simbolismo no brasil (final do século xix)
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SIMBOLISMO NO BRASIL (Final do século XIX). CARACTERÍSTICAS GERAIS. Misticismo e espiritualismo (MANIFESTAÇÕES METAFÍSICAS E ESPIRITUAIS - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
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SIMBOLISMONO BRASIL (Final do século XIX)
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CARACTERÍSTICAS GERAIS Misticismo e espiritualismo (MANIFESTAÇÕES METAFÍSICAS E
ESPIRITUAIS
Os simbolistas negam o espírito científico e materialista dos realistas/naturalistas, valorizando as manifestações místicas e mesmo sobrenaturais do ser humano.
Subjetivismo
Os simbolistas terão maior interesse pelo particular e individual do que pelo geral e universal. A visão objetiva da realidade não desperta mais interesse, e sim a realidade focalizada sob o ponto de vista de um indivíduo ( o “eu” passa a ser o universo).
Tentativa de aproximar a poesia da música Para conseguir aproximação da poesia com a música, os simbolistas lançaram mão de alguns recursos, como a aliteração, por exemplo.
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Expressão da realidade de maneira vaga e imprecisa Ênfase na sugestão
Um dos princípios básicos dos simbolistas era sugerir através das palavras sem nomear objetivamente os elementos da realidade.
Ênfase no imaginário e na fantasia
Percepção intuitiva da realidade
Para interpretar a realidade, os simbolistas se valem da intuição e não da razão ou da lógica.
Oposição entre a matéria e o espírito
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MetafísicaMetafísica (do grego μετα [meta] = depois de/além de e Φυσις [physis] = natureza ou físico) é um ramo da filosofia que estuda a essência do mundo. A saber, é o estudo do ser ou da realidade. Se ocupa em procurar responder perguntas tais como:
O que é real (veja realidade)? O que é natural (veja naturalismo)? O que é sobre-natural (veja milagre)? O ramo central da metafísica é a ontologia, que investiga em quais categorias as coisas estão no mundo e quais as relações dessas coisas entre si. A metafísica também tenta esclarecer as noções de como as pessoas entendem o mundo, incluindo a existência e a natureza do relacionamento entre objetos e suas propriedades, espaço, tempo, causalidade, e possibilidade.
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CRUZ E SOUSA(1861-1898)
Poemas marcados pela musicalidade (uso constante de aliterações), pelo individualismo, pelo sensualismo, às vezes pelo desespero, às vezes pelo apaziguamento, além de uma obsessão pela cor branca.
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É certo que encontram-se inúmeras referências à cor branca, assim como à transparência, à translucidez, à nebulosidade e aos brilhos, e a muitas outras cores, todas sempre presentes em seus versos.
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MÚSICA DA MORTE
A música da Morte, a nebulosa, estranha, imensa música sombria, passa a tremer pela minh'alma e fria gela, fica a tremer, maravilhosa ...
Onda nervosa e atroz, onda nervosa, letes sinistro e torvo da agonia, recresce a lancinante sinfonia sobe, numa volúpia dolorosa ...
Sobe, recresce, tumultuando e amarga, tremenda, absurda, imponderada e larga, de pavores e trevas alucina ...
E alucinando e em trevas delirando, como um ópio letal, vertiginando, os meus nervos, letárgica, fascina ...
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CÁRCERE DAS ALMAS
Ah! Toda a alma num cárcere anda presa, Soluçando nas trevas, entre as grades Do calabouço olhando imensidades, Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza Quando a alma entre grilhões as liberdades Sonha e, sonhando, as imortalidades Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas Nas prisões colossais e abandonadas, Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves, que chaveiro do Céu possui as chaves para abrir-vos as portas do Mistério?!
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ALPHONSUS DE GUIMARAENS
(1870-1921) Apesar de ter se casado posteriormente, o amor por Constança marcou profundamente sua poesia. Além disso, o misticismo e a morte são outras características que marcaram profundamente sua poesia. O misticismo surge em decorrência do amor pela noiva e de sua profunda devoção pela Virgem Maria. A morte é vista como a única maneira de aproximar-se de sua Amada é também da Virgem Maria. Por isso, o amor é totalmente espiritual.
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IsmáliaQuando Ismália enlouqueceu,Pôs-se na torre a sonhar...Viu uma lua no céu,Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,Banhou-se toda em luar...Queria subir ao céu,Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,Na torre pôs-se a cantar...Estava longe do céu...Estava longe do mar...
E como um anjo pendeuAs asas para voar. . .Queria a lua do céu,Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deuRuflaram de par em par...Sua alma, subiu ao céu,Seu corpo desceu ao mar...
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Hão de Chorar por Ela os Cinamomos...
Hão de chorar por ela os cinamomos,Murchando as flores ao tombar do dia.Dos laranjais hão de cair os pomos,Lembrando-se daquela que os colhia.
As estrelas dirão — "Ai! nada somos,Pois ela se morreu silente e fria.. . "E pondo os olhos nela como pomos,Hão de chorar a irmã que lhes sorria.
A lua, que lhe foi mãe carinhosa,Que a viu nascer e amar, há de envolvê-laEntre lírios e pétalas de rosa.
Os meus sonhos de amor serão defuntos...E os arcanjos dirão no azul ao vê-la,Pensando em mim: — "Por que não vieram juntos?"
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CAMILO PESSANHA (1867-1925)
Sua poesia, que influenciou vários poetas modernistas, como por exemplo Fernando Pessoa, mostra o mundo sob a ótica da ilusão, da dor e do pessimismo. O exílio do mundo e a desilusão em relação à Pátria também estão presentes em sua obra e passam a impressão de desintegração do seu ser. A sua obra mais famosa é" Clepsidra", relógio de água, que contém poemas com musicalidade marcante e temas até certo ponto dramáticos.
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Na cadeia
Na cadeia os bandidos presos!o seu ar de contemplativos!que é das feras de olhos acesos?!pobres dos seus olhos cativos
passeiam mudos entre as grades,parecem peixes num aquário.- campo florido das saudades,porque rebentas tumultuário?
serenos... serenos... serenos...trouxe-os algemados a escolta.- estranha taça de venenosmeu coração sempre em revolta.
coração, quietinho... quietinho...porque te insurges e blasfemas?psiu... não batas... devagarinho...olha os soldados, as algemas!
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EstátuaCansei-me de tentar o teu segredo: No teu olhar sem cor, --- frio escalpelo, O meu olhar quebrei, a debatê-lo, Como a onda na crista dum rochedo.
Segredo dessa alma e meu degredo
E minha obsessão! Para bebê-lo Fui teu lábio oscular, num pesadelo,
Por noites de pavor, cheio de medo.
E o meu ósculo ardente, alucinado, Esfriou sobre o mármore correcto Desse entreaberto lábio gelado...
Desse lábio de mármore, discreto, Severo como um túmulo fechado, Sereno como um pélago quieto.
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FONTES
PEREIRA & PELACHIN, Helena Bonito e Marcia Maisa. Português Na
trama do texto. Ensino Médio. Ed. FTD
TERRA, ERNANI. Português para o Ensino Médio. Vol. Único. Ed. Scipione
IMAGENS: www.macusp.com.br