Nosso destino está em jogo. Vote para o Brasil e a Bahia continuarem crescendo

“EX-GESTORES DA EMBASA PODEM RETALIAR EMPREGADOS

NO SISTEMA DE AVALIAÇÃOPÁGINA 4

INICIADA, PELO INTERIOR DA BAHIA, A DEVOLUÇÃO

DO IMPOSTO SINDICALPÁGINA 3

MORAES MOSTRA, EM JUAZEIRO, COMO INTERVIR NA ELABORAÇÃO

DO PLANO DE SANEAMENTOPÁGINA 3

NOVOS FILIADOS (AS): AGORA SÃO DA ODEBRECHT AMBIENTAL. NEGOCIAÇÃO DO ACORDO TEVE INÍCIO

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Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia Ano XXVIII – Nº 32 – 22 de setembro de 2014

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Estamos na porta de uma nova eleição, que vai acontecer em 5 de outubro, e a classe trabalhadora do Brasil e da Bahia tem uma missão das mais importantes que é a escolha de candidatos (as) à presidência do país, ao governo do estado, além de senador e deputados federais e estaduais. É o nosso destino que está em jogo, pois temos candidatos (as) com pro-jetos bem confl itantes, uns que podem melhorar, outros que podem pio-rar nossas condições de vida, inclusive trazendo de volta o fantasma do desemprego que tanto assombrou o país tempos atrás. Nesta edição fa-zemos uma análise das propostas de candidatos (as) com mais chance de vitória. É fundamental que o (a) trabalhador (a) fi que consciente e escolha a melhor proposta, apostando sempre num Brasil melhor, mais justo, mais fraterno, ampliando o seu desenvolvimento, gerando mais emprego e ren-da, e com a valorização do trabalho. A classe trabalhadora precisa estar unida e fazer valer a proposta que melhor atenda aos seus anseios. Escolha certo, fazendo do seu voto uma arma. PÁGINA 2

ELEIÇÕES 2014

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Na urna, faça valer seu voto. Vote para o Brasil e a Bahia continuarem crescendo

Trabalhadores (as) da Odebrecht Ambiental se filiam ao Sindae e negociações

do acordo coletivo têm início

ELEIÇÕES 2014

Dentro de poucos dias, em 5 de outu-bro, o destino da Bahia e do Brasil estará sendo defi nido nas urnas e a classe traba-lhadora tem a importante missão de esco-lher os (as) candidatos (as) comprometidos com a nossa luta. Vamos decidir quem fi -ca na presidência da República, no gover-no do estado, na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa. Escolher certo é fundamental, pois estão em jogo propostas bem distintas que afetam direta e indireta-mente a vida dos (das) brasileiros (as) em geral e dos trabalhadores (as) em particular. Nesta edição será analisado o que repre-senta as propostas de candidatos (as) mais bem avaliados nas pesquisas eleitorais.

Disputando a reeleição à presidên-cia, temos a candidata Dilma Rousseff, do PT, defendendo um projeto democrático popular iniciado por Lula em 2003 e que trouxe enormes avanços ao país, mesmo enfrentando forte campanha difamatória pela imprensa. De lá para cá, o salário mí-nimo subiu 73% acima da infl ação, o índice de desemprego é o menor de toda a his-tória do país, chegando a 4,5% da popula-ção economicamente ativa, mais de 20 mi-lhões de empregos com carteira assinada foram gerados, as exportações tem batido recordes, mais de 30 milhões de brasilei-ros (as) deixaram a pobreza, caiu o nível de desigualdade, o Brasil se tornou autos-sufi ciente em petróleo, houve redistribui-ção de renda, deixamos de dever a bancos internacionais, a população pobre passou a ter acesso à universidade, novas univer-

sidades federais e cursos profi ssionalizan-tes foram criados, milhões de casas foram construídas pelo Programa Minha Casa Minha Vida e nunca se investiu tanto em saneamento básico como nesse período.

De fato, os investimentos públicos es-tão conduzindo o país a um novo patamar de desenvolvimento, refl etindo-se na re-cuperação e melhoria da infraestrutura. A indústria naval foi recuperada, assim como as estradas, portos foram construídos, ae-roportos reformados e a malha ferroviá-ria ganhou novo impulso. O Brasil ganhou o respeito internacional (algo que nunca ocorrera) e é um dos fundadores do banco dos países emergentes, o BRICS, integrado com a Rússia, Índia, China e África do Sul.

Em outra ponta, temos o candidato Aécio Neves, do PSDB, o ilustre represen-tante do projeto neoliberal que, na época de Fernando Henrique Cardoso, teve in-fl ação alta (22%), aumento da pobreza, de-semprego (20%), concentração de renda, dívida externa vergonhosa e sistemática privatização do patrimônio nacional, atra-vés da venda de grandes empresas e bancos públicos. Tanto naquela época como agora, cercam a Petrobras com denúncias, numa clara tentativa de também privatizá-la, ela que é a maior empresa do país. Também foi o PSDB que tentou privatizar as empresas de saneamento. Em Minas Gerais, onde foi governador, abriu o capital da companhia estadual de saneamento, a Copasa (e so-mente na parte lucrativa, para melhor dis-

Em assembleia realizada na última segunda-feira (15), trabalhadores (as) da Odebrecht Ambiental aprovaram a fi lia-ção deles (as) ao Sindae e a pauta de rei-vindicações que depois foi encaminhada à empresa. Já na última quinta (18) houve a primeira reunião de negociação visando o fechamento do primeiro acordo coletivo de trabalho da categoria.

A reunião discutiu como a negocia-ção será feita, sendo marcada nova ne-gociação esta quarta (24). Uma terceira rodada está prevista para 3 de outubro. Primeiro serão analisadas as cláusulas on-de pode haver consenso, para depois par-

tribuir dinheiro aos acionistas). O partido desse candidato sempre procura fl exibilizar direitos trabalhistas e foi o responsável pela introdução do famigerado fator previdenci-ário. Também perseguiu sindicatos e crimi-nalizou os movimentos sociais.

Marina Silva, que já foi do PT e depois tentou criar o partido Rede, desembocou no PSB, substituindo o falecido candidato Eduardo Campos, morto em acidente de avião. Ela fala em nova política, mas de nova não tem nada. Está ligada a banqueiros, es-pecialmente os do Itaú, e no seu programa há clara defesa da terceirização, proposta combatida por toda a classe trabalhado-ra. Também fala em mudanças na legisla-ção trabalhista, mas não dá pistas. O que será? O fato é que o Brasil tem hoje quase 100 milhões de trabalhadores (as) que po-dem ser prejudicados (as), a depender da mudança que ela faça na legislação. Outro perigo que traz é a autonomia do Banco Central. Criticada, disse que será uma “au-tonomia relativa”. Ligada aos bancos como é, só revela o perigo de sua proposta.

ELEIÇÕES NA BAHIA – O quadro elei-toral baiano é muito parecido ao nacional. Temos Rui Costa como candidato do PT, representando o mesmo projeto segui-do pelo governador Jaques Wagner, Lula e Dilma, e que aqui vem implantando o Pro-grama Água para Todos, realizando mais de 300 obras em todo o estado. Milhares de cisternas foram implantadas, amenizan-do os efeitos da pior seca registrada nos últimos 50 anos. Os baianos não migraram para o Sul, como era costume.

Paulo Souto, do DEM (ex-PFL), ex--governador, a sociedade se lembra muito bem, e em especial a nossa categoria. Pro-moveu muitas demissões e tentou vender a Embasa, implantou o milionário Progra-ma Bahia Azul (600 milhões de dólares) e deixou equipamentos de péssima qualida-de. Defensor do estado mínimo, governou para os ricos e vendeu bancos e empresas da Bahia. Tratou servidores com violência, demitiu vários diretores do Sindae duran-te a tentativa de vender a Embasa. O sau-doso Paulo Jackson, já deputado, foi agre-dido pela Polícia Militar várias vezes.

A terceira candidatura mais bem colo-cada nas pesquisas é Lídice da Mata, do PSB, senadora e ex-prefeita de Salvador. Tem trajetória de luta e compromisso, mas está aliada ao inconstante projeto da presidenci-ável Marina Silva, que não tem sequer base de sustentação político-partidária.

tir para as mais complexas. A empresa tem cerca de 50 empregados (as) e atua, entre outras coisas, na coleta e tratamento de resíduos na Refi naria Landulpho Alves. Ela faz parte da Organização Odebrecht, um dos maiores grupos privados do Brasil.

”

“Seria uma atitude muito ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que permitisse às classes dominadas perceberem as injustiças sociais de forma crítica

Paulo Freire

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Novo Conselho

Comitê de Equidade critica programa de tv

Conforme anunciado anteriormente, o Sindicato iniciou, na semana passada, a devolução da sua parte no Imposto Sin-dical descontado este ano pelas empre-sas sobre o salário de trabalhadores (as) da nossa categoria. A devolução começou por vários locais de trabalho de unidades regionais do interior, a exemplo de Caeti-té, Feira de Santana e Barreiras. Logo tam-bém vai começar em Salvador e Região Metropolitana.

Contrário a esse imposto, o Sindae segue fi el ao seu princípio de só admitir

a contribuição espontânea, para que cada trabalhador (a) tenha a consciência da im-portância da entidade como instrumento de defesa dos seus direitos. Essa é a quarta fez que o devolvemos à categoria. A devo-lução abrange 60% do valor do imposto descontado, uma vez que o restante é des-tinado à federação, central sindical e Mi-nistério do Emprego e Trabalho. O fato do Sindicato ser contrário ao imposto refor-ça a necessidade de que cada trabalhador (a) se fi lie à nossa entidade, visando forta-lecê-la, para dar as condições necessárias aos interesses da categoria.

Foram empossados na última sexta (19), na Governadoria, os representantes das entidades que vão compor o Conselho Estadual dos Direitos da População de Lés-bicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexu-ais (LGBT). Vinculado à Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, esse Con-selho vai atuar na formulação de políticas públicas para combater a discriminação e promover os direitos LGBT na Bahia. Vale lembrar que existe na Embasa um Comi-tê de Equidade para o combate a qualquer prática discriminatória e o acordo coletivo fechado com essa empresa tem cláusula re-conhecendo a relação homoafetiva.

Em reunião no Sindicato na última quinta (18), o Comitê de Equidade da Em-basa debateu o novo programa da Rede Globo que traça uma relação entre sexo e as mulheres negras. Foram feitas muitas críticas, a começar pelas personagens ne-gras estereotipadas em situações que ca-racterizam uma parcela da população cada vez mais excluída socialmente.

A preocupação do Comitê com o as-sunto vai além da pauta corporativa, pois,

ao retornarem para casa, trabalhadores (as) se deparam com um programa que ignora práticas de equidade. Quanto mais se combate as diferenças no campo de ra-ça e etnia, o assunto ainda é evidenciado, como nesse programa, reforçando antigas práticas racistas e discriminatórias. “É uma afronta à classe trabalhadora brasileira. A sociedade deve assumir uma postura críti-ca para evitar que esse tipo de programa-ção ganhe espaço”, afi rmou Marcelo San-tos, membro do Comitê.

Sindae pode fechar parceria

com a Uneb para cursos sobre saneamento

Numa primeira conversa com o reitor da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), José Bites, na última sex-ta (19), dirigentes do Sindae fi caram ani-mados com a possibilidade de ser fi r-mada uma parceria para a realização de cursos voltados para a nossa categoria. Esses cursos, caso sejam viabilizados, se-rão focados em políticas públicas para o saneamento ambiental e podem incluir a modalidade de educação à distância.

Diante da boa expectativa gerada no primeiro contato com o reitor José Bites, o Sindicato vai encaminhar docu-mento à Uneb tratando do assunto e solicitando a criação de um grupo para discutir a parceria. Caso se concretize, toda a categoria de água, esgoto e meio ambiente será benefi ciada, uma vez que essa universidade tem unidades de ensi-no espalhadas por todo o estado.

Tem início, pelo interior, a devolução do imposto sindical

Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae), fi liado à FNU/CUT;Responsabilidade: Diretoria Executiva; Editor: José Sinval Soares; Comp. e Impressão: Gráfi ca do Sindae;Tiragem: 8.000 exemplares; Endereço: Rua General Labatut, nº 65, Barris. Salvador – BahiaCEP: 40.070-100; Tel.: (71) 3111-1700; Fax: (71) 3013-6913Email: sindae@sindae-ba.org.brEXPEDIENTE

TOMENota

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO Será realizado na próxima quinta

(25) o lançamento dos planos Munici-pal de Saneamento Básico e do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do município de Camaçari. O evento aconte-ce no auditório da Prefeitura às 9h. Para maiores informações, entrar em contato com o telefone (71) 3621-6696. Um gran-de marco para a cidade e que sirva de exemplos para localidades que ainda não construíram os seus planos.

DIA DA PESSOA IDOSAEm comemoração ao Dia Nacional

da Pessoa Idosa, a Câmara de Vereado-res de Salvador vai realizar uma sessão especial na próxima sexta (26), às 9 ho-ras, quando será apresentado o “Projeto Memórias – Resgate de uma História de Vida”. Esse projeto foi desenvolvido pelo Fórum Permanente em Defesa da Pessoa Idosa – Bahia.

PLEBISCITOPrevisto para ser anunciado no últi-

mo domingo (21), o resultado do Plebis-cito Popular por uma Constituinte Exclu-siva e Soberana sobre o Sistema Político fi cará para o decorrer desta semana. A apuração está sendo feita de forma vo-luntária por ativistas e militantes e urnas continuam a chegar a diversos comitês estaduais e na sede de entidades nacio-nais. A votação pela internet recolheu mais de 1,7 milhão de votos e em São Paulo, dados parciais indicam mais de 1,4 milhão de votantes. Assim, o Plebiscito já é um grande sucesso.

SINDICALISTA ASSASSINADOO diretor do Sindicato dos Trabalha-

dores em Limpeza (Sindilimp) da Região Sul da Bahia, Moisés Ribeiro da Silva, de 35 anos, foi assassinado na última terça--feira (16), em Itabuna. Segundo a polí-cia, o corpo de Moisés foi encontrado de bruços em um rio. A moto dele foi locali-zada próximo à margem, a alguns metros do local do crime. Ele tinha a orelha par-cialmente cortada e foi atingido por tiros. Até o fechamento desta edição não havia sido informada a motivação do crime. A CUT Bahia está cobrando a elucidação do crime e a punição dos culpados.

CONTATOOs associados abaixo relacionados

devem entrar em contato Elisabete, em nosso setor jurídico: Gilberto Leão de Al-meida e Valmir Santos Souza.

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RECICLÁVEL

Seminário ensina sociedade a participar da elaboração do plano

de saneamento de JuazeiroEsgoto na rua, escorrendo para o rio,

inexistência de rede coletora em diversos locais, muitas casas ainda sem abasteci-mento de água... Esse cenário encontrado em Juazeiro, e infelizmente tão comum na maioria das cidades brasileiras, serviu co-mo pano de fundo para o professor Luiz Roberto Moraes ensinar como cada pes-soa pode interferir na construção do Pla-no Municipal de Saneamento, que está em fase de elaboração naquela cidade.

Moraes repassou inúmeros subsídios aos participantes do I Seminário sobre Saneamen-to Básico, promovido pelo Sindae em Juazeiro na última segunda (15). Ofi cinas foram reali-zadas para mostrar, na prática, como deve ser feito o acompanhamento do plano de sane-amento, que é fundamental para a melhoria da qualidade de vida da população. Foi um dia inteiro de debates no Centro de Cultura João Gilberto e, além da presença de trabalhado-res (as), contou com a participação do gestor do Saae local, Joaquim Neto, do vereador de Sobradinho, Adilson Ribeiro, e representantes de vários movimentos sociais e até da Polícia Militar. Foi manifestado repúdio pela ausência dos vereadores de Juazeiro.

Sistema de avaliação da Embasa pode gerar retaliações de ex-gestores

Como já previsto pelo Sindicato, o sis-tema de avaliação que irá possibilitar a pro-moção por meritocracia de trabalhadores (as) da Embasa continua registrando muitos problemas. Tanto assim que inúmeras quei-xas estão sendo recebidas pelo Sindicato, sobretudo no que diz respeito ao modo de como o sistema irá funcionar. Além dos problemas já reportados em edições ante-riores, a última é que o gestor recém-em-possado não poderá fazer a avaliação da sua equipe e sim o gestor anterior.

Em princípio isso não deveria repre-sentar problema, mas há o receio de que o gestor anterior, por não estar mais na fun-ção, possa retaliar ex-subordinados (as), aplicando nesse momento uma punição que não quis dar quando ocupava o cargo. Como isso tem revelado uma preocupa-ção geral, os (as) trabalhadores (as) devem fi car bem atentos. Por sua vez, a empresa reforça que o sistema de avaliação vai evi-denciar desvios de função e ajudar na revi-são do plano de cargos e salários.

Além do professor Moraes, que apro-veitou a ocasião para voltar a fazer duras críticas às parcerias público-privadas, fi ze-ram palestras e intervenções no seminário o diretor do Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco, Roberto Palma, e do Sinergia, Gabriel Arcanjo. O ambientalista Roberto Malvezze debateu os desafi os e a articulação com os movimentos populares para a me-lhoria do saneamento. O companheiro e di-retor do Sindae, Crispim Carvalho, abordou o enfrentamento das PPP’s em nosso setor.