
• O medidor não esteja suportado pelos tubos de entrada e saída do mesmo.
NOTA 6:
• O trajeto e as extremidades da tubulação devem estar fixados de maneira a NÃO permitir
movimentos da tubulação.
16/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
• O medidor não pede ficar suportado pela tubulação a qual o mesmo esteja
conectado. Todo medidor deve ter suporte de fixação.
Figura 8.8 – Sistema multicamada – ligação com medidor
8.3.1 Ligação dos aparelhos fixos e móveis
• Não é permitida a instalação dos aparelhos diretamente à extremidade do tubo multicamada.
• Na ligação dos aparelhos fixos e móveis, deve ser instalada na extremidade do tubo
multicamada uma válvula de atuação manual, do tipo esfera para uso em gás combustível,
além do tubo flexível, de acordo com a NBR 15526, NBR 15358 e NBR 13103;
• Na instalação dos aparelhos, deve ser dada atenção especial ao posicionamento da
tubulação multicamada pela parte traseira dos aparelhos, em função da temperatura dos
mesmos;
• Caso haja necessidade de se posicionar a tubulação aparente na parte traseira dos
aparelhos, deve-se:
i. Instalar no tubo uma proteção capaz de isolar o calor emitido pelo aparelho e proteger
mecanicamente contra choques, a fim de evitar danos às tubulações ou;
ii. Procurar traçado da tubulação alternativo, buscando mitigar os efeitos acima citados.
8.4 Rede de distribuição interna enterrada
O tubo de sistema multicamada pode ser enterrado na forma como é fornecido.
NOTA 7:
17/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
• As conexões instaladas em tubulações enterradas devem atender ao disposto
no item 7.1 .
8.4.1 Afastamentos
A tubulação em multicamada deve manter um afastamento de outras utilidades, tubulações e
estruturas de acordo com NBR 15526 e NBR 15358.
8.4.2 Profundidade
A rede de distribuição deve ser enterrada a uma profundidade P, medida a partir da geratriz superior
do tubo, sendo colocada uma faixa de sinalização a uma profundidade F da geratriz superior do
tubo.
A tubulação deve estar envolta por material livre de pontas (pedras, pedriscos de pontas cortantes),
com a dimensão A, conforme a figura 8.9.
As dimensões devem ser consideradas conforme a localização da tubulação.
Tabela 4 - Dimensões de acordo com locais de instalação
LOCAL P (mm) F (mm) A (mm)
Locais não sujeitos a tráfego de veículos, em zonas
ajardinadas ou sujeitas a escavações 300 200 50
Locais sujeitos a tráfego de veículos 500 200 50
Caso não seja possível atender as profundidades determinadas, deve-se estabelecer um
mecanismo de proteção adequado, tais como: laje de concreto ao longo do trecho, tubo luva etc.
18/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
Figura 8.9 – Tubo enterrado
9 CONSTRUÇÃO E MONTAGEM
9.1 Tubos multicamada
9.1.1 Métodos de união
Dentre os métodos permitidos (mecânico ou térmico por fusão) para a união de tubos e conexões,
devem ser seguidas as orientações dos fabricantes.
9.1.2 Curvamento
As mudanças de direção poderão ser realizadas através de curvamento direto da tubulação (sem
conexões ou acessórios), devendo esta curva ser realizada sempre com a ferramenta adequada.
Podem ser utilizadas molas externas, molas internas ou ferramentas de curvamento.
O raio mínimo de curvatura é definido de acordo com a especificação do fabricante, tendo como
função evitar vincos, danificando a parede do tubo, e também redução no diâmetro interno,
prejudicando a capacidade hidráulica da instalação. Quando não for possível o cumprimento destas
condições, deverão ser utilizadas conexões ou acessórios adequados, que possibilitem a mudança
de direção, como por exemplo, cotovelos de 45°, 90° ou tês.
19/19 Gerência Técnica NÃO TEM VALOR NORMATIVO 02/março/2017
Não é permitido curvar a tubulação diretamente sobre extremidades acentuadas (Ex.:
cantos vivos, mudanças de planos etc.).
Figura 9.1 – Mola externa e ferramenta manual para curvamento
Figura 9.2 – Curvamento
10 VERIFICAÇÃO PARA LIBERAÇÃO DO TESTE DE ESTANQUEIDADE E
COMISSIONAMENTO
Antes da liberação das tubulações de sistema multicamada para teste, as mesmas devem ser
verificadas visualmente quanto à efetiva execução das uniões, fixação e espaçamentos dos
suportes, da inexistência de vincos nas tubulações e afastamentos de outras utilidades.
Deve ser seguida a recomendação dos fabricantes para atendimento aos critérios de aceitação das
uniões.
11 TESTE E COMISSIONAMENTO
De acordo com o Regulamento de instalações prediais das distribuidoras de gás, quando existir, ou
com a NBR 15526 e NBR 15358.