M E N S A G E N S DE N A T A L:

Deixamos alguns excertos que indicam o sentido do Natal, a centralidade que ocupa o Menino Deus nos símbolos que animaram e embelezaram a Casa de Saúde.

Papa Francisco:

“O nosso percurso ao encontro do Senhor, que hoje Se manifesta como luz e salvação para todos

os povos, é elucidado por três gestos dos Magos. Estes veem a estrela, põem-se a caminho e

oferecem presentes.

Ver a estrela. É o ponto de partida. […]

Caminhar, a segunda ação dos Magos, é essencial para encontrar Jesus. […]

Oferecer. Quando chegaram ao pé de Jesus, depois da longa viagem, os Magos fazem como Ele:

dão. […]” (Homilia do domingo da Epifania)

Irmã Anabela Carneiro:

“Jesus nasce pobre e humilde… representamo-lo nos criativos presépios que, nestes dias, se multiplicam nas diversas estruturas da Obra hospitaleira, nas nossas casas, nas nossas igrejas e, em alguns países, até em lugares públicos… representamo-lo assim: pobre e humilde, com símbolos e imagens simples, que evocam espontaneamente, um ar de família, de ternura, de harmonia, de paz.

Convido todos os que formamos a Comunidade Hospitaleira a contemplar e a escutar no coração o mistério/dom que celebramos.”

(Mensagem à Comunidade Hospitaleira)

Sumário - Mensagens de Natal . Papa Francisco . Superiora Geral HSC - Festa de Natal . Utentes brindam os Familiares - Lembranças e tradições . O Madeiro . Naquela Manhã a Neve - Guarda - Cidade Natal - Voluntariado . Dia Internacional do V. - Aula de Yoga - V Semana Aberta

- Em cima de uma nuvem

- Um longo adeus a Assumar . Encontro GAR’s - Semana da Qualidade - Biblioteca Itinerante - Ganhámos, Ganhámos… . Encontro Jogos tradicionais - Próximas realizações . Cantar as Janeiras . Dia Mundial do Doente . Desfile de carnaval . V Marcha pela S. Mental . Festa S. Bento Menni

Boletim Setembro-Dezembro - Núm.48. Ano 2017 - Casa de Saúde Bento Menni – Guarda

Bairro da Luz 6300-575 GUARDA * Telef.: 271200840 * Web: www.irmashospitaleiras.pt/csbm/

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Festa de Natal – Utentes brindam os Familiares

O Natal é uma época mágica e especial para miúdos e graúdos, pois é o tempo de celebrar o

nascimento do nosso Salvador e, assim, deixar renascer nos nossos corações o amor, a paz, a

esperança…

Esta é, sem dúvida, a época propícia para o perdão, para fortalecer o coração na fé e esquecer um

pouco as tristezas e amarguras. Isto porque é tempo de família, de risos e alegrias, de união e,

sobretudo, de esperança; que estes sentimentos se mantenham o ano todo!

Para nós não é excepção e, como já vem sendo hábito, presenteámos as famílias com as nossas

actuações que preparámos com muita dedicação e carinho.

A festa realizou-se no dia 17 e contou com a participação de todos os ateliers.

Este grupo, ao longo da Festa, animou com canções natalícias os espaços de espera, de modo a não haver tempos mortos.

O primeiro a apresentar foi o grupo de psiquiatria (atelier “multiusos”) constituído por seis

utentes e duas colaboradoras, o qual nos presenteou com uma dança, ao som de Hallelujah de

Leonard Cohen.

Seguiu-se o grupo de psiquiatria e psicogeriatria (atelier “Dar+Vida”), constituído por nove

utentes, duas colaboradoras e uma voluntária, o

qual nos brindou com uma dança ao som de

Anselmo Ralph “ensina-me a amar”.

Em terceiro lugar, o grupo da deficiência intelectual (ateliers “Afectos” e “Recriar”), composto por

dezassete utentes, duas colaboradoras, mimoseou-nos com um presépio ao vivo, juntamente com

uma coreografia alusiva ao Natal “Porque é Natal”.

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Por último, actuou o grupo de psicogeriatria (atelier “Reviver”), composto por sete utentes, uma

colaboradora e uma voluntária, que nos deliciou com uma canção intitulada “Presépio da minha

infância”,

a qual retratou a

realização dos

presépios no tempo

das nossas avós e

ainda uma história em

quadra sobre o

nascimento do Menino Jesus.

Foi uma festa muito animada, com muita cor e muitos sorrisos, o que nos deixou de coração

cheio!

Marisa Pereira Monitora

Que surpresa e emoção da Irmã Isabel Morgado!

E, por isso, um obrigada de coração, disse.

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Lembranças e tradições de Natal O MADEIRO Os jovens que tinham feito a inspecção do último ano, tinham como tarefa arranjar lenha

suficiente para o madeiro, para aquecer o Menino no dia do seu nascimento.

Normalmente os rapazes dos anos anteriores também ajudavam. Assim, na semana anterior ao

Natal, estes arranjavam um tractor grande, com uma grande caixa, e todos montados nela em

grande algazarra partiam para o pinhal. Os garotos ficavam de boca aberta e gritavam, todos

entusiasmados, esperançosos e desejosos de um dia serem eles também a fazerem o mesmo. Os

rapazes voltavam à aldeia várias vezes, com a caixa cheia de grandes troncos cobertos de terra e

musgo.

Deitavam-nos no local destinado ao madeiro. Só descansavam quando a pilha já era enorme. Era

já noitinha quando, todos cansados, se reuniam para um belo petisco regado a vinho ou cerveja,

como os homens grandes e de barba rija fazem.

Na noite de Natal acendia-se o madeiro um bom bocado antes da noite do galo. O madeiro da

minha terra é uma coisa grande, bonita de se ver. Quando se sai da missa aquece a alma e o

corpo e toda a gente, velhos e novos, ficam ali muito tempo.

Para mais tarde ficam os foliões que assam chouriço e outras coisas boas, regadas com o bom

vinho da terra. E ficam até de manhãzinha a cantar, a dançar e a beber.

Quando acaba a época natalícia, tem-se por hábito levar as brasas do madeiro apagadas e

guardá-las em casa, no sótão. Diz que protege contra as trovoadas.

Teresa Carvalho

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NAQUELA MANHÃ, A NEVE. Naquela manhã, a minha aldeia acordou com um espesso manto branco e puro. Os telhados

ganharam uma camada alta e fofa de neve. As árvores estavam vergadas com o espesso manto

gelado. Os caminhos estavam cobertos de branco e ainda ninguém se tinha atrevido a sair de

casa.

Peguei nas minhas galochas, vesti um casaco grosso, pus um carapuço e fui para o meu pinhal

preferido. Não era muito longe da minha casa. Caminhei com cuidado. À medida que caminhava

fui deixando um rasto no caminho virgem. Era uma boa altura de neve, e as minhas pegadas

pareciam de alguém muito grande. Cheguei ao pinhal. E fiquei à entrada, maravilhada.

Os pinheiros estavam vergados pelo peso da neve. E os arbustos pareciam saídos de um cartão

postal, desses de Natal. As pinhas estavam cobertas de neve e faziam montinhos redondos no

chão. Os cedros, que são lindos em qualquer altura, estavam maravilhosos, vergados até ao chão.

Invadiu-me uma alegria enorme, perante toda aquela beleza. Fiquei ligeiramente eufórica. Parecia

um cenário saído de um conto de fadas. Sentei-me numa pedra, e ali fiquei um longo pedaço, a

observar e contemplar a natureza.

Não era comum nevar na minha aldeia. Ao longe, via-se a montanha coberta de neve até ao

fundo. Senti-me no paraíso. Pouco a pouco, fui tomada por uma paz serena como serena era a

paisagem que me rodeava. Mas tinha que regressar. Um pouco triste, fui fazendo o caminho de

regresso, olhando sempre a beleza que me cercava. Aproximei-me da aldeia.

No ar havia um perfume de lenha queimada nas lareiras. E um cheiro de café acabado de fazer.

Senti-me bem. Era o princípio de um dia que prometia ser muito feliz, cheio de beleza e coisas

boas.

Teresa Caixinha

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A Cidade Natal A nossa cidade tem vindo a potenciar a animação em determinadas épocas com um enfoque

muito especial no Natal.

A Câmara Municipal implementou este ano um programa de animação que, no dizer da mesma,

“pretende dar ainda mais vida à Guarda, atraindo visitantes, revitalizando o coração da cidade,

estimulando o comércio de proximidade, envolvendo as instituições públicas e privadas e ao

mesmo tempo devolver a autoestima aos guardenses, despertando o espírito natalício, próprio

desta época festiva.”

Neste envolvimento a CSBM também participou. Um grupo visitou a Cidade Natal e mostra-nos

alguns locais.

1-Grupo da CSBM entre os Pórticos da Rua do Comércio.

2-Na Praça Luís de Camões, o Carrossel Parisiense.

3-Na Cidade de Cristal, no meio do grupo, o vitral da CSBM. Ao lado, está em destaque.

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5 de dezembro ”DIA Internacional do Voluntariado”

Nós, as voluntárias da Casa de Saúde Bento Menni, comemorámos este

dia com a Eucaristia, onde louvámos, demos glória e agradecemos a Deus tudo quanto nos dá em cada dia da nossa vida. Após a Eucaristia tivemos uma reunião com a coordenadora, Dra. Ana, onde abordámos diversos assuntos. Foram planeadas actividades a realizar nesta época natalícia, como por exemplo, o “Aconchego do Natal” no La Vie. Em seguida, ajudámos a servir a refeição às utentes e, por volta das 20h, fomos jantar com as irmãs, que nos acolheram como sempre com muita simpatia e carinho. Neste convívio comemos, bebemos, conversámos e degustámos iguarias próprias da época.

Foi muito importante sentirmo-nos como uma família hospitaleira, onde reinou a boa disposição e muita alegria.

5 de dezembro de 2017

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Aula de Yoga Dia 29 de novembro, realizou-se na Casa de Saúde Bento Menni, uma

aula de Yoga dinamizada de forma voluntária pela professora Helena

Mendes, do Shanti - Centro de Yoga e Terapias Complementares.

Destinada, essencialmente, aos utentes da unidade de psiquiatria,

contou também com duas utentes da psicogeriatria e alguns

colaboradores, formando um grupo de 17 participantes.

Terapias Complementares como o Yoga, uma prática terapêutica mente-corpo, têm provado a

sua eficácia significativa na promoção de saúde e bem-estar dos seus praticantes, nomeadamente

através da redução dos sintomas de ansiedade.

Neste sentido, o objetivo primordial da realização desta atividade experimental foi proporcionar

bem-estar aos participantes assim como, possibilitar-lhes a aquisição de técnicas de relaxamento,

respiração, concentração e equilíbrio.

O interesse dos utentes em participar foi demonstrado logo desde a breve apresentação do tema

no âmbito das “Dinâmicas de Grupo”, onde se realçaram os benefícios subjacentes à prática do

mesmo.

A aula teve uma duração aproximada

de 45 minutos, durante os quais a

professora conduziu os participantes a

adotar uma postura correta e treinar o

equilíbrio, considerando o corpo uma

“árvore”. Utilizou exercícios de

desbloqueio e abertura, em grupo e

individualmente, através do encarnar de

diversos animais (tartaruga, leão,

cobra, e o uivar do lobo);

concentração sobre órgãos e partes

do corpo (coração, mãos, olhos,

garganta); exercícios de respiração,

promovendo uma melhor oxigenação

do cérebro e do corpo em geral;

exercícios de relaxamento, entre

outros, utilizando sempre uma

linguagem positiva e tranquilizante,

como demonstram as expressões “vamos inspirar saúde e expirar a doença”, “vamos encher o

coração de amor”, (…), portanto, acalmar a mente, equilibrar as energias e proporcionar bem-

estar.

Enquanto estagiárias de Psicologia, consideramos importante a continuidade de atividades como

o Yoga, não só pelos benefícios já mencionados, mas também pelo observado no decorrer da

aula: capacidade de concentração, controlo da respiração e, ainda, uma atitude de relaxamento,

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em utentes com características ansiogénicas e com uma postura rígida e, acima de tudo, pelo

feedback positivo recebido por parte dos participantes.

Agradecemos à Professora Helena Mendes, a sua disponibilidade, prontidão e a forma como

abraçou esta iniciativa, tornando-a única e especial; e também a todos os presentes, pois sem eles

não seria possível a realização desta atividade. As estagiárias de Psicologia, Daniela Vieira e Inês Marques

V SEMANA ABERTA 9 a 13 de outubro

A Casa de Saúde Bento Menni realizou este ano a V Semana Aberta, uma iniciativa que “abre

portas” a toda a comunidade envolvente com o objetivo de dar a conhecer o trabalho

desenvolvido pela missão hospitaleira deste centro e ser motor para uma maior integração das

pessoas com doença mental.

Esta iniciativa assinala todos os anos o dia mundial da saúde mental, que se comemora a 10 de

outubro, data criada em 1992 pela Federação Mundial de Saúde Mental (World Federation for

Mental Health). O tema deste ano é "Dignidade na Saúde Mental: Primeiros Socorros de

Saúde Mental e Psicológica para Todos".

Do programa da Semana Aberta, destacamos dois eventos realizados em parceria com outras

entidades: o primeiro, no dia 10 de outubro com a Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, onde,

pelas 18h00, foram apresentados alguns textos desenvolvidos numa oficina de escrita criativa -

Em cima de uma nuvem.

A segunda iniciativa, Saúde Mental: Um bem comum, contou com a colaboração do

Departamento de Psiquiatria do Hospital Sousa Martins. No dia 12 de outubro com início às

10h00, no átrio da entrada principal, foram desenvolvidas diversas atividades preventivas e

informativas em saúde mental. Dentro deste conjunto de atividades, pelas 14h00, decorreu uma

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sessão informativa aberta a famílias e a toda a comunidade sobre o “O papel da família no cuidar em saúde mental”.

Também se realizou para os colaboradores e irmãs um painel sobre a espiritualidade da

colaboração.

Em parceria com a BMEL desenvolvemos na Casa

de Saúde Bento Menni uma Oficina de Escrita

Criativa.

A atividade foi orientada e dinamizada pelo

Coordenador da BMEL, Dr. Américo Rodrigues.

Envolveu 10 utentes da área da psiquiatria e

decorreu na biblioteca da CSBM nos dias 17, 24,

31 de agosto, 6, 13, 20, 27 de setembro e 4 de

outubro de 2017.

Foi nossa intenção partilhar saberes, rentabilizar

recursos e equipamentos e, ao mesmo tempo,

desenvolver nos participantes a capacidade

criativa da escrita.

Semanalmente, o grupo partilhou ideias, refletiu temas, elaborou textos, poesia e selecionou os

trabalhos a apresentar.

A apresentação dos textos criados na oficina de escrita ocorreu a 10 de outubro, numa sessão

pública na BMEL, denominada “Em cima de uma nuvem” no âmbito do programa V Semana

Aberta Maria Josefa Récio.

Esta metodologia visou promover o emporwerment, o combate ao estigma e mostrar que a

inclusão é possível e desejável.

O rosto dos participantes encheu-se de brilho quando receberam a brochura com os textos, “Em

cima de uma nuvem “ e à volta da mesa saborearam o chá com o famoso bolo - D. Sancho.

No final, os participantes e o orientador sentiram-se realizados, o auditório foi pequeno para

acolher o público que se juntou para ouvir de viva voz a leitura dos textos, sendo muitos os que

manifestaram o seu agrado e felicitaram os intervenientes.

Ana Escada Assistente Social

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UM LONGO ADEUS A ASSUMAR Nos dias 12 e 13 de outubro de 2017, estivemos em Assumar, para assistir ao IV Encontro de

Grupos de Auto-Representação IIHSCJ sobre o tema “Promover Oportunidades”.

“O Grupo de Auto-Representação de Assumar, surgiu pela necessidade que foi identificada pelos

utentes do Centro de Recuperação de Menores, em participar e assumir de muitas decisões tomadas

nas nossas vidas.” Assim reza o folheto que nos foi distribuído juntamente com as pastas.

Às dez e meia, foi a sessão de abertura, onde estiveram presentes a irmã Paula Carneiro,

(Conselheira provincial do IIHSCJ), a Irmã Albina Silva (Superiora do CRM), Dr. João Albuquerque,

(Diretor clínico do CRM), e Manuela Cardoso, (Presidente do GAR do CRM).

Muito se falou no âmbito da Auto-Representação, focando a análise principalmente em como é

dirigida e para quem. Mas a Manuela Cardoso, utente, falou de como foi constituído o GAR, da

sua evolução, tendo em conta que a casa de Assumar alberga crianças e jovens do sexo feminino,

dos 3 aos 18 anos.

No segundo painel, foi a apresentação “de reflexões elaboradas pelos grupos de auto-

representação do IIHSCJ, sobre oportunidades, projectos, formação e trabalho.”

Deu-se um grande ênfase à igualdade de oportunidades, à remuneração do trabalho feito, mas

no grupo “ Entre-nós” da Guarda, a Joana falou sobretudo no acesso ao trabalho voluntário,

falando dos casos da Alcina e da Isabel.

Todos iguais, todos diferentes, eis o resumo do painel. Às 12.30, foi o almoço. Uma delicia, regado

com azeite do Alto Alentejo, mais pato do que arroz. Eu visionei um sósia de um dos elementos

do grupo ZZTop, na pessoa de um enfermeiro de Assumar. Depois, sucedeu-se a parte mais

recreativa e com cheiro a café.

Uma visita a Campo Maior e com direito à estátua do Sr.

Comendador, fomos direitos ao Museu do Café. Um museu bem

elaborado, com todos os processos do café, até à sua

degustação, à mesa da Brasileira do Majestic, com Fernando

Pessoa e Bocage.

Uma maravilha de cores e sons. No final, todos nos deliciámos com o café. Um cheiro que nos

saia das entranhas e se apoderava de nós. Se o café não bastasse, pelo caminho avistámos em

todos os cafés, menos num, a marca Delta, como “soi ser-se”.

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Mais tarde, instalámo-nos no Hotel Santo António, um luxuoso hotel no meio do campo, com

instalações maravilhosas. Às 19.30, foi o jantar social. A delícia dos cheiros, as entradas

maravilhosas, e eu absorvida com o burburinho do salão e das jovens acordeonistas. Resta

acrescentar que se deu muito ao dente e à garganta. As vozes misturavam-se no ar. Ficámos até à

hora do fecho.

As cabras à volta da piscina tilintavam com os seus chocalhos, e os grilos com a sua musicalidade

enlouqueciam a noite. Mais tarde, no aconchego da varanda, assisti a uma valsa de morcegos (às

centenas), até me deixar adormecer.

De manhã, depois de um lauto pequeno-almoço, trouxe comigo as poesias completas de António

Machado, um poeta galego, para mais tarde ler e recordar.

Chegados a Assumar, abriu-se mais um painel, moderado pelo Dr. Luís Martins, (CRM), auto-

representação das instituições do Alto Alentejo. Foi uma profusão de palavras que nos deu a

conhecer bem o tema. Seguiu-se o “coffee break”.

O painel que mais me cativou foi “O Estigma nas Pessoas com Doença Mental: Oportunidades de

Integração “ – ARIA (Projecto Promove-te, FNERDM), sendo moderadora a Dra. Anabela Janeco

(CRM).

Com as palavras vêm os cheiros, e está claro que estou a falar do almoço. Indescritível a simpatia

das irmãs e funcionárias que serviam, como sempre uma degustação sem palavras. Mas faltou o

pão alentejano…

Às 14 horas, (Formação Profissional e Emprego em Pessoas com Dificuldade Intelectual – CECD

Mira Sintra); Pais em Rede (Projecto Sintra inclui); Semear; com a moderadora Marta Silva (CERCI

de Portalegre).

Os elementos da CERCI foram fantásticos, por vezes punham a plateia a rir, outras a pensar. E

saíram-se muito bem, como era de

esperar. Às 14.30, – “A Emprega-bilidade

de Pessoas com Deficiência, Barreira ou

Oportunidade”, Instituto Nacional para a

Reabilitação; moderador: Dr. João

Albuquerque.

Já ia longa a sessão, e nós impacientes

com a longa viagem. Por volta das 5 da

tarde, (como dizia Garcia Lorca), saímos

quase a tropel, rumo à carrinha que nos transportava.

No caminho, a Dra. Ana Isabel, nossa assistente social, deu ênfase a vários painéis, perguntou-nos

se tínhamos gostado e, nota doce, ofereceu-nos rebuçados.

Pelo caminho, uns dormitavam, outros conversavam e eu punha nota zero à paisagem, seca e

escura, esqueleto dos últimos fogos de agosto…

Isabel Gantes

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Semana da Qualidade

Esta iniciativa proposta pela sede do Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de

Jesus teve a sua consecução na Casa de Saúde Bento Menni em três momentos de especial

envolvimento dos colaboradores.

A Semana da Qualidade desenvolveu a sua primeira dinâmica no dia 13 de setembro com a

realização de uma ação de sensibilização para todos os profissionais, tendo como objetivo

mostrar as principais alterações à norma EQUASS e os desafios que se impõem para 2018.

A outra iniciativa realizou-se a 19 e 20 de setembro sob o formato de peddy-paper e foram vários

os reptos lançados em cada posto alusivos aos 10 princípios da certificação da qualidade. Esta

dinâmica foi muito bem aceite por quem se quis associar, que a considerou uma forma inovadora

de adquirir conhecimento e informação e uma forma de motivar os recursos humanos para o

trabalho em equipa e a partilha de competências.

Para finalizar, no dia 02 de outubro foram atribuídos os prémios do peddy-paper e apresentados

os resultados do questionário da cultura da qualidade. Este dia culminou com a degustação de

um lanche convívio entre os participantes.

Da análise aos questionários de satisfação com a realização deste peddy-paper, podemos

constatar que 100% dos participantes ficaram satisfeitos (59% muito satisfeitos) com a aquisição

de novos conhecimentos; 100% ficaram satisfeitos com esta forma inovadora de transmitir

conhecimentos (27% muito satisfeitos); 100% ficaram satisfeitos com as atividades propostas

(19% muito satisfeitos); 100% ficaram satisfeitos com o tempo de duração da atividade (15%

muito satisfeito). São resultados muito motivadores para voltarmos a repetir a experiencia e

continuarmos a inovar nas dinâmicas de trabalho.

Um agradecimento aos elementos da equipa da qualidade que permitiram a concretização desta

semana, ainda que tenha sido prolongada por 3!!!

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Bem-Haja a todos os colaboradores pelo bom trabalho desenvolvido e fica o desejo que A

MELHORIA CONTÍNUA SEJA META E CAMINHO DA MISSÃO HOSPITALEIRA!!! Carla Costa

Gestora da qualidade

Biblioteca Itinerante

A biblioteca da Casa de Saúde está vocacionada essencialmente para apoio aos técnicos, sendo a

literatura existente muito específica e pouco adequada às expetativas e necessidades das pessoas

assistidas.

Com o objetivo de respondermos a um grupo de utentes, nomeadamente da área da psiquiatria

que manifestaram o gosto pela leitura e vontade em frequentar a biblioteca, solicitámos o apoio

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da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço - Guarda que agilizou a deslocação da Biblioteca

Itinerante, ao nosso Centro.

A atividade “ Ler Com(Sentido) iniciou-se a 12 de setembro e, desde então, duas vezes ao

mês, a Biblioteca Itinerante vem à Casa de Saúde possibilitando a requisição de livros .

Alguns autores conhecidos da grande maioria de nós e livros que fizeram parte do nosso infância

caminham agora com o grupo.

Os leitores iniciais têm-se mantido fiéis e cativaram outros, 16 pessoas fizeram-se sócios e o

gosto pela leitura está a ser incutido.

Pretendemos com este projeto de intervenção melhorar as competências ao nível das relações

interpessoais, da comunicação da informação e ao mesmo tempo promover hábitos de leitura.

Ganhámos - GANHÁMOS - GANHÁMOS

No dia 10 de novembro de 2017 a equipa da Casa de Saúde Bento Menni para participar no XX

Encontro de Jogos Tradicionais da Clínica de S. José em Lisboa encontrava-se pronta às 7 horas

da manhã, foi quando iniciámos a nossa viagem.

O pequeno-almoço foi tomado no caminho, na área de serviço de Vila Velha de Ródão. A viagem

até Lisboa correu bem. Chegou a hora para o começo dos jogos e estávamos todos um pouco

nervosos.

Foi comentado que quando chegamos já “As meninas dançavam e corriam de um lado para o

outro.” E que “Até à hora de almoço fizemos dois jogos com as meninas das outras casas”, após

os jogos alguém disse que “o almoço estava bom, foi bacalhau à Brás”.

Por volta das 2 horas da tarde voltámos a

retomar os últimos jogos que nos faltavam”

referiu outra atleta, “Participámos no jogo

do malho, que consiste em atirar uma bola,

pequena e relativamente leve, com uma malha

(marreta grande) fazendo pontaria com a bola de

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forma a passar por baixo de vários obstáculos do percurso. Como estava um pouco de vento,

tivemos o cuidado de estar com muita atenção e não mandar com demasiada força senão a bola

não passava perto dos buracos. A prova correu muito bem e ficámos em primeiro lugar.”

“ O jogo que eu fiz foi atirar sacos de milho. Gostei muito de o fazer. Só há uma coisa, a tábua

estava muito distante. Mas gostei muito porque participámos todos.”

O outro jogo que ganhámos foi o das andas. Na primeira ronda, fiquei em terceiro lugar, com a

possibilidade de tentar de novo. Na final, passei para primeiro lugar. Com este e o jogo dos sacos

de milho, ficámos em primeiro lugar dos jogos. Depois foi o jogo surpresa, que consistia em duas

pessoas levarem uma laranja na testa até um certo ponto.

“ Acabaram os jogos, conseguimos o primeiro lugar este ano a vitória foi nossa. Ficámos todos

contentes, não só o grupo mas também o

professor.” As meninas continuavam a dançar

sem descanso, a jogar ao apanha e a fazer

malabarismos.

“As irmãs da Clínica de S. José deram o lanche a

cada participante de cada casa e eram para aí

5.30 quando iniciamos o nosso regresso a casa.

A viagem correu bem. Chegámos à Casa de

Saúde Bento Menni às 8 horas. Fomos jantar, e

no fim cada um foi para o seu quarto descansar

desta alegre aventura.

Foi um dia agradável que ficou na história para nós.”

Joana, Fátima, José, Dionísio, Sara.

Próximas realizações/participações:

» 06/1: Cantar as Janeiras – Teatro Municipal da Guarda (TMG) » 12/2: Desfile de Carnaval » 10/2: Dia Mundial do Doente

» 09/4: V Marcha pela Saúde Mental » 19-21/4: XIII Congresso Psiquiatria S. João de Deus » 24/4: Festa S. Bento Menni, patrono da CSBM e dia do Colaborador.